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Boto da Amazônia, onça, tatu-bola, gato-palheiro, corais, lagarto papa-vento da Bahia, e o tatu-bola. A lista das espécies da fauna brasileira que tiveram suas populações diminuídas nas últimas décadas revela a ação do homem na natureza. Eles estão no 14º Living Planet Report (14º Relatório Planeta Vivo), feito bianualmente pela WWF, em parceria com a Sociedade Zoológica de Londres. De acordo com o relatório, que analisou 32 mil populações de 5230 espécies de todo o planeta, a perda de biodiversidade e as mudanças climáticas se conectam e se transformam em ameaças para animais e seres humanos.

O boto amazônico é um exemplo. Além da contaminação por mercúrio, usado nas atividades de garimpo, eles sofrem com as redes de pesca, ataques em represália pela danificação de equipamentos de pescadores e com seu uso como isca na captura da Piracatinga, diz o WWF. Entre 1994 e 2016, a população de botos cor-de-rosa caiu 65% na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, no Estado do Amazonas.

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"Outro caso bem documentado é a redução das populações no trapézio amazônico, região que inclui o Vale do Javari, onde o ambientalista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips foram assassinados por pescadores ilegais", diz o relatório.

"Para algumas espécies as causas são bem específicas, como a contaminação por mercúrio e os conflitos com pescadores", diz Mariana Napolitano, gerente de Ciências do WWF-Brasil. Segundo ela, no entanto, uma das maiores causas que contribuem para o declínio das populações de espécies selvagens são as mudanças no habitat.

É o caso da espécie eleita como mascote da Copa do Mundo no Brasil, o tatu-bola. Estudos recentes do WWF-Brasil apontaram redução no habitat dessa espécie dentro do Cerrado de 50% até 2020. Outro animal local sob ameaça é o tiriba-do-Paranã, ave parecida com os papagaios e as araras e que ocorre apenas em uma porção desse bioma, nos estados de Goiás e Tocantins. Ele já é considerado como ameaçado de extinção pelo governo brasileiro.

No Pantanal, as onças, assim como as espécies do Cerrado, sofrem com a perda das características originais de seu habitat. "O desmatamento e os incêndios criam uma desconexão de áreas no bioma", diz Mariana. Em 30 anos, 15,7% da superfície de água do Brasil desapareceu. No Estado mais afetado, o Mato Grosso do Sul, mais da metade (57%) de todo o recurso hídrico foi perdido desde 1990. Ali, essa redução ocorreu basicamente em no Pantanal. "O Pantanal teve redução de 80% de sua superfície de água nos últimos trinta anos", completa.

"Animais que precisam de grandes áreas para viver são mais afetados por essa dupla crise", diz Mariana. "Alguns vão conseguir migrar, mas nem todos. Por isso a importância da criação de corredores ecológicos."

O desmatamento é um dos problemas apontados por especialistas e pela comunidade internacional na gestão do presidente Jair Bolsonaro, que deve terminar os quatro anos de gestão com, por exemplo, um total de 47 mil km² de desmatamento na Amazônia. O número representa o total da área destruída segundo as estimativas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) entre 2019 e 2022 e é 60% maior do que o registrado nos quatro anos anteriores no governos Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).

A gerente de Ciências do WWF-Brasil ressalta que há boas experiências no País, como no Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, na fronteira com Argentina e Paraguai. "Ali, não apenas no Brasil, o monitoramento da população do felino mostra estabilidade e crescimento nos últimos anos, passando de 11 animais, em 2009, para 28 em 2018.

De Norte a Sul

Espécie menos conhecida, o gato-palheiro também sofre com as mudanças em seu habitat natural, os campos do Pampa, no Sul do Brasil, de acordo com o relatório da WWF. Este é o bioma brasileiro que mais perdeu vegetação nativa nas últimas décadas, quase 30% entre 1985 e 2021 segundo a plataforma MapBiomas, projeto que reúne universidades, organizações ambientais e empresas de tecnologia. A agricultura é o principal uso do solo na região.

As ameaças, no entanto, não ficam apenas em terra firme. No mar, os corais são uma das espécies mais ameaçadas.Dados publicados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (IPCC),estimam que 70% a 90% dos corais do mundo possam desaparecer com o aumento médio de 1,5°C da temperatura global. No Brasil, "o mapeamento histórico realizado na região de Abrolhos, na Bahia, mostra que embora a perda de recifes possa ser rastreada desde 1861, esse processo tornou-se mais intenso nas últimas décadas em virtude da maior frequência de extremos climáticos com altas temperaturas", explica Mariana.

O aumento de dias em que a água fica quente é a causa principal do stress nos corais, que causa seu branqueamento -um indicativo do enfraquecimento que pode causar sua morte. "Um exemplo recente foram as ondas de calor de 2019 e 2020, que foram responsáveis pela perda de 18,1% da cobertura de corais em Maragogi, município da maior área marinha protegida do Brasil, a APA Costa dos Corais. Os efeitos foram registrados em diversos recifes importantes do litoral brasileiro, por exemplo, com destaque para a região de Abrolhos, onde o aumento da temperatura foi responsável pela morte de mais de 89% das populações de uma espécie de coral, a Millepora alcicornis", diz a gerente de Ciências da WWF-Brasil.

O estudo “Solucionar a Poluição Plástica: Transparência e Responsabilização”, feito pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF), mostra que o Brasil é o quarto país no mundo que mais produz lixo. São 11.355.220 toneladas e apenas 1,28% de reciclagem. Só está atrás dos Estados Unidos (1º lugar), da China (2º) e da Índia (3º).

No Brasil, segundo dados do Banco Mundial, mais de 2,4 milhões de toneladas de plástico são descartadas de forma irregular, sem tratamento e, em muitos casos, em lixões a céu aberto. Aproximadamente  7,7 milhões de toneladas de lixo são destinados a aterros sanitários.

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A poluição por plástico gera mais de US$ 8 bilhões de prejuízo à economia global. Levantamento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) indica que os diretamente afetados são os setores pesqueiro, de comércio marítimo e turismo.

O diretor executivo do WWF no Brasil, Mauricio Voivodic, alertou sobre a necessidade de adotar medidas urgentes para reverter a situação. “O próximo passo para que haja soluções concretas é trabalharmos juntos, por meio de marcos legais, que convoquem à ação os responsáveis pelo lixo gerado. Só assim haverá mudanças urgentes na cadeia de produção de tudo o que consumimos.”

Alerta

Segundo o estudo lançado pelo WWF, o volume de plástico que vaza para os oceanos anualmente é de cerca de 10 milhões de toneladas. Nesse ritmo, mostra a pesquisa, até 2030 serão lançados ao mar o equivalente a 26 mil garrafas de plástico para cada quilômetro quadrado (km2). Aproximadamente metade dos produtos plásticos que poluem o mundo hoje foi criada nos anos 2000.

O diretor-geral do WWF Internacional, Marco Lambertini, afirmou que o sistema atual de produção, uso e descarte de lixo está “falido” e que é necessário mudar o comportamento. “É um sistema sem responsabilidade, e atualmente opera de uma maneira que praticamente garante que volumes cada vez maiores de plástico vazem para a natureza."

Poluição

A poluição do plástico afeta a qualidade do ar, do solo e sistemas de fornecimento de água. Os impactos diretos estão relacionados a não regulamentação global do tratamento de resíduos de plástico, à ingestão de micro e nanoplásticos (invisíveis aos olhos) e à contaminação do solo com resíduos. 

A queima ou incineração do plástico pode liberar na atmosfera gases tóxicos, alógenos e dióxido de nitrogênio e dióxido de enxofre, extremamente prejudiciais à saúde humana. O descarte ao ar livre também polui aquíferos, corpos d'água e reservatórios, provocando aumento de problemas respiratórios, doenças cardíacas e danos ao sistema nervoso de pessoas expostas.

Na poluição do solo, um dos vilões é o microplástico oriundo das lavagens de roupa doméstica e o nanoplástico da indústria de cosméticos, que acabam sendo filtrados no sistema de tratamento de água das cidades e acidentalmente usados como fertilizante, em meio ao lodo de esgoto residual. Quando não são filtradas, essas partículas acabam sendo lançadas no ambiente, ampliando a contaminação.

Soluções

O estudo do WWF faz recomendações sobre possíveis soluções para a situação envolvendo os sistemas de produção, consumo, descarte, tratamento e reúso do plástico. Os cuidados propostos incluem orientação para os setores público e privado, a indústria de reciclagem e o consumidor final.

As propostas incluem que cada produtor seja responsável pela sua produção de plástico, o fim de vazamento do produto nos oceanos – e reúso e reciclagem como base para uso do material. Paralelamente a substituição do plástico por materiais reciclados. 

Danos

Entre os principais danos do plástico à natureza estão estrangulamento, ingestão e danos ao habitat. A gerente do Programa Mata Atlântica e Marinho do WWF no Brasil, Anna Carolina Lobo, disse que a maior parte do lixo marinho encontrado no litoral é plástico. Nas últimas décadas, o aumento de consumo de pescados aumentou em quase 200%.

“As pesquisas realizadas no país comprovaram que os frutos do mar têm alto índice de toxinas pesadas, geradas a partir do plástico em seu organismo, portanto, há impacto direto dos plásticos na saúde humana. Até as colônias de corais – que são as ‘florestas submarinas’ – estão morrendo. É preciso lembrar que os oceanos são responsáveis por 54,7% de todo o oxigênio da Terra”, disse.

O estrangulamento de animais por pedaços de plástico já foi registrado em mais de 270 espécies animais, incluindo mamíferos, répteis, pássaros e peixes, causando desde lesões agudas e crônicas, até mesmo a morte. Esse estrangulamento é hoje uma das maiores ameaças à vida selvagem e conservação da biodiversidade.

A ingestão de plástico já foi registrada em mais de 240 espécies. A maior parte dos animais desenvolve úlceras e bloqueios digestivos que resultam em morte, uma vez que o plástico muitas vezes não consegue passar por seu sistema digestivo.

Um levantamento realizado pela ONG Global Footprint Network indica que a humanidade consumirá, até a próxima quarta-feira (1), todos os recursos produzidos pela natureza para 2018.

"Teremos utilizado todas as árvores, toda a água, o solo fértil e os peixes que a Terra pode nos fornecer em um ano", explica Valérie Gramond do Wild World Fund (WWF).

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Segundo a pesquisa, a população mundial produziu, nos últimos anos, mais dióxido de carbono do que a flora pode absorver. A data estipulada pela Global Footprint Network foi calculada no início dos anos 1970, batizado de 'Dia da Sobrecarga da Terra'. Na época, levantou-se a hipótese desses recursos esgotarem em 29 de dezembro deste ano, mas, posteriormente, foi antecipada para o início de agosto.

Valérie apontou as causas que aceleraram a contagem. "O esgotamento dos recursos se acelerou em razão do consumo excessivo e do desperdício de comida", explicou.

Para frear os efeitos, o site do  "Dia da Sobrecarga da Terra" expõe várias propostas de intervenção, que vão desde a redução de desperdício de alimentos até o consumo de carne em excesso.

As luzes de diversos monumentos em várias partes do país ficarão apagadas por uma hora neste sábado (24), das 20h30 às 21h30, em celebração à Hora do Planeta, uma iniciativa mundial promovida pela organização não governamental (ONG) WWF. O ato simbólico ocorre desde 2007, com o objetivo de chamar a atenção para a importância de se preservar o meio ambiente e conscientizar a sociedade sobre as mudanças climáticas.

De acordo com o WWF, na campanha deste ano, mais de 600 monumentos terão suas luzes apagadas em 145 cidades brasileiras. A expectativa é que mais de 250 mil pessoas participem do movimento.

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Em São Paulo, um dos monumentos a terem a luz desligada é a Fonte Multimídia, no Ibirapuera. O Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, que estão entre os principais cartões-postais do Rio de Janeiro, também terão suas luzes apagadas. Em Brasília, um dos monumentos que ficarão às escuras será o Congresso Nacional.

Estão previstas atividades como pedaladas, limpeza de praias, caminhadas, observação de estrelas e palestras e outras ações de conscientização sobre temas como o despejo adequado de lixo. Pessoas e empresas que queiram participar ou se informar sobre as atividades previstas para o evento podem fazê-lo por meio do site do WWF-Brasil.

Segundo a ONG, mais de 3 mil monumentos de diversas partes do mundo já se inscreveram para participar do Hora do Planeta 2018, reforçando ainda mais a mensagem ambientalista proposta pela campanha.

O Brasil pode perder quase 80 mil quilômetros quadrados em áreas protegidas. A pesquisa, realizada pela WWF (World Wide Fund for Nature), apontou que até o fim de 2017 será desmatada uma área equivalente à Áustria em parques nacionais, reservas biológicas e florestas.

Segundo a organização, essa é uma disputa bilateral: de um lado está o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), responsável por colocar o Brasil como país com o maior número de áreas protegidas, do outro estão os produtores rurais que ocupam essas terras.

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A situação prejudica a meta brasileira de diminuição de gases de efeito estufa, implica no desmonte do programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA) e nos compromissos que o Brasil assumiu na Convenção da Diversidade Biológica (CBD). Além disso, o Projeto de Lei 37751 (PL 37751/2017), que está em tramitação no Congresso Nacional, invalida todas as Unidades de Conservação (UCs) cujos proprietários privados não receberam indenização no período de 5 anos.

De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com a aprovação da PL 37751/2017, 56 mil quilômetros quadrados de área privada deixariam de ser UCs, o que equivale a quase 10% do total desses espaços. 

A Medida Provisória (MP) a respeito deste caso seguiu para o Senado e, se for aprovada, precisará apenas de sanção presidencial para ser aplicada. 

A população de vertebrados na Terra caiu 58% entre 1970 e 2012, e se a tendência persistir poderá diminuir 67% em média de agora até 2020, adverte nesta quinta-feira (27) um relatório do WWF.

O relatório anterior "Planeta Vivo", publicado em 2014 por essa ONG de defesa do meio ambiente, mencionava uma queda de 52% entre 1970 e 2010.

O WWF, em colaboração com a sociedade zoológica de Londres, estudou 14.152 populações de 3.706 espécies de mamíferos, peixes, aves, anfíbios e répteis para chegar a esta conclusão.

Nos próximos dias, a Apple vai doar as receitas totais obtidas com 27 aplicativos populares na App Store para a ONG World Wildlife Fund (WWF) como parte do que a empresa está chamando de um esforço para proteger o meio ambiente. A lista inclui jogos como Angry Birds 2 e SimCity BuildIt, além do mensageiro instantâneo Line. A iniciativa reforça o compromisso da fabricante do iPhone com causas como a mudança climática e conservação ambiental. A campanha segue até o dia 24 de abril.

Segundo a Apple, as compras realizadas dentro das aplicações gratuitas que aparecem na lista também serão revertidas em doações. O CEO da Apple, Tim Cook, se tornou mais vocal sobre essas questões e outras causas sociais e políticas ao longo dos últimos anos. Em seu último evento realizado em março, a Apple falou sobre sustentabilidade e revelou que 93% das instalações da companhia agora são alimentadas por energia renovável.

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A gigante do iPhone também fez uma parceria com a WWF em 2015 para ajudar a proteger florestas na China, que são usadas como matéria prima para fazer as embalagens dos seus produtos, e está trabalhando em uma fazenda solar de 1.300 acres para alimentar sua nova sede.

"Temos colocado bastante ênfase nos últimos anos nas iniciativas ambientais na Apple, realmente tentando trilhar a jornada com respeito às nossas próprias operações e como fazemos e reciclamos nossos produtos", disse a vice-presidente de ambiente, política e iniciativas sociais da Apple, Lisa Jackson. Veja aqui os aplicativos participantes.

Prefeitura do Recife (PCR) promete apagar as luzes de alguns prédios e monumentos históricos da cidade em uma ação mundial contra o aquecimento global no próximo sábado (19). A 'Hora do Planeta' é uma iniciativa promovida pela ONG ambientalista WWF, que visa mobilizar a sociedade em torno da luta contra o aquecimento do planeta. De acordo com a PCR, a ideia é ficar 60 minutos, das 20h30 às 21h30, sem luz no Parque das Esculturas, no edifício-sede do governo municipal e no Marco Zero, que ficam no Bairro do Recife. Em 2016, o evento chega à 8ª edição no Brasil e 10ª no mundo, com a expectativa de superar os números de 2015, quando participaram oito mil cidades de 172 países. 

No Marco Zero, serão realizadas uma série de atividades a partir das 20h, em parceria com 2ª Mostra Ambiental do Recife - MARE. Haverá uma Pedalada Sustentável para a exibição de curtas ambientais no Marco Zero. Para que os filmes sejam exibidos, os espectadores terão que pedalar em bicicletas especiais para gerar a energia elétrica necessária à projeção das películas. Também vão acontecer apresentações culturais, com os Batuqueiros do Silêncio, bloco carnavalesco lírico O Bonde e a Escola Pernambucana de Circo.

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Enquanto os espaços estiverem às escuras das 20h30 às 21h30, serão realizadas as atividades normalmente. As pessoas que não forem ao Centro do Recife para o evento, poderão contribuir com o movimento desligando as luzes em suas casas e nas empresas por uma hora. Além de economia de energia, a iniciativa evita a emissão de gases do efeito estufa para atmosfera. Este ano, segundo a Rede WWF, o “apagão ecológico” deixará sem luz mais de 450 monumentos, prédios e pontos turísticos no país.

Uma das novidades nesta edição é que o Recife é a primeira cidade do Norte-Nordeste a concorrer ao título de mais sustentável do mundo. A iniciativa é promovida pela organização ambientalista WWF no Desafio das Cidades. Pelo quinto ano no mundo e o terceiro no Brasil, a disputa tem o objetivo de eleger as cidades que mais colaboram para o desenvolvimento sustentável. A iniciativa integra o movimento “Hora do Planeta” que busca a mudança de atitude das pessoas frente às consequências do aquecimento global.

Um júri de especialistas internacionais avaliou as ações realizadas pela Prefeitura ao longo dos últimos três anos. Também são finalistas do desafio Belo Horizonte, cidade vencedora em 2014 e 2015, e Rio de Janeiro, pelo Brasil, e diversas cidades do mundo. A Capital Global da Hora do Planeta será anunciada em Quito, no Equador, durante a Conferência das Nações Unidas Habitat III, que acontece de 17 a 20 de outubro.

Shoppings aderem a causa

No Shopping Recife, localizado na Zona Sul do Recife, todas as luzes das fachadas externas e do principal totem com a marca do estabelecimento serão apagados. Além da área externa, algumas lojas também vão aderir à causa e desligarão a iluminação do letreiro em suas entradas. No Shopping Guararapes, também na Zona Sul, durante os 60 minutos, as luzes da fachada serão desligadas em apoio à campanha.

Surgimento

A Hora do Planeta 2016 marca o oitavo ano da campanha no Brasil – e o décimo no mundo, desde sua criação, em Sidney, na Austrália, em 2007. A cada edição, alguns dos mais conhecidos monumentos mundiais, como as pirâmides do Egito, a Torre Eiffel, em Paris e a Acrópole de Atenas, ficam no escuro durante 60 minutos, como um alerta para os problemas enfrentados em decorrência das mudanças climáticas.

A Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) e o WWF-Brasil lançaram uma ferramenta que aponta os resultados que a mudança nos meios de locomoção pode trazer à cidade. O Simulador de Impactos Ambientais em Ações de Mobilidade Urbana calcula a interferência desses transportes no tempo de deslocamento, consumo do espaço viário, consumo de energia, emissão de poluentes locais e emissão de gases de efeito estufa.

Através da ferramenta, o internauta escolhe a cidade e, em seguida, pode mudar a porcentagem de viagens em um determinado tipo de transporte. O banco de dados inclui todas as cidades brasileiras com mais de 60 mil habitantes e faz o cálculo de acordo com cada faixa de população.

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Se 50% das viagens de carro forem transferidas para ônibus, por exemplo, o simulador aponta que haverá aumento em 7% de gasto no tempo de deslocamento e redução de 39% de consumo de espaço viário, 32% de consumo de energia, 25% de emissão de poluentes locais e 19% de emissão de gases de efeito estufa. Se a mudança for para bicicleta registra aumento de 20% no deslocamento e redução de 35% no uso do espaço viário, 41% de consumo de energia, 35% de emissão de poluentes e 36% de emissão de gases do efeito estufa.

O teste pode ser feito com automóvel, ônibus, bicicleta, moto e a pé. O Simulador de Impactos Ambientais em Ações de Mobilidade Urbana está disponível no site da ANTP.

“Com grandes poderes vem grandes responsabilidades”. A frase emblemática dita pelo tio Ben a Peter Park (Homem-Aranha) ganha um contexto real, que vai além das páginas das histórias em quadrinhos e dos filmes. O Homem-Aranha, um dos super-heróis mais queridos de todas as gerações, foi nomeado como embaixador da Hora do Planeta (Earth Hour), ato que consiste no desligamento das luzes por 60 minutos para diminuir os danos do aquecimento global.

A Hora do Planeta é um movimento global organizado pela World Wide Fund for Nature (WWF), com o objetivo de inspirar as pessoas a se transformarem em super-heróis do planeta. Este ano o desligamento das luzes acontece no dia 29 de março, às 20h30. Desde 2007, o evento acontece no último sábado do mês de março.

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Este ano, além do tradicional desligamento, a WWF organizou um projeto de financiamento coletivo (crowdfunding) para o planeta. A proposta ganhou apoio dos atores que fazem parte do elenco de O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro, que estreia nos cinemas no dia 1° de maio.

Do Taj Mahal à Torre Eiffel, passando pelo Empire State Building e pelo Cristo Redentor, os grandes monumentos do planeta se apagarão na noite deste sábado, durante a operação "Earth Hour", Hora do Planeta, manifestação anual destinada a mobilizar a população, ainda que por uma hora, contra as mudanças climáticas.

Às 20h30 locais, os grandes pontos turísticos de mais de 150 países serão apagados, na maior manifestação ambiental do mundo. Ficarão às escuras o porto de Sydney, o Portão de Brandemburgo de Berlim, as cataratas do Niágara, a torre Burj Khalifa de Dubai, as muralhas de Dubrovnik (Croácia), o estádio olímpico de Pequim, a antiga cidade de Erbil, no Curdistão, as praças Al-Khundi e Palestina de Gaza, a Pequena Sereia de Copenhague, a Alhambra de Granada e a Porta de Alcalá de Madri, entre muitos outros pontos emblemáticos.

A operação foi lançada pela organização Fundo Mundial pela Natureza (WWF) em 2007 na Austrália, tendo como lema a adoção das energias renováveis. Por isso, a Ópera de Sydney não ficará apagada no sábado, mas apenas rodeada de um halo verde.

A campanha se ampliou desde então, adquirindo caráter mundial, e envolve agora "centenas de milhares de pessoas", segundo o co-fundador e diretor da operação, Andy Ridley. "No ano passado participaram dela 7.000 cidades de 152 países do mundo", acrescentou.

A cada ano há mais participantes, mas a cada ano também é registrado um novo recorde de emissões de gás de efeito estufa na atmosfera, o que pode embalar o avanço do aquecimento climático.

Ridley constata com satisfação a crescente participação no "A Hora do Planeta", mas ressalta que "seria necessário muito mais para ativar, como nós desejamos, os comandos políticos" sobre as mudanças climáticas.

No entanto, afirma que "ainda que seja apenas uma hora, já é uma hora".

Jean Jouzel, especialista francês membro do Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), também afirma que conhece todos os limites desta operação, assim como seu verdadeiro impacto e o fato de que permite "ter a consciência tranquila" a baixo custo.

"Mas, entre não fazer nada e fazer algo ainda que não seja ótimo, acredito que é preciso fazer", disse.

Em 2012, os organizadores da manifestação quiseram ultrapassar o contexto da mobilização sobre o clima e lançaram uma campanha complementar, no mesmo dia, destinada a convocar cidadãos comuns, empresas e políticos a se comprometerem com projetos ambientais de todos os tipos.

Relatório feito pela Rede WWF mostra que a pegada ecológica do Brasil, um índice que reflete a pressão sobre recursos naturais, aumentou entre 2010 e 2012. O índice atual é de 2,93, ante os 2,91 apresentados na edição anterior. "O País tem de fazer um esforço para diminuir o indicador", afirmou a secretária-geral da WWF no Brasil, Maria Cecília Wey de Brito.

A pecuária e a agricultura são os fatores que mais contribuíram para a pressão exercida sobre recursos naturais no País. A pecuária apresentou um índice de 0,95 - bem maior do que a média mundial, de 0,21 e da Argentina, 0,62. "Essa pressão excessiva é resultado, principalmente, da baixa produtividade. Em alguns pontos, há menos de um boi por hectare", afirmou Carlos Rith, coordenador do Programa de Mudanças Climáticas. Já a pressão da atividade agrícola no País foi de 0,8 - bem acima da taxa mundial, que é de 0,59.

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O relatório mostra que o aumento da demanda por recursos ocorre no mundo todo. Países de alta renda têm uma pegada ecológica em média três vezes maior do que a de renda média e cinco vezes maior do que a de países de baixa renda. "Hoje, o mundo consome o equivalente a 50% a mais do que a sua capacidade", afirma Maria Cecília.

Pelos cálculos da WWF, o planeta leva um ano e meio para renovar recursos consumidos e absorver o CO2 produzido durante um ano. As pressões se refletem no ecossistema, completa o trabalho. Rastreamento feito em 9 mil populações de mais de 2.600 espécies aponta uma redução de 30% da biodiversidade desde a década de 70. Nos trópicos, o impacto é ainda maior: 60% em menos de 40 anos.

"O relatório reflete a urgência das discussões sobre o tema. E deixa clara a relevância da Rio+20, disse o líder da iniciativa Amazônia Viva, Cláudio Maeth. Ele avalia que o País daria um exemplo de credibilidade se o texto do novo Código Florestal aprovado no Congresso fosse integralmente vetado pela presidente Dilma Rousseff. "O texto está confuso. A simples retirada de alguns trechos não resolve", completa Maria Cecília.

Na lista da WWF, Catar, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Dinamarca e Estados Unidos estão entre países com maior pegada ecológica por pessoa.

Confira as imagens da Hora do Planeta, iniciativa da organização não governamental WWF na qual diversas cidades do Brasil e do Mundo desligaram as luzes de prédios públicos e pontos turísticos para alertar o mundo sobre os perigos do aquecimento global.

 

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No dia em que todo o planeta apagará as luzes por uma hora, ato de simbólico que demonstra a preocupação com o aquecimento global, a Procuradoria Geral da República também decidiu participar mais uma vez da Hora do Planeta, que acontece neste sábado, 31 de março, das 20h30 às 21h30. Na ocasião, serão apagadas todas as luzes da área externa do órgão.

O ato simbólico foi criado em 2007, promovido no mundo todo pela Rede WWF, no qual governos, empresas e a população demonstram a sua preocupação com o aquecimento global. Em 2011, mais de um bilhão de pessoas em todo mundo apagaram as luzes durante a Hora do Planeta.

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Até esta sexta-feira (30) 125 cidades aderiram a iniciativa, duas a mais do que no ano passado. Este ano, 24 capitais já aderiram, quatro a mais do que em 2011.

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