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O papa Francisco quebrou com a tradição depois de decidir eliminar o bônus concedido aos 4.000 funcionários do Vaticano por ocasião da chegada de um novo pontífice.

A decisão inédita de renunciar tomada em fevereiro por Bento XVI, somada às dificuldades das finanças do Vaticano obrigaram o novo Papa a eliminar a gratificação de cerca de 1.000 euros para os empregados da Santa Sé por ocasião da morte do Papa e eleição de seu sucessor.

Inúmeros funcionários, principalmente da assessoria de imprensa, tiveram de trabalhar horas extras desde que Bento XVI anunciou sua renúncia em 11 de fevereiro e também depois da eleição em 13 de março do argentino Jorge Bergoglio.

O novo Papa decidiu destinar parte do dinheiro previsto para os empregados para obras de caridades.

Segundo os últimos informes, as finanças do Vaticano registraram um déficit de 14,9 milhões de euros.

O papa emérito Bento XVI celebra nesta terça-feira 86 anos como o primeiro ex-pontífice em quase 700 anos em sua residência provisória de Castel Gandolfo, nas proximidades de Roma.

Bento será acompanhado pelo irmão mais velho Georg, que tem 88 anos, assim como por quatro italianas laicas que pertencem a um movimento religioso e que trabalham como suas empregadas domésticas há vários anos.

Em fevereiro, Bento se tornou o primeiro pontífice a renunciar ao cargo em mais de 700 anos, espantando o mundo com sua iniciativa. Em março, um conclave elegeu como novo líder da Igreja Católica Francisco, um argentino que tem como nome secular Jorge Mario Bergoglio, um jesuíta que era arcebispo de Buenos Aires.

Desde 28 de fevereiro, Bento vive como um recluso em Castel Gandolfo, a 25 km de Roma.

O secretário de Bento, Georg Gaenswein, que também é atualmente prefeito da casa pontifícia do papa Francisco, muito provavelmente passará o aniversário ao lado do papa emérito.

O evento será totalmente privado.

Na semana passada, o Vaticano negou que Bento tenha uma doença grave.

O Papa Francisco declarou nesta segunda-feira que há mais mártires cristãos hoje do que nos primeiros séculos da Igreja, afirmando que eles são vítimas de calúnia, "obra de Satanás".

Em sua missa diária na capela de Santa Marta, no Vaticano, o papa deu ênfase aos mártires cristãos que havia mencionado um dia antes no Angelus para 80.000 fiéis reunidos na Praça de São Pedro.

"O tempo dos mártires não está terminado. Podemos mesmo dizer que a Igreja tem mais mártires do em seus primeiros séculos (de existência). A Igreja tem muitos homens e mulheres que estão sendo caluniados, perseguidos, que foram massacrados pelo ódio a Jesus: um foi assassinado porque ensinava catecismo, outro porque carregava a cruz. Em muitos países, são difamados, perseguidos. São nossos irmãos e irmãs que sofrem neste tempo dos mártires", insistiu.

Falando aos empregados do serviço de telefonia do Vaticano, o papa condenou tais "calúnias, obra de Satanás", que os cristãos sofreram.

"Somos todos pecadores. Mas a calúnia é outra coisa! A calúnia quer destruir a obra de Deus nas pessoas! A calúnia nasce de uma coisa muito ruim! Ele usa mentiras para ir para frente! Não duvide! A calúnia é pior do que um pecado, é uma expressão direta de Satanás!"

Francisco pediu à Virgem Maria para "proteger os cristãos neste tempo de crise espiritual".

De acordo com vários estudos publicados nos últimos meses, os cristãos de todas as denominações em todo o mundo são os fiéis mais perseguidos. Esta situação é especialmente verdadeira no mundo muçulmano devido a ascensão do fundamentalismo islâmico. Mas outros tipos de discriminação e violência existem, por exemplo, por parte de extremistas hindus contra a minoria cristã na Índia.

O Papa Francisco nomeou neste sábado um espanhol, líder da principal ordem franciscana, como número dois do departamento responsável pela supervisão de todas as ordens religiosas, em sua primeira designação na burocracia vaticana, afetada por vários escândalos, anunciou a Santa Sé.

O espanhol José Rodríguez Carballo, de 59 anos, será o número dois da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, que supervisiona todas as ordens religiosas católicas.

O departamento do Vaticano é dirigido pelo cardeal brasileiro João Braz de Aviz e integra a Cúria Romana, o governo da Igreja Católica que os analistas consideram que precisa de uma reforma.

Carballo é ministro geral da Ordem Franciscana dos Frades Menores (OFM), um posto cujo titular é considerado como o sucessor do fundador São Francisco de Assis.

O frade procede de uma família de agricultores espanhóis pobres que emigraram para a Alemanha.

Vaticanistas esperam novas nomeações importantes para altos cargos da Cúria nos próximos dias, que poderiam proporcionar uma visão das intenções do novo Papa para a Igreja.

O papa Francisco afirmou nesta sexta-feira (5) que tentará fazer com que a Igreja Católica atue "com determinação" contra os casos de abuso sexual envolvendo padres e outros integrantes da hierarquia eclesiástica. A pressão do pontífice por uma ação mais decisiva contra os casos de abuso sexual foi feita durante uma reunião com o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, bispo Gerhard Ludwig Mueller, informou o Vaticano por meio de nota.

"O Santo Padre recomendou que a congregação continue a seguir a linha buscada por Bento XVI, de agir com determinação em relação aos casos de abuso sexual", diz o comunicado da Santa Sé. Durante o encontro, o papa Francisco abordou medidas para proteger menores de idade, ajudar vítimas de abuso sexual e punir os perpetradores desses atos.

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O papa enfatizou ainda que a implementação de medidas nesse sentido pelas conferências de bispos de todo o mundo é essencial para a credibilidade da Igreja Católica. As informações são da Associated Press.

O papa Francisco rezou diante da tumba de João Paulo II nesta terça-feira, no oitavo aniversário da morte do carismático pontífice polonês. Francisco esperou o fechamento da Basílica de São Pedro ao público antes de se dirigir ao túmulo de João Paulo II.

Em três semanas de pontificado, Francisco sacudiu a Igreja Católica com uma série de quebras de protocolo: renunciou a certas vestimentas litúrgicas e na Quinta-Feira Santa lavou os pés de uma muçulmana em um ritual que rememora Jesus lavando os pés de seus apóstolos.

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De acordo com o Vaticano, porém, o fato de Francisco ter visitado hoje as tumbas de João Paulo II e dos papas João XXIII e Pio X evidencia a "profunda continuidade espiritual" com os pontífices anteriores. As informações são da Associated Press.

O papa Francisco celebrou hoje a primeira Vigília Pascal de seu pontificado. Na cerimônia, uma das mais importantes do calendário litúrgico da Igreja Católica, é lembrado o período entre a crucificação da Jesus Cristo, na Sexta-Feira Santa, e sua ressurreição, no domingo de Páscoa.

Este ano, Francisco encurtou dois dos momentos mais dramáticos da cerimônia na Basílica de São Pedro, que inclui leituras do Velho Testamento e o momento no qual o papa compartilha a luz de sua vela com os presentes até que toda a basílica fique iluminada. De acordo com o Vaticano, essas medidas foram tomadas porque o papa Francisco prefere que suas missas não sejam demoradas demais. As informações são da Associated Press.

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O Santo Sudário voltou a ser exposto para uma aparição especial na televisão neste sábado em meio a uma nova pesquisa que contesta alegações de que a peça seria uma falsificação medieval e sustenta que o tecido data aproximadamente da época da morte de Jesus Cristo. O papa Francisco gravou em vídeo uma mensagem especial para o evento na Catedral de Turim, mas não chegou a dizer que a imagem gravada no pano, de um homem com ferimentos similares aos sofridos por Cristo, seja realmente de Jesus.

O pontífice referiu-se ao Santo Sudário como um "ícone", e não como uma "relíquia", o que pode ser considerada uma diferenciação importante. "Esta imagem, impressa no tecido, fala aos nossos corações e nos leva a subir até o Calvário, a olhar para a cruz de madeira e a mergulhar no eloquente silêncio do amor", disse Francisco.

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"Este rosto desfigurado lembra os rostos de todos os homens e mulheres marcados por uma vida que não respeita sua dignidade, pela guerra e pela violência que afligem os mais fracos", prosseguiu o papa. "Ao mesmo tempo, a face estampada no Sudário transmite grandiosa paz; este corpo torturado transmite uma majestade soberana."

Mantido em uma caixa climatizada, o Santo Sudário raramente é exposto ao público. Na última vez que isso aconteceu, em 2010, mais de 2 milhões de pessoas visitaram a Catedral de Turim para rezar diante da peça. As informações são da Associated Press.

O papa Francisco preside nesta Sexta-Feira Santa sua primeira Via Sacra, realizada no Coliseu romano, como líder da Igreja católica, instituição que deseja aproximar dos mais necessitados.

Francisco também participa da recitação da Paixão de Cristo - as últimas horas da vida de Jesus - na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Não se descarta que o primeiro Papa latino-americano carregue a cruz em alguma das 14 estações da Via Sacra que coroará as atividades desta Sexta-Feira Santa no Coliseu romano.

Este talvez seja um dos poucos atos da Semana Santa deste ano que leva a marca de seu antecessor, Bento XVI, que havia encarregado as meditações ao patriarca da Igreja maronita libanesa, Bechara Rai, e este encomendou a dois jovens a sua redação.

Trata-se de uma forma de destacar o drama vivido no Oriente Médio, com a guerra da Síria, mas também a difícil coexistência entre muçulmanos e cristãos, o crescimento do islã e a fuga de muitos cristãos da região diante da perseguição que sofrem, em particular no Egito.

A mensagem destas meditações encarregadas pelo agora Papa Emérito podem se centrar na defesa da vida, ameaçada por guerras, intolerância, opressão e também, segundo a Igreja, pelas leis (aborto, eutanásia) que não defendem suficientemente os direitos dos mais pobres.

Conceitos que Francisco, que constantemente se declara a favor da "proteção", assume plenamente.

Espera-se que estas celebrações, o clímax da Semana Santa, contem neste ano com uma presença de fiéis maior que o habitual pela curiosidade e pelo magnetismo despertados pelo novo Papa.

Francisco, o primeiro jesuíta que chega ao trono de Pedro, deixou claro em pouco mais de duas semanas de pontificado que deseja uma mudança desta milenar instituição, cuja imagem foi manchada nos últimos anos por lutas internas de poder, abusos sexuais de menores por sacerdotes ou pela atividade econômica nebulosa do banco do Vaticano.

No entanto, os analistas preveem que não será fácil alcançar seus objetivos, devido à resistência dos que preferem manter o status quo.

Talvez, a mensagem mais contundente tenha sido dada pelo Papa na Quinta-Feira Santa. Demonstrando a importância da proximidade com os mais necessitados, Francisco se dirigiu ao centro de detenção de menores de Roma, "Casal del Marmo", onde celebrou uma missa diante de quase cinquenta jovens - 35 meninos e 11 meninas de 14 a 21 anos - e lavou os pés de 12 deles em uma cerimônia que lembra a última ceia de Jesus com os doze apóstolos.

Ajoelhado no chão frio sobre um simples pano branco, Francisco lavou, secou e beijou os pés de dez meninos e duas meninas de diferentes nacionalidades detidos neste centro, dois deles muçulmanos, retirando esta cerimônia simbólica de seu ambiente habitual, a suntuosa basílica de São João de Latrão, na capital italiana, e de seus protagonistas habituais, os sacerdotes.

"Quem está no ponto mais alto deve servir aos outros", "ajudar os demais", disse o Papa, levando para o coração da Igreja de Roma um costume que, como cardeal, Jorge Mario Bergoglio costumava realizar na Argentina, sua terra natal.

Dois milhões de documentos que relatam cerca de 800 anos de história resguardados nos Arquivos Secretos do Vaticano - local abriga livros, documentos, correspondências, diários de papas, processos da Inquisição, papéis confidenciais e milhares de outros registros que a Igreja Católica acumulou ao longo dos séculos em sua luta na defesa da fé Cristã. Levando em consideração que tudo o que é oculto instiga a curiosidade humana, o jornalista, pesquisador e escritor Sérgio Pereira Couto reuniu no livro Os arquivos secretos do Vaticano, lançado pela Editora Gutenberg, estudos, pesquisas, informações e fatos sobre esse hermético mundo.

A partir de um ponto analítico, Sérgio Pereira Couto narra sobre a história deste ‘museu cristão’, incluindo os detalhes de sua criação e formação, a Bíblia original e suas alterações. A obra também aborda a Inquisição e suas heresias, além de evangelhos proibidos, mistérios, polêmicas e segredos, inclusive relacionados à renúncia do Papa Bento XVI. 

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Serviço

Os arquivos secretos do Vaticano, Sérgio Pereira Couto

200 páginas

R$ 29,90

O papa Francisco fez sua primeira indicação ao nomear o bispo de Santa Rosa como seu sucessor no cargo de arcebispo de Buenos Aires, que é o principal nome da igreja católica na Argentina

O arcebispo Mario Poli fora bispo auxiliar da capital argentina entre 2002 e 2008, período no qual a ex-cardeal Jorge Mario Bergoglio já era arcebispo.

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Poli, de 66 anos, que tem vasta experiência em trabalho social, foi notícia recentemente ao repreender um padre que postou uma saudação ao ex-ditador argentino Jorge Videla no dia do seu aniversário, no Facebook.

Segundo a mídia argentina, Poli é um padre que segue o estilo de Francisco, um clérigo menos político e mais pastoral. As informações são da Associated Press.

"Sou um grande pescador; confiante na misericórdia e na paciência de Deus, no sofrimento, eu aceito": foi a resposta do cardeal Jorge Bergoglio ao ser eleito Papa, indicou nesta quarta-feira a agência especializada no Vaticano I-MEDIA.

Este episódio ocorrido em 13 de março, no segundo e último dia do conclave na Capela Sistina, foi relatado pelo arcipestre da basílica de São Pedro, o cardeal Angelo Comastri, que participou do conclave, em um documentário produzido pelo Centro Televisivo do Vaticano (CTV) que sairá em DVD em 2 de abril na Itália.

Apenas as primeiras imagens deste filme de 50 minutos foram reveladas à imprensa durante uma apresentação organizada nesta quarta-feira: imagens aéreas do Vaticano e da fumaça branca que saiu da chaminé da Capela Sistina em 13 de março às 19h06 local.

O filme em italiano tratá imagens da primeira aparição do Papa Francisco na loggia da basílica de São Pedro e toda a sequência deste momento histórico: o helicóptero levando Bento XVI do Vaticano para Castel Gandolfo, o Vaticano durante o período vacante do trono apostólico e o novo Papa Francisco tomando a palavra diante de seus fiéis na noite de sua eleição.

O documentário termina com imagens gravadas recentemente pelo CTV: as do encontro histórico entre os dois Papas, em 23 de março em Castel Gandolfo, a residência de verão perto de Roma.

Em sua primeira Semana Santa como Papa, Francisco terá uma nova oportunidade de mostrar sua proximidade dos fiéis, participando do lava-pés em uma prisão romana à benção "Urbi et Orbi".

A multidão, tradicionalmente numerosa no Vaticano nesta que é uma das mais importantes celebrações da vida cristã, deverá ser ainda maior este ano, atraída pelo novo Papa que já conquistou seus fiéis com gestos espontâneos e estilo simples que marcaram as primeiras semanas de seu pontificado.

Francisco surpreenderá já na quinta-feira: o tradicional "lava-pés" em ocasião da Quinta-feira Santa não será celebrado na Basílica se São João de Latrão, mas em um centro de detenção para menores em Casal del Marmo, na periferia de Roma.

Sinal da importância que o Papa jesuíta dá à proximidade com os mais marginalizados, Francisco celebrará a missa, lavará os pés e se reunirá com uma dezena de jovens detidos. Com este gesto, o Papa lembra o de Jesus, que lavou os pés de seus discípulos em sinal de humildade.

O ex-arcebispo de Buenos Aires, Jorge Bergoglio já tinha o hábito de celebrar este momento em uma prisão, hospital ou hospício para os pobres e marginalizados.

Em uma coletiva de imprensa, o porta-voz da Santa Sé, o padre Lombardi, não especificou se o Papa lavará os pés de jovens mulheres. Lavar os pés de mulheres, o que já foi feito pelo cardeal Bergoglio em Buenos Aires, pode ser mal interpretado pelos tradicionalistas.

Segundo a "vontade expressa" de Francisco, a cerimônia será "extremamente simples" e a missa não será exibida ao vivo.

Na mesma manhã, na Basílica de São Pedro, celebrará a missa crismal para centenas de padres. Será uma oportunidade para firmar os objetivos de seu pontificado. No ano passado, Bento XVI fez declarações sobre as divisões internas na Igreja durante esta mesma missa.

Outro momento significativo da Semana pascal, na sexta-feira, Francisco, após recitar no início da tarde a Paixão de Cristo na basílica do Vaticano, presidirá à noite a "Via Crucis" no Coliseu.

Enquanto que, no ano passado, Bento XVI, muito cansado e sentando no anfiteatro, ouvia as meditações de um casal italiano sobre os problemas da família contemporânea, Jorge Bergoglio deve participar da procissão.

Ele poderá carregar a cruz de madeira por pelo menos uma das 14 estações do percurso que representa o Calvário em Jerusalém, da condenação à morte de Jesus.

Antes mesmo de sua renúncia, as meditações foram encomendadas por Bento XVI ao Patriarca Maronita libanês Bechara Rai, que pediu a dois jovens libaneses para escrevê-las.

Essa é uma forma de ressaltar o drama do Oriente Médio, com a guerra na Síria, a difícil coexistência entre muçulmanos e cristãos, a ascensão do Islamismo e a fuga de muitos cristãos para o Ocidente.

Essas meditações devem se concentrar na defesa da vida, ameaçada por intolerância, guerras, opressão, mas também, de acordo com a Igreja, pelas leis (aborto e eutanásia) que não defendem de forma suficiente os direitos dos mais fracos. Essas concepções são defendidas por Francisco.

Sábado, Francisco continuará sua maratona desgastante com a Vigília Pascal, que celebra na noite de Páscoa a Ressurreição de Jesus. Um momento solene, pontuado por ritos milenares como as bênçãos da água e do fogo. Também é tradição que o Papa batize muitos adultos.

Domingo, dia das grandes multidões na Praça São Pedro, Francisco celebrará a missa de Páscoa antes de realizar da varanda central da basílica a bênção "Urbi et Orbi" ("à cidade e ao mundo").

No ano passado, o Papa Bento XVI desejou boa Páscoa em 65 línguas, do aramaico, língua falada por Jesus, ao kirundi, língua do Burundi.

O papa Francisco celebrou sua primeira missa de Domingo de Ramos neste domingo, na Praça de São Pedro, dando início às celebrações da Semana Santa. Durante a homilia, Francisco motivou as pessoas a serem humildes e jovens de coração e fez o primeiro anúncio público confirmando que virá ao Brasil em julho, para participar da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro.

A praça foi preenchida por uma multidão de em torno de 250 mil pessoas, de acordo com estimativas do Vaticano.

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Seguindo seu estilo espontâneo, o primeiro papa latino-americano interrompeu várias vezes o texto preparado para a homilia e incentivou as pessoas a terem fé para levar uma vida simples e resistir a tentações que provoquem tristeza quando os obstáculos da vida forem inevitáveis.

Depois de duas horas de missa, o papa subiu no papamóvel aberto e circulou no meio da multidão. Ele inclinou-se para fora para cumprimentar as pessoas e apertar mãos. Ao descer do veículo, Francisco beijou a mão de uma senhora e conversou brevemente com ela. Um outro homem aproximou-se dele para tocá-lo no ombro, um gesto familiar do papa anterior, o reservado Bento XVI. Uma freira argentina que estava no meio da multidão disse: "Não há dúvida de que a Igreja Católica terá uma nova primavera com este papa."

A Semana Santa terá uma tradição quebrada neste ano, com o novo papa. Ao invés do habitual rito de lava-pés dos padres na Basílica de São Pedro, representando um símbolo de humildade, realizado sempre na Quinta-Feira Santa. Este ano, Francisco vai lavar os pés de jovens numa penitenciária do centro de Roma.

Os compromissos desta semana incluem a Procissão da Via-Crúcis no Coliseu, na Sexta-Feira da Paixão. No próximo domingo, Francisco vai celebrar a missa de Páscoa na Praça de São Pedro. As informações são da Associated Press.

O papa Francisco pediu nesta sexta-feira (22) que a igreja católica "intensifique" o diálogo com o Islã e com os ateus, num discurso a embaixadores de 180 países que mantêm relações diplomáticas com a Santa Sé no qual também condenou a "pobreza espiritual" no Ocidente.

"É importante intensificar o diálogo entre as várias religiões e penso particularmente no diálogo com o Islã", disse ele. "É também importante intensificar o alcance aos ateus", acrescentou. Francisco também enviou uma mensagem de paz para a China e outros países que não têm relações diplomáticas com a Santa Sé.

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Em seu primeiro discurso como papa, Francisco falou em italiano em vez do tradicional francês, outra indicação de que o papa argentino não fica muito confortável ao usar outras línguas que não o italiano e o espanhol.

O papa explicou aos embaixadores que vai trabalhar para a paz, pelos pobres e pela "construção de pontes" entre os povos, lembrando que o título "pontífice" significa construtor de pontes.

As relações do Vaticano com o Islã enfrentaram períodos complicados durante o papado de Bento XVI. Ele irritou os muçulmanos num discurso de 2006, quando citou um imperador bizantino dizendo que alguns dos ensinamentos do profeta Maomé eram " maus e desumanos".

Em 2011, o Instituto Al-Azhar do Cairo, importante centro de ensino islâmico sunita, congelou o diálogo com o Vaticano em protesto contra o pedido de Bento XVI de maior proteção aos cristãos no Egito.

Nesta sexta-feira, o Vaticano informou que o imã chefe do Al-Azhar, xeque Ahmed el-Tayyib, enviou uma mensagem de congratulações a Francisco por sua eleição e expressou sua expectativa de cooperação. Este é um possível sinal de descongelamento das relações com a chegada de um papa cujo alcance inter-religioso, quando era arcebispo de Buenos Aires, foi bem documentado.

Bento XVI havia escolhido como uma de sua prioridades a melhora das relações com a China, tendo em vista os milhões de fiéis que pertencem à igreja católica. Mas as relações permaneceram particularmente em relação à nomeação dos bispos. O governo chinês insiste em nomeá-los, mas o Vaticano diz que apenas o papa pode tonar esse tipo de decisão.

A China parabenizou Francisco por sua eleição, mas disse que o estabelecimento de relações formais vai depender do Vaticano cortar relações formais com Taiwan e interromper atividades que o país considera como um intervenção em seus assuntos internos, uma referência à nomeação dos bispos. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

A viagem da presidente Dilma Rousseff ao Vaticano para a missa inaugural do papa Francisco custou aos cofres públicos 125.990,00 euros (cerca de R$ 324 mil), informou nesta quarta-feira ao jornal O Estado de S.Paulo a assessoria de imprensa do Itamaraty. A oposição quer explicações sobre as despesas da comitiva presidencial. Os gastos dizem respeito ao valor total do pacote de hospedagem e salas de apoio e reunião.

"As equipes técnica e de apoio tiveram a composição padrão das viagens presidenciais, formadas por profissionais de segurança, cerimonial, saúde, tradução, comunicação, diplomatas, entre outros. A comitiva e a equipe técnica foram hospedadas no hotel Westin Excelsior e a equipe de apoio hospedou-se no hotel Parco dei Principi", disse o Itamaraty à reportagem, sem detalhar quantas pessoas acompanharam a presidente na viagem.

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De acordo com o Itamaraty, a comitiva oficial foi formada pelos ministros Antonio Patriota (das Relações Exteriores), Aloizio Mercadante (Educação), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República), Helena Chagas (Comunicação Social), e o embaixador do Brasil no Vaticano, Almir Franco de Sá Barbuda, que se incorporou ao grupo em Roma.

Segundo Patriota, a presidente ficou hospedada em um hotel na capital italiana porque a residência do embaixador do Brasil em Roma está desocupada no momento. "O embaixador Ricardo Neiva Tavares foi designado pela Presidenta da República e aprovado pelo Congresso e o decreto de remoção dele da União Europeia aqui para Roma foi publicado no Diário Oficial na sexta-feira passada. Nessas condições, então, a residência do embaixador do Brasil aqui em Roma está desocupada no momento, ela está entre dois Embaixadores - e é por isso que a presidenta ficou aqui no hotel", disse Patriota à Agência Brasil.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, Dilma, quatro ministros, assessores e seguranças se hospedaram no hotel Westin Excelsior, um dos mais luxuosos da cidade. A diária da suíte presidencial custaria cerca de R$ 7.700; a do quarto mais barato, R$ 910.

De acordo com Patriota, o novo embaixador deverá chegar "dentro de algumas semanas mais". "Qualquer chancelaria do mundo enfrenta a mesma situação: a rotação de embaixadores em intervalos regulares. Agora, o que era aqui inesperado foi essa situação do Sumo Pontífice, né? A renúncia e a troca, e essa situação coincidiu com uma troca de embaixadores aqui na residência oficial em Roma, uma coisa natural que pode acontecer com qualquer chancelaria", disse.

O deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR) vai cobrar do Palácio do Planalto mais informações sobre o custo total da viagem da presidente a Roma. O partido também quer o gasto total dos deslocamentos da presidente ao exterior desde o início do mandato. "Isso é mordomia pura, é algo que choca. Presidente da República sair do Brasil, ir para uma missa, ficar três dias com uma comitiva desse tamanho, e pagar uma diária que custa R$ 7.700 é algo que choca. É um negócio inaceitável", atacou Bueno.

O Papa Francisco recebeu nesta quarta-feira, no Vaticano, representantes das igrejas cristãs e de outras religiões, e lhes prometeu respeito e amizade, alertando para os perigos de reduzir o homem "ao que ele produz e consome".

"A Igreja Católica tem consciência da importância da amizade e do respeito entre os homens e mulheres das diferentes tradições religiosas", declarou o Papa no encontro na sala Clementina do palácio apostólico aos líderes religiosos, entre eles o patriarca ortodoxo grego Bartolomeu I.

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Foi a primeira vez desde 1054 que o patriarca de Constantinopla assiste a entronização de um pontífice.

Francisco também saudou os representantes das Igrejas protestantes ocidentais, ressaltando "a unidade entre todas as pessoas que creem em Cristo" e a necessidade de uma "leal colaboração" entre todas as confissões cristãs.

Líderes das comunidades judaica, muçulmana, budista, jain e skin também estiveram presentes.

Em seu discurso, o Papa pediu "que não prevaleça uma visão humana que reduz o homem ao que produz e ao que consome".

"Este é um dos perigos de nosso tempo", reconheceu Francisco, que enquanto arcebispo de Buenos Aires fez várias críticas às consequências da globalização".

"Temos de estar próximos aos homens e às mulheres que, mesmo que não se reconheçam em nenhuma tradição religiosa, estão à procura da verdade, bondade e a beleza de Deus", declarou.

À delegação judaica, composta por 16 pessoas, o Papa ressaltou o "laço espiritual" que une os cristãos aos judeus.

"Aprecio vossa presença e a vontade de cooperar para o bem da humanidade", disse, ressaltando a importância de uma "coexistência pacífica entre as religiões".

Agradeço também a participação de todas as outras tradições religiosas e, sobretudo, os muçulmanos que invocam assim a misericórdia de Deus", afirmou o Papa.

Em sua visão, a mensagem que as diferentes religiões têm em comum é a de "manter viva a sede do absoluto".

Mais de 130 delegações de países, entre elas vários chefes de Estado e líderes religiosos, assistiram na terça-feira a missa de inauguração do prontificado do primeiro Papa jesuíta e latino-americano.

Entre os primeiros gestos do Papa Francisco em direção ao ecumenismo está a decisão de enviar uma carta ao rabino de Roma na qual deseja "poder contribuir ao progresso das relações entre judeus e católicos conhecidas a partir do Concílio Vaticano II, em um espírito de colaboração renovada".

A relação entre Francisco e os judeus já é conhecida. Junto ao rabino argentino Abraham Skorka, o então cardeal Jorge Bergoglio escreveu o livro "Sobre o céu e a terra" (2010), no qual os dois dialogam sobre o divino e o humano.

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Durante celebração na Praça de São Pedro, no Vaticano, na última terça-feira (19), o Papa Francisco falou sobre bondade, ternura e esperança. O discurso do Santo Padre aconteceu na primeira homilia de seu pontificado, uma reflexão após as leituras do Antigo e do Novo Testamento.

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O Papa Francisco ainda pediu que os fiés lutassem pela paz e pela defesa do meio-ambiente. Assista a trechos da homilia do pontífice na reportagem da AFP.

O Papa Francisco recebe nesta quarta-feira na biblioteca privada do palácio apostólico a presidente do Brasil, Dilma Rousseff.

A presidente compareceu na terça-feira, na Praça de São Pedro, à missa de inauguração do pontificado do primeiro pontífice latino-americano.

Dilma Rousseff deve abordar a visita prevista do novo pontífice ao Rio de Janeiro, de 23 a 28 de julho, para presidir a Jornada Mundial da Juventude, como fizeram seus antecessores João Paulo II e Bento XVI.

"Acredito que será o maior evento que o Papa assistirá, esperamos uma multidão de católicos. Nós os receberemos da melhor maneira, como sempre. Este será o tema central de nosso encontro na quarta-feira", afirmou a presidente na terça-feira à imprensa.

"Este é um Papa que fala aos mais frágeis, aos jovens, aos idosos e aos que precisam de ajuda. Acredito que é um pontífice capaz de comover, que vai dedicar-se aos pobres e que tem dito que este é seu maior objetivo. Isto é motivo de orgulho para nós brasileiros e para toda América Latina, mas sobretudo é um bem para todo o mundo", completou.

O Papa deve confirmar a Dilma Rousseff a viagem ao Brasil e não está descartado que aproveite a oportunidade para visitar também a Argentina, seu país natal.

O Brasil é o país com o maior número de católicos do mundo: 123 milhões.

A Casa Branca disse que o presidente Barack Obama enviou uma carta ao papa. Obama enviou o documento por meio da delegação dos EUA que viajou a Roma para a missa inaugural do Papa Francisco na terça-feira.

A delegação foi liderada pelo vice-presidente Joe Biden, o primeiro católico-romano a ser eleito vice-presidente. Um alto funcionário da embaixada dos EUA entregou a carta para um funcionário do Vaticano.

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Um porta-voz da Casa Branca disse que a carta é privada e não revelou qualquer detalhe sobre o seu conteúdo.

O ex-cardeal Jorge Bergoglio, da Argentina, foi eleito papa na semana passada. Obama disse na ocasião que espera trabalhar com o pontífice para promover a paz, segurança e dignidade para pessoas de todas as fés. Ele disse que a seleção do primeiro papa das Américas mostra a força da região e sua vitalidade. As informações são da Associated Press.

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