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Solidários com a dor dos franceses, após os ataques que deixaram 129 mortos e 350 feridos, brasileiros e estrangeiros se reuniram no Marco Zero, área central do Recife, no final da tarde deste domingo (15). A ‘Vigília pela Liberdade’ foi promovida pelo Consulado Francês e concentrou pessoas de várias idades.
##RECOMENDA##O ato solene também estava marcado para ocorrer, simultaneamente, em Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo. O convite, divulgado pelo Facebook, relatava que o principal objetivo era “expressar o repúdio à violência, à intimidação e ao ódio, e reafirmar o compromisso com a liberdade e a democracia”.
O cônsul geral da França no Recife, Bruno Bisson, definiu o ato como “um pequeno encontro de solidariedade” e lembrou a importância de valores como a liberdade. “Cada pessoa que está aqui é importante. O francês, brasileiro, japonês. Todos nós”.
Ainda conforme o cônsul, dos 350 feridos em Paris, 100 estão em estado crítico de saúde. “São em maioria jovens, que estavam – principalmente – no Bataclan”, se referindo à casa de espetáculos parisiense que somou o maior número de vítimas.
Diretor da Aliança Francesa no Recife, Adrien Lefevre também esteve presente no ato e recordou os momentos após saber dos ataque. “No primeiro momento pensei nos familiares e amigos. Logo em seguida lembrei dos brasileiros, nossos alunos que estão lá. E depois veio a reação contra o horror que foram os atentados”.
Solidariedade
No meio do Marco Zero, pessoas “vestiam” e levantavam bandeiras da França. Algumas pintaram o rosto, ergueram cartazes. Todos com mesmo objetivo de mostrar o apoio às vítimas dos atentados.
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Apaixonada pela França, Eliane Recene fez questão de participar da vigília. “Sempre amei a cultura francesa. E toda essa situação me deixou muito triste. É algo que afeta o muito inteiro. É inadmissível que se mate em nome de uma religião”, lamentou.
A agente de viagens Louise Cunha estava em Paris na última sexta-feira (13), dia do atentado, e chegou ontem (14) ao Brasil. Ela assistia pela televisão ao jogo entre França e Alemanha quando soube das primeiras notícias.
“Disseram que tinham tirado o presidente [François Hollande] do estádio onde ocorreram as explosões, mas até então não parecia nada grave. Fui dormir por volta das 23h30 e a informação era de 20 mortos. Quando acordei já eram 120”, relembra.
No caminho até o aeroporto Louise viu uma Paris silenciosa, poucas pessoas nas ruas, muito diferente para um sábado de manhã. “Parecia que até aquele momento a ficha não tinha caído do que realmente havia acontecido na cidade”.
O ato foi encerrado com uma roda feita no centro do Marco Zero e com o hino francês. Na ocasião, discursaram o cônsul geral da França e o secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico.
Representando o Governo de Pernambuco, Pedro Eurico lembrou a ligação entre os dois países. “Venho para prestar a minha profunda solidariedade. Não só ao povo, mas a todo mundo. São histórias e dois séculos que nos unem. Esse é um grande momento de nos unirmos em defesa da liberdade”.
Investigação
Dois dias após os ataques, a Procuradoria Federal da Bélgica confirmou que pelo menos dois dos autores dos atentados eram franceses e residam em Bruxelas. Um terceiro francês – que pode ter ligação com os crimes – está sendo caçado.
Até a manhã deste domingo, 103 corpos de pessoas mortas nos atentados haviam sido identificados.
Internet
Para mostrar solidariedade à França e ao povo de Paris, milhares de usuários do Facebook continuam trocando suas fotos de perfil. Uma ferramenta da própria rede social convida os internautas a colorirem suas imagens com as cores que representam o país atingido pelo ataque.