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As autoridades locais informaram nesta segunda-feira (08) um ataque de urso contra uma turista francesa. Ela sofreu feridas leves após o urso polar invadir um acampamento no arquipélago norueguês de Svalbard, no Ártico.

A mulher fazia parte de uma expedição com 25 pessoas alojadas em barracas no oeste do território localizado a aproximadamente 1.000 quilômetros do Polo Norte.

"Um urso entrou em um acampamento esta manhã por volta das 06h30 GMT (03h30 de Brasília) e feriu uma francesa no braço", declarou à AFP o chefe da polícia local, Stein Olav Bredli. "Sua vida não está em perigo", acrescentou.

A turista foi resgatada de helicóptero para o hospital de Longyearbyen, a principal cidade do arquipélago.

"Houve disparos contra o urso polar, que se assustou e abandou o lugar", disse Bredli.

O animal ferido foi localizado posteriormente pelas autoridades e foi sacrificado devido à magnitude de suas feridas.

Um urso macho pode pesar entre 300 e 600 quilos, enquanto a fêmea pesa a metade disso. Para estar preparado para um eventual encontro com os ursos, em Svalbard é obrigatório levar um rifle ao sair das comunidades urbanas.

De acordo com uma contagem de 2015, no setor norueguês do Ártico vivem aproximadamente 1.000 ursos polares, uma espécie protegida desde 1973.

Cerca de 300 vivem o ano todo no arquipélago e alguns se mudaram para a parte ocidental do território, onde também há concentração de humanos. Eles haviam desaparecido da região quando a caça ainda era permitida.

Desde 1971 foram registrados seis ataques mortais de ursos. O último, em que morreu um holandês de 38 anos, foi em 2020.

Segundo os especialistas, o derretimento das geleiras devido ao aquecimento global está privando os ursos polares de seu locais de caça favoritos, onde se alimentam de focas, e está os aproximando de áreas habitadas por humanos, em busca de alimento.

O Papa Francisco chegou nesta sexta-feira a Nunavut, no Ártico canadense, escala final de sua viagem para pedir perdão pelos abusos contra crianças indígenas ocorridos em internatos da Igreja Católica.

O pontífice, 85, viajou ao vasto território da capital de Nunavut, Iqaluit, que significa "lugar de muitos peixes". Ali, reuniu-se pela primeira vez com sobreviventes de internatos que abrigavam crianças indígenas retiradas de seus pais e obrigadas a abandonar seu idioma e cultura nativos.

Os moradores de Iqaluit, onde pequenas casas se alinham na costa rochosa do oceano, ouviram atentamente as palavras do Papa. "Ele tomou a iniciativa de vir a Nunavut e se desculpar, acho que isso é uma grande coisa", disse à AFP Evie Kunuk, 47, que vivie em Iqaluit, comunidade de pouco mais de 7 mil habitantes. "Esta visita é importante para Iqaluit, porque muitas pessoas daqui foram para os internatos."

"Esta visita está criando um rebuliço", comentou Steve Philippe, 52, morador de Quebec, que viajou até Iqaluit para ver o pontífice e estava entre a multidão que aguardava a sua aparição. A recepção foi "um pouco morna. Talvez as expectativas fossem muito altas, mas acredito que seja um passo na direção correta."

- 'Deveriam estar fazendo mais' -

Desde o fim do século XIX até a década de 1990, o governo do Canadá enviou de maneira forçada cerca de 150 mil crianças indígenas a internatos sob responsabilidade da Igreja Católica. Muitas sofreram abusos físicos e sexuais e acredita-se que milhares morreram de desnutrição, doenças, maus tratos e negligência.

Ao iniciar sua visita ao Canadá na última segunda-feira, o Papa pediu publicamente desculpas pelos abusos. Muitos sobreviventes disseram que esse pedido de perdão foi alentador, mas para outros foi apenas o começo de um processo de cura e reconciliação.

"Deveriam estar fazendo mais com orientação, centros de bem-estar, de recuperação", disse a moradora de Iqaluit, Israel Mablick, de 43 anos e sobrevivente de uma dessas escolas.

Outros afirmaram que o Papa não mencionou expressamente os abusos sexuais contra crianças das Primeiras Nações, inuits e métis e em Iqaluit vários advertiram o mesmo.

Francisco não "reconheceu o papel institucional da Igreja Católica Romana na proteção dos abusadores", disse Kilikvak Kabloona, diretora de uma organização inuit em Nunavut.

"Essa proteção permite que cresça a violência sexual e esperamos uma desculpa pelos abusos sexuais", disse.

Espera-se também que seja solicitado ao papa que se ocupe do caso do sacerdote fugitivo francês Johannes Rivoire, de 93 anos, acusado de abusar de crianças inuits em Nunavut, antes de ir para a França.

Este ano, a polícia do Canadá emitiu uma nova ordem de prisão contra ele e uma delegação da comunidade inuit pediu a Francisco que intervenha. "O Papa é o líder da Igreja Católica e pode pedir que Rivoire responda às acusações", disse Kasbloona.

O líder espiritual de 1,3 bilhões de fiéis começou na segunda-feira sua viagem de seis dias no oeste do Canadá, locomovendo-se principalmente de cadeira de rodas, devido a problemas em seu joelho direito.

No começo desta sexta-feira, o Papa discursou na cidade de Quebec para uma delegação de povos indígenas, a quem disse que voltaria "para casa muito enriquecido". "Também me sinto parte de vossa família."

De acordo com os dados coletados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), subdivisão da Organização das Nações Unidas (ONU), uma cidade russa conhecida como Verkhoyansk teve temperatura recorde registrada: 38°C. Vale lembrar que este número não condiz com a temperatura média da região ártica, já que geralmente o verão proporciona uma temperatura que não passa dos 10°C.

Tal fator parece ser, segundo especialistas, mais um reflexo das mudanças climáticas que já têm mostrado consequências em diversos ecossistemas, assim como incêndios que devastam plantações, além de perda de alta quantidade de gelo marinho. Fatores como este foram recorrentes em 2020, um dos três anos mais quentes já registrados por órgãos internacionais.

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A região ártica é caracterizada por ser um local no extremo norte do planeta, que junto com o Oceano Ártico e o Polo Norte formam o Círculo Polar Ártico. Esta mesma região ainda é a fronteira de alguns países localizados no norte da Ásia, como por exemplo, cidades pertencentes à Rússia. Além deste, a região no topo do planeta também corta algumas regiões do Canadá, Groelândia, Finlândia e Noruega.

 

 

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, pediu nesta terça-feira (18) na Islândia que se "evite uma militarização" do Ártico - em uma clara advertência à Rússia, cujas autoridades defenderam, ontem (17), suas atividades militares nesta região estratégica.

"Estamos preocupados, no aumento, com algumas atividades militares no Ártico, que aumentam os riscos de acidentes e minam o objetivo comum de um futuro pacífico e duradouro para a região", disse Blinken à imprensa, às vésperas de uma reunião do Conselho do Ártico.

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, estará presente no evento.

Blinken pediu que se "evite declarações" como as de Lavrov na segunda-feira, e destacou sua "esperança" de que a cúpula do Ártico nestas quarta e quinta-feiras (19 e 20) "fortaleça a cooperação pacífica na região".

"Nossa esperança é que esse tipo de cooperação continue e que o Ártico continue sendo uma região de cooperação pacífica", afirmou Blinken.

"Devemos avançar, todos nós, incluindo a Rússia, com base nas normas e nos compromissos que cada um de nós assumiu, e evitar declarações que os enfraquecem", acrescentou ele, respondendo a uma pergunta sobre as declarações de Lavrov sobre o Ártico.

Ontem, o chanceler russo havia declarado que o Ártico é uma zona de influência da Rússia e advertiu o Ocidente contra suas ambições na região.

"Está claro para todos, há muito tempo, que esta é nossa terra, nosso território. Respondemos pela segurança do nosso litoral, e tudo o que fazemos ali é perfeitamente legal e legítimo", disse Lavrov, em entrevista coletiva, na qual denunciou, sobretudo, os desvios ofensivos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da Noruega no Ártico.

"Quando a Otan tenta justificar sua ofensiva no Ártico, não é a mesma situação, e temos perguntas para os nossos vizinhos, como a Noruega, que tentam justificar a chegada da Aliança ao Ártico", afirmou, insistindo em que o Grande Norte são "nossas terras e nossas águas".

Na mesma entrevista, Lavrov defendeu ainda a reativação das reuniões periódicas entre os chefes de Estado-Maior dos países-membros do Conselho para "reduzir os riscos no plano militar".

Antony Blinken criticou a Rússia, por sua vez, por suas "reivindicações marítimas ilegítimas, em particular em relação às regras para a navegação de navios estrangeiros na rota norte", frente à costa ártica russa.

Estas regras "não são compatíveis com o direito internacional, e isso é algo a que respondemos e continuaremos a fazê-lo", completou o secretário de Estado dos EUA.

Uma avalanche em uma estação de esqui no Ártico russo, em Norilsk, deixou três mortos, membros de uma mesma família, e um ferido, informaram as autoridades.

"Os corpos de uma mulher de 38 anos, de seu filho de um ano e meio e de seu marido de 45 anos foram encontrados", informou em um comunicado o Comitê de Investigação, responsável pelas principais investigações criminais na Rússia.

O órgão acrescentou que um jovem de 14 anos "com ferimentos graves" foi encontrado vivo, na neve, e levado ao hospital.

Sofrendo queimaduras de gelo e hipotermia, ele foi internado em terapia intensiva segundo o Ministério da Saúde local, citado pela agência de notícias TASS.

A tragédia aconteceu às 00h30 (16h30 de sexta-feira no horário de Brasília), em uma estação de esqui a nordeste de Norilsk, uma cidade industrial com condições climáticas extremas localizada acima do Círculo Polar, a 2.900 quilômetros de Moscou.

Quatro edifícios foram enterrados na neve, de acordo com o Comitê de Investigação.

Um socorristas voluntário disse que apenas uma família de quatro pessoas - a do responsável pelos teleféricos - estava de férias no local.

"Passamos por uma nevasca muito violenta, então havia poucas pessoas na estação hoje", disse o voluntário no canal Rossiïa-24.

No início da tarde, os serviços de resgate locais informaram que a operação de resgate havia terminado.

Um total de 242 socorristas e 29 dispositivos foram implantados no local, de acordo com as autoridades.

Um vídeo divulgado pelo Ministério de Situações de Emergência mostra equipes de resgate removendo a neve de um prédio totalmente coberto pela avalanche.

Um dia de luto foi decretado no domingo em Norilsk e uma investigação foi aberta.

A superfície de gelo do Ártico registrou sua menor extensão para um mês de outubro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Instituto meteorológico dinamarquês DMI.

"A superfície do gelo ártico é a menor já registrada para a temporada", disse à AFP Rasmus Tonboe, especialista do DMI.

Segundo dados de satélite preliminares, sua superfície era de 6,5 milhões de km² em 27 de outubro.

"O crescimento do gelo está mais lento que o normal", acrescentou o cientista, que fala de um mês de outubro "recorde" desde o início das medições de satélite em 1979. Para os meses de outubro, a camada glacial reduziu 8,2% em uma década.

A razão é um mar mais quente que o normal, o que impede a formação de gelo com temperaturas acima do normal de 2 a 4 graus na parte oriental do Ártico no norte da Sibéria, e de 1 a 2 graus a mais na baía de Baffin, entre Groenlândia e Canadá, segundo os dados apresentados pelo DMI em um comunicado.

Já em setembro o tamanho da superfície foi o segundo menor já registrado, depois do de 2012, com 4,2 milhões de km² em 8 de setembro.

Desde os anos 1990, o aquacimento é duas vezes mais rápido no Polo norte do que em outras partes do planeta. Ar, gelo e água interagem em um ciclo vicioso de aquecimento.

A superfície é o gelo que se forma sobre a água. Todos os anos, uma parte se derrete no verão, alcança então 5 milhões de km² e se recupera normalmente no inverno, para alcançar cerca de 15 milhões de km². Mas, com o aquecimento global, se derrete cada vez mais no verão e sua superfície também se reduz no inverno.

Os satélites observam com muita precisão essas superfícies desde 1979 e a tendência à redução é clara.

Para Tonboe, o mês de outubro estabeleceu um "recorde" nunca superado em 41 anos. "É uma tendência que constatamos nos útimos anos com uma temporada maior de água livre, o que faz com que o sol aqueça o mar por mais tempo, o que causa invernos mais curtos e o gelo não cresce tanto quanto antes", resume Tonboe.

Em setembro, o tamanho da superfície registrou um nível muito baixo com sua segunda menor superfície já registrada, depois de 2012. Em 8 de setembro, media 4,2 milhões de km, segundo o pesquisador.

Os integrantes da maior expedição científica da história no Ártico se prepararam para tudo, inclusive para ataques de ursos polares. Mas não para uma pandemia que ameaçaria a continuidade da missão.

Com dois meses de atraso, os cientistas da equipe internacional, responsáveis durante mais de um ano por estudar as consequências da mudança climática no Polo Norte, devem finalmente ser substituídos nos próximos dias.

De retorno ao Polo Norte, onde navegou entre os icebergs durante o inverno, o quebra-gelo "Polarstern", do instituto alemão Alfred-Wegener de Bremerhaven, chegará em breve às costas do arquipélago norueguês de Svalbard.

Quase 100 pesquisadores devem desembarcar, depois de passarem três meses no Polo, para dar lugar a outra centena de colegas, incluindo o comandante da missão, Markus Rex, transportados a bordo de barcos de pesquisa de Bremerhaven.

Este climatologista e físico, que já ficou de setembro a janeiro a bordo do "Polarstern", havia elaborado com sua equipe mais de dez cenários de casos imprevistos durante os 390 dias da expedição.

"Tivemos que implementar um novo plano muito rapidamente, após o surgimento da pandemia", disse ele por telefone à AFP, direto de Spitzberg, a principal ilha de Svalbard.

A expedição, batizada MOSAIC e que zarpou em setembro da Noruega, tem por objetivo estudar, ao mesmo tempo, a atmosfera, o oceano, o mar de gelos e o ecossistema para receber dados que avaliem o impacto da mudança climática na região e no mundo.

Durante 390 dias, quase 600 especialistas e cientistas trabalham em rodízio no navio, que segue pela deriva polar, a corrente oceânica que vai do leste ao oeste no Oceano Ártico.

No fim de fevereiro, a embarcação estava a 156 quilômetros do polo. Nunca um navio chegou tão ao norte no inverno.

Inicialmente, a nova equipe, com integrantes de mais de dez países, deveria chegar no início de abril ao "Polarstern", em uma viagem de avião a partir de Svalbard. Mas o fechamento das fronteiras provocou o cancelamento dos voos.

Finalmente, após vários obstáculos, os líderes da missão decidiram transportar os cientistas, assim como os mantimentos e combustíveis, de barco até Spitzberg.

O "Polarstern" interrompeu a missão há algumas semanas para buscar a nova equipe.

"A segunda grande dificuldade que tivemos foi garantir que o vírus não se propague entre os membros da expedição", afirmou Markus Rex.

- Quarentena estrita -

Para assegurar o objetivo, uma quarentena estrita de mais de 14 dias foi determinada à nova equipe em dois hotéis de Bremerhaven, alugados por completo para a missão.

"As portas (dos quartos) não eram abertas, não houve nenhum contato com pessoas externas (...). As refeições eram levadas à porta dos quartos", explica.

"Todos foram submetidos a três testes de detecção da COVID-19", declarou Markus Rex, aliviado porque a missão, à qual dedicou 11 anos, poderá continuar.

A bordo do "Polarstern", que já passou 150 dias de noite polar com temperaturas de até 39,5 graus negativos, a equipe acompanhou a distância o confinamento do planeta.

"Muitos têm famílias e tentam se manter o máximo possível em contato com o telefone por satélite", afirmou Torsten Kanzow, atualmente no quebra-gelo.

Os obstáculos não devem ter um impacto maior para as pesquisas, segundo o comandante da missão.

O fim da expedição está mantido para 12 de outubro.

Segundo informações coletadas pelo satélite Copernicus, da Comissão Europeia, um buraco da camada de ozônio que havia surgido em março deste ano no Ártico está curado. O fenômeno era o maior registrado na comparação com os que se formam anualmente na Antártica.

De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), o buraco foi causado por fenômenos incomuns, entre eles, um vórtice polar de ar frio que, ao perder forças, permitiu que a ferida da camada de ozônio fosse curada.

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A região da estratosfera age como um filtro solar no planeta, protegendo os seres vivos dos raios ultravioleta. Nos últimos anos, muitas organizações têm feito trabalhos de conscientização para estimular a redução de produtos químicos, que podem prejudicar a estrutura da camada.

Embora o buraco do Ártico tenha sido curado, a ferida da camada de ozônio causada na Antártica ainda é preocupante. A Nasa registrou uma diminuição do fenômeno por conta da proibição de produtos químicos, mas o processo de cicatrização pode levar décadas.

A maior expedição científica já realizada no Ártico deve começar nesta sexta-feira com uma missão internacional de um ano para estudar as consequências das mudanças climáticas particularmente tangíveis no Polo Norte, informou o instituto alemão que lidera a iniciativa.

O quebra-gelo "Polarstern" do Instituto Alfred-Wegener de Bremerhaven (noroeste da Alemanha) deve deixar o porto norueguês de Tromsø por volta das 20h30 (15h30 de Brasília) como parte dessa missão chamada "Mosaic".

No total, cerca de 600 cientistas vão se revezar por cerca de 390 dias, com o quebra-gelo percorrendo um total de 2.500 km. As equipes enfrentarão 150 dias de noite polar e temperaturas que podem cair a -45 °C. Além disso, seis pessoas serão responsáveis por localizar e manter afastados os ursos polares.

Os cientistas estudarão a atmosfera, o oceano, o mar de gelo e o ecossistema para coletar dados que mostrarão como as mudanças climáticas estão afetando a região e o mundo.

"Nenhuma outra parte da Terra se aqueceu tão rápido nas últimas décadas quanto o Ártico", disse o chefe da missão e cientista Markus Rex no site do "Mosaic". "É aqui que se localiza o epicentro do aquecimento global e, ao mesmo tempo, até agora entendemos muito pouco sobre essa região".

"Não conseguiremos fazer uma boa previsão do nosso clima se não tivermos prognósticos confiáveis para o Ártico", diz ele.

A situação no Ártico é preocupante. "No começo do ano, tivemos um caso extremo: no centro do Ártico fez mais calor que na Alemanha", ressaltou.

O "Polarstern" será acompanhado por quatro quebra-gelo da Rússia, China e Suécia, além de aviões e helicópteros para reabastecer e permitir às equipes uma rotação.

Sessenta institutos e 19 países estão cooperando neste projeto, que tem um orçamento de 140 milhões de euros e deve coletar pela primeira vez dados abrangentes sobre o clima no Polo Norte.

Cerca de 200 renas morreram de fome no arquipélago norueguês de Svalbard, no Ártico, um número excepcionalmente alto explicado pelas mudanças climáticas na região, informou o Instituto Polar Norueguês nesta segunda-feira.

Durante o mapeamento anual da população de renas selvagens neste grupo de ilhas, localizado a cerca de 1.200 km do Polo Norte, três pesquisadores do Instituto Polar registraram cerca de 200 corpos de renas que morreram de fome durante o inverno.

Ashild Onvik Pedersen, a chefe do projeto de censo, vê nessa "alta taxa de mortalidade" uma consequência da mudança climática, duas vezes mais rápida no Ártico do que no resto do mundo, segundo os climatologistas.

"A mudança climática faz chover muito mais. A chuva cai sobre a neve e forma uma camada de gelo na tundra, o que torna as condições da grama para os animais muito ruins", disse à AFP.

Renas geralmente se alimentam de líquen que extraem da neve graças a seus cascos. Geada e degelo alternados podem formar uma ou mais camadas de gelo impenetrável que as deixam sem comida.

Segundo Onvik Pedersen, a taxa de mortalidade é comparável à do final do inverno de 2007-2008, desde que a população de renas de Svalbard começou passar por um censo há 40 anos.

Essa alta mortalidade também se deve a um claro aumento no arquipélago norueguês do número de renas que disputa os mesmos campos, disse a pesquisadora.

De acordo com o Instituto Polar Norueguês, o número de renas em Svalbard, um território duas vezes maior que a Bélgica, dobrou desde os anos 80, chegando atualmente a 22.000 exemplares.

Os detalhes do incêndio que provocou 14 mortes na segunda-feira, dia 1º, em um submarino de pesquisas da Marinha russa não serão divulgados ao público por sigilo de Estado, anunciou nesta quarta-feira, 3, o governo.

"Esta informação não pode se tornar pública em sua totalidade. Está na categoria sigilo de Estado", afirmou o porta-voz de Kremlin, Dmitri Peskov, que considera a decisão "perfeitamente normal". "O Estado-Maior das Forças Armadas russas dispõe de uma informação completa sobre a tragédia", completou.

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Quatorze marinheiros, entre eles sete capitães de primeiro escalão (o grau mais elevado dos oficiais de navegação) morreram na segunda-feira intoxicados pela fumaça provocada por um incêndio em um misterioso submarino destinado, segundo a versão oficial, ao estudo do fundo dos oceanos.

A tragédia só foi divulgada na terça-feira (2) e as informações fornecidas foram limitadas. O próprio presidente russo, Vladimir Putin, confirmou que se trata de um submarino "incomum".

De acordo com a imprensa russa o incêndio pode ter acontecido no submarino nuclear "AS-12", conhecido como "Locharik", concebido para pesquisas e operações especiais a grande profundidade.

Ainda segundo a imprensa local, a presença de vários oficiais a bordo sugere que o submarino não estava em uma missão comum.

Sobreviventes

Parte da tripulação do submarino acidentado conseguiu se salvar, confirmou nesta quarta-feira o ministro da Defesa russo, Serguei Choigu, durante reunião com a comissão que investiga o incêndio.

"Morreram 14 membros da tripulação, o restante se salvou", disse Choigu sem especificar o número de sobreviventes. O aparelho submersível, projetado para pesquisa, resgate e operações especiais, pode transportar até 25 tripulantes.

Citado pela agência de notícias "Interfax", Choigu destacou que os marinheiros mortos no incidente apagaram o fogo "à custa das suas próprias vidas", mas conseguiram "salvar seus companheiros e o veículo das águas profundas".

Putin já ordenou investigação completa para elucidar o que classificou de "tragédia". O presidente russo encarregou Shoigu de viajar a Severomorsk, uma área militar de acesso muito restrito no Ártico, para comandar a investigação.

Este incidente lembra a tragédia do submarino nuclear Kursk, joia da frota russa, que afundou com 118 tripulantes a bordo em 12 de agosto de 2000, no início do primeiro mandato de Putin.

O Kursk sofreu a explosão de um de seus torpedos, o que desencadeou a destruição de todo o depósito de munições e fez o aparelho descer a 110 metros de profundidade.

Apesar de 23 tripulantes terem sobrevivido por vários dias depois da explosão, todos morreram por não terem sido resgatados a tempo. (Com agências internacionais).

O primeiro trem de passageiros passando pela região russa do Ártico com destino à Noruega estava previsto para sair da estação de São Petersburgo nessa quarta-feira (5) levando 91 passageiros em uma viagem de testes inaugural.

"O Ártico fascina todo mundo", disse Nurlan Mukash, diretor-executivo do grupo turístico alemão Lernidee Еrlebnisreisen, por trás do projeto.

"O destino já foi explorado por agências de turismo canadenses e norueguesas, mas não foi o caso da Rússia", acrescentou.

O trem, denominado "Zarengold" ("O ouro dos czares", em alemão), dotado inclusive de dois vagões restaurantes, fará o trajeto a partir de São Petersburgo passando por Petrozavodsk, a cidade histórica de Kem e Murmansk.

Em Murmansk, de longe a maior cidade do norte do Círculo Ártico, os turistas vão desembarcar e seguir de ônibus para Kirkenes, na Noruega, antes de terminar a viagem de barco até Oslo ou de avião até a ilha de Spitsbergen.

A viagem completa levará 11 dias e permitirá aos passageiros conhecer áreas de difícil acesso por outros meios, segundo os organizadores.

Para a viagem de teste inaugural, os 91 turistas vieram de sete países, incluindo Estados Unidos, Alemanha, Noruega e Rússia.

"No futuro, esperamos a partida regular de trens", disse Mukash, acrescentando que a composição deve sair duas vezes por ano e quatro vezes em 2021.

Com o derretimento das geleiras provocado pelo aquecimento global, a Rússia espera se tornar a maior potência econômica e militar do Ártico, com a exploração de novas rotas comerciais.

O Banco mundial de sementes de Svalbard, preciosa "Arca de Noé vegetal" que protege a diversidade genética dos conflitos e catástrofes naturais, ultrapassou nesta segunda-feira um milhão de amostras de grãos depositados, com motivo de seu 10º aniversário.

Em temperaturas quase polares, mais de 70.000 novas amostras de grãos de arroz, trigo, milho, ervilhas e sorgo, entre outras, chegaram ao lugar fortificado, situado neste arquipélago do Ártico, entre a Noruega continental e o Polo Norte.

Com a nova chegada de sementes, a "abóbada do juízo final", enterrada a uma profundidade de mais de 120 metros no interior de uma montanha, recebeu em dez anos de existência 1.059.646 variedades, conservadas em caixas alinhadas em estantes.

"Estou muito contente de anunciar que mais de um milhão de grãos passaram nesta porta para serem colocados definitivamente em segurança", comemorou o ministro da Agricultura noruego, Jon Georg Dale, durante a cerimônia do depósito.

Esta coleção de grãos, a mais variada do mundo, é uma rede de segurança para os cerca de 1.700 bancos de genes que existem no planeta diante dos riscos relacionados com catástrofes naturais, guerras, mudanças climáticas, doenças ou imperícia do ser humano.

O depósito é propriedade da Noruega e os grãos pertencem a Estados e instituições depositárias, que podem recuperá-los de acordo com sua conveniência.

O Banco mundial de sementes foi até a data requerido por uma só instituição, o banco de genes da cidade de Aleppo, o Centro internacional de pesquisa agrícola nas zonas áridas (Icarda), danificado pelo conflito sírio, que pediu para recuperar sementes.

Devido a esta recuperação de sementes, a arca contém atualmente 967.216 variedades de grãos, mas pode receber cerca de 4,5 milhões.

Concebido para resistir aos desastres, o local foi vítima do aquecimento global: o aumento das temperaturas no Ártico levou a um degelo do permafrost (superfície que debe estar congelada de modo permanente) e provocou um vazamento de água na entrada do túnel em 2016, sem que nenhum grão tenha sido danificado.

O governo norueguês anunciou nesta sexta-feira o desbloqueio de 100 milhões de coroas (cerca de 10 milhões de euros) em 2018 para realizar trabalhos, especialmente a construção de um novo túnel de acesso e de uma estrutura que serve para afastar as fontes de calor.

Um helicóptero russo caiu nesta quinta-feira no mar do arquipélago norueguês de Svalbard, no Ártico, e provavelmente afundou, informou o serviço de resgate do país nórdico, que busca os oito ocupantes da aeronave.

Todas as oito pessoas a bordo, de nacionalidade russa, segundo a imprensa de seu país, continuavam desaparecidas seis horas depois de o acidente ser reportado.

As chances de sobrevivência diminuíam rapidamente, em uma região onde a temperatura do ar e da água costuma estar em torno dos 0ºC.

"O risco de morte por hipotermia aumenta de forma exponencial", declarou à AFP o chefe de operações, Tore Hongset. Mas "até que saibamos realmente o que aconteceu, as buscas continuam como se houvesse possibilidades de encontrar pessoas com vida", acrescentou.

O avião desapareceu a dois ou três quilômetros das costas de Barentsburg, uma comunidade russa no arquipélago de Svalbard, indicou o Centro norueguês de resgate.

Um helicóptero e embarcações norueguesas foram enviados ao local do acidente, acrescentou, onde os trabalhos de busca continuavam na noite desta quinta-feira.

Trata-se de um Mil Mi-8 russo, com base permanente perto de Barentsburg.

Segundo Tore Hongset, vários indícios levam a pensar que o helicóptero afundou: uma mancha com forte cheiro de combustível foi localizada na água, havia bolhas subindo à superfície e um sonar detectou um objeto no fundo do mar.

A profundidade é de mais de 200 metros, e é necessária a intervenção de um robô submarinho, indicou.

O Tratado de Paris de 1920 confere soberania sobre Svalbard à Noruega, mas também estipula que os cidadãos de todos os Estados signatários podem exercer sobre essas terras "e suas águas territoriais" atividades econômicas em condições de igualdade.

Em virtude desta regulamentação, a Rússia explora carvão em Barentsburg, uma comunidade que conta com várias centenas de mineiros russos e ucranianos.

Uma professora canadense que dá aulas em um povoado remoto do Ártico recebeu o Global Teacher Prize, considerado o Nobel dos professores e que premia o vencedor com um milhão de dólares, em cerimônia celebrada em Dubai neste domingo.

Maggie MacDonnell, que segundo o júri está "mudando a vida de seus estudantes e transformando sua comunidade", estava entre os dez finalistas escolhidos entre os 20.000 candidatos de 179 países.

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Nos seis últimos anos deu aulas em um povoado inuit de Salluit, no Ártico canadense, cuja taxa de suicídio é alta.

MacDonnell disse ter sido testemunha de mais de 10 suicídios.

"Como professora, quando chego à escola no dia seguinte de um suicídio, há um assento vazio na minha aula, onde impera um silêncio total", contou, segurando as lágrimas.

MacDonnell criou um programa de formação social para seus alunos, especialmente para as meninas, em uma região na qual são frequentes a gravidez na adolescência e as agressões sexuais.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, parabenizou MacDonnel em uma mensagem de vídeo. "Estamos todos orgulhosos de você", declarou.

O Global Teacher Prize foi criado há três anos pela Fundação Varkey, com sede em Dubai. O prêmio de um milhão de dólares é pago a prazo e exige que o vencedor continue dando aulas por, pelo menos, cinco anos.

O brasileiro Wemerson Nogueira, professor no Espíriro Santo, estava entre os finalistas do prêmio.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou nesta sexta-feira (18) partes do Ártico como zonas proibidas para a exploração de petróleo durante os próximos cinco anos, aplicando um duro golpe nos esforços do Partido Republicano de ampliar a extração de combustível fóssil.

A decisão significa que até 2022 não poderão ser consideradas concessões para explorar gás, nem petróleo, no mar de Chukchi, ou no mar de Beaufort.

"Considerando que o Ártico tem um meio ambiente único e desafiante e o declínio do interesse industrial na área, o caminho correto é renunciar às concessões do Ártico", justificou a secretária americana do Interior e dos Recursos Naturais, Sally Jewell, em um comunicado.

O governo dos Estados Unidos fez um anúncio similar em março, quando removeu o Oceano Atlântico por cinco anos do roteiro.

Grupos ambientalistas saudaram hoje a decisão, considerando-a histórica, em um momento-chave, já que o presidente recém-eleito dos EUA, Donald Trump, prometeu estender as perfurações para petróleo e revitalizar a indústria americana do carvão.

"A notícia de hoje não poderia chegar em melhor momento", celebrou o Club Sierra, acrescentando que "o presidente Obama protegeu os Oceanos Ártico e Atlântico do petróleo".

A decisão protegerá as rotas de migrações da vida selvagem, áreas cruciais de alimentação, o hábitat do fundo marinho e o grande ecossistema marinho do Ártico, disse a ONG Pew Charitable Trusts.

Os Estados Unidos planejam oferecer potencialmente 11 concessões: dez no Golfo do México e uma na costa do Alasca, na área da Enseada de Cook.

Os seres humanos estiveram no Ártico há 45.000 anos, 10.000 anos antes do que se pensava: é o que indicam marcas de pontas de flechas e outros objetos pontiagudos observados na carcaça congelada de um mamute, segundo um estudo russo publicado nessa quinta-feira (14) nos Estados Unidos.

Esta descoberta poderia contar o exemplo mais antigo de sobrevivência no Ártico, onde os índices paleolíticos humanos são raros, de acordo com esses pesquisadores, cujo trabalho aparece na revista Science.

Em 2012, uma equipe liderada por Alexei Tikhonov, do Museu de Zoologia da Academia de Ciências de São Petersburgo, na Rússia, escavou uma carcaça parcial de um mamute macho que foi congelado em sedimentos em um penhasco na costa leste Yenisei Bay, no centro da Sibéria ártica.

A datação por radiocarbono de uma tíbia do animal e dos materiais que estavam perto datam de 45.000 anos.

O esqueleto de mamute mostra sinais de lesões incomuns no litoral, na defesa e mandíbulas direita. As marcas são provavelmente resultado de pontas de lança muito afiadas, analisaram os cientistas.

Os ramos mandibulares, parcela crescente do osso da mandíbula que é muito resistente, estão na maior parte do tempo intactos quando são descobertos. Mas nos vestígios mais recentes de mamutes abatidos por humanas, as mandíbulas estão frequentemente incompletas, o que poderia ser resultado da extração da língua, supõem.

Os caçadores muitas vezes comiam a língua dos mamutes, uma espécie de ritual ou porque essa parte do animal era considerada uma iguaria, disseram os pesquisadores.

A única presa preservada deste mamute, a da direita, mostra traços do trabalho humano para alterar sua forma. Assim, estas marcas indicam uma tentativa para separá-lo do resto do corpo.

No entanto, a extremidade exterior da presa, normalmente pouco nítida, foi transformada em uma ferramenta, de acordo com várias técnicas observadas depois no Árctico.

Estes homens faziam longos cacos de marfim afiados para cortar carne numa região onde outros materiais líticos eram difíceis de encontrar.

Avanços nas técnicas de caça de mamutes permitiram que esses grupos se espalhassem na parte norte da Sibéria ártica, estimam os autores.

Estes movimentos representaram um importante ponto de viragem que provavelmente facilitou a chegada dos seres humanos em áreas perto da terra de Bhering - que na época estava acima da água.

Assim, foram capazes de entrar no continente americano antes do Último Máximo Glacial alcançado há 22.000 anos, dizem os pesquisadores.

A Rússia apresentou sua reivindicação de controle de grandes territórios do Oceano Ártico ante a Organização das Nações Unidas, informou a chancelaria russa. O governo russo reivindica 1,2 milhão de quilômetros quadrados de plataforma submarina.

Rússia, Estados Unidos, Canadá, Dinamarca e Noruega tentam afirmar sua jurisdição sobre partes do Ártico, onde se acredita que esteja um quarto das reservas não descobertas de petróleo e gás no mundo. Com o gradativo derretimento do gelo polar, aumentam as possibilidades de exploração na área.

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Os russos foram os primeiros a apresentar sua reivindicação na ONU, em 2002, mas a entidade solicitou mais provas do país. O novo documento contém mais informações, segundo o Ministério das Relações Exteriores, e está "respaldado por amplos dados científicos coletados durante anos de investigação no Ártico".

Em 2007, Moscou fez uma reivindicação simbólica, ao soltar um barco com a bandeira russa sobre o leito do oceano a partir de um pequeno submarino no Pólo Norte.

Em meio à tensão com o Ocidente por causa da crise na Ucrânia, o Kremlin também reforça seus efetivos militares no Ártico, com a restauração de uma base militar nas ilhas da Nova Sibéria e outros postos avançados. Autoridades russas disseram que essas bases são cruciais para proteger as rotas marinhas árticas entre a Europa e o Pacífico.

Meses atrás, as forças russas realizaram manobras no Ártico com 38 mil soldados, 50 barcos e submarinos e 110 aviões. Como parte das manobras, demonstraram sua capacidade de reforçar rapidamente seus efetivos nos arquipélagos de Novaya Zemlya e Franz Josef Land.

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A Rússia está preocupada com o território do Ártico. Um prova disso foi o posicionamento adotado pelo presidente Vladimir Putin durante um discurso no Ministério da Defesa. O líder russo determinou uma intensificação da presença militar no espaço. O principal motivo para a adoção desta postura foi a reivindicação feita pelo Canadá junto às Organização das Nações Unidas (ONU) para que o país estendesse a sua soberania no território.

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"A Rússia está cada vez mais reinvidicando esta região promissora e, por isso, devemos ter as ferramentas necessárias para garantir a segurança e os interesses nacionais", reforçou Putin em seu discurso.

A crosta de gelo do Oceano Ártico encolheu em 2012 para o menor nível já medido, informaram cientistas norte-americanos nesta quarta-feira. A capa de gelo polar media 3,42 milhões de quilômetros quadrados no domingo, consideravelmente abaixo do recorde anterior de 4,17 milhões de quilômetros quadrados, registrado em 2007. A medição é feita desde 1979 com base em imagens de satélite.

Depois de ter atingido no domingo o menor nível já registrado, a crosta de gelo sobre o Pólo Norte voltou a crescer na segunda-feira, prosseguiram os cientistas do Centro de Dados de Gelo e Neve dos Estados Unidos. No entanto, o cientista norte-americano Walt Meier, que acompanha as medições, advertiu que o aquecimento global tornou a capa de gelo sobre o Oceano Ártico menor e mais fina.

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A capa de gelo ártico derrete no verão e se expande durante o inverno no Hemisfério Norte. Ela é considerada um indicador de referência da situação do clima global. As informações são da Associated Press.

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