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Mais de 30% da extensão de trilhos ferroviários do Brasil é inutilizada, de acordo com um estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base em dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

O estudo integra 43 documentos sobre temas estratégicos que a CNI entregará aos candidatos à Presidência da República. Uma das sugestões é que o caminho para a superação dos gargalos no setor requer aumento da conexão do sistema, do tamanho da malha e da velocidade média dos comboios.

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Segundo os documentos, os contratos de concessão realizados na década de 1990 geraram problemas como a falta de concorrência no mercado e falhas na interconexão das malhas, além de dificuldades específicas envolvendo as empresas. 

O gerente executivo de Infraestrutura da CNI, Wagner Cardoso, aponta que uma das formas de buscar a recuperação do setor é autorizar a prorrogação dos contratos de concessão, de modo que as concessionárias se tornem obrigadas a reservar uma parcela da capacidade da ferrovia para compartilhamento, além de investir valores preestabelecidos na melhoria e ampliação das malhas.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou o aumento de R$ 4,10 para R$ 4,30 em tarifa de pedágio cobrada pela Concessionária Ecoponte na travessia da Ponte Rio-Niterói.

O reajuste vale para a categoria 1 de veículos e entrará em vigor nesta terça-feira, dia 5 de junho. A decisão está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (4).

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O governo decidiu fazer mudanças drásticas no modelo de concessão de rodovias, com o intuito de tornar os projetos mais alinhados com as demandas de órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União (TCU), e viabilizar os leilões ainda neste ano. Com as medidas, o que se pretende é eliminar brechas que permitem superfaturamento nas obras, golpes que costumam ser dados por meio de aditivos contratuais.

O jornal 'O Estado de S. Paulo' teve acesso exclusivo às propostas já desenhadas pelo governo e pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Pelas regras, fica proibida a inclusão de novos investimentos para melhoria e ampliação de capacidade da rodovia nos primeiros cinco anos da concessão. Essa proibição também valerá para os últimos cinco anos dos contratos, os quais costumam ter validade de 30 anos. Nos dois períodos, o concessionário só poderá executar aquilo que já estava previsto no contrato.

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Hoje não há essas proibições de prazos e as obras são executadas conforme demandas apresentadas pelas empresas ou pela ANTT. Normalmente, a realização de investimentos não previstos tem como consequência uma elevação nas tarifas de pedágio, para restabelecer o equilíbrio financeiro do contrato.

O governo também decidiu proibir a inclusão de investimentos fora das revisões quinquenais (a cada cinco anos) dos contratos. A ideia é que a concessão se concentre apenas em seu "estoque de obras" já incluso na concessão. Novas intervenções só poderão ser apresentadas após o término desse estoque.

Grandes obras não previstas originalmente no contrato terão de ser discutidas. A construção de contornos urbanos, por exemplo, ficará condicionada à comprovação das vantagens dessa obra em relação a outras e só poderá ser realizada após a realização de audiência pública, processo que hoje não existe.

Foi decidido ainda que o aumento das tarifas de pedágio para bancar obras como a construção de uma pista adicional só poderá ocorrer depois que o projeto for entregue pela concessionária. Hoje esse custo é cobrado conforme o avanço do empreendimento, embutido na tarifa de pedágio do usuário da rodovia.

A renovação das concessões também foi deixada de lado. Os novos editais vão permitir que seja feita a prorrogação contratual por até cinco anos após o término da concessão, prazo que poderá chegar a, no máximo, dez anos, e por uma única vez, para fins de reequilíbrio financeiro da concessão por conta da execução de novas obras.

'Engessados'

A reportagem repercutiu cada uma das propostas com a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), que representa as empresas que atuam no setor. Na avaliação de César Borges, presidente da entidade, as medidas indicam que o governo se dispõe a "engessar" os projetos. "Não sabíamos desses detalhes todos. O que podemos dizer, com base nessas informações, é que isso vai engessar o contrato. Significa retirar a autonomia da ANTT e reconhecer que há desconfiança sobre sua capacidade de fiscalizar e tomar decisões técnicas", comentou.

O interesse das empresas nas novas propostas, no entanto, segue inalterado, de acordo com Borges, que foi ministro dos Transportes no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. "As empresas do setor seguem interessadas nos projetos e respeitarão as regras dos contratos. Agora, quem vai sofrer com isso é o usuário, nos casos em que obras necessárias apareçam, mas não possam ser executadas por causa de regras desse tipo."

O presidente da ABCR afirmou que, sobre o pagamento de obras adicionais somente após a sua conclusão, não há problemas para as empresas, "desde que o reequilíbrio dos contratos efetivamente ocorra". Ele também minimizou preocupações com a prorrogação de até dez anos para as concessões. "É um prazo razoável para que os investimentos sejam amortizados."

Como fica:

Ampliação

Nos primeiros 5 e nos últimos 5 anos do contrato a concessionária só poderá fazer obras previstas para melhoria da rodovia

Pedágio

O aumento nas tarifas de pedágio para bancar obras na estrada só poderá ocorrer depois que o projeto for entregue pela concessionária.

 

Relicitação será regulamentada nos próximos dias

Sob pressão depois que a Aeroportos Brasil Viracopos (ABV) entrou com pedido de recuperação judicial, o governo anunciou ontem que divulgará, "nos próximos dias", um decreto regulamentando a relicitação. Trata-se de instrumento criado para socorrer concessionárias com dificuldades de honrar seus compromissos com o governo, como Viracopos. Até hoje, um ano e meio depois de criada, a medida não foi aplicado por falta da regulamentação.

A ABV batalha há nove meses pela relicitação. Em abril, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para obter uma resposta do governo. Com uma decisão desfavorável da corte, ingressou com o pedido de recuperação judicial esta semana.

A concessionária de rodovias Via 040, que administra o trecho da BR-040 entre Brasília e Juiz de Fora (MG), também é candidata à relicitação, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres. Outra que pediu para usar o mecanismo foi a Rodovia do Aço, que administra 200 km da BR-393 no Rio.

A relicitação permite que uma concessionária com problemas devolva o negócio para que ele seja leiloado e entregue a outro grupo econômico. Até que seja escolhido um sucessor, a concessionária fica à frente do negócio, numa espécie de "operação padrão".

"O objetivo é manter a continuidade dos serviços prestados pelas concessionárias enquanto o governo faz nova licitação", disse o ministro dos Transportes, Valter Casimiro, após reunião com representantes do Planejamento e o presidente do BNDES, Dyogo Oliveira.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A velocidade das ferrovias brasileiras caiu tanto nos últimos anos que hoje um maratonista olímpico conseguiria superar os trens que circulam em vários trechos da malha nacional.

Em alguns casos, as locomotivas e vagões andam, em média, a menos de dez quilômetros por hora (km/h) - número menor que os indicadores de 2001, quando as estatísticas começaram a ser levantadas. A melhor marca nacional, em torno de 27 km/h, está bem abaixo da registrada nos Estados Unidos, por exemplo, onde os trens circulam a 45 km/h.

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Privatizadas há 20 anos e prestes a terem os contratos renovados antecipadamente, essas estradas de ferro enfrentam uma série de gargalos, que atrapalham a produtividade do transporte nacional - hoje altamente dependente das rodovias.

A origem do problema tem várias vertentes. Começa com a morosidade e a incapacidade do governo de resolver conflitos de sua competência no setor; passa pela falta de investimentos adequados nas vias; e termina na saturação de alguns trechos, com o aumento de carga movimentada. O resultado se reflete na curva de velocidade. Dados do Anuário Estatístico da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) mostram que de 2001 até 2016, a queda da velocidade dos trens variou de 5% e 76% (ver gráfico). Apenas uma - a MRS - conseguiu melhorar o indicador.

Nesse período de 16 anos, muita coisa aconteceu no setor. Em meados dos anos 2000, depois de investimentos pesados em locomotivas e vagões e algumas melhorias na via, as empresas conseguiram melhorar a velocidade, mas a partir de 2010 os números entraram num movimento de declínio. "De modo geral, não há um fator que explique a queda de todas as ferrovias. Cada uma tem sua especificidade", explica o presidente da consultoria Inter.B, Claudio Frischtak.

Ele usa como exemplo o caso da Estrada de Ferro Carajás que passou por uma grande obra de duplicação, o que pode ter influenciado na velocidade. Considerada uma das mais eficientes do País, a ferrovia tinha velocidade média de 24,07 km/h em 2016 ante 33 km/h em 2001.

A Vale, empresa que administra a estrada, afirma que a queda foi decorrente do aumento da produção, que significa maior quantidade de trens ao longo da linha férrea. Frischtak cita também a situação da ALL. A empresa, que detinha a maior malha ferroviária do País, foi comprada em 2012 pelo grupo Cosan e passou a se chamar Rumo.

De lá para cá, a nova proprietária da malha ferroviária conseguiu alguns avanços na velocidade, mas em 2016 voltou a cair. Comparados a 2001, todos os trechos da empresa registraram queda. A Rumo afirma que composições mais compridas e vagões com maior capacidade de carga passaram a ser usados após a compra. Desde então já foram investidos R$ 1,8 bilhão na aquisição de 150 locomotivas e de 2,7 mil vagões.

"Com trens maiores e mais pesados circulando pela malha, a velocidade naturalmente diminuiu", afirma a empresa, em nota.

Eficiência. As concessionárias não gostam de relacionar velocidade à produtividade, embora especialistas afirmem que esse é um indicador de eficiência. "Temos uma malha centenária com declives e aclives, que limitam a operação; nem com os melhores materiais (trens e vagões) se consegue melhorar a velocidade", afirma o diretor executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Fernando Simões Paes.

Na avaliação dele, uma das principais explicações para a redução da velocidade é o aumento do volume transportado. Ninguém nega que houve melhoras no sistema ferroviário desde a privatização. Um número maior de empresas passou a ser atendido pelos trilhos, que hoje respondem por 25% da matriz de transporte - participação considerada baixa.

Mas especialistas entendem que muita coisa precisa mudar para que as ferrovias ganhem mais participação na matriz nacional. O governo entende que para compreender melhor as causas da queda na velocidade precisa fazer um estudo aprofundado, o que ainda não está nos planos da ANTT, que fiscaliza o setor.

O superintendente do órgão, Alexandre Porto, afirma que a velocidade é resultado de um conjunto de fatores, como a qualidade da via e o aumento do tráfego. Além disso, o crescimento desordenado das grandes cidades espremeu as ferrovias, o que tem impacto na velocidade. "Toda a malha nacional, construída num período de baixa urbanização, tem muitas passagens de nível (para permitir que carros e pessoas atravessem os trilhos)", afirma o professor da Fundação Dom Cabral, Paulo Resende.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Superada a votação na Câmara da denúncia contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva, o governo prepara uma nova lista de concessões em infraestrutura para ser anunciada no fim deste mês. A estratégia do Planalto é aproveitar o período após essa votação e antes da chegada de uma eventual nova denúncia para mostrar resultados no campo econômico e com isso fortalecer a atual administração.

A nova lista inclui 18 empreendimentos na área portuária e, possivelmente, uma nova leva de aeroportos para entregar à administração privada. Entre eles, Viracopos, Cuiabá e Santos Dumont.

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Boa parte desses novos empreendimentos, como é o caso dos aeroportos, só deve ir a mercado no ano que vem. Mas haverá uma reunião do conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), no fim do mês, para formalizar a lista. Serão incluídas a terceira rodada de blocos de exploração de petróleo no pré-sal, com a qual o governo espera arrecadar pelo menos R$ 4,4 bilhões, e a usina de Jaguara, que será leiloada com outras três e pode render uma outorga mínima de R$ 11,05 bilhões. Ambos já estão com os leilões marcados, o primeiro em 27 de outubro e o segundo em 22 de setembro.

O aeroporto de Cuiabá deverá ser leiloado num "pacote" no qual estão também os aeroportos de Rondonópolis, Sinop, Alta Floresta e Barra do Garças, todos em Mato Grosso. Juntos, eles mobilizarão investimentos de mais de R$ 2 bilhões.

Ainda está em discussão se Santos Dumont será leiloado sozinho ou com outros aeroportos regionais próximos. Também está em aberto a formação do pacote de leilões do Nordeste. Uma proposta inicial coloca Recife, Maceió e outros da região num mesmo lote.

O governo pretende conceder também o aeroporto de Congonhas (SP), como informou na semana passada o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella. Porém, dificilmente ele estará na próxima rodada. A avaliação é que sua transferência para a iniciativa privada nesse momento enfraqueceria a Infraero, estatal que hoje o administra.

Viracopos, devolvido ao governo pela concessionária na semana passada, entrará na próxima rodada e será oferecido ao mercado sem a participação de 49% da Infraero. Há, porém, muitas dúvidas nesse processo, que ainda não está regulamentado. Não se sabe como, por exemplo, a antiga concessionária será indenizada pelos investimentos realizados. Tampouco estão claras as responsabilidades do novo concessionário.

É possível que a nova lista inclua também a concessão do trecho da rodovia BR-153 em Goiás e Tocantins. O atual contrato será cassado nos próximos dias, tornando-se o primeiro caso de caducidade (cancelamento) de concessão federal. A medida foi proposta pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e já recebeu sinal verde do Ministério dos Transportes. O Planalto ainda trabalha na medida, mas a cassação já é uma decisão tomada.

Portos

Em portos, o governo espera anunciar a concessão de 13 terminais novos. Os outros cinco projetos no forno são prorrogações de contratos já existentes, em troca de investimentos. A ideia é que todo esse pacote ajude a movimentar a economia. No caso de alguns ativos, como aeroportos, hidrelétricas, áreas de exploração de petróleo e venda de empresas, ainda haverá o recolhimento de taxas ao Tesouro Nacional. Só com Santos Dumont, que deve ir a mercado no ano que vem, a expectativa é de reforçar o caixa em no mínimo R$ 2 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo interino de Michel Temer nomeou dois novos diretores da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), conforme decretos publicados no Diário Oficial da União (DOU). Foram nomeados Mário Rodrigues Júnior e Elisabeth Alves da Silva Braga, ambos com mandato até 18 de fevereiro de 2020.

No Ministério da Fazenda, também houve mudanças. Foram nomeados Pedro Calhman de Miranda, para o cargo de subsecretário de Regulação e Infraestrutura da Secretaria de Acompanhamento Econômico; Adriano Pereira de Paula, para subsecretário de Política Fiscal da Secretaria do Tesouro Nacional; e Paulo José dos Reis Souza, como diretor de Programa da Secretaria Executiva da pasta. Souza já atuava na Fazenda, no cargo de subsecretário de Política Fiscal do Tesouro Nacional, do qual foi exonerado nesta sexta-feira, 26.

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A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) abre nesta terça-feira, dia 29, processo de consulta pública para colher sugestões e contribuições às minutas de edital e contrato, ao Programa de Exploração da Rodovia e aos Estudos de Viabilidade, para concessão da BR-163/230/MT/PA, no trecho da BR-163 do entroncamento com a MT-220 até o entroncamento com a BR-230(A); e da BR-230 do entroncamento com a BR- 163(B) (Campo Verde/PA) até Miritituba (PA).

O período para envio de contribuições será das 9 horas desta terça-feira até as 18 horas do dia 12 de fevereiro de 2016. Também haverá sessões presenciais para discussão em Brasília, Itaituba (PA) e Sinop (MT), nos dias 18 de janeiro, 21 de janeiro e 26 de janeiro, respectivamente.

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Segundo aviso publicado no Diário Oficial da União (DOU), as informações específicas sobre o assunto, os locais das sessões presenciais e as orientações sobre os procedimentos relacionados à realização e participação da consulta estarão disponíveis no site da ANTT.

O Ministério da Fazenda autorizou a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a realizar a revisão da tarifa básica de pedágio praticada pelas concessionárias Ecosul, Acciona Rodovia do Aço, Autopista Litoral Sul, Transbrasiliana e MGO Rodovias. A decisão consta de portaria no Diário Oficial da União (DOU).

De acordo com o texto, a ANTT deverá baixar ato específico fixando os novos valores, e a forma de sua implementação, paras as rodovias exploradas por essas empresas: BR-116/293/392/RS (Ecosul), BR-393/RJ (Acciona), BR-116/376/PR e BR-101/SC (Autopista Litoral Sul), BR-153/SP (Transbrasiliana) e BR-050/GO/MG (MGO Rodovias).

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A portaria ressalta que, efetuadas as revisões, qualquer outra alteração tarifária prevista para ocorrer em prazo inferior a um ano dependerá de autorização do ministro da Fazenda.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou o reajuste anual da tarifa básica de pedágio (TBP) da Rodovia BR-290/RS, trecho Osório-Porto Alegre - entroncamento BR-116/RS (entrada para Guaíba), explorado pela Concessionária da Rodovia Osório - Porto Alegre S.A.

Segundo resolução publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (23) foram aprovadas também a 26ª revisão ordinária e a 6ª revisão extraordinária, que resultaram na alteração da TBP de R$ 2,28867 para R$ 2,47908.

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O reajuste na tarifa foi de 9,53%, correspondente à variação do IPCA no período. Com esse índice a tarifa básica de pedágio reajustada, após o arredondamento, passa de R$ 10,30 para R$ 12,60 nas praças de pedágio P1 (Santo Antonio da Patrulha) e P3 (Eldorado do Sul); e de R$ 5,10 para R$ 6,30 na praça de pedágio P2 (Gravataí). As novas tarifas entram em vigor a partir da zero hora do dia 26 de outubro.

A estatal russa RZD, uma das maiores companhias ferroviárias do mundo, conversa com o governo brasileiro sobre a possibilidade de entrar na concessão da ferrovia Norte-Sul. Nas últimas semanas, os russos solicitaram uma série de informações técnicas sobre o empreendimento à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, há previsão de que uma comitiva da estatal russa venha ao Brasil até dezembro para tratar do projeto.

O plano do governo brasileiro é oferecer, por meio de leilão, o trecho de 855 km da Norte-Sul que já está concluído, entre as cidades de Palmas (TO) e Anápolis (GO). Como contrapartida, a empresa vencedora assumiria a construção de um trecho final da Norte-Sul, previsto para chegar ao Atlântico. São 477 quilômetros de traçado, entre Açailândia, no Maranhão, e o porto de Barcarena, no Pará.

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A obra é estimada em cerca de R$ 7,8 bilhões. Para bancar boa parte desse empreendimento, representantes da RZD e do governo brasileiro analisam a possibilidade usar recursos do recém-criado "Novo Banco de Desenvolvimento (NBD)". A instituição financeira montada pelos cinco países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) começou a operar no fim de julho, com sede na cidade chinesa de Xangai.

As informações foram confirmadas pelo diretor-geral da ANTT, Jorge Bastos. "Há, de fato, um protocolo de entendimentos em andamento com os russos. A estatal RZD tem demonstrado interesse nos projetos brasileiros de ferrovias."

Saída

A decisão de condicionar a entrega do trecho central da Norte-Sul à construção de um novo traçado da ferrovia foi a saída encontrada pelo governo para viabilizar uma concessão que acabou frustrada três anos atrás. Quando o governo anunciou sua primeira rodada de concessões, em agosto de 2012, o projeto de ligar Açailândia ao porto de Barcarena foi o primeiro

empreendimento ferroviário a ser oferecido para a iniciativa privada. Mas não agradou.

Apesar de não ser uma malha tão extensa quanto os demais projetos ferroviários do País, tratava-se de abrir um projeto do zero, em uma região de alta complexidade ambiental. Além disso, pesou nessa avaliação a insegurança quanto ao modelo de sociedade proposto com a estatal federal Valec.

Ao perceber que não conseguiria atrair nenhum interessado, o governo desistiu da ideia e nem chegou a marcar seu leilão. Desde então, nenhum metro dos 11 mil km de estradas de ferro que entraram no programa de concessão foi, de fato, repassado para a iniciativa privada.

Ao lado dos russos, os chineses também sinalizaram interesse nos empreendimentos, com maior atenção ao projeto da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), que corta a região de grãos do Mato Grosso e se interliga à malha da Norte-Sul. Apesar das movimentações internacionais, não há hoje uma previsão sobre quando o governo fará o leilão das ferrovias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou no Diário Oficial da União (DOU) as medidas técnicas e operacionais para viabilizar a isenção da cobrança de pedágio sobre os eixos suspensos de veículos de transporte de carga que circulam vazios.

Segundo a resolução, a condição de veículo vazio poderá ser verificada a partir de avaliação visual, da documentação fiscal associada à viagem, do Código Identificador da Operação de Transporte (Ciot) e do peso bruto total do veículo. Essa verificação poderá ser realizada em cabines específicas de pedágio, postos de pesagem ou por meio de fiscalização pela ANTT ou pela autoridade de trânsito com circunscrição sobre a rodovia.

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"No prazo de 90 dias, cada concessionária de rodovia regulada pela ANTT deverá apresentar proposta operacional para a verificação da condição de vazio, que poderá prever a aplicação de qualquer das formas estabelecidas", avisa a agência na resolução.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou reajuste de 3,78% nas tarifas de referência do serviço de transporte ferroviário de cargas da Ferrovia Norte-Sul. O aumento está publicado no Diário Oficial da União (DOU) e refere-se ao período de 1º de janeiro de 2014 a 31 de dezembro de 2014, com base na variação acumulada do IGP-DI, medido pela Fundação Getúlio Vargas.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) prorrogou o prazo das Autorizações Especiais vigentes para a prestação dos serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros até o dia 30 de novembro de 2016. A decisão consta de resolução publicada no Diário Oficial da União.

Segundo o documento, essas autorizações poderão expirar antes desse prazo, "quando da finalização de concessão de permissão ou de autorização na forma, respectivamente, de edital e regulamento específico".

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A presidente Dilma Rousseff encaminhou ao Senado Federal, para apreciação, o nome de Marcelo Vinaud Prado para exercer o cargo de diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A informação consta de mensagem publicada no Diário Oficial da União.

Para assumir o posto, Prado - que atualmente ocupa o cargo de superintendente de Serviços de Transporte Rodoviário e Multimodal de Cargas da ANTT - precisa ter seu nome aprovado em comissão e no Plenário do Senado. Antes, ele também passará por sabatina na Casa.

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A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou no Diário Oficial da União (DOU) resolução em que resolve regulamentar o procedimento para divulgação de parâmetros de referência para cálculo dos custos de frete do serviço de transporte rodoviário remunerado de cargas por conta de terceiros.

O documento, cuja publicação foi anunciada na quinta-feira, 23, pelo governo após negociações no decorrer da semana com caminhoneiros, indica que os estudos para apuração desses parâmetros deverão ser submetidos a audiência pública, mas não traz prazos nem critérios da consulta. Informa ainda que, depois do encerramento da audiência, a ANTT ouvirá os ministérios dos Transportes, da Fazenda e do Planejamento quanto a seus resultados, antes da publicação definitiva dos parâmetros para cálculo dos fretes.

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A resolução também cita que os valores de referência finais terão vigência de 12 meses, devendo ser revistos anualmente, e que a ANTT poderá revisá-los a qualquer tempo, sempre mediante audiência pública.

Ainda de acordo com a resolução, a decisão de regulamentar o tema considerou o "resultado dos estudos realizados pelo grupo de trabalho coordenado pelos ministérios da Secretaria-Geral da Presidência da República e dos Transportes, sobre o estabelecimento de parâmetros de referência para cálculo dos custos de frete" e a "Portaria nº 120, de 03 de maio de 2000, do Ministério dos Transportes", que traz planilha de custos de frete rodoviário, de caráter apenas indicativo.

Depois de mais uma rodada de negociações na tarde desta quarta-feira, 22, os caminhoneiros deixaram a reunião realizada na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) anunciando uma nova greve da categoria para a partir da zero hora desta quinta-feira, 23. Os caminhoneiros querem uma tabela de custo que possa garantir um preço mínimo para o transporte de mercadorias, mas não houve acordo sobre o tema. Uma nova paralisação da categoria preocupa, e muito, o Palácio do Planalto, que está às voltas com difíceis votações no Congresso como o ajuste fiscal e enfrenta dificuldades na economia, com aumento da inflação.

O deputado Celso Maldaner (PMDB-SC), coordenador da comissão externa da Câmara que acompanha o movimento de caminhoneiros, que participou da reunião com o governo, disse que não há consenso sobre o principal ponto para a categoria, que é garantia de preço mínimo para o frete. "Infelizmente não há mais o que fazer. Agora, acho que ninguém mais segura a greve que vai começar à meia-noite porque se chegou ao limite da negociação. Estou muito preocupado com isso, porque a greve pode parar o País e isso é a pior coisa do mundo, pois os prejuízos são incalculáveis", declarou o deputado ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. O deputado lembrou que as grandes empresas não aceitam o cumprimento de uma tabela para pagamento de fretes porque defendem que deve valer a lei da oferta e da procura.

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O deputado afirmou ainda que, na reunião, o representante do Planalto, o ministro da Secretaria-Geral, Miguel Rossetto, alegou que é "inconstitucional" qualquer tipo de interferência do governo federal nesta questão. "Rossetto disse que não tem como colocar em prática uma tabela impositiva para o frete. Sem acordo neste, que é o principal ponto de discussão, a greve será deflagrada, infelizmente", prosseguiu Maldaner.

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência reagiu, informando ter atendido todas as reivindicações dos caminhoneiros. Na reunião, de acordo com a Secretaria-Geral, o ministro Rossetto, apresentou "um balanço das conquistas e garantiu a continuidade do diálogo permanente com o setor" e citou que as medidas foram construídas "em ambiente de diálogo e respeito". "São conquistas importantes que marcam uma nova relação entre o governo federal e o setor de transporte de cargas, em especial, os caminhoneiros. Queremos continuar esta construção de agenda positiva a partir de um diálogo permanente", declarou Rossetto, de acordo com a nota.

Em seguida, o governo lista o atendimento de 15 reivindicações da categoria. Entre elas, há destaque para sanção integral, sem vetos, da Lei dos Caminhoneiros; isenção de pagamento de pedágio para o eixo suspenso de caminhões vazios; aumento do valor da estadia de R$ 1,00 para R$ 1,38 por tonelada/hora, calculada sobre a capacidade total de carga do veículo; perdão das multas por excesso de peso expedidas nos últimos dois anos e responsabilização do embarcador pelos prejuízos decorrentes do excesso de peso e transbordo da carga em excesso. Só que o principal ponto para os caminhoneiros, que é o valor do frete, não está contemplado no acordo.

Terminou sem acordo a terceira reunião entre representantes dos caminhoneiros e o governo federal para discutir questões relacionadas ao preço do frete. De acordo com o representante dos caminhoneiros autônomos, Jamir Botelho, o governo não aceitou a definição de uma tabela de preços mínimos para o frete. "A resposta que tivemos é de que pode haver apenas uma tabela de referência. Reconhecemos que o governo tem se esforçado, mas nos sentimos derrotados", afirmou Botelho após reunião na sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Na saída da reunião, diversos caminhoneiros deram as mãos e gritaram: "O Brasil vai parar". A categoria ameaça voltar a bloquear as rodovias a partir desta quinta-feira (23), como aconteceu no começo do ano.

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O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Centro-Oeste, Gilson Baitaca, confirmou que a categoria está preparada para começar as paralisações nas rodovias a partir da zero hora desta quinta. "As tendas já estão armadas e a categoria já está preparada", afirmou.

O sindicalista defendeu ser possível o estabelecimento de um preço mínimo de frete, embora o governo julgue a proposta dos caminhoneiros inconstitucional. "Existem produtos tabelados como o cigarro e o que queremos é uma tabela de custos do transporte. Seria um preço mínimo e, a partir desse patamar, haveria livre concorrência", completou.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) esclareceu, em nota divulgada nesta terça-feira (3) que a Lei dos Caminhoneiros, sancionada ontem pela presidente Dilma Rousseff e publicada nesta terça-feira no Diário Oficial da União, começará a valer a partir da zero hora do dia 17 de abril. Conforme informou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, mais cedo, o início da vigência da lei gerou alguma insegurança para as concessionárias de rodovias, por exemplo, já que não estava claro a partir de quando os caminhões vazios passariam a estar isentos de cobrança dos eixos suspensos.

Conforme explicou a ANTT, a aplicabilidade da lei, no prazo de 45 dias após sua publicação, está em acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.

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A data valerá para todos os artigos da lei, incluindo a isenção do pagamento de pedágio sobre o eixo suspenso de caminhões que circulam vazios, o aumento das tolerâncias máximas nas pesagens de veículos de transporte de cargas e passageiros e a conversão das penas de multa por excesso de peso em penas de advertência, explicou a agência reguladora.

Conforme especialistas do setor, alguns desses artigos exigem regulamentação e a ANTT informou que juntamente com o Ministério dos Transportes já iniciou a regulamentação da lei. A agência destacou que estuda alternativas para "a verificação rápida e dinâmica dos veículos de carga que trafegam vazios e a contagem do número de eixos suspensos, nas praças de pedágio".

A ANTT informou também que está estudando possíveis locais para a implantação dos chamados "pontos de parada" para veículos de transporte de cargas. Conforme previsto na lei, o governo tem cinco anos para ampliar esses espaços e, no caso das rodovias administradas pela iniciativa privada, a construção dessas áreas terá de ser objeto de aditivo contratual. Conforme o texto sancionado, o poder público deverá revisar as concessões existentes, para adequá-las "respeitado o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos".

Concessionárias

A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) informou hoje que, diante da sanção presidencial da Lei dos Caminhoneiros, a entidade estudará "as medidas cabíveis, visando a segurança das rodovias e a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro da concessão".

As empresas do setor criticam, principalmente, os artigos que versam sobre a isenção de cobrança de pedágio sobre o eixo suspenso nos caminhões vazios e sobre o aumento da tolerância para a sobrecarga dos veículos. Para a entidade, a lei resultará em "rodovias menos seguras, viagens mais demoradas, pedágios mais caros e aumento de custos para os caminhoneiros".

A ABCR argumenta que, ao aumentar para 10% os limites de sobrecarga dos caminhões, a nova legislação permitirá que transitem pelas rodovias caminhões mais pesados, "que terão estabilidade e capacidade de frenagem reduzidas, o que aumenta consideravelmente o risco de acidentes". Também defende que a liberação do pagamento do eixo suspenso para caminhões vazios acarreta em maior tempo de viagem e gerará aumento do pedágio para todos os usuários, como forma de manter viabilidade das concessões de rodovias.

"Além de ignorar argumentos sólidos do setor, foram desconsideradas as orientações do Senado que, ciente dos riscos para a segurança, havia recomendado o veto dos artigos que aumentam o limite de sobrepeso e isentam o pagamento de eixo suspenso", criticou, em nota, a entidade, que diz ter alertado "reiteradamente" governo e sociedade sobre a possibilidade de aumento do número de acidentes nas estradas e do custo logístico para o País.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou o reajuste do coeficiente tarifário dos serviços de transporte rodoviário semiurbano interestadual e internacional de passageiros. De acordo com resolução publicada no Diário Oficial da União, o reajuste será de 18,39% e, com isso, o coeficiente passa para R$ 0,083164 por passageiro/quilômetro. O novo valor entra em vigor a partir do domingo, 15 de fevereiro.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) anunciou a abertura do processo de tomada de subsídios nº 1/2015, que trata dos elementos do projeto básico para novas outorgas de rodovias federais. Formulário de envio de contribuições estará disponível no site da ANTT entre hoje e 15 de fevereiro de 2014. Segundo a ANTT, o objetivo da iniciativa é dar transparência ao processo licitatório de novas outorgas para operação e exploração da infraestrutura rodoviária e escolher a melhor opção regulatória que definirá os elementos do projeto básico.

A agência explicou ainda que a Lei Geral das Concessões (nº 8.987/1995) não especifica como deve ser a caracterização dos elementos do projeto básico. Os interessados poderão colaborar com a indicação dos elementos técnicos que consideram necessários para compor os editais para exploração da infraestrutura rodoviária. Os dados e informações obtidos vão subsidiar a tomada de decisão nas demais etapas do projeto da Agenda Regulatória-ANTT.

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