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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, voltou a negar nesta segunda-feira (9) qualquer envolvimento em atos ilícitos investigados pela Operação Lava Jato, ao chegar para almoço na Associação Comercial do Rio de Janeiro.

"Refuto todas as acusações, posso efetivamente esclarecer detalhes de cada siuação, não posso ser responsabilizado por requerimentos feitos por outros parlamentares", alegou. Na denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministério Público Federal pede abertura de inquérito para investigar suposto envolvimento de Cunha no esquema de recebimento de propina oriunda das empreiteiras que tinham contratados firmados com a Petrobras. As investigações preliminares da Polícia Federal indicam que Cunha teria usado aliados para pressionar as empreiteiras a pagarem uma mesada ao partido.

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Ele criticou a atuação do MPF e defendeu a utilização de critérios mais claros e objetivos para justificar o pedido de abertura de inquéritos contra políiticos.

"O estranho, continua sendo, o procurador [geral da República, Rodrigo Janot] não explicar porque ele escolheu quem investigar", criticou Cunha, sugerindo parcialidade do Ministério Público para abertura de inquéritos. "Ele tinha muito mais razões para abrir uma investigação contra o senador Delcídio [Amaral, do PT-MS], e ele [procurador] resolveu não apresentar", completou. Já o MPF considera, em petição, que são "vagos" os indícios contra Delcídio.

Sobre a possibilidade de o presidente do Senado, Renan Calheiros, abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito contra o MPF, Eduardo Cunha disse que desconhece a iniciativa e negou apoio. "Não sei, tem que ter primeiro um fato concreto que possa ser colocado", declarou.

Integrando a lista de parlamentares que serão investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento nos esquemas de corrupção da Petrobras, o líder do PT no Senado, Humberto Costa, fará um pronunciamento, nesta segunda-feira (9), em defesa própria. Além de apresentar sua defesa, o petista vai falar sobre o seu ponto de vista acerca das investigações da Operação Lava Jato e das delações premiadas que endossam a denúncia do procurador-geral de Justiça, Rodrigo Janot. 

Após o pronunciamento, a expectativa é de que o pernambucano conceda uma entrevista coletiva à imprensa, já que na última sexta-feira (6), após a divulgação da lista, ele se manifestou apenas por meio de nota. Segundo a assessoria do petista, ele passou o fim de semana no Recife, mas evitou contato com a imprensa.

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Por meio de nota, Humberto Costa declarou que recebeu "com surpresa e indignação a inclusão do seu nome entre os dos parlamentares" que serão investigados. O líder do PT no Senado, disse não ter conhecimento formal das acusações atribuídas a ele, "salvo pelas supostas informações de criminosos vazamentos seletivos oriundos de delações prestadas à Justiça por réus confessos". Ainda segundo Costa, todas as doações que recebeu em campanhas eleitorais foram "legais, auditadas, julgadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral".

De acordo com informações vazadas pela imprensa, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou em delação premiada que o pernambucano recebeu, em 2010, de parte da "comissão" da cota de 1% destinada ao PP, partido da base aliada do governo. O porcentual representaria R$ 1 milhão do esquema de propinas e corrupção na Petrobrás. 

A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) saiu em defesa do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, neste domingo, 8. Janot tem sido alvo de críticas nos últimos dias, após a divulgação da lista de políticos que serão investigados na Operação Lava Jato.

Em nota, a ANPR sustenta que Janot e os integrantes do Ministério Público Federal (MPF) atuam na Lava Jato "sem se deixarem intimidar ou influenciar" por ingerência política e manifesta "irrestrito apoio ao procurador-geral da República na condução das investigações".

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Neste domingo, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - um dos investigados - acusou Janot de "agir politicamente em conjunto com o governo" e de ter "escolhido" quem investigar.

Em coluna publicada ontem no jornal O Estado do Maranhão, o ex-senador e ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP) acusou Janot de incluir sua filha, a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB) na lista de investigados sob suspeita de corrupção na Petrobrás por vingança.

"É atribuição inalienável dos procuradores da República a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais. O procurador-geral e demais colegas, no curso da Lava Jato, vêm apenas primando, com disciplina, sobriedade e esmero, a honrar tais compromissos, sem se deixarem intimidar ou influenciar por qualquer ingerência política", defende a ANPR.

A nota é assinada pelo Procurador Regional da República, Alexandre Camanho. A associação aponta a "competência e seriedade" com que ações referentes à Lava Jato estão sendo executadas e "assegura à população" que os procuradores seguem o estabelecido na legislação brasileira "visando tão somente ao seu cumprimento e à proteção do patrimônio público e da probidade administrativa".

O ministro Teori Zavascki deferiu a abertura de inquérito para investigar 39 autoridades pelo crime de formação de quadrilha para a prática de corrupção e lavagem de dinheiro, relacionada ao pagamento de propinas na Petrobras. O pedido foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

De acordo com a decisão de Teori, divulgada nessa sexta-feira (6), 19 deputados, sete senadores e 11 ex-deputados, além de João Vaccari Neto e Fernando Baiano (apontados como operadores do esquema), serão investigados por “esquema criminoso montado” dentro da estatal. Ele acolheu pedido feito por Janot, que argumenta que grupos de políticos ligados a pelo menos três partidos (PP, PT e PMDB) agiam em associação criminosa.

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“No decorrer das investigações sobre lavagem de dinheiro, detectaram-se elementos que apontavam no sentido da ocultação de recursos provenientes de crimes de corrupção praticados no âmbito da Petrobras. O aprofundamento das apurações conduziu a indícios de que, no mínimo entre os anos de 2004 e 2012, as diretorias da sociedade de economia mista estavam divididas entre partidos políticos, que eram responsáveis pela indicação e manutenção de seus respectivos diretores”, escreveu Janot na petição enviada a Teori.

Além do inquérito para apurar formação de quadrilha, o magistrado deferiu nessa sexta-feira (6) 21 pedidos para investigar autoridades com suspeita de envolvimento em desvios na Petrobras. Ele delega o juiz Márcio Schiefler Fontes, que trabalha em seu gabinete, para conduzir o inquérito criminal sobre autoridades com prerrogativa de foro, em sua maioria.

Constam na lista nomes como o do presidente do Senado, Renan Calheiros, dos senadores Benedito de Lira (PP-AL), Ciro Nogueira (PP-PI), Edison Lobão (PMDB-MA), Romero Jucá (PMDB-RR) e Valdir Raupp (PMDB-RO), além dos ex-ministros de Estado Aguinaldo Ribeiro (atualmente é senador pelo PP-PB) e Mário Negromonte. Lobão também foi ministro dos governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff.

Na petição protocolada no início da semana no STF, Rodrigo Janot enumera uma série de elementos. “[Esses indícios] justificam a instauração de inquérito para a integral apuração do processo sistêmico de distribuição de recursos ilícitos a agentes políticos, notadamente com utilização de agremiações partidárias, no âmbito do esquema criminoso perpetrado junto à Petrobras.”

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), apontou ontem "grave e deliberada omissão" do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por não ter permitido ao parlamentar "contestar as inverdades levantadas contra a sua pessoa". Em nota divulgada à imprensa, o peemedebista informou que a advocacia do Senado pediu pela manhã ao relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, o acesso em caráter "urgentíssimo" ao processo.

Renan está entre as 54 pessoas incluídas nos pedidos de abertura de inquérito feitos por Janot na terça-feira. À noite, foi divulgado que o presidente do Senado está entre os parlamentares que serão investigados pela Procuradoria-Geral.

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Pelo segundo dia consecutivo, Renan se posicionou de forma crítica à maneira como Janot conduziu os processos da Lava Jato e os pedidos de investigação de políticos suspeitos de envolvimento com o esquema. Na quinta-feira, Renan já havia feito ataques indiretos ao procurador-geral. Afirmou que era preciso mudar as regras no Ministério Público em caso de procuradores que estivessem disputando a reeleição - é o caso de Janot, cujo mandato acaba em setembro.

Plenário. Se o Supremo autorizar a investigação sobre o envolvimento do peemedebista com o esquema de desvios na Petrobras e o parlamentar for posteriormente denunciado pela Procuradoria-Geral da República, o julgamento será conduzido pelo plenário da Corte, e não pela 2.ª turma, formada por cinco ministros, como ocorrerá com os demais congressistas. A legislação estabelece que os atos tanto do presidente do Senado como do da Câmara só podem ser examinados pelo plenário do STF. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A procuradoria-geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra cerca de 45 parlamentares com mandato, conforme apurou a reportagem. Na quarta-feira, 4, a PGR enviou ao Supremo 28 pedidos de abertura de inquérito envolvendo 54 investigados com ou sem foro privilegiado. Esse último caso pode abranger tanto parlamentares sem mandato quanto pessoas sem prerrogativa de foro que tiveram atuação próxima aos políticos no suposto esquema de corrupção na Petrobras.

A Agência Estado apurou que juntamente com os pedidos de abertura de inquérito, Janot solicitou ao STF o cumprimento de ao menos quatro mandados de busca e apreensão, quebras de sigilos telefônico e bancário. O sigilo telefônico poderia confirmar não o teor, mas que houve conversas entre os investigados, uma vez que o pedido será para ter acesso ao extrato da conta telefônica.

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Na lista estão o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), os senadores Lindhberg Farias (PT-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Romero Jucá (PMDB-RR), Edison Lobão (PMDB-MA) e Fernando Collor (PTB-AL). A PGR pediu ainda o arquivamento de investigações sobre o ex-presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e sobre o senador Aécio Neves (PSDB-MG). O procurador-geral da República Rodrigo Janot descartou pedir investigação sobre a presidente Dilma Rousseff, que teve o nome citado pelo doleiro Alberto Youssef, um dos delatores do esquema, por considerar que a menção a petista é anterior ao mandato de presidente.

Aos procuradores, os delatores da Operação Lava Jato citaram o envolvimento de parlamentares do PT, PMDB, PP, PSDB e PSB.

Os nomes das pessoas que aparecem na lista não foram divulgados pelo STF, em razão de o caso estar sob sigilo de Justiça. Na relação há políticos com mandato, sem mandato e pessoas que, por estarem ligadas diretamente aos casos que envolvem políticos, acabaram incluídas nos pedidos de inquérito. O ministro do Supremo Teori Zavascki, relator das ações relativas à Operação Lava Jato, deve decidir pela divulgação dos nomes nessa sexta-feira, 6.

Conforme pessoas envolvidas nas investigações, a lista de cerca de 45 parlamentares pode crescer com o avanço das investigações e de novas delações que estão sendo colhidas no âmbito da Lava Jato.

O gabinete do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, prepara uma viagem dele a Curitiba, cidade que concentra as investigações da Operação Lava Jato. A viagem está programada para o início da próxima semana.

Os preparativos da visita de Janot aos colegas sediados na capital do Paraná começam poucos dias após Janot ter enviado para o STF, nessa terça-feira, 3, o pedido de abertura de inquéritos sobre a participação de políticos com foro privilegiado nos fatos investigados.

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Em 11 de dezembro, Janot já esteve em Curitiba para participar da divulgação da denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra um grupo de 36 pessoas investigadas na operação por causa do esquema de corrupção na Petrobras. O grupo incluía 25 executivos ligados às empreiteiras Camargo Corrêa, Mendes Júnior, UTC, OAS, Galvão Engenharia e Engevix.

A capital paranaense é a cidade a partir de onde a Polícia Federal planejou as ações da Lava Jato. A primeira fase da operação, chefiada pelo delegado da PF Márcio Anselmo, ocorreu em março de 2014 e resultou na prisão de doleiros, incluindo Alberto Youssef, que, meses depois, aceitaria fazer um acordo de delação premiada com a Justiça. Em novembro, na sétima fase da operação, os depoimentos de delatores ajudaram a prender executivos de algumas das maiores empreiteiras do País.

Os processos decorrentes das investigações também são conduzidos em Curitiba, pelo juiz federal Sérgio Moro, da primeira instância. Menções a autoridades com foro privilegiado (que só podem ser processadas nos tribunais superiores) foram analisadas pela Procuradoria-Geral da República que, nesta semana, enviou uma lista de nomes para o STF.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMBD -RJ), voltou a negar, nesta quarta-feira (4), ter sido avisado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de que ele estaria na lista de políticos suspeitos de terem sido beneficiados pelo esquema de desvio de recursos da Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato da Polícia Federal.

“Não fui avisado. Esse fato é mentiroso, já admiti. Não tem qualquer fundamento, não recebi qualquer aviso de quem quer que seja. Até agora transformaram a mentira do aviso na especulação da matéria. Não conheço o conteúdo, não preciso comentar especulação", frisou em entrevista coletiva ao chegar na Câmara. "Não tenho absolutamente nada a temer. Investiguem o que tiver de investigar. Eu quero conhecer o conteúdo para poder falar. Isso me parece, na minha visão, mais uma alopragem”, disparou acrescentando.

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Informações divulgadas pela imprensa, nessa terça-feira (3), afirmam que Cunha e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), teriam sido informados que estariam na lista de Janot a ser entregue ao ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).

*Com informações da Agência Câmara.

Tem tirado o sono dos políticos o clima de tensão e apreensão com a divulgação da lista dos parlamentares, governadores e ex-governadores supostamente envolvidos na operação Lava Jato, que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, promete liberar até amanhã.

Fala-se em 30 deputados, oito senadores e quatro governadores. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que até então demonstrou desdém pela denúncia do Ministério Público Federal ao STF, agora teme ser citado, segundo tem deixado transparecer nos últimos dias.

Antes confiante de que ficaria fora do rol, o peemedebista disse a aliados ter recebido sinais de que seu nome poderá ser incluído. “Diante da hipótese, Cunha se mostrou colérico e disposto a se vingar do governo”, revela um parlamentar bem próximo ao presidente da Câmara.

Na semana passada, Cunha afirmou que "a Câmara não ia parar” por causa da lista: “Primeiro, que não tem processo de cassação. Para começar, um processo de cassação vai demorar muito. Tem que ter representação, depois tem que ter admissibilidade, e depois de votar admissibilidade, tem que instaurar o processo. A Casa vai trabalhar normalmente", afirmou.

Esta declaração foi anterior ao tomar conhecimento de que seu nome irá ser um dos citados na lista, que tudo indica deve ser levado ao conhecimento da Nação amanhã. Resta saber se de fato aparecer entre os envolvidos, Cunha vai se manter dócil em relação ao impeachment ou se endurece o jogo.

REAÇÃO NAS RUAS– Diante da manifestação pelo impeachment de Dilma convocado pelas redes sociais para o próximo dia 15, os petistas resolveram reagir. Engrossam a manifestação que a CUT está promovendo dois dias antes, em 13 de março, em defesa da democracia e da Petrobras. O ato de São Paulo terá a presença do ex-presidente Lula. Os manifestantes não vão se encontrar nas ruas do país, mas não deixarão de se enfrentar.

O “carioca” arroganteEsnobe, metido a cavalo de cão, o presidente que não preside o PSDB estadual, Bruno Araújo, tem mania de fingir que não é nordestino, exagerando no sotaque carregado nos esses. Por isso, em Brasília ganhou o apelo de “Carioca”. Achando-se um político nacional, que, convenhamos, está distante léguas, o “Carioca” resolver passar o comando do partido para Antônio Moraes. “Não tenho tempo para as questiúnculas locais”, alega. É a bala que matou Kennedy.

Mais energia na ilhaEm São Paulo, o administrador de Fernando de Noronha, Reginaldo Valença Júnior, discutiu com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, parcerias para investimentos em matrizes energéticas na ilha. Há pouco, ele implantou no arquipélago um projeto pioneiro, instalando um sistema de iluminação pública via energia solar.

Azul e brancoO governador Paulo Câmara está convencido de que não será fácil atrair investimentos federais para o Estado diante da crise nacional e do ajuste fiscal. Por isso, já adotou o discurso, transmitido na última reunião com o secretariado, de que trabalhará, como Roberto Magalhães, em cima do dinheiro azul e branco e esperar as transferências voluntárias da União.

No lombo do trabalhador– Fevereiro se despediu deixando um rastro negativo na economia e uma conta salgada para o trabalhador. Entre as medidas amargas tomadas pelo Governo estão o aumento de impostos, o reajuste dos combustíveis, a alta extra na tarifa de energia e mudanças em benefícios sociais como seguro-desemprego, auxílio-doença, abono salarial e pensão por morte, sendo que estas últimas começam a valer a partir de hoje.

CURTAS

PAULEIRA– Pela agenda traçada para o Governo nos Municípios, entre os dias 13, 14 e 15, o governador Paulo Câmara faz seminários, pela ordem, em Araripina, compreendendo o Sertão do Araripe, Petrolina, o Sertão do Francisco, e Salgueiro, o Sertão Central. Quem gosta de cruzar os braços no fim de semana que se cuide!

ISOLADO Para o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que levou, ontem, um puxão de orelha de Dilma pelas provocações a Guido Mantega, está isolado e por isso mesmo terá dificuldades de fazer o ajuste fiscal.

Perguntar não ofende: Quantos pernambucanos vão aparecer na lista de Janot?

A semana começa com a expectativa de quais políticos terão o nome cravado na lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, como citados no esquema de corrupção da Petrobras. A preocupação maior no meio político é com a possibilidade de Janot apresentar denúncias contra parlamentares ao Supremo Tribunal Federal - o que significaria haver indícios fortes da participação do acusado nos desvios de verba.

Apreensivos, alguns políticos já tentam reduzir o impacto da medida com o argumento de que, se houver apenas pedidos de inquérito - quando há necessidade de mais investigação -, o reflexo pode ser a desidratação do escândalo de corrupção na Petrobrás e diminuição da força do trabalho que está sendo desenvolvido pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz as investigações da Lava Jato.

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Dezenas de nomes de parlamentares apareceram nos depoimentos dos delatores da Operação Lava Jato, entre eles os dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL), que negam as acusações. Conforme revelou o Estado em dezembro passado, só na lista do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa são ao menos 28 políticos mencionados.

A lista também é esperada para definir os rumos da nova CPI da Petrobras na Câmara. A bancada do PSOL pretende solicitar ao Supremo que os citados na lista não integrem a comissão.

Existem 42 procedimentos no Supremo relativos aos fatos apurados em duas delações da Lava Jato. O número não coincide necessariamente com a quantidade de políticos citados.

Além da lista de Janot, que deve ser apresentada até quarta-feira, os acordos de delação premiada firmados por dois executivos da Camargo Corrêa - Dalton Avancini e Eduardo Leite - são outro motivo de apreensão no meio político. Eles são os dois primeiros executivos de uma empreiteira de grande porte que aceitaram colaborar com as investigações. O temor é de que essas delações estimulem outros empreiteiros a também contar o que sabem, o que poderá ampliar o leque de atingidos.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, participou nesta sexta-feira, 27, de um ato de repúdio ao atentado sofrido pelo promotor Marcos Vinícius Ribeiro Cunha, que conduziu investigação que levou à cassação do mandato do ex-presidente da Câmara de Monte Carmelo Valdelei José de Oliveira.

O evento, organizado na sede da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), foi realizado sob forte aparato de segurança, que se estendia também para outros pontos de Uberlândia, principalmente o trajeto feito por Janot e outras autoridades, como o procurador-geral de Justiça de Minas, Carlos André Mariani Bittencourt, e integrantes dos ministérios públicos de vários Estados, além de magistrados e representantes de outros órgãos de segurança.

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Segundo o tenente Thiago Lana, da Companhia de Missões Especiais da Polícia Militar mineira e encarregado de coordenar a operação, 80 militares foram mobilizados para participar do esquema de segurança, além de dezenas de policiais civis, federais e de seguranças das demais instituições, como o Ministério Público e a magistratura.

No caso da PM, além de integrantes da companhia de área, também foram mobilizados integrantes do Grupamento de Ações Táticas Especiais (Gate), do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) e do canil. Todo o entorno da OAB estava repleto de militares fortemente armados, inclusive com fuzis automáticos, além de dezenas de viaturas.

Até atiradores de elite e um helicóptero do Comando de Radiopatrulhamento Aéreo (CORPAer) foram mobilizados para garantir a segurança. O aparato, que já era bastante ostensivo no aeroporto, foi montado também na sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Triângulo, onde Janot se encontrou com o promotor Marcos Vinícius Cunha, que teve alta do hospital na quinta-feira, 26. "Infelizmente, o fato com o promotor já ocorreu. Agora, temos que pensar para frente. Estamos trabalhando para que nada aconteça. Não só por causa do procurador-geral da República, mas também de todas as outras autoridades presentes", salientou o tenente Thiago Lana.

Lava Jato

Na próxima semana, o procurador-geral da República deve apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedidos de abertura de inquérito ou denúncia contra dezenas de políticos acusados de envolvimento no bilionário esquema de desvio de recursos da Petrobrás investigado pela Operação Lava Jato. O caso já levou ex-diretores da estatal e executivos de algumas das maiores empreiteiras do País para a prisão.

Nesta semana, Janot se encontrou com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para falar sobre o aumento no risco à sua segurança. Durante o evento, o procurador revelou que sua casa foi invadida em janeiro e que nada de valor foi levado, levantando suspeitas. Questionado se acredita que o aumento das ameaças teria relação com o caso Lava Jato, Janot foi sucinto: "Não sei. Isso eu não posso dizer". Mas, em seu discurso, defendeu um combate a duas "chagas que hoje destroem a sociedade brasileira". "De um lado é a corrupção e de outro o crime organizado em suas diversas atuações."

Ato

Além do forte aparato de segurança, o tema de todos os discursos feitos no ato, assim como o das conversas entre os diversos representantes de órgãos de segurança presentes ao evento era um só: o atentado a Marcos Vinícius e a ameaça à segurança dos agentes públicos. O promotor foi baleado duas vezes nas costas e uma no braço no último dia 21, ao deixar a sede da promotoria de Monte Carmelo, no Alto Paranaíba. No dia seguinte, Juliano Aparecido de Oliveira, de 21 anos, admitiu ter atirado em Cunha para se vingar de uma ação do promotor que levou à cassação do mandato do pai do acusado, o ex-presidente da Câmara do Município Valdelei José de Oliveira, também preso.

Para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o ataque ao promotor foi um "duplo atentado". "Além da integridade física do colega Marcos Vinícius, (o atentado) atinge a instituição Ministério Público. E não é uma instituição qualquer. É a instituição que a Constituição Federal vocacionou para ser aquela responsável na defesa do Estado democrático de Direito. Atingir essa instituição é, sim, atingir o Estado democrático de Direito", declarou.

Sem citar os riscos à própria vida que o levaram a aumentar as medidas de segurança, Janot salientou que o ato promovido nesta sexta foi importante para que "não deixemos que estes atentados e coações sejam banalizados". "A partir do momento em que aceitemos a banalização desses atentados e dessas ameaças, a nossa estrada será sombria e o resultado não será bom. Não podemos tolerar de forma alguma ameaças e atentados aos agentes públicos", afirmou. "Foi um atentado contra tudo e contra todos", concordou o presidente da Associação Mineira do Ministério Público, o procurador de Justiça Nedens Ulisses Freira Vieira, segundo o qual a atividade do MP "é de risco porque atrai a ira".

A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) divulgou nesta sexta-feira, 27, nota em que rechaça as ameaças à segurança do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O chefe do Ministério Público Federal afirmou mais cedo, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, que sua casa foi arrombada e que, em razão de "fatos concretos", passou a adotar medidas para garantir sua integridade física. Janot, porém, disse não saber se o risco está relacionado com algum caso específico, como a Operação Lava Jato, que investiga esquema de lavagem de dinheiro e desvios envolvendo contratos da Petrobrás.

"Seja no interior do País ou na capital federal, é inaceitável que tentativas isoladas ou perpetradas por grupos criminosos assombrem o cotidiano daqueles que têm a atribuição constitucional de defender os direitos da sociedade", afirmou a ANPR, em nota assinada pelo presidente da entidade, Alexandre Camanho de Assis.

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A manifestação, disse que, em Brasília, por força dos desdobramentos da Lava Jato, "fatos concretos" obrigaram o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a adotar medidas de contenção.

A ANPR afirmou que é dever do Estado assegurar a integrantes do Ministério Público que possam "executar suas funções profissionais sem intimidação, obstáculo, perturbação, interferência imprópria ou exposição injustificada a obrigação civil, penal ou outras". "Aceitar o contrário seria relegar a sociedade brasileira aos desmandos e vontades de criminosos. Significaria, em última instância, abrir mão do Estado Democrático de Direito e renunciar a valores tão caros para a República brasileira: os direitos humanos e as garantias fundamentais", afirmou.

A entidade destacou que, no momento em que a sociedade assiste perplexa o cerco se fechar contra a corrupção, o alto nível de organização de quadrilhas criminosas revela que a guerra contra o crime permanece desafiadora. A nota observou que, como guardiões da ordem jurídica e do regime democrático, "os membros do Ministério Público não hesitarão em continuar na linha de frente do combate à criminalidade, e tampouco se intimidarão".

A ANPR afirmou que ameaçar as magistraturas do MP e do Judiciário constitui ameaça à própria democracia. A entidade conclui a nota com um alerta para a necessidade de se assegurar ao procurador-geral da República a segurança "indispensável" ao desempenho de sua atribuição constitucional.

O senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), classificou como "uma piada" os rumores de que seu nome estaria na lista de políticos investigados na Lava Jato que será entregue ao Supremo Tribunal Federal nos próximos dias pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot. O senador mineiro deu a declaração depois de participar de um almoço com as principais lideranças do PSDB na sede do Instituto Fernando Henrique Cardoso, no centro de São Paulo.

A expectativa é de que até o começo da semana que vem Rodrigo Janot apresente ao Supremo a lista de políticos que apareceram nas investigações da Lava Jato, que apura a lavagem de cerca de R$ 10 bilhões envolvendo fraudes principalmente na Petrobras. Ainda não se sabe se o procurador-geral da República vai pedir a abertura de ações penais contra os políticos ou se vai pedir a aberturas de inquéritos para aprofundar as investigações.

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Economia

Também participaram do encontro os senadores Cássio Cunha Lima (PB), líder do partido no Senado, Aloysio Nunes (SP), Tasso Jereissati (CE), José Serra (SP), além do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Os tucanos disseram que o encontro foi marcado para "discutir a conjuntura nacional" e nenhum dos presentes confirmou participação na manifestação marcada para o dia 15 de março pelas redes sociais para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

Depois da reunião de mais de duas horas, Aécio afirmou que há uma preocupação crescente com o quadro econômico do País e que as recentes medidas anunciadas pelo governo da presidente Dilma Rousseff podem aumentar ainda mais o cenário recessivo, com piora da inflação e da taxa de desemprego.

"O cenário que nos aguarda é extremamente preocupante. Nos preocupa a fragilidade do País e a desorganização do governo na economia", disse Aécio, em rápida entrevista coletiva.

Ao falar da preocupação com os rumos do Brasil, Aécio criticou a presidente Dilma, dizendo que ela está desdizendo o que afirmou durante a campanha eleitoral e poderia mudar o slogan para "Brasil, país da mentira." O senador foi derrotado pela petista na campanha de outubro do ano passado.

Impeachment

Sobre as manifestações previstas para ocorrer no mês de março contra o governo petista, Aécio disse que numa democracia isso é natural. O presidente tucano classificou ainda de lamentáveis as declarações recentes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o escândalo da Petrobras. Na sua avaliação de Aécio, isso em nada contribui para que se resolva a crise que envolve a maior empresa brasileira.

Apesar das críticas, o senador reconheceu que, "felizmente", as instituições ainda funcionam no Brasil.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, confirmou nesta sexta-feira, 27, que tem sua segurança ameaçada. Ele afirmou que há "fatos concretos" que o obrigam a adotar medidas para garantir sua integridade física, mas disse não saber se o risco está relacionado com algum caso específico, como a Operação Lava Jato.

"Não sou uma pessoa assombrada. Mas alguns fatos concretos têm me levado a adotar algumas regras de contenção", disse Janot. E citou como exemplo o arrombamento de sua casa no fim de janeiro passado, quando criminosos teriam ficado pelo menos oito minutos dentro de sua residência. "Tinha lá uma pistola .40 com três carregadores, máquina fotográfica e tudo quanto é coisa de valor. E a única coisa que foi levada foi o controle do portão", revelou. "Daí para cá, tenho recebido relatórios de inteligência. E nos relatórios últimos, parece que aumentou um pouquinho o nível de risco. Por isso as precauções", acrescentou.

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Na próxima semana, o procurador-geral da República deve apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a lista de políticos que devem ser investigados por denúncia de envolvimento no esquema de desvio de recursos da Petrobras, apurado por meio da Operação Lava Jato. Questionado se acredita que o risco que corre teria relação com o caso, Janot foi sucinto: "Não sei. Isso eu não posso dizer".

Ele esteve em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, para participar de ato em repúdio ao atentando sofrido pelo promotor Marcos Vinícius Ribeiro Cunha, atingido por três tiros no último dia 21 em Monte Carmelo, no Alto Paranaíba, por causa de investigação que levou à cassação do mandato do ex-presidente da Câmara municipal Valdelei José de Oliveira.

Janot confirmou que viajou para o município mineiro em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), evitando voo de carreira. Essa foi uma das recomendações feitas pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em reunião não agendada previamente com o procurador-geral na quarta-feira, 25. Segundo Janot, "com certeza" a reunião foi para falar sobre sua segurança.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou nesta quarta-feira, 25, ao ministro Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal (STF) parecer favorável ao pedido de extinção de pena de José Genoino, condenado no julgamento do mensalão.

A extinção da pena tornou-se possível graças a decreto presidencial de 24 de dezembro do ano passado, que concede o perdão da pena para aqueles que tiverem pena privativa de liberdade inferior a oito anos e que tenham cumprido um terço da pena para o caso de presos não reincidentes. Genoino foi condenado a uma pena de quatro anos e oito meses de prisão no julgamento da Ação Penal 470, o mensalão. Até 25 de dezembro, quando começou a valer o decreto presidencial, o ex-deputado havia cumprido um ano, um mês e dez dias da pena, período que foi estendido pelo fato de o réu ter conseguido reduzir 34 dias da punição, alcançando com isso o período mínimo necessário para pedir o benefício, de um ano, dois meses e 14 dias.

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Em seu parecer, Janot ponderou que "o apenado preenche os requisitos estabelecidos no Decreto n ª 8.380/2014, imperioso o reconhecimento do direito à concessão do indulto natalino, declarando-se extinta a punibilidade", escreveu o PGR. "Ante o exposto, o Procurador-Geral da República se manifesta favoravelmente à concessão do indulto natalino ao sentenciado, caso não haja outro óbice legal ao benefício."

A decisão depende contudo, do ministro Luís Roberto Barroso, relator do mensalão no Supremo. O pedido de indulto natalino foi apresentado pela defesa do ex-deputado e ex-presidente do PT no último dia 8. Atualmente, Genoino cumpre em regime aberto ao restante da pena.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou nesta sexta-feira, 13, ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer em que opina a favor da progressão de regime do ex-deputado João Paulo Cunha (PT), condenado no processo do mensalão. Se o ministro relator do caso na Corte, Luís Roberto Barroso, seguir o parecer do procurador, Cunha terá direito a passar para o regime aberto, no qual cumprirá o restante da pena em regime domiciliar.

Em dezembro, Barroso havia negado o pedido de progressão de regime ao ex-deputado. Embora já tivesse cumprido o tempo de prisão necessário para passar para o regime aberto e registrado bom comportamento carcerário, ele não havia comprovado o ressarcimento de R$ 536,4 mil para a administração pública. Este foi o valor considerado como dano causado com o crime de peculato praticado por Cunha no esquema.

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Na semana passada, o ex-deputado encaminhou à Justiça o comprovante do pagamento dos R$ 531 mil faltantes do valor total. Ele já havia pago R$ 5 mil aos cofres públicos em dezembro.

Janot considerou que, com o pagamento, Cunha passa agora a ter direito à progressão de regime. "Comprovado o pagamento prévio do valor mínimo a título de reparação dos danos causados à Administração Pública, não mais índice o óbice previsto no artigo 33, parágrafo 4º, do Código Penal", escreveu o PGR. "Com efeito, imperioso reconhecer a possibilidade da progressão de seu regime prisional", completou Janot.

Atualmente, no regime semiaberto, Cunha sair durante o dia para trabalhar mas volta para a prisão no período da noite. Agora, aguarda a definição do ministro do STF sobre sua situação.

Condenado a seis anos e quatro meses de prisão por peculato e corrupção passiva, Cunha é o único condenado do núcleo político do mensalão que ainda não passou para o regime aberto. Já foram autorizados a mudar se regime o ex-ministro José Dirceu, o ex-deputado José Genoino (PT), o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, Valdemar Costa Neto (PR-SP), Bispo Rodrigues e Pedro Corrêa (PP-PE) e o ex-tesoureiro do extinto PL Jacinto Lamas.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, cumpriu nesta segunda-feira, 09, agenda nos Estados Unidos acompanhado de um grupo de procuradores que atuam nos trabalhos de investigação da Operação Lava Jato.

Ele realizou uma visita de cortesia ao FBI em retribuição a uma visita que órgão havia feito em 2014 à PGR. Nos próximos dias, estão previstas reuniões com o Banco Mundial para a assinatura de um convênio, no Departamento de Justiça dos Estados Unidos e na Organização dos Estados Americanos (OEA).

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Acompanha Janot na reunião o procurador e secretário de cooperação internacional, Vladimir Aras, que faz parte do grupo montado pelo PGR para auxiliar nos desdobramentos da Lava Jato junto ao Supremo Tribunal Federal.

Também viajam aos EUA no mesmo período dois integrantes da força-tarefa que conduz as investigações no Paraná: Deltan Dallagnol, coordenador dos trabalhos na 1ª instância, e o procurador Carlos Fernando Lima.

Os dois, junto com o procurador Marcello Miller, vão participar de reunião técnica com Departamento de Justiça e com a Securities and Exchange Commission (SEC), na qualidade de representante do Ministério Público Federal. A SEC é o órgão que fiscaliza o mercado de capitais americano.

A previsão é que o grupo volte ao Brasil na quinta-feira, 12.

Em janeiro, uma delegação composta por procuradores da República foi à Suíça para buscar novos documentos ligados ao escândalo de corrupção na Petrobras.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, viaja neste final de semana para os Estados Unidos acompanhado de um grupo de procuradores que atua nos trabalhos de investigação da Operação Lava Jato.

Oficialmente, o PGR participará de reuniões com o Banco Mundial, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Agência Federal de Investigação (FBI) e a Organização dos Estados Americanos (OEA). Acompanha Janot na reunião o procurador e secretário de cooperação internacional, Vladimir Aras, que faz parte do grupo montado pelo PGR para auxiliar nos desdobramentos da Lava Jato junto ao Supremo Tribunal Federal.

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Também viajam aos EUA no mesmo período dois integrantes da força-tarefa que conduz as investigações no Paraná: Deltan Dallagnol, coordenador dos trabalhos na 1ª instância, e o procurador Carlos Fernando Lima.

Os dois, junto com o procurador Marcello Miller, vão participar de reunião técnica com Departamento de Justiça e com a Securities and Exchange Commission (SEC), na qualidade de representante do Ministério Público Federal. A SEC é o órgão que fiscaliza o mercado de capitais americano. A previsão é que o grupo volte ao Brasil na quinta-feira, 12.

Em janeiro, uma delegação composta por procuradores da República foi à Suíça para buscar novos documentos ligados ao escândalo de corrupção na Petrobras.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot enviou ao Supremo Tribunal Federal, parecer favorável à prisão preventiva do ex-diretor de Serviços e Engenharia da Petrobras, Renato de Souza Duque, apontado como operador do PT no esquema de propinas na estatal investigado na Operação Lava Jato.

O parecer foi encaminhado no habeas corpus ajuizado por Duque que tramita no STF. O ex-diretor foi preso em 14 de novembro do ano passado, na sétima etapa da Lava Jato, e solto em dezembro, após decisão liminar do ministro Teori Zavascki. A Corte agora analisa o mérito do habeas corpus.

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Para Janot, há dados suficientes para a prisão, sendo insuficientes medidas como proibição de deixar o País e obrigação de entregar o passaporte. No parecer, o procurador-geral da República afirma que o ex-diretor da Petrobras "possui inúmeras possibilidades de se evadir por inúmeros meios e sem mínimo controle seguro, especialmente se consideradas as continentais e incontroladas fronteiras brasileiras".

Duque foi apontado pelos delatores Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como responsável pelo PT do esquema de arrecadação de propina via Diretoria de Serviços na Petrobrás. Por meio dela, o partido ficaria com 2% de todos grandes contratos da estatal. Sua indicação teria sido feita pelo ex-ministro José Dirceu.

O juiz Sérgio Moro, responsável pelas ações da Lava Jato na Justiça Federal do Paraná, converteu a prisão temporária de Duque em preventiva no fim do ano passado. Na decisão, ele se baseou nos depoimentos de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef. Para o magistrado, "sem a preventiva, corre-se o risco do investigado tornar-se foragido e ainda fruir de fortuna criminosa, retirada dos cofres públicos e mantida no exterior, fora do alcance das autoridades públicas".

A defesa do ex-diretor recorreu ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que mantiveram a prisão. No recurso ao STF, o ministro Teori Zavascki deferiu parcialmente a liminar no habeas corpus para revogar a prisão preventiva, substituindo-a por medidas mais brandas: proibição de deixar o País, proibição de mudar de endereço sem autorização, obrigação de entregar o passaporte no prazo de cinco dias e obrigação de comparecer a todos os atos do processo.

Em um duro discurso na manhã desta terça-feira, 9, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que o escândalo na Petrobras "convulsiona" o País e, como "um incêndio de largas proporções" consome a estatal e produz "chagas que corroem a probidade e as riquezas da nação". Janot disse ver "um cenário tão desastroso na gestão" da empresa e prometeu "não descansar" para fazer com que todos respondam pelos crimes cometidos. Para o procurador, a corrupção é um problema que "mata e sangra" e defendeu que "corruptos e corruptores precisam conhecer o cárcere".

"Urge um olhar detido sobre a Petrobras, em especial sobre os procedimentos de controle a que está submetida. Em se tratando de uma sociedade de economia mista, com a presença de capital majoritário da União - e, pois, do povo brasileiro - é necessário maior rigor e transparência na sua forma de atuar", afirmou o procurador-geral.

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A procuradoria tem conduzido as investigações da Operação Lava Jato com a constituição de uma "força-tarefa" atuante no Paraná, onde se concentra a apuração do caso, conduzido pelo juiz Sérgio Moro. Janot foi responsável pela criação do grupo de procuradores e é o competente para pedir ao Supremo Tribunal Federal a abertura de ação penal nos casos em que há envolvimento de autoridades ou parlamentares com foro privilegiado.

"Nem bem se encerrou a ação penal 470 (mensalão), revela-se ao País outro grande esquema de corrupção em investigação profunda", disse Janot, em referência à Lava Jato. O PGR garantiu que a "resposta aos que assaltaram a Petrobras será firme" dentro e fora do País e disse que caberá aos procuradores que atuam na primeira instância do Judiciário propor ações penais e de improbidade "contra todos aqueles que roubaram o orgulho dos brasileiros pela sua companhia". A ele próprio, disse, cabe apoiar a atuação dos colegas e apresentar ação penal contra os detentores de foro especial. "Ninguém se beneficiará de ajustes espúrios, podem ter a certeza", disse.

Ele informou que em janeiro uma missão de procuradores da República irá aos Estados Unidos para cooperar com o Departamento de Justiça norte-americano e "sufocar" criminosos que se valeram de fraudes e lavagem de dinheiro para "destruir" o patrimônio e a marca da Petrobrás. Missões da Procuradoria já foram à Suíça e à Holanda para realizar investigações relacionadas à Lava Jato e ao caso envolvendo a SBM offshore.

Ao falar sobre os problemas na gestão da estatal, o procurador disse que são esperadas as "reformulações cabíveis" inclusive com eventual substituição da diretoria e trabalho colaborativo com o Ministério Público.

"Aqui e alhures, a decisão é de ir fundo na responsabilização penal e civil daqueles que engendraram esse esquema. Não haverá descanso. O PGR não tergiversa nem renuncia ao dever de fazer valer o interesse maior da nação. A PGR age", disse Janot. Ele garantiu que o Ministério Público Federal fará com que "todos os criminosos" envolvidos no esquema respondam perante o Judiciário.

Sangra e mata. As declarações foram feitas na abertura de evento organizado pela PGR em celebração ao Dia Internacional de Combate à Corrupção, nesta terça-feira. Um dia em que o País tem motivos para lamentar, disse Janot. "E lamentar muito." "O Brasil ainda é um país extremamente corrupto (...) Envergonha-nos estar onde estamos", afirmou Janot, dizendo que a culpa por esta situação "é de maus dirigentes, que se associam a maus empresários, em odiosas atuações, montadas para pilhar continuamente as riquezas nacionais".

"Corruptos e corruptores precisam conhecer o cárcere e precisam devolver os ganhos espúrios que engordaram suas contas, à custa da esqualidez do tesouro nacional e do bem-estar do povo. A corrupção também sangra e mata", disse o PGR. Ele afirmou que o País "não tolera mais a desfaçatez de alguns agentes públicos e maus empresários".

Janot cobrou a edição de decreto para implementar medidas de combate à corrupção previstos na nova Lei Anticorrupção Empresarial e permitir a punição administrativa de empresas corruptoras.

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