Tópicos | AM

Virou produto comercializado por camelô a chacina ocorrida no Complexo Penitenciário Antônio Jobim (Compaj), em Manaus, em que morreram 59 presos no dia 1º de janeiro. O DVD com imagens fortes do massacre fez tanto sucesso que já não está mais sendo encontrado nas barracas, diz a Folha de São Paulo.

Diversas imagens da chacina circularam na internet após o fato. Com o título "FDN vs PCC - Massacre", o DVD é um apanhado desses vídeos.

##RECOMENDA##

A foto que circula na internet da capa do filme já indica o tipo de material que está sendo vendido. Há corpos sem cabeça, sem membros, sangrando e pessoas em volta armadas com facões.

Massacre - A rebelião em Manaus foi a primeira de uma série de motins em presídios brasileiros. Após a morte de 59 presos na unidade, outros quatro morreram no dia seguinte na Unidade Prisional de Puraquequara (UPP). Mais quatro morreram em outra confusão na cadeia de Raimundo Vidal Pessoa, seis dias depois.

No fim da manhã desta quarta-feira (11), um total de 17 detentos do Amazonas embarcaram para presídios federais. Um comboio da Polícia Militar acompanhou o deslocamento dos presos até o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) ainda não divulgou para quais unidades federais os detentos devem ser levados.

O grupo transferido é apontado como responsável por chefiar o massacre que teve como desfecho a morte de 56 internos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), no primeiro dia de 2017. Os presos estavam encarcerados no Compaj e no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat).

##RECOMENDA##

Antes de embarcar, peritos do Instituto Médico Legal (IML) realizaram exames de corpo de delito nos detentos, que estavam no Batalhão de Choque da Polícia Militar, em Manaus.

Segundo o comandante geral da PM, Augusto Sérgio, o trajeto até o aeroporto recebeu forte esquema de segurança, ao todo 80 policiais participaram da operação.

Os internos embarcaram em uma aeronave da Polícia Federal por volta de 13h. o Ministério da Justiça afirmou que apura, junto ao Departamento Nacional (Depen), o local para onde o grupo será encaminhado.

Veja a lista com os nomes dos detentos transferidos:

Adailton Farias da Silva – Homicídio

André Said de Araújo - Tráfico de drogas, associação para o tráfico e roubo

Cláudio Dayan Felizardo Belfort - Tráfico de drogas, roubo, e posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito

Demetrio Antônio Matias – Homicídio

Eduardo Queiroz de Araújo - Tráfico de drogas e associação para o tráfico

Fábio Palmas de Souza  - Homicídio e Tráfico de drogas

Gileno Oliveira do Carmo - Tráfico de drogas

Heuliton Cabral dos Santos  - Tráfico de drogas e associação para o tráfico

Janes do Nascimento Cruz  - Tráfico de drogas e associação para o tráfico

João Ricardo Santos da Costa -Tráfico de drogas

José Bruno de Souza Pereira – Latrocínio

Lenon Oliveira do Carmo - Tráfico de drogas e associação para o tráfico

Márcio Ramalho Diogo - Roubo e Tráfico de drogas

Reginaldo Muller Neto - Tráfico de drogas

Rivelino de Melo Muller - Tráfico de drogas

Wilson Guimarães Fernandes – Homicídio

Florêncio Nascimento Barros - Roubo

O diretor interino do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), José Carvalho da Silva, foi afastado do cargo na manhã desta terça-feira, 10, pelo governador do Amazonas, José Melo (Pros), depois de detentos tê-lo denunciado por supostas práticas de corrupção ligadas à facção Família do Norte (FDN). A informação foi confirmada pelo secretário de Segurança Pública do Estado, Sérgio Fontes, no início da tarde desta terça. A rebelião conduzida pela FDN no Compaj no domingo retrasado deixou 56 mortos.

Carvalho foi acusado por detentos de envolvimento com a facção criminosa em denúncia feita por meio de duas cartas enviadas pelos presidiários Gezildo Nunes da Silva e Alciney Gomes da Silveira, no dia 18 de dezembro. No documento, a dupla, que acabou morta durante a rebelião do dia 1º de janeiro, acusava Carvalho de receber dinheiro da facção para facilitar a entrada de armas, drogas e celulares dentro do complexo, além de falarem das ameaças que sofriam.

##RECOMENDA##

Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), será aberta uma sindicância para apurar as denúncias feitas contra Carvalho.

Dezenove dias antes de serem mortos na chacina em que 56 presos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) foram assassinados por outros internos, dois detentos enviaram cartas à Justiça do Amazonas em que denunciaram que diretores da unidade prisional recebiam dinheiro de organizações criminosas para permitir a entrada de armas, drogas e celulares no presídio.

Duas cartas com denúncias semelhantes foram assinadas pelos presos Alcinei Gomes da Silveira e Gezildo Nunes da Silva e entregues à Defensoria Pública do Amazonas no dia 10 de dezembro. Segundo a defensoria, os documentos foram anexados ao processo de Gezildo no dia 14 de dezembro, para conhecimento do juiz Luis Carlos Valois, titular da Vara de Execuções Penais.

##RECOMENDA##

Nas cartas, Gezildo e Alcinei afirmaram que estavam sendo ameaçados de morte. Gezildo chegou a afirmar que tinha medo de ser assassinado. Já Alcinei foi mais incisivo nas denúncias. “Eles são corruptos e recebem dinheiro da facção criminosa facilitando a entrada de drogas e celulares e [também] a última fuga no Compaj”, referindo-se a diretores da unidade prisional.

A gestão do Compaj compete à empresa terceirizada Umanizzare, que administra outros cinco estabelecimentos prisionais no Amazonas e dois em Tocantins. Em nota, a empresa informou que o comando das unidades cabe a servidores públicos indicados pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). Em 2016, o governo amazonense pagou R$ 302,2 milhões à Umanizzare pela gestão do Compaj.

No site do Tribunal de Justiça do Amazonas, há registro de uma petição (pedido) às 12h36, de 14 de dezembro, que foi reunida ao processo. Os detalhes do processo não podem ser acessados eletronicamente. Mas, segundo o defensor público Arthur Sant’anna Ferreira Macedo, que defendia Gezildo, trata-se de um pedido para que a Justiça determine que as denúncias sejam apuradas e que Gezildo seja transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP) como forma de o Estado protegê-lo e assegurar sua integridade física.

O Poder Judiciário entrou em recesso seis dias depois, no dia 20 de dezembro, e os pedidos do defensor público não foram analisados. Gezildo (que cumpria pena por furto) e Alcinei (condenado a 60 anos de prisão por matar a própria mãe, um irmão e tentar assassinar o pai) foram mortos no Compaj, nos dias 1º e 2 de janeiro.

Na quinta-feira (5), após retornar de Manaus, onde foi verificar a situação do sistema prisional amazonense, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, declarou que a “responsabilidade visível e imediata” do massacre ocorrido no Compaj é da Umanizzare.

“Basta verificar os fatos para ver que houve falha da empresa. Não é possível que entrem armas brancas e armas de fogo, e que todos saibam antes, pela internet, por meio de selfies de presos. Quem tinha a responsabilidade imediata para verificar essa entrada e a festa de final de ano é a empresa que faz a segurança”, disse o ministro.

Imagens divulgadas após a barbárie mostram presos com armas e aparelhos telefônicos.

Procurado pela reportagem, o juiz Luís Carlos Valois informou, por meio da assessoria do Tribunal de Justiça do Amazonas, que não recebeu em mãos o pedido da Defensoria Pública e os documentos citados, e nem sequer foi procurado pela defesa dos presos para tratar do assunto.

“A Vara de Execuções Penais recebe centenas de documentos diariamente, inclusive de forma eletrônica e, no caso de informações sobre risco de vida de detentos, estes documentos são encaminhados pela Justiça também ao Ministério Público para ciência e manifestação, bem como à Secretaria de Administração Penitenciária do Estado, visando a obtenção de dados relacionados ao apenado. O trâmite jurídico segue o que determina a Lei de Execução Penal”, afirma o juiz em mensagem enviada à Agência Brasil.

A Presidência do Tribunal de Justiça do Amazonas determinou que os fatos sejam apurados pela Corregedoria-Geral de Justiça, que instaurou procedimento nesta terça-feira (10).

A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária e a Umanizzare ainda não responderam.

Diante do surgimento de novas mortes no sistema carcerário do Amazonas, o governador do Estado, José Melo (Pros), solicitou apoio da Força Nacional de Segurança Pública ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. O pedido foi encaminhado a Brasília neste domingo (8), horas depois de quatro detentos serem mortos durante a madrugada, na cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus. O local abrigava os presos que foram transferidos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim, o Compaj, que uma semana antes foi palco de um massacre com ao menos 56 presos mortos.

"Senhor Ministro, quando aconteceu o lamentável episódio no Sistema Prisional do Amazonas que ensejou a vinda de Vossa Excelência ao nosso Estado, imediatamente constituímos um Comitê de Crise, integrado pelo Sistema Estadual de Segurança Pública e com a presença do Ministério Público e de outras Instituições afins. Na sua vinda a esta Capital, fui aconselhado pelo Comitê a não solicitar a Força Nacional, uma vez que a situação estava sob controle, restringindo-se os pedidos a Vossa Excelência ao envio de tornozeleiras eletrônicas, scanners corporais, bloqueadores de sinal de celular e recursos para ampliar e reaparelhar o Instituto Médico Legal e o Instituto de Criminalística", diz o governador em trecho do oficio.

##RECOMENDA##

Segundo ele, o novo episódio ocorrido na madrugada de domingo ensejou maior mobilização dos agentes públicos na crise. "Diante do fato novo, do limite em que se encontram os integrantes do Sistema e da recomendação feita pelo Comitê de Crise em conjunto com o Ministério Público Estadual, solicitamos de vossa Excelência o envio da Força Nacional, sem prejuízo de outras solicitações já enviadas, para ajudar as nossas forças, repito, agora exaustas, a superar a crise", solicita José Melo.

"Cabe enfatizar, por fim, que o envio da Força Nacional ao Amazonas, com seus equipamentos e veículos, tem por finalidade o necessário apoio ao Sistema Prisional deste Estado, que se encontra em dificuldades financeiras em face da crise nacional, daí que os gastos correspondentes sejam arcados pelo Governo Federal, através desse Ministério, na forma da legislação vigente", finaliza.

Em nota divulgada nesta segunda-feira, 9, o Comitê de Gerenciamento de Crise do governo do Amazonas informou que, durante a manhã de hoje, a Secretaria Executiva Adjunta de Operações (Seaop) da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) realizou a transferência de 20 internos da Cadeia Pública para uma unidade prisional do interior. De acordo com o colegiado, as demais unidades prisionais do sistema não apresentaram, contudo, nenhuma alteração entre a noite de domingo e a manhã de hoje.

Um tumulto entre dois detentos causou tensão na Cadeia Raimundo Vidal Pessoal, em Manaus, usada para abrigar presos ligados à facção Primeiro Comando da Capital (PCC) e separá-los dos detentos pertencentes à Família do Norte. O caso mostrou a situação crítica do local, que deveria estar desativado e tem de abrigar detentos até na capela e na enfermaria.

De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), os detentos também exigem banhos de sol e liberação das visitas no local - o que não tem sido possível. Até então, pelo menos 284 presos foram transferidos para a Vidal Pessoal, que havia sido fechada em outubro do ano passado.

##RECOMENDA##

Alegando a necessidade de garantir a segurança do sistema, após o massacre de 60 presos no início da semana, o Estado informou que está temporariamente suspensa a entrega de alimentos e materiais em todas as unidades prisionais e a visita de familiares aos internos hoje e amanhã. "A medida visa a garantir a segurança e a integridade física dos familiares, funcionários e internos do sistema prisional", diz a nota da Seap.

Uma revista realizada no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, na manhã desta sexta-feira, 6, resultou na apreensão de um rifle calibre 32, 42 facas, 24 celulares além de um roteador de internet. Foi no Compaj que na noite do domingo, 1º, e a na madrugada da segunda-feira, 2, 56 presos foram assassinados, no que é considerado o maior massacre em cadeias brasileiras desde o Carandiru, em 1992, que deixou 111 mortos.

Participaram da revista funcionários da Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas e policiais militares. O governo do Estado informou que o procedimento é "parte do planejamento preventivo" desenvolvido por um comitê de crise que acompanha a situação do presídio. "O principal objetivo é a retirada de materiais ilícitos que poderiam ser usados para desestabilizar a unidade e promover alguma alteração", informou a administração por nota.

##RECOMENDA##

Imagens gravadas pelos próprios internos no dia do massacre mostraram que vários deles portavam armas, que podem ter sido usadas para executar rivais. Após o fim da rebelião, quatro pistolas e uma espingarda calibre 12 foram entregues pelos criminosos. A polícia buscava outras armas curtas e ao menos mais uma arma longa que aparecia nas gravações. As imagens do circuito interno de segurança da unidade e as gravações dos próprios detentos devem auxiliar a força-tarefa da Polícia Civil a identificar os presos envolvidos com as mortes.

Além das armas, foram apreendidas 56 porções de drogas, uma balança de precisão e equipamentos como lanternas e martelos. No total, 145 participaram da operação, entre servidores da secretaria e agentes de diversos batalhões da Polícia Militar amazonense. Nesta quinta-feira, uma revista já havia ocorrido na unidade de Puraquequara, onde na segunda-feira aconteceram quatro mortes, também relacionadas a brigas de facções no Estado.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, participou nesta quinta-feira, 5, em Manaus, de uma série de reuniões com autoridades, além de encontros com os presidentes dos tribunais de Justiça da região Norte e do Maranhão. Ela ouviu relatos sobre a situação de cada Estado, pediu esforços para julgamento de presos provisórios e informou que em 30 dias o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deverá concluir um relatório sobre a unidade onde aconteceu o massacre nesta semana, o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj).

Cármen Lúcia desembarcou na Base Aérea de Manaus por volta das 8 horas da manhã e seguiu para a sede da corte do Estado. Até as 12 horas, ouviu relatos individuais da situação em Rondônia, Amapá, Pará, Acre, Tocantins, Roraima e do Maranhão, além do Amazonas. A presença do Estado do Nordeste foi explicado pela sequência de mortes no Complexo de Pedrinhas entre 2010 e 2013 e a experiência dos juízes locais diante do problema.

##RECOMENDA##

Representante maranhense, o desembargador Cleones Carvalho Cunha destacou a necessidade de responsabilização dos envolvidos, além do papel do governo do Estado no caso. "Não se pode deixar sem julgar os envolvidos com 56 mortes, tem que procurar o responsável. Ao mesmo tempo, é importante notar que o Estado é responsável pela segurança do presídio e também é responsável pelo que aconteceu", disse.

Para ele, cabe ao Judiciário julgar de forma célere os processos criminais, diminuindo o número de presos provisórios e executar adequadamente a pena. "Mas a melhoria das condições dos presídios cabe ao Estado, é função do Executivo. A nós cabe exigir que isso seja melhorado", acrescentou Cunha.

Presidente da corte amazonense, o desembargador Flávio Humberto Pascarelli Lopes, disse ainda estar "procurando entender o que aconteceu", referindo-se ao massacre. Ele elogiou a disposição da presidente do STF em visitar o Estado e disse que experiências estaduais foram discutidas. "Foi uma reunião para discutir o problema de todo o Norte. Todos os Estados têm problemas e falaram sobre eles.

Procuramos soluções, mas ainda estamos procurando entender o que houve", disse.

Sobre a força da Família do Norte (FDN), facção apontada como responsável pelas mortes no Compaj, Lopes chegou a falar que ela já havia dirigido ameaças a 12 juízes. "A polícia encontrou cartas com essas ameaças, mas depois comprovaram se tratar de cartas falas. Mesmo assim, a segurança que havia sido reforçada foi mantida para os magistrados", acrescentou.

Contas

O procurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado do Amazonas, Carlos Alberto Almeida, também participou do encontro com a presidente do STF. Nesta quarta, o MP de Contas pediu rescisão de contratos das empresas que administram presídios locais. Nesta quinta, ele reforçou a necessidade da medida.

"O MP de Contas trabalha na fiscalização da gestão quanto às contas públicas. Vemos a eficácia e eficiência dos recursos empregados e o que estamos percebendo é que, mesmo aos olhos de qualquer leigo, não há essa eficiência. Não está ocorrendo emprego adequado do erário na gestão prisional do Amazonas", disse.

A Polícia Civil do Amazonas afirma já ter identificado sete presos suspeitos de participar da rebelião que deixou pelo menos 56 mortos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus (AM). As identidades dos sete presos não foram divulgadas para não atrapalhar as investigações.

Segundo a assessoria da Polícia Civil, investigadores ouviram o testemunho de agentes penitenciários e de presidiários e identificaram os sete detentos como possíveis líderes do confronto entre as duas facções criminosas que disputam o controle das atividades ilícitas na região: a Família do Norte (FDN) e o Primeiro Comando da Capital (PCC).

##RECOMENDA##

"Durante o curso da apuração da ocorrência, os nomes dos sete detentos apareceram de maneira incisiva o que dá indicativo da participação deles nos delitos”, comentou o delegado Ivo Martins, responsável pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

Na segunda-feira (2), o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, e o governador do Amazonas, José Melo, anunciaram que os líderes das rebeliões ocorridas em Manaus (AM) serão transferidos para presídios federais em breve. Mas, segundo a Polícia Civil, por ora, os suspeitos de liderar a chacina do Compaj vão permanecer na mesma unidade prisional, onde ainda vão prestar depoimentos.

Em entrevista concedida nesta quarta-feira (4) à Rádio CBN, o governador do Amazonas, José Melo (PROS), disse que "não tinha nenhum santo" entre os 56 presos mortos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus. O governador opinava sobre os comentários do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, de que a maior parte dos mortos não fazia parte de facções criminosas.

"Eu não sei, não fazer nenhum comentário sobre o que o ministro falou. O que sei te dizer é que não tinha nenhum santo. Eram estupradores, pessoas que eram matadores, que estavam lá dentro do sistema penitenciário e pessoas ligadas à outra facção que é minoria aqui no Estado do Amazonas", comentou o gestor.

##RECOMENDA##

José Melo disse que os integrantes que restaram da menor facção foram retirados na terça-feira (3) e segregados na Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, que estava desativada. Até a noite da terça, 156 presos haviam sido transferidos. 

Por fim, o governador disse que não pensa em romper o contrato com a empresa responsável pelo presídio em que houve a chacina. "Deu bom resultado. Já está aí há seis anos e o primeiro fato que aconteceu foi agora. O que precisa é aprimorar cada vez mais o sistema, colocando também Polícia Militar para estar em pontos estratégicos", complementou.

 

A Polícia Militar (PM) passou a integrar a segurança de unidades prisionais de Manaus, representando reforço ao trabalho de agentes penitenciários e de uma empresa terceirizada que atua nas unidades. A decisão foi tomada pela Secretaria de Segurança Pública após o massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), que deixou 56 mortos, ter sido seguido pelo assassinato de outros quatro detentos na cadeia de Puraquequara, também na capital amazonense, na tarde desta segunda-feira, 2.

Nesta terça, o secretário de Segurança, Sérgio Fontes, acompanhou o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, em inspeção realizada no Compaj e falou sobre a necessidade de reforço. "É como disse: é a única decisão que tinha. Não posso deixar de reforçar as muralhas e de reforçar os presídios depois do que aconteceu", disse. Não foi informado quantos PMs e em quais unidades os policiais passaram a atuar internamente. A reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" presenciou a circulação de agentes armados da corporação no Compaj na manhã desta terça-feira, 3.

##RECOMENDA##

Fontes ponderou que os policias já atuavam do lado externo das cadeias. "A guarda externa armada sempre foi do Estado. O que o Estado paga pela terceirização é a logística do presídio, inclusive assistência médica e jurídica, reabilitação, a parte armada sempre foi do Estado, o Estado é que pode usar a força de forma legítima." Questionado se o reforço afetaria o policiamento de rua na capital, ele disse que, apesar de "o cobertor ser curto", o remanejamento era necessário.

O titular da pasta de Segurança informou que o trabalho da força-tarefa criada para investigar o caso continua ocorrendo. Questionado se transferências para presídios federais podem ocorrer, respondeu: "Presos só irão a presídios federais quando as investigações terminarem. Sabemos mais ou menos quem são os líderes porque tratamos com eles na hora da negociação. Mas esse saber não é suficiente. É preciso provar, e você só prova com um inquérito formal, que está nas mãos do dr. Ivo Martins."

Mesmo diante de novas agitações de presos, uma delas no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), vizinho ao Compaj, na manhã desta terça-feira, Fontes disse que o "sistema está sob controle". O secretário estimou que 50 presos que fugiram já tenham sido recapturados; um total de 184 escaparam de duas unidades durante a rebelião.

Fontes voltou a afirmar que os corpos devem começar a ser entregues aos familiares nesta terça.

A Ordem dos Advogados do Brasil cobrou o poder público a "reassumir o controle das penitenciárias e dos presídios controlados por facções criminosas". Em nota sobre o massacre dos 60 presos em Manaus, o presidente da OAB, Claudio Lamachia, anotou que a rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, "com ingredientes tristes de uma selvageria que parece não encontrar limites, confirmam que a brutalidade no sistema penitenciário brasileiro virou rotina".

"Se o ano começa com mais uma lamentável sequência trágica, o pior é constatar que não há nenhum ineditismo no caso. Cenas assim foram frequentes nos anos anteriores, no Maranhão, Pernambuco e Roraima. O Estado brasileiro precisa cumprir sua obrigação de resolver esse problema com a rapidez e a urgência necessárias, sem paliativos que somente mascaram a questão", alerta Lamachia.

##RECOMENDA##

O presidente da OAB argumenta que "a recente decisão do Supremo Tribunal Federal, de permitir a execução antecipada da pena antes do trânsito em julgado, exige do Poder Público, especialmente do Poder Judiciário, novas e urgentes posturas".

"A medida certamente agravará a situação com o encarceramento de cidadãos inocentes, especialmente os réus menos favorecidos, aumentando a população carcerária e com isso o clima tenso dentro de presídios já lotados", sustenta. "Daí a necessidade da devida celeridade processual por parte de Tribunais Superiores e a prioridade absoluta no julgamento de habeas corpus e recursos, a fim de evitar o prolongamento de prisões injustas."

As 60 mortes de detentos confirmadas até agora no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, já fazem do episódio o segundo no país em número de mortos no sistema prisional, atrás apenas do Massacre do Carandiru, em 1992, quando 111 presos foram mortos pela polícia.

A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas confirmou pelo menos 60 mortes no Compaj, mas o número pode ser ainda maior, já que a Polícia Militar chegou a divulgar à imprensa local que 80 detentos foram mortos no motim, que começou na tarde desse domingo (1º) e chegou ao fim esta manhã, após mais de 17 horas.

##RECOMENDA##

No massacre do Carandiru, uma briga entre dois detentos no dia 2 de outubro de 1992 levou a uma confusão generalizada em um dos pavilhões do presídio, que se tornou uma rebelião. A Polícia Militar foi chamada, mas, após tentativa fracassada de negociação, decidiu invadir o local com metralhadores, fuzis e pistolas, matando 111 detentos. Mais de 24 anos após o massacre, ninguém cumpriu pena pelos crimes.

Em outro episódio sangrento do sistema prisional brasileiro, 27 detentos foram mortos durante uma rebelião no Presídio Urso Branco, em Porto Velho. As mortes ganharam repercussão internacional pela brutalidade, que envolveu até decapitação, choque elétrico e enforcamento. A situação no presídio, principalmente a superlotação e as denúncias de maus-tratos, levaram o Brasil a ser denunciado à Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, viaja ainda nesta segunda-feira, 2, para Manaus (AM) para se reunir com o governador do Amazonas, José Melo de Oliveira, e debater a situação dos presídios no Estado. Pelo menos 60 presidiários morreram em rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, entre a tarde de ontem e a manhã desta segunda-feira, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado.

Nota

##RECOMENDA##

Mais cedo, em nota à imprensa, o ministro se colocou à disposição do governador "para tudo o que fosse preciso". 

A nota cita que foram repassados R$ 44,7 milhões do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) para o Fundo Penitenciário do Amazonas e que parte dos recursos será usada para "sanar os problemas".

A CBF e o Grupo Globo comunicaram nesta segunda-feira (19) a renovação da parceria para a transmissão da Copa do Brasil, entre 2018 à 2022. O acordo inclui transmissões pela TV Globo (TV aberta), SporTV (TV por assinatura) e Globoespote.com (internet).

O novo contrato ultrapassa os R$ 300 milhões por ano, incluindo cotas, prêmios e toda a logística da competição. O valor representa aproximadamente o triplo deste ano.

##RECOMENDA##

De acordo com o nível de premiação a Copa do Brasil será a principal competição a partir de 2018. Serão R$ 50 milhões destinados ao campeão, R$ 20 milhões do vice-campeão, outros R$ 8 milhões aos clubes semifinalistas, além de R$ 4 milhões pela participação nas quartas de final, valores que ainda não constam na América do Sul.

Ao somar as cotas das fases anteriores com o prêmio de campeão, o primeiro colocado ainda pode faturar R$ 68,7 milhões de reais, considerando que participe desde a primeira rodada.

“- É um acordo histórico que valoriza muito a competição, em especial a participação dos clubes, que receberão cotas e premiações recordes em termos de América do Sul. O valor contratado alcança a expressiva marca de R$ 2,5 milhões, em média, por partida realizada. O montante que será pago ao campeão, por exemplo, pode equivaler a mais de um terço da receita anual de 14 dos 20 clubes da Série A do Brasileirão. Com certeza teremos uma competição renovada e eletrizante” – diz Rogério Caboclo, Diretor Executivo de Gestão da CBF. (Por Geovanna Bertaioli)

O Colégio Eleitoral dos Estados Unidos escolhe oficialmente Donald Trump como seu 45° presidente nesta segunda-feira, 19. A contagem presidida por Joe Biden, atual vice-presidente, está marcada para 6 de janeiro, duas semanas antes da tomada de posse, que ocorre em 20 de janeiro.

Reuniões foram marcadas nos 50 estados e no distrito de Columbia para os 538 eleitores do Colégio Eleitoral. Hillary Clinton superou Trump em 2,8 milhões de votos, mas o republicano foi eleito graças aos 306 votos eleitorais, contra 232 de Hillary. Reabrindo a discussão sobre sistema do colégio eleitoral.

##RECOMENDA##

A votação é mera rotina dentro dos estados americanos e o distrito de Columbia, porém neste ano ocorreram alegações de que a Rússia realizou ataques cibernéticos para influenciar a eleição.  (Por Lucas Lobo)

Após receber denúncias da população e de promotores que atuam no interior do Amazonas sobre problemas na transição em administrações municipais, o procurador-geral de Justiça do estado, Fábio Monteiro, reuniu-se com prefeitos na sexta-feira (18). Entre os problemas relatados nas denúncias estão atrasos de salários de servidores e demissões.

A intenção é orientar os atuais prefeitos no sentido de facilitar o trabalho dos novos gestores e evitar crimes contra a administração municipal. "Temos notícias de algumas comarcas em que um número muito significativo de servidores tem sido demitido. Outra questão muito importante é a transição. Os promotores do interior lidam diariamente, no início das gestões, com grandes problemas advindos dos prefeitos eleitos que comunicam ao Ministério Público que não conseguem encontrar alguns dados, documentos de processos licitatórios, convênios, contratos. Então é importante que nós conversemos”, ressaltou Fábio Monteiro.

##RECOMENDA##

De acordo com o procurador-geral, as denúncias envolvem quase 70% dos municípios amazonenses e estão relacionadas também à má gestão dos recursos públicos, dilapidação de patrimônio, não pagamento de fornecedores de material e prestadores de serviços e ainda paralisação da rede pública de saúde.

“Entendemos a crise, a questão da responsabilidade fiscal, mas não podemos aceitar que pessoas que foram contratadas – e se foram contratadas é porque havia necessidade – fiquem com seus salários atrasados. A prefeitura é, em todo o interior do Amazonas, a maior empregadora. Então, é óbvio que isso afeta enormemente a economia local, tanto o atraso de salário, quanto a demissão. O objetivo aqui é recomendar que seja cumprida o que determina a lei. E a Lei Eleitoral proíbe essas demissões neste período. Mas isso, é claro, [é preciso] numa conversa, ouvir o que eles [os prefeitos] têm a dizer e tentar sensibilizá-los de que as adversidades do pleito devem ser sublimadas para o próximo processo eleitoral", afirmou o procurador-geral.

A Corregedoria-Geral do Ministério Público do Amazonas já expediu uma recomendação a todos os promotores lotados no interior para que instaurem procedimento administrativos com o objetivo de acompanhar as transições nas prefeituras e nas câmaras municipais. Caso sejam verificadas irregularidades, os envolvidos poderão ser responsabilizados pela Justiça.

“Não é o nosso objetivo por hora. Queremos evitar que isso ocorra para que a população não sofra. Mas, se não for possível, nós temos que tomar nossas providências. Temos que deixar claro para eles que, se o que estiver motivando é represália em virtude do processo eleitoral, as providências serão até mais rigorosas”, destacou Monteiro.

O prefeito do município de Itamarati e presidente da Associação Amazonense de Municípios, João Campelo, disse que a entidade está colaborando com o Ministério Público no trabalho de orientação dos prefeitos. Ele afirmou que os gestores enfrentam dificuldades para entregar as prefeituras às novas administrações.

“O interior do estado vem sofrendo há muito tempo devido às dificuldades de logística e da comunicação. Por conta disso, temos também dificuldades de termos grandes profissionais para nos ajudar a fazer uma gestão de alto nível como a população merece e como deve ser. Mas, com a orientação do Ministério Público e do Tribunal de Contas, todos os prefeitos atuais e prefeitos eleitos e reeleitos estão tomando as providências devidas, fazendo contato com os procuradores dos municípios, contadores e secretários, principalmente, de finanças. E tenho certeza que vai ter uma transição como é esperada pela Justiça e pelo povo”, declarou o prefeito.

O Ministério Público Federal do Amazonas (MPF-AM) entrou com uma ação na Justiça para que o Exército seja impedido de usar animais silvestres em eventos públicos e ainda seja condenado a pagar indenização pela morte da onça Juma.

No dia 20 de junho, a onça participou da cerimônia de revezamento da Tocha Olímpica no Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs), em Manaus. Após o evento, a onça se soltou das correntes. Para tentar capturá-la, de acordo com relatório do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), foram disparados quatro dardos com tranquilizantes, mas apenas um atingiu o animal, que avançou nos militares. Para garantir a segurança dos militares presentes no local, foram efetuados dois disparos de pistola que atingiram a cabeça do felino.

##RECOMENDA##

De acordo com o MPF, o Ipaam informou que a onça Juma foi apresentada no evento sem autorização para transporte e apresentação na cerimônia. Segundo o procurador federal Rafael Rocha, responsável pela ação, as investigações também mostraram que o Comando Militar da Amazônia decidiu utilizar o animal às vésperas da data do evento sem a licença e o preparo necessários.

“O que o Ministério Público pretende com essa ação é evitar que situações como a ocorrida com a onça Juma venham a se repetir. Uma questão que foi apurada durante a tramitação do procedimento preparatório é que decidiram utilizar a onça na sexta-feira para um evento que aconteceria na segunda. Então devido a esse lapso temporal curto, na prática, o Exército não conseguiu seguir seu próprio protocolo de segurança”, afirmou o procurador.

Rocha acrescentou que esse protocolo previa a checagem dos equipamentos de manejo do animal. “Foi justamente uma falha nesses equipamentos que fez com que a onça conseguisse se soltar da corrente e acabou tendo que ser sacrificada”.

Na ação civil pública, o MPF-AM destaca a necessidade de análise urgente da ação por parte da Justiça devido a proximidade do desfile militar de 7 de Setembro, quando o Exército costuma exibir onças. “O MPF requer em caráter liminar, ou seja, em caráter urgente que o Exército seja proibido de utilizar animais silvestres em eventos públicos sem autorização dos órgãos ambientais competentes. Por que consideramos esse pedido urgente? Por que nós queremos que a decisão já seja aplicável ao desfile deste ano”, destacou.

De acordo com o procurador, a ação também pede que o Exército seja condenado a pagar duas multas. A primeira, que não deve ser inferior a R$ 100 mil, é pela perda de um animal silvestre ameaçado de extinção. A outra indenização é de, pelo menos R$ 1 milhão, por danos morais coletivos devido à comoção nacional pela morte da onça e a repercussão internacional negativa para o país.

O MPF amazonense pede ainda na ação que o Exército regularize a manutenção de animais silvestres em cativeiro. “O que nós apuramos é que o 1° BIS [1º Batalhão de Guerra na Selva], que tinha a onça Juma como mascote, não tinha autorização para manter o animal em cativeiro e também não tem autorização para funcionar como mantenedor de animais da fauna silvestre.

Então um outro pedido que o MPF formulou na ação é um pedido para que o Exército regularize todas as suas atividades com animais silvestres, mediante a obtenção de todas as licenças, permissões, e autorizações necessárias, no prazo de um ano, após o trânsito em julgado da ação, ou seja, após o término da ação”, explicou Rafael Rocha. A ação civil pública tramita na 7ª Vara Federal. 

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas ficou responsável por apurar as circunstâncias da morte da onça Juma. O Ipaam multou e autuou em R$ 40 mil três órgãos do Exército. Em nota, o instituto informou que a defesa do Exército, através do CMA, 1º BIS e CIGS chegou na semana passada à diretoria jurídica da instituição. As autuações foram recebidas pelos três órgãos no dia 18 de julho. O Ipaam disse que está analisando os argumentos para decidir sobre a manutenção da autuação em um prazo de 30 dias.

O Comando Militar da Amazônia deverá pagar R$ 5 mil por contribuir para a utilização de espécime da fauna silvestre nativa sem a autorização do órgão ambiental competente. O CIGS também foi autuado em R$ 5 mil por utilizar o animal sem a devida autorização. O 1º Batalhão de Infantaria de Selva, que era responsável pela onça, deverá pagar R$ 30 mil por transportar e manter em cativeiro o felino sem autorização e por construir e fazer funcionar mantenedouro da fauna sem a licença do órgão ambiental.

A reportagem não conseguiu contato com o Exército.

Uma festa em Manaus terminou da pior forma possível. Moradores do Condomínio Mundi, em Adrianópolis, foram pegos de surpresa no último sábado (16), após uma estação de tratamento de esgoto se romper e o fluxo de dejetos causar uma verdadeira avalanche de sujeira no local. Na ocasião, um dos moradores da propriedade fazia um churrasco para 11 convidados. O circuito interno de segurança flagrou o momento do acidente. Assista abaixo.

Os convidados do churrasco foram surpreendidos por uma onda de dejetos, que inundou a área de lazer. Nas imagens registradas, é possível ver algumas pessoas conversando, segundos antes do incidente. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para prestar socorro às vítimas. Segundo o síndico do condomínio, os presentes tiveram ferimentos leves. Uma perícia será feita no local.

##RECOMENDA##

Cesar Cielo está oficialmente fora da disputa por uma vaga nos 100m livre nos Jogos Olímpicos do Rio. Atual recordista mundial da prova, ele oficializou à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) a sua desistência de nadar a final do Troféu Maria Lenk, nesta segunda-feira, no Estádio Aquático Olímpico, no Rio.

O balizamento da final, prevista para as 17h30, já aparece sem o nome de Cesar Cielo, que fez o sexto melhor tempo das eliminatórias - o quinto entre os brasileiros. No lugar dele entrou Pedro Spajari, jovem que chegou a bater o recorde do Campeonato Mundial Júnior nos 100m, no ano passado.

##RECOMENDA##

Pela manhã, Cielo até conseguiu a qualificação para os 100m livre, com o tempo de 48s97, ficando 0s02 abaixo do exigido. Repetiu seu melhor resultado de 2015, exatamente no Maria Lenk daquele ano. "Eu não treinei para essa prova", contou ao sair da piscina, safisfeito com o resultado.

Considerando também o Torneio Open, disputado em dezembro, primeira seletiva da natação brasileira para a Olimpíada, Cielo tem o sétimo melhor tempo entre os brasileiros com índice.

Fica atrás de Marcelo Chierighini (48s20), Nicolas Nilo Oliveira (48s30), João de Lucca (48s59), Matheus Santana (48s71), Gabriel Santos (48s89) e Alan Vitória (48s96).

A comissão técnica da CBDA deverá convocar o terceiro e o quarto melhores tempos dos 100m livre para nadar o revezamento 4x100m livre na Olimpíada, já considerando que obrigatoriamente eles têm que cair na piscina para a semifinal ou a final do revezamento, sob risco de eliminação da equipe. Sem nadar a final, Cielo não entra nessa lista.

Mas ele deixou claro que confia que, em se classificado para os 50m livre, poderá ser chamado para nadar o revezamento. "Vou tentar conquistar a vaga na quarta-feira nos 50m e aí, se precisar de mim na hora da Olimpíada, eu vou estar preparado para nadar também no revezamento", disse nesta segunda.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando