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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na terça-feira (20) o primeiro teste para diagnóstico da varíola dos macacos no Brasil. Trata-se do Kit Molecular Multiplex OPXV/MPXV/VZV/RP, produzido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Além da monkeypox, o kit também pode ser utilizado para diagnóstico de outras patologias com sintomas semelhantes.

Segundo a agência reguladora, o teste detecta as regiões genômicas dos vírus, permitindo a detecção dos vírus orthopox, monkeypox e varicella zoster. Baseia-se na tecnologia de PCR em tempo real, sendo indicado para o processamento de amostras clínicas.

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O instituto passa a ser o detentor do primeiro registro de um produto diagnóstico para a doença totalmente produzido no País, de acordo com a Fiocruz.

"Possibilita a identificação do DNA do vírus causador através da coleta de material retirado das erupções cutâneas presentes no indivíduo com suspeita de infecção do gênero orthopoxvirus, pertencente à família Poxviridae. Desta forma, permite a detecção e diagnóstico clínico diferenciais dos alvos orthopox geral, monkeypox geral e varicella zoster, além de contar com o controle do kit (RNaseP), conferindo maior capacidade de esclarecimento diagnóstico, importante para a vigilância epidemiológica no Sistema Único de Saúde", acrescenta a Fiocruz.

Segundo a avaliação feita pela Anvisa, o teste cumpriu os critérios técnicos definidos pela agência reguladora. A análise do pedido de registro levou 39 dias, incluindo 17 dias utilizados pela empresa solicitante para atender as exigências técnicas feitas pela agência.

Para conceder o registro, a Anvisa reforça que avalia uma série de requisitos técnicos, entre os quais estão o desempenho clínico e o gerenciamento de riscos do produto.

Sobre a disponibilidade no mercado, o instituto Bio-Manguinhos/Fiocruz afirma que está fornecendo o kit para uso em pesquisa para os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens) e está preparado para atender a possíveis demandas do Ministério da Saúde com o kit registrado, considerando o tempo de produção e controle de qualidade. Procurada, a pasta ainda não se pronunciou sobre o assunto.

"O instituto também dispõe de capacidade para escalonar a produção destes novos kits, sem que haja impacto na oferta de outros produtos de seu portfólio. A distribuição e possibilidade de oferta dos kits para os estados será definida de acordo com a estratégia a ser adotada pela pasta", informou a Fiocruz.

Além deste kit de diagnóstico, o Bio-Manguinhos/Fiocruz submeteu o pedido de registro do Kit Molecular monkeypox (MPXV), baseado na mesma tecnologia, também com uso voltado para detecção e tipagem, contendo os alvos monkeypox geral, África Ocidental e África Central (Congo). O instituto ainda aguarda o seu deferimento.

Cobertura de testes pelas operadoras de saúde

Ainda na terça-feira, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou que os planos de saúde cubram teste para doença. A medida que inclui o teste no rol de procedimentos de cobertura consta em uma nova resolução normativa aprovada nessa segunda-feira, 19.

Conhecida internacionalmente como monkeypox, a varíola dos macacos é endêmica em regiões da África e se tornou uma preocupação sanitária por causa da disseminação por diversos países do mundo desde maio deste ano. No Brasil, já são 7.019 casos e duas mortes, segundo dados divulgados até terça-feira, 20, pelo Ministério da Saúde.

Atualmente, há duas cepas conhecidas da varíola dos macacos. Uma delas, considerada mais perigosa por ter taxa de letalidade de até 10%, é endêmica na região da Bacia do Congo. A outra, que tem taxa de letalidade de 1% a 3%, é endêmica na África Ocidental e é a que tem sido detectada em outros países nesse surto atual.

A agência NSF (National Science Foundation) divulgou nesta terça-feira (20) novas imagens inéditas do Sol, capturadas pelo telescópio solar Daniel K. Inouye. A NSF é uma agência governamental dos EUA, que promove a pesquisa e educação científica nas mais diversas áreas do conhecimento.

Os novos registros detalham a superfície da estrela, contribuindo assim para pesquisas futuras sobre o astro que fica no centro do Sistema Solar. A divulgação das imagens vêm dias após o registro da maior mancha solar na superfície do Sol, registrada pela NASA.

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Inaugurado no fim de agosto, Daniel K. Inouye é o telescópio solar mais potente do mundo até então, sendo capaz de sobrepor as dificuldades impostas pela grande luminosidade produzida pelo Sol, realizando registros como o divulgado nesta imagem.

Em entrevista, Sethuraman Panchanathan, cientista indiano e diretor da NSF comentou: “Esse telescópio solar é o mais potente do mundo e vai mudar para sempre a forma que exploramos e entendemos nosso Sol. Suas percepções vão transformar a nação, o planeta e vão nos permitir prever e nos preparar para eventos como tempestades solares.”

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou por unanimidade, nesta quinta-feira (8), os registros de candidatura do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSB) na corrida ao Palácio do Planalto. Os ministros rejeitaram os pedidos de impugnação apresentados contra as candidaturas.

O vereador paulistano Fernando Holiday (Novo) foi um dos autores das ações contra Lula e Alckmin. Ele argumentou que os candidatos praticaram ilícitos eleitorais como abuso de poder político e econômico e propaganda eleitoral antecipada.

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As acusações foram feitas com base em show realizado pela cantora Daniela Mercury, em São Paulo, no dia 1º de maio, que já na época foi alvo de contestações por suposto recebimento de dinheiro público para se apresentar em ato político. O vereador afirmou ao TSE que Lula e Alckmin se anteciparam ao início da campanha ao se beneficiarem das manifestações políticas da artista na ocasião.

Holiday fez outras acusações no mesmo processo por causa de manifestações de artistas em eventos públicos que tiveram alusões favoráveis à candidatura de Lula.

O relator do caso no TSE, ministro Carlos Horbach, rejeitou os pedidos de impugnação sob o argumento de que o julgamento de registro de candidatura não é a via correta para julgar "acusações de abuso de poder".

Ainda na mesma sessão, o empresário Pablo Marçal pediu a impugnação da adesão do PROS à Coligação Brasil da Esperança, liderada pelo PT. Mas o pedido foi negado.

Marçal teve o seu registro de candidatura à Presidência impugnado pelo TSE, na semana passada, na esteira de disputas internas dentro do seu partido, o PROS.

Ele argumentou aos ministros que, mesmo tendo a sua candidatura barrada, ainda possuía legitimidade para mover esse tipo de ação. A sua candidatura aguarda julgamento de recursos contra o TSE, o que foi usado de argumento para pedir o fim da aliança entre PROS e PT.

A defesa do PT argumentou que o ex-candidato não tinha legitimidade para fazer esse pedido, pois a ação foi apresentada na condição de representante do PROS e a legislação eleitoral não permite processos movidos por pessoas jurídicas.

O relator Carlos Horbach avaliou as justificativas e julgou improcedente o pedido de Marçal.

Com a decisão, o PROS se mantém aliado ao PT na Coligação Brasil e Esperança na corrida pela Presidência.

O número de cervejarias registradas no Brasil cresceu 12% em 2021 na comparação com o ano anterior, mostra a mais nova edição do Anuário da Cerveja, lançado nesta quanta-feira (31) em São Paulo, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O levantamento indica que existem 1.549 estabelecimentos do tipo no país. Em 2020, primeiro ano da publicação, eram 1.383 cervejarias. Em relação a 2000, quando existiam 40 unidades, o crescimento do setor é de 3.678%

Em 2021 foram registrados 200 novos estabelecimentos, enquanto outros 34 cancelaram o registro. Houve, portanto, um aumento real de 166 cervejarias em relação a 2020. A secretária-executiva adjunta do Mapa, Mara Papini, destacou que, "apesar da pandemia, das dificuldades,” há motivos para comemorar os números e que o ministério tem se empenhado em desenvolver o setor. 

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O Mapa é o órgão responsável por registrar e autorizar as cervejarias a funcionarem, considerando a atividade e linha de produção, bem como a capacidade técnica e condições higiênico sanitárias. Todos os estabelecimentos produtores, padronizadores, engarrafadores, atacadistas, exportadores e importadores devem ser registrados, assim como todas as bebidas produzidas no país. O certificado de registro tem validade de 10 anos. 

Análise por região

As regiões Sul e Sudeste reúnem 85,8% dos estabelecimentos, somando 1.329. São Paulo, novamente, lidera o total de cervejarias, com 340 unidades. Em seguida está o Rio Grande do Sul, com 285, e Santa Catarina, com 195 cervejarias registradas. Os estados com maior crescimento no número de cervejarias em 2021 foram Rondônia, que agora tem três cervejarias, Acre, que passou de uma para duas unidades, e Piauí, que agora tem cinco cervejarias.

O levantamento mostra ainda a densidade de cervejarias por habitantes. Santa Catarina tem o maior indicador, com um estabelecimento para cada 37.633 habitantes. Em nível nacional, o Brasil tem uma cervejaria registrada para cada 137.713 habitantes. 

“A nossa cadeia produtiva é extensa, ela vai do campo ao copo. [Representa] 2,02% do PIB, uma massa salarial de 27 bilhões de reais por ano, uma geração de tributos da ordem de R$ 25 bilhões. O setor é resiliente, passou bem pela pandemia, com percalços pontuais”, pontuou Luiz Nicolaewsky, superintendente do Sindicato Nacional da Cerveja (Sindicerv). Ele avalia que há margem para crescimento no setor. “Você tem uma nova geração, que demanda novos produtos. Tem algo que a gente explora pouco ainda que é o turismo cervejeiro”, propõe.

Exportação

O anuário aponta que houve um aumento de 66 milhões de quilos do volume exportado em relação ao ano anterior, representando um faturamento de mais de 131,5 milhões de dólares. A América do Sul corresponde a 99% das vendas, tendo o Paraguai como principal destino, seguido por Bolívia, Chile, Argentina e Uruguai.

Em relação à exportação, em 2021, o volume importado somou mais de 18 milhões de quilos, representando 15 milhões de dólares. Na avaliação do Mapa, verifica-se a diminuição do consumo de cervejas estrangeiras influenciado pelo aumento da oferta do produto nacional. 

Apesar de o mercado brasileiro estar concentrado em três grandes indústrias, Ambev, Heineken e Petrópolis, destaca-se o movimento de microcervejarias. “[O consumidor] busca produtos diferenciados, que antes tinham que ser importados, mas com esse movimento cervejeiro, esse produtos de qualidade começaram a ser fabricados no Brasil, ganhando muito prêmios internacionais, inclusive”, relata Glauco Bertoldo, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Mapa. 

Os cartórios de Registro Civil do Brasil mostram que nos 7 primeiros meses deste ano, 100.717 crianças foram registradas sem o nome do pai. Este ano, foi registrado o menor número de nascimentos para o período desde 2016, totalizando 1.526.664 recém-nascidos, ou seja, 6,5% do total de recém-nascidos no país têm apenas o nome da mãe na certidão de nascimento.

A porcentagem é maior que os 6% registrados em 2021, quando 96.282 crianças das 1.586.938 nascidas não receberam o nome do pai. Em 2020, foram 1.581.404 nascimentos e 92.092 pais ausentes. O ano de 2019 teve 99.826 crianças apenas com registro do nome materno ante 1.718.800 nascimentos, seguido por 93.006 frente a 1.702.137 nascimentos em 2018.

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Os números estão registrados no Portal da Transparência do Registro Civil, na página Pais Ausentes, que integra a plataforma nacional, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que reúne as informações referentes aos nascimentos, casamentos e óbitos registrados nos 7.654 cartórios de Registro Civil do Brasil, presentes em todos os municípios e distritos do país.

Para o presidente da Arpen-Brasil, Gustavo Renato Fiscarelli, os números mostram que há muito a evoluir quando se trata de responsabilidade paterna. “Ambos, pai e mãe, são responsáveis pela criação dos filhos e possuem responsabilidades que precisam ser compartilhadas. Obviamente cada família vive uma realidade diferente, mas são dados substanciais que podem embasar as políticas públicas”, disse.

Fiscarelli ressalta a importância dos registradores. “Os registradores estimulam o procedimento de reconhecimento de paternidade com divulgação, programas permanentes de incentivo ao ato e ações, como os mutirões de reconhecimento de paternidade, realizados em parceria com as corregedorias gerais da Justiça”.

Reconhecimento

Desde 2012, o procedimento de reconhecimento de paternidade pode ser feito diretamente em qualquer Cartório de Registro Civil. Assim, não é mais necessária decisão judicial nos casos em que todas as partes concordam com a resolução.

Nos casos em que iniciativa seja do próprio pai, basta que ele compareça ao cartório com a cópia da certidão de nascimento do filho, sendo necessária a anuência da mãe ou do próprio filho, caso este seja maior de idade.

Em caso de filho menor, é necessário a anuência da mãe. Caso o pai não queria reconhecer o filho, a mãe pode fazer a indicação do suposto pai no próprio cartório, que comunicará aos órgãos competentes para que seja iniciado o processo de investigação de paternidade.

Desde 2017 também é possível realizar em cartório o reconhecimento de paternidade socioafetiva, aquele onde os pais criam uma criança mediante uma relação de afeto, sem nenhum vínculo biológico, desde que haja a concordância da mãe e do pai biológico.

Neste procedimento, caberá ao registrador civil atestar a existência do vínculo afetivo da paternidade ou maternidade mediante apuração objetiva por intermédio da verificação de elementos concretos: inscrição do pretenso filho em plano de saúde ou em órgão de previdência; registro oficial de que residem na mesma unidade domiciliar; vínculo de conjugalidade (casamento ou união estável) com o ascendente biológico; entre outros.

Um grupo de 33 deputados candidatos à reeleição mudou de cor ao disputar a eleição deste ano. Em 2018, eles se declararam brancos e, em 2022, se apresentaram à Justiça Eleitoral como pardos. A mudança vai impactar o financiamento da campanha e a entrega de recursos públicos para os partidos no próximo ano.

As legendas dividem o fundo eleitoral e o tempo de TV para propaganda de forma proporcional entre negros (pardos e pretos) e brancos. Se uma legenda tem 50% dos postulantes que se identificam dessa forma, por exemplo, metade dos recursos deve ser direcionada a essas candidaturas.

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Outra regra, aprovada pelo Congresso em 2021, vai aumentar a quantidade de verba para partidos com candidatos negros que obtêm mais votos para deputado. A votação neste grupo vai contar em dobro na distribuição do Fundo Partidário e do fundo eleitoral até 2030.

Troca

Os deputados Professor Israel (PSB-DF), Heitor Freire (União Brasil-CE), José Rocha (União Brasil-BA) e Luís Miranda (Republicanos-DF), por exemplo, declararam-se em 2018 como brancos. Agora, registraram ser pardos. O advogado Cristiano Vilela, integrante da Comissão de Direito Eleitoral da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em São Paulo, afirmou que a mudança na declaração pode significar uma autoaceitação do candidato ou mesmo uma estratégia que busca a obtenção de mais recursos. "Evidentemente, casos grotescos podem ser punidos com rigor", afirmou.

Freire atribuiu a declaração de branco em 2018 ao PSL, partido no qual concorreu naquela eleição. "Não é uma questão de cota, mas de descendência, e me orgulho disso", afirmou o parlamentar.

Rocha também afirmou que a declaração da campanha atual diz respeito à sua característica. "Sou pardo mesmo, meu avô materno é descendente de escravo."

Professor Israel declarou, por meio de assessoria de imprensa, que "é filho de mãe preta e pai branco, e por isso se classifica e se autodeclara como pardo".

Miranda mudou de "cor", de partido e até de Estado. Eleito pelo DEM do DF, agora concorre pelo Republicanos de São Paulo. "Me considero moreno. Moreno claro, mas moreno."

O professor universitário Charles Ricardo Leite, hoje com 42 anos, fez parte do quadro de milhões de crianças que cresceram sem a figura paterna. Quando tinha 10 anos de idade, o seu genitor separou-se da mãe e nunca mais apareceu. Por questões que só a vida explica, pouco tempo depois ele perdeu a matriarca e foi morar com os avós - se sentia órfão até o dia que resolveu ter um filho por via adotiva. 

Aos 37 anos, entendeu que estava na hora de construir a sua família, e nela tinha que existir a relação que ele mal lembrava como era: a de pai e filho. Foram necessários vários anos de amadurecimento até que em 2017 ele deu o primeiro passo para o processo de adoção. No início escolheu que queria uma criança pequena, de até sete anos de vida, por achar que até essa idade seria mais fácil e possível surgir a conexão genuína do paterno.

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Enquanto o processo para a adoção rolava, descobriu o apadrinhamento afetivo, uma forma de permitir que a criança que aguarda por um lar tenha a convivência familiar possibilitada, mas inicialmente sem o objetivo da adoção. Neste caso, um perfil diferente daquele desejado pela pessoa que quer adotar é apresentado pelas casas de apoio.

Em agosto de 2017, José Matheus foi apresentado ao Charles - os dois ainda sem saberem que já estava rolando uma “gestação”. “Eu conheci o José Matheus, que tinha 11 anos na época, e já morava há quase seis anos nas casas de acolhimento. De origem do Mato Grosso do Sul, tinha vindo para Pernambuco na tentativa de convivência com alguém do grupo familiar de origem, mas essa tentativa não deu certo e ele voltou para o acolhimento”, detalha o professor.

Sabendo um pouco das idas e vindas do pequeno, se sentiu tocado e decidiu que ele seria o seu primeiro apadrinhado. “Ele passou muito tempo no acolhimento convivendo com outras crianças, sem os estímulos necessários, então ele era bem infantilizado. Isso pra mim causou uma certa identificação porque eu comecei a perceber que, apesar de ter me habilitado para uma criança menor, eu vi que com ele talvez eu fosse conseguir viver algumas experiências que esperava viver com o meu filho”, ressalta Charles.

Mesmo pequeno, Matheus já tinha passado por coisas que nenhuma criança deveria passar. Ciente da história de solidão, Charles se comoveu e chegou a lembrar de sua infância. “Eu sou órfão, então aquela história dele é como se tivesse tocado um pouco na minha orfandade. Eu perdi minha mãe muito jovem, não convivi com o meu pai, então aquilo me comoveu muito. Naquele momento eu pensei que poderia sim levar para minha casa aquela criança, como afilhado a princípio”. 

Mas esse apadrinhamento não durou muito. Digamos que depois de alguns encontros entre os dois, o tempo de amadurecimento do “bebê” já havia se completado e a bolsa com o líquido amniótico havia estourado. A gestação tinha chegado ao fim e estava na hora da criança conhecer a sua família, neste caso - o seu pai. 

Charles percebeu que Matheus era o seu filho que o universo deixou perdido por um tempo e estava a procura dele. “Eu queria ressignificar as minhas dores, minha história e viver o que eu não vivi a partir dessa experiência do que é ter um filho. Eu queria ter essa experiência a partir da educação dele”, comenta.

“Mesmo ele tendo 11 anos, eu achei que deveria ter uma conversa com ele e perguntei: eu queria saber o que você acha se eu solicitar a sua adoção. Não serei eu quem vai decidir, vai ser a juíza, mas eu queria saber. Tu acha que iria gostar de ser meu filho?”, lembra. E, claro, a resposta do pequeno foi positiva.

“Ele participou muito da adoção, então quando ele veio morar comigo, uma das coisas que ele trouxe pra mim foi: ‘eu poderia [continuar] te chamando de tio e te chamar de pai quando eu me senti à vontade?’. Eu disse que claro. Continue me chamando de tio e quando você se sentir à vontade, me chama de pai”, recorda o professor.

Em dezembro de 2017, aquele menino que um dia sonhou em construir um laço de amor paternal conseguiu a guarda da criança que, assim como ele, sonhava com uma família para chamar de sua. Com a paternidade ativa, Charles percebeu as obrigações que o filho traz e de como isso era prazeroso e importante para a maior conexão entre eles. 

Sempre que tinha um tempo livre, pai e filho iam passear no shopping. Foi em um desses passeios que o Matheus se sentiu à vontade para chamar Charles de pai pela primeira vez. Isso foi um impacto para o professor, que sem saber como reagir, preferiu manter uma neutralidade no momento.

“Ele parou e disse: ‘você ouviu do que chamei o senhor?’ Eu disse que tinha visto e ele perguntou porque eu não falei nada. Eu respondi que achei muito bonito e fiquei muito emocionado. A partir deste momento ele virou a chave, como se ele tivesse se autorizado a me chamar de pai”, assegura.

De lá pra cá já se passaram cinco anos que pai e filho se encontraram e estão, a cada dia, ensinando um ao outro o que é o amor.

Registro

José Matheus agora tem o nome do pai em seus documentos, mas essa não é a realidade de milhares de bebês que nasceram no início deste ano.

De janeiro a abril deste ano, os cartórios brasileiros registraram o maior número de recém-nascidos identificados somente com o nome da mãe. Foram 56,9 mil bebês que contam apenas com mães solos, registro maior do que nos anos anteriores. 

De acordo com o levantamento, em 2018, foram registrados 51,1 mil recém-nascidos somente como o nome materno. No ano seguinte, foram 56,3 mil. Em 2020, o número diminuiu e passou para 52,1 mil. Em 2021, 53,9 mil crianças não tiveram o pai reconhecido na certidão de nascimento. 

Os dados foram divulgados pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) e obtidos a partir do Portal da Transparência do Registro Civil.

De acordo com regras determinadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), caso o pai não queira reconhecer o filho, a mãe pode indicá-lo com genitor no cartório, que deverá comunicar o fato aos órgãos competentes para início do processo de investigação de paternidade.

*Dados divulgados pela Agência Brasil

Os fãs de Sandy & Júnior vão ter que esperar mais um pouco pela volta dos irmãos. Na tarde da última quinta-feira (11), o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, o Ecad, informou que uma música havia sido registrada no nome da dupla, Pra Ter o Seu Amor. Mas, em contato com o ESTRELANDO, a assessoria de imprensa de Sandy negou as informações e disse que não há nenhum registro feito pela cantora ou pelo o irmão, inclusive, já foi pedido que a canção seja retirada do registro feito em nome dos dois.

"A assessoria de imprensa da cantora Sandy reitera que nenhum fonograma foi registrado por seu escritório sob o título Pra Ter o Seu Amor, tampouco qualquer música inédita em parceria com seu irmão, Junior Lima. O gestor responsável por todos os registros de obras fonográficas tanto de Sandy quanto de Junior Lima já notificou a Abramus (órgão responsável pelos registros de ambos os artistas no Ecad), bem como o próprio Ecad, pedindo a imediata retirada de tal registro, bem como a apuração sobre o ocorrido", diz o comunicado.

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O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) afirmou, nesta quinta-feira (11), que sua autodeclaração como branco no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao registrar sua candidatura a senador, foi um "erro de preenchimento". Quatro anos atrás, o então candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto se declarou como indígena.

"Sou descendente de índios sim, e com muito orgulho. Está estampado no meu rosto e na minha pele, independentemente de qualquer formulário burocrático. Resolveram fazer um escarcéu com um simples erro de preenchimento de um formulário", escreveu Mourão, no Twitter.

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O vice-presidente registrou sua candidatura na segunda-feira (8). Depois de protagonizar divergências com Bolsonaro ao longo dos últimos anos, Mourão foi preterido pelo ex-ministro Walter Braga Netto (PL), que concorrerá em outubro como vice do atual chefe do Executivo.

Mourão, que vai concorrer ao Senado no Rio Grande do Sul, declarou ao TSE um patrimônio de R$ 1,145 milhão, o que inclui uma casa de R$ 204 mil, um veículo automotor de R$ 61 mil e aplicações em renda fixa que somam R$ 880,761 mil. O vice-presidente terá o apoio de Bolsonaro e concorrerá na chapa do ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL) ao Palácio Piratini.

A chapa formada entre o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSB) pediu neste sábado (6) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o registro da candidatura ao Palácio do Planalto. Com o fim das convenções, os partidos têm até o dia 15 de agosto para solicitar à Corte a oficialização de seus candidatos nas eleições de outubro.

"A chapa Lula-Alckmin está oficialmente registrada. Estamos muito contentes em dar início ao processo eleitoral, marco fundamental da democracia, maior ativo da sociedade brasileira", diz nota oficial divulgada pela campanha de Lula e Alckmin, candidatos à Presidência e à Vice-Presidência, respectivamente.

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A chapa é apoiada pelos dois outros partidos que formam uma federação com o PT, o PCdoB e o PV, além de Solidariedade, Avante, PSOL e Rede.

No último dia 29, o PSB oficializou em convenção o nome de Alckmin como candidato a vice na chapa de Lula ao Planalto. Ex-governador de São Paulo, Alckmin integrou o PSDB por 33 anos. Após atritos internos, o agora ex-tucano deixou no ano passado o partido que ajudou a fundar. Neste ano, filiou-se ao PSB para formar a aliança com Lula.

De perfil conservador e adversário do PT por décadas, Alckmin decidiu se juntar aos petistas para tentar derrotar o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

Na pesquisa Datafolha mais recente, divulgada em 28 de julho, o petista aparece com 47% das intenções de voto, mesmo nível da pesquisa de junho, e Bolsonaro com 29%, uma variação de um ponto porcentual para cima, dentro da margem de erro, que é de dois pontos porcentuais.

Com isso, ganhou força na campanha petista a estratégia de tentar atrair mais aliados para resolver a eleição no primeiro turno. Pesquisas mais recentes, de outros institutos, contudo, têm apontado uma recuperação do atual presidente, após uma série de medidas para reduzir os preços dos combustíveis.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu o segundo pedido de registro de kit para teste para monkeypox, a varíola dos macacos. O pedido é para o produto Monkeypox Virus Nucleic Acid Detection Kit e foi apresentado pela empresa Comércio e Indústria de Produtos Médico-Hospitalares e Odontológicos Ltda (CPMH).

De acordo com a agência reguladora, o pedido foi solicitado no dia 2 de agosto e já está em análise pela equipe técnica. Anteriormente, a Anvisa já havia o pedido de registro da empresa Biomédica. A solicitação foi analisada e a reguladora emitiu exigência, que é um pedido de informações e dados necessários para a conclusão da análise pela equipe técnica.

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O processo do registro envolve avaliar fabricação, confiabilidade dos resultados e efetividade para o diagnóstico.

Diagnóstico

De acordo com a Anvisa, atualmente o diagnóstico da monkeypox no país é feito por meio de ensaios moleculares de PCR com metodologia desenvolvida pelo próprio laboratório de análise clínica, com base em protocolos validados. Essa forma de atuação está regulamentada e é equivalente à aplicada por diferentes países, principalmente quando ocorre epidemia por agentes etiológicos emergentes.

Situação no país

Segundo dados do Ministério da Saúde, até ontem (5), 2004 casos de varíola dos macacos foram registrados no país. A pasta acompanha outros 1.962 casos. Até o momento, uma morte foi confirmada pela doença, em Minas Gerais.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou no início da semana  que o Brasil receberá, por intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o antiviral Tecovirimat para “reforçar o enfrentamento ao surto” de varíola dos macacos.

 

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) registrou um boletim de ocorrência após receber ameaças de morte por e-mail. No texto, um usuário a chama de "vagabunda" e "parasita" e realiza ameaças de morte à parlamentar e ao filho Hugo e ao marido, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ). O texto finaliza com as mesmas referências nazistas enviadas à vereadora transexual de Belo Horizonte Duda Salabert (PDT) na segunda-feira, 2.

A ex-deputada Manuela D'Ávila também relatou ameaças nesta semana. Na segunda-feira, Manuela divulgou insultos enviados à ela, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com a promessa do mesmo agressor de esquartejá-lo.

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"Quinta-feira passada recebi um email de uma pessoa ameaçando me estuprar e matar na frente do meu filho de 1 ano. Na mensagem, o autor também mencionava que eu não estaria na Câmara dos Deputados ano que vem e terminava fazendo uma alusão nazista", escreveu a deputada do PSOL.

"Cheguei a pensar em não divulgar (as ameaças)", escreveu a Sâmia Bomfim. "Mas refleti que, mesmo não sendo a primeira ameaça, foi a mais grave e perversa. Muito semelhante às que foram dirigidas a Manuela D'Ávila e Duda Salabert."

O nome do autor das mensagens é o mesmo nos três casos. O usuário também ameaçou os jornalistas Lucas Neiva e Vanessa Lippelt, do Congresso em Foco, após a divulgação de uma matéria divulgando a produção em massa de fake news em favor do presidente Jair Bolsonaro (PL) no fórum anônimo 1500chan. A mensagem foi enviada pelo Proton, plataforma criptografada sediada na Suíça.

Em 2021, Salabert já havia sido alvo de ataques de neonazistas em redes sociais, e foi obrigada a deixar seu emprego de 13 anos como professora de português no colégio Bernoulli, um dos mais prestigiados da capital mineira.

Um ano e meio após a aprovação do uso emergencial, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu o pedido de registro definitivo da vacina CoronaVac contra a covid-19. O pedido foi enviado pelo Instituto Butantan na sexta-feira (8), mas a informação só foi divulgada neste sábado (9) pela agência.

O imunizante está aprovado no Brasil desde 17 de janeiro de 2021, para adultos e crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. A autorização, no entanto, prevê apenas o uso emergencial.

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As áreas técnicas da Anvisa analisarão o registro definitivo em até 60 dias. Assim como as demais vacinas contra a covid-19, o pedido terá análise prioritária, conforme firmado pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 415/2020. Além da tramitação acelerada, a norma prevê a possibilidade de assinatura de termos de compromisso.

A análise será feita de forma conjunta, por três áreas distintas da Anvisa: a área de Medicamentos, que avalia os aspectos de segurança e eficácia; a área de Farmacovigilância, responsável pelo monitoramento e planos de acompanhamento da vacina; e pela área de Inspeção e Fiscalização, responsável pela avaliação das boas práticas de fabricação.

Esse não é a única pendência da CoronaVac na Anvisa. Na próxima quarta-feira (13), o órgão discutirá a autorização para uso emergencial do imunizante em crianças de 3 a 5 anos. A reunião será realizada por meio de videoconferência e será transmitida pelo canal oficial da Anvisa no Youtube.

Depois de 44 anos, o primeiro caso de raiva humana é confirmado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), nesta terça-feira (5). O infectado foi um adolescente entre 15 e 19 anos, de acordo com a pasta, ele é a primeira vítima de raiva humana no Distrito Federal desde 1978. 

O início da campanha de vacinação antirrábica foi antecipado na cidade para iniciar nesta quarta-feira (6), às 9h, por conta do caso. 

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O jovem, natural do DF, está internado em estado grave na UTI de um hospital da cidade desde o último dia 20. A infecção ocorreu no dia 21 de maio, depois de ter sido arranhado por um gato. O adolescente passou a ter febre, dor no corpo, olhos e articulações a partir de 15 de junho.

A Secretaria possui um laboratório de diagnóstico de raiva que é referência no Distrito Federal, nas cidades do entorno e nos estados de Rondônia e Tocantins. A unidade funciona junto às instalações da Gerência de Vigilância Ambiental de Zoonoses. 

De acordo com o médico veterinário e suplente da Gerência de Vigilância Ambiental de Zoonoses, em registro no ano passado, "o vírus rábico circula no DF em quirópteros [morcegos], nos bovinos, equídeos e outros animais". "No Distrito Federal, o único caso da raiva humana foi registrado em 1978, como resultado bem-sucedido do Programa Nacional de Profilaxia da Raiva Humana. O último caso diagnosticado de raiva em cães foi em 2000 e, em gatos, em 2001", disse. 

A doença da raiva é caracterizada por sintomas neurológicos e, ainda segundo a pasta, "é uma doença quase sempre fatal (praticamente 100% dos casos evoluem para óbito), para a qual a melhor medida de prevenção é a vacinação pré ou pós-exposição".

Sintomas

A doença pode não apresentar sintomas durante um intervalo de 45 dias, no entanto, o tempo de incubação pode mudar de acordo com os diferentes fatores, um deles é a parte do corpo e a profundidade da mordida. Se a vítima for criança, a doença se desenvolve mais rapidamente.

Após viralizar em um vídeo em que espanca a chefe dentro da Prefeitura de Registro, o procurador Demétrius Oliveira Macedo, de 34 anos, foi preso na manhã desta quinta-feira (23) pela Polícia Civil de São Paulo. Na gravação feita por testemunhas na segunda (20), ele desfere socos e chutes enquanto xinga a procuradora-geral Gabriela Samadello de Barros. 

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A prisão preventiva foi decretada pela Justiça na tarde dessa quarta (22). O governador Rodrigo Garcia cobrou severidade para a continuidade da investigação. "Que a Justiça faça a sua parte agora e use contra ele todo o peso da lei. Agressor de mulher vai pra cadeia aqui em SP”, publicou nas redes sociais.

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 As agressões duram cerca de 20 minutos, de acordo com Gabriela. O caso foi registrado como lesão corporal. Demétrius alegou que perdeu a cabeça pois era vítima de assédio moral cometido pela chefe. 

A Polícia Civil de São Paulo pediu à Justiça nesta quarta-feira, 22, a prisão preventiva do procurador Demétrius Oliveira de Macedo, que agrediu brutalmente na segunda-feira, 20, a procuradora-geral da Prefeitura de Registro, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos, na segunda-feira, 20. Segundo o governo estadual, o delegado Daniel Vaz Rocha, do 1º Distrito Policial de Registro, solicitou a prisão na 1ª Vara Criminal do município, do interior paulista.

O caso foi registrado em um boletim de ocorrência ainda na segunda, como lesão corporal e desacato, mas não ocorreu prisão em flagrante na data. No momento, a procuradora ainda apresentava ferimentos e sangramento no rosto após os repetidos chutes, cotoveladas, socos e empurrões. Parte das agressões físicas e verbais foi registrada em vídeos por testemunhas.

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Dois dias após as agressões, o delegado identificou que o procurado "vem tendo sérios problemas de relacionamento com mulheres no ambiente de trabalho, sendo que, em liberdade, expõe a perigo a vida delas, e consequentemente, a ordem pública", segundo informações do governo. Os vídeos da agressão e o depoimento da procuradora-geral foram utilizados para fundamentar o pedido de prisão preventiva.

O governador Rodrigo Garcia (PSDB) anunciou o pedido de prisão nas redes sociais. "A agressão do procurador de Registro a uma colega não ficará impune. A Polícia Civil acaba de pedir a prisão do agressor Demétrius Macedo. Que a Justiça faça a sua parte e puna todo e qualquer covarde que agrida uma mulher", publicou.

Em depoimento à polícia, Gabriela contou acreditar que as agressões ocorreram por ter aberto uma proposta de procedimento administrativo contra Macedo, encaminhada à Secretaria de Administração, após ser procurada por uma funcionária sobre atitudes hostis no ambiente de trabalho. Na segunda-feira, horas antes do episódio de violência, uma publicação do Diário Oficial determinou a criação de uma comissão para apurar a situação.

Segundo o depoimento, o espancamento ocorreu no ambiente de trabalho por volta das 16h50 de segunda-feira. Primeiro, ela foi atingida por uma cotovelada e, mesmo após cair no chão, foi agredida em diversas partes do corpo, principalmente na região do rosto e da cabeça.

Na sequência, uma funcionária tentou conter as agressões e foi também empurrada e atingida. Outra procuradora chegou a intervir, enquanto a violência e insultos verbais seguiram, até que conseguiu resgatar Gabriela. Outros servidores teriam chegado ao local e conseguiram conter Macedo.

Em nota, a prefeitura manifestou "o mais absoluto e profundo repúdio aos brutais atos de violência realizados pelo procurador municipal contra a servidora"."A administração municipal está tomando as providências necessárias", destacou. "Os servidores da Procuradoria Geral Municipal e da Secretaria de Negócios Jurídicos receberão todo apoio necessário, inclusive acompanhamento psicológico."

A prefeitura de Registro determinou a suspensão preventiva por 30 dias do procurador. A decisão foi publicada no Diário Oficial da cidade na terça-feira, 21, e prevê ainda a suspensão do pagamento de vencimentos durante o período.

Segundo a legislação municipal, a suspensão pode ser prorrogada por mais 30 dias, se "houver necessidade de seu afastamento para apuração da falta a ele imputada". Em vídeo, o prefeito Nilton Hirota (PSDB) manifestou indignação com a agressão, que chamou de "execrável", e disse que vai tomar todas as providências necessárias, respeitando as orientações legais. "Vamos tomar todas as medidas dentro dos trâmites da lei, observando o Estatuto do Servidor."

A OAB/SP também anunciou ter determinado a instauração de ofício de representação contra o procurador e o início dos trâmites processuais "necessários à suspensão preventiva do acusado" do exercício da advocacia. Segundo a instituição, ele será notificado a comparecer e "manifestar-se a respeito dos fatos para deliberação pela Turma do TED competente, que deverá concluir o processo disciplinar no prazo máximo de 90 dias".

Já o Ministério Público de São Paulo designou dois promotores de Justiça para apurar o caso. "Os promotores contataram a vítima para orientá-la e colher os primeiros subsídios para a apuração dos fatos logo depois do episódio, que também é acompanhado pelo Núcleo de Gênero do Centro de Apoio Operacional Criminal (CAOCrim)", informou em nota.

O Estadão não conseguiu contato com o procurador.

A prefeitura de Registro, no interior de São Paulo, determinou a suspensão preventiva por 30 dias do procurador Demétrius Oliveira de Macedo, que agrediu brutalmente a colega de trabalho Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos, procuradora-geral do município. A decisão foi publicada no Diário Oficial da cidade na terça-feira, 21, e prevê ainda a suspensão do pagamento de vencimentos durante o período.

O caso também foi registrado em um boletim de ocorrência na segunda-feira, 20, como lesão corporal e desacato. No momento, a procuradora ainda apresentava ferimentos e sangramento no rosto após os repetidos chutes, cotoveladas, socos e empurrões. Parte das agressões físicas e verbais foi registrada em vídeos por uma testemunha.

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Já a OAB/SP anunciou, em nota, que "tomou as providências disciplinares cabíveis, enfatizando que seguirá seu firme propósito no combate à violência contra a mulher, seja doméstica, seja em seu local de trabalho".

Segundo a legislação municipal, a suspensão pode ser prorrogada por mais 30 dias, se "houver necessidade de seu afastamento para apuração da falta a ele imputada". Em vídeo, o prefeito Nilton Hirota (PSDB) manifestou indignação com a agressão, que chamou de "execrável", e disse que vai tomar todas as providências necessárias, respeitando as orientações legais. "Vamos tomar todas as medidas dentro dos trâmites da lei, observando o Estatuto do Servidor."

Em depoimento à polícia, Gabriela contou acreditar que as agressões ocorreram por ter aberto uma proposta de procedimento administrativo contra Macedo, encaminhada à Secretaria de Administração, após ser procurada por uma funcionária sobre atitudes hostis do colega no ambiente de trabalho. Na segunda-feira, horas antes do episódio de violência, uma publicação do Diário Oficial determinou a criação de uma comissão para apurar a situação.

Segundo o depoimento, o espancamento ocorreu no ambiente de trabalho por volta das 16h50 de segunda-feira. Primeiro, ela foi atingida por uma cotovelada e, mesmo após cair no chão, foi atingida em diversas partes do corpo, principalmente na região do rosto e da cabeça.

Na sequência, uma funcionária tentou conter as agressões e foi também empurrada e atingida. Outra procuradora chegou a intervir, enquanto a violência e insultos verbais seguiram, até que conseguiu resgatar Gabriela. Outros servidores teriam chegado ao local e conseguiram conter Macedo.

Em nota, a prefeitura manifestou "o mais absoluto e profundo repúdio aos brutais atos de violência realizados pelo procurador municipal contra a servidora". "A administração municipal está tomando as providências necessárias", destacou. "Os servidores da Procuradoria Geral Municipal e da Secretaria de Negócios Jurídicos receberão todo apoio necessário, inclusive acompanhamento psicológico."

O Estadão não conseguiu contato com o procurador.

A procuradora-geral do município de Registro, no interior de São Paulo, foi agredida nesta segunda-feira (20), por um outro procurador, Demétrius Oliveira Macedo, de 34 anos, dentro da própria prefeitura e ficou com o rosto ensanguentado. A agressão foi filmada por uma outra funcionária e mostra quando Demétrius deu chutes e murros na colega de trabalho. 

De acordo com o g1, a motivação da agressão foi a abertura de um processo administrativo contra o agressor por conta da sua postura no ambiente de trabalho. Um Boletim de Ocorrência sobre o caso foi registrado no 1º Distrito Policial (DP) do município. 

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Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos, estava trabalhando quando foi surpreendida com os ataques de Demétrius. De acordo com o B.O, ele a agrediu primeiro dando uma cotovelada na cabeça e continuou com socos no rosto. 

A procuradora disse ter tentado se defender e até recebeu ajuda de uma funcionária, que foi empurrada contra a porta e bateu as costas na maçaneta. Macedo continuou com os socos e chutes mesmo com outras duas funcionárias tentando contê-lo. Além de agredir, ele também ofende Gabriela verbalmente várias vezes. 

Processo disciplinar

A procuradora informou a polícia que Demétrius apresentava comportamento suspeito e já havia sido grosseiro com outra funcionária do setor, que cobrou providências porque estava com medo de trabalhar no mesmo ambiente que ele. 

Diante da solicitação, Samadello decidiu informá-lo que enviou um memorando à Secretaria Administrativa com uma proposta de procedimento administrativo. A criação de uma comissão para apurar os fatos foi publicada em Diário Oficial na segunda-feira (20) e, segundo a vítima, motivou as agressões. 

Em nota, a Prefeitura de Registro demonstrou o “mais absoluto e profundo repudio aos brutais atos de violência realizados pelo procurador municipal contra a servidora municipal, mulher que exerce a função de procuradora-geral do município”. 

“A administração municipal está tomando as providências necessárias e já determinou, de imediato, que o agressor seja suspenso, nos termos do art. 179, c/c inc. III do art. 180, ambos da Lei Complementar nº 034/2008 - Estatuto dos Servidores Públicos do Município de Registro, com prejuízo de seus vencimentos, a partir de 21 de junho”.

A prefeitura reafirmou o compromisso com a “prevenção e enfrentamento a todas as formas de violência, principalmente aquelas que vitimizam mulheres. Os servidores da Procuradoria-Geral Municipal e da Secretaria de Negócios Jurídicos receberão todo apoio necessário, inclusive acompanhamento psicológico”, continuou, em nota. 

ATENÇÃO: CONTEÚDO DELICADO 

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Até o dia 31 deste mês, a Justiça Eleitoral encerra o prazo para a oficialização de federações partidárias. Inédita no país, a nova regra, criada depois de as coligações partidárias serem extintas para pleitos regionais e mantidas apenas para eleições majoritárias, permite que duas ou mais siglas atuem em conjunto. Inicialmente, a data final para o registro era 1º de março, mas uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) prorrogou o prazo. 

Diferentemente das coligações, onde a parceria poderia ser desfeita assim que se encerrasse o processo eleitoral, nas federações os partidos mantêm sua autonomia, mas deverão atuar como um só desde o período eleitoral, quando os candidatos vão concorrer a cargo político, até o fim dos quatro anos do mandato, caso sejam eleitos. O eventual descumprimento da regra poderá causar ao partido dissidente a impossibilidade de federar com outras siglas durante as duas próximas eleições, ou até completar o prazo mínimo remanescente.

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Aprovadas pelo Congresso no ano passado, as federações foram criadas para tentar minimizar os problemas criados pela pulverização partidária no país, que tem 32 siglas de correntes variadas. Alguns desses partidos  sequer conseguiram eleger representante no Parlamento. Unidas, as agremiações também fundem o tempo de televisão para propaganda eleitoral e recursos que recebem para campanhas e manutenção dos partidos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro definitivo da vacina da Janssen contra a Covid-19. A vacina, que já estava aprovada para uso emergencial desde 31 de março de 2021, recebeu nesta terça-feira (5) o registro definitivo.

A Janssen é a última das vacinas aplicadas no Brasil a receber o registro definitivo. Pfizer/BioNTech, AstraZeneca/Oxford e Coronavac já têm seus registros definitivos aprovados pela Anvisa.

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A vacina da Janssen, que é de dose única, pode ser aplicada tanto como primeira dose, como dose de reforço. 

Responsável pela Gerência-Geral de Medicamentos e Insumos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes explica que o registro representa o padrão ouro de avaliação de um medicamento.

“É a consolidação da análise dos melhores dados disponíveis e de forma completa, com informações mais robustas dos estudos de qualidade, eficácia e segurança, bem como do plano de mitigação dos riscos e da adoção das medidas de monitoramento. Com o registro, a população recebe um atestado de que o produto passou por exigências comparáveis às das melhores agências reguladoras do mundo”, afirma o especialista. 

O imunizante da Janssen é indicado para pessoas com 18 anos de idade ou mais e é aplicado em dose única de 0,5ml. Uma dose de reforço de 0,5 ml pode ser administrada pelo menos 2 meses após a primeira dose.

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