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Para amenizar as perdas de quem teve a casa destruída pelas chuvas ou que permanece em áreas de riscos, nesta sexta-feira (3), o prefeito do Recife, João Campos (PSB), anunciou que vai protocolar um projeto de lei na Câmara Municipal para solicitar o aumento do Auxílio Moradia em 50%. O Governo de Pernambuco também propôs o repasse de R$ 1.500 aos cerca de 9.300 desabrigados e desalojados em todo o estado

O Auxílio Moradia do Recife é entregue no valor de R$ 200 e, caso a proposta da seja aprovada integralmente, vai para R$ 300. Junto com o programa Aluguel Social, o benefício costuma ser pago a pessoas em risco decorrente de desocupação ou em situação de vulnerabilidade social.

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"Nós vamos fazer tendo em vista a necessidade de realocação imediata, sobretudo das família que estão em áreas de risco”, assegurou João Campos.

A Defesa Civil do Recife vai realizar o levantamento dos imóveis em condição mais crítica para cadastrar as famílias que farão parte do programa. De acordo com o gestor, 30 mil vistorias foram feitas em áreas de risco neste ano. "A gente  começa já nesse final de semana o levantamento em campo para identificar habitação por habitação, moradia por moradia, que foi danificada, e fará jus a esse benefício”, reforçou.

Incremento do Auxílio Estadual

Como apontado nesta manhã pelo governador Paulo Câmara, o Governo do Estado vai oferecer o auxílio de R$ 1.500 às famílias que estão em vulnerabilidade habitacional após as chuvas da última semana. O Projeto de Lei ainda vai passar por apreciação na Assembleia Legislativa (Alepe).

A Prefeitura do Recife deve designar R$ 1.000 para acrescentar o recurso aos beneficiados da capital. O incremento será dividida com a verbas cedidas pela Câmara Municipal. "A Câmara dos Vereadores vai destinar parte do recurso ao município para a gente acrescer em R$ 2.500 por família atingida”, informou o prefeito.

As 116 famílias vítimas do incêndio e desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo do Paissandu, em São Paulo, começaram a receber o pagamento do auxílio-moradia após uma semana da tragédia que ocorreu na última terça-feira, dia 1° de maio.

A prefeitura informou que o pagamento está sendo realizado pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) desde às 14h de hoje (8).

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As famílias que moravam no edifício e as que tiveram os imóveis próximos ao local interditados foram cadastradas pela administração da cidade e chamadas para comparecer ao posto de atendimento da CDHU para a assinatura do termo de adesão de saque do benefício no valor de R$ 1.200 no primeiro mês e de R$ 400 a partir do segundo, pelo período máximo de 12 meses.

Nesta quinta-feira (15), os juízes federais decidiram cruzar os braços e protestar pela possibilidade de revisão dos benefícios concedidos à classe, como o auxílio-moradia. Um levantamento feito pela Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle do Senado mostrou que a União gastou aproximadamente R$ 814 milhões somente em 2017 com o pagamento do benefício aos três Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. Os dados foram retirados do site Siga Brasil, sistema de informações sobre orçamento público federal. O Supremo Tribunal Federal fixou o valor pago aos magistrados em R$ 4,3 mil mensais. Ao todo, o auxílio-moradia custou aos cofres públicos R$ 4,3 bilhões nos últimos oito anos.

Com esse privilégio, daria para financiar mais de 100 mil casas populares pelo Programa Minha Casa Minha Vida, beneficiando mais de 400 mil pessoas. De acordo com a construtora Conceito e Moradia, do Grupo Borges dos Reis, especializada em habitações econômicas, as edificações oferecem revestimento cerâmico interno completo (do teto ao piso), sistemas de coleta de água pluvial para reuso em áreas comuns, pontos de coleta de óleo de cozinha e área de lazer. Os produtos custam R$ 40 mil por unidade. Seriam gastos em média o total de R$ 4 bilhões no projeto.

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O Brasil está entre os países com maior déficit habitacional do mundo, ao lado de países como Índia e África do Sul. Em 2015, o déficit registrou crescimento de 2,7% em relação a 2014, ou de 202 mil domicílios, configurando o terceiro ano de piora nas carências habitacionais e alcançando 7,7 milhões. De 2009 a 2015, o déficit aumentou 5,9%. O estudo foi realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), sob encomenda do SindusCon-SP.

Apesar das demandas mais urgentes de habitação no país,  o valor alto do auxílio-moradia é repassado para garantir o conforto de juízes, parlamentares, ministros, procuradores e outras autoridades e servidores do alto escalão no Brasil. Profissões em que os salários passam da casa dos R$ 20 mil. O Poder Judiciário terminou 2016 com 18.011 juízes de direito, desembargadores e ministros das cortes superiores, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Confira os gastos anuais:

Fonte: Consultoria de Orçamento do Senado

*O mesmo levantamento realizado pela Consultoria do Senado aponta que o custeio de auxílio-moradia subiu de R$ 75 milhões em 2010, nos três Poderes, para R$ 814 milhões em 2017. O aumento ocorreu em 2014, quando o ministro do STF Luiz Fux concedeu liminar beneficiando todos os magistrados.

A ajuda de custo de moradia para magistrados é uma garantia legal, prevista na Lei Orgânica da Magistratura Nacional, desde 1979 e estabelece a concessão do benefício a todos os juízes que não têm residência oficial, de propriedade do Estado, à disposição. Mas, o benefício era pago até para quem tinha casa própria na cidade onde trabalhava.

Porém em 1990, o governo aprovou uma outra lei e alterou as regras para todos os servidores públicos. Uma das determinações era de que o auxílio-moradia só seria concedido ao servidor público que não fosse proprietário de imóvel na cidade em que trabalha.

Com isso, grupos de juízes acionaram o Supremo Tribunal Federal fazendo referência à Lei Orgânica da Magistratura e pediam liminar para ter acesso ao benefício. O assunto ganhou notoriedade com o caso Bretas.

O juiz da Lava-Jato no Rio de Janeiro Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, e sua mulher Simone Bretas, do 5º Juizado Especial Federal Cível, recebem dois auxílios-moradia de R$ 4.377,73 cada. A duplicação do benefício para casais que moram juntos é proibida por resolução do Conselho Nacional de Justiça, mas os dois conseguiram o direito a receber quase R$ 9 mil por causa de uma uma decisão judicial.

Isso porque a Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra)  acionaram o Supremo em setembro de 2014 para que o auxílio fosse reconhecido como um direito de todos os juízes federais, inclusive aqueles com casa própria. Por isso, o ministro Luiz Fux, relator do caso, concedeu liminar (que é uma decisão provisória) no dia 16 de setembro de 2014 favorável às entidades com o argumento de que o benefício está previsto na Lei Orgânica da Magistratura.

Em dezembro de 2017, Roberto Veloso, presidente da Associação de Juízes Federais, declarou ao jornal O Estado de S. Paulo que sem o benefício a defasagem do salário dos juízes, que estaria em 40% por falta de reajustes, aumentaria para 60%. Em 2018, a União deve gastar R$ 831 milhões, segundo previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA), aprovada pelo Congresso em dezembro.

No próximo dia 22 de março, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, presidirá o julgamento de mérito das liminares que garantiram o pagamento de auxílio-moradia a todos os magistrados do país, incluindo juízes federais, da Justiça Trabalhista, da Justiça Militar e estaduais.

Procurada pelo LeiaJá, a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) afirmou que a mobilização desta quinta-feira (15)  ocorrerá em cinco estados e no Distrito Federal. A entidade à frente da mobilização nacional acredita que os ataques à remuneração dos magistrados são uma maneira de "punir a Justiça Federal" em função da Operação Lava Jato.

“A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) realizam mobilização nacional pela independência e pelas garantias constitucionais das categorias, e pela defesa da verdade, da isonomia e da dignidade remuneratória. Na data (15), as entidades promoverão atos públicos conjuntos em cinco estados e no Distrito Federal. Os eventos serão promovidos sem prejuízo de outros movimentos de concentração e de mobilização das carreiras por todo o país, sob as coordenações regionais. Vale lembrar que, neste dia, a Justiça Federal funcionará em regime de plantão. Serviços urgentes como a análise de habeas corpus e de demandas que envolvam risco de vida não serão afetados”.

A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) divulgou nesta segunda-feira, 12, nota de repúdio ao que a entidade classifica de "uso abusivo e distorcido" pela imprensa das informações financeiras disponibilizadas nos portais de transparência relativas aos pagamentos feitos a magistrados em 2017. São incluídas nestes pagamentos verbas indenizatórias como a ajuda de custo para moradia, que, segundo a entidade, estão previstas em lei. A Anamatra, segundo o teor da nota, discorda das reportagens e editoriais por temer o engano que os dados não contextualizados podem provocar na opinião pública.

"Os dados sobre pagamentos efetuados a magistrados, inclusive os de cunho indenizatório, como é a ajuda de custo para moradia - que, portanto, não desafia incidência de IRPF, tal como outras tantas ajudas de custo expressamente referidas como isentas na Lei n. 7.713/1988 -, são públicos e estão disponibilizados desde 2004 no Portal da Transparência do Conselho Nacional de Justiça e nos portais dos tribunais, sendo acessíveis a qualquer cidadão brasileiro. Houvesse o que esconder, não estariam assim disponíveis, sem qualquer filtro ou restrição", diz a nota.

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Para a entidade que representa 4.000 membros da Magistratura do Trabalho, "é inaceitável, de toda sorte, o uso abusivo e distorcido das informações financeiras disponibilizadas nos portais de transparência". O documento lembra que a complexa questão dos direitos e vantagens da Magistratura será enfrentada em breve pelo Supremo Tribunal Federal (STF), não havendo, no âmbito da União, o pagamento de quaisquer benefícios que não tenham previsão na Lei Orgânica da Magistratura Nacional (LC n. 35/1979) ou em lei federal competente.

A nota afirma ainda que "críticas públicas a tais vantagens, ainda quando equivocadas, são legítimas e naturais em ambiente democrático", mas considera "inadmissível que isso se faça ao enxovalho de toda uma carreira nacional, expondo publicamente à execração pública centenas de juízes de todo o País".

O comandante do Exército Brasileiro, general Eduardo Villas Boas, defendeu neste sábado, 20, as declarações feitas ao Estado pelo comandante da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira que, em entrevista, defendeu a volta do auxílio-moradia para militares.

A defesa foi feita em postagem na conta oficial do general no Twitter. "O almirante (Eduardo Bacellar) Leal Ferreira, comandante da Marinha do Brasil, toca em um ponto que muito nos preocupa nas Forças Armadas. Proteger nossos militares da ação nefastas do crime organizado por, eventualmente, residirem nas áreas de risco", escreveu Villas Boas.

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Com a mensagem, Villas Boas compartilhou a reportagem publicada neste sábado pelo Estado, na qual Bacellar defende a volta do benefício. Segundo dados de um estudo do Ministério da Defesa, o retorno do benefício, extinto em 2000, custaria R$ 2,2 bilhões neste ano. Como mostrou a reportagem, a Aeronáutica também reivindica o benefício. A discussão ocorre em um momento em que o Supremo Tribunal Federal (STF) está prevendo para março o julgamento do conjunto de ações que tratam do auxílio-moradia para juízes.

Desde setembro de 2014, uma decisão liminar (provisória) do ministro do STF Luiz Fux garante aos magistrados o pagamento de até R$ 4.377 mensais referente ao benefício. Na esteira da decisão, o Conselho Nacional do Ministério Público estendeu o auxílio a promotores e procuradores com valores semelhantes.

Histórico

A lei que estabelecia a indenização de moradia para as Forças, aprovada no início dos anos 1990, previa que o valor pago variava de acordo com o posto do militar. Representava 30% do soldo se o militar possuísse dependente declarado e 10%, se não.

Dos atuais 378 mil militares na ativa, 246 mil teriam direito ao auxílio-moradia. Recrutas (soldados prestando serviço militar) e alunos de escolas de formação não teriam direito porque dispõem de alojamentos.

Depois dos juízes e dos integrantes do Ministério Público, agora os defensores públicos federais conquistaram o direito a receber auxílio moradia. Sob o argumento de que deve haver isonomia entre as carreiras, os membros do Conselho Superior da Defensoria Pública da União aprovaram nesta quinta-feira, 16, resolução concedendo o benefício para a categoria.

No entanto, de acordo com informações da assessoria de comunicação da Defensoria, os valores ainda não começarão a ser recebidos porque não há verba. Para fazer o pagamento, será necessário conseguir incluir a despesa no orçamento. Atualmente, existem 561 cargos de defensor público federal no País.

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A aprovação do auxílio-moradia para a categoria ocorreu um mês depois de o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter determinado o pagamento do benefício a juízes em atividade no País. Para Fux, os magistrados têm o direito de receber valores mensais de até R$ 4,3 mil. De acordo com ele, trata-se de uma verba de caráter indenizatório já recebida por procuradores, ministros de tribunais superiores e juízes de 18 Estados.

No início deste mês, após as decisões em caráter liminar do ministro do Supremo, os conselhos nacionais de Justiça (CNJ) e do Ministério Público (CNMP) regulamentaram o pagamento de auxílio moradia para juízes, promotores e procuradores. Estimativas de integrantes do governo indicam que o custo do pagamento do benefício poderá ser de mais de R$ 1 bilhão por ano.

Conforme a regulamentação, os magistrados em geral receberão o benefício. Apenas ficarão de fora os magistrados e procuradores que tiverem à disposição residência oficial, os aposentados e os afastados das funções.

Na última sexta-feira, 10, a ministra Rosa Weber, do STF, não aceitou um pedido da Advocacia Geral da União (AGU) que questionava a decisão de Fux de garantir o auxílio moradia para os juízes federais - primeira liminar que deu mote à série de decisões sobre o assunto. Para ela, a ação utilizada pela AGU para questionar o pagamento do benefício - um mandado de segurança - não era apropriada.

"Na presente hipótese não se está diante de decisão passível de ser qualificada de teratológica, nem detecto justificativas plausíveis, fáticas ou jurídicas, para a opção pela via excepcionalíssima do mandamus", concluiu a ministra. A AGU solicitou, após a decisão de Rosa Weber, que o caso seja levado ao plenário do tribunal.

Cerca de 20 famílias que vivem em loteamento de Igarassu serão contempladas com o auxílio moradia enquanto aguardam a construção de habitações sociais. O benefício é estendido para as famílias com renda mensal de até um salário mínimo e meio, sem vínculo empregatício.

O valor do auxílio-moradia é repassado pela Prefeitura e os moradores terão até 30 dias para realizar a mudança. A desocupação é uma das primeiras etapas do Programa Operações Coletivas, do Governo Federal, em parceria com as Secretarias Municipais de Ação Social e Infraestrutura da Prefeitura Municipal de Igarassu.

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As famílias moram em barracos em péssimas condições, e tem de conviver com mau cheiro, esgoto a céu aberto e falta de saneamento básico. Há mais de seis anos que a comunidade conhecida como “Ocupação Escola Mínima” aguarda a construção das casas.

A assinatura dos contratos prevê a construção de 200 unidades habitacionais , que foram divididas em 11 bairros: Cruz de Rebouças, Bonfim I e II, São Marcos, Loteamento Miguel Arraes, Vila da Chesf, Loteamento Agamenom Magalhães, Manancial, Taepe, Nova Cruz e Rubina.

Com informações da assessoria

Parte dos moradores do Conjunto Residencial Eldorado, localizado no Arruda, Zona Norte do Recife, continuam enfrentando grandes dificuldades. Três meses se passaram, desde as primeiras desocupações, e pouca coisa mudou. Muitos condôminos continuam dividindo imóveis com parentes ou amigos e outros nem o auxílio moradia receberam.

É o caso de Paulo Roberto, integrante da comissão do residencial montada logo após a interdição. Proprietário de um dos apartamentos do Bloco A2, ele já passou pela casa da mãe, da sogra e agora enfrenta uma nova mudança. “Mudou tudo. Deixamos o imóvel onde eu e minha família moramos desde a inauguração. Trocamos de bairro, os ônibus que estamos utilizando pra ir ao trabalho e a faculdade também são outros, são vários transtornos”, desabafou.

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Paulo conta que ele e outros 123 moradores contrataram um advogado para cuidar do caso, mas até agora a primeira parcela do benefício ainda não foi depositada. A expectativa inicial era receber o valor de R$ 1.200 na última sexta-feira (23), mas, segundo ele, devido a um pedido de anulação por parte da Caixa Econômica a quantia não foi paga.

“Nosso advogado está entrando com uma petição para que seja cumprido o acordo, incluindo a multa de R$ 1 mil por dia de atraso. Aluguei um apartamento contando com esse benefício e a primeira parcela vence dia 5 de setembro, mas até agora nada. Vou ter que tirar dinheiro de onde não tenho para cobrir mais uma dívida”, afirmou.

Diferente de Paulo, um total de 85 moradores do Eldorado receberam em agosto a segunda parcela do auxílio moradia. Eles entraram na justiça com outro profissional e conseguiram o valor de R$ 1.600 mensal. A quantia começou a ser paga em julho deste ano e deve continuar a ser depositada até o final do processo.

De acordo com André Frutuoso, advogado desse grupo de condôminos, este é o maior valor de indenização securitária já pago no Brasil. Segundo ele, agora o próximo passo é ressarcir as famílias dos danos morais e materiais deixados pela tragédia. “Estamos pedindo uma indenização definitiva correspondente ao valor do imóvel corrigido. Conforme pesquisas que fizemos hoje um apartamento naquele bairro custa cerca de R$ 150 mil”.

MPPE – O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) também ingressou com um processo na justiça defendendo 28 moradores do Eldorado. Mas segundo a promotora Selma Carneiro, esse grupo também não recebeu a quantia de R$ 1 mil estipulada pela justiça.

“O juiz deferiu uma limitar solicitando os contratos de locação dos novos imóveis dessas famílias. Mas na segunda-feira (26) passada eu entrei com um pedido alegando que muitas pessoas foram morar com parentes e por isso não teriam esse documento. Espero que ainda essa semana eu tenha uma resposta positiva”, concluiu.

O prefeito Geraldo Julio assina nesta terça-feira (6), às 16h30, o decreto que determina o pagamento de um auxílio no valor de R$ 1.500 para as famílias atingidas pelo incêndio na comunidade dos Coelhos. Na ocasião o gestor também anunciará o envio de um Projeto de Lei para a Câmara do Recife que trata de um reajuste no valor do auxílio-moradia, que hoje é de R$ 151.

 

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Os moradores desabrigados da comunidade dos Coelhos, área central do Recife, receberam a visita do arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, no final da manhã desta terça-feira (6). O representante da igreja católica ouviu as famílias e acompanhou de perto o sofrimento de quem perdeu tudo na noite de ontem. “Estamos aqui como igreja, num momento tão difícil que essa comunidade está passando. Viemos escutá-los, ver as dificuldades e tomar alguma providência”. 

Dom Fernando adiantou que vai marcar uma audiência com o prefeito Geraldo Julio para discutir medidas que possam ser tomadas para minimizar os problemas enfrentados pelos desabrigados e criticou o valor do auxílio disponibilizado pela prefeitura. “Eu acho indecente oferecer a esses moradores um auxilio moradia de R$ 150. Isso é uma coisa inconcebível já que essas pessoas não conseguem alugar uma casa por esse valor”.

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O chefe local da igreja católica afirmou que vai promover uma campanha nas paróquias para arrecadar donativos para as famílias desalojadas. Roupas, móveis e alimentos podem ser entregues na Paróquia da Boa Vista, na sede do movimento Pró Criança e na sede da Cúria Metropolitana. 

 

Confira os endereços dos pontos de arrecadação:

Paróquia da Boa Vista

Praça Maciel Pinheiro, na Igreja do Santíssimo Sacramento

Movimento Pró Criança

Rua dos Coelhos, 317, perto do IMIP

Cúria Metropolitana

Avenida Rui Barbosa, 409, Graças

As 998 famílias cadastradas pela Secretaria de Políticas Sociais, Esportes e Juventude de Paulista no auxílio-moradia já podem ter acesso ao benefício do mês de janeiro. O prefeito, Júnior Matuto, antecipou a liberação do dinheiro para esta sexta-feira (25) e estão sendo contempladas pessoas que residiam em áreas de alagados e pontos de risco e que já faziam parte do programa.





Moradores de três quadras do Conjunto Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, já começam a receber da Caixa Econômica Federal (CEF), um auxílio moradia de R$750, enquanto estarão afastados das residências que vão passar por reforma.

De acordo com a coordenadora de planejamento da Defesa Civil da cidade, Rejane Lucena, os prédios da década de 80 apresentam problemas de estrutura decorrentes da fundação e provocados também por mudanças na construção. “A Caixa é ré neste processo e a justiça estabeleceu que o valor do auxílio fosse compatível para alugar um imóvel na mesma cidade em que eles moram. A Defesa Civil está orientando os moradores e fazendo o cadastro para o recebimento da quantia”, explicou. 

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Estão sendo cadastrados, os moradores dos 960 apartamentos das quadras 1, 2 e 4. De acordo com Rejane Lucena, após o cadastro, a documentação será encaminhada para o Ministério Público Federal, para análise e providências. “O registro deverá ser feito apenas pelo proprietário do imóvel. Quem não se cadastrar, poderá não receber a bonificação”, informou. 

O atendimento está sendo realizado na associação dos moradores do bairro, das 9h às 13h. Para efetuar a inscrição é necessário levar um comprovante de endereço, RG, CPF, documentos de compra e venda do imóvel, xérox de cartão do banco para depósito do auxílio moradia.

CALENDÁRIO DE CADASTRAMETO

Quadra 1 – até a próxima sexta-feira (11/01)

Quadra 2 – de 28/ 01 até o dia 25 de fevereiro

Quadra 4 - de 12 de março a 1° de abril

Moradores da comunidade Vila Oliveira, localizada no bairro do Pina, Zona Sul do Recife, se reuniram com representantes da Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), e da Secretaria de Articulação Social e Regional (Seart) nesta segunda-feira (7). No encontro, que durou mais de 2h e ocorreu a portas fechadas na sede da Companhia, ficou decidido que as famílias receberão, provisoriamente, o auxílio-moradia no valor de R$ 151 e poderão ser acolhidas em abrigo. A quantia deverá ser paga a partir da próxima segunda-feira (12). Outra possibilidade é a relocação dos moradores para habitacionais construídos pelo governo. 

De acordo com o presidente interino da Cehab, Paulo Lócio, o governo estadual está do lado das famílias e paralelamente às medidas provisórias estará acompanhando o processo jurídico, juntamente com a Seart, a Procuradoria Geral do Estado e a Pernambuco Participações e Investimentos (Perpart). “O pessoal da Perparte já está atuando nesse processo e a partir de hoje a Cehab também se coloca a disposição”.

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Coforme Lócio, os moradores possuem o título de posse dos terrenos e muitos deles, cerca de 90%, já haviam o registro no cartório de imóveis. O terreno onde a comunidade Vila Oliveira foi construída pertencia a Santa Casa e foi vendido ao Governo do Estado, sendo posteriormente doado aos moradores. “Os títulos de posse foram dados às famílias em 2006 e a Cehab reconhece a legitimidade desses documentos. Por isso vamos defender judicialmente esse processo. Vamos tentar derrubar a liminar que reconhece a invalidade dos títulos de posse da Cehab”, afirmou Paulo. 

A advogada dos moradores, Maria José do Amaral, também participou da reunião. Segundo ela, houve abuso de poder na ação realizada na comunidade nessa terça-feira (6). “A ordem de despejo era para apenas três imóveis e todas as famílias foram retiradas. O documento também solicitava a entrega da posse e não a demolição”, explicou a advogada. 

Segundo Maria José, uma perícia duvidosa, e que será contestada por ela, entendeu que o terreno pertencia ao casal, que reivindica a posse do espaço. "A justiça reconhece o casal como donos e a Cehab reconhece o título de posse dos moradores". A advogada também adiantou que moverá cinco ações, cada uma no valor de R$ 6 milhões, totalizando R$ 30 milhões. Conforme Maria José, as ações são pelos danos morais, materiais, violação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), violação o Estatuto do Idoso e os traumas psicológicos sofridos pelos moradores. 

“Uma das ações é contra o Estado, devido ao posicionamento do oficial de justiça Alberto Maia. As outras cinco serão movidas contra o casal que se diz proprietário do terreno. E em todas elas eu vou pedir a antecipação de título (pagamento adiantado), pois muitas dessas pessoas trabalhavam naquele local e não vão conseguir viver com R$ 151”, afirmou. Havendo resultado positivo, o valor seria dividido entre os cerca de 100 moradores, que residiam na Vila Oliveira.

Entenda o caso - De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) o processo de retirada das famílias teve início em 1993. Um casal, Paulo Roberto Fonseca dos Santos e Dulcinea Maria Fonseca dos Santos, alegou ser dono do terreno. Em 2009, o juiz Franciso Julião deu ganho de causa às famílias. Já no ano passado,o desembargador Adalberto de Oliveira Melo julgou procedente o recurso do casal. As famílias só podem recorrer agora ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Confira outras matérias sobre o protesto realizado pelos moradores da comunidade Vila Oliveira:

Moradores resistem a ordem de despejo

Advogada entra com ação para impedir desapropriação em BV

Moradores liberam via de Boa Viagem, mas protesto continua

Moradores de comunidade do Pina são despejados

Despejados da Vila Oliveira são recebidos pelo Governo

Tratores derrubam casas na Vila Oliveira

 

O pagamento retroativo (de setembro 1994 a dezembro 1997) do “auxílio moradia” repassado pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) a 52 deputados e ex-deputados estaduais tem gerado repercussão e polêmicas. De acordo com o blog Acerto de Contas, que fez a denúncia em primeira mão, o valor pago a cada deputado ou ex-deputado pode chegar a mais de R$ 1 milhão. Entre os nomes que figuram na lista estão o ex-prefeito do Recife João Paulo, o deputado Cadoca e a deputada federal Luciana Santos. 

Entretanto, a polêmica tomou proporções na esfera judicial, tanto que a a secção pernambucana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/PE), em nota divulgada a imprensa, informou que vai solicitar à Assembleia informações técnicas sobre os pagamentos.

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“Este pagamento é imoral, porque muitos dos beneficiados moravam em Recife nessa época. Inclusive o ex-prefeito da cidade, João Paulo”, afirmou o blogueiro do Acerto de Contas e doutor em Finanças Pierre Lucena. Pierre conta que há um mês está investigando o caso. “Fico acompanhando os gastos públicos através Portal da Transparência e foi desencavando lá que achei os dados do pagamento”, completou.

De acordo com a publicação do Blog Acero de Contas “um grupo de deputados fez uma requisição administrativa para que fossem pagos os subsídios entre setembro de 1994 a dezembro de 1997, pois teoricamente a mesa diretora do período não havia transferido o “direito” ao recebimento durante estes 40 meses. O argumento é que os deputados federais recebiam, e eles deveriam receber 75% do valor”.




Conforme publicado no ACERTO DE CONTAS, a Assembleia Legislativa de Pernambuco decidiu, em ato secreto da Mesa Diretora, pagar auxílio-moradia a diversos deputados e ex-deputados, inclusive a alguns que já moram em Recife. E a lista está repleta de atuais figurões da política pernambucana.

O valor pode chegar a mais de R$ 1 milhão por deputado (ou ex-deputado).

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O ato de pagar auxílio-moradia a deputados residentes em Recife já poderia ser considerado um escárnio, mas segundo a reportagem do Acerto de Contas,  o fato toma ares de escândalo quando toda a história é avaliada .

Um grupo de deputados fez uma requisição administrativa para que fossem pagos os subsídios entre setembro de 1994 a dezembro de 1997, pois teoricamente a mesa diretora do período não havia transferido o “direito” ao recebimento durante estes 40 meses. O argumento é que os deputados federais recebiam, e eles deveriam receber 75% do valor.

Leia essa e outras matérias no Acerto de Contas, blog parceiro do Portal LeiaJá. 

Moradores da comunidade Abençoada por Deus, no bairro da Torre, interditaram, na noite desta segunda-feira (28), uma via da rua José Bonifácio, em frente ao Carrefour. Por volta das 19h30, os manifestantes tocaram fogo em pneus e restos de madeiras e bloquearam as três faixas de rolamento da via no sentido Torre/av. Caxangá.

De acordo com os moradores, a manifestação foi motivada pela falta de habitação e pelos constantes atrasos do pagamento do auxílio-moradia. Em 2008, a Prefeitura do Recife realizou a transferência de 428 famílias da comunidade para um conjunto habitacional construído no bairro da Iputinga. Outras 421 famílias, cadastradas pela PCR, passaram a receber o auxílio-moradia para em seguida ganharem suas casas definitivas.

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Os manifestantes afirmaram que até o momento mais nenhuma família foi contemplada com a residência e que a promessa era de que em menos de cinco anos todos os moradores estariam em suas casas. Ainda segundo os manifestantes, muitas famílias estão sendo despejadas, já que, por conta do atraso, não conseguem pagar o aluguel.

O protesto foi encerrado por volta das 20h40, quando um carro do Corpo dos Bombeiros chegou ao local e em poucos minutos apagou o fogo. Logo em seguida as faixas foram liberadas e o trânsito voltou a fluir normalmente. Após a conclusão, baderneiros aproveitaram o momento e atearam fogo em restos de madeiras na rua Marcos André, ao lado do Carrefour. Rapidamente, bombeiros foram até o local e apagaram as chamas. 

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