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A cidade de Havana, último foco da Covid-19 em Cuba, ficará sob toque de recolher por 15 dias, medida com a qual as autoridades tentam conter um novo surto na capital.

"Determinou-se a proibição da mobilidade de pessoas e veículos no horário compreendido entre 19h e 5h", informou nesta quinta-feira à TV estatal o governador de Havana, Reinaldo García Zapata.

A medida, que irá vigorar de 1º a 15 de setembro, também restringe o atendimento nos mercados até as 16h e a presença de adultos e crianças em parques e centros de lazer. O número de policiais nas ruas irá aumentar e serão controladas com rigor as entradas e saídas da cidade.

Com 11,2 milhões de habitantes, Cuba conseguiu manter sob controle o novo coronavírus, com 3.806 infectados e 92 mortos registrados até ontem, uma situação favorável frente a vários de seus vizinhos. Deste total, mais de 1,2 mil casos ocorreram no último mês, após o novo surto em Havana.

A capital teve que retomar o confinamento enquanto a maior parte do país caminha para a normalidade. O transporte público foi interrompido e a circulação de veículos particulares está restrita.

"Estamos diante de um novo surto. O que aconteceu em abril está acontecendo agora, em agosto. Uma transmissão intensa, com uma média de 52 casos por dia", informou José Raúl de Armas Fernández, representante do Ministério da Saúde.

Cuba mantém as fronteiras fechadas desde março, o que golpeou sua já frágil economia, que tem no turismo um de seus principais motores.

O firme avanço da pandemia na América Latina, a região mais atingida do mundo pela Covid-19, coloca em dúvida a flexibilização de medidas em vários países para aliviar o grave impacto econômico registrado em todo o planeta, ao mesmo tempo que obriga, como no Peru, a instauração de novas restrições.

Em um momento em que a América Latina registra mais de 5,7 milhões de casos e mais de 225.000 óbitos por Covid-19, o presidente do Peru, Martín Vizcarra, anunciou a reinstauração do toque de recolher dominical e a proibição de reuniões sociais ou familiares.

Com 632 falecimentos por milhão de habitantes, o Peru (32,9 milhões de habitantes) é o país latino-americano mais atingido pela pandemia em números proporcionais. Em números absolutos (489.600 casos e cerca de 21.500 óbitos), é o terceiro país mais afetado, atrás de Brasil e México.

"Temos que dar um passo para trás nas medidas que estávamos liberando. A partir deste domingo, retorna a imobilização obrigatória a nível nacional", declarou Vizcarra ao anunciar as medidas para frear os contágios, seis semanas após o início da flexibilização gradual.

A média diária de infecções mais do que duplicou em um mês para 7.025 na última semana. "Os principais focos de contágio são agora nossos amigos e familiares", explicou Vizcara.

No Brasil, onde registra-se a maioria dos casos na região, com quase 3,2 milhões, além de mais de 104.000 óbitos, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), anunciou ter contraído a doença.

"Infelizmente eu dei positivo, estou com coronavírus. Absolutamente assintomático, me sinto bem, vou para casa e seguirei o protocolo médico" de isolamento nos próximos 10 dias, informou Doria, um ferrenho crítico do presidente Jair Bolsonaro, a quem acusa de minimizar a gravidade da pandemia.

A Argentina superou a marca dos 5.000 óbitos por Covid-19, após registrar um recorde de 241 falecimentos na noite de terça-feira e 84 mais na manhã desta quarta, de acordo com o Ministério da Saúde.

O país soma 5.088 óbitos desde 7 de março e 260.898 contágios em uma população de 44 milhões de habitantes, parte da qual continua confinada na Área Metropolitana de Buenos Aires.

Em Santiago, outra cidade onde seguem ativas umas das quarentenas mais longas do mundo, com quase cinco meses de duração, o isolamento será levantado na próxima segunda-feira. As autoridades registraram uma melhora nos índices de contágios.

A partir de segunda, a zona central da capital chilena se somará a outras seis que já saíram da quarentena e entraram na chamada "fase de transição", prévia à suspensão completa do confinamento.

- Economias sofrem -

A pandemia contaminou 20,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais quase 750.000 faleceram, de acordo com a recontagem da AFP a partir de dados oficiais.

Ao trágico saldo de vidas somam-se crises econômicas que refletem novos dados desanimadores.

Nesta quarta-feira foram divulgados os dados oficiais macroeconômicos do segundo trimestre no Reino Unido, que confirmaram uma recessão histórica, com uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) superior a 20% entre abril e junho.

Este é o pior resultado desde o início dos cálculos trimestrais nos anos 1950 e se devem, sobretudo, a um confinamento muito prolongado, que paralisou totalmente a economia em abril.

Para 2020, o Banco da Inglaterra prevê uma queda de 9,5% do PIB do Reino Unido, que registra 46.000 mortes provocadas pela Covid-19.

Contudo, as autoridades modificaram nesta quarta-feira a forma de contabilizar as mortes por Covid-19: só serão registrados a partir de agora os falecimentos até 28 dias depois de confirmado um teste positivo. Isso reduz o balanço em 5.300 óbitos, para 41.329.

Os efeitos da pandemia são profundos até em países com um balanço reduzido de vítimas fatais, como a Nova Zelândia, apontada como um modelo de gestão e que registra 22 mortes em uma população de cinco milhões.

Nesta quarta-feira, a primeira-ministra Jacinda Ardern afirmou que cogita adiar as eleições de 19 de setembro após a detecção de oito novos casos pela primeira vez desde maio, o que levou as autoridades a decretar um confinamento de pelo menos três dias em Auckland, onde vivem 1,5 milhão de pessoas.

- "Faíscas" que provocam incêndios -

O país mais atingido pela pandemia é os Estados Unidos, que têm 164.000 mortos e cinco milhões de casos.

Na Espanha, com mais de 28.000 mortos, a epidemia volta a acelerar e registra uma média superior a 4.900 contágios diários, mais do que a soma dos casos da França, Reino Unido, Alemanha e Itália.

Em Aragón, região espanhola com a maior taxa de contágios, 270 casos para cada 100.000 habitantes, 242 internações e 32 mortes foram registradas nos últimos sete dias.

Tudo começou com focos familiares em bairros populosos de áreas carentes, destaca José Ramón Paño, especialista em doenças infecciosas no hospital clínico universitário de Zaragoza.

As "faíscas iniciais" ganharam força com "eventos de supertransmissão", como festas de família ou o lazer noturno.

"O incêndio se propagou aos locais trabalho e asilos, o que deixou o sistema de saúde sob pressão", disse Paño.

No contexto da crise prossegue a corrida para desenvolver uma vacina confiável. Desde terça-feira o mundo reage com ceticismo e prudência ao anúncio da Rússia sobre a primeira vacina "eficaz" contra o coronavírus.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recordou que a "pré-qualificação" e a homologação de uma vacina exigem um procedimento "rigoroso".

O secretário de Saúde dos Estados Unidos, Alex Azar, que está em visita a Taiwan, destacou a necessidade de fornecer "vacinas seguras e eficazes". Ele destacou que isso "não é uma corrida e não consiste em chegar primeiro".

Contudo, o presidente filipino, Rodrigo Duterte, se ofereceu como voluntário para testar a vacina russa. "Acredito que a vacina que produziram realmente é boa para a humanidade", declarou.

Dezenas de policiais e manifestantes ficaram feridos, e cerca de 20 pessoas foram presas na madrugada desta quarta-feira (8) em Belgrado, durante manifestações contra o toque de recolher imposto pela Covid-19, as quais terminaram em violência.

Irritados com o anúncio do presidente sérvio, Aleksandar Vucic, de que teriam de retomar o confinamento no fim de semana, milhares de manifestantes saíram às ruas na noite de terça-feira (7).

No início, a manifestação ocorreu sem problemas, mas acabou em uma verdadeira batalha entre policiais e manifestantes. Os agentes lançaram gás lacrimogêneo para dispersar a multidão, que respondeu com pedras e outros projéteis.

Um grupo de manifestantes conseguiu invadir o Parlamento, mas foram despejados. O presidente Vucic era o alvo da ira da multidão.

Os críticos do presidente o acusam de ter facilitado uma segunda onda da epidemia, ao suspender muito rapidamente o confinamento para a realização das eleições, em 21 de junho. A legenda de Vucic, o Partido de Progresso da Sérvia (SNS, de centro direita), saiu amplamente vitoriosa das urnas.

"É por sua causa, pai, porque eu sei que você ficaria orgulhoso", diz um manifestante, diante das câmeras do canal regional N1, com a voz embargada, acrescentando que seu pai morreu por falta de "respiradores suficientes" no hospital.

As autoridades policiais foram acusadas de violência, depois que a emissora N1 transmitiu imagens de agressões, nas quais agentes do Batalhão de Choque aparecem espancando com cassetetes três jovens sentados em um banco perto do Parlamento.

"A violenta dispersão de manifestantes pela polícia ontem em Belgrado suscita sérias preocupações sobre (respeito aos) direitos humanos", disse a a comissária responsável por essa área no Conselho da Europa, Dunja Mijatovic.

Com o avanço do novo coronavírus (Sars-CoV-2) pelos Estados Unidos, especialmente em estados que anteciparam o afrouxamento das regras de isolamento, o condado de Miami-Dade anunciou a volta do toque de recolher nesta quinta-feira (2).

Segundo o prefeito Carlos Gimenez, a regra vale das 22h às 6h já a partir da noite desta sexta-feira (3) e segue, no mínimo, até 6 de julho. Além disso, o político anunciou que assinará uma ordem executiva para revogar a reabertura de estruturas de entretenimento, como cinemas, teatros, cassinos e casas de show.

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Os restaurantes poderão permanecer abertos apenas para entrega e retirada - sendo que os clientes que forem ao local deverão usar obrigatoriamente máscaras de proteção facial - e as piscinas dos hotéis deverão ficar fechadas.

"A polícia de Miami-Dade vai estar vigilante neste fim de semana, ao lado dos departamentos municipais, para monitorar. Os infratores flagrados responderão por uma contravenção criminal de segundo grau, com multa de US$ 500 e 180 dias de prisão", informou ainda Gimenez.

A medida vem na sequência do anúncio do fechamento das praias, ocorrido em 1º de julho, em ação também adotada pela Califórnia e pela Flórida. O anúncio ocorre no mesmo dia em que os Estados Unidos bateram um novo recorde diário, pelo terceiro dia consecutivo, de novas contaminações por Covid-19, segundo o Centro Universitário Johns Hopkins. Nesta quarta, foram registradas 53.069 novas infecções, levando o total de contaminados para 2.735.339.

Ao menos sete estados bateram seus próprios recordes de contaminações - Alasca, Arkansas, Carolina do Sul, Flórida, Geórgia, Montana e Tennessee. Nas últimas duas semanas, houve um aumento de 87% no número de casos no país. O número de mortos em 24 horas foi de 649, levando o total de vítimas a 128.677 até o fim da noite de ontem. Os estados mais afetados por essa segunda onda são aqueles que anteciparam o fim das medidas de isolamento social, após pressão do presidente Donald Trump. Agora, a maior parte deles está precisando ordenar o fechamento novamente de diversos setores estratégicos. 

Da Ansa

Com medidas mais drásticas, como toque de recolher e a proibição de bebidas em locais públicos, prefeituras reagem à explosão de casos de coronavírus no interior paulista. Dados divulgados pelo governo mostram que a região já supera a capital em número de mortes acumuladas pela Covid-19.

Pelo segundo dia consecutivo, São Paulo registrou mais de 9 mil novos casos de infecção pelo novo coronavírus, chegando a 248.587. O total de novos casos é de 9.765. Nesta quinta-feira, o Estado teve o segundo pior número de mortes confirmadas em 24 horas: 407. A quantidade de óbitos passou de 13.352 para 13.759.

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Pela primeira vez, o acumulado de mortes no interior do Estado (6.677) ficou maior do que o da capital (6.675). O secretário executivo do Centro de Contingência do Coronavírus, João Gabbardo, destacou, no entanto, que a taxa de incidência da doença por milhão de habitantes na capital (9.244) ainda é muito maior do que no interior, que tem 3.728 pacientes com a doença por milhão. "Isto nos leva a acreditar e projetar o aumento significativo que nós teremos no interior do Estado."

O infectologista Paulo Menezes, membro do centro de contingência, relacionou a situação do interior com o distanciamento social menor. "O vírus, essencialmente, se transmite de uma pessoa para outra. Então, se as pessoas se encontram mais, há uma maior transmissão." Segundo ele, ainda há risco de uma segunda onda da doença em capital e Grande São Paulo.

A secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, buscou reforçar o pedido à população para manter a quarentena no interior, respeitando o distanciamento social e usando as máscaras. "Depende muito de cada um de nós, e de que nós façamos a nossa parte."

Medo

A expansão do vírus acontece em todas as regiões, até em cidades pequenas. Em Capão Bonito, o prefeito Marcos Citadini (PTB) decretou o rebaixamento da cidade da fase laranja para a vermelha (mais rígida). Um decreto que autorizava o funcionamento de bares e restaurantes foi suspenso. A cidade registrou 17 casos positivos em 24 horas. Conforme o prefeito, as ruas devem ficar vazias das 22 às 5 horas. "Vamos determinar toque de recolher. Se for comprar remédio ou for alguma emergência, vamos aceitar, mas em outros casos vamos multar. Quem fizer festa ou aglomeração em casa também será multado e vamos cobrar a multa com o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)."

A prefeitura de Porto Feliz baixou decreto proibindo o consumo de bebidas alcoólicas em ruas, calçadas, praças e outros espaços públicos da cidade para evitar aglomerações. A "lei seca" entrou em vigor ontem. Os bares poderão funcionar em drive-thru até 18 horas. A cidade tem 183 casos confirmados e três óbitos pela doença. O decreto prevê autuação e multa.

Já em Limeira, a prefeitura levou em conta a "evolução considerável da doença na cidade" para suspender a flexibilização e voltar à fase vermelha do plano estadual de reabertura. A cidade registrou 105 casos novos em 24 horas - já são 1.161. Conforme o município, "políticas públicas de maior rigor devem ser implementadas". O passe de ônibus para idoso foi limitado a duas viagens por dia. Ao menos 20 estabelecimentos foram autuados e podem pagar multa de R$ 1 mil.

Porto Ferreira também regrediu da fase laranja para a vermelha. O índice de ocupação dos leitos de UTI chegou a 75%. A prefeitura de Cordeirópolis suspendeu a flexibilização e determinou o fechamento dos órgãos públicos que tinham voltado a funcionar. Em Engenheiro Coelho, todo o comércio voltou a ser fechado e quem descumprir será multado em R$ 1 mil. "Há pouquíssimas vagas de UTI na região", afirmou o prefeito Pedro Franco (MDB). (Colaborou Bruno Ribeiro)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, anunciou que o toque de recolher na cidade começará nesta terça-feira a partir das 20h locais (21h de Brasília), depois que Manhattan foi cenário nas últimas horas de saques.

Lojas das marcas Nike, Michael Kors ou Lego e outras de aparelhos eletrônicos no centro de Manhattan foram atacadas por grupos de jovens na segunda-feira (1°) à noite.

A polícia estava presente nas grandes avenidas, normalmente lotadas de turistas, mas praticamente vazias há várias semanas devido à pandemia de coronavírus.

Uma semana depois da morte de George Floyd, um homem negro de 46 anos que foi asfixiado por um policial branco em Minneapolis após a detenção, os protestos acontecem de costa a costa nos Estados Unidos. As manifestações, pacíficas em sua maioria, resultaram em distúrbios generalizados.

Na segunda-feira, o presidente Donald Trump prometeu restaurar a ordem e ameaçou os estados com a mobilização dos militares "para resolver rapidamente o problema" se a violência não parar.

Na segunda-feira à noite, o canal de televisão local NY1 exibiu imagens de jovens que saquearam uma loja de produtos eletrônicos de Nova York e foram detidos pela polícia. Outros estabelecimentos do sul de Manhattan também foram alvos.

Nas redes sociais circulou a notícia de que a loja de departamento Macy's também foi alvo dos saqueadores, mas a polícia não confirmou a informação e se limitou a afirmar que "várias lojas" foram tomadas como alvos e que centenas de pessoas foram detidas.

O prefeito da cidade afirmou que a situação era "inaceitável" e anunciou a ampliação do toque de recolher.

"Apoiamos os protestos pacíficos na cidade, mas agora é o momento de voltar para casa. Há pessoas que estão nas ruas esta noite não para protestar, e sim para destruir propriedades e provocar danos a outros. Estas pessoas estão sendo detidas, suas ações são inaceitáveis e, portanto, não as permitiremos na cidade", afirmou De Blasio.

Vários bairros de Nova York foram cenários de saques no fim de semana, principalmente no Soho, uma área rica da cidade, o que levou o prefeito De Blasio e o governador do estado, Andrew Cuomo, a decretar o toque de recolher.

Pouco depois das 23h00 (0h00 de Brasília), quando a medida entrou em vigor na segunda-feira, mais de 100 pessoas se reuniram de maneira calma diante do Barclays Center, no Brooklyn, e se ajoelharam para homenagear as vítimas da violência dos últimos dias.

Os policiais observaram à distância a manifestação. De Blasio, democrata, criticou o tom "belicoso" e a "retórica polarizadora" de Trump, que deseja a reeleição em novembro. "Não foram suas declarações das últimas horas que provocaram tudo isto, e sim o que fez nos últimos anos", disse o prefeito.

Com objetivo de controlar a expansão do novo coronavírus pelo interior, a prefeita de Pesqueira, no Agreste de Pernambuco, assinou um decreto no qual intensifica a rigidez do isolamento social. As principais medidas estão agendadas para o dia 27 e seguem até 15 de junho, mas a partir deste sábado (23) já será implementado toque de recolher na cidade.

Segundo a determinação da prefeita Maria José (PRP), está proibida a circulação de pessoas das 22h às 5h "enquanto durar a pandemia decorrente da Covid-19". Já a partir da quarta (27), apenas profissionais de serviços essenciais terão livre acesso; os demais só poderão sair de casa para comprar alimentos, produtos de higiene e remédio, ou em casos de socorro médico e na busca por serviços bancários, mediante comprovação.

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Barreiras sanitárias serão montadas nos principais acessos do município, com o auxílio das polícias Militar e Civil. Desse modo, pessoas que não residem no local serão orientadas a retornar. Em relação ao transporte, vans e similares só atenderão à população da Zona Rural caso sejam cadastradas.

Os veículos de passeio terão limite de ocupação de dois adultos e uma criança. Todos devem estar com máscara de proteção e o condutor deverá informar para onde se desloca. Caso haja suspeita de infecção, os agentes poderão examinar a temperatura e averiguar o histórico de contato.

As filas de casas lotéricas, Correios e bancos devem obedecer à distância mínima de dois metros entre os clientes dentro e fora das agências. Os estabelecimentos com permissão de abertura precisam reforçar a higienização a cada três horas, manter janelas externas abertas para renovação do ar, liberar acesso apenas para pessoas que usarem as máscaras corretamente; além de disponibilizar álcool gel 70% ou outro método de higienização aos clientes.

Os proprietários dos comércios autorizados também deverão disponibilizar equipamentos de proteção individual aos funcionários e testar todo o quadro de colaboradores. Os exames devem ser apresentados até o dia 1º de junho na Vigilância Sanitária.

Caso as medidas sejam descumpridas, o infrator poderá ser enquadrado nos artigos 267, 268 e 330 do Código Penal, que podem render até 15 anos de prisão.

O crime organizado, que impõe ordens nas comunidades do Rio de Janeiro, estabeleceu toque de recolher e a suspensão de todos os bailes funks da Região Metropolitana do Estado. Desde à sexta-feira (20), as festas estão sendo canceladas para evitar aglomerações e garantir o cumprimento do isolamento domiciliar, recomendado pelo Ministério da Saúde para conter o surto do novo coronavírus no Brasil.

No Complexo do Chapadão, localizado na Zona Norte, os traficantes emitiram o aviso nas redes sociais. "A diretoria resolveu suspender a realização dos nossos bailes pelo motivo que todos já sabem, essa praga desse vírus vem se espalhando pela cidade e essa parada é muito séria. Enquanto não tivermos tranquilidade, o nosso baile estará suspenso", informa a publicação.

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Também há registro do cancelamento de eventos no Morro da Mineira, no Centro do Rio, na favela Furquim Mendes e na Vila do João, localizados na Zona Norte; no Jardim Catarina, em São Gonçalo, e no B13, em Caxias. De acordo com informações, os criminosos também estariam impondo o toque de recolher às 20h para moradores e comerciantes.

Na a Cidade de Deus, primeira comunidade carioca com caso confirmado, um alto-falante percorreu as ruas para fazer o alerta. "Venho aqui a pedido da diretoria das áreas 15, 13, AP e Karatê. Iremos fazer toque de recolher porque ninguém está levando a sério. Quem estiver na rua de sacanagem ou batendo perna vai receber um corretivo e vai ficar de exemplo. É melhor ficar em casa de molho. O recado já foi dado", dizia a gravação.

No anúncio de cancelamento do baile da Palmeirinha, em Duque de Caxias, as atrações aparecem com máscaras cirúrgicas. Em Acari, os criminosos também adotaram a prevenção. "Devido a atual situação dessa pandemia de coronavírus em toda a região, não terá evento neste sábado. Pedimos a colaboração de todos: evitar aglomerações, som altos e bares. Grato, a diretoria agradece", pontua o post.

Na Vila Aliança, na Zona Oeste, traficantes estariam ameaçando os comerciantes que tentaram lucrar com a pandemia. "Não aceitaremos preços abusivos em nossa comunidade. Vocês sempre dependeram dos nossos moradores. Hoje, eles dependem de vocês", afirma um aviso que circulou pelas redes sociais, assinado pela "gestão inteligente".

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As autoridades iraquianas anunciaram, neste domingo (22), a imposição do toque de recolher nas 18 províncias do país, após a morte de 20 pessoas pelo novo coronavírus e à medida que o número de infecções aumenta.

Metade das províncias já impôs toque recolher em nível local, mas agora as viagens são proibidas em todo o país até 28 de março, de acordo com uma decisão da unidade de crise do ministério da Saúde. Escolas e universidades, bem como todos os aeroportos do país, também ficarão fechados até 28 de março.

Neste domingo, o ministério da Saúde contabilizava 233 contaminações em todo o país, mas os números anunciados pelas autoridades podem ser muito inferiores à realidade, porque menos de 2.000 testes foram realizados neste país de 40 milhões de habitantes, que faz fronteira com o Irã, onde o vírus já matou quase 1.700 pessoas.

Em uma tentativa de conter a maré de contágio, as forças de segurança iraquianas patrulham a fronteira com a República Islâmica para impedir cruzamentos ilegais.

As autoridades também estão preocupadas com a possível contaminação em massa durante as peregrinações xiitas, uma das quais reuniu dezenas de milhares de iraquianos em Bagdá e em outros lugares no sábado.

As mais altas autoridades xiitas do Iraque já proibiram orações coletivas e reuniões, mas o influente líder Moqtada Sadr continua a pedir que seus apoiadores rezem juntos e peregrinem aos mausoléus do país.

Ele, que chegou a pedir o fim das manifestações contra as autoridades por medo de uma epidemia, parece isentar a oração coletiva de suas proibições.

O ministro da Saúde enviou-lhe pessoalmente uma carta pedindo que ele sensibilizasse seus muitos apoiadores para as instruções estritas das autoridades.

O ministro da Saúde, Jaafar Allaoui, explicou em um canal de televisão local que o sistema de saúde iraquiano, com escassez crônica de medicamentos, médicos e hospitais, não suportará uma epidemia.

Ele acrescentou ainda que o governo, atingido pela queda nos preços do petróleo, já recusou-lhe os poucos milhões de dólares que ele pedira para a Saúde quando a primeira contaminação foi anunciada.

Por causa das guerras que abalam o Iraque quase continuamente por quatro décadas e a violência infligida aos profissionais da saúde por parentes de pacientes que não estão satisfeitos com o diagnóstico ou desejam vingar uma morte, muitos médicos fugiram do Iraque nos últimos anos.

Quanto aos hospitais, eles estão em mau estado, como evidenciado pelos muitos vídeos nas redes sociais que mostram equipamentos velhos ou quebrados, falta de higiene ou mesmo animais entrando e saindo sem preocupação.

Oito pessoas são presas após descumprir o toque de recolher para realizar uma orgia, em Barcelona, na Espanha. Após a denúncia da festa sexual envolvendo entre 20 e 30 pessoas, as autoridades conseguiram capturaram alguns participantes por volta das 22h dessa sexta-feira (20).

Além de quebrar a determinação de isolamento, a polícia catalã apreendeu uma grande quantidade de drogas, entre elas cocaína, speed e ecstasy. Os presos seriam os responsáveis pelo evento e pela comercialização dos entorpecentes. Um deles tossia durante a abordagem e passou pelo teste do Covid-19, que deu negativo, segundo o El País.

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Um grupo de homens causou terror na Avenida Leitão da Silva, uma das mais importantes de Vitória, capital do Espírito Santo, na sexta-feira (14). Quebraram carros, apedrejaram ônibus, atacaram o comércio e exigiram um "toque de recolher".

A principal suspeita dos órgãos de segurança é que o ataque, que se espalhou por outros bairros e envolveu queima de ônibus, seja retaliação. O governador, Renato Casagrande, afirmou que "bandidos reagiram à ocupação da PM nos bairros, e agora a polícia atuará com mais força ainda". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Embora suja e com menos fluxo de pessoas e carros do que o habitual, Bogotá voltou ao normal neste sábado, após o toque de recolher decretado por uma onda de violência que se seguiu a um protesto contra o governo de Iván Duque.

O barulho dos veículos começou a tomar conta das ruas após o fim do toque de recolher às 06H00 (08H00 de Brasília) para a capital colombiana, onde vivem mais de sete milhões de pessoas que estavam em casa desde as 21H00 (23H00) da noite anterior, por ordem do prefeito Enrique Peñalosa.

Em algumas ruas ainda era possível ver muito lixo espalhado, cinzas onde havia fogueiras e estilhaços de vidro das estações ou ônibus do sistema de transporte coletivo que gradualmente começa a retomar a normalidade após a interrupção do serviço na véspera por conta de ataques de manifestantes mais exaltados, chamados de "vândalos" pelas autoridades.

A maior parte dos atos de "vandalismo", registrada nas áreas mais populares do sul da cidade, acabou por volta da meia-noite de sexta, num horário em que cerca de 90% dos moradores cumpriam o toque de recolher, informou o ministro da Defesa, Carlos Holmes Trujillo.

Centenas de pessoas, que não foram para casa conforme a determinação do governo, fizeram um protesto em frente à residência particular de Duque. Cerca de 13.000 policiais e militares patrulham a capital.

Algumas universidades abriram suas salas de aula para os alunos passarem a noite por conta da impossibilidade de obter transporte. O comércio fechou no início da tarde e foi difícil adquirir alimentos.

- Sem rosto claro -

As autoridades afirmam que não há como saber que são os autores dos saques e depredações registradas na noite de sexta.

Peñalosa, que ainda não apresentou um balanço sobre os protestos, não fez nenhuma relação entre os atos de vandalismo os manifestantes que foram às ruas na quinta-feira, numa manifestação que atraiu amplos setores com várias reivindicações contra o governo de direita de Duque, que está ha pouco mais de quinze meses no poder.

Alguns cidadãos relataram tentativas de roubo em suas casas lideradas por homens encapuzados, que segundo as autoridades causaram "uma onda de pânico" que se espalhou com a divulgação de notícias falsas.

Devido à situação da ordem pública, as autoridades adiaram para domingo a partida pelas semifinais do futebol colombiano entre o Independiente Santa Fe e o Deportivo Cali, marcada para este sábado.

Além disso, o jogo de exibição entre os tenistas Roger Federer (suíço) e Alexander Zverev (alemão) que estava prevista para a sexta-feira foi cancelado.

Com popularidade em franca queda, Duque convocou um "diálogo nacional" em resposta às mobilizações contra seu governo.

As autoridades iraquianas não conseguiram impor um toque de recolher noturno em Bagdá, onde os manifestantes permaneciam nas ruas nesta terça-feira (29), enquanto a cidade sagrada xiita de Kerbala tentava se recuperar de uma noite de violência.

Ao menos um manifestante morreu durante a noite em Kerbala, anunciou a Comissão Governamental de Direitos Humanos. Tiros foram ouvidos nas imediações da sede do Conselho Provincial da cidade, que fica 100 km ao sul de Bagdá.

Desde o início dos protestos, em 1 de outubro, 240 pessoas morreram e mais de 8.000 ficaram feridas, de acordo com um balanço oficial.

Em Bagdá, milhares de manifestantes caminhavam em direção a praça Tahrir nesta terça-feira, um espaço ocupado desde quinta-feira (24).

O movimento, que exige a "queda do regime", ganhou força na segunda-feira com a adesão de milhares de estudantes universitários e do ensino médio, que tomaram as ruas de Bagdá e de várias cidades do sul do país. Muitos deles seguiram para a praça Tahrir.

As autoridades anunciaram um toque de recolher de meia-noite às 6H00, que os manifestantes desafiaram com buzinas e músicas reproduzidas em alto-falantes espalhados por toda a capital.

Desde segunda-feira, sindicatos de professores, de advogados e dentistas anunciaram paralisações e greves por tempo indeterminado. Além disso, as administrações de várias províncias do sul estavam bloqueadas por grevistas.

A violência mergulhou Quito no caos neste sábado (12). Manifestantes atearam fogo a um prédio público e atacaram veículos de comunicação, o que levou o governo a impor toque de recolher na capital no contexto de um protesto de indígenas contra ajustes econômicos.

O novo dia de manifestações em repúdio às medidas pactuadas com o FMI se degradou rapidamente. Nos arredores da Assembleia Nacional, indígenas ergueram barricadas com troncos e escudos de madeira e enfrentaram com pedras e pirotecnia a Polícia, que respondeu com bombas de gás lacrimogênio.

Grupos de encapuzados atacaram a sede da Controladoria, que ficou envolta em chamas. O presidente Lenín Moreno impôs o toque de recolher e ordenou a militarização desta cidade de 2,7 milhões de habitantes. A medida drástica, que proíbe a circulação em Quito e arredores, começou a vigorar às 15h locais (17h de Brasília). Nenhuma autoridade informou sobre sua vigência.

"Dispus ao Comando Conjunto das Forças Armadas, imediatamente, tomar as medidas e operações que sejam necessárias", destacou o presidente em breve pronunciamento à Nação.

Antes do cair da noite, as forças de segurança ainda se esforçavam para impor a ordem em alguns pontos da cidade, onde grupos de pessoas desafiavam o toque de recolher.

O caos se espalhou no mesmo dia em que o movimento indígena aceitou dialogar com o governo, em busca de uma saída para a crise severa que explodiu há 11 dias.

Moreno acompanha a situação da cidade portuária de Guayaquil, aonde transferiu a sede de governo após decretar o estado de exceção nacional em 3 de outubro e mobilizar as Forças Armadas em uma tentativa de conter o descontentamento social.

Desde então, morreram seis civis e foram registrados 2.100 feridos e detidos, segundo a Defensoria do Povo.

Os protestos também mantêm interrompido o trasporte de petróleo - a maior fonte de divisas - pelo principal oleoduto do país por causa da ocupação de poços na Amazônia.

- "Não deixem que nos matem" -

Amparado no estado de exceção, que a princípio permite restringir alguns direitos por 30 dias, o governo já tinha determinado um toque de recolher ao redor dos edifícios públicos da capital.

As pessoas que esvaziaram pouco a pouco as ruas exigiam o fim da repressão oficial.

"Onde estão as mães e os pais dos policiais? Por que deixam que nos matem?", clamou, chorando, a indígena Nancy Quinyupani.

A imprensa também foi alvo de violência. Manifestantes atacaram as instalações da Teleamazonas e do jornal El Comercio. O canal, que se mantém no ar, retirou 25 funcionários sem reportar nenhuma vítima.

"Por cerca de meia hora, fomos atacados, começaram a apedrejar, forçar as portas e depois a lançar bombas incendiárias", contou no ar Milton Pérez, jornalista e apresentador da Teleamazonas.

O El Comercio, principal jornal de Quito, denunciou no Twitter que sua sede tinha sido atacada "por um grupo de desconhecidos", sem dar maiores detalhes.

O movimento indígena, que lidera o protesto contra os ajustes que encareceram em até 123% o preço dos combustíveis, negou que seus militantes estejam envolvidos nos ataques aos prédios ou à emissora.

- Diálogo incipiente -

"Vamos restabelecer a ordem em todo o Equador", prometeu Moreno após agradecer a decisão dos povos originários de se sentar para dialogar frente à frente, embora não tenha revelado nem quando, nem onde começarão as conversas.

A Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie), que a princípio tinha refutado a oferta, informou ter decidido finalmente "participar" de um encontro com o presidente depois de "um processo de consulta com as comunidades".

No poder desde 2017, o governante enfrenta sua maior crise devido às reforças que acordou com o FMI para aliviar o pesado déficit fiscal que atribui aos gastos excessivos, o endividamento e a corrupção do governo de seu antecessor e ex-aliado Rafael Correa.

Além do fim dos subsídios, as medidas preveem cortar direitos de funcionários públicos. Os indígenas, que representam 25% dos 17,3 milhões de equatorianos, são o setor mais castigado pela pobreza e em sua maioria trabalham no campo.

Com a liberação dos preços dos combustíveis, precisam pagar mais para transportar seus produtos, ao mesmo tempo em que temem uma inflação generalizada.

O governo do Iraque decretou toque de recolher na capital, Bagdá, após protestos violentos em várias cidades que em 24 horas deixaram um saldo de pelo menos nove mortos. A medida entrará em vigor na quinta-feira (3) e continuará "até novo aviso" para "veículos e pessoas em Bagdá".

A polícia iraquiana disparou com munição real nesta quarta-feira (2) para dispersar novas manifestações em Bagdá, apesar de o presidente do país e a ONU terem pedido calma.

Submetido ao seu primeiro teste popular depois de chegar ao poder há quase um ano, o governo de Adel Abdel Mahdi acusou "agressores" e "sabotadores" de "terem causado vítimas deliberadamente".

Os protestos continuaram ao cair da noite e o governo anunciou o fechamento da chamada Zona Verde, no centro da capital, onde estão os ministérios e embaixadas.

Nesta quarta-feira, segundo constataram jornalistas da AFP, houve disparos nas manifestações organizadas nos bairros de Al-Shaab, ao norte da capital, e Zaafaraniya, no sul.

Os protestos se estenderam a outras províncias. Seis manifestantes e um policial morreram na cidade de Naritiya e os demais em Bagdá.

Em Zaafaraniya, onde os manifestantes queimaram pneus, um jornalista da AFP ouviu tiros, como aconteceu por várias horas na terça-feira na Praça Tahrir, no centro da cidade, onde o movimento começou.

Os protestos foram dispersos à força: primeiro, com jatos d'água; depois, com gás lacrimogêneo e balas de borracha.

Essas manifestações não têm partido, nem líder religioso, e são motivadas pela deficiência dos serviços públicos e pelo desemprego.

O principal líder xiita, Moqtada Sadr, pediu nesta quarta-feira "protestos pacíficos e uma greve geral" para aumentar a pressão.

Sadr foi o principal incentivador das revoltas de 2016, que paralisaram o governo.

- Anos de reclamações -

Em Zaafaraniya, o jornaleiro Abdullah Walid, de 27 anos, disse à AFP que saiu às ruas nesta quarta "em apoio aos irmãos na Praça Tahrir", fechada pelas forças de segurança.

"Queremos empregos, melhores serviços públicos. Exigimos isso há anos e o governo nunca nos respondeu", justificou, contrariado, em uma rua onde veículos blindados estão estacionados.

Mohamed Al Juburi, que también trabaja como jornalero, se queja a su vez entre las columnas de humo negro que se elevan desde los neumáticos quemados en el barrio de Al Shaab.

"Nenhum Estado ataca seu povo como este governo. Somos pacíficos e eles atiram em nós", lamentou.

O presidente do Iraque, Barham Saleh, pediu no Twitter que as manifestações sejam pacíficas e que a polícia "proteja os direitos dos cidadãos".

"Nossos jovens querem reformas e querem trabalho. É nosso dever satisfazer esses desejos legítimos", disse o chefe de Estado.

A representante da ONU no Iraque, Jeanine Hennis-Plasschaert, mostrou-se "muito preocupada" com essa tensão nas ruas e pediu às autoridades que "ajam com moderação".

O Iraque, que viveu anos de guerra desde 2003 e teve de enfrentar grupos insurgentes islâmicos, está devastado pela corrupção e pelos combates e sofre anos de escassez crônica de energia elétrica e água potável.

Essas manifestações denunciam especialmente a classe política do 12º país mais corrupto do mundo, segundo ranking da ONG Transparência Internacional.

Um suspeito morreu durante ação da Polícia Militar (PM) em Vila Rica, zona rural de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), na noite do domingo (11). Outras quatro pessoas conseguiram fugir pelo canavial.

Segundo a PM, houve intensa troca de tiros no local. O suspeito baleado chegou a ser encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Engenho Velho, mas não resistiu aos ferimentos.

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Com o suspeito baleado, a polícia apreendeu uma metralhadora calibre 9 mm, um carregador com cinco munições e um uniforme das Forças Armadas. Após uma varredura no local, apenas outro carregador, de munição calibre .40, foi encontrado.

A polícia foi acionada por populares, denunciando que um grupo estava dando toque de recolher na comunidade e exibindo armas de fogo de grosso calibre. A polícia segue fazendo buscas dos suspeitos foragidos.

Autoridades da cidade americana de Charlotte suspenderam neste domingo (26) o toque de recolher que havia sido instaurado após manifestações, incluindo algumas violentas, motivadas pela morte de um homem negro em uma ação policial.

Em um comunicado conjunto, a prefeita da cidade do sudeste dos Estados Unidos, Jennifer Roberts, e o chefe de polícia do condado, Trevor Fuller, anunciaram a suspensão do toque de recolher decretado na quinta-feira. Os dois fizeram um apelo à população para que "demonstre unidade de maneira pacífica e legal".

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As manifestações aconteceram na semana passada em Charlotte, cidade do estado da Carolina do Norte, após a morte de Keith Lamont Scott, um afro-americano de 43 anos que faleceu na terça-feira passada ao receber um tiro de um policial. Novos protestos aconteceram no domingo, mas de forma pacífica.

No sábado, a polícia cedeu à pressão dos políticos e da sociedade civil e divulgou os vídeos do momento da morte de Scott. As imagens não permitem determinar se ele estava com uma arma em suas mãos no momento da ação policial, como alega a força de segurança.

A família da vítima afirma que Scott carregava um livro quando foi atingido por um tiro. "Não compreendemos como este incidente terminou com a perda de uma vida", disse Ray Dotch, cunhado de Keith Scott. "E isto não fica claro nos vídeos que foram divulgados", completou.

Antes da divulgação pela polícia, a família havia revelado um vídeo, filmado pela esposa de Scott, mas que também não é conclusivo. A polícia afirma que encontrou no local do incidente uma pistola com vestígios de DNA de Scott. Também indicou que o homem tinha um coldre no tornozelo para portar uma arma de fogo.

As autoridades divulgaram imagens dos objetos, assim como a de um cigarro de maconha.

Centenas de pessoas continuaram protestando nas ruas da cidade americana de Charlotte, apesar do toque de recolher que entrou em vigor à meia-noite, no terceiro dia consecutivo de manifestações contra a morte de um homem negro por um policial. Os moradores desafiaram o toque de recolher e percorreram as ruas da cidade ante os olhares dos agentes da Guarda Nacional.

Durante a noite de quinta-feira (22), a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar um grupo de pessoas que bloqueava uma avenida importante da cidade. Os manifestantes se retiraram do local após a repressão policial, que incluiu o que pareciam balas de borracha.

Até este momento, os manifestantes caminhavam e gritavam frases de ordem em um clima calmo no centro da cidade. Também exibiam cartazes com mensagens como "Parem de nos matar" ou "A resistência é bela".

A polícia e a prefeita Jennifer Roberts decretaram toque de recolher de meia-noite às 6H00, com o objetivo de impedir novos incidentes graves. "Temos agora os recursos que nos permitem proteger a infraestrutura e ser muito mais eficazes", disse o chefe de polícia de Charlotte, Kerr Putney.

Na madrugada de quarta-feira para quinta-feira 44 pessoas foram detidas na cidade. Uma pessoa foi gravemente ferida por um tiro, que segundo as autoridades não foi disparado pela polícia, e faleceu na quinta-feira.

- A "verdade" após o vídeo -

A noite de quarta-feira havia começado de maneira calma, com uma vigília em memória de de Keith Lamont Scott, um afro-americano de 43 anos que, segundo a família, foi vítima de um abuso flagrante da polícia na terça-feira.

A polícia afirma que Scott foi atingido por um tiro por se negar a largar a arma de fogo que carregava, mas a família assegura que ele tinha apenas um livro.

O chefe de polícia Kerr Putney não cedeu às pressões dos moradores e da ACLU, uma influente associação de defesa das liberdades civis, para que divulgasse o vídeo que mostra a intervenção policial contra Scott.

Mas ele admitiu que a gravação "não oferece uma prova visual indiscutível que confirme que alguém está apontando uma arma", uma declaração que enfraquece a tese policial de que o agente que abriu fogo estava ameaçado diretamente por Scott.

Em um editorial publicado nesta sexta-feira, o jornal New York Times afirma que "não há razões legais para não tornar público o vídeo e, nesta situação tensa, a melhor maneira de dissipar a desconfiança pública é com uma transparência total". O influente jornal local Charlotte Observer segue a mesma linha de argumentação.

Membros da família da vítima assistiram o vídeo e um de seus advogados afirmou ao canal CNN que as imagens não mostram nenhuma arma.

Nos últimos dois anos foram registrados vários casos nos Estados Unidos de policiais que abriram fogo contra pessoas negras que não estavam armadas ou que foram tratadas com brutalidade injustificável, o que provocou a indignação da populaçãon.

- Trump culpa as drogas -

"Não podemos tolerar a violência. Não podemos tolerar a destruição de propriedades e não toleraremos os ataques contra nossos policiais", afirmou o governador da Carolina do Norte, o republicano Pat McCrory. No governo federal do presidente democrata Barack Obama, as posições eram mais equilibradas.

"O presidente acredita profundamente no direito de manifestação das pessoas. Mas a população não deve utilizar a desculpa do protesto para cometer atos de violência ou de vandalismo", advertiu o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

O candidato republicano à presidência, Donald Trump, atribuiu a violência em Charlotte ao uso de entorpecentes. "A droga desempenha um papel muito importante no que vocês estão vendo na televisão", afirmou em um comício.

A morte de Keith Lamont Scott aconteceu poucos dias depois de um ato similar no estado de Oklahoma. Terence Crutcher foi morto por um tiro da polícia quando estava cercado e com as mãos para o alto perto de seu veículo na cidade de Tulsa. A autora do disparo fatal foi indiciada nesta quinta-feira por homicídio culposo.

O governo internacionalmente reconhecido do Iêmen declarou um toque de recolher noturno com início nesta segunda-feira (4) na cidade portuária de Áden em uma tentativa de conter as recentes incursões realizadas pela Al-Qaeda e outros grupos militantes islâmicos, disse o prefeito da cidade, Aidarous al-Zubaidi.

Segundo al-Zubaidi, o toque de recolher ocorrerá todas as noites das 20h até as 5h (do horário local) por um período indeterminado.

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A medida veio após as forças do governo retomarem o porto estratégico de Áden depois de confrontos pesados com militantes que tinham tomado o local no fim de semana. A Al-Qaeda e outros grupos militantes têm utilizado o porto para operações lucrativas de contrabando.

O grupo e os militantes islâmicos ligados a estatais têm explorado o caos de uma guerra civil no país para expandir sua presença no sul do Iêmen.

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas, a guerra no Iêmen já matou ao menos 5.884 pessoas desde março, quando os confrontos aumentaram após a coalizão liderada pela Arábia Saudita começou a lançar ataques aéreos contra os rebeldes

O conflito opõe o governo internacionalmente reconhecido, apoiado por uma coalizão liderada pela Arábia Saudita contra os rebeldes houthis, contra a aliados ao ex-presidente. Fonte: Associated Press.

A prefeitura da cidade de Paris decreta toque de recolher depois das explosões e tiroteios em sete pontos da cidade, ocorridos na noite desta sexta-feira (13). Amanhã (14), anunciou agora há pouco no Twitter a prefeitura, todos os equipamentos da cidade estarão fechados: escolas, museus, bibliotecas, ginásios, mercados, clubes.

“Para os que estão em suas casas, perto ou no lugar do trabalho, recomenda-se não sair. Aos estabelecimentos públicos que reforçem sua segurança e que acolham aqueles que precisem”, publicou a prefeitura em seu site. Também foi solicitado à população que interrompa qualquer evento social em curso.

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Todas as estações de metrô foram fechadas, algumas delas fazem intersecção com a Gare du Nord, a principal estação de trem de Paris. Algumas linhas de ônibus e trem também foram suspensas.

No Twitter, a prefeitura atualiza dados sobre as medidas tomadas diante do atentado que matou mais de 100 pessoas. Para os turistas, o número disponibilizado é o 33 (0) 1 45 55 80 00 e, para os parisienses, 0800 40 60 05. A rádio da cidade 107,1 FM está atualizando as informações.

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