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O opositor russo Alexei Navalny, vítima de um envenenamento com um agente neurotóxico de acordo com três laboratórios europeus, anunciou nesta segunda-feira (28) que recebeu a visita da chanceler alemã Angela Merkel quando estava hospitalizado em Berlim.

"Estou muito agradecido à chanceler Merkel por ter me visitado no hospital", escreveu Navalny no Twitter. Navalny confirmou desta maneira uma informação publicada no domingo (27) pela revista alemã Der Spiegel.

Alexei Navalny, que prossegue com o processo de recuperação em Berlim, recebeu alta na semana passada do hospital Charité, onde ficou internado por um mês.

Incansável ativista anticorrupção e fervoroso crítico do Kremlin, Navalny, de 44 anos, ficou gravemente doente em 20 de agosto a bordo de um avião na Sibéria, onde foi hospitalizado.

Três laboratórios europeus concluíram que ele foi envenenado com um agente nervoso do tipo Novichok, desenvolvido com fins militares na época soviética. Os países ocidentais pediram à Rússia que apresente explicações e investigue o caso. Moscou rejeita todas as acusações.

A revista alemã Der Spiegel afirmou no domingo que Merkel fez uma "visita secreta" ao opositor russo durante sua hospitalização em Berlim, para mostrar "a solidariedade do governo alemão com Alexei Navalny".

"O fato de que a própria chanceler se reuniu com um político da oposição é mais um sinal para o governo russo de que Berlim não vai ceder e quer estabelecer a verdade por trás do assunto", afirmou a Der Spiegel.

Navalny pediu que a reunião não seja considerada "secreta".

"Foi mais uma reunião privada e uma conversa com a família", disse.

Envenenamento comprovado de Navalny, assassinato de um georgiano em Berlim, ataque cibernético ao Parlamento alemão: Angela Merkel enfrenta uma pressão crescente para revisar sua política de parceria com a Rússia de Vladimir Putin.

A chanceler alemã levantou o tom em relação ao presidente russo na quarta-feira (2), instando-o a responder "questões muito sérias" depois que o exército alemão comprovou o envenenamento por um agente neurotóxico do opositor Alexei Navalny.

O caso recorda outro envenenamento com o mesmo agente, o do ex-agente duplo russo Serguei Skripal e sua filha na Inglaterra. O incidente degenerou em uma crise diplomática duradoura entre os dois países.

Mas na Alemanha, para além das condenações orais, é mais o constrangimento que domina, porque o país optou durante anos, apesar da anexação da Crimeia e das tendências autocráticas de Moscou, por uma política de diálogo e parceria com a Rússia.

- Lobbies -

Numerosos lobbies pró-Rússia estão em ação no país, nos círculos econômicos e nos principais partidos políticos, desde a extrema direita até os social-democratas, passando pelo partido conservador da chanceler e particularmente sua ala bávara mais à direita.

Com Alexei Navalny, esta linha se torna cada vez mais difícil de manter.

"A Rússia conduz uma política desumana e desdenhosa", considerou no Twitter Norbert Röttgen, presidente do Comitê de Relações Exteriores do Bundestag e candidato a suceder Merkel como chefe da União Democrática Cristã (CDU).

"Precisamos de uma resposta europeia forte", acrescentou, conclamando a UE a abandonar o polêmico projeto do gasoduto NordStream2, que deve abastecer a Europa e especialmente a Alemanha com gás russo.

O projeto multibilionário, no qual o ex-chanceler Gerhard Schröder está fortemente envolvido, está paralisado devido a ameaças de sanções americanas. O chefe da diplomacia alemã, Heiko Maas, também observou na segunda-feira as "nuvens escuras" que pairam sobre a relação russo-alemã.

Para o jornal Süddeutsche Zeitung, o envenenamento de Navalny deve marcar "uma cesura na política externa europeia".

A Alemanha "já não pode acreditar na ficção" de que pode, por um lado, impor sanções à Rússia, como as que estão em vigor desde 2014 relacionadas ao dossiê ucraniano e, por outro, considerá-la um importante parceiro econômico.

Os líderes alemães e russos há muito mantêm uma relação ambivalente marcada pela desconfiança, especialmente por parte de uma chanceler que cresceu atrás da Cortina de Ferro, mas também por um bom conhecimento mútuo.

Ambos são veteranos da cena internacional e cada um tem um domínio perfeito da língua do outro, Vladimir Putin tendo vivido na RDA comunista quando oficiou na KGB.

Mas a lista de disputas tem crescido nos últimos anos. Há um ano, o assassinato no coração de Berlim de um georgiano da minoria chechena por um homem suspeito de ter agido sob ordens de Moscou gerou tensões entre as duas capitais.

O caso resultou no final de 2019 nas expulsões por Berlim de diplomatas russos em protesto contra a sua falta de cooperação na investigação. O suposto autor deste assassinato será julgado a partir de 7 de outubro em Berlim.

A Rússia também é acusada de ataque cibernético em grande escala visando computadores do Bundestag e do gabinete da chanceler em 2015. Angela Merkel lamentou as "escandalosas" tentativas de hacking e o embaixador russo foi "convidado" a se explicar. Moscou rejeitou todas as acusações.

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse nesta sexta-feira (28) que prevê que a pandemia do novo coronavírus se torne ainda "mais difícil" nos próximos meses.

"Vamos ter que viver com este vírus durante muito tempo ainda (...) A situação continua sendo grave. Levem-na a sério", afirmou Merkel, em entrevista coletiva, na qual destacou que se gozou de uma "liberdade e proteção relativas" no verão (europeu) graças ao bom tempo, mas que "algumas coisas vão ser mais difíceis nos próximos meses".

"Nada voltará a ser como era antes desta pandemia, que vai nos atingir duramente e de forma existencial", completou Merkel.

Assim como outros países europeus, a Alemanha vem experimentando um grande surto de casos de Covid-19 há várias semanas. Diariamente, são registrados, em média, 1.500 novos casos - números desconhecidos desde abril.

Neste momento e de acordo com o Instituto Robert Koch, responsável por fornecer os números oficiais, a Alemanha registra oficialmente mais de 239 mil casos do novo coronavírus e 9.288 mortes.

A piora dos números nos últimos dias se deve, em grande parte, ao retorno das férias. Na quinta-feira, o governo federal e as autoridades regionais aprovaram novas restrições, como limitar reuniões e multar quem não usa máscara.

A chanceler alemã, Angela Merkel, descartou nesta terça-feira (18) a possibilidade de qualquer flexibilização das regras de saúde após o aumento do número de casos do novo coronavírus e fez um apelo para que a população respeite as normas.

"No meu ponto de vista não podem acontecer novas flexibilizações", afirmou a chanceler, no momento em que o país registra um forte aumento de contágios, de quase mil por dia.

Merkel fez um alerta ao destacar que a média de casos dobrou nas últimas três semanas.

"É uma evolução que não deve continuar, pelo contrário, devemos cortá-la", disse.

A chefe de Governo enfatizou a obrigação de usar máscara em alguns locais públicos e a necessidade de respeitar a quarentena imposta ao retornar de Dusseldorf, uma área considerada de risco pelo governo.

Usar máscara nos transportes públicos ou no momento de fazer compras, assim como respeitar o distanciamento social, "são coisas que podemos e devemos fazer", disse.

A Alemanha começou sua presidência rotativa da União Europeia (UE), nesta quarta-feira (1o), com desafios históricos pela frente e com a esperança, para a chanceler Angela Merkel, de conseguir deixar uma marca perene na história do bloco.

A chanceler e sua equipe prepararam durante meses esta presidência europeia, a primeira para Berlim desde 2007 e uma das últimas oportunidades para que a dirigente alemã brilhe na cena internacional antes de sua retirada política prevista para o final de 2021.

Não bastasse o Brexit, a mudança climática e a imigração, ainda há a pandemia do novo coronavírus e suas duras consequências econômicas e sociais.

Ainda ameaçada por uma segunda onda de contágios, a União Europeia enfrenta "desafios econômicos que nunca vistos em décadas, nem mesmo antes", disse a chanceler na segunda-feira (29), em um encontro com o presidente francês, Emmanuel Macron.

"As expectativas que pesam sobre nossos ombros são muito altas", reconheceu, temendo um novo impulso dos populistas pela falta de "solidariedade" entre os países europeus.

- Noites de insônia -

Diante da avalanche de problemas, o embaixador alemão na UE, Michael Clauss, reconheceu que está tendo noites de insônia: "É difícil dormir, porque acho que as expectativas são altas".

Outros comemoram que a Alemanha assuma esta presidência.

"Um país, cuja economia (ainda) é a mais forte da União, que enfrentou a pandemia melhor do que muitos outros (pelo menos até agora), e dirigido por um governo estável", em um continente em turbulência, resumiu ontem o jornal alemão especializado em economia "Handelsblatt".

No poder de forma ininterrupta há 15 anos, um recorde para um dirigente na Europa, a chanceler tem uma oportunidade única de fazer história e de apagar a imagem ruim deixada por sua ortodoxia orçamentária durante a crise da Grécia de 2011.

Na terça à noite, o começo da presidência foi marcado simbolicamente, pela projeção no mítico Portão de Brandeburgo de Berlim, do slogan "Todos juntos para relançar a Europa". A frase apareceu inscrita em vários idiomas.

A presidência alemã começará com uma cúpula de líderes europeus em 17 e 18 de julho em Bruxelas, decisiva para o futuro da Europa.

Os 27 vão tentar alcançar um acordo sobre o projeto de pacote de estímulo de 750 bilhões de euros contra o novo coronavírus - pela primeira vez, com fundos emprestados em comum pela União Europeia. Para isso, Angela Merkel aceitou quebrar um tabu político na Alemanha.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou a chanceler alemã, Angela Merkel, de "estúpida" durante conversas particulares, informou uma investigação realizada pelo jornalista Carl Bernstein da "CNN". O repórter ouviu por quatro meses fontes ligadas ao governo do republicano e autoridades dos serviços de Inteligência para entender a relação de Trump com líderes internacionais e descobriu diversos comportamentos inadequados do mandatário.

Segundo Bernstein, Merkel e a então premier britânica Theresa May eram as duas líderes mais vítimas das tentativas de intimidação de Trump. Para a alemã, inclusive, o presidente chegou a dizer que ela "estava nas mãos dos russos". A informação sobre o quanto as conversas eram "não usuais" para dois chefes políticos foi confirmada por membros do governo de Berlim, que se comprometiam a manter as conversas em segredo.

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Já May foi alvo de diversas posturas intimidatórias, especialmente durante o período mais crítico do "Brexit" - a saída do Reino Unido da União Europeia. "Ele se agitava com alguma coisa com Theresa, depois era desagradável com ela por telefone. Claramente, ele a intimidou e pretendia isso", disse uma das fontes ressaltando que, entre os insultos Trump a chamava de "fraca, cretina e medrosa".

Outro líder internacional que irritava o republicano era o presidente da França, Emmanuel Macron, pela constante tentativa do chefe do Eliseu de mudar as ideias de Trump sobre as mudanças climáticas e o acordo nuclear com o Irã - o republicano tirou os EUA de ambos os acordos.

Segundo Bernstein, Trump tentava submeter o líder francês a "palestras longas e egocêntricas" por telefone e se sentia "frustrado" porque Macron o ignorava em questões como o aumento de gastos financeiros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Merkel nunca disfarçou ter uma boa relação com Trump. Por diversas vezes, ela foi a voz que se opôs ao norte-americano em reuniões internacionais do G7 e do G20 e sempre manteve um relacionamento diplomático apenas com o chefe da Casa Branca - o oposto do que era visto com o antecessor Barack Obama.

Durante o governo de Theresa May, no entanto, as trocas de farpas eram públicas. Em uma postagem no Twitter, Trump chegou a chamar de "desastre" a gestão dela durante o Brexit. A recíproca veio através de um dos embaixadores britânicos nos EUA, Kim Darroch, que à época afirmou que o presidente e sua administração "eram ineptos e excepcionalmente disfuncionais".

Da Ansa

Angela Merkel recebe nesta segunda-feira (29) o presidente francês Emmanuel Macron, alguns dias antes da Alemanha assumir a presidência rotativa da União Europeia, confrontada, devido ao coronavírus, a uma crise sem precedentes que a chanceler quer enfrentar antes de deixar o poder.

O presidente francês, que prometeu "fortes respostas" no campo da ecologia, terá que superar o fracasso de seu partido nas eleições municipais do dia anterior, que foram vencidas pelos ambientalistas.

A partir de 1º de julho, Merkel terá muitos problemas pela frente: do "Green Deal" da Comissão Europeia ao Brexit, passando pela migração e as relações com a China e os Estados Unidos. 

Ela não assumia a presidência rotativa da UE desde 2007. A prioridade para os próximos seis meses será a pandemia de Covid-19 e a crise econômica.

"A pandemia de coronavírus alterou nosso mundo, assim como os planos da presidência alemã", resumiu a chanceler no final de maio.

"Queremos usar essa crise sem precedentes para avançar em mudanças sem precedentes na União Europeia", confirmou nesta segunda o chefe da diplomacia alemã, Heiko Maas, ao Conselho Europeu de Relações Exteriores.

"As primeiras reflexões, incluindo as nossas, foram bastante nacionais e nem sempre europeias", reconheceu Merkel, que agora pretende evitar "o perigo de que uma profunda lacuna continue a aumentar na Europa".

Ela deseja apostar na "solidariedade e ajuda mútua" entre os 27.

Uma mudança radical de postura, uma vez que a Alemanha foi intransigente com a Grécia quando este país esteve à beira da falência em 2011.

Merkel, até agora criticada por sua ortodoxia orçamentária e extrema prudência, poderia "usar essa presidência para moldar um legado", segundo um diplomata europeu. A chanceler, no poder há 15 anos, planeja deixar a chancelaria no final de 2021.

Frequentemente acusada de falta de coragem política, acaba de quebrar um tabu alemão sobre solidariedade financeira, propondo junto a Macron um pacote de estímulo europeu de € 500 bilhões.

Os dois líderes, que se reunirão no Castelo de Meseberg, norte de Berlim, propuseram que esse pacote fosse financiado pela emissão de dívida europeia mútua, para ser usado para subvenções aos países mais afetados pelo vírus.

Essa iniciativa franco-alemã abriu o caminho para o plano de 750 bilhões de euros da Comissão Europeia, ainda pendente de negociações na Europa. A presidência francesa quer um acordo orçamentário em julho.

"Um acordo sobre esse plano e o orçamento para os próximos sete anos será a prioridade absoluta de nossa presidência", confirmou Maas, convencido de que "a prosperidade da Europa nas próximas décadas depende disso".

Está em jogo o sucesso dessa presidência rotativa e até a evolução do bloco europeu.

E a UE tem outra questão pendente, as negociações pós-Brexit.

O Reino Unido deixou a UE em 31 de janeiro e agora está negociando com Bruxelas para tentar estabelecer uma relação comercial vantajosa com o bloco até o final do período de transição.

"Sou eu quem controla as contas" da Itália, disse o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, neste sábado (27), em alusão direta à chanceler alemã, Angela Merkel, em meio às negociações entre os parceiros da União Europeia (UE) sobre um megaplano para a reconstrução do bloco.

"As opiniões de Angela Merkel não mudaram, mas sou eu, junto com Gualtieri (ministro da Economia) e [setores respectivos nos] estados, que estamos controla mos as contas da Itália", declarou Conte, em entrevista coletiva.

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Merkel concedeu uma entrevista publicada hoje, por uma série de jornais europeus, convidando países com mais problemas, devido à crise do novo coronavírus, a usarem todos os instrumentos financeiros já em vigor.

Ao ser questionada sobre se a Itália deveria recorrer ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (MES), um fundo de alívio criado durante a crise do euro, Merkel disse: "Cabe à Itália decidir. Criamos os instrumentos, com o Banco Europeu de Investimento, as linhas de crédito de precaução do MES, ou o dispositivo de desemprego parcial SURE".

"Todos podem recorrer a esses instrumentos. Nós não os criamos para que não sejam utilizados", acrescentou a chanceler.

A Itália é o país europeu com as piores taxas de endividamento público. Seu Executivo não deseja recorrer a mecanismos de empréstimo que possam provocar uma queda na confiança dos investidores nos mercados.

"Estamos preparando um plano de recuperação para a Itália que apresentaremos em setembro", disse Conte nesta coletiva de imprensa dedicada ao próximo ano letivo.

A decisão de recorrer ao MES causa tensão na coalizão de governo, composta pelo Movimento 5 Estrelas (M5S, antissistema), que se opõe a essa opção, e pelo Partido Democrata (esquerda), que é favorável.

A chanceler Angela Merkel se nega a participar pessoalmente na reunião de cúpula do G7 nos Estados Unidos em junho, como propôs o presidente americano Donald Trump, devido à pandemia de coronavírus, confirmou neste sábado (30) à AFP um porta-voz do governo alemão.

"No momento, levando em consideração a situação geral da pandemia, ela não pode aceitar uma participação pessoal, uma viagem a Washington", declarou um porta-voz do governo alemão em Berlim, confirmando as informações antecipadas pelo site americano Politico.

"A chanceler federal agradece ao presidente Trump seu convite para a reunião de cúpula do G7", completou. Merkel, cientista de formação, é a primeira governante do G7 (Estados Unidos, Japão, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha e Itália) a recusar formalmente o convite.

A chanceler está mais exposta à Covid-19 devido a sua idade, 65 anos, a mesma do primeiro-ministro japonês Shinzo Abe. Estados Unidos, com mais de 100.000 mortos e 1,7 milhão de contágios, lideram a lista de países mais afetados pela doença no mundo.

Em um primeiro momento, a Casa Branca informou em março que desistia, devido à pandemia, de reunir pessoalmente os chefes de Estado e de Governo do G7 e pensava em uma reunião por videoconferência.

Mas na semana passada, Trump, 73 anos, anunciou que a reunião aconteceria em junho "essencialmente na Casa Branca", mas que alguns encontros poderiam ser organizados na residência presidencial de Camp David, no estado vizinho de Maryland.

O presidente americano, que pensa nas eleições presidenciais de 3 de novembro, deseja transformar a reunião de cúpula do G7 com os governantes presentes em um símbolo da normalização no país, com o objetivo de reativar uma economia abalada, algo que pode custar caro ao republicano nas eleições.

Na sexta-feira, a Casa Branca afirmou que Trump e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que passou alguns dias internado em consequência da covid-19, conversaram e concordaram com "a importância de reunir o G7 na presença dos governantes em breve".

As primeiras reações dos líderes do G7 à proposta de Trump foram bastante prudentes. O presidente francês, Emmanuel Macron, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmaram que estão dispostos a participar "caso as condições de saúde permitam". O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, destacou que era necessário examinar "as recomendações dos especialistas".

A Alemanha deu mais um passo nesta quarta-feira(6) em seu plano de desconfinamento, com a reabertura de todas as lojas e escolas e o retorno do futebol profissional em maio.

"Os dados mais recentes" sobre a evolução da pandemia do novo coronavírus "são muito satisfatórios", disse a chanceler Angela Merkel ao final de uma reunião com os governadores do país.

"Portanto, chegamos a um ponto em que podemos dizer que atingimos o objetivo de retardar a propagação do vírus", anunciou Merkel em entrevista coletiva.

A Alemanha planeja suspender quase todas as restrições impostas em meados de março para conter a disseminação de COVID-19, com a exceção do fechamento das fronteiras e da proibição de grandes eventos esportivos ou culturais com a presença de público.

- Luz verde para a Bundesliga -

No campo esportivo, o campeonato de futebol será retomado em meados de maio, embora os jogos sejam disputados sem a presença do público, o que vai permitir que os clubes recebam 300 milhões de euros em direitos de transmissão pela televisão.

A retomada da liga de futebol será precedida, no entanto, por uma semana de quarentena em um centro de treinamento, de acordo com o protocolo definido pela federação.

O plano também prevê a reabertura, a partir da próxima semana, de todas as lojas, incluindo aquelas com áreas superiores a 800 m2, que até agora permaneciam fechadas, e de todas as escolas.

Isso afeta escolas primárias e jardins de infância, que ainda não foram beneficiados pelas medidas de desconfinamento lançadas em 20 de abril.

No entanto, esses centros terão que adotar medidas preventivas.

Restaurantes e hotéis também vão poder abrir a partir da próxima semana, dependendo da região.

"Temos que estar cientes de que ainda estamos no início da pandemia e que ainda temos um longo caminho a percorrer para combater o vírus", afirmou Merkel.

Prevendo o risco de uma segunda onda de infecções, que os infectologistas consideram "possível", a Alemanha vai preparar um plano de reconfinamento, de maneira muito mais localizada, por regiões, cidades ou mesmo por estabelecimentos, se for um lar de idosos ou um edifício residencial.

As medidas locais de confinamento serão ativadas se o contágio exceder 50 casos por 100.000 habitantes em um período de sete dias em uma determinada área.

No entanto, até 5 de junho, a obrigação de respeitar a distância física de pelo menos 1,5 metro permanecerá em vigor.

A Alemanha também espera contar com a ajuda de um aplicativo de rastreamento que alertará os usuários que decidiram participar, pois não é obrigatório, que eles entraram em contato com uma pessoa infectada. Os dados serão armazenados nos telefones dos usuários e serão mantidos por três semanas.

O governo e as regiões também decidiram que o código-fonte do aplicativo será tornado público para tranquilizar os críticos.

- Asfixia -

Essa normalização acelerada na Alemanha também é resultado de uma pressão crescente da população, do setor econômico e das regiões sobre Angela Merkel, que durante várias semanas tentou interromper a abertura devido ao risco de um surto.

Depois de ser elogiada por sua administração da crise de saúde, que resultou em uma mortalidade muito menor do que a de outros países europeus, a chanceler vinha sendo fortemente pressionada para iniciar o desconfinamento desde o final de abril. Ela até foi acusada, por sua prudência, de sufocar a economia e de violar liberdades individuais.

"Cada semana de paralisação custa à economia alemã centenas de milhões de euros", alertou o presidente da federação industrial BDI, Dieter Kempf.

Manifestações começaram a se espalhar por todo o país.

Um novo movimento, o "Resistência2000", garante que obteve mais de 100.000 adeptos em poucas semanas e já anunciou que planeja apresentar candidatos para as eleições no próximo ano.

Até agora elogiada por sua resposta à epidemia do novo coronavírus, a chanceler alemã, Angela Merkel, começa a criticada pela opinião pública de seu país, que deseja uma flexibilização das medidas drásticas adotadas na crise de saúde.

A chanceler defende um "desconfinamento" progressivo e critica a falta de paciência da população, que sofre restrições há um mês e meio e teme as consequências econômicas das medidas.

Até o momento, a estratégia adotada pela Alemanha permite ao país registra uma taxa de letalidade inferior a de seus principais vizinhos, o que garantiu a Merkel o apoio de grande parte da opinião pública.

A situação provocou um aumento expressivo da popularidade da chanceler, que há poucos meses era considerada uma política com prazo de validade. Seu movimento conservador CDU/CSU ganhou 10 pontos em dois meses nas pesquisas e atingiu 38% das intenções de voto.

- Críticas -

O clima político está mudando, porém, e as críticas surgem agora dentro de seu próprio partido, a União Democrata-Cristã.

O presidente da Câmara dos Deputados, Wolfgang Schäuble, uma figura política muito respeitada, advertiu contra restrições prolongadas dos direitos fundamentais dos cidadãos.

"Quando escuto que qualquer outra consideração deve ceder à proteção da vida, acredito que este absolutismo não é justificado", afirmou no fim de semana ao jornal Tagesspiegel.

Outro líder do partido CDU, Armin Laschet, candidato à sucessão de Angela Merkel e presidente da poderosa região da Renânia do Norte-Westfália, iniciou um debate com a chanceler e defende o fim acelerado do confinamento.

"Claro que se trata de um assunto de vida ou morte", declarou ao canal ARD, mas "também devem ser considerados os danos que o confinamento provoca, por exemplo, nas crianças que estão trancadas em suas casas há seis semanas".

Laschet criticou as previsões pessimistas, em sua opinião, dos virologistas que são ouvidos pela chanceler - que tem formação científica - e destacou que, em sua região, "40% dos leitos de UTI estão vazios".

O jornal Bild, o mais lido da Alemanha, intensificou as críticas na edição desta segunda-feira e em um editorial pediu à chanceler o "fim de sua teimosia".

- Extrema direita -

Até agora discreta, a oposição também começou as críticas. O presidente do partido liberal FDP, Christian Lindner, acaba de decretar "o fim da grande unidade" nacional sobre o coronavírus.

O FDP está preocupado com o impacto econômico nas pequenas e médias empresas. Também critica as restrições às liberdades individuais impostas pelas autoridades. Esta opinião é repetida por vários movimentos extremistas.

No sábado em Berlim, quase mil pessoas da extrema-esquerda, mas também da direita identitária, reuniram-se para defender a "resistência democrática" ante um Estado autoritário sob o pretexto do confinamento.

Mais de 100 pessoas foram detidas, e uma nova manifestação foi convocada para 1º de maio.

A extrema direita, principal força de oposição na Câmara dos Deputados, também expressou críticas.

"O confinamento generalizado poderia ter sido evitado, e agora não conseguimos sair dele com êxito", afirmou um dos líderes do partido Alternativa para Alemanha (AfD) Sebastian Münzenmaier.

"Todas as lojas deveriam ser reabertas. A população deve ter sua liberdade devolvida", completou.

A AfD não consegue mais aproveitar o tema imigração, assunto relegado a segundo plano na crise atual, mas seu momento pode chegar.

"O partido pode aproveitar as consequências a longo prazo da pandemia, com um exasperado coquetel de recessão, aumento do desemprego e falências de pequenas empresas", alertou a revista Die Zeit.

A direita conservadora da chanceler Angela Merkel, impopular e criticada pelos ecologistas há poucas semanas, retoma forças em plena pandemia de coronavírus, graças à boa gestão da crise, elogiada pelos alemães.

Até o mês passado, os conservadores da Alemanha enfrentavam uma crise interna sem precedentes, provocada por divergências sobre a postura a adotar diante da extrema-direita.

Agora, os conservadores dominam as pesquisas de intenção de voto com 35%.

O Partido Democrata-Cristão (CDU) da chanceler subiu 7 pontos no termômetro político do canal ZDF publicado esta semana.

Apesar da propagação da pandemia, com quase 4.000 novos casos oficialmente declarados a cada dia, a Alemanha parece menos afetada que alguns vizinhos europeus, com um número de mortes consideravelmente inferior.

- Discrição na crise -

A chanceler, no poder há 14 anos, está na linha de frente. Merkel, que sempre optou pela discrição nos momentos de crise, a ponto de ser acusada de inércia, aumentou o número de entrevistas coletivas e explica detalhadamente as medidas de confinamento.

E ela também fez um discurso à nação, algo inédito, que foi acompanhado por milhões de telespectadores.

Merkel também foi vista em um supermercado de Berlim enquanto empurrava o carrinho de compras, com garrafas de vinho e um pacote de papel higiênico.

A chanceler também conquistou a simpatia dos compatriotas ao anunciar que entraria em quarentena depois que teve contato com um médico que apresentou resultado positivo para o novo coronavírus.

Desde então, aos 65 anos, ela segue administrando o país por videoconferência. Recentemente, admitiu em uma gravação que era difícil lidar com o confinamento, assim como com a falta de contato com ministros e conselheiros.

"Infelizmente, o número diário de novas infecções não nos permite baixar a guarda e abrir mão de respeitar as regras", advertiu neste sábado, em seu podcast semanal.

A crise pode, inclusive, mudar a disputa pela sucessão de Merkel em 2021.

Inicialmente prevista para 25 de abril, a eleição do novo líder conservador e futuro candidato à chancelaria foi adiada por tempo indeterminado.

O grande rival da chanceler centrista, Friedrich Merz, que defende uma guinada à direita do partido, está em baixa: sua posição extremamente liberal na economia não é adequada à demanda dos alemães por apoio do Estado.

Seu adversário, o moderado Armin Laschet, dirigente regional próximo a Merkel e apoiado pelo popular ministro da Saúde, Jens Spahn, tem um perfil mais unificador.

Mas é o dirigente bávaro Markus Söder que emerge como grande figura na crise.

Söder, que governa uma região afetada em cheio pela Covid-19, se tornou a personalidade mais popular depois de Merkel. Os alemães celebram a rapidez com a qual a Baviera adotou medidas de confinamento.

Os Verdes, na oposição, estão abaixo dos 20% das intenções de voto no momento. Mas a grande derrotada é a extrema-direita e o partido Alternativa para Alemanha (AfD).

O AfD registra atualmente menos de 10% das intenções de voto.

Como consequência da pandemia de Covid-19, "há um retorno a virtudes bastante alheias ao AfD: solidariedade, confiabilidade, prudência, confiança no poder e no espírito das luzes", analisa um editorial da revista Der Spiegel, que teme, no entanto, o fim deste cenário em caso de crise econômica e social.

A chanceler Angela Merkel esteve em contato com um médico que testou positivo para o coronavírus na sexta-feira e "decidiu se colocar em quarentena" em sua casa, anunciou o porta-voz do governo alemão neste domingo.

A chanceler foi "informada de que o médico que havia lhe aplicado uma vacina contra infecções pneumocócicas na tarde de sexta-feira deu positivo", informou seu porta-voz, Steffen Seibert, através de comunicado. A chanceler "vai se submeter a um teste nos próximos dias" para descobrir se está infectada, escreveu Seibert.

Merkel, 65 anos, "continuará suas atividades oficiais durante a quarentena em sua casa" em Berlim, acresecentou o porta-voz. Pouco antes de seu isolamento ser anunciado, Merkel apresentou novas medidas para conter a pandemia de coronavírus no país. 

A chefe de governo anunciou, por exemplo, que as reuniões de mais de duas pessoas eram proibidas, bem como o fechamento de todos os restaurantes. A Alemanha registrou até domingo 18.610 casos e 55 mortes, segundo o Instituto Robert Koch, encarregado da vigilância epidemiológica.

A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou nesta quarta-feira (11) que não acredita que fechar as fronteiras para evitar a disseminação do novo coronavírus (Sars-CoV-2) seja uma maneira "adequada" de reagir.

A resposta foi dada a um jornalista que questionou a líder do governo alemã sobre a atitude do governo da Áustria, que fechou sua fronteira com a Itália e que, segundo fontes, reintroduziu o controle nas fronteiras. "A Europa não deve se isolar, mas sim se coordenar. Nenhum sistema de saúde deve viver uma situação de emergência", destacou ainda, ressaltando que por conta dessa situação "extraordinária" será preciso rever o orçamento nacional.

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"Faremos tudo que será necessário e tudo o que pudermos para sair dessa situação. Depois, vamos ver qual o impacto que isso terá em nosso orçamento", disse ressaltando que a principal preocupação do governo é controlar a epidemia. Merkel ainda reafirmou que acredita que cerca de 70% da população alemã poderá ser infectada com o novo vírus, usando como base dados apresentados por especialistas do país.

Ao ser questionada sobre a epidemia que atinge a Itália, onde o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, colocou toda a nação sob quarentena, a líder alemã ressaltou que seu governo está estudando formas de ajudar Roma. "Nós falaremos com os colegas italianos para entender o que podemos fazer. Faremos aquilo que será possível e o que podemos responder. Nós ajudaremos como se faz entre amigos", pontuou.

Segundo Merkel, esse não é momento de questionar o uso do dinheiro público italiano com a saúde. "Nós não podemos dizer para a Itália que, nesta situação, eles não devam investir em seu sistema de saúde. É claro que as despesas sobre isso devem ter procedência, mas a situação é extraordinária. E há flexibilidade para isso no pacto financeiro", ressaltou.

A disseminação do coronavírus na Alemanha já atingiu 1.629 pessoas, com três mortes confirmadas. Já a Itália contabiliza 10.149 casos, com 631 mortes.

Da Ansa

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, anunciou nesta terça-feira (10) que receberá no próximo 17 de março, em Istambul, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron, para tratar da situação dos migrantes e da crise na Síria.

"Vamos nos reunir em Istambul na semana que vem, terça-feira [17 de março]", disse Erdogan, segundo a agência pública de notícias Anadolu, acrescentando que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, também poderá participar do encontro.

Ainda conforme Erdogan, a ideia inicial era ter realizado a cúpula esta semana, o que não foi possível pelas eleições municipais na França.

Há duas semanas, a Turquia anunciou a abertura de suas fronteiras para permitir a passagem de milhares de migrantes que seguem para o Velho Continente. A medida faz as lideranças europeias temerem uma crise migratória como a de 2015.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, classificou nesta quinta-feira(20) o massacre de Hanau, que deixou ao menos 11 mortos, incluindo o agressor e sua mãe, como "um crime arrepiante" provocado pelo ódio, xenofobia e racismo.

"O racismo é um veneno, o ódio é um veneno que existe em nossa sociedade", afirmou a política ao comentar o ataque, que é investigado como um ato terrorista. "É um dia muito triste para a Alemanha", acrescentou.

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O crime também foi comentado pelo alto representante da União Europeia (UE), Joseph Borrell. "A melhor maneira de expressar solidariedade com famílias e vítimas dos terríveis tiroteios em Hanau é agir contra o ódio, o racismo e a violência, dentro e fora da UE", escreveu. 

Da Ansa

O presidente da França, Emmanuel Macron, tentará dissipar no sábado (15) "possíveis mal-entendidos" sobre sua política de defesa em uma conferência de segurança em Munique, diante de uma audiência alemã que suspeita de que Paris esteja promovendo a Europa para servir a seus interesses.

É a primeira vez que o atual chefe de Estado francês participa dessa reunião global anual sobre questões de segurança. O último presidente francês a participar foi Nicolas Sarkozy, em 2009.

Macron participará da conferência em um contexto complexo. A Europa atravessa uma crise sobre o Brexit e a saída de uma de suas duas potências militares junto com a França, o relançamento da corrida armamentista, assim como o desinteresse dos Estados Unidos pela Europa e por sua defesa.

Desde o início do ano, o presidente está envolvido em eliminar "mal-entendidos, esclarecer mensagens sobre questões de segurança europeia, defesa e política externa", afirmou a Presidência francesa.

Isso é particularmente importante após a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e suas declarações sobre uma "morte cerebral" da aliança militar.

Nesse contexto, Macron - cujo país agora se torna o único na União Europeia dotado de arma atômica - enviou um sinal tímido na direção da Alemanha, durante um discurso na Escola Militar de Paris.

- "Diálogo estratégico" -

Nesse discurso, Macron propôs a seus colegas europeus "um diálogo estratégico" sobre "o papel da dissuasão nuclear francesa" na segurança coletiva da Europa.

Isso pode incluir exercícios conjuntos de dissuasão, conforme sugerido, ou o uso de bases europeias pelas forças estratégicas francesas.

O gesto foi interpretado como uma mensagem endereçada especialmente à Alemanha, país que conta desde o final da Segunda Guerra Mundial com a proteção do "guarda-chuva nuclear" dos Estados Unidos.

Johann Wadepul, vice-presidente do grupo parlamentar da CDU, o partido conservador da chanceler Angela Merkel, agradeceu a Macron pela abertura e disse que "a Alemanha agora deve dar uma resposta". Também apontou, porém, que ainda há "áreas cinzentas" e "perguntas" em Berlim.

"Macron sempre nos convidou a pensar na Europa. Mas não podemos apenas europeizar o que é importante para os alemães", afirmou.

Como exemplo, citou o orçamento da zona do euro defendido pelo presidente francês. "Também devemos europeizar o que é importante para os franceses", afirmou.

"E este é o caso da força de ataque francesa", acrescentou Wadepul, que recentemente considerou que Paris deveria compartilhar seus mísseis atômicos com seus parceiros, colocando-os sob o controle da UE, ou da Otan.

Essa opção já foi descartada pela França.

Em contrapartida, a França não esconde sua decepção com o compromisso militar excessivamente tímido da Alemanha em conflitos como o do Sahel.

Embora o relacionamento entre Macron e Merkel pareça ter se degradado nos últimos meses, Paris conta com a atual ministra da Defesa, Annegret Kramp-Karrenbauer, a favor de um maior envolvimento militar de seu país.

Kramp-Karrenbauer, conhecida como "AKK", está politicamente fora da corrida, porém, já tendo anunciado seu desejo de deixar a presidência da CDU e de não ser a sucessora de Merkel.

A renúncia de Annegret Kramp-Karrenbauer, líder da União Democrática Cristã (CDU), para concorrer à Chancelaria da Alemanha, abriu caminho para sua sucessão, na qual quatro homens se destacam por enquanto.

- Friedrich Merz

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Advogado de 64 anos, antigo inimigo da chanceler Angela Merkel, que o relegou na década de 1990, Friedrich Merz foi derrotado por Kramp-Karrenbauer, apelidada de AKK por suas iniciais, na disputa pela liderança do partido em 2018.

Merz é a favor de uma guinada do partido à direita para recuperar os eleitores conservadores que passaram a votar no partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD).

Se chegar à liderança da CDU, Merz pressionará Merkel a deixar o poder de forma antecipada.

- Armin Laschet

Político de 58 anos, governa a região da Renânia do Norte-Vestfália, onde fica a federação mais importante da CDU.

Próximo de Merkel, Laschet mantém boas relações com os setores mais conservadores do partido na luta contra gangues criminosas.

Também está em boa sintonia com o Partido Social Democrata (PSD), parceiro de Merkel no governo.

"Armin Laschett deve lutar pela presidência, se ele não quiser ser um tigre de papel", disse o vice-presidente do Parlamento, o socialdemocrata Thomas Oppermann, nesta segunda-feira.

- Jens Spahn

O jovem e ambicioso ministro da Saúde, cujo trabalho tem sido altamente elogiado, está na ala direita do partido e no campo anti-Merkel. Em 2015, quando a chanceler ainda era todo-poderosa, não hesitou em criticá-la por sua política migratória.

Sua idade, 39 anos, e sua homossexualidade publicamente assumida podem, no entanto, custar-lhe votos em um partido muito conservador sobre questões ligadas a valores e comportamento.

- Markus Söder

Presidente por pouco mais de um ano da União Social Cristã (CSU), o partido da Baviera aliado à CDU, Markus Soder faz parte dos candidatos à sucessão de Merkel em 2021.

Soder, de 53 anos, defensor dos valores cristãos tradicionais, tentou nos últimos meses moderar sua imagem, insistindo na defesa do meio ambiente.

Foi um dos primeiros líderes de peso a condenar categoricamente a eleição de um líder liberal na região da Turíngia (leste) com o apoio da CDE e da extrema direita.

Os rostos com hematomas e inchados da chanceler alemã Angela Merkel e da ex-primeira-dama americana Michelle Obama ilustram cartazes de uma campanha que denuncia a violência contra as mulheres na Itália.

As montagens criadas pelo artista italiano AleXsandro Palombo estão espalhadas pelas ruas de Milão e são acompanhadas do título "Só porque sou uma mulher".

Também ilustram a campanha os rostos da primeira-dama francesa, Brigitte Macron, a ex-candidata à Presidência dos Estados Unidos Hillary Clinton e a congressista democrata americana Alexandria Ocasio-Cortez, todas "desfiguradas" digitalmente.

Outras líderes mundiais como a birmanesa Aung San Suu Kyi e a indiana Sonia Gandhi, principal líder da oposição na Índia, foram incluídas na ação.

"Queria ilustrar o drama que afeta milhões de mulheres em todo o mundo ... denuncie, desperte a consciência e obtenha uma resposta real de instituições e políticas", informou o artista através de um comunicado.

Em cada cartaz, abaixo da imagem dos rostos agredidos, há um texto sobre a situação de milhares de mulheres em todo o mundo, de todos os níveis sociais e de todas religiões.

"Sou vítima de violência doméstica, recebo salário menor que os outros, sofri mutilações, não tenho o direito de me vestir como quero, não posso escolher com quem me casar, fui estuprada", diz o texto da campanha.

Para AleXsandro Palombo, 45, conhecido por suas obras coloridas e irreverentes, a arte é um meio de aumentar a conscientização e provocar reflexões sobre importantes questões sociais e culturais.

Entre seus trabalhos mais conhecidos estão "Princesas da Disney com deficiência" ou "Os Simpsons vão para Auschwitz".

O presidente Jair Bolsonaro recebeu na tarde de hoje (30) um telefonema da chanceler alemã, Angela Merkel para tratar da doação de recursos internacionais para o combate às queimadas e preservação das florestas da Amazônia. No Twitter, o presidente disse que a conversa foi bastante produtiva e que a chanceler reafirmou a soberania brasileira na região amazônica. Bolsonaro disse ainda que a pedido do governo alemão, o Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE) foi mobilizado para avaliar a situação das queimadas na América do Sul.

Hoje tive uma conversa bastante produtiva com a Chanceler Ângela Merkel, a qual reafirmou a soberania brasileira na nossa região amazônica. A pedido do Governo Alemão, o Serviço Europeu de Ação Externa foi mobilizado para avaliar a situação das queimadas na América do Sul.

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O presidente disse ainda que, de acordo com o SEAE, a área com queimadas no Brasil teve um decréscimo entre janeiro e agosto de 2019, levando-se em conta o mesmo período de 2018.

Em nota, a Secretaria Especial de Comunicação (Secom) disse que a conversa entre os dois líderes foi franca e cordial e que o presidente agradeceu "o esforço dos países em colaborar com Brasil, na missão de combater as queimadas sazonais que ora afetam a Amazônia Legal."

No telefonema, Bolsonaro atualizou Merkel sobre os esforços despendidos pelo governo para acabar com as queimadas na floresta até o momento. O presidente também reafirmou a posição brasileira de não cogitar qualquer discussão quanto à soberania da Amazônia e também sobre a utilização de "eventuais recursos e apoios que possam ser concedidos ao Brasil".

De acordo com a nota, Bolsonaro disse ainda que a sua postura em relação ao presidente da França, Emmanuel Macron, "tem caráter pessoal em face dos ataques perpetrados por aquele Chefe de Estado contra a sua pessoa e contra o nosso País".

Ajuda

Na segunda-feira, os integrantes do G7, grupo formado pelas nações mais industrializadas do mundo, que inclui a Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, concordaram em liberar US$ 20 milhões (cerca de R$ 83 milhões) para ajudar a conter as queimadas, sendo a maior parte do dinheiro para o envio de aeronaves de combate a incêndios.

O Brasil, entretanto, ainda não confirmou se vai aceitar a ajuda. O anúncio da liberação dos recursos foi feito pelo presidente da França, Emmanuel Macron. Na ocasião, Macron declarou que os incêndios na Amazônia são uma emergência global e disse que pode não ratificar o acordo de livre-comércio entre Mercosul e União Europeia e acusou o presidente brasileiro de mentir sobre o seu real comprometimento com a preservação ambiental. O presidente francês também levantou a possibilidade de construir um novo direito internacional para o meio ambiente e estabelecer um status internacional para a Amazônia.

 

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