Tópicos | atentados

[@#galeria#@]

Solidários com a dor dos franceses, após os ataques que deixaram 129 mortos e 350 feridos, brasileiros e estrangeiros se reuniram no Marco Zero, área central do Recife, no final da tarde deste domingo (15). A ‘Vigília pela Liberdade’ foi promovida pelo Consulado Francês e concentrou pessoas de várias idades.

##RECOMENDA##

O ato solene também estava marcado para ocorrer, simultaneamente, em Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo. O convite, divulgado pelo Facebook, relatava que o principal objetivo era “expressar o repúdio à violência, à intimidação e ao ódio, e reafirmar o compromisso com a liberdade e a democracia”.

O cônsul geral da França no Recife, Bruno Bisson, definiu o ato como “um pequeno encontro de solidariedade” e lembrou a importância de valores como a liberdade. “Cada pessoa que está aqui é importante. O francês, brasileiro, japonês. Todos nós”.

Ainda conforme o cônsul, dos 350 feridos em Paris, 100 estão em estado crítico de saúde. “São em maioria jovens, que estavam – principalmente – no Bataclan”, se referindo à casa de espetáculos parisiense que somou o maior número de vítimas. 

Diretor da Aliança Francesa no Recife, Adrien Lefevre também esteve presente no ato e recordou os momentos após saber dos ataque. “No primeiro momento pensei nos familiares e amigos. Logo em seguida lembrei dos brasileiros, nossos alunos que estão lá. E depois veio a reação contra o horror que foram os atentados”.

Solidariedade

No meio do Marco Zero, pessoas “vestiam” e levantavam bandeiras da França. Algumas pintaram o rosto, ergueram cartazes. Todos com mesmo objetivo de mostrar o apoio às vítimas dos atentados.

[@#video#@]

Apaixonada pela França, Eliane Recene fez questão de participar da vigília. “Sempre amei a cultura francesa. E toda essa situação me deixou muito triste. É algo que afeta o muito inteiro. É inadmissível que se mate em nome de uma religião”, lamentou. 

A agente de viagens Louise Cunha estava em Paris na última sexta-feira (13), dia do atentado, e chegou ontem (14) ao Brasil. Ela assistia pela televisão ao jogo entre França e Alemanha quando soube das primeiras notícias.

“Disseram que tinham tirado o presidente [François Hollande] do estádio onde ocorreram as explosões, mas até então não parecia nada grave. Fui dormir por volta das 23h30 e a informação era de 20 mortos. Quando acordei já eram 120”, relembra.

No caminho até o aeroporto Louise viu uma Paris silenciosa, poucas pessoas nas ruas, muito diferente para um sábado de manhã. “Parecia que até aquele momento a ficha não tinha caído do que realmente havia acontecido na cidade”.

O ato foi encerrado com uma roda feita no centro do Marco Zero e com o hino francês. Na ocasião, discursaram o cônsul geral da França e o secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico.

Representando o Governo de Pernambuco, Pedro Eurico lembrou a ligação entre os dois países. “Venho para prestar a minha profunda solidariedade. Não só ao povo, mas a todo mundo. São histórias e dois séculos que nos unem. Esse é um grande momento de nos unirmos em defesa da liberdade”.

Investigação

Dois dias após os ataques, a Procuradoria Federal da Bélgica confirmou que pelo menos dois dos autores dos atentados eram franceses e residam em Bruxelas. Um terceiro francês – que pode ter ligação com os crimes – está sendo caçado.

Até a manhã deste domingo, 103 corpos de pessoas mortas nos atentados haviam sido identificados.  

Internet

Para mostrar solidariedade à França e ao povo de Paris, milhares de usuários do Facebook continuam trocando suas fotos de perfil. Uma ferramenta da própria rede social convida os internautas a colorirem suas imagens com as cores que representam o país atingido pelo ataque.

Autoridades francesas dizem ter formalmente identificado um dos terroristas suicidas que agiu próximo ao estádio nacional e outro que atacou um restaurante na região central de Paris.

Um dos homens tinha 20 anos e o outro, 31. Os dois eram franceses que viviam na Bélgica.

##RECOMENDA##

Um terceiro homem, que morreu no ataque à casa de shows Bataclan, foi identificado mais cedo como Ismael Mostefai, de 29 anos, um francês ligado ao radicalismo islâmico. Fonte: Associated Press

Da Agência Lusa

A Procuradoria Federal da Bélgica confirmou hoje que dois dos autores dos atentados de Paris eram cidadãos franceses que residiam em Bruxelas e que dois automóveis utilizados nos ataques foram alugados na Bélgica.

##RECOMENDA##

A Procuradoria informou ainda que os dois homens morreram no local dos ataques. Segundo o comunicado, “dois automóveis com matrícula belga”, encontrados pela polícia francesa em Paris, foram alugados “no início da semana na região de Bruxelas”.

De acordo com a Procuradoria, a operação policial iniciada no sábado, no bairro de Molenbeek, em Bruxelas, levou à detenção de sete pessoas, cujo envolvimento nos ataques de Paris está sendo investigado.

Os atentados de sexta-feira à noite em Paris, reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico, deixaram 129 mortos e 352 feridos.

Os ataques foram executados por, pelo menos, sete terroristas, encontrados mortos nos locais, e tinham como alvo um estádio de futebol, uma sala de concertos e quatro cafés e restaurantes do centro de Paris.

Madonna aproveitou um show que deu em Estocolmo, capital da Suécia, para homenagear as vítimas dos atentados de Paris, ao cantar 'La Vie en Rose', sucesso de Edith Piaf, que já foi interpretado por Cássia Eller no Brasil.

"Respeitamos um minuto de silêncio para as vítimas e seus familiares em Paris", relatou à AFP Maria Palm, fã da cantora americana que assistiu à apresentação, na Tele 2 Arena. "Preciso dar um tempo para abordar esta tragédia, o massacre trágico, os assassinatos, e o fim absurdo de vidas preciosas, ontem a noite, em Paris", disse Madonna.

##RECOMENDA##

A estrela confessou que cogitou cancelar esta etapa da turnê europeia do "Rebelheart Tour", no dia se seguinte dos atentados que deixaram 129 mortos na capital francesa. "Estou totalmente devastada, enquanto pessoas choram a perda de entes queridos", lamentou a americana, antes de se derreter em lágrimas.

"Mas é isso que eles querem, querem nos silenciar. Não vamos deixar isso acontecer, jamais", declarou Madonna, antes de cantar 'La Vie en Rose', em francês, sozinha com um violão. "Esta música é uma canção de amor francesa, então é dedicada não apenas ao ideal romântico, mas a toda a França, e as pessoas que me inspiram para cantar canções de amor", completou.

A cantora tem dois shows previstos em Paris, nos dias 9 e 10 de dezembro.

A equipe de redação da revista satírica Charlie Hebdo expressou neste sábado (14) sua revolta e condenação à violência terrorista dos ataques de sexta (13) em Paris, dez meses depois da chacina contra a redação dessa publicação. "Toda a equipe do Charlie Hebdo compatilha de seu terror e revolta", déclarou a equipe em um comunicado. "Charlie Hebdo se solidariza com a dor das vítimas e expressa seu apoio a suas famílias".

Doze jornalistas, entre os quais cinco chargistas (Charb, Cabu, Honoré, Tignous, Wolinski) foram mortos em 7 de janeiro na redação da revista por dois jihadistas franceses que reivindicaram ser da facção da Al-Qaeda da Península Arábica. "Condenamos mais uma vez essa violência terrorista a serviço da ideologia totalitária islamita, que não quer outra coisa a não ser destruir os valores da democracia e da República", afirma ainda.

Lojas de departamentos, grifes tradicionais, museus, torre Eiffel, avenida Champs Elysées: estes emblemáticos símbolos parisienses, disputados por turistas do mundo inteiro, estavam praticamente desertos neste sábado (14), acertados em cheio pelos atentados da noite de sexta-feira (13). Os ataques simultâneos castigaram o centro de Paris, capital que está no primeiro lugar dos destinos turísticos do mundo, em um momento em que o governo fixou a meta ambiciosa de receber 100 milhões de turistas estrangeiros em 2020.

No sábado, os principais museus, entre eles o Louvre e o Palácio de Versalhes, várias salas de espetáculo, como a Ópera, assim como a Eurodisney permaneceram fechados. A Torre Eiffel, símbolo de Paris, não abrirá até nova ordem. Às 9H30, em frente ao Louvre, apenas 15 pessoas aguardavam a abertura do museu. Entre eles, Lionel, um arquiteto de 45 anos, que veio de Genebra passar o fim de semana em Paris. "Não tenho vontade de voltar a Genebra ou de me esconder em um hotel", explicou. "Espero que abram. Não se deve ser derrotista, senão não vamos ganhar deles", acrescentou, antes de o museu abrir para em seguida fechar as portas nas últimas horas da manhã.

As grandes lojas abriram as portas. Mas algumas delas decidiram por fim fechar horas depois. Depois de ter manifestado sua "vontade de resistir", as Galeries Lafayette anunciaram em um comunicado que cederiam diante das "dificuldades de garantir uma qualidade de serviço ótima". Diante das vitrines, já enfeitadas para o Natal, ninguém parava. Os bonecos animados se mexiam para pedestres apressados. Os soldados da sequência de Guerra nas Estrelas pareciam solitários, firmes, com suas armaduras brancas.

No bulevar Haussmann, grande rua comercial, agora patrulhada por policiais, uma mulher passa falando ao celular: "Não vá para as grandes lojas, de nada serve correr o risco de ir a um possível alvo", recomenda a mulher ao seu interlocutor. Em frente à Printemps, outra célebre grande loja de departamentos, só os acessos adjacentes davam a leve impressão de movimento, graças a um grupo de chineses que aguardava para entrar, encabeçado por uma guia. Na sexta-feira, "estavam em Berlim e no domingo estarão em Roma, não estão sabendo de nada", diz a mulher.

"Durante três horas, depois de (os atentados de janeiro) Charlie Hebdo, não havia ninguém na loja, os clientes voltaram depois para as promoções, mas agora o que chega é para as festas de fim de ano", disse uma vendedora, preocupada. O café Starbucks do bulevar está vazio. Desde a abertura, uma hora e meia antes, Brian, um dos garçons, só contou três clientes, que não demoraram em sair. No mesmo momento, vendedoras da loja H&M põem precipitadamente cartazes que advertem: "para a segurança das nossas equipes e dos nossos clientes, estaremos fechados excepcionalmente hoje". "São uns covardes, isto é tudo", protestou um cliente enquanto se distanciava.

Na praça da Concórdia, alguns turistas tiram fotos enquanto falam dos atentados da véspera. Apesar de tudo, os parisienses levam o cachorro para passear, compram jornal e saem para correr, enquanto militares com roupas de combate patrulham as estações ferroviárias. "Tenho medo de olhar as pessoas no rosto, do que podem pensar ou fazer. Eu sou árabe. Dá para notar?", disse Fátima, em um bar.

Luc, de 46 anos, entra no mesmo bar: "Não consigo entender. Dizem que frustraram atentados, que prenderam gente e agora tem caras que atiram contra todo mundo em uma casa de shows em plena Paris. Não é normal que não sejamos capazes de proteger esta cidade".

Paranoia

Franck e Astrid, que chegaram da cidade francesa de Vichy (centro) para celebrar seus 16 anos de casados, encontraram o museu de cera Grévin fechado em "solidariedade às vítimas", segundo sua diretora-geral, Béatrice Cristofari. "Hesitamos, mas por fim decidimos sair", disse Franck. Atacaram "um bar, um restaurante, uma casa de shows e o Stade de França (...) Vamos ficar com psicose, não há alternativa", continuou Astrid.

Dois casais de amigos belgas, que vieram a Paris passar o fim de semana, são fatalistas, lembrando que ao menos dois de seus compatriotas morreram nos atentados. "Vivemos com medo, mas não vamos deixar de viajar, é o que os terroristas querem, que a gente não saia de casa", disse Jeanine, uma das mulheres.

O premiê belga, Charles Michel, pediu neste sábado que seus compatriotas evitem viajar a Paris "se não for estritamente necessário". Na sofisticada avenida Montaigne, assim como a maioria das grifes, a 'maison' Gucci anuncia em um cartaz que permanecerá fechada. E na Champs Elysées, os terraços dos cafés da chamada "mais bela avenida do mundo" estão vazios. Na mesma avenida, as principais lojas de moda, como a Zara, estão fechadas.

Na praça da República, onde uma grande manifestação se seguiu aos atentados de janeiro em Paris, pedestres acendem velas e colocam papéis com poemas em homenagens aos mortos e feridos de sexta-feira. Policiais permitem que fiquem ali por alguns segundos para depois pedir que evitem permanecer agrupados. Por razões de segurança, o governo proibiu as aglomerações.

O Promotor de Justiça de Paris, François Molins, afirmou que 129 pessoas morreram e 357 ficaram feridas nos ataques na capital francesa, em seis locais diferentes - incluindo dois bares e uma casa de shows. Os ataques teriam sido conduzidos por sete pessoas, de acordo com Molins.

Neste sábado, as autoridades belgas prenderam três suspeitos de terem fornecido o carro para os terroristas realizarem os ataques. Molin ainda afirmou que os oficiais franceses acharam um passaporte sírio perto do corpo de um dos terroristas, embora o nome no documento não seja reconhecido pelos serviços de segurança da França. Fonte: Dow Jones Newswires.

##RECOMENDA##

Os atentados cometidos na sexta-feira à noite em Paris aconteceram em seis locais distintos e deixaram pelo menos 120 mortos, incluindo oito terroristas. Os ataques aconteceram perto do famoso Stade de France, zona norte Paris, e nos movimentados bares da zona leste parisiense, perto da praça da República, onde 1,5 milhão de pessoas saíram às ruas depois dos atentados de janeiro na capital francesa.

Bataclan: 82 mortos

Simultaneamente ao ataque no Stade de France, homens armados e sem máscaras abriram fogo na casa de espetáculos Bataclan, zona leste de Paris, aos gritos de 'Allahu Akbar' (Deus é grande), quando a banda americana Eagles of Death Metal se apresentava no local. Ao menos 82 pessoas morreram na tomada de reféns de quase três horas.

"Ouvi quando diziam: 'A culpa é de Hollande, a culpa é do seu presidente, não tem por quê intervir na Síria'. Também falaram do Iraque", afirmou Pierre Janaszak, um apresentador de rádio e televisão de 35 anos, que estava no local.

A operação iniciada pela polícia pouco antes das 0H30 (21H30 de Brasília) terminou às 1H00 (22H00 de Brasília). Balanço: 82 mortos, incluindo quatro terroristas.

Rua de Charonne: 18 mortos

As mesmas cenas de guerra na rua de Charonne, um pouco mais ao leste, onde morreram 18 pessoas.

Um homem disse ter escutado tiros durante "dois, três minutos, rajadas". "Vi vários corpos ensanguentados no chão. Não sei se estavam mortos", afirmou.

Segundo a mesma fonte, um café e um restaurante japonês foram alvos dos tiros.

Rua Alibert: 12 mortos

No vizinho distrito 10, um tiroteio aconteceu no cruzamento das ruas Bichat com Alibert, no terraço do restaurante Le Petit Cambodge. Balanço: pelo menos 12 mortos, segundo várias fontes.

"Era surreal, todo mundo estava no chão, ninguém se movimentava", afirmou uma testemunha. "Estava tudo muito tranquilo, ninguém entendia o que acontecia. Um jovem estavam com uma jovem nos braços. Parecia estar morta", completou.

Rua de la Fontaine au roi: pelo menos cinco mortos (testemunha)

A centenas de metros, na rua Fontaine au roi, o terraço da pizzaria 'La Casa Nostra' foi cenário de um ataque. Várias rajadas de metralhadora mataram pelo menos cinco pessoas, segundo uma testemunha, Mathieu, de 35 anos.

"Havia pelo menos cinco mortos ao meu redor, outras pessoas na rua, sangue por todos os lados. Tive muita sorte.

Outra testemunha disse que viu "um Ford Focus preto que atirava e, depois, vários cartuchos no chão".

Stade de France: quatro mortos

O ataque aconteceu às 21H20 (18H20 de Brasília) no famoso Stade de France, zona norte de Paris, onde foram registradas três explosões ao redor do complexo esportivo durante o amistoso de futebol entre França e Alemanha, disputado diante de 80.0000 espectadores. Quatro pessoas morreram, incluindo três criminosos.

Duas explosões aconteceram na rua Jules-Rimet, nas imediações do estádio. Pelo menos uma das duas foi cometida por um homem-bomba, que detonou os explosivos presos ao corpo, e a segunda não teve a origem determinada. A terceira aconteceu perto de um restaurante McDonald's.

O presidente francês, François Hollande, que assistia a partida, foi retirado imediatamente do local, enquanto a segurança era reforçada nas entradas e saídas do estádio. A partida foi disputada até o final (vitória de 2-0 da França) e o público deixou o local em um ambiente de relativa ordem.

Boulevard Voltaire

Um ataque também aconteceu no Boulevard Voltaire, do outro lado da praça da República. O homem-bomba morreu.

As mais de 120 vítimas dos atentados em Paris, ocorridos na última sexta-feira, serão homenageadas pela Fórmula 1 neste domingo. Antes da largada do GP do Brasil, haverá um minuto de silêncio no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

Os ataques, reivindicados pelo Estado Islâmico, também abalaram o circuito da F1 assim que ganharam as manchetes nos canais de TV e nos portais de notícias. Ainda na noite de sexta-feira, pilotos e equipes se mostraram consternados diante dos seguidos episódios de violência.

##RECOMENDA##

Um dos que mais se abalaram com os ataques foi Romain Grosjean. Único piloto francês do grid atual da F1, ele lamentou os ataques nas redes sociais. Neste sábado circulava pelo paddock de Interlagos com uma faixa com a bandeira da França no braço esquerdo. "Do Brasil, pensamos em vocês, em Paris. Paz rápido", disse o piloto da Lotus, em seu perfil no Twitter.

Os atentados de Paris aconteceram na noite passada, em diferentes ruas da região central. Houve explosões e tiroteios nos arredores do Stade de France, onde jogavam as seleções da França e da Alemanha, em amistoso de preparação para a Eurocopa de 2016. De dentro do estádio foi possível ouvir os estrondos que abalaram as redondezas.

O presidente francês, François Hollande, estava presente nas tribunas do estádio. Depois do jogo, ele declarou estado de emergência no país, mandou fechar as fronteiras e ordenou a presença do Exército nas ruas parisienses. Ao todo, 127 morreram na série de ataques. Neste sábado o grupo Estado Islâmico assumiu a autoria dos atentados.

Safety Check. Essa é a ferramenta ativada pelo Facebook após os atentados ocorridos em Paris que chocaram e amedrontam o mundo todo nesta sexta-feira (13). A ferramenta serve para que as pessoas que estão na região atingida possam avisar aos parentes e amigos se estão seguras.

A ferramenta passa uma informação de forma automática aos parentes e amigos, caso o usuário esteja bem. O conteúdo é enviado para todos os contatos do internauta na rede social. Quando amigos e parentes da pessoa que está na região atingida clicam na notificação, eles podem comentar e inclusive curtir o status.

##RECOMENDA##

Também podem ser perguntados detalhes sobre como está o estado do usuário em questão, bem como há a possibilidade de encontrar amigos na área e solicitar que eles deem notícias. Outro benefício da Safety Check é que ele deixa o internauta visualizar os amigos que estão na região afetada e que ainda não se classificaram como seguros.

A mesma ferramenta foi ativada pelo Facebook dias atrás para o terremoto no Chile. Nessa situação, quem estava na região podia informar, também por meio das notificações, se estava seguro. Desenvolvido para ajudar a população em situações de caos, o Safety Check foi criado em 2014.

A presidente brasileira, Dilma Rousseff, se declarou nesta sexta-feira (13) "consternada pela barbárie terrorista" dos ataques mortais em Paris, que deixaram dezenas de mortos e feridos. "Consternada pela barbárie terrorista, expresso meu repúdio à violência e minha solidariedade com o povo e o governo francês", declarou Dilma em sua conta no Twitter.

A presidente tem previsto chegar neste sábado à Turquia para participar na Cúpula do G20, segundo sua agenda. Leia também: Cenas de apocalipse em Paris com dezenas de mortos.

[@#galeria#@]

Sirenes gritando por toda Paris, ruas bloqueadas pela polícia, parentes de vítimas aos pratos que tentam passar: cenas de apocalipse nesta sexta-feira (13) à noite em Paris, palco de atentados simultâneos que deixaram ao menos 39 mortos. O perímetro está bloqueado nos arredores do hospital Saint-Louis, no norte da capital. Um homem em lágrimas conta que sua irmã foi morta. Ao seu lado, sua mãe desaba em prantos e se joga em seus braços. "Eles não querem nos deixar entrar", explica o homem, mostrando o bloqueio, 50 metros distante.

##RECOMENDA##

"Ouvimos barulhos de tiroteios, 30 segundos de disparos, era interminável, pensávamos que eram fogos de artifício", conta Pierre Montfort, que vive perto da rua Bichat, onde ocorreu um dos tiroteios. Outra testemunha descreve a cena: "no momento a gente só viu as balas saindo das armas, tivemos medo, quem garantia que eles não iriam atirar contra as janelas?".

Florence disse que chegou de "scooter talvez um minuto depois". "Foi surreal, todo mundo estava no chão. Ninguém se mexia no restaurante Petit Cambodge e todas as pessoas estavam no chão no bar Carillon. Estava tudo calmo, as pessoas não entendiam o que estava acontecendo. Uma menina estava sendo levada por um homem nos braços. Ela parecia estar morta", explica a mulher.

Mesmas cenas de guerra na rua Charonne, um pouco mais a leste. Caminhões de bombeiros correm com as sirenes ligadas. "É mais grave que Charlie Hebdo". Um homem disse ter ouvido tiros durante "dois, três minutos", "tiros seguidos". "Eu vi diversos corpos no chão ensanguentados. Não sei se estavam mortos", solta. "Havia sangue por todos os lugares", confirma uma outra testemunha, falando de tiros muito fortes em diversos momentos.

Ainda no leste parisiense, mesmas sirenes e luzes da polícia e dos bombeiros, outro distrito fechado, o da casa de shows Bataclan, perto da redação do Charlie Hebdo, alvo de outro atentado assassino em janeiro. Uma tomada de reféns estava ocorrendo. As pessoas estão perdidas nos telefones. "Minha esposa estava no Bataclan, é uma catástrofe", disse um homem que correu para o local, mas não consegui furar o cordão de isolamento. "Houve um tiroteio no interior do Bataclan. Tudo o que posso dizer é que é mais grave do que Charlie Hebdo", disse um membro das forças policiais.

O Stade de France, enfim, na periferia norte de Paris. Explosões foram ouvidas ao redor, granadas segundo alguns torcedores. A polícia entra, o público consegue ouvir os barulhos de duas explosões mas a partida amistosa entre França e Alemanha continua. Todo mundo fica inicialmente confiado no interior do estádio, sobrevoado por um helicóptero.

"Ouvimos as explosões 25 minutos após o início da partida. Ele continuou normalmente. Pensava que era uma brincadeira", explica Ludovic Klein, 37 anos, vindo de Limoges com o filho de dez anos. "A evacuação ocorreu calmamente, com apenas um pequeno movimento de multidão".

O papa enviou suas condolências a França, Tunísia e Kuwait após os atentados de sexta-feira e condenou "mais uma vez a violência" e "pediu a Deus que conceda o dom da paz" - informou neste domingo o Vaticano.

Francisco expressou em uma mensagem dirigida à França "sua profunda empatia às pessoas afetadas e a suas famílias, pedindo ao senhor que lhes console nesta provação".

##RECOMENDA##

No comunicado, o pontífice condenou os ataques, que deixaram um morto na França, 26 vítimas no Kuwait e 38 na Tunísia.

O papa "condena novamente a violência que gera tanto sofrimento e pede ao Senhor o dom da paz, invocando a bênção divina para as famílias das vítimas", informou o Vaticano.

Em outro comunicado separado, destinado ao povo tunisiano, o papa afirmou estar com suas orações "junto às famílias em luto" e em uma carta aos kuwaitianos, expressou que o povo não deve perder a força frente ao diabo.

O primeiro-ministro da Tunísia, Habib Essid, anunciou neste sábado uma série de medidas de segurança, incluindo o fechamento de mesquitas, e convocou os reservistas do exército para dar apoio aos milhares de turistas que deixam o país no norte da África depois do atentado de ontem. O aeroporto de Hammamet, próximo à cidade costeira de Sousse, está lotado.

Ontem, um homem armado fez 38 vítimas na praia do resort tunisiano, a maioria delas turistas. O Estado Islâmico se disse responsável pelo ataque. O ministério das Relações Exteriores do Reino Unido informou que pelo menos 15 dos mortos eram cidadãos britânicos.

##RECOMENDA##

"A luta contra o terrorismo é responsabilidade nacional", disse o primeiro-ministro visivelmente exausto em entrevista realizada em Túnis. "Estamos em uma guerra contra o terrorismo, o que representa uma séria ameaça à unidade nacional durante esse delicado período que atravessamos", acrescentou.

Essid disse que reservistas serão mandados para regiões turísticas no país e hotéis, onde aconselhou que medidas adicionais de segurança sejam tomadas. O premiê também ordenou o fechamento de partidos políticos e associações com ideais radicais ou apoiados por grupos suspeitos, assim como de 80 mesquitas extremistas.

O governo tunisiano vinha sendo criticado pela ausência de medidas antiterroristas mais duras, especialmente depois de um atentado armado que matou 22 pessoas em um museu nacional em março. Em 2013, Sousse já havia sido alvo de uma tentativa de atentado à bomba, a qual foi descoberta antes de ser acionada.

O número de mortos dos atentados que atingiram dois hotéis no Iraque ontem subiu para 15 e 42 pessoas ficaram feridas, de acordo com as autoridades, acrescentando que a capital, Bagdá, está vulnerável a sofrer mais ataques.

O duplo atentado ocorreu na quinta-feira quando dois carros bomba deixavam os estacionamentos do hotel Cristal, antigo Sheraton, e do hotel Babil. As duas explosões quebraram as janelas dos hotéis, que foram recentemente reformados, e destruíram vários carros. Os melhores hotéis de Bagdá geralmente ficam lotados na quinta-feira, pois é quando as pessoas celebram casamentos e fazem festas.

##RECOMENDA##

Os dois ataques atingiram os hotéis localizados no centro de Bagdá, o que demonstra a ousadia dos militantes de agir dentro da capital. Os dois carros bombas foram detonadas por controle remoto, disse a polícia. A polícia disse também que um terceiro carro bomba foi encontrado perto do hotel Babil nesta sexta-feira.

Sameer al-Shwaili, porta-voz da operação anti terrorismo do governo, disse que mais ataques em Bagdá são esperados, pois as operações militares para expulsar os militantes do Estado Islâmico das províncias de Anbar e Salahuddin continuam.

"Os ataques estão diretamente relacionados com as operações em Anbar e com as operações em Tikrit. O Iraque está em um estado de guerra e o que aconteceu em Bagdá é fruto desta guerra", disse al-Shwaili. Ninguém assumiu a responsabilidade pelos ataques, mas al-Shwaili culpou o grupo Estado Islâmico. Fonte: Associated Press.

Os atentados contra a Maratona de Boston deixaram três mortos, inclusive uma criança de 8 anos, em 15 de abril de 2013, quando duas bombas de fabricação caseira explodiram perto da linha de chegada da maratona, o que provocou cenas de caos no fim do evento esportivo.

Quatro dias e seis horas mais tarde, o jovem Dzhokhar Tsarnaev foi detido, gravemente ferido, quando estava escondido em um barco a 10 km do local da tragédia.

- Segunda-feira, 15 de abril

Dezenas de milhares de pessoas participavam da maratona, em um dia de feriado que marca o 'dia dos patriotas' em Boston, quando duas bombas explodiram às 14H49, com 12 segundos de diferença e a 195 metros de distância uma da outra. Os artefatos foram colocados na área, segundo a polícia, por Dzhokhar Tsarnaev, de 19 anos, e seu irmão Tamerlan, de 26 anos, dois muçulmanos de origem checheno que moravam com a família há 10 anos nos Estados Unidos.

Quase 5.700 corredores não terminaram a prova, a maratona foi interrompida e o centro da cidade isolado. Dos 264 feridos, 15 passaram por amputações. Uma investigação começa, com mais de 20 agências sob o comando do FBI. O presidente Barack Obama promete "todos os recursos" do governo federal.

Tamerlan Tsarnaev aparentemente volta para casa para cuidar da filha de três anos. Dzhokhar escreve no Twitter: "Não há amor no coração da cidade. Fiquem em segurança".

- Terça-feira, 16 de abril

Em uma cidade com os nervos à flor da pele, os boatos crescem, um estudante saudita é considerado suspeito e depois liberado. Os investigadores dedicam horas observando as imagens das câmeras de segurança e reparam em dois homens - os irmãos Tsarnaev -, mas ainda não conseguem identificá-los.

Dzhokhar Tsarnaev retorna ao campus da Universidade de Massachusetts em Dartmouth, ao sul de Boston.

- Quarta-feira, 17 de abril

Os investigadores falam publicamente de um suspeito. Uma informação falsa sobre uma detenção leva jornalistas e curiosos às pressas para o tribunal. Dzhokhar Tsarnaev continua usando o Twitter.

- Quinta-feira, 18 de abril

Cerimônia ecumênica na Catedral de Boston, com a presença do presidente Obama.

17H20: Em uma entrevista coletiva, o FBI divulga fotos e imagens das câmeras de segurança que mostram dois suspeitos e pede ajuda ao público para identificar os dois.

22H20: os dois irmãos, que não parecem ter previsto o cenário da fuga, matam um policial no campus do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) para roubar a arma do agente.

23H00: com uma arma apontada para o dono de um carro Mercedes, os dois obrigam a vítima a sacar 800 dólares de um caixa eletrônico. Enquanto circulam com ele pela região de Boston, mencionam seguir até Nova York para cometer um atentado em Times Square.

- Sexta-feira, 19 de abril

00H15: o dono da Mercedes consegue escapar do veículo ao parar em um posto de gasolina e alerta as autoridades.

00H45: o veículo é visto em Watertown, subúrbio ao oeste de Boston. Os irmãos entram em confronto com a polícia, Tarmelan morre e vários agentes ficam feridos. Dzhokhar foge e abandona o carro 800 metros depois. Ele consegue desaparecer a pé.

Os moradores de Boston recebem o conselho de permanecer em casa, enquanto 9.000 agentes das forças de segurança, auxiliados por tanques e helicópteros, tentam localizar o suspeito. Os transportes públicos são suspensos, assim como as aulas nas escolas e universidades.

18H30: Um morador localiza Dzhokhar ao observar a capa de proteção de seu barco no jardim de sua casa e depois o corpo coberto de sangue no barco. Ele liga para a polícia, que chega rapidamente.

20H45: A polícia anuncia no Twitter a detenção de Dzhokhar, gravemente ferido, transmitida ao vivo pelas emissoras de televisão.

Os moradores festejam a captura nas ruas.

Alguns franceses fazem um esforço para compreender melhor a cultura muçulmana, desde os atentados cometidos em nome do Islã em janeiro em Paris, e leem cada vez mais o alcorão e as obras sobre essa religião. No primeiro trimestre do ano, as vendas na livraria desse tipo de livro triplicaram em relação aos três primeiros meses de 2014, segundo um relatório das 30 grandes livrarias generalistas na França.

Trata-se de um significativo aumento, embora o volume continue sendo modesto já que as obras religiosas representam menos de 1% do total das vendas dos vendedores de livros franceses, segundo o sindicato. Os assassinato de 17 pessoas, cometidos por três jovens franceses muçulmanos contra caricaturistas e jornalistas da Charlie Hebdo, policiais e judeus, somados ao horror causado pelas atrocidades perpetradas pelo Estado Islâmico na Síria e no Iraque provocaram uma comoção na sociedade francesa, onde vive a maior comunidade muçulmana da Europa, estimada entre 4 e 5 milhões de pessoas.

"Os franceses questionam cada vez mais e se satisfazem cada vez menos com as respostas superficiais oferecidas pela imprensa", diz à AFP Fabrice Gerschel, diretor da revista Philosophie magazine, cujo número especial "O alcorão" fechado em março-abril está praticamente esgotado nos jornaleiros da capital.

"O denominador comum de todos os clientes que compram obras sobre o Islã é entender e depois formar uma opinião própria", afirma Mathilde Mahieux, da livraria religiosa La Procure de Paris, uma das maiores da Europa.

- O alcorão é violento? -

"Eu atendi uma cliente muito católica que veio comprar um alcorão, pois queria entender sozinha se essa é uma religião violenta ou não", contou Yvon Gilabert, diretor da livraria Siloe em Nantes (oeste da França). Essa necessidade de entender se estende a um renovado interesse acadêmico.

Uma cátedra dedicada ao estudo do alcorão, que contém a mensagem transmitida por Deus a seu profeta Maomé, foi inaugurada na quinta-feira na respeitada Collège de France. Jean Rony, professor da Sorbonne, também passou a ler o alcorão: "Considerando a situação, eu acrescentei aulas dedicadas às religiões monoteístas em minha disciplina de cultura geral, destinadas aos estudantes que se preparam para ser magistrados", explica à AFP.

A curiosidade também cresceu entre os próprios muçulmanos. "Nossas vendas de alcorões cresceram em 30% no primeiro trimestre. Aconteceu o mesmo depois do 11 de Setembro de 2001", lembra Mansour Mansour, diretor da Albouraq, uma das maiores editoras de obras religiosas muçulmanas em francês.

Desta vez, o fenômeno parece mais duradouro "porque o Islã continuará relacionado a problemas no âmbito geopolítico", devido à atualidade no Oriente Médio. A leitura deste texto poético e polissêmico, escrito entre 610 e 656, continua sendo árdua para um iniciante no assunto, adverte Mansour: "Aconselho que essa não seja a primeira leitura. É melhor ler antes uma biografia do profeta".

"Com o alcorão é preciso fazer uma leitura cuidadosa para evitar interpretações errôneas de alguns versículos tirados de contexto", completa Mansour, indignado com os terroristas que instrumentalizaram o livro sagrado. No momento em que a França assiste, comovida, a ida de centenas de jovens radicais à Síria para se juntar à jihad, Mansour admite que houve uma seleção em seu catálogo de publicações, a fim de retirar algumas obras cujas interpretações eram "demasiadamente literais".

O cartunista sueco Lars Vilks, que saiu ileso de um atentado no sábado (13), em Copenhague, afirmou que a polícia dinamarquesa estava mal preparada para fazer frente a este tipo de ataque. "Desde o atentado contra a Charlie Hebdo havia um aumento [das ameaças] e os dinamarqueses não levaram isso em conta. Não reforçaram a segurança no sábado, era a mesma de antes", declarou à AFP o artista de 68 anos.

Vilks, provável alvo de um dos ataques do final de semana em Copenhague, passou a viver em um local não revelado. "Sua casa em Höganäs (sul da Suécia) não é mais segura. Ele teve de ir para um lugar mais seguro", declarou um porta-voz da polícia, Ewa-Gun Westford. Vilks já vivia sob proteção policial desde que, em 2007, fez uma charge do profeta muçulmano Maomé com o corpo de um cão.

O Ministério das Relações Exteriores emitiu nota condenando "com veemência" o atentado ocorrido neste domingo (15), em um terminal de ônibus na cidade de Damaturu, na Nigéria, que matou pelo menos sete pessoas e deixou 32 feridos, de acordo com as informações da polícia local. "O terrorismo e o recurso à violência política são atos que o governo e povo brasileiro repudiam de forma categórica", diz o Itamaraty. Na nota, o governo brasileiro estende ainda "sua solidariedade ao governo da Nigéria e às famílias das vítimas".

Mais cedo, o Itamaraty emitiu outra nota criticando os atentados ocorridos em Copenhague, na Dinamarca, no sábado (14). "O governo brasileiro tomou conhecimento, com consternação, dos atentados cometidos no último sábado em Copenhague, que resultaram na morte de duas pessoas. Tais atos representam inaceitáveis ataques à liberdade de expressão e à tolerância religiosa", prosseguiu o Itamaraty, oferecendo sua solidariedade também aos dinamarqueses e aos familiares das vítimas naquele país.

##RECOMENDA##

Na manhã desta segunda-feira (16), o governo brasileiro já tinha divulgado nota em que manifestou "sua indignação diante do brutal assassinato de 21 trabalhadores egípcios, alegadamente em território líbio, por membros do grupo autodenominado "Estado Islâmico". Nesta nota, o Itamaraty reitera que "a intolerância religiosa e o recurso à violência política merecem o mais veemente repúdio do governo e do povo brasileiro".

O artista sueco Lars Vilks, suposto alvo dos ataques de Copenhague deste final de semana, mudou-se para um local secreto até nova ordem - anunciou nesta segunda-feira a polícia sueca.

"Seu domicílio em Höganäs (sul da Suécia) não é um lugar onde ele estaria em segurança. Ele deve ir para um lugar seguro", declarou à AFP Ewa-Gun Westford, porta-voz da polícia.

Lars Vilks vive sob permanente proteção policial, ameaçado de assassinato, desde que desenhou o profeta Maomé com o corpo de um cachorro.

No último sábado, este caricaturista de 68 anos era uma das principais atrações de um debate chamado "Arte, blasfêmia e liberdade de expressão" num centro cultural de Copenhague, quando um homem de 22 anos abriu fogo contra o local usando um fuzil.

Vilks saiu ileso, mas o tiroteio matou o cineasta dinamarquês Finn Nørgaard e deixou três policiais feridos.

"O ataque parecia dirigido contra ele. De qualquer forma, a avaliação de sua segurança nos leva à conclusão de que ele não pode mais continuar onde morava", avaliou Westford.

Moradores da pequena cidade do sul da Suécia, onde o cartunista vivia até agora afirmando não temer por sua vida, expressaram preocupação.

Vilks, acostumado a tentativas de assassinato dirigidas contra ele, tomou o novo ataque com racionalidade. "Foi um evento trágico, mas eu não fui pessoalmente afetado. Virou rotina...", declarou, em entrevista à rádio pública SR.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando