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A presidente Dilma Rousseff terá um encontro bilateral com o presidente Barack Obama na próxima sexta-feira (10), na Cidade do Panamá. O encontro, confirmado nessa terça-feira (7) pelo Itamaraty, marcará a reaproximação definitiva entre o Brasil e Estados Unidos e servirá para acertar os detalhes da visita de Dilma aos Estados Unidos, possivelmente no segundo semestre deste ano.

Apesar dos rumores de que a presidente faria cobranças, de novo, ao colega americano pela espionagem da National Security Agency - especialmente depois da revelação de que o governo brasileiro continuaria sendo vigiado - o tom adotado pelo governo brasileiro é de pacificação. Não deverá haver condições para que Dilma remarque a viagem, cancelada em 2013, porque não há clima para novas imposições e é de interesse brasileiro retomar as relações em um momento em que as exportações para os Estados Unidos são as únicas que crescem na balança comercial brasileira.

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O encontro com Obama é o primeiro de uma sequencia de reuniões bilaterais que a presidente fará durante a Cúpula das Américas. Dilma terá ainda encontros com o presidente do México, Enrique Peña Nieto, da Colômbia, Juan Manuel Santos, do Haiti, Michel Martelly, além do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon. Chegou-se a cogitar que a presidente emendasse a ida a Cúpula com visitas à Colômbia e ao México, o que acabou não se confirmando. Os encontros bilaterais também deverão tratar de visitas presidenciais.

Dilma chega ao Panamá no início da tarde de sexta-feira e seu primeiro compromisso será o encerramento do fórum empresarial, junto com Obama e o presidente panamenho, Juan Carlos Varela. À noite, há um jantar oferecido aos presidentes. A Cúpula presidencial acontece durante todo o sábado, e os encontros bilaterais devem acontecer ao longo do dia. A presidente embarca para o Brasil no início da noite de sábado.

O Departamento de Estado norte-americano confirmou neste sábado (4) a participação do presidente Barack Obama na reunião da Cúpula das Américas, marcada para os dias 10 e 11 de abril, na cidade do Panamá. De acordo com a diplomacia dos Estados Unidos, durante o encontro Obama deve interagir com o presidente de Cuba, Raul Castro, embora não esteja programada uma reunião bilateral.

"Ao decidir participar da reunião, o presidente Barack Obama sabia que Cuba tinha sido convidada e que haveria uma interação. Os dirigentes estarão juntos a maior parte do tempo. Haverá, portanto, um intercâmbio com Raul Castro", declarou a secretária de Estado adjunta para a América Latina, Roberta Jacobson.

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Segundo ela, além do encontro bilateral com o presidente do Panamá, Juan Carlos Varela, nenhuma outra reunião está programada. "Portanto, não sei exatamente que tipo de interação ocorrerá", acrescentou a diplomata.

A Cúpula das Américas, com a presença de 34 chefes de Estado, assume um destaque particular por ocorrer após o anúncio histórico, em 17 de dezembro, da restauração das relações diplomáticas entre Washington e Havana, depois de meio século de tensões herdadas da Guerra Fria.

Em janeiro, fevereiro e março, representantes dos dois países participaram de encontros oficiais para o restabelecimento das relações diplomáticas e reabertura das embaixadas. A intenção do governo norte-americano era reabrir a chancelaria em Havana antes da Cúpula das Américas. Cuba faria o mesmo com a embaixada nem Washington.

Entretanto, o Departamento de Estado indicou ser pouco provável que as respetivas embaixadas sejam reabertas até a realização da reunião.

Depois de cancelar uma visita de Estado programada a Washington para outubro de 2013, a presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira, 1°, que provavelmente realizará uma "visita de governo" aos Estados Unidos ainda neste ano. O comentário foi feito em entrevista concedida à agência de notícias Bloomberg.

"Se eu fosse fazer uma viagem de Estado teria de ser em março do ano que vem, mas março do ano que vem já é um ano eleitoral, então provavelmente não farei uma visita de Estado, farei uma visita de governo ainda este ano", disse Dilma.

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Segundo auxiliares palacianos, a diferença de uma visita de trabalho e de uma visita de Estado está nos aspectos protocolares. A visita de Estado tem um status mais elevado e, no caso da Casa Branca, envolve um jantar de gala que seria oferecido pelo presidente Barack Obama. Na visita de governo, esse jantar de gala seria substituído por um jantar privado, também a convite de Obama.

Em 2013, Dilma decidiu cancelar a viagem oficial aos Estados Unidos, marcada para o dia 23 de outubro, depois da revelação de que a National Security Agency (NSA) espionava empresas, cidadãos e o governo brasileiro, inclusive a própria presidente.

Os detalhes da reprogramação da visita devem ser acertados por Dilma e Obama na Cúpula das Américas, que ocorre nos dias 10 e 11 de abril na Cidade do Panamá.

"Nós já temos um conjunto de atividades já mais ou menos encaminhadas, porque nesse período que infelizmente ocorreu aquela questão da NSA, nós não paramos com nosso relacionamento, continuamos com o relacionamento", disse Dilma, ao falar sobre a parceria com o governo dos Estados Unidos.

"Nós temos interesses, por exemplo, numa parceria estreita na área de energia. O Brasil precisa de fazer algumas modificações na sua legislação tributária para permitir que haja acordo de bitributação mais célere entre nós. No caso dos vistos, acho que também o caminho andou muito, mas eu não acho que é isso que caracteriza as relações do Brasil com os Estados Unidos", disse a presidente.

A presidente Dilma Rousseff vai aproveitar a passagem pela Cúpula das Américas, em abril, na Cidade do Panamá, para ter uma reunião bilateral com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, informou na noite desta sexta-feira, 13, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). A cúpula está marcada para os dias 10 e 11 de abril.

Em nota, a Secom comunicou que o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ligou para a presidente Dilma Rousseff nesta sexta-feira. De acordo com as autoridades brasileiras, "eles reafirmaram a importância das relações bilaterais, especialmente na área de energia e comércio".

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A Secom se pronunciou depois de a Casa Branca ter divulgado uma nota, mais cedo, sobre a conversa entre Biden e Dilma. Segundo o governo norte-americano, Dilma e Biden falaram sobre esforços conjuntos para avançar o "diálogo e a cooperação entre Brasil e Estados Unidos em uma série de questões, incluindo segurança, energia, comércio e cooperação global".

A conversa entre Biden e Dilma ocorre depois de o governo dos Estados Unidos impor uma série de sanções à Venezuela. Uma reunião extraordinária de chanceleres da União das Nações Sul-americanas (Unasul) para discutir as sanções foi remarcada para o próximo sábado, em Quito.

O último encontro reservado de Dilma com o presidente dos Estados Unidos ocorreu em novembro de 2014, durante a cúpula do G20 em Brisbane, na Austrália. Na ocasião, Dilma disse que manteve uma rápida conversa sobre a possibilidade de a presidente remarcar a visita de Estado aos EUA.

"Nós estamos fazendo tratativas aí, fora dessa reunião aqui, nós estamos fazendo tratativas entre o nosso ministro das Relações Exteriores, o Ministério das Relações Exteriores e o equivalente americano no sentido de estudar uma volta, uma ida minha aos Estados Unidos", afirmou Dilma depois do encontro na Austrália.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, saudou neste sábado (, na cidade de Selma, a coragem dos que há 50 anos lutaram para obter o direito de voto para todos, assinalando que a marcha contra o racismo "ainda não terminou".

"É um erro sugerir que o racismo desapareceu, que o trabalho realizado pelos homens e mulheres de Selma terminou. (...). Isto não é certo", declarou o presidente no discurso realizado na pequena cidade do Alabama emblemática na luta pelos direitos civis.

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"Não precisamos do relatório de Ferguson para saber" que o racismo ainda persiste, assinalou Obama em referência ao documento do departamento de Justiça sobre o comportamento discriminatório da polícia neste comunidade onde um jovem negro desarmando foi morto por um policial branco, em agosto passado.

"Basta abrir os olhos, os ouvidos, os corações para saber que a sombra da história racial deste país continua pairando sobre nós", disse Obama para milhares de pessoas que foram a Selma para lembrar o "Bloody Sunday" (Domingo Sangrento).

"Sabemos que esta marcha ainda não terminou", afirmou Obama ao lado da mulher, Michelle, e de seu predecessor, o republicano George W. Bush. Obama também denunciou a implementação - em alguns estados - de leis que dificultam o exercício do voto pelas minorias.

"Neste momento, em 2015, cinquenta anos após Selma, há leis em nosso país desenhadas para tornar mais difícil que o povo vote", assinalou ao discursar na famosa ponte Edmund Pettus, onde cerca de 600 pessoas foram brutalmente reprimidas, há meio século.

Obama disse ainda que Selma é atualmente um lugar de inspiração para os cidadãos de todo o mundo que lutam pela liberdade.

"Das ruas de Túnis as de Maidan, na Ucrânia, esta geração de jovens pode se inspirar neste lugar, onde os mais fracos puderam mudar a maior potência do mundo e empurrar seus líderes a expandir as fronteiras da liberdade".

O primeiro presidente negro dos Estados Unidos homenageou assim os manifestantes que foram violentamente atacados pela polícia na repressão brutal à passeata de 7 de março de 1965, exibida ao vivo pela televisão e que comoveu a população americana.

Há 50 anos, o protesto tinha relação com o próprio funcionamento da democracia. Nos início dos anos 60, um grande número de obstáculos minava o caminho dos afro-americanos até o registro eleitoral: dos 15.000 habitantes de Selma, apenas 300 tinham direito a voto.

A repressão da polícia, armada com cassetetes e gás lacrimogêneo, marcou a história da democracia americana.

Duas semanas mais tarde, milhares de pessoas lideradas pelo pastor Martin Luther King saíram novamente de Selma para seguir até Montgomery, a 90 km de distância, onde chegaram em um longo cortejo após vários dias de uma marcha entrou para história.

Em 6 de agosto de 1965, o presidente democrata Lyndon B. Johnson, que sucedeu John F. Kennedy, assinou a Lei de Direito ao Voto, garantindo a todos o direito ao sufrágio.

Antes da aprovação da lei, era mais fácil para estados como Alabama restringir o recenseamento eleitoral por meio de intimidação violenta e racismo burocrático.

- 'Luta contra a pobreza' -

Se a lei assinada em 6 de agosto de 1965 pelo presidente Lyndon Johnson permitiu a aplicação com mais eficiência da 15ª emenda à Constituição americana, que proíbe negar o direito ao voto a qualquer cidadão "com base em sua raça ou cor", o debate, no entanto, não foi encerrado.

O texto, base dos direitos civis, foi parcialmente colocado em julgamento em 2013 pela Suprema Corte, que considerou que o país "não está mais dividido como em 1965", e que a lei deveria evoluir.

Os democratas acusam sistematicamente os republicanos de acenarem com a alegação de fraude eleitoral para introduzir em alguns estados dificuldades adicionais à identificação de eleitores, com o objetivo de desestimular as minorias - que votam, majoritariamente, nos democratas - a comparecer às urnas.

"Não proteger energicamente o que foi conquistado (o direito ao voto, à informação) é desrespeitar os que fizeram estes sacrifícios", assinalou o pastor Al Sharpton, defensor dos direitos civis, ao chegar à ponte Edmund, onde uma multidão aguardava Obama.

"Avançamos muito, mas é hora de protestar, mais do que celebrar", acrescentou o pastor Jesse Jackson. "Devemos proteger o direito ao voto e discutir a questão da pobreza, que é uma arma de destruição em massa", defendeu o pastor, outro ativista dos direitos civis.

Em Selma, que registra uma taxa de desemprego superior a 10%, o dobro da média nacional, e onde cerca de 40% dos lares permanecem abaixo da linha de pobreza, a luta atual também é pela igualdade de oportunidades.

"Esta região experimentou muitos períodos de recessão, as pessoas precisam ter esperança", assinalou Dane Shaw, que dirige a Arsenal Place Accelerator, organização dedicada a ajudar e criar empresas. "Selma recebeu grande atenção por seu papel na luta pelos direitos civis. Mas seus moradores atuais querem o direito ao crescimento econômico".

Para Letasha Irby, 36, que trabalha em uma fábrica de autopeças, "há outras lutas para acontecerem no Alabama". "Se eles se uniram e formaram uma frente conjunta há 50 anos, isso pode acontecer hoje", comentou a operária, que ganha 12 dólares por hora e pede prioridade à luta "por salários decentes".

"Espero que as celebrações voltem a chamar a atenção para Selma, e que, uma vez mais, haja mudanças positivas".

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, saudou neste sábado (7), na cidade de Selma, a coragem daqueles que, há 50 anos, lutaram para obter o direito de voto para todos, assinalando que a marcha contra o racismo "ainda não terminou".

"É um erro sugerir que o racismo desapareceu, que o trabalho realizado pelos homens e mulheres de Selma terminou. (...). Isto não é verdadeiro", declarou o presidente dos Estados Unidos no discurso realizado na pequena cidade do Alabama emblemática na luta pelos direitos civis.

O Serviço Secreto, encarregado de proteger o presidente americano, confinou os jornalistas na sala de imprensa da Casa Branca após uma detonação ouvida pouco antes da partida de Barack Obama para Selma (Alabama). Dois incidentes próximos à Casa Branca ocorriam no momento da detonação, segundo o Serviço Secreto, que não precisou se há relação entre os fatos.

"Quando os jornalistas se reuniam no lado de fora para a partida do presidente Obama e sua família para Selma, por ocasião do 50º aniversário da marcha pelos direitos civis, se escutou uma forte detonação", afirmou o jornalista David McCumber, do grupo Hearst Newspapers.

"O Serviço Secreto reuniu então os jornalistas na sala de imprensa e fechou as portas", acrescentou McCumber. Os bombeiros de Washington assinalaram no Twitter que ocorreu um incêndio - já extinto - em um trailer de venda de comida em uma rua próxima à Casa Branca.

Ainda não foi determinado se a explosão está ligada ao incêndio. Um segundo incidente envolveu um veículo no cruzamento da Rua 16 com a Avenida da Constituição, ao sul da Casa Branca. O acesso à Casa Branca também foi interrompido, provocando uma longa fila de turistas.

Cinquenta anos após os passos dados por aqueles que lutaram pelos direitos civis nos Estados Unidos, e que tornaram possível sua chegada à Casa Branca, o presidente americano, Barack Obama, visita neste sábado (7) a cidade de Selma, Alabama, para recrutar uma nova geração nesta luta.

O primeiro presidente negro dos Estados Unidos lembrará o 50° aniversário da ousada marcha pacífica pelos direitos civis passando pela ponte Edmund Pettus, onde os manifestantes foram violentamente atacados pela polícia. A repressão brutal da passeata de 7 de março de 1965, exibida ao vivo pela televisão, comoveu a população dos Estados Unidos.

Acompanhado por sua esposa Michelle e suas filhas Sasha e Malia, Obama insistirá no fato de que os acontecimentos de meio século atrás não estão confinados em um único tempo ou lugar. No aniversário de "Selma não se trata apenas de comemorar o passado", declarou Obama na véspera da sua visita. "É sobre honrar, por meio da ação aqui e agora a imagem daqueles que ajudaram a mudar este país".

Há 50 anos, o combate tinha relação com o próprio funcionamento da democracia. Nos início dos anos 60, um grande número de obstáculos minava o caminho dos afro-americanos até o registro eleitoral: dos 15.000 habitantes de Selma, apenas 300 tinham direito a voto. A repressão da polícia, armada com cassetetes e gás lacrimogêneo, marcou a história da democracia americana.

Duas semanas mais tarde, milhares de pessoas lideradas pelo pastor Martin Luther King saíram novamente de Selma para seguir até Montgomery, a 90 km de distância, onde chegaram em um longo cortejo após vários dias de uma marcha entrou para história.

Em 6 de agosto de 1965, o presidente democrata Lyndon B. Johnson, que sucedeu John F. Kennedy, assinou a Lei de Direito ao Voto, garantindo a todos o direito ao sufrágio.

Antes da aprovação da lei, era mais fácil para estados como Alabama restringir o recenseamento eleitoral por meio de intimidação violenta e racismo burocrático. "Selma mostrou a coragem de pessoas comuns fazendo coisas extraordinárias em defesa de sua convicção de que poderiam mudar o país", disse o presidente. "Selma desafia cada um de nós sobre o que podemos fazer para tornar a América melhor. Historicamente, foram jovens como vocês que ajudaram a liderar essas marchas", ressaltou.

A história do que aconteceu em Selma no "Domingo Sangrento" voltou a ganhar destaque graças ao filme indicado ao Oscar que leva o nome da cidade e que foi estrelado por David Oyelowo como Martin Luther King.

Mas este sábado é particularmente relevante para a luta atual travada pelos líderes dos direitos civis contra os escândalos provocados pela brutalidade policial contra membros da comunidade negra nos Estados Unidos.

A poucos dias da data histórica, o Departamento de Justiça divulgou um relatório que aponta o racismo cotidiano e o comportamento discriminatório da polícia em Ferguson, que fica quase 1.000 km ao norte de Selma.

"Eu não acredito que o que acontece em Ferguson seja típico", disse Obama na sexta-feira, mas "também não é um incidente isolado". Apesar do "relatório contundente" sobre o Departamento de Polícia de Ferguson, o governo não processará a polícia pelo assassinato do adolescente negro Michael Brown. Obama declarou que apoiava a decisão do Departamento de Justiça.

- 'Luta contra a pobreza' -

Se a lei assinada em 6 de agosto de 1965 pelo presidente Lyndon Johnson permitiu a aplicação com mais eficiência da 15ª emenda à Constituição americana, que proíbe negar o direito ao voto a qualquer cidadão "com base em sua raça ou cor", o debate, no entanto, não foi encerrado.

O texto, base dos direitos civis, foi parcialmente colocado em julgamento em 2013 pela Suprema Corte, que considerou que o país "não está mais dividido como em 1965", e que a lei deveria evoluir.

Os democratas acusam sistematicamente os republicanos de acenarem com a alegação de fraude eleitoral para introduzir em alguns estados dificuldades adicionais à identificação de eleitores, com o objetivo de desestimular as minorias - que votam, majoritariamente, nos democratas - a comparecer às urnas.

"Não proteger energicamente o que foi conquistado (o direito ao voto, à informação) é desrespeitar os que fizeram estes sacrifícios", assinalou o pastor Al Sharpton, defensor dos direitos civis, ao chegar à ponte Edmund, onde uma multidão aguardava Obama.

"Avançamos muito, mas é hora de protestar, mais do que celebrar", acrescentou o pastor Jesse Jackson. "Devemos proteger o direito ao voto e discutir a questão da pobreza, que é uma arma de destruição em massa", defendeu o pastor, outro ativista dos direitos civis.

Em Selma, que registra uma taxa de desemprego superior a 10%, o dobro da média nacional, e onde cerca de 40% dos lares permanecem abaixo da linha de pobreza, a luta atual também é pela igualdade de oportunidades.

"Esta região experimentou muitos períodos de recessão, as pessoas precisam ter esperança", assinalou Dane Shaw, que dirige a Arsenal Place Accelerator, organização dedicada a ajudar e criar empresas. "Selma recebeu grande atenção por seu papel na luta pelos direitos civis. Mas seus moradores atuais querem o direito ao crescimento econômico".

Para Letasha Irby, 36, que trabalha em uma fábrica de autopeças, "há outras lutas para acontecerem no Alabama". "Se eles se uniram e formaram uma frente conjunta há 50 anos, isso pode acontecer hoje", comentou a operária, que ganha 12 dólares por hora e pede prioridade à luta "por salários decentes".

"Espero que as celebrações voltem a chamar a atenção para Selma, e que, uma vez mais, haja mudanças positivas", diz.

Cinquenta anos após os passos dados por aqueles que lutaram pelos direitos civis nos Estados Unidos, e que tornaram possível a sua chegada à Casa Branca, o presidente americano, Barack Obama, visita neste sábado a cidade de Selma, Alabama, para recrutar uma nova geração nesta luta.

O primeiro presidente negro dos Estados Unidos lembrará o 50° aniversário da ousada marcha pacífica pelos direitos civis passando pela ponte Edmund Pettus, onde os manifestantes foram violentamente atacados pela polícia. A repressão brutal da passeata de 7 de março de 1965, exibida ao vivo pela televisão, comoveu a população dos Estados Unidos.

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Acompanhado por sua esposa Michelle e suas filhas Sasha e Malia, Obama insistirá no fato de que os acontecimentos de meio século atrás não estão confinados em um único tempo ou lugar.

No aniversário de "Selma não se trata apenas de comemorar o passado", declarou Obama na véspera da sua visita.

"É sobre honrar, por meio da ação aqui e agora a imagem daqueles que ajudaram a mudar este país".

Há 50 anos, o combate tinha relação com o próprio funcionamento da democracia. Nos início dos anos 60, um grande número de obstáculos minava o caminho dos afro-americanos até o registro eleitoral: dos 15.000 habitantes de Selma, apenas 300 tinham direito a voto.

A repressão da polícia, armada com cassetetes e gás lacrimogêneo, marcou a história da democracia americana.

Duas semanas mais tarde, milhares de pessoas lideradas pelo pastor Martin Luther King saíram novamente de Selma para seguir até Montgomery, a 90 km de distância, onde chegaram em um longo cortejo após vários dias de uma marcha entrou para história.

Em 6 de agosto de 1965, o presidente democrata Lyndon B. Johnson, que sucedeu John F. Kennedy, assinou a Lei de Direito ao Voto, garantindo a todos o direito ao sufrágio.

Antes da aprovação da lei, era mais fácil para estados como Alabama restringir o recenseamento eleitoral por meio de intimidação violenta e racismo burocrático.

"Selma mostrou a coragem de pessoas comuns fazendo coisas extraordinárias em defesa de sua convicção de que poderiam mudar o país", disse o presidente.

"Selma desafia cada um de nós sobre o que podemos fazer para tornar a América melhor. Historicamente, foram jovens como vocês que ajudaram a liderar essas marchas", ressaltou.

A história do que aconteceu em Selma no "Domingo Sangrento" voltou a ganhar destaque graças ao filme indicado ao Oscar que leva o nome da cidade e que foi estrelado por David Oyelowo como Martin Luther King.

Mas este sábado é particularmente relevante para a luta atual travada pelos líderes dos direitos civis contra os escândalos provocados pela brutalidade policial contra membros da comunidade negra nos Estados Unidos.

A poucos dias da data histórica, o Departamento de Justiça divulgou um relatório que aponta o racismo cotidiano e o comportamento discriminatório da polícia em Ferguson, que fica quase 1.000 km ao norte de Selma.

"Eu não acredito que o que acontece em Ferguson seja típico", disse Obama na sexta-feira, mas "também não é um incidente isolado".

Apesar do "relatório contundente" sobre o Departamento de Polícia de Ferguson, o governo não processará a polícia pelo assassinato do adolescente negro Michael Brown.

Obama declarou que apoiava a decisão do Departamento de Justiça.

O presidente americano, Barack Obama, convocará as novas gerações a retomarem a causa dos direitos civis, pela qual lutaram os líderes da emblemática marcha em Selma, no estado do Alabama, que completa 50 anos.

Neste sábado, o primeiro presidente negro dos Estados Unidos pronunciará um discurso comemorativo perto da ponte Edmund Pettus, ao lado da mulher, a primeira-dama Michelle, e das filhas Malia e Sasha. Nele, Obama explicará que Selma não é apenas um pedaço da História, antecipou uma fonte da Casa Branca à AFP, nesta quarta-feira.

"Toda a família assistirá [ao discurso], e ele quer aproveitar essa ocasião para lembrar suas filhas de suas obrigações para com este país e, talvez, estimular a geração delas a retomar a causa que os protagonistas da marcha de Selma nos transmitiram", acrescentou o funcionário da Casa Branca.

Em 7 de março de 1965, cerca de 600 manifestantes que haviam iniciado uma marcha pacífica rumo a Montgomery, capital do Alabama, em defesa de seu direito ao voto, foram agredidos pela polícia. A dura repressão à marcha, o "Bloody Sunday" (Domingo Sangrento) americano, comoveu os Estados Unidos.

Três semanas depois, milhares de pessoas lideradas pelo pastor protestante e ativista político Martin Luther King fizeram uma nova manifestação até a capital do Alabama.

O tema ressurgiu com o filme "Selma", que relata esses episódios. Lançada no início de janeiro nos Estados Unidos, a produção foi indicada ao Oscar de melhor filme e ganhou o Oscar de melhor canção original, com "Glory".

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos pediu que a Corte Federal permita a implementação do plano de imigração do Departamento de Segurança Nacional, que foi temporariamente bloqueado pelo juiz federal do Texas Andrew Hanen. O programa vai permitir que cerca de quatro milhões de pessoas que estão ilegalmente no país possam pedir autorizações de trabalhos e terem suas deportações adiadas.

Semana passada, o juiz Hanen bloqueou a implementação em resposta a uma ação judicial movida por 26 estados que alega que o presidente Barack Obama ultrapassou sua autoridade executiva ao criar o programa, anunciado em novembro de 2014.

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Nesta segunda-feira, o governo americano entrou com um recurso contra a decisão do juiz no Quinto Circuito da Corte de Apelações, em Nova Orleans. A batalha judicial possivelmente vai chegar até a Corte Suprema americana.

Se a liminar for concedida, o governo vai continuar preparando o terreno para concretizar o programa de Ação Diferida para Pais de Americanos e Residentes Permanentes Legítimos. Em declaração na semana passada, o governador do Texas, Greg Abbott, do Partido Republicano, disse que o juiz Hanen deve negar o pedido. "Uma liminar é geralmente concedida para manter o status quo. Aqui, o status quo é a lei de imigração aprovada pelo Congresso, não uma ação executiva do presidente que quer reescrever a lei de imigração", disse. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

O presidente Barack Obama se referiu ao Dalai Lama como um bom amigo, em uma cerimônia em que os dois estiveram presentes, apesar de a China se opor ao encontro dos líderes. "Quero oferecer boas-vindas especiais a um bom amigo", afirmou Obama em um ato oficial, o Café da Manhã de Oração Anual, em Washington, referindo-se ao monge tibetano considerado pela China como um líder separatista.

"O Dalai Lama é um exemplo forte do que significa a compaixão, é uma fonte de inspiração que nos incentiva a falar a favor da liberdade e dignidade de todos os seres humanos", afirmou o presidente americano.

"Estamos felizes de que esteja conosco hoje", acrescentou, antes de mencionar que recebeu o líder tibetano em várias ocasiões na Casa Branca. A Casa Branca, no entanto, não mencionou que haverá algum tipo de reunião entre os dois.

Na semana passada, a China pediu aos Estados Unidos que evitassem qualquer tipo de encontro com o Dalai Lama. "Somos contrários a qualquer tipo de encontro, seja qual for sua forma, entre um líder estrangeiro e o Dalai Lama", disse Hong Lei, porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores.

Hong rejeitou qualquer tipo de ingerência nos assuntos internos da China e pediu que os Estados Unidos levem em conta "os interesses das relações bilaterais" entre Pequim e Washington. A China acusa o Dalai Lama de lutar a favor da independência do Tibete desde que fugiu do país, em 1959.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vai aparecer em público com Dalai Lama, em um evento em Washington na próxima semana, informou a Casa Branca nesta sexta-feira (30). O gesto não deve ser visto com bons olhos pela China.

"O presidente (Obama) falará no 'Café da Manhã da Oração Nacional' sobre a importância de manter a liberdade religiosa", declarou a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Bernadette Meehan, acrescentando que, "este ano, os organizadores também convidaram o líder religioso Dalai Lama".

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A Casa Branca afirmou que ambos já se reuniram três vezes. Agora, nenhuma "reunião específica" entre eles foi anunciada. Além disso, houve alguns encontros prévios a portas fechadas, em um gesto pensado para minimizar um possível mal-estar com a China.

O 14° Dalai Lama deixou o Tibete, em 1959, depois de uma frustrada revolta contra o controle chinês. Desde então, vive exilado na Índia. Pequim acusa o Dalai Lama de buscar a separação do Tibete do restante da China e de fomentar um levante na região.

Em sua última reunião, em fevereiro de 2014, a Casa Branca insistiu em que Dalai Lama foi recebido "como um líder espiritual e cultural de prestígio internacional", dando a entender que não foi convidado como líder político. Também não foi recebido no Salão Oval, reservado para encontros com chefes de Estado e de governo estrangeiros.

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (13) emendas que anulam o novo programa de imigração do presidente Barack Obama, anunciadas em novembro do ano passado. O projeto precisa passar agora pelo Senado.

Os vetos foram aprovados como emendas a um projeto que trata do orçamento do Departamento de Segurança Interna dos EUA. Ele passou por 237 votos favoráveis e 190 contra.

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O movimento é um reflexo do fortalecimento dos republicanos, que se tornaram maioria nas duas casas na última eleição. O partido se opõe fortemente às políticas de imigração de Obama, que regulariza provisoriamente a situação de cerca de 4 milhões de imigrantes ilegais.

Eles também derrotaram o projeto que dá estende a permanência de cerca de 600 mil imigrantes ilegais que chegaram ao país quando crianças. Os republicanos afirmam que os decretos de Obama eram inconstitucionais.

Os republicanos da Câmara acreditam que o Senado pode rejeitar essa manobra e possivelmente obrigá-los a aprovar o projeto sem as emendas relacionadas à imigração. Mesmo que seja aprovada na segunda casa, Obama deve vetar a lei.

A relutância do Senado em aprovar as emendas de imigração acontece porque elas pegaram "carona" justamente no projeto que trata do orçamento do Departamento de Segurança Interna, que ganhou importância renovada depois dos atentados à Paris, na semana passada. A pasta ficará sem dinheiro à partir do final de fevereiro. Fonte: Associated Press.

O presidente americano, Barack Obama, recebeu nesta segunda-feira o príncipe William na Casa Branca, na primeira visita oficial do duque de Cambridge, segundo na linha de sucessão ao trono depois de seu pai, o príncipe Charles.

Sentados lado a lado, o presidente Obama e o príncipe William permaneceram sorridentes, embora sem fazer declarações, enquanto os jornalistas entraram brevemente no Salão Oval.

Trata-se da primeira visita a Washington de William, de 32 anos, que viajou com sua esposa, Kate, grávida de seu segundo filho.

Após a reunião com o presidente dos Estados Unidos, William pronunciará um discurso no Banco Mundial sobre o comércio mundial de espécies em risco de extinção.

O posicionamento do presidente dos EUA, Barack Obama, em relação à imigração pode expandir a força de trabalho do país e aumentar a produtividade, de acordo com um relatório da Casa Branca, que estima que a média de salários cresceria durante um período de dez anos. Os críticos do presidente e até alguns aliados trabalhistas contestam essa informação.

O Conselho de Assessores Econômicos de Obama prevê que, como resultado de suas ações administrativas, o Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano crescerá US$ 90 bilhões, ou 0,4%, em dez anos, e os salários teriam um aumento de 0,3% até 2024. As medidas de Obama podem impedir que cerca de 5 milhões de imigrantes ilegais dos EUA sejam deportados e pode torná-los aptos a trabalhar no país.

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O relatório pretende conter críticas como as do senador Jeff Sessions, o líder republicano do Comitê de Orçamento do Senado, que afirma que os movimentos de Obama reduziria os salários e os empregos para os trabalhadores americanos. Richard Trumka, presidente da maior federação trabalhista americana, também diz que o esforço de Obama para fornecer vistos temporários poderia diminuir os salários no setor de alta tecnologia.

Economistas da Casa Branca afirmaram que um aumento da imigração altamente qualificada "seria capaz de elevar os ganhos anuais reais de graduados nativos em 0,4% até 2024".

Uma análise do apartidário Escritório de Orçamento do Congresso, realizada no ano passado, constatou que um projeto de lei de imigração abrangente reduziria todos os salários em uma média de 0,1% ao longo dos dez primeiros anos. Entretanto, o estudo apontou também que os salários subiriam 0,5% em 2033.

Economistas da Casa Branca afirmaram que a queda dos salários prevista no relatório se deu por considerarem remunerações mais baixas para os trabalhadores imigrantes. Eles também disseram que uma das medidas de Obama seria aumentar a base tributária em bilhões de dólares por causa de dois terços dos imigrantes ilegais nos EUA que trabalham, mas não pagam impostos.

De acordo com a proposta de Obama, os imigrantes que procurarem proteção contra a deportação irão receber uma autorização de trabalho de três anos que os obrigará a pagar os impostos federais, estaduais e locais. Fonte: Associated Press.

A presidente Dilma Rousseff confirmou que a diplomacia do Brasil e dos Estados Unidos já começam a conversar sobre a visita de Estado da brasileira a Washington. O tema, inclusive, foi citado na conversa informal entre Dilma e Barack Obama na noite de sábado (15).

"Foi uma conversa bastante informal. Não houve uma discussão sistemática. Nós estamos fazendo tratativas fora dessa reunião, entre nosso ministro das relações exteriores e o equivalente norte-americano no sentido de estudar minha ida aos EUA", disse Dilma em entrevista coletiva após participar da reunião de cúpula das 20 maiores economias do mundo, o G-20. "Nada ainda foi tratado definitivamente. Eles acabaram de sair de uma eleição", completou.

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O deputado norte-americano, Ako Abdul Samad, participou de um bate-papo informal com políticos pernambucanos e representantes de entidades sociais. O encontro foi realizado esta quinta-feira (13), em um restaurante no centro do Recife.  De acordo com a integrante do conselho administrativo da ONG Novo Jeito, Maria Eduarda Mello, a proposta era reunir pessoas que tivessem relação com a área social, para que o deputado Democrata  pudesse falar um pouco do trabalho que realiza nos Estados Unidos e conhecer as iniciativas locais. “Escolhemos um ambiente descontraído para que todos ficassem a vontade para conversar com Ako Abdul Samad. Ele terá a oportunidade de falar um pouco dos projetos no parlamento dos EUA e no terceiro setor, por meio da ONG Creative Vision,  fundada por ele, que tem o objetivo de transformar a vida de milhares de jovens envolvidos no mundo das gangues”, pontuou Maria Eduarda.

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Dentre os participantes, estavam os deputados estaduais Betinho Gomes (PSDB), Waldemar Borges (PSB), os vereadores  Raul Jungmann (PPS), André Régis (PSDB), Eurico Freire (PV) e Priscila Krause (DEM), além de representantes da AACD e movimento quilombola. Priscila ressaltou a importância do intercâmbio político-social para a construção de uma sociedade mais democrática  e humanitária. “É muito importante a gente ter essa troca de experiência com pessoas que vivem outra realidade social, mas que tem problemas e trabalham para transformá-la para melhor”, afirmou Krause, exaltando o trabalho desenvolvido pela ONG Novo Jeito. “Eles têm uma iniciativa fantástica, pois tentam fazer com que as pessoas enxerguem que os problemas sociais não são apenas uma obrigação do poder público, porque cada um pode fazer a sua parte”. 

Durante o bate-papo, o deputado norte-americano ressaltou que a política serve como ponte para  a luta em prol das causas dos direitos humanos, cujo o objetivo principal é ajudar as pessoas. “Sou mais ativista dos direitos humanos que político, pois acredito que os interesses da população têm que vir em primeiro lugar”, pontuou.  O aliado de Barack Obama ainda criticou a maneira que os políticos atuam no parlamento. “Eles (políticos) brigam politicamente entre si e não se preocupam com o principal, que é a população e agem como estivesse numa arena. Os políticos precisam passar por cima das ideologias e entender que política não é tudo, pois o principal é pensar no bem estar das pessoas”, concluiu Samad. 

Em entrevista concedida ao Portal LeiaJá, o Democrata falou quando começou o interesse pela área social e a importância do debate para a construção de uma sociedade mais justa e menos desigual. Ele também comentou sobre o cenário político-econômico dos Estados Unidos e a relação que o país tem com o Brasil.

Confira a entrevista com o deputado norte-americano Ako Abdul Samad:

Como o deputado recebeu o convite para participar da segunda conferência VOX? É  a primeira vez que vem ao Brasil para participar de evento do gênero? 

É a primeira vez que venho ao Brasil. E no primeiro contato com o país poder proferir palestra sobre um tema que eu busco defender, é mais gratificante ainda. Recebi o convite através de Fábio, da ONG Novo Jeito, quando ele visitou a nossa ONG Creative Vision. É uma honra está aqui pela primeira vez  e mais honra ainda  pelo trabalho que o Novo Jeito tem feito. Através desse contato com eles a gente tem tido oportunidade de aprender também a forma como eles trabalham e que tem transformado a vida de tantas pessoas nesses dois anos de atuação.

Qual a importância de estimular o debate sobre empreendedorismo social e voluntariado?

Infelizmente nós temos uma sociedade dividida. Precisamos fazer com que ela se junte para executar um trabalho que faça a diferença de fato na vida das pessoas. Esse tipo de debate dar a chance não só de fazer caridade, mas une as duas pontas para que trabalhem juntas. Isso forma uma sociedade mais homogenia, porque não importa se você está no Brasil, Estados Unidos ou na África, pois podemos trabalhar juntos, nos conectarmos e fazer a diferença independente do lugar.

Quando você decidiu investir no trabalho social?

Quando eu tinha 16 anos e meio, agora estou só um pouquinho mais velho. Tem mais de 40 anos que atuo nesse setor. Comecei  a me envolver justamente no momento em que a discriminação social nos EUA tinha atingido seu ápice. Escolhi atuar em defesa do social por entender que quando existe um preconceito a pessoa não vive sua liberdade e eu queria ser contra a isso. Esse foi o que me motivou a trabalhar com o social.

O debate sobre preconceito racial tem ganhado amplitude no Brasil, principalmente após alguns episódios envolvendo jogadores de futebol. O  que leva uma pessoa a insistir em discriminar, mesmos estando em 2014, quando se julga que a democracia e luta pela igualdade estão conseguindo se estabilizar?

O preconceito vai continuar existindo, a não ser que tenhamos mais instituições como a ONG Novo Jeito, que vai faz com que as pessoas de fato entendam as diferenças e consigam viver juntas. Uma coisa que temos que aprender é que as coisas não são sobre o que a gente sente, mas o que pensamos. Isso significa dizer que se eu e você somos diferentes temos que aprender a conhecer as diferenças, para com isso encontrar a similaridade. Nós não podemos ter medo das diferenças, temos que usá-las como uma forma de aprendizado para lhe dar com elas.

Recentemente você coseguiu se reeleger deputado. Quais os desafios que serão enfrentados nesse segundo mandato?

O maior desafio  é fazer com que  os partidos Democrata e Republicano trabalhem juntos. Tem um ditado africano que diz que quando dois elefantes africanos brigam quem sofre é a grama. Nesse caso, a disputa entre Democrata e Republicano afetaria a população. E a única forma de financiar a saúde, educação e fazer com que o país cresça é se unindo, fazendo com que os dois partidos trabalhem juntos.

Como aliado político do presidente dos EUA, a que você atribui a queda no nível de aprovação do governo de Obama?

A popularidade de Obama ainda predomina entre a maioria. Mas algumas pessoas estão criando estigmas dele, ao fazer com que a minoria acredite que ele não seja o melhor presidente. Infelizmente o racismo faz parte disso, pois acredito que uma parte da impopularidade dele é por ele ser negro. 

Como você avalia o cenário socioeconômico nos Estados Unidos?

A economia está melhor, a quantidade de jovens nas escolas tá maior, o financiamento  para a minoria aumentou, o emprego... Tudo tá melhor. O que ele tem feito nos seis anos de governo é fenomenal.

Como é a relação entre o Brasil e os EUA?

Essa relação deve ser trabalhada. Não existe lugar no mundo que não precise de melhorias. Nós precisamos aperfeiçoar as conversas para conquistar uma melhor relação. Por exemplo: se a ONG Novo Jeito não entendesse a necessidade de ajudar as crianças pobres, as pessoas que precisam de cadeira de rodas, isso nunca  teria sido feito. Então a primeira coisa que precisou ser realizada foi o entendimento disso.  Temos que reconhecer os problemas para poder achar as soluções. Como a maioria acaba não reconhecendo o problema, a gente a caba tendo soluções cosméticas, que não resolvem o problema de fato. É por pensar dessa forma  que acredito que a relação com o Brasil ser mais estreitas para progredir.

A Casa Branca disse hoje que o Brasil é um "parceiro importante" dos Estados Unidos e que o governo Barack Obama está comprometido em trabalhar com a presidente reeleita Dilma Rousseff para fortalecer os laços entre os dois países, enquanto o secretário de Estado, John Kerry, afirmou que o relacionamento bilateral é "vital".

O relacionamento entre os dois países está abalado desde o ano passado, quando Dilma cancelou visita de Estado que faria a Washington em razão da revelação de que o serviço de inteligência americano a havia espionado.

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Segundo nota da Casa Branca, Obama congratula Dilma pela reeleição e planeja telefonar para a presidente "nos próximos dias" para transmitir seus votos "pessoalmente". Na conversa, Obama espera discutir maneiras de ampliar a colaboração entre os dois países para "promover segurança, prosperidade e direitos humanos" em âmbito global e aprofundar a cooperação bilateral em "educação, energia, comércio e outros temas de interesse mútuo".

Kerry parabenizou Dilma pela "árdua vitória" e falou com entusiasmo do abalado relacionamento bilateral. "Essa é uma relação vital para o hemisfério e para o mundo. É uma relação estratégica maior do que qualquer diferença", observou, ressaltando que Brasil e EUA são as maiores democracias e economias das Américas.

Kellie Meiman Hock, da consultoria McLarty Associates, avaliou que o momento cria oportunidade para a retomada do relacionamento bilateral. "As coisas avançavam de maneira positiva no ano passado, quando aconteceu o episódio (Edward) Snowden", disse, em referência ao ex-contratado da Agência de Segurança Nacional que revelou a espionagem.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cancelou sua viagem programada para Nova Jersey e Connecticut para se reunir com o seu gabinete de governo e discutir a epidemia de ebola no país.

Segundo informe da Casa Branca, Obama deixará de visitar os dois Estados para se encontrar com agentes responsáveis por coordenar o combate à doença no país. A mudança na agenda do presidente ocorre após uma segunda profissional de saúde ter sido diagnosticada com o ebola após cuidar de um paciente em um hospital do Texas.

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Obama originalmente iria discursar em um evento para arrecadar fundos para os democratas do Senado, em Nova Jersey, e depois seguiria para um comício do governador Dannel Malloy, no Connecticut. Fonte: Associated Press.

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