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O juiz Marco Couto, do Tribunal de Justiça do Rio, converteu nesta quarta-feira, 11, em audiência de custódia, a prisão em flagrante em regime preventivo de um homem acusado de ejacular na perna de uma mulher dentro de um trem da Supervia.

Brasil de Oliveira Lima, de 36 anos, foi reconhecido pela vítima e vai responder a processo por estupro, informou a Assessoria de Imprensa do TJ/Rio - Processo 02618411420178190001.

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"Tais circunstâncias, obviamente, impõem a segregação cautelar para garantia da ordem pública, até para que as pessoas tenham a mínima tranquilidade para utilizar os transportes públicos, o que recentemente não vem ocorrendo, diante dos vários casos que estão sendo trazidos a juízo com características próximas", assinalou o juiz.

Ainda segundo o magistrado, a prisão também "é conveniente à instrução criminal porque a vítima não terá a tranquilidade necessária para depor em juízo, caso o acusado ganhe a liberdade neste momento".

"Além disso, a segregação do custodiado é igualmente necessária para assegurar a aplicação da lei penal porque não há comprovação razoável do vínculo do flagrado com o distrito da culpa", destacou.

Por 2 votos a 1, os desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais diminuíram a pena do goleiro Bruno Fernandes nesta quarta-feira (27). A condenação pela morte de Elisa Samudio passou de 22 anos e 3 meses para 20 anos e 9 meses.

Bruno foi condenado em primeira instância, em 2013, pelo homicídio triplamente qualificado da ex-namorada, ocultação do cadáver e sequestro e cárcere privado do filho deles.

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A pena do goleiro diminuiu, porque o crime de ocultação de cadáver foi prescrito.

Outro recurso julgado nesta quarta foi de Fernanda Gomes de Castro. A pena de cinco anos foi diminuída para três anos e alterada para duas restritivas de direito. Ela era acusada pelo sequestro e cárcere privado de Elisa Samudio e também do filho Bruninho. A pena pelos crimes relacionados à Elisa também prescreveu, por isso a condenação diminuiu.

O goleiro já cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado. Ele chegou a ficar dois meses em liberdade, através de uma liminar, entre fevereiro e abril deste ano.

Durante o período, atuou pelo Boa Esporte, de Varginha, que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro de futebol. Ele chegou a ser agredido em jogos, o clube perdeu patrocinadores, e um abaixo-assinado nas redes sociais pedia que times não contratassem o goleiro enquanto ele não dissesse onde está o corpo de Eliza.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) confirmou nesta quarta-feira, 23, a condenação de primeira instância do ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB), acusado dos crimes de lavagem de dinheiro e peculato, no esquema conhecido como mensalão mineiro.

O julgamento foi concluído por volta de 0h30 desta quarta. Dois desembargadores votaram pela manutenção da decisão de primeiro grau e um, contra. A pena da sentença proferida em dezembro de 2015 foi reduzida de 20 anos e 10 meses de prisão para 20 anos e 1 mês. O tucano vai recorrer em liberdade.

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Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), o ex-presidente do PSDB participou de desvios de dinheiro de estatais para abastecer sua campanha à reeleição ao governo em 1998 - ele perdeu a disputa para Itamar Franco.

Na sustentação oral, o procurador Antonio de Pádua Marques Júnior afirmou que Azeredo "tinha toda a compreensão do que estava se passando".

O procurador afirmou ainda ter ficado provado que o tucano se reuniu com o empresário Marcos Valério, acusado de repassar por meio de suas empresas de publicidade recursos para a campanha de Azeredo. "Há ainda 72 ligações (telefônicas) entre Marcos Valério e Azeredo", afirmou.

O advogado do tucano, Castellar Modesto Guimarães, também em sustentação, afirmou que as ligações telefônicas "surgiram muito tempo depois" e que o MPE desprezou provas importantes no processo que poderiam afastar o tucano de envolvimento no esquema. "Azeredo vive um martírio sem explicação", disse. "Vamos aguardar a publicação da decisão para avaliarmos os recursos a serem impetrados. Esperamos a reforma da sentença."

Na denúncia contra Azeredo, de 2007, o MPE afirmou que o tucano, como governador, participou do desvio de R$ 3,5 milhões de estatais como a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) para sua campanha. Os recursos foram repassados pelas empresas de publicidade de Marcos Valério, condenado a 37 anos de prisão pela participação no mensalão federal, que veio à tona no governo Lula.

Em fevereiro de 2014, já réu no mensalão mineiro, o tucano, que à época era deputado, renunciou ao cargo, o que fez com que o processo fosse enviado à primeira instância, em Minas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O desembargador José Ale Ahmad Netto concedeu liminar que permite Breno Fernando Solon Borges, filho da presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), desembargadora Tânia Garcia Freitas, a deixar o presídio de segurança média de Três Lagoas para ir para uma clínica médica. Breno Fernando foi preso no dia 8 de abril de 2017, em Água Clara, transportando 129,9 kg de maconha, 199 munições calibre 7,62 e 71 munições calibre 9mm, além de uma arma sem autorização.

A transferência para uma clínica se deu porque Breno teve laudos anexados ao processo, comprovando que ele sofre com doença que consiste no "desvio dos padrões de comportamento". O diagnóstico é a “Síndrome de Borderline”, doença manifestada "através de alterações de cognição, de afetividade, de funcionamento interpessoal e controle de impulsos”.

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Ele ainda não tinha conseguido deixar o presídio por causa de um mandado de prisão preventiva expedido a pedido da Polícia Federal em consequência da operação Céberus, deflagrada em 13 de junho. As investigações apontaram que Breno estava entre os integrantes de uma organização criminosa especializada no contrabando de armas que planejava novamente o resgate de um detento na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande.

A investigação teve início em março, quando o líder da organização orquestrou a tentativa de fuga da Penitenciária de Três Lagoas com o uso de uma pistola calibre .380, o nome de Breno apareceu em um dos celulares apreendidos. 

Após análises dos celulares apreendidos, com autorização judicial, constatou que Breno auxiliaria na fuga do preso em Três Lagoas, inclusive chegou a deslocar-se até a cidade para a ação criminosa. A 1ª Vara Criminal de Três Lagoas decretou a prisão preventiva de Breno como resultado da conclusão do Inquérito da Operação Cérberus.

A Justiça paulista condenou a Prefeitura de São Paulo, o governo do Estado e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) a consertarem todos os hidrantes danificados na capital paulista no prazo de três meses. A multa por descumprimento da decisão é de R$ 5 mil por dia.

Levantamento feito pelo Corpo de Bombeiros em 2014, que serviu de base para ação judicial movida pelo Ministério Público Estadual (MPE), mostrou que 90% dos equipamentos de combate ao fogo na cidade estavam inoperantes, danificados ou haviam sumido. Desembargadores da 7.ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo publicaram acórdão, determinando que os três órgãos públicos apresentem, no prazo de 30 dias, um plano conjunto para manutenção ou substituição dos hidrantes danificados e executem o serviço no prazo de 60 dias após a entrega do cronograma.

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Em nota, a gestão do prefeito João Doria (PSDB) informou que já recorreu da decisão e aguarda o julgamento. A Procuradoria-Geral do Estado (PGE), sob comando do governo Geraldo Alckmin (PSDB), informou que já foi citada e está estudando se vai seguir recorrendo. A Sabesp também informou que está recorrendo e afirmou que "sua missão é garantir que haja água, na quantidade e pressão necessárias, para que os hidrantes instalados e mantidos pelo poder público possam funcionar adequadamente, sempre que necessário".

Ação. A Promotoria da Habitação de São Paulo havia entrado com uma ação civil pública em março de 2015, cobrando o conserto dos hidrantes pelas três instituições. Ela foi julgada improcedente por um juiz de primeira instância, mas a decisão foi revertida pela 7.ª Câmara de Direito Público, com base em recurso movido pelo MPE.

Dos 948 hidrantes vistoriados pelo Corpo de Bombeiros em 2014, 15% de um universo estimado pela corporação em 6.375 equipamentos na cidade, apenas 95 (10%) tinham condições plenas de uso. Segundo o laudo final, 394 (42%) sequer foram encontrados, 243 (25,5%) estavam inoperantes e 216 (22,5%) funcionavam com avarias. A ação ainda exigia a realização de um estudo completo dos 6.375 hidrantes da cidade de São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) divulgou o edital de seu concurso, com 109 vagas, na noite da última quinta-feira (13). O certame, que era muito esperado pelos concurseiros, terá salários que variam de R$ 4.222 para candidatos com Ensino Médio a R$ 5.502 para quem tem diploma de nível superior. Das 109 vagas ofertadas, 20% são destinadas a pessoas negras e 5% a pessoas com deficiência. As inscrições terão início no dia 24 de julho e seguem abertas até o dia 24 de agosto. 

A taxa será de R$ 55 reais para candidatos de nível médio e de R$ 63 para candidatos do nível superior. Tanto as inscrições quanto as solicitações de isenção de taxa, que devem ser realizadas de 24 a 27 de julho, serão feitas através do site da banca organizadora do concurso. 

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O certame selecionará os candidatos através de provas discursivas e objetivas de múltipla escolha, que tem previsão de realização para o dia 15 de outubro, com quatro horas de duração. Para o nível médio, há vagas para as funções de informática, rede de computadores, manutenção e suporte em informática, sistemas de computação, telecomunicações ou sistema de transmissão.

Já para o nível superior, há vagas em áreas como direito, serviço social, pedagogia, psicologia, contabilidade, informática e nas engenharias física ou mecânica com especialização em Informática. Para mais informações, acesse o edital do concurso

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A expectativa de ter um emprego fixo com um bom salário, plano de carreira e estabilidade atrai muitas pessoas que investem sua formação profissional na preparação para ocupar um cargo em órgãos públicos. Os concursos mais visados têm grande concorrência e nem sempre abrem com a frequência que os chamados concurseiros gostariam; como então saber quando virá o edital daquele concurso na sua área preferida e como se preparar para conseguir uma boa colocação quando sair o resultado? O LeiaJá conversou com o professor Augusto Alves, que há 11 anos dá aulas de Direito Civil e Direito Constitucional em cursos preparatórios para concursos públicos.  

De acordo com o professor Augusto, os concursos que costumam atrair mais pessoas são aqueles que têm grande número de vagas, os que estão sendo aguardados há muito tempo e também aqueles que oferecem além de uma boa margem salarial, um bom plano de carreira dentro do órgão. Confira abaixo os concursos que o professor apontou como sendo os favoritos de 2017: 

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Corpo de Bombeiros Militares de Pernambuco 

É um concurso atrativo e de grande apelo popular devido ao bom número de vagas. A banca responsável pela seleção é o Instituto de Apoio à Fundação Universidade de Pernambuco (IAUPE) e o edital foi divulgado no Diário Oficial do Estado de Pernambuco na última quinta-feira (26). As inscrições podem ser feitas a partir da próxima segunda-feira (30) e exige o pagamento de uma taxa de R$ 129,60. Durante o curso de formação, que é a segunda etapa da seleção, os candidatos aprovados na prova objetiva receberão uma bolsa-auxílio de R$ 970 por seis meses e após a nomeação o salário será de R$ 2.319. O concurso exige que os candidatos tenham concluído o ensino médio. Você pode encontrar mais informações no edital do concurso, que se encontra da página 7 a página 13 do Diário Oficial do Estado de Pernambuco.

Tribunal de Justiça de Pernambuco 

A última seleção do TJ-PE ocorreu em 2011, com 203 vagas ofertadas e formação de cadastro reserva. Para 2017, já foi escolhida a banca que realizará o concurso e o edital está sendo aguardado. A expectativa é de que sejam 60 vagas mais formação de cadastro reserva para os cargos de técnico judiciário, analista judiciário e oficial de justiça. A carreira de técnico judiciário é destinada aos candidatos com ensino médio e/ou curso técnico. O vencimento inicial corresponde a R$ 4.002,33. Já os empregos de oficial e analista judiciário requerem formação superior em diversas áreas de atuação. O TJ/PE oferece salário de R$ 5.215,28.

Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco 

O TRE-PE divulgou o edital do concurso a ser realizado em 2017 no final de agosto de 2016. Conforme informações do site do Tribunal, o certame oferecerá vagas e formação de cadastro de reserva para os cargos de analista e técnico judiciário do seu quadro de pessoal. De acordo com a publicação que consta no site, a remuneração para o cargo de analista judiciário é de R$ 9.962,39. É preciso ter nível superior e o valor da inscrição é de R$ 75. Já para o cargo de técnico judiciário, a remuneração é de R$ 6.071,97. É exigido nível médio e o valor da inscrição é de R$ 60. As provas objetivas e a prova discursiva para os cargos de nível superior terão a duração de cinco horas e serão aplicadas na data provável de 19 de março de 2017, no turno da manhã. As provas objetivas para o cargo de nível médio terão a duração de quatro horas e serão aplicadas na data provável de 19 de março de 2017, no turno da tarde. Mais informações podem ser acessadas no edital.

Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco 

o TCE-PE anunciou que realizará concurso público no ano de 2017, 13 anos após o último certame. De acordo com o Sindicato dos Servidores do órgão (Sindicontas-PE), o certame está previsto para o segundo semestre do ano e deverá contemplar as áreas área de fiscalização (cargos de auditores e técnicos), de nível superior, e também cargos da área administrativa. O número de vagas não foi divulgado, mas o sindicato não espera que passe de 81. 

Como se preparar?

Quando perguntado sobre quais seriam as dicas para os concurseiros, o professor Augusto Alves disse que os "candidatos não devem esperar o edital sair para começar a estudar, pois a concorrência é muito grande e exige um tempo de preparação maior para que a pessoa possa atingir uma nota alta que lhe coloque entre os aprovados".

"Em geral as pessoas escolhem que concursos fazer pela sua área de afinidade e formação de ensino", afirmou. Segundo o professor Augusto, isso geralmente faz com que os candidatos se dediquem mais a provas que são específicas de sua área e estudem menos as disciplinas que não são específicas de seus cargos. A dica do professor é que a dedicação a todas as disciplinas que cairão na prova garante um diferencial em relação aos que não estudam todos os assuntos que a prova exige.

O desembargador plantonista Magalhães Coelho, do Tribunal de Justiça de São Paulo, mandou suspender a nomeação de Eduardo Odloak para a Subprefeitura da Sé e o afastar do cargo. A decisão atende a ação popular do advogado Ricardo Nacle, que alega que o subprefeito foi condenado em segunda instância por improbidade administrativa.

Eduardo Odloak foi nomeado pelo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB). Na decisão, o desembargador afirma que "a probidade é condição absolutamente necessária e inafastável da boa administração pública, tudo a exigir o afastamento daquele que - condenado por improbidade administrativa - não reúne a condição exigida pela Constituição Federal e seus valores para o desempenho de cargo público".

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"Daí o porquê, defiro a antecipação dos efeitos da tutela recursal para o fim de suspender os efeitos da nomeação do coagravado (Eduardo Odloak), afastando-o, desde já, do cargo de subprefeito regional da Sé", determinou o desembargador.

A Secretaria Municipal de Justiça informou que vai tomar as medidas necessárias para recorrer da decisão liminar, que havia sido negada pelo juiz de primeiro grau. "O prefeito regional da Sé, Eduardo Odloak, não pode ser enquadrado como ficha suja, conforme demonstram outros casos semelhantes já analisados pelo Poder Judiciário. A condenação é de natureza simples culposa e ainda depende do julgamento final do recurso."

O desembargador Milton Fernandes de Souza, da 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), suspendeu na última segunda-feira (19) o bloqueio de bens do prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB).

O peemedebista teve os bens bloqueados no último dia 9 acusado de improbidade administrativa na construção do Campo de Golfe Olímpico da Barra da Tijuca, na zona oeste. O desembargador que concedeu o efeito suspensivo da decisão de primeira instância foi eleito presidente do (TJ-RJ) para os anos 2017 e 2018. Fernandes toma posse em fevereiro do ano que vem.

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Segundo o Ministério Público do Rio, que ajuizou a ação, o prefeito dispensou a Fiori Empreendimentos Imobiliários do pagamento de taxa ambiental no valor de R$ 1,86 milhão em 2013. A empresa, que fez o campo, também teve os bens bloqueados na mesma decisão.

O município do Rio teria arcado com o pagamento da taxa que, em valores atualizados, seria de R$ 2,39 milhões. Na decisão de primeira instância, o juiz da 8ª Vara da Fazenda Pública Leonardo Grandmasson Ferreira Chaves diz que isso foi feito "contra todas as recomendações da Secretaria de Meio Ambiente".

Quanto teve os bens bloqueados, Paes informou que recorreria da decisão. Segundo ele, diferentemente do que afirma o Ministério Público, a Prefeitura do Rio exigiu, no processo de licenciamento ambiental do Campo de Golfe, que a Fiori Empreendimentos Imobiliários pagasse a taxa para a autorização de supressão de vegetação exótica.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou indenização do Estado para a família de Eloá Cristina Pimentel da Silva, morta a tiros aos 15 anos de idade em Santo Andre, em 2008, pelo ex-namorado Lindemberg Alves, após dias de negociação com policiais militares.

O advogado da família, Ademar Gomes, informou que vai recorrer da decisão do tribunal. A decisão foi da 11ª Câmara de Direito Público. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) concedeu liminar para arrestar R$ 486 milhões das contas bancárias do governo estadual, para destinar ao pagamento dos salários de outubro dos servidores públicos. Contudo, a secretaria estadual da Fazenda informou que o arresto não foi cumprido por falta de dinheiro em caixa.

Nesta sexta-feira, 18, o Estado pagou R$ 105 milhões em salários. No dia 11, foram pagos integralmente os salários dos servidores ativos e inativos da área de segurança (policiais militares e civis, bombeiros e agentes penitenciários) e dos ativos da educação. Os demais tiveram seus vencimentos parcelados em sete vezes, a serem pagos até 5 de dezembro.

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Segundo a Secretaria de Fazenda, a decisão judicial contemplava o pagamento da folha de pessoal sem levar em conta os R$ 105 milhões pagos nesta sexta-feira. Com o pagamento desta sexta, o governo já pagou 85% do total da folha de pagamento de R$ 2,1 bilhões do funcionalismo, informou o governo do Estado mais cedo.

A Justiça de Planaltina, no Distrito Federal, determinou a suspensão da carteira de habilitação e do passaporte do ex-senador Valmir Amaral (PP/DF) e de três familiares dele até que paguem uma dívida calculada em R$ 8 milhões em processo movido pela Corporate NPL - Fundo de Investimento em Direitos Creditórios.

A decisão foi tomada pela juíza Josélia Lehner Freitas Fajardo, da Vara Cível de Planaltina. Ela suspendeu a execução da penhora patrimonial do ex-senador porque já foram realizadas diversas ações com objetivo de localizar bens, mas sem êxito.

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O pedido de suspensão da CNH e do passaporte de Amaral foi feito pela empresa que busca receber a dívida. A medida, segundo a juíza, foi tomada depois de esgotados todos os meios para executar bens do ex-senador. Ela apontou indícios de que o devedor possui patrimônio camuflado. Josélia Fajardo anotou que as medidas "são coercitivas, visando compelir o devedor a pagar".

Na decisão, a juíza destaca ainda que o ex-senador exibe "padrão de vida luxuoso". Citou carros de alto luxo usados cotidianamente por Valmir Amaral. "Infere-se, portanto, que há ocultação de bens e confusão patrimonial, tudo com o objetivo de frustrar a execução", pontuou.

Josélia Fajardo argumentou que se os executados não possuem dinheiro para pagar a dívida, também não podem custear viagens ao exterior; e se não possuem veículo, não precisam de carteira de habilitação.

Um dos advogados da Corporate NPL, Caio Gregolin, informou que o crédito foi adquirido junto ao banco BVA em maio de 2007, sendo o ex-senador e familiares garantidores da dívida.

Em 2012, NPL comprou o crédito. Poucas parcelas da dívida inicial, no valor de R$ 5,7 milhões, cujo vencimento final seria em junho de 2013, foram pagas. Em 2012, o crédito foi negociado. No entanto, não houve pagamento.

A decisão referente ao passaporte e carteira de motorista não é definitiva. O ex-senador pode recorrer.

Defesa

A reportagem tentou contato com advogados que acompanham o caso do ex-senador. Um dos advogados, Rodrigo Chaves, explicou que há mais de um ano já não acompanha o caso. A reportagem não localizou o ex-senador ou seu atual defensor.

Menos de um ano após ser inaugurado, o núcleo de apoio técnico e mediação (NAT), criado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) para atuar em ações contra planos de saúde, está parado. Fruto de uma parceria entre TJ-SP, operadoras de saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o núcleo vem recebendo críticas desde a criação por ser composto exclusivamente por representantes das empresas, sem participantes de entidades de defesa do consumidor.

Das duas principais atividades que o NAT deveria desenvolver - emitir pareceres técnicos para auxiliar os juízes nas decisões e estimular acordos de conciliação entre operadoras e clientes -, a primeira nunca entrou em funcionamento e a segunda tem números inexpressivos. Diante do fracasso do projeto, o TJ-SP decidiu reformular o núcleo. "Realmente ele está funcionando de uma maneira muito limitada. Primeiramente, como as operadoras tinham um prazo de 24 horas para a apresentação de uma proposta de acordo, nem sempre o prazo era suficiente. Além disso, não conseguimos um corpo técnico para emitir esses pareceres", diz Ricardo Pereira Júnior, juiz coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania Central.

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De acordo com o magistrado, desde que o núcleo entrou em operação, em outubro, cerca de 70 processos foram encaminhados ao NAT, uma média de sete por mês. De acordo com estimativas de operadoras de saúde, no entanto, somente no Fórum João Mendes, onde o projeto foi implementado, mais de 400 novas ações são movidas contra convênios médicos todos os meses. O índice de processos que terminaram em acordo no NAT também foi muito baixo, de apenas 10%, diz Pereira Júnior.

Segundo o juiz, duas medidas serão tomadas para que a reformulação do núcleo leve a uma maior efetividade do serviço. A primeira é buscar parcerias com entidades científicas para que os laudos sejam emitidos. "Tentamos com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), mas não avançou. Agora estamos em contato com uma ONG e com o Hospital das Clínicas. É um pouco complexo, mas queremos formar um corpo técnico autônomo", diz.

A outra mudança será feita no formato do encaminhamento das ações ao NAT. Hoje, são os magistrados que decidem se encaminham ou não o processo ao núcleo antes de tomarem a decisão. Pela nova proposta, o núcleo teria acesso a todas as ações assim que chegassem ao fórum, e o acordo poderia ser proposto mesmo depois de o magistrado julgar a liminar.

Críticas. Para Pedro Ramos, diretor da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), uma das entidades participantes do NAT, o serviço não teve melhores resultados justamente por causa do formato do envio de ações. "Por pressão de entidades contrárias ao NAT, o TJ recuou e os processos só chegam ao núcleo se o juiz quiser."

Coordenadora executiva do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Elici Bueno afirma que o fracasso está associado à baixa credibilidade que o núcleo obteve entre os magistrados. "Como criam um núcleo técnico com apenas um dos lados interessados? Os juízes receberiam orientação das próprias operadoras. Sempre nos posicionamos contra isso porque configura um conflito de interesse", afirma.

Logo após o anúncio da criação do NAT, o Idec liderou uma campanha contra o núcleo, alegando que sua estrutura prejudicaria o cliente. Assinaram o manifesto entidades como a Fundação Procon-SP e a Associação Juízes para a Democracia. "Em nenhum momento fomos convidados a participar do NAT", diz Elici.

O juiz Pereira Júnior afirmou que "não haveria problemas" na participação de entidades de defesa do consumidor, mas que o convite não foi feito porque os acordos não costumam ser no espaço físico do NAT. "A operadora contata diretamente o cliente para apresentar a proposta."

A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) negou nesta quinta-feira, 4, pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do ex-presidente do PSDB no Estado e ex-secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Narcio Rodrigues, preso desde 30 de maio por suspeita de desvio de recursos públicos na construção do Centro Internacional de Educação, Capacitação e Pesquisa Aplicada (Hidroex), em Frutal, no Triângulo, terra natal do tucano.

A relatora do pedido, desembargadora Beatriz Caires, não acatou argumentação do advogado do tucano, Estevão Melo, de que o ex-presidente do PSDB de Minas não destruiu, antes da prisão, documentos que poderiam incriminá-lo no processo, conforme alegado na denúncia do Ministério Público. A relatora também negou pedido de conversão da prisão em domiciliar, por problemas de saúde do tucano. Narcio está preso na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande Belo Horizonte.

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O advogado de Narcio disse que vai recorrer da decisão ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O habeas corpus foi negado dentro do processo que investiga a compra de equipamentos para o Hidroex. Outro processo, que investiga a construção do centro, também está em andamento a pedido do MP. Nesse caso também há um pedido de habeas corpus a ser julgado pelo TJ. O tucano só sairá da prisão quando ambos forem concedidos pela justiça.

Narcio foi secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior entre 2012 e 2014. Também viraram réus no processo outras 14 pessoas que teriam participado do esquema, entre ex-aliados políticos indicados por Narcio para a pasta e representantes de empresas do Brasil e Portugal que trabalharam na obra, ainda não concluída.

O desvio de recursos públicos seria de R$ 8,4 milhões, segundo a promotoria. A suspeita, ainda conforme o Ministério Público, é que o dinheiro tenha sido utilizado em campanhas eleitorais de 2012, quando foram escolhidos vereadores e prefeitos. Os promotores ainda não conseguiram identificar, porém, o destino dos recursos, que podem ter sido enviados a paraísos fiscais e depois enviados ao Brasil para o abastecimento das campanhas, conforme as investigações.

Uma liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu a validade de uma lei municipal que proibia o funcionamento de aplicativos para transporte remunerado de passageiros em Sorocaba, no interior de São Paulo. Com isso, o serviço do Uber fica provisoriamente liberado no município.

A liminar, divulgada nesta segunda-feira, 23, foi dada em ação direta de inconstitucionalidade movida pela Procuradoria-geral do Estado contra a Câmara e a prefeitura. A ação ainda será terá seu mérito apreciado.

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A lei, baseada em projeto do vereador Francisco França (PT), foi aprovada por unanimidade pela Câmara em setembro de 2015. Como não foi sancionada no prazo pela prefeitura, a lei acabou promulgada em dezembro daquele ano. A norma estipulava multa de R$ 5 mil, apreensão do veículo e outras sanções em caso de descumprimento. Na época, o serviço de Uber ainda não tinha chegado à cidade.

A PGE entendeu que a legislação de Sorocaba contraria diretrizes da lei federal que dispõe sobre a Política Nacional de Mobilidade Urbana, violando competência legislativa privativa da União. E ainda, que a proibição ofende os princípios da livre iniciativa, livre concorrência e defesa do consumidor. Os argumentos foram acatados, em decisão provisória, pelo TJ. A prefeitura e a Câmara ainda não foram notificadas.

A defesa do ex-presidente do PSDB e ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo, condenado a 20 anos e 10 meses de prisão no mensalão do PSDB, afirmou na apelação encaminhada nesta segunda-feira, 9, ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que a responsabilidade pela captação de recursos de publicidade de estatais mineiras durante sua reeleição em 1998 foi do publicitário Eduardo Guedes.

Guedes foi secretário de comunicação de Azeredo e, de 2009 a 2014, prestou serviços à Executiva Nacional do PSDB e atuou como conselheiro e assessor próximo do atual presidente da sigla, senador Aécio Neves.

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Em 61 páginas, o recurso dos criminalistas Castellar Modesto Guimarães Filho e Castellar Modesto Guimarães Neto pede a absolvição do tucano, condenado em dezembro do ano passado pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Ele foi o primeiro nome do partido condenado por envolvimento no escândalo envolvimento no escândalo envolvendo Marcos Valério, sentenciado a 37 anos de prisão por atuar como operador do esquema petista no governo federal durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Tribunal não tem data para julgar o caso de Azeredo e, caso decida por manter a condenação, ele já pode ter de cumprir pena na prisão.

"Em sentido diverso do sustentado pelo Ministério Público Federal, a prova dos autos atestou, com absoluta clareza, que a solicitação para a destinação de verba a título de patrocínio, se deu única e exclusivamente por ato de Eduardo Guedes, então Secretário de Estado Adjunto de Comunicação Social", afirmam os defensores do tucano.

Na época secretário do governo Azeredo, Guedes atuou para captar recursos de estatais mineiras para os eventos esportivos Enduro da Independência, Mundial de Supercross e Iron Biker. Os eventos foram patrocinados pelas estatais Comig (Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais, atualmente Codemig), Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) e o extinto Bemge (Banco do Estado de Minas Gerais, privatizado em 1998).

Os patrocínios foram operados por meio da SMP&B Comunicação e da DNA propaganda, usadas por Marcos Valério para abastecer os esquemas tucanos que, segundo um MPF serviu como "laboratório" para o do PT. Segundo a sentença em primeira instância, teriam sido desviados destes contratos ao menos R$ 3,5 milhões do dinheiro da publicidade para o caixa 2 da campanha à reeleição de Azeredo, que acabou derrotado por Itamar Franco.

Guedes é réu em outra ação do mensalão mineiro, acusado de peculato e lavagem justamente por ter atuado para captar os recursos, e seu interrogatório está marcado para o dia 10 de junho. Sua empresa manteve contrato com o PSDB de 2009 a 2014, ano em que ele deixou de assessorar Aécio e a Executiva Nacional do PSDB para evitar a exposição política do tema durante o período eleitoral.

A defesa de Azeredo afirma que as acusações do Ministério Público Federal se baseiam apenas em "presunções", reiteram os argumentos de que Azeredo não tinha conhecimento da movimentação financeira de sua campanha eleitoral e responsabiliza, além de Guedes pelos patrocínios das estatais, o então tesoureiro da campanha Cláudio Mourão pela captação de recursos junto ao operador do mensalão Marcos Valério. Tudo isso, segundo os advogados, teria ocorrido sem o conhecimento do tucano na época.

"Em razão da plena delegação de poderes, o recorrente não tomou conhecimento dos empréstimos disponibilizados por Cláudio Mourão, à época de sua candidatura, fato que foi levado ao seu conhecimento apenas findas as eleições", diz a apelação. "Percebe-se, com absoluta clareza, que as afirmações da acusação decorrem de absoluta presunção, inexistindo nos autos qualquer prova segura que as alicerce", seguem os defensores alegando que não há prova para responsabilizar o tucano.

Além disso, os defensores de Azeredo, pedem que, caso o Tribunal de Justiça não absolva o ex-governador de Minas, seja concedida pelo menos a redução de sua pena, a mais dura para um político do mensalão.

A reportagem tentou contato com Eduardo Guedes mas ele ainda não retornou. Cláudio Mourão não foi localizado para comentar o caso.

A assessoria de Aécio diz que o senador "desconhece o assunto e não guarda com ele nenhuma relação".

Investigadores da Lava Jato tentam identificar quem é o desembargador supostamente envolvido em uma operação de lavagem de dinheiro em Santa Catarina, denunciada no curso da apuração sobre o esquema de corrupção na Petrobras. O pedido de investigação a respeito de um "magistrado não identificado" está no Superior Tribunal de Justiça (STJ) desde o ano passado, mas o desencontro de indícios sobre o nome sob suspeita atrasa o andamento da apuração.

A investigação sobre o desembargador é mantida em segredo de justiça no STJ desde maio do ano passado. Documento encaminhado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao tribunal em 3 de fevereiro, ao qual o Estado teve acesso, aponta que as diligências feitas pela Polícia Federal até agora para identificar o magistrado "não foram conclusivas". Com base em novo levantamento de possível nome, feito pela PGR, o ministro Luís Felipe Salomão, relator da Lava Jato no STJ, encaminhou o caso novamente à PF local.

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O caso foi descoberto quando, em depoimento, uma testemunha da Lava Jato narrou que um desembargador catarinense tinha relação com empresa de armazenagem de documentos que fez operações de lavagem de dinheiro para a Arxo Industrial do Brasil.

A Arxo também é de Santa Catarina e foi investigada na nona fase da Operação Lava Jato, intitulada "My Way", ocasião em que teve dois dirigentes presos por determinação do juiz Sérgio Moro. No depoimento, a testemunha da Lava Jato fez menção, ainda, a uma relação do desembargador citado com "tatuagem corporal".

Segundo fontes com acesso à investigação, a menção ao desembargador foi feita pela contadora Meire Pozza, que trabalhou para o doleiro Alberto Youssef, peça central na Lava Jato.

Possibilidades

O primeiro nome considerado pelos investigadores foi o do desembargador Luiz César Medeiros. A suspeita foi levantada porque o filho do juiz é sócio de uma empresa prestadora de serviços de armazenagem de documentos.

A testemunha não reconheceu em foto o rosto de Medeiros, mas indicou a imagem de outro magistrado: Joel Dias Figueira Júnior. Como a polícia não encontrou nenhum registro de vínculo entre Figueira Júnior e qualquer empresa de armazenagem de documentos, e considerando que o reconhecimento foi feito com "certo grau de dúvida, sem convicção", as buscas pelo nome investigado continuaram.

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina tem em seu quadro 62 desembargadores, além dos juízes convocados para atuar eventualmente no órgão.

O Ministério Público chegou, então, a um terceiro suspeito, desta vez o juiz convocado para atuar no TJ-SC Rodolfo Cezar Ribeiro da Silva Tridapalli. Há uma decisão do juiz sobre a possibilidade de candidatos aos quadros da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros possuírem tatuagem no corpo.

A partir daí, a PGR apurou que Tridapalli é sócio da empresa RD Office Center, que realiza serviço de armazenagem de documentos. Ele também foi sócio da empresa Tridial - Serviços de Digitações, Arquivamento e Apoio Administrativo Ltda.

Com base nisso, a vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko, pediu a remessa do caso de volta à Polícia Federal de Santa Catarina, para que investigadores confrontem a testemunha com a foto de Rodolfo Tripadalli.

Os desembargadores e o juiz não foram localizados pela reportagem nos telefones do tribunal, em razão do feriado da Páscoa.

A nona fase da Lava Jato, na qual os dirigentes da Arxo foram presos, teve como alvo 26 empresas que atuariam como fachadas em contratos da Petrobras com fornecedores.

Na sede da Arxo, em Piçarras (SC), foram apreendidos 518 relógios de luxo e o equivalente a R$ 3,2 milhões, em notas de real, euro e dólar. A empresa constrói tanques de combustíveis e tinha vínculos comerciais com a BR Distribuidora.

Quatro investigações

O STJ reúne até agora quatro investigações da Operação Lava Jato. Além da apuração a respeito do desembargador catarinense, o ministro Luís Felipe Salomão é responsável pelos inquéritos envolvendo o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e seu antecessor, Sérgio Cabral; o governador do Acre, Tião Viana (PT), e o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia.

A investigação mais avançada é a que corre sobre Negromonte, que foi deputado pelo PP, na qual é esperada uma futura denúncia pela Procuradoria-Geral da República. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A advogada Marianna Fux, de 34 anos, está entre os seis candidatos que disputarão uma vaga de desembargador no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Ela é filha do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux.

A lista sêxtupla foi votada nesta quinta-feira, 25, pelos conselheiros da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ) e será encaminhada ao TJ. O tribunal reduzirá a lista para três candidatos e a escolha final caberá ao governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).

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A candidatura de Marianna, que trabalha com o advogado Sérgio Bermudes, provocou constrangimento entre alguns conselheiros do OAB, pelo fato de ela ser filha de um dos onze ministros da mais alta corte do País. Em abril de 2014, quando Marianna cogitava se lançar candidata, Bermudes, amigo de Fux, chegou a organizar uma festa pelo aniversário de 60 anos do ministro, para a qual foram convidados os 180 desembargadores do Estado. A festa acabou cancelada.

Desembargadores e conselheiros da OAB encararam a festa como o inicio da campanha de Fux em favor da filha. Bermudes negou que a festa tivesse esse propósito e disse que é amigo de Fux há mais de 40 anos.

"Mostrei que eu era capaz de concorrer', disse Marianna nesta quinta, antes de deixar a sede da OAB. Pouco antes, a advogada afirmou que se considerava vítima de "perseguição política" nos quase dois anos de duração do processo de escolha dos indicados da OAB. Marianna avisou ao pai por telefone logo que teve o nome confirmado na lista sêxtupla.

Para entrar na lista, era necessário ter pelo menos metade mais um dos votos dos 80 conselheiros. Marianna obteve 50 votos e foi a segunda colocada. No primeiro escrutínio, também foram escolhidos Kátia Junqueira, com 57 votos, Mauro Abdon, com 47, e Fábio de Oliveira Azevedo, com 41. Novas votações foram realizadas para a escolha dos dois candidatos que completaram a lista. Os vencedores foram Nilton Cesar Flores e Genilton Garcia Castilho.

Antes da votação, os conselheiros rejeitaram o pedido de impugnação da candidatura de Marianna, feita em setembro de 2014 pelo conselheiro Alfredo Quintão. Ele argumentou que a advogada não apresentou todos os documentos exigidos para a candidatura. A impugnação foi rejeitada por 54 votos. Vinte e cinco conselheiros votaram pela exclusão de Marianna. O processo de escolha dos candidatos a desembargador começou em maio de 2014.

Marianna disputará a vaga no chamado quinto constitucional, que garante a advogados e integrantes do Ministério Público um quinto das vagas de desembargador. Os seis finalistas foram escolhidos entre 23 candidatos presentes na votação.

Pedro Paulo

Fux foi nomeado pela presidente Dilma Rousseff em fevereiro de 2011, com apoio do então governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), aliado da presidente. O ministro é relator do pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) ao STF para que o secretário de Coordenação de Governo do município do Rio, Pedro Paulo, pré-candidato a prefeito, seja processado por lesão corporal, por agressões à ex-mulher.

Antes de pedir salmão e filé mignon para os lanches de juízes e desembargadores, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais destinou R$ 277,1 mil no ano passado, que corrigidos pela inflação chegam a R$ 304,6 mil, para comprar utensílios de cozinha e copa como pratos de sobremesa, talheres, xícaras de porcelana, garrafas térmicas, copos e até taças para oito edifícios do Judiciário mineiro, além dos sete Juizados especiais, em Belo Horizonte.

O valor é maior que a soma do gasto pelas duas gestões anteriores (2010-2012 e 2013-2014) com os mesmos tipos de utensílios, reajustando todos os preços pela inflação, e foi licitado três meses após a posse da atual gestão, em junho de 2014, e quase um ano antes da licitação de 2015 que previa salmão e filé mignon para o lanche dos magistrados mineiros, cancelada após o jornal O Estado de S.Paulo revelar a polêmica. Questionado, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais afirma que está fazendo uma substituição gradativa dos produtos não descartáveis e que não se pode comparar valores homologados de anos anteriores, em virtude das diferenças dos itens licitados e especificidades de cada edital. A corte, contudo, não comentou a repetição da maior parte dos itens que aparecem nos dos editais de 2013 e 2014.

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Somente com garrafas térmicas - um total de 2.220 de diferentes tipos e tamanhos - a Corte mineira, presidida pelo desembargador Pedro Bitencourt, gastou no ano passado R$ 149 mil, que corrigidos pela inflação equivaleriam hoje a R$ 163 mil. O valor é maior que toda a licitação para utensílios de cozinha de 2013, que saiu por R$ 134,9 mil corrigidos pela inflação atual.

Além disso, é a primeira vez desde 2008, considerando todos os editais disponibilizados na página do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (que só disponibiliza os documentos até 2008), que o edital prevê o uso de "tintas importadas específicas para porcelana, vidro e cristal", para pintar o brasão da corte mineira em alguns utensílios.

A tintura importada nas cores "verde bandeira, preto, vermelho, azul claro, marrom, cinza, dourado e rosa bebê" foi aplicada nos 2,2 mil copos de vidro, 350 taças de cristal, 1,8 mil xícaras de porcelana para café, com pires, e 168 xícaras de porcelana para chá, com pires, solicitados em 2014.

Questionado se há uma previsão legal que demande a identificação dos utensílios, a assessoria de imprensa do TJMG informou, por meio de nota, que a iniciativa "é comum" nos três Poderes da União e que visa "preservar o patrimônio público, vinculando-o à instituição", afirma o texto. A corte, contudo, não respondeu por que a pintura do brasão não estava prevista nos editais anteriores.

Repetidos

De 2008 até este ano ocorreram um total de cinco licitações do tipo para equipar as cozinhas do Judiciário mineiro em Belo Horizonte. Em 2013, último ano da gestão anterior, foram gastos um total de R$ 134,9 mil para a compra de 48 itens, desde talheres, bandejas e assadeiras, até geladeira, forno micro-ondas e sanduicheira.

Na licitação do ano passado, foram adquiridos um total de 46 itens, número menor que o comprado na gestão anterior, mas que custou aos cofres públicos R$ 304,6 mil corrigidos pela inflação. Somente o lote de xícaras e copos com o brasão do TJMG saiu por R$ 77,8 mil, em valores corrigidos, ante R$ 44,7 mil.

Os números surpreenderam os próprios servidores do TJMG, que questionam o fato de terem sido licitados em 2014 itens que já existiam nas cozinhas da corte mineira e, em tese, não precisariam ser substituídos.

Mesmo tendo adquirido 1,5 mil xícaras para café, com pires, 600 para chá, com pires, 1,8 mil taças de vidro liso, 350 copos de vidro, 100 jarras para água e 750 pratos de sobremesa, em 2013, no ano passado o Tribunal licitou mais 2,2 mil copos longos de vidro, 350 copos de cristal, 70 jarras para água, 260 pratos de sobremesa, 1,8 mil xícaras para café de porcelana, com pires, e 168 xícaras de porcelana para chá, com pires.

Questionado sobre a aquisição dos itens semelhantes aos do ano passado, a corte mineira informou que "a utilização de utensílios não recicláveis se deu em função da substituição gradativa dos produtos descartáveis, o que contribui para redução de resíduos, que gera diversos impactos ao meio ambiente".

Em nota, o Sindicato de Servidores da Justiça de 2ª Instância de Minas Gerais (SINJUS-MG) repudiou "quaisquer uso indevido do dinheiro público, seja em licitações para aquisição de materiais que ainda se encontram em bom estado ou de materiais luxuosos para a alta cúpula do Órgão", afirma o texto.

Como a licitação abrange apenas edifícios da capital mineira, os 906 juízes de primeira instância que atuam no interior do Estado não são contemplados com os utensílios. Para 2015, a corte mineira não realizou nenhuma licitação do tipo. Os cálculos utilizados nesta matéria consideram a inflação pelo índice IPC-A de outubro de 2015, medido pelo IBGE.

TJMG

"A estrutura do Tribunal em Belo Horizonte abrange 41 edificações, com mais de 10.500 pessoas, considerando magistrados, servidores, estagiários, terceirizados e trabalhadores mirins, sem levar em conta o público externo. A utilização de utensílios não recicláveis se deu em função da substituição gradativa dos produtos descartáveis, o que contribui para redução de resíduos, que gera diversos impactos ao meio ambiente.

É comum nos três Poderes do Estado, como também no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça, entre outros, a identificação da instituição (brasão) no material de uso permanente. A medida visa preservar o patrimônio público, vinculando-o à instituição.

A utilização de tinta importada para a gravação do brasão identificador do TJMG nos utensílios se deu em virtude de análises técnicas, que levaram em consideração, além da faixa de temperatura ideal com queimas de teste, a existência de algumas cores que exigem mais atenção devido à saturação de pigmentos ou a tendência destas em desbotarem.

O desenvolvimento do trabalho do brasão no utensílio já está incorporado ao seu preço final, como se pode observar no Anexo I ao edital nº. 119/2014, para o lote 2, subitens 2.1, 2.2, 2.5 e 2.6.

Análises comparativas sobre a evolução de demanda a partir dos editais de 2010 a 2014 cujo objeto foi a aquisição de equipamentos e utensílios para copa e cozinha não podem se ater, exclusivamente, aos valores homologados, em virtude da grande diversidade, especificidade e quantitativos dos itens licitados em cada certame, o que pode ser verificado em cada Anexo I dos respectivos editais.

O lote 5 do edital 2014 foi homologado como frustrado e disponibilizado no DJe no dia 19/12/2014 (considerado como publicado no dia 07/01/2015, devido ao recesso de final de ano). Estes itens não vieram a ser licitados posteriormente.

O Tribunal já acionou o Banco do Brasil, órgão responsável pelo site www.licitacoes-e.com.br utilizado pelo TJMG, para a realização dos seus pregões eletrônicos, visando a implantação de melhorias no sistema de busca de editais antigos. Em virtude das dificuldades apresentadas, o editais seguem anexados. "

SINJUS-MG

"O SINJUS-MG informa que repudia quaisquer uso indevido do dinheiro público, seja em licitações para aquisição de materiais que ainda se encontram em bom estado ou de materiais luxuosos para a alta cúpula do Órgão.

Especificamente sobre a substituição de copos comuns por taças de cristal informa que é impossível compreender a justificativa do TJMG.

A denúncia que o Estadão traz a conhecimento público desperta no Sindicato a necessidade de se profissionalizar ainda mais para fiscalizar tais ações. Nos faz ainda questionar o argumento de crise apresentado o ano inteiro de 2015 pelo Tribunal mineiro para descumprir direitos previstos em lei para os servidores, como a reposição inflacionária que deveria ter sido paga em maio deste ano.

Mas é importante lembrar que este é também papel da população e que, voltamos a afirmar, enquanto não houver eleições diretas também para o Poder Judiciário, a fiscalização e cobrança junto a esses gestores fica fragilizada, pois não foram eleitos pelo povo. Diretas já no Judiciário! Essa é uma luta de todos os brasileiros."

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) suspendeu as liminares que obrigavam a Universidade de São Paulo (USP) a fornecer a fosfoetanolamina sintética a 368 pacientes com câncer. Na decisão, divulgada nesta terça-feira (29), o presidente do TJ, José Renato Nalini, alega não haver comprovação de que a substância produza algum efeito no combate à doença.

A suspensão pegou de surpresa pessoas que se dirigiram ao câmpus da USP em São Carlos, interior de São Paulo, para retirar o remédio. Advogados preparam medidas na tentativa de reverter a proibição.

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A suposta eficácia da fosfoetanolamina contra o câncer vem sendo discutida há vinte anos, desde que uma formulação foi desenvolvida e testada pela equipe do pesquisador Gilberto Orivaldo Chierice, ex-professor da universidade, no início dos anos 90.

Durante mais de uma década, a fosfoamina sintética, como também é conhecida, foi distribuída gratuitamente. Em 2014, uma portaria do Instituto de Química da USP São Carlos suspendeu a entrega de substâncias experimentais sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Pacientes foram à Justiça e conseguiram liminares para manter o tratamento.

Com a divulgação de casos de cura e dos benefícios do tratamento em sites, como Amigos da Cura e Petição24, a busca pelas cápsulas cresceu. Em junho deste ano, Carlos Kennedy Witthoeft foi preso em Pomerode (SC), acusado de "falsificação de medicamento". Ele produzia e distribuía a fosfoamina com base na fórmula desenvolvida em São Carlos.

Witthoef contou que usou a substância em sua mãe, de 82 anos, que estava com câncer. Em 18 dias, ela teve grande melhora e foi dada como curada. Com a ajuda da esposa, ele passou a produzir e distribuir as cápsulas de graça. Witthoef passou 17 dias preso e ainda responde ao processo.

No site Amigos da Cura, 2.419 pessoas pediram informações ou se manifestaram sobre a fosfoamina, entre elas o médico Renato Meneguello, que lembrou que a substância nunca foi vendida. Advogados se dispuseram a entrar com ações gratuitas para defender o tratamento.

Uma petição para que a produção e distribuição do produto sejam liberados tinha, nesta terça-feira, 16.706 assinaturas. Também há indicações de como conseguir a substância através da justiça.

Juízes de primeira instância acataram a argumentação dos advogados de que o direito à vida prevalece sobre os registros oficiais. Sem condições de produzir a substância em larga escala, a USP passou a acionar o TJ. Na segunda-feira, ao suspender todas as liminares, Nalini alegou que a suspensão "é medida de prudência".

Segundo ele, mesmo sob o argumento de que a proteção à saúde prepondera sobre o registro formal do medicamento, "não há nenhuma prova de que, em humanos, a substância reclamada, que não é um remédio, produza algum efeito no combate a doenças". Chierice não foi localizado. Em artigos publicados em revistas de medicina ele defende a fosfoamina como tratamento alternativo para o câncer.

A Anvisa informou em nota ser necessária a avaliação de ensaios clínicos antes de qualquer medicamento ser disponibilizado para uso no Brasil. A análise tem por finalidade atestar a eficácia e a segurança do produto, segundo o órgão. "Em alguns casos, a agência pode autorizar o acesso a medicamentos que ainda não tiveram ensaios clínicos ou obtiveram o registro na Anvisa, como no caso de uso compassivo, acesso expandido ou por meio do programa de fornecimento de medicamento pós-estudo. A venda ou distribuição de qualquer medicamento sem registro, fora do contexto de uma pesquisa clínica aprovada ou fora de qualquer outro programa de acesso a medicamentos experimentais, é uma prática irregular", alertou.

Ainda segundo a Anvisa, no caso da fosfoetanolamina, a agência não recebeu qualquer pedido de avaliação para registro dessa substância, nem mesmo pedido de pesquisa clínica, que é a avaliação com pacientes humanos. "Isto significa que não há nenhuma avaliação de segurança e eficácia do produto realizada com o rigor necessário para a sua validação como medicamento", concluiu.

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