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Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (28), o senador Humberto Costa (PT-PE) comunicou sua participação na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), que acontecerá em Dubai entre os dias 30 de novembro e 12 dezembro. O senador ressaltou a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e reforçou o compromisso do governo com a preservação ambiental e o enfrentamento do problema das mudanças climáticas.

"A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas mostrará as diferenças abissais entre o nosso governo e o governo anterior. O governo [do presidente Lula], diferentemente do anterior, tem um compromisso indissociável com a ciência, que deve pautar e estabelecer critérios usados nas decisões sobre o aquecimento global. O Brasil paga, por isso, um altíssimo preço nos dias de hoje, por eventos climáticos extremos. Estamos vivendo hoje, simultaneamente, as enchentes no Sul, rios inteiros que estão secando no Norte, o Pantanal queimando e registro dos dias mais quentes de toda a nossa história", alertou.

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Humberto Costa, presidente recém-eleito da Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC), informou que a delegação brasileira levará propostas para a transição ecológica, incluindo a finalização da regulamentação do mercado de carbono, que está em fase final de tramitação no Congresso, após aprovação no Senado. De acordo com ele, o presidente Lula, apresentará iniciativas do governo, como o programa do BNDES para recuperar pastos degradados e reduzir a necessidade de desmatamento para a criação de gado, além de remunerar produtores rurais que preservem árvores.

"O Brasil levará à Conferência de Dubai também metas de mitigação de emissões de 48%, até 2025, e de 53%, até 2030. Países ricos precisam contribuir vivamente com recursos para combater o aquecimento global e favorecer a transição energética dos menos desenvolvidos. Não adianta querer ditar regras sem se engajar, como fazem hoje os países que mais poluem no mundo, e não ter esse engajamento com o financiamento expressivo de programas", observou.

*Da Agência Senado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira que é necessário incluir os debates sobre o clima no currículo escolar. Ele deu as declarações no programa Conversa com o Presidente, uma live semanal de Lula, que tem produção da EBC.

"Temos de ter aulas para as crianças sobre a questão do clima", declarou o presidente da República. "Vamos colocar no currículo escolar, é uma discussão que vou fazer com o ministro Camilo, com o pessoal da Educação", disse Lula, referindo-se a conteúdos sobre meio ambiente de forma geral.

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O presidente da República está em Belém, no Pará, onde participa da Cúpula da Amazônia. Ele também disse que é necessário fazer mais concursos da Polícia Federal para aumentar o efetivo e combater o narcotráfico na região amazônica.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou nesta quinta-feira (27) por telefone com o xeique Mohammed bin Zayed Al Nahyan, presidente dos Emirados Árabes Unidos.

De acordo com informações divulgadas pelo Palácio do Planalto, Lula e o xeique conversaram sobre temas relacionados às mudanças climáticas, proteção ao meio ambiente e transição energética. No final deste ano, de 30 de novembro a 12 de dezembro, Dubai sediará a Conferência das Nações Unidas (COP-28) sobre Mudanças do Clima.

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Durante a conversa, Al Nahyan confirmou que seu governo enviará o sultão Ahmed al-Jaber, presidente da COP-28, para participar da Cúpula da Amazônia, que será realizada nos dias 8 e 9 de agosto, em Belém. A capital paraense sediará a COP-30 em 2025. A cúpula marcará os 10 anos do Acordo de Paris, a principal convenção climática da ONU  Lula também convidou o xeique para visitar o Brasil. A viagem deverá ser realizada em 2024.  .  

As chuvas que atingiram Recife e São Paulo este ano tem colocado a vida de milhares de pessoas que vivem em áreas vulneráveis ainda mais em risco e acendido o alerta da sociedade em busca de soluções possíveis. Com isso, a Casa Criatura, de Olinda (PE) e o Instituto Procomum, de Santos (SP), organizações de inovação social, se uniram para conectar pessoas, com diferentes saberes e experiências, para colaborarem e criarem soluções para os desafios climáticos locais, por meio do projeto Lab Tempestade.

O Lab Tempestade Olinda é um laboratório de inovação cidadã que visa prototipar soluções pautadas na temática das mudanças climáticas. No local, pessoas de diferentes áreas e contextos sociais trabalham no desenvolvimento de soluções climáticas criativas, uma oportunidade para discutirem sobre os desafios enfrentados com a mudança climática e colaborarem para um futuro mais sustentável em Pernambuco. O projeto tem apoio da rede internacional Global Innovation Gathering e conta com o apoio da fundação alemã Nord-Süd-Brücken e do Ministério para Cooperação e Desenvolvimento da Alemanha.

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  Cada participante recebe uma bolsa de R$ 400 e ajuda de custo para transporte e alimentação em todas as atividades presenciais. As equipes têm acompanhamento técnico e apoio financeiro para compra de materiais, visando o desenvolvimento de seus protótipos. A participação no laboratório acontece em três encontros presenciais na Casa Criatura, localizada no sítio histórico de Olinda. 

Os encontros para imersão e prototipação já aconteceram no final de semana passado. “Esse projeto tem como meta desenvolver cinco protótipos, então não são produtos finais, são protótipos de uma ideia, de um método e de um processo que possa ser desenvolvido numa escala menor, de forma a atestar a ideia para ver se tem efetividade, se pode ser implementada, se é exequível”, explicou a coordenadora do Lab Tempestade em Olinda, Rayane Aguiar, consultora e pesquisadora que trabalho com análise de políticas públicas e construção de metodologias para investigação e construção de soluções para desafios socioambientais complexos. 

“Ao final dessas três semanas de mentoria, os participantes vão apresentar esses protótipos. Temos a expectativa de renovar esse investimento que foi feito pela instituição financiadora para que a gente dê continuidade ao Lab Tempestade e implementar algumas ou até todas essas ideias que estão sendo desenvolvidas”, completou Rayane. 

Os resultados e processo criativo do Lab

Tempestade serão apresentados em um encontro de encerramento no dia 6 de maio. O processo criativo não é competitivo e todos os participantes terão a oportunidade de contribuir com os resultados gerados para enfrentar os desafios climáticos em nível local e servir de exemplo para outras localidades com ideias e saberes vindos da comunidade.   

Grupos

Os grupos focais se encontraram nos dias 14 e 15 de abril para desenvolverem os projetos.  Durante os encontros, os participantes trabalharam no desenvolvimento de soluções inovadoras para os desafios climáticos locais. 

O gestor de projetos Renato Zerbinato, de 46 anos, é um dos participantes do Grupo 4: Observatório Tempestade, em que participam também Havana Andrade, Tulio Seabra, Estevão Souza, Cleo Nascimento e Flacinete Duarte. Ele explica qual o foco do grupo. “A ativação de um observatório ambiental em Pernambuco, iniciando por Olinda, Recife e Região Metropolitana de Recife vai nos ajudar a mapear pontos críticos para o meio ambiente em diversas regiões, assim como divulgar boas práticas no enfrentamento à crise climática e ao racismo ambiental [termo utilizado para se referir ao processo de discriminação que populações periferizadas ou compostas de minorias étnicas sofrem através da degradação ambiental]”. 

Renato afirma que os mapeamentos, pesquisas e demais ações oferecidas pelo observatório poderão subsidiar diversas instituições ambientalistas na facilitação de parte de seus objetivos. 

Dispositivo de proteção

A estudante de Serviço Social e ativista socioambiental Dálethe Melissa, de 20 anos, que faz parte do Grupo 2: Dispositivo para proteger bens materiais durante enchentes, conta que a ideia do grupo, composto ainda pelo Rafael Rangel, Ciro Silva, Dyego Digiandomenico, Julia Santana, Ture e Vera Maria, consiste na criação de um dispositivo impermeável para proteger bens em áreas de inundação. 

“Alguns dos principais efeitos da crise climática é a maior frequência dos alagamentos e cheias em comunidades vulneráveis, resultando na insegurança de vidas e na perda de bens. Sendo assim, a proposta surge a partir da necessidade de garantir a dignidade das pessoas a partir da minimização das perdas materiais, que foram conquistadas através de muito esforço por parte das famílias afetadas”.

A ativista, que ainda é gestora de Comunicação do Fórum Popular do Rio Tejipió, completa que o objetivo é que o dispositivo seja prático e aplicável em diferentes escalas de tamanho, possibilitando que as pessoas possam salvar os seus bens e saírem com segurança o mais rápido possível de suas casas. “Somado a isso, a meta é que ele seja de baixo custo, oportunizando que as famílias possam confeccionar futuramente, transformando suas casas mais resilientes às inundações”. 

Cuidado

A pedagoga Débora Paixão, de 25 anos, está no Grupo 3: Clima de Cuidado, com os colegas Gabi Feitosa, João Paulo Oliveira, Nathália Araújo e Rayana Burgos. O foco do grupo é acolher e proporcionar um momento de cuidado para as pessoas ativistas que estão à frente das soluções climáticas no dia a dia, e que por falta de recursos e acessos, não conseguem cuidar de si.  “Entendemos que, as soluções são feitas por pessoas que estão diretamente nos territórios, e que por muitas vezes, por olhar tanto para os outros e para as problemáticas, esquecem de cuidar de si próprio”, explicou Débora. 

O objetivo, completa a pedagoga, é oferecer cuidado para aqueles que estão na linha de frente do combate da mudança do clima.

“E fortalecer o senso de comunidade através da cultura do bem viver e encorajar os ativistas a continuarem na luta, para que possamos, além de cuidar do clima, atuar nas soluções diárias das problemáticas que enfrentamos em diversos territórios, e assim propor que as pessoas ativistas através desta vivência, possam se sentir acolhidas e cuidadas”. 

Comunicação Educadora e cientista social, Joice Paixão, de 38 anos, está no Grupo 5: Plano de Comunicação,  Adaptação e Mitigação das Chuvas na Região Metropolitana do Recife, que conta ainda com a participação de Joyce Arai, Maria Clara Araújo, Esdras Silva, Winston Spencer e Vitoria Passos. No plano, Joice explica, tem ações informativas, treinamentos até a preparação de brigadas para atuar em casos de incêndios ou de desastres. 

“Dentro dessas brigadas teremos a brigada de saúde física, de saúde mental, de cuidado com as crianças, de gestão de crise, de logística - que é responsável receber as doações, triagem e fazer a entrega - e brigada de social media”.  Segundo a educadora, o grupo está realizando um mapeamento georreferenciado na comunidade junto com o departamento de geografia da Universidade Federal de Pernambuco. “É um mapeamento dos locais mais afetados na enchente do ano passado,  para criar não só um perfil socioeconômico, mas também um perfil estrutural das famílias atingidas.” 

O objetivo, ela completa, é ‘salvar vidas’. “Nosso objetivo com esse plano é fazer com que o máximo de pessoas estejam preparadas fisicamente, estruturalmente, emocionalmente para lidar com as fortes chuvas em Recife e com a possibilidade de alagamentos, enchentes ou deslizamento de barreiras”. 

Casa Guardiã A realizadora audiovisual Carol Canuto, de 26 anos, participante do Grupo 1: Casa Guardiã, em que faz partes ainda os integrantes Kadu Tapuya, Raama Santana, Daniel Guedes, Gil Acauã e Jhenifer , contou que o projeto do grupo aborda os desafios climáticos sob dois eixos: “primeiramente, visa propor uma reparação direta, a curto prazo para a má alimentação consequente do racismo ambiental, com a utlização de uma farmácia com ervas, cura espiritual e ancestral e uma horta. E no segundo tempo, o projeto atua a longo prazo, com os desafios climáticos, por incorporar uma construção de uma arquitetura sustentável, que poderá ser um exemplo ou inspiração para futuras construções na Comunidade do Coque [em Recife], onde será implantada”. 

Carol, que também é pesquisadora de práticas de rezas e curas ancestral e articuladora social, o objetivo do grupo é fazer um espaço de conservação de manutenção de saberes ancestrais, “para sensibilizar a comunidade, crianças e adolescentes a aprender com esses saberes locais de mulheres, já que elas são, em maioria, indígenas que compartilham suas ideias e sua ancestralidade”.

A questão do financiamento dos danos inevitáveis já causados pelas mudanças climáticas será abordada na COP27, de acordo com a agenda adotada por consenso neste domingo (6), na abertura da cúpula mundial do clima em Sharm El-Sheikh, no Egito.

Países pobres e vulneráveis, pouco responsáveis pelo aquecimento global, mas muito expostos às suas consequências devastadoras, vêm insistindo há meses para que esta questão de "perdas e danos" seja oficialmente colocada na agenda da COP.

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Os países pobres pedem a criação de um sistema de financiamento específico, enquanto os desastres climáticos se multiplicam em todo o mundo, causando danos que já chegam a dezenas de bilhões de dólares.

No ano passado, durante a COP26 em Glasgow, diante da relutância dos países ricos, decidiu-se criar um quadro de "diálogo" sobre a questão do financiamento de perdas e danos, até 2024.

Mas durante a primeira sessão desse diálogo em junho, os países em desenvolvimento e vulneráveis denunciaram a falta de progresso e exigiram que o assunto fosse oficialmente colocado na agenda da COP27.

Finalmente, foi adicionado à agenda oficial da conferência a discussão de "questões relacionadas a acordos de financiamento em resposta a perdas e danos associados aos efeitos adversos das mudanças climáticas, incluindo o foco na gestão de perdas e danos".

Uma nota esclarece que os resultados dessas discussões não impedirão eventuais ações legais no futuro.

É em particular o medo de se expor a possíveis processos legais que torna os países ricos, em particular os Estados Unidos e a Europa, relutantes em reconhecer especificamente o conceito de perdas e danos.

Eles também acreditam que os "financiamentos climáticos" já possuem mecanismos suficientes para que as "perdas e danos" encontrem um lugar, sem adicionar complexidade.

O ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Choukri, que preside a COP27, enfatizou que as discussões na agenda "não dizem respeito a responsabilidade ou compensação" e essas discussões devem se sobrepor às lançadas em Glasgow e visam levar à mesma data de 2024.

"Esta inclusão na agenda reflete um sentimento de solidariedade e empatia pelo sofrimento das vítimas de desastres induzidos pelo clima", continuou ele, agradecendo a todas as partes por sua "flexibilidade" e prestando homenagem aos "ativistas e à sociedade civil" que têm trabalhado durante anos nessa direção.

O chefe da ONU-Clima, Simon Stiell, chamou de "crucial" esta questão de perdas e danos na abertura da conferência.

Os efeitos das mudanças climáticas ameaçam 1 bilhão de crianças, e o padrão geral de vida dos menores em todo o mundo estagnou na última década, advertiu nesta quarta-feira a ONG KidsRights.

A pandemia de Covid-19 também teve grande impacto nas crianças. A escassez de alimentos e remédios causou a morte de 286 mil menores de 5 anos, segundo o estudo anual da ONG holandesa.

O índice KidsRights classifica anualmente 185 países segundo seu cumprimento da Convenção Internacional sobre os Direitos das Crianças, com base em dados da ONU. Islândia, Suécia, Finlândia e Holanda lideram a classificação de 2022, que termina com República Centro-Africana, Serra Leoa, Afeganistão e Chade.

O estudo de 2022 é "alarmante para nossas gerações atuais e futuras de crianças", assinalou Marc Dullaert, fundador e presidente da KidsRights. "Um clima que muda rapidamente ameaça, agora, seu futuro e seus direitos básicos".

“Não houve nenhum progresso significativo no padrão de vida das crianças na última década. Além disso, seus meios de vida foram afetados gravemente pela pandemia", acrescentou Dullaert.

Pela primeira vez em duas décadas, o número de crianças que trabalham subiu a 160 milhões, o que representa um aumento de 8,4 milhões nos últimos quatro anos, segundo o índice KidsRights.

O estudo destaca, no entanto, o progresso de alguns países, como a Bolívia, que reduziu por quase a metade o número de acidentes de trabalho infantis, ou Angola, que reduziu em mais da metade a mortalidade dos menores de 5 anos.

A Suíça, que ficou em segundo lugar no ano passado, caiu para 31º, "devido à aplicação insuficiente do princípio do 'interesse superior das crianças' nas decisões que as afetam", informou a ONG.

Nesta sexta-feira (22), em comemoração ao Dia da Terra, o Doodle do Google trouxe em destaque imagens que detalham as mudanças climáticas. Para esse alerta, o buscador apresenta imagens reais que ilustram as mudanças sofridas no planeta nos últimos anos.

Segundo o Google, esse é um dos tópicos mais urgentes do tempo atual. A empresa usa imagens de lapso de tempo real do Google Earth Timelapse e de outras fontes. O Doodle exibe o impacto das mudanças climáticas em quatro locais diferentes em nosso planeta.

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"Agir agora e em conjunto para viver de forma mais sustentável é necessário para evitar os piores efeitos das mudanças climáticas", detalha o Google. A ação busca conscientizar a humanidade sobre estilos de vida mais sustentáveis.

Especialistas de 17 países participam, a partir desta quarta-feira (16), no Recife, da 1ª Conferência Internacional de Resíduos Sólidos (Cirsol), primeiro evento sobre o tema realizado no Brasil. Eles vão discutir, entre outros assuntos,  os impactos dos resíduos sólidos nas mudanças climáticas, a importância dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), e a Agenda 2030.

O encontro irá até o próximo dia 18 e ocorrerá de forma híbrida, presencial e online. A programação presencial será no Museu Cais do Sertão, na capital pernambucana, enquanto a agenda online será transmitida pelo canal da Cirsol no Youtube  A programação completa pode ser conferida aqui.

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O evento reúne representantes dos setores público e privado, de organismos internacionais, acadêmicos e da sociedade civil. Entre os participantes estão integrantes do Pacto Global, iniciativa da ONU para engajar empresas e organizações na adoção de dez princípios nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção; do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento  (Pnud); dos governos de Pernambuco e do Recife e das principais universidades do estado, entre outras instituições.

Logo após a solenidade de abertura, haverá desfile de bonecos gigantes de Olinda (PE) pelas ruas do Recife Antigo. Essas figuras emblemáticas do carnaval pernambucano levarão estandartes que representam os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Situação crítica

A presidente do Instituto de Cooperação Internacional para o Meio Ambiente (Icima) e uma das idealizadoras do evento, Ana Paula Rodrigues, disse que é preciso avançar na meta de chegar a 2030 com números melhores na perspectiva dos ODS. Para ela, a situação brasileira em termos de resíduos sólidos é muito crítica. "Por isso, inclusive, essa conferência é tão urgente. Ela demonstra a necessidade dos setores da sociedade se unirem para, de fato, tomar iniciativas, tentar avançar nessa pauta e reverter a situação”.

O manejo inadequado dos resíduos sólidos é fonte de emissão de dióxido de carbono, que contribui para o efeito estufa. Para se ter ideia do impacto do lixo, só no Brasil são gerados quase 80 milhões de toneladas de resíduos por ano, segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2020. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 40% do lixo descartado no país são dispostos de forma inadequada em lixões ou aterros controlados. Ana Paula lembrou que o Brasil tem 3 mil lixões em funcionamento, quando outros países já conseguiram resolver esse problema.

A presidente do Icima destacou a situação ruim dos catadores de materiais recicláveis no que se refere ao trabalho, além de famílias e crianças que trabalham e vivem nos lixões. “Sem dúvida, é uma realidade bem diferente e essa troca de experiências vai nos enriquecer bastante”. Os países participantes da conferência vão mostrar como resolveram o problema dos resíduos sólidos e da coleta seletiva.

“Vamos discutir também o novo marco legal do saneamento”, disse Ana Paula. “É uma rica oportunidade de troca de experiências”. Serão 35 mesas de debate com 140 conferencistas, envolvendo 17 países. Vinte e uma instituições participam como correalizadoras do evento.

Carta-compromisso

Ao final do encontro, será redigida carta-compromisso, alinhada com o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/10), que será encaminhada ao Pnud. No documento, as instituições se comprometem a avançar nesse tema nos próximos anos.

Será criado ainda o Observatório de Resíduos Sólidos, que vai acompanhar a realização dos compromissos assumidos durante o encontro. “Essa conferência é a união dos setores da sociedade que veem o agravamento do problema climático e a urgência de se debater a Agenda 2030 e os ODS. A ideia, segundo ela, é realizar novo encontro daqui a dois anos

Todos os resíduos sólidos gerados pelo evento terão destinação correta, bem como sistema de monitoramento e compensação para as emissões de carbono. A programação inclui ainda apresentações musicais, intervenções culturais em diferentes linguagens, mostra de cinema ambiental seguida de debate com os idealizadores dos filmes, atividades de educação ambiental, além de seminários e oficinas. 

A conferência segue todos os protocolos sanitários de controle e prevenção da Covid-19, com entradas monitoradas com medidor de temperatura, álcool em gel e tapetes sanitizantes, distanciamento mínimo nas áreas comuns e dentro dos auditórios, locais de alimentação preparados, além de testagem de funcionários e fornecedores nos dias de evento. Haverá exigência do uso de máscara, e os participantes terão de apresentar comprovante de vacinação. 

De acordo com os dados coletados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), subdivisão da Organização das Nações Unidas (ONU), uma cidade russa conhecida como Verkhoyansk teve temperatura recorde registrada: 38°C. Vale lembrar que este número não condiz com a temperatura média da região ártica, já que geralmente o verão proporciona uma temperatura que não passa dos 10°C.

Tal fator parece ser, segundo especialistas, mais um reflexo das mudanças climáticas que já têm mostrado consequências em diversos ecossistemas, assim como incêndios que devastam plantações, além de perda de alta quantidade de gelo marinho. Fatores como este foram recorrentes em 2020, um dos três anos mais quentes já registrados por órgãos internacionais.

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A região ártica é caracterizada por ser um local no extremo norte do planeta, que junto com o Oceano Ártico e o Polo Norte formam o Círculo Polar Ártico. Esta mesma região ainda é a fronteira de alguns países localizados no norte da Ásia, como por exemplo, cidades pertencentes à Rússia. Além deste, a região no topo do planeta também corta algumas regiões do Canadá, Groelândia, Finlândia e Noruega.

 

 

O Brasil caiu oito posições, indo para o 33º lugar, em um ranking internacional que monitora como está o combate às mudanças climáticas em 63 nações mais a União Europeia. Juntos, eles representam 92% das emissões de gases poluentes globais.

Divulgado anualmente desde 2015, o Climate Change Performance Index, novamente, não colocou nenhuma nação entre as três melhores na lista divulgada nesta terça-feira (9).

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Segundo o texto, enquanto o Brasil tem um alto índice positivo por usar energia renovável e a energia de maneira geral, apresenta uma classificação ruim nas políticas climáticas adotadas no último ano. As emissões de gases poluentes foram avaliadas como "médias".

"O Brasil anunciou uma meta de longo prazo de atingir a neutralidade de emissões até 2050, mas não há políticas concretas sendo implementadas para atingir esse objetivo. De fato, nenhuma estratégia de longo prazo foi sequer desenhada.

Instituições que têm um papel principal nas políticas ambientais sofreram ataques e tiveram fundos cortados pelo governo federal", diz um trecho da análise.

O documento ressalta ainda que nenhum país do mundo conseguiu melhorar consideravelmente suas ações para diminuir os efeitos das mudanças no mundo e que, por isso, não há porque criar um top 3.

"Os países com alta posição no ranking também não tem motivos para relaxar. Até mesmo os grandes esforços e ações dos governos precisam colocar o mundo no caminho para manter o alerta de aquecimento abaixo dos 2°C. Ainda melhor, abaixo de 1,5°C", diz o relatório.

Na quarta posição, aparece a Dinamarca que obteve 76,92 em uma escala de pontos que vai até 100. Logo depois, vem a Suécia, a Noruega, o Reino Unido e o Marrocos. O primeiro país das Américas a aparecer de maneira positiva no ranking é o Chile, que está na nona colocação e na mesma posição do ano passado.

As últimas cinco colocações ficam com Taiwan (60º), Canadá (61º), Irã (62º), Arábia Saudita (63º) e Cazaquistão (64º).

Da Ansa

Perda de vegetação nativa, aumento de temperatura e desaparecimento de mais de mil açudes foram alguns dos impactos deixados em biomas brasileiros e registrados na última pesquisa de Mudanças Climáticas no Bioma Caatinga: Sensoriamento Remoto, Meio Ambiente e Políticas Públicas (Climap) do Centro Integrado de Estudos Georreferenciados para a Pesquisa Social (Cieg) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Relatório final da Climap, que analisou os últimos 30 anos de imagens de satélite nessas regiões, fala em três décadas de um “intenso processo de degradação do meio ambiente, com transformações drásticas no Semiárido nordestino”. 

De acordo com o estudo, na Caatinga, bioma situado em uma área de 844 mil km² onde vivem mais de 22 milhões de pessoas, a ação humana leva a um cenário de rápida redução na cobertura vegetal e nas superfícies aquáticas, o que contribui para o prolongamento dos ciclos de seca. As imagens analisadas foram de três sub-regiões, chamadas de “áreas-piloto”: o Oeste baiano, a Região Geográfica Imediata de Petrolina (que abrange outros cinco municípios de Pernambuco) e o Semiárido alagoano. 

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Entre as constatações da pesquisa, estão a perda de cobertura vegetal em áreas de conservação do Oeste baiano e o aumento do albedo, energia solar que é refletida de volta à atmosfera, no Sertão pernambucano. Além disso, mais de 1.300 açudes desapareceram no interior de Alagoas. 

“Surgiram outros açudes, mas isso chama atenção porque é uma região de alta vulnerabilidade social, e provavelmente este é um cenário que se repete nos outros estados nordestinos”, afirma Neison Freire, que foi o coordenador do projeto na Fundaj e atualmente é pesquisador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Além do especialista, o projeto contou com a participação dos professores Alexandrina Saldanha (Fundaj), Débora Coelho (Universidade Federal de Campina Grande), Débora Cavalcanti (Universidade Federal de Alagoas), Admilson da Penha Pacheco (Universidade Federal de Pernambuco) e Odair Barbosa de Moraes (Universidade Federal de Alagoas). 

Áreas-piloto 

Em cada sub-região analisada, foi verificada a relação entre as ações antrópicas e as mudanças na paisagem e no clima do bioma. No Oeste baiano, os estudos tiveram como foco duas unidades de conservação e proteção integral: o Refúgio da Vida Silvestre da Ararinha-Azul e o Parque Nacional do Boqueirão da Onça. Apesar de ser uma área de pouca densidade demográfica, os pesquisadores encontraram um avanço do desmatamento e dos conflitos com a fauna para o uso da terra, incluindo a extinção da ararinha-azul no local, que foi repovoado a partir de doações dos governos da Alemanha e do Catar. Também houve perda de vegetação. 

Na Região Geográfica Imediata de Petrolina, que inclui ainda os municípios pernambucanos de Afrânio, Dormentes, Santa Maria da Boa Vista, Orocó e Lagoa Grande, o aumento do albedo ocorreu em espaços naturais convertidos em locais explorados para irrigação. “Essas áreas de agricultura irrigada têm contribuído para o aquecimento global”, constata o professor Neison Freire. Já no Semiárido alagoano, foram observados os impactos no espelho d’água, com o desaparecimento de açudes. 

A publicação do relatório coincide com a realização da Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas (COP26), que teve início no dia 31 de outubro e segue até 12 de novembro, na cidade de Glasgow, na Escócia. “Torna-se, portanto, um referencial importante nas estratégias de combate e mitigação às mudanças climáticas no Brasil, em especial para as políticas públicas no bioma da Caatinga”, ressalta o pesquisador. 

Tendências 

Para o futuro, em relação às mudanças climáticas, o estudo reforça a tendência de intensificação da estiagem e prolongamento dos ciclos de seca no bioma da Caatinga. Essas transformações no meio ambiente também impactam no Litoral, onde as projeções indicam a ocorrência de tempestades e eventos catastróficos mais severos. 

“Se uma inundação ocorre em poucos dias e destrói rapidamente, no caso das secas e estiagens no Sertão, é um desastre ‘natural’ mais prolongado”, analisa o professor Neison Freire. “O quadro é grave e nossa pesquisa mostra que é preciso que o marco regulatório ou jurídico, que já existe, seja mais efetivo nessas áreas como também são necessárias ações de conservação, investindo em ciência, pesquisa e tecnologia no Semiárido”. 

 

O parque tecnológico do Recife, Porto Digital, foi escolhido pela startup Timbeter como primeiro escritório da empresa no Brasil. Com sede na Estônia, a especializada em tecnologia verde está presente com soluções em pelo menos 37 países, tendo sido criada há oito anos. A parceria foi firmada pelo prefeito do Recife, João Campos (PSB-PE), na manhã desta quinta-feira (4), durante as reuniões bilaterais da Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudança Climática, a COP-26, em Glasgow, na Escócia. Em anúncio, o gestor mencionou que seriam pensadas políticas em benefício das creches e escolas da cidade, mas não deu mais detalhes.

A Timbeter se descreve como “uma empresa greentech especializada em medição de toras de madeira (“timber”, do inglês, e por isso nome), utilizando Inteligência Artificial”. 

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"Já temos uma grande notícia para o Recife aqui em Glasgow. Acabamos de nos reunir com os representantes da Timbeter. A empresa anunciou seu primeiro escritório no Brasil e ele será na nossa cidade, no nosso parque tecnológico, o Porto Digital! A startup da Estônia atua no ramo de tecnologia verde e possui soluções contra o desmatamento ilegal, atuando na preservação de biomas em 61 países. O compromisso tá firmado e a próxima reunião já será no Recife! Seguimos na busca de investimentos e parceiras!", escreveu o prefeito em anúncio, logo após a decisão.

A agenda de João Campos na COP-26 se iniciou na quarta-feira (3) e irá até o sábado (6). O prefeito deverá encontrar com gestores de diferentes cidades da América Latina e com representantes de programas e empresas sobre sustentabilidade. Mais jovem prefeito da história do Recife, ele também deve coordenar uma palestra sobre Juventude e Empoderamento Público. Na agenda, também estão as assinaturas da Declaração de Edimburgo e do Manifesto de Jovens pela Educação Climática de Greta Thunberg, que pede a implementação da educação climática na Educação Básica do Brasil. 

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A ativista climática Greta Thunberg participou, nesta sexta-feira, 10, de sessão temática no Senado para debater os resultados do IPCC, sigla em inglês para Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, e fez duras críticas às autoridades brasileiras. Durante a reunião, Greta destacou a importância dos povos indígenas no País, além do combate que precisa ser feito contra o aquecimento global. Com críticas à atual gestão do tema no Brasil, Greta afirmou que o que a forma como os temas têm sido conduzidos pelos líderes do País é "vergonhosa". Ela disse considerar que o Brasil não começou a crise climática, mas "acrescentou muito combustível a esse incêndio".

"Não importa como nós vemos isso. O que os líderes do Brasil estão fazendo hoje é vergonhoso. É extremamente vergonhoso o que eles estão fazendo com os povos indígenas e com a natureza", disse. Greta também destacou que o fracasso de outros governos com relação ao tema não é uma desculpa para que o País siga pelo mesmo rumo. "O que os líderes do mundo falharam não tem desculpa, o Brasil não tem desculpa para não assumir sua responsabilidade", disse ela, por videoconferência.

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Greta se tornou uma das principais porta-vozes das novas gerações sobre a questão ambiental nos últimos anos. Em 2019, após discursar na Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre o clima, ela foi eleita Personalidade do Ano pela tradicional revista americana Times. Naquele mesmo ano, a ambientalista foi criticada pelo presidente Jair Bolsonaro, que a chamou de "pirralha". Em resposta, ela adicionou o termo à descrição do perfil que mantém no Twitter.

Na audiência no Senado nesta sexta-feira, 10, além de reforçar a importância do acordo de Paris, um compromisso de países para redução das emissões de gás carbônico, a ativista também destacou a importância de o Brasil defender sua população indígena. "Os grupos indígenas representam menos de 5% da população, mas representam 8% da diversidade", disse. "Os direitos dos povos indígenas e os direitos climáticos caminham juntos, e a conservação não pode ficar só por conta do governo, das empresas, mas também dessas pessoas que tomaram conta do planeta por milênios".

As falas da ativista acontecem em meio ao julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) relacionado da tese do marco temporal para demarcação de terras indígenas. Até agora o ministro Edson Fachin conseguiu registrar integralmente seu voto, favorável aos povos originários. Desde de 22 de agosto, cerca de mil indígenas acampam próximos à sede do Supremo na espera de uma decisão do tribunal sobre o tema.

A tese do marco temporal funciona como uma linha de corte ao sugerir que uma terra só pode ser demarcada se ficar comprovado que os indígenas estavam naquele território na data da promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988. Caso seja validado pelo STF, o entendimento poderá comprometer mais de 300 processos que aguardam para demarcação, conforme dados do Instituto Socioambiental (ISA) com base em publicações feitas no Diário Oficial da União (DOU).

Greta finalizou sua participação no Senado declarando que não cabe a ela dizer o que há que ser feito, "mas eu posso dizer, sim, que as pessoas em todo o mundo estão olhando para vocês neste momento. E estamos dispostos a ajudar, a fazer o que for preciso para combater o aquecimento global e também proteger a população indígena e proteger o pulmão do mundo", pontuou.

Os líderes mundiais que participaram da cúpula virtual convocada no Dia da Terra têm uma posição unânime: o combate às mudanças climáticas será benéfico para o crescimento econômico de todo o planeta.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o presidente chinês Xi Jinping e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, estavam entre os executivos que apoiaram os apelos por impostos mais altos sobre carbono e investimentos maciços.

Segue um resumo dos mais recentes esforços globais para combater a mudança climática:

- O que está em jogo? -

A mudança climática representa uma grande ameaça ao crescimento global, com perigos que vão desde o declínio da produção agrícola, climas extremos que devastam as economias baseadas no turismo, desenvolvimento de doenças e outras catástrofes que podem minar a produtividade.

Seus efeitos podem reduzir o PIB global em até 18% em 2050 em comparação com as estimativas sem mudança climática, de acordo com um relatório publicado na quinta-feira pela Swiss Re, uma das maiores resseguradoras do mundo.

A China pode perder até 24% do PIB no pior cenário, aquele de maior impacto, enquanto a Europa pode perder 11% e os Estados Unidos, cerca de 10%, segundo o estudo.

O Banco Mundial estima que entre 32 e 132 milhões a mais de pessoas podem cair na pobreza extrema até 2030 devido aos efeitos das mudanças climáticas.

- Onde é preciso investir? -

O Banco Mundial identificou cinco áreas prioritárias para investimento: sistemas de alerta precoce, infraestrutura resistente ao clima, agricultura de sequeiro, proteção de manguezais e resiliência hídrica.

A instituição com sede em Washington estimou que investir globalmente 1,8 trilhão nessas áreas nos próximos nove anos pode gerar 7,1 trilhões de retorno.

A Agência Internacional de Energia pediu em janeiro "uma ação decisiva" até 2030.

O órgão também pediu o aumento da proporção crescente de carros elétricos para mais de 50% dos atuais 3%, aumentando a produção de hidrogênio de baixo carbono para 40 milhões de toneladas métricas dos atuais 450.000, e aumentando o investimento em eletricidade limpa de 380 bilhões para 1,6 trilhões.

Líderes mundiais e instituições multilaterais dizem que esses investimentos criarão milhões de empregos, sem fornecer números precisos.

- Por que um imposto de carbono? -

Um imposto sobre o carbono voltado para as maiores fontes de emissões teria como objetivo mudar o comportamento do consumidor, encorajando-o a usar menos energia, comprar veículos elétricos e produtos domésticos mais eficientes.

O FMI afirma que esse imposto é a única maneira de manter o aumento da temperatura do planeta em 1,5 graus Celsius (2,7 Fahrenheit) acima dos tempos pré-industriais.

"Mais de 60 esquemas de preços foram implementados, mas o preço médio global agora é de US $ 2 por tonelada e precisamos aumentar para US $ 75 por tonelada em 2030 para reduzir as emissões em linha com as metas do Acordo de Paris", disse o diretor do FMI na cúpula virtual na quinta-feira.

Kristalina Georgieva propôs um preço mínimo de carbono para os maiores emissores que cobrirá até 80% das emissões globais, mas “com preços diferenciados para países com diferentes níveis de desenvolvimento econômico”.

Uma taxa de carbono combinada com um investimento crescente em infraestrutura ambientalmente correta pode elevar o PIB para mais de 0,7% ao ano nos próximos 15 anos, disse Georgieva.

- Qual será o impacto? -

O FMI estima que um imposto sobre o carbono de pelo menos US $ 50 por tonelada em 2030 para os países do G20 e US $ 25 por tonelada para os países emergentes dobrará as reduções de emissões em comparação com os compromissos atuais.

As receitas fiscais arrecadadas serão substanciais, variando entre 0,5% e 4,5% da riqueza nacional, dependendo do país. Esses fundos podem ser usados para reduzir o imposto de renda ou redistribuí-los às famílias mais pobres.

- E quanto aos países pobres? -

O FMI e o Banco Mundial estão considerando reduzir a dívida dos países pobres em troca de investimentos verdes. O objetivo é fazer propostas concretas para a cúpula do clima COP26 que será realizada no final do ano.

- Como funciona o Fundo Verde? -

Apoiado pelas Nações Unidas, o Fundo Verde para o Clima tem como objetivo transferir fundos de países ricos para nações mais pobres sob risco de mudanças climáticas para financiar projetos que combatam os efeitos do aumento das temperaturas.

Os Estados Unidos pretendem adicionar mais US $ 1,2 bilhão ao fundo no próximo ano.

O aquecimento global causou o derretimento de 51% da superfície das geleiras do Peru nos últimos 50 anos, o que causou a formação de novas lagoas, informou a Autoridade Nacional da Água (ANA).

"O Peru perdeu 51% de sua superfície glacial nos últimos 50 anos devido aos efeitos das mudanças climáticas nessas reservas de água sólida", indica um relatório da ANA.

O setor de Avaliação de Geleiras e Lagoas da ANA (1948-2019) revela no relatório que novas lagoas relacionadas ao recuo das geleiras foram identificadas.

"As geleiras são ecossistemas altamente sensíveis às mudanças climáticas. Nas últimas décadas, os efeitos foram mais evidentes, gerando uma redução notável na massa das geleiras e a formação de novas lagoas", diz a ANA.

O Peru tem mais de 8.000 lagoas em suas 18 cadeias de montanhas cobertas de neve no país.

O Glaciar Pastoruri, com 5.200 metros de altura e localizado na região de Ancash (norte), uma das joias do turismo no Parque Nacional Huascarán, é o mais afetado, com mais de 50% de sua superfície derretida pelas mudanças climáticas.

"Entre 1980 e 2019, recuou mais de 650 metros, formando uma nova lagoa que tem contato glacial e continua a crescer", acrescentou o relatório.

As geleiras de Uruashraju e Yanamarey, também localizadas em Ancash, recuaram em média um quilômetro entre 1948 e 2019.

O Peru possui um total de 2.679 geleiras que cobrem cerca de 2.000 quilômetros quadrados.

Em nível nacional, a ANA rastreia 13 geleiras localizadas no centro e sul do país.

O Peru possui a maior cadeia de montanhas tropicais, 71% das geleiras tropicais do mundo, segundo a ANA.

A revista norte-americana "Time" elegeu a ativista sueca Greta Thunberg, um dos principais nomes da luta contra as mudanças climáticas, como "Personalidade do Ano" de 2019. A informação foi revelada nesta quarta-feira (11).

A adolescente de 16 anos ganhou a capa da publicação que, desde 1927, todo mês de dezembro presta uma homenagem à pessoa que marcou os 12 meses anteriores. Thunberg é líder de um movimento global de estudantes contra as mudanças climáticas e causou incômodo em líderes políticos ao cobrá-los na ONU pela falta de ações para combater o aquecimento global.

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Ela ganhou destaque internacional depois de iniciar protestos semanais do lado de fora do Parlamento da Suécia e inspirar milhões de jovens a lutarem pelo clima às sextas-feiras na campanha "Fridays For Future". Sua iniciativa rendeu uma campanha pelo Prêmio Nobel da Paz em 2019, mas também foi alvo de críticas por líderes como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que a chamou de "histérica", e o líder brasileiro, Jair Bolsonaro, que batizou Greta de "pirralha".

"Vocês roubaram os meus sonhos e infância. Estamos no início de uma extinção em massa, e a única coisa que vocês falam é sobre dinheiro e o conto de fadas de crescimento econômico eterno. Como se atrevem?", afirmou Greta em um de seus discursos mais duros na ONU, em setembro. A sueca já fez pronunciamentos em diversos eventos internacionais como o Fórum Econômico Mundial e a Conferência pelo Clima da ONU.

Da Ansa

As mudanças climáticas já prejudicam a saúde das crianças em todo o mundo, com ameaças de impactos ao longo da vida, de acordo com o relatório internacional Lancet Countdown 2019 (Contagem Regressiva da Lancet), lançado nessa segunda-feira (18) no Brasil. Se o mundo continuar no atual padrão econômico de altas emissões de carbono e mudanças climáticas, o documento aponta que uma criança nascida hoje enfrentará um planeta em média 4° C mais quente até os seus 71 anos, o que ameaçaria sua saúde em todas as fases da vida.

“A mensagem chave desse relatório global é que a gente precisa se atentar para as mudanças climáticas logo, para que as crianças, no futuro, não sejam tão afetadas. A criança vai ser afetada, mas para que ela não seja tão afetada”, disse a médica Mayara Floss, uma das autoras do relatório no Brasil.

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O impacto da poluição do ar deve piorar nos próximos anos, mostra o relatório. O fornecimento de energia derivada do carvão, por exemplo, triplicou no Brasil nos últimos 40 anos; ao mesmo tempo que os níveis perigosos de poluição atmosférica ao ar livre contribuíram para 24 mil mortes prematuras em 2016. O projeto é uma colaboração de 120 especialistas de 35 instituições, incluindo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Banco Mundial e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligada ao Ministério da Saúde brasileiro.

“Longas secas, chuvas excessivas e incêndios não controlados estão agravando os efeitos sobre a saúde. Impulsionado em parte pelas mudanças climáticas, o crescimento contínuo da dengue pode tornar-se incontrolável em breve - a incidência triplicou desde 2014. Lamentavelmente, o desmatamento de florestas maduras está aumentando novamente, assim como o uso de carvão. Não podemos desperdiçar o histórico de sucesso conquistado com tanto esforço”, disse Mayara.

Segundo o relatório, as crianças são as que mais sofrerão com o aumento de doenças infecciosas, como a dengue. “A gente sabe que a capacidade do mosquito da dengue de transmitir doença tem aumentado muito. Esse é um dado muito alarmante. E isso está relacionado às mudanças climáticas e ao aumento da temperatura”, disse Mayara.

Ainda de acordo com o documento, eventos climáticos extremos se intensificarão na idade adulta de pessoas nascidas hoje. No Brasil, 1,6 milhão de pessoas foram expostas a incêndios florestais desde 2001. Em todo o mundo houve um aumento de 220 milhões de pessoas acima de 65 anos expostas a ondas de calor em 2018, na comparação com 2000. Em relação a 2017, a alta foi de 63 milhões.

Mitigação de impactos

O documento tem o objetivo de oferecer recomendações políticas aos tomadores de decisão para mitigação dos impactos. Uma delas é que as diretrizes do Acordo de Paris sejam cumpridas a fim de limitar o aquecimento a um nível bem abaixo de 2 °C, o que poderá permitir que uma criança nascida hoje cresça em um mundo que atingirá emissões zero até seu 31º aniversário.

Os autores do relatório alertam que para que o mundo atinja as metas climáticas da Organização das Nações Unidas e proteja a saúde da próxima geração, o cenário energético terá que mudar de forma drástica e rápida: apenas um corte anual de no mínimo 7,4% nas emissões fósseis de CO2 entre 2019 e 2050 limitará o aquecimento global à meta de 1,5 °C, considerada a mais ambiciosa.

“Interromper e reverter a perda de florestas tropicais e comprometer-se com a eliminação gradual do carvão será essencial para o Brasil cumprir as metas climáticas acordadas sob o Acordo de Paris e proteger a saúde das futuras gerações”, disse Mayara.

Além da eliminação da energia a carvão, o relatório traz outras ações prioritárias para mudar os rumos do impacto das mudanças climáticas na saúde, como aumentar os sistemas ativo e público de transporte acessível, econômico e eficiente, especialmente a pé e de bicicleta, com a criação de ciclovias e incentivo ao aluguel ou compra de bicicletas.

Outra ação é assegurar que as maiores economias do mundo cumpram os compromissos internacionais de financiamento climático de US$ 100 bilhões por ano até 2020 para ajudar os países de baixa renda.

Na tarde desta quarta-feira (6), 40 estudantes da Escola Municipal Bola na Rede, no bairro da Guabiraba, tiveram um dia diferente, aprendendo fora da sala de aula. Eles participaram de um passeio no Barco Escola Águas do Capibaribe para tratar de temas ambientais. O roteiro teve início às 14h30 com saída do Marco Zero. 

O Secretário de Educação da Prefeitura do Recife, Bernardo D’Almeida, esteve presente na incursão pedagógica e disse que o passeio tem o objetivo de conscientizar as crianças sobre a necessidade de preservar o meio ambiente e tomar cuidado com o impacto da ação humana sobre a natureza.

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“A ação humana tem agredido tanto o meio ambiente que as mudanças climáticas estão se acelerando negativamente para as pessoas, principalmente para os mais pobres. A gente quer que as crianças tenham consciência da importância das mudanças climáticas que podem afetar não somente o Recifense, mas toda a humanidade”, disse ele. 

Sobre a educação ambiental das crianças nas escolas do município, o secretário afirmou que os temas são abordados de modo transversal pelos educadores no currículo escolar, tanto dentro de sala quanto em ações extra-classe. Bernardo citou como exemplo a “ecobarreira” feita por estudantes com garrafas pet para filtrar o lixo do Canal do ABC, junto à Escola Municipal Professor Antônio de Brito Alves, no bairro da Mustardinha.

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Alfio Mascaro, Geógrafo com mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente, foi o responsável por conduzir o passeio das crianças pela Bacia do Pina, apresentando pontos da cidade e levantando discussões ambientais e urbanas com os estudantes. 

“Vamos pensar sobre as mudanças climáticas que têm uma importância grande nas ações do nosso dia a dia. Por exemplo, temos uma subida grave do nível dos oceanos em comparação a séculos passados. Isso é preocupante, as populações de montanhas e ribeirinhas são muito impactadas, hoje já tem muitos migrantes, exilados do clima. É importante o Brasil ter uma política de preservação ambiental, respeito às florestas, às populações tradicionais, tudo que o governo não está fazendo”, afirmou ele. 

Joanna Correia da Cunha tem 10 anos, é aluna do 5º ano da Escola Municipal do Recife Bola na Rede e relatou a presença de lixo nas águas do rio. Para ela, um dos aprendizados do dia de passeio foi a necessidade de reciclar.     

Já Alana Beatriz Barbosa, que também está no 5º ano, conta que gostou de passar por baixo das pontes da cidade no barco, ver as árvores dos manguezais, aprender sobre a influência da lua nas marés e sobre o Rio Capibaribe. A estudante, que costumava jogar lixo nas ruas com frequência, afirma que mudará de atitude pensando nas águas da cidade e nos animais marinhos. “O lixo prejudica o rio, o mar e os animais marinhos. Vou parar de jogar lixo na rua porque ele faz mal aos animais marinhos e eu não queria estar no lugar deles”, disse a menina. 

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A incursão pedagógica faz parte da programação da Conferência Brasileira do Clima, realizada no Recife desta quarta-feira (6) até a próxima sexta-feira (8). O evento reúne ONGs, movimentos sociais, a comunidade científica, o governo e o setor privado para debater experiências, tecnologias, negócios e políticas públicas do Brasil para combater o aquecimento global. 

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Militantes do movimento ecologista de desobediência civil Extinction Rebellion (XR) iniciaram nesta segunda-feira (7) uma mobilização de duas semanas com atos no mundo todo, de Sydney e Nova York a Londres e Paris, passando por Buenos Aires e Rio de Janeiro, em protesto contra a falta de ação ante as mudanças climáticas.

O XR nasceu no final de 2018 no Reino Unido por iniciativa de um grupo de ativistas e acadêmicos que estimulam a desobediência civil não violenta. Hoje diz ter 500 grupos em 72 países e conta com o apoio de Greta Thunberg, a adolescente sueca que inspirou protestos de estudantes em defesa do meio ambiente.

Os manifestantes pedem que se declare "emergência climática" e que os governos estabeleçam para 2025 o objetivo de alcançar a neutralidade nas emissões de gases causadores do efeito estufa.

Sua principal forma de protesto consiste em bloquear acessos, seja de tráfego, seja aos prédios, às vezes dando-se as mãos para formar correntes humanas, ou simplesmente sentando no chão. Participam destes atos centenas de "voluntários prontos para ser detidos".

Em Nova York, cerca de 200 manifestantes se reuniram no Battery Park para realizar uma "procissão fúnebre" até Wall Street, onde jogaram sangue falso na icônica estátua do touro, "Charging Bull".

"Precisamos de imagens como esta para conseguir a atenção das pessoas", disse James Comiskey, de 29 anos, à AFP, enquanto participava da marcha carregando um caixão feito de papelão. Dezenas de manifestantes foram presos.

No Rio, cerca de 20 pessoas se concentraram no fim do dia nas areias da Praia de Copacabana para um ato em volta de uma escultura representando o planeta Terra, cercada de cartazes com palavras de ordem, com críticas por exemplo ao uso de agrotóxicos, que tem tido um número recorde de licenças liberadas no país durante o governo de Jair Bolsonaro.

"O Brasil sempre foi um campeão das causas ambientais. Mas hoje a política do nosso governo é o oposto do que nós queremos. O Brasil é um lugar central para o movimento", explicou à AFP Pedro Bedin, um dos organizadores do ato.

Em Buenos Aires, meia centena de ativistas do movimento protestaram pacificamente.

Os manifestantes subiram na Torre dos Ingleses, no exclusivo setor do Retiro, e ali colocaram sua bandeira. Depois, fantasiados de fumigadores, entraram nas instalações da empresa Bayer Monsanto e denunciaram os efeitos nocivos do uso do glifosato, exibindo fotos das pessoas afetadas.

No Canadá, dezenas de pessoas bloquearam rodovias em Toronto, Halifax e Edmonton.

- Prisões na Europa -

Um total de 276 pessoas foram presas em Londres, onde os manifestantes bloquearam muitas ruas e protestaram em vários pontos próximos ao Parlamento e à sede do governo, em um ambiente festivo.

Dançando ao ritmo de tambores, centenas de ativistas, muitos com crianças pequenas, se reuniram perto de Downing Street com cartazes que diziam "O futuro pertence à próxima geração".

"Há muito mais policiais e claramente vão tentar impedir que o Extinction Rebellion ocupe o lugar durante dias", disse à AFP um ativista, Mike Buick, fabricante de móveis de 40 anos, comparando esta ação com as realizadas em abril, quando o XR manteve a capital britânica colapsada durante 11 dias de protestos que resultaram em mais de 1.100 prisões.

Paris se somou ao protesto global bloqueando uma ponte e uma plataforma sobre o Sena. "Nossos governos não fazem nada, ou mentem", disse uma jovem de 27 anos que participava da mobilização e se identificou como Aurora.

- "Medidas de pressão" -

Em Madri, cerca de 200 jovens fantasiados e maquiados para representar catástrofes naturais como a "desertificação", "as inundações" ou "os incêndios" se reuniram em frente ao Ministério para a Transição Ecológica, onde instalaram barracas com a intenção de acampar.

Chegou a hora de realizar "medidas de pressão muito mais contundentes, só uma revolução global, maciça, e com a desobediência civil não violenta pode gerar as mudanças necessárias para nossa sobrevivência", afirmou Mabel Moreno.

Mais de 90 manifestantes foram detidos em Amsterdã, informou a polícia da cidade holandesa, onde os ativistas afirmavam sua determinação de lutar contra a inação.

Em Viena a polícia também prendeu 75 pessoas por bloquearem uma das principais artérias do centro da cidade.

Em uma manhã gelada, também centenas de manifestantes se reuniram na "grande estrela" de Berlim, uma das principais rotatórias da cidade, equipados com mantas e sacos de dormir. E no parque entre o parlamento alemão e a sede do governo foi instalado um "acampamento climático" que durante a semana organizará grupos de trabalho e reuniões de informação.

Muitas cidades africanas também aderiram às mobilizações, como a Cidade do Cabo, na África do Sul, onde meia centena de pessoas marcharam no centro com um grande cartaz amarelo que dizia "Emergência climática ecológica", e os manifestantes deitaram no chão simulando estar mortos.

Marcando o início da "Rebelião Internacional", na Austrália os ativistas se reuniram na escadaria do Parlamento em Melbourne, antes de desfilarem pelas ruas da cidade. E em Wellington, a capital neozelandesa, vários militantes se acorrentaram a um carro rosa, o que provocou perturbações no centro.

O nível dos oceanos está aumentando 2,5 vezes mais rapidamente no século 21, se comparado ao ritmo de elevação do século anterior. Essa é uma das conclusões de relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), apresentado nesta quarta-feira, 25. Pequenas ilhas ameaçadas de submergir e geleiras que desapareceram são alguns dos impactos das mudanças climáticas, já consideradas "irreversíveis" pelo grupo de especialistas em clima da Organização das Nações Unidas (ONU) responsável pelo relatório.

Segundo o estudo, o nível do mar poderá subir mais de 1 metro até o ano de 2100 se for mantido o atual aumento das temperaturas globais. Dois dias depois da Cúpula do Clima, em Nova York, o relatório enfatizou que as medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa podem fazer grande diferença. Ao reduzir essas emissões, as mudanças prejudiciais aos oceanos não parariam subitamente, mas diminuiriam. Dessa forma, "haveria mais possibilidades de conservar ecossistemas e permitir que se ganhasse tempo", disse a climatologista Valérie Masson-Delmotte, que participou da elaboração do documento de 900 páginas do IPCC. Ganhar tempo para, por exemplo, construir diques ao redor de cidades costeiras, como Nova York, ou antecipar a retirada de populações de Estados insulares que podem se tornar inabitáveis até o fim do século.

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Um bilhão

De acordo com o informe da ONU, até meados do século, mais de 1 bilhão de pessoas viverão em áreas costeiras baixas, vulneráveis a inundações e outros eventos climáticos extremos potencializados pela elevação do nível do mar e pelas alterações climáticas. (Com agências internacionais).

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