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O chefe da Comunicação da Casa Civil, Gustavo Chaves Lopes, que assessora diretamente o ministro da pasta, Onyx Lorenzoni, pediu demissão do cargo. A saída de Lopes ocorre depois de um processo de esvaziamento do ministério de Lorenzoni, com a retirada do Programa de Parcerias e Investimento (PPI) de sua responsabilidade e com a dupla demissão de Vicente Santini, primeiro do cargo de secretário executivo e depois da função de assessor na pasta.

Santini irritou o presidente Jair Bolsonaro por ter usado avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para "voo particular" a Davos e Nova Délhi.

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A exoneração "a pedido" de Lopes está publicada no Diário Oficial da União (DOU) em edição extra desta quinta-feira (30). Para o seu lugar, foi nomeado Mateus Colombo Mendes.

Diante da desidratação de sua pasta, Lorenzoni decidiu antecipar seu retorno de um período de férias e, segundo apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, tem a expectativa de se reunir ainda nesta sexta-feira (31), com Bolsonaro. Oficialmente, o ministro só voltaria ao trabalho na segunda-feira (3), após duas semanas nos Estados Unidos.

O senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) reagiu ao vaivém do ex-número 2 da Casa Civil Vicente Santini. Em uma publicação na internet, o parlamentar negou que o ex-secretário tenha sido readmitido no governo após apelo dos filhos de Bolsonaro.

Nesta quinta-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro avisou que vai tornar sem efeito a admissão de Vicente Santini em um novo cargo. É a segunda exoneração dele nesta semana.

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Conforme o Estadão/Broadcast mostrou na quarta-feira, Bolsonaro havia cedido ao apelo do seu filho, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o "03", e autorizado a recondução de Santini a outro cargo após a primeira demissão. Flávio, o "01", também é próximo ao ex-número 2 da Casa Civil.

Em uma publicação no Instagram, o senador negou que o pedido para manter o secretário no governo tenha sido feito pelos filhos. "As tais 'fontes' são usadas reiteradamente para dar suporte a intrigas, fofocas e, às vezes, crimes contra o governo", escreveu Flávio Bolsonaro, após o último anúncio do pai.

O pedido feito pela Casa Civil à equipe econômica para ampliar o orçamento destinado a programas sociais representa um contra-ataque do governo a propostas apresentadas no Congresso para incluir um novo benefício para a população de baixa renda no texto da Constituição.

O Senado Federal aprovou esse dispositivo na chamada Proposta de Emenda Constitucional (PEC) paralela, que originalmente prevê a inclusão de Estados e municípios nas novas regras de Previdência. Em outra frente, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, patrocina um pacote social, que conta também com uma medida semelhante sugerida pela deputada Tabata Amaral (PDT-SP).

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A leitura é a de que o governo tem de se apropriar da temática da redução da desigualdade social, debate que ganha força com a saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da cadeia. A preocupação com o "efeito Chile", com protestos que se espalharam por toda a América Latina, também está no radar dos principais assessores do presidente Jair Bolsonaro.

A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, no entanto, avalia que é preciso cautela no direcionamento dos recursos porque os resultados da área econômica ainda não permitem reforços tão vultosos no caixa de programas sociais, como a ala política do governo tem demandado.

Subsídios

Um integrante da equipe econômica avalia que a revisão de benefícios e subsídios em vigor poderá ampliar os programas sociais nos próximos anos. O primeiro passo já ocorreu com a garantia de um 13.º salário aos beneficiários do Bolsa Família, programa do governo Lula que tanto o presidente Bolsonaro como Rodrigo Maia querem turbinar.

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, fez uma reunião sobre políticas contra a pobreza no feriado de 15 de Novembro, com a presença dos ministros da Educação, Abraham Weintraub, e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. No encontro, ficou combinado que, em dezembro, o governo anunciaria novos programas sociais e mudanças naqueles que já existem.

A ideia inicial era anunciar a reformulação do Bolsa Família já na próxima quinta-feira, mas essa data ainda não está acertada. Segundo apurou O Estado de S. Paulo, o governo deseja criar "portas de saída" para o Bolsa Família, com incentivo, por exemplo, à melhoria do rendimento dos alunos nas escolas.

Em defesa dessa ideia, o presidente Bolsonaro tem repetido que o melhor indicador social de um país seria o número de pessoas que deixam de receber benefícios desse gênero. 

O presidente Jair Bolsonaro negou, nesta sexta-feira (22), troca de três ministros de seu governo: da Educação, Abraham Weintraub; do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), e da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM). "Imprensa, vamos desmentir que troquei três ministros, daí a gente conversa, tá ok?", disse o presidente.

Bolsonaro ainda ironizou: "tenho a intenção de trocar 24 ministros. Está bom ou não?". A notícia de que o presidente faria uma minirreforma eleitoral foi divulgada na quinta-feira (21), pelo site Vortex.

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O presidente disse que a intenção de rumores sobre a troca de ministros é "dizer que governo bate cabeça, vai mal". "Os números dizem o contrário. A gente está bem na economia, bem na educação, bem na defesa. Tudo foi descontingenciado. Qual a intenção disso? Se eu afundar, afunda o Brasil todo. Vocês vão 'pro beleléu' também junto comigo", declarou Bolsonaro.

As declarações do presidente foram feitas em frente ao Palácio da Alvorada. A conta no Twitter do mandatário também trouxe a mesma afirmação. "Não existe qualquer reforma ministerial a caminho, até porque o governo está indo muito bem, apesar dessa banda podre da imprensa", diz tuíte das 8h32 desta sexta-feira.

Bolsonaro viaja na manhã desta sexta ao Rio de Janeiro, onde participa de palestra na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e de almoço do XI Encontro dos Calções Pretos.

Líder do PT no Senado, Humberto Costa cobrou, nesta segunda-feira (9), uma ação do Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar o ministro da Justiça e segurança Pública, Sergio Moro, e os procuradores que integram a força-tarefa da Lava Jato. 

A cobrança de Humberto acontece um dia depois do jornal Folha de São Paulo publicar uma reportagem, com base em dados recebidos pelo site The Intercept Brasil, pontuando que na mesma época em que a conversa entre os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT, sobre a indicação de Lula para o cargo de ministro da Casa Civil, em 2016, foi vazada à imprensa, os investigadores ocultaram o conteúdo de outras ligações também interceptadas pela Polícia Federal onde o líder petista se mostra resistente à indicação - observada naquele momento como uma maneira de o proteger das investigações da Lava Jato. 

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Na avaliação de Humberto, Sergio Moro, que era o juiz responsável pelos casos contra Lula na época, omitiu o conteúdo por “má-fé”.  

"São gravíssimas as informações divulgadas pela Folha, em parceira com o site Intercept. Se alguém ainda tinha dúvidas sobre a atuação política do ex-juiz Sergio Moro e dos procuradores da Lava Jato, essas já não existem mais. Houve um conluio criminoso, cruel e irresponsável contra Lula e Dilma. Omitiram informações, agiram de má-fé e sem a isenção que o cargo exige e a Constituição determina. O STF não pode mais pecar por omissão. O Supremo precisa cumprir o seu dever de zelar pelas instituições e a democracia", afirmou o senador.

De acordo com  o senador, os novos diálogos dos integrantes da Lava Jato deixam claro que eles agiram com partidarismo e ódio político porque trechos da conversa mostram Lula sendo apelidado de "9", uma referência pejorativa ao fato de que perdeu um dos dedos da mão. 

"A cada novo diálogo divulgado a gente se assusta com tanto ódio. Num dia, desdenham do acidente que vitimou o presidente ainda jovem, no outro zombam da morte dos seus familiares. Não pareciam procuradores cumprindo o seu dever, investigando alguém por dever de ofício, mas verdadeiros inquisidores, fazendo uma caçada injusta e cega de ódio", cravou.

Ainda para Humberto, "Moro e os procuradores distribuíam informações distorcidas, sem base na realidade, apenas para reforçar a sua tese política. Mas quem conhece Lula e a história como sucedeu sabe o quanto ele exitou antes de aceitar o cargo e que jamais foi seu objetivo obter alguma vantagem por causa disso. O episódio é lamentável e hoje a gente sabe que foi determinante para que o Brasil entrasse nessa crise política e econômica, que desencadeou o golpe na presidente Dilma e na eleição de Bolsonaro, pior presidente da história desse país". 

A falta de diálogo de alguns secretários estaduais com o Poder Legislativo foi criticada por parlamentares. Em pronunciamento na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nessa quinta-feira (29), os deputados Antônio Moraes (PP) e Rogério Leão (PL) relataram que eventos promovidos por órgãos do Governo do Estado têm acontecido em suas bases eleitorais sem que eles sejam convidados ou avisados em tempo hábil.

Moraes citou o caso de uma cerimônia da Secretaria de Turismo em Timbaúba (Mata Norte), com a presença do gestor da pasta, Rodrigo Novaes (deputado licenciado do PSD). “O secretário não teve o respeito de telefonar para o parlamentar que é majoritário no município. Só foi enviado um convite à noite, na véspera do evento”, reclamou. “Espero que essa relação mude com o novo secretário da Casa Civil, José Neto”, observou.

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A mesma crítica foi reforçada por Rogério Leão. Segundo o parlamentar, o secretário de Turismo esteve em sua cidade, São José do Belmonte (Sertão Central), e ele só soube no dia seguinte. “Na festa da Pedra do Reino, que tem apoio da Secretaria de Cultura e da Fundarpe, meu nome foi sequer citado nos discursos”, reclamou.

Outros deputados também trataram do tema em seus discursos. Romero Albuquerque (PP) disse que se sente numa situação ainda pior: “Alguns colegas ainda receberam convites para eventos. Eu nem sequer fui recebido pelo secretário anterior da Casa Civil”, revelou. “Sou parlamentar da base governista e me sinto desprestigiado pelo Governo. Espero que isso mude, principalmente em favor da causa animal, de que sou o principal defensor nesta Casa e pela qual o Governo não tem feito nada”, declarou o progressista.

Já Wanderson Florêncio (PSC) salientou que foi por “não se sentir prestigiado pelo Poder Executivo” que saiu da bancada governista para a de Oposição. “Pelo que estou observando, teremos mais parlamentares se tornando oposicionistas em breve”, crê. Ele também defendeu que a Assembleia precisa “tomar uma posição para garantir a autonomia do Parlamento”, fazendo referência ao debate sobre a PEC das emendas.

Por sua vez, João Paulo (PCdoB) propôs que possíveis problemas de relacionamento com secretários sejam encaminhados ao líder do Governo, Isaltino Nascimento (PSB). “Sentimos um pouco esta carência nessa relação e seria importante aprofundarmos o assunto com nosso líder aqui na Alepe”, considerou.

*Do site da Alepe

O Conselho Superior do Cinema deixa o Ministério da Cidadania e passa a integrar a partir de agora a Casa Civil da Presidência da República. A mudança está prevista no Decreto nº 9.919, de 18 de julho de 2019, publicado nesta sexta-feira (19) no Diário Oficial da União.

Ele altera outro decreto, o de número 4.858, de 13 de outubro de 2003, que dispõe sobre a composição do conselho, criado pela Medida Provisória nº 2.228-1, de 6 de setembro de 2001, que passa a ser formado pelos seguintes membros: ministros da Casa Civil da Presidência da República, que o presidirá; da Justiça e Segurança Pública; das Relações Exteriores; da Educação; da Cidadania; da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; e da Secretaria de Governo da Presidência da República.

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A composição do conselho terá ainda três especialistas em atividades cinematográficas e audiovisuais, representantes dos diversos setores da indústria cinematográfica e videofonográfica nacional, e duas pessoas da sociedade civil, com destacada atuação no setor audiovisual.

O colegiado tem por finalidade formular e implementar políticas públicas para o desenvolvimento da indústria cinematográfica nacional. Com esse objetivo, o conselho poderá criar grupos de trabalho com o objetivo de estudar e elaborar propostas sobre temas específicos para o setor, a serem submetidos ao seu plenário. Para compor os grupos de trabalho, poderão ser convidados representantes de órgãos e de entidades públicas e privadas e dos Poderes Legislativo e Judiciário.

 

Insatisfeito com a atual política de fomento ao cinema no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) deve transferir o Conselho Superior do Cinema do Ministério da Cidadania para a Casa Civil.

O Conselho é responsável pela formulação da política nacional de audiovisual e a possível mudança faz parte de decreto do Palácio do Planalto e a expectativa é que seja assinado nesta quinta-feira (18).

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A assinatura acontece durante uma cerimônia comemorativa dos 200 dias do atual governo. Além dessa transferência, Bolsonaro avalia extinguir a Agência Nacional do Cinema (Ancine), que atualmente passa por uma crise.

No final de 2018, o ex-presidente Michel Temer (MDB) já havia feito alterações no colegiado de cinema, diminuiu o espaço de cineastas e aumentou o de representantes das telecomunicações.

Os sinais de que o Planalto está insatisfeito com o desempenho de Onyx Lorenzoni à frente da Casa Civil estão diretamente refletidos nas agendas oficiais do ministro. Alvo de "fritura" pelo governo desde que perdeu o comando da articulação política e a supervisão da Subchefia para Assuntos Jurídicos, Onyx enfrenta uma queda acentuada e contínua no número de reuniões com parlamentares, ministros e até mesmo com o próprio presidente Jair Bolsonaro. Nos últimos três meses de compromissos oficiais, essa redução fica evidente.

Em abril, por exemplo, o ministro chegou a participar de ao menos 19 reuniões com Bolsonaro. Em maio, o número de encontros com o presidente despencou para quatro. Neste mês, foram apenas três. Ponderadas as ocasiões em que o presidente esteve fora do País, em viagens, o fato é que o tête-à-tête oficial se esvaiu.

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No Japão, Bolsonaro insinuou que pode fazer trocas na equipe nos próximos dias. Ao ser questionado sobre o escândalo das candidaturas-laranja envolvendo o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), Bolsonaro disse que "até segunda-feira os 22 são ministros".

A agenda de compromissos de Onyx sinaliza ainda uma aparente falta de prestígio quando analisados os encontros que o ministro teve com deputados e senadores, nos últimos meses. Nos dez primeiros dias de abril, Onyx recebeu mais deputados do que em todo o mês de junho. Naquele mês, foram ao menos 51 reuniões com parlamentares. Em junho, no entanto, o chefe da Casa Civil se reuniu 27 vezes com deputados e senadores. Em alguns casos, ele se encontrou com deputados, senadores ou ministros em uma mesma reunião.

O futuro do ministro é incerto. Bolsonaro transferiu a articulação política da Casa Civil para a Secretaria de Governo há 11 dias. Agora, o responsável pela negociação do Palácio do Planalto com o Congresso será o general Luiz Eduardo Ramos, que assumirá a Secretaria de Governo no lugar do ex-ministro Carlos Alberto dos Santos Cruz, demitido duas semanas atrás.

PPI. A Casa Civil também perdeu a Secretaria para Assuntos Jurídicos, que faz a análise de decretos e projetos de lei, além do comando da Imprensa Nacional. Oficialmente, o governo Bolsonaro defende Onyx e ressalta que, apesar da desidratação de sua pasta, ele ficou com o comando do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), que concentra as concessões de infraestrutura do governo e planos de desestatizações.

Na prática, porém, as concessões são tocadas pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, que não abre mão de estar presente em cada um dos leilões que o governo realiza nas instalações da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. A coleta dos resultados do PPI, portanto, já tem dono.

Nos bastidores, há comentários de que Tarcísio se movimenta para herdar o gabinete de Onyx, no quarto andar do Palácio do Planalto. O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), também está de olho na vaga, assim como o senador Eduardo Gomes (MDB-TO), aliado de Bolsonaro. O secretário especial da Previdência, Rogério Marinho (PSDB), ainda é um nome lembrado, mas só poderia ser liberado após a votação das mudanças na aposentadoria, uma vez que é considerado um hábil articulador no Congresso.

O Estado mostrou na sexta-feira, 28, que a proximidade de Onyx com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), incomoda Bolsonaro. O presidente se queixa, nos bastidores, de que o ministro está fazendo o "jogo" do Legislativo, dando a impressão de que o Palácio cedeu ao "toma lá, dá cá".

A agenda de Onyx mostra que a soma dos encontros que ele teve com Maia e Alcolumbre, em maio, é maior que o número de reuniões mantidas por ele com Bolsonaro.

No último mês, foram pelo menos cinco reuniões individuais com o presidente do Senado. O chefe da Casa Civil ajudou a eleger Alcolumbre. Já com Maia, houve um encontro.

A quantidade de reuniões de Onyx com os demais ministros da Esplanada também diminuiu no último mês. Em abril, foram 18 encontros entre o ministro e seus colegas. O número aumentou em maio, quando ele se reuniu com os chefes das pastas em ao menos 21 ocasiões, mas caiu para 11 em junho.

Procurada para comentar, a Casa Civil não havia respondido até a conclusão desta edição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara adiou para terça-feira (18) a audiência para a qual foi convocado o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Por se tratar de convocação, Lorenzoni é obrigado a comparecer ao colegiado. A comissão quer ouvir o ministro sobre o decreto que amplia a posse e o porte de armas no país. A convocação estava marcada para esta quarta-feira (12). 

Segundo o presidente do colegiado, deputado Felipe Franceschini (PSL-PR), o ministro enviou uma justificativa ao presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), alegando que não poderia comparecer à audiência em virtude de compromissos de sua agenda. Em visita a Onyx na manhã desta quarta-feira (12), o ministro teria reforçado o pedido de adiamento e se disponibilizado a comparecer à comissão.

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Deputados de partidos da oposição criticaram o adiamento da audiência. O vice-líder da Minoria, José Guimarães (PT-CE), disse que o partido pedirá a desconvocação do ministro.

“Não acho correto o que foi feito. O ministro enviou ofício não à comissão, [mas] ao presidente da Casa. Atropela Vossa Excelência, atropela a comissão”, disse Guimarães. O deputado disse ainda que o PT entrará com pedido para desconvocar o ministro. “Não tem mais interesse [em ouvi-lo]”.

Votação na CCJ do Senado

O decreto que amplia a posse e o porte de armas no país foi votado nesta quarta na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A comissão rejeitou, por 15 votos a nove, o relatório do senador Marcos do Val (Cidadania-ES) que derrubava sete projetos de Decreto Legislativo que pretendem sustar os efeitos do Decreto 9.797/2019, editado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Na prática, o decreto não foi derrubado. A decisão sobre a medida caberá ao plenário do Senado, para onde a matéria segue com pedido de urgência na tramitação. Nesse caso, o resultado da comissão serve para instruir a discussão dos 81 senadores.

Caso a decisão da comissão seja confirmada no plenário do Senado, por maioria simples, a proposta segue para a Câmara, onde será definido se passa por alguma comissão temática, como a CCJ, por exemplo, ou se vai direto a plenário.

Se o decreto legislativo também for rejeitado pelos deputados, perde o efeito imediatamente. Nesse caso, o novo texto deverá prever o que ocorre com as pessoas que adquiriram armas respaldadas pelo decreto presidencial.

 

O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI), entidade responsável pela governança da internet no País, está em risco. Isso porque a existência do órgão foi posta em xeque após um decreto presidencial, assinado no último dia 11 de abril, acabar automaticamente com conselhos e comitês da administração pública. Procurado pela reportagem, a Casa Civil informou que o CGI não vai acabar, e que aguarda por parte da entidade as justificativas para a sua manutenção - a exigência fazia parte do decreto assinado no começo do mês.

Essa informação, porém, parece não ter chegado aos membros do CGI. Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, até a noite de ontem, havia a percepção de que o ministério precisava se manifestar sobre o assunto. O temor era de que o silêncio da Casa Civil sobre o assunto colocasse a entidade na mira do governo.

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Na semana passada, o Ministério Público Federal (MPF) e a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão assinam nota pública manifestando a preocupação com a publicação do decreto. Com a extinção do CGI, especula-se que parte de suas responsabilidades possam ser transferidas para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Se isso acontecer, pode haver um desequilíbrio nas decisões tomadas pelo Comitê, que tem caráter multissetorial - hoje, o conselho tem 21 cadeiras, ocupadas por membros do governo, de empresas, da academia e da sociedade civil.

É assim que o CGI foi desenhado em 1995, após a publicação de uma portaria do governo FHC, e reformulado em 2003, em um decreto assinado no governo Lula. Entre as fontes ouvidas pela reportagem, a transferência de atribuições para a Anatel pode colocar a internet brasileira na mão das operadoras, afetando os direitos dos usuários e a competição com pequenos e médios provedores, hoje responsáveis por 30% do mercado de acesso à internet no País.

Para Sérgio Amadeu, professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) e representante da academia, o CGI não se enquadra na definição do decreto. "Na letra fria, o CGI não está no escopo do decreto. Ele não faz parte da administração pública, nem indiretamente. E não está vinculado a nenhum ministério", diz.

Outros integrantes também acreditam que por trás do silêncio, há o desejo no próprio governo de controlar integralmente a internet brasileira. Hoje, o Estado toma conta de 9 das 21 cadeiras existentes no órgão - estrutura pensada para refletir a importância do governo na internet brasileira, mas sem dar a ele maioria no Comitê. A expectativa é de que o decreto comece a ser esclarecido amanhã, na reunião mensal entre os membros do conselho.

Racha

 Porém, um racha dentro do CGI: uma ala acredita que há conselheiros resistindo a colocar o assunto em pauta - e, assim, esperando que o governo tome o primeiro passo no assunto. Quem define os temas das discussões é o coordenador do CGI, posto atualmente ocupado por Maximiliano Martinhão, assessor especial do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Marcos Pontes. Procurado pelo Estado, Martinhão não respondeu às solicitações da reportagem até o fechamento desta edição.

Ontem, a Coalizão Direitos na Rede, formada por grupos de defesa de direitos digitais e do consumidor, como o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), publicou uma carta cobrando um posicionamento de Martinhão - a organização também defende que o CGI não é afetado pelo decreto de Jair Bolsonaro (9.759/2019). Já o CGI informou que não vai se posicionar sobre o assunto até a próxima reunião.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O secretário de Casa Civil e Governança do Rio, José Luis Zamith, nomeou Marcilene Cristina Bretas Santana, irmã do juiz federal Marcelo Bretas, da Lava Jato, para cargo comissionado na Controladoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro (CGE). A informação foi divulgada pelo blog do jornalista Ruben Berta e confirmada pelo Estado.

Titular da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, Bretas é amigo do governador do Estado, Wilson Witzel (PSC), e esteve presente em sua posse na Assembleia Legislativa. De lá, seguiram juntos em avião da Força Aérea Brasileira para a posse do presidente Jair Bolsonaro (PSL), em Brasília, a convite do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM). No carnaval, o juiz da Lava Jato Rio curtiu a grandeza das escolas ao lado de Witzel, na Sapucaí.

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Em nota, a CGE informa que a irmã de Bretas foi nomeada ao cargo após participar de processo seletivo em janeiro deste ano para a área de Assessoria Jurídica. De acordo com o órgão, foram analisados cerca de 800 currículos.

"Vale ressaltar que dentre os currículos recebidos, o de Marcilene destacou-se por possuir experiências concretas na área de Controle Interno, uma vez que já atuou como controladora-geral do município de Queimados, de 2003 até 2005, e também como consultora jurídica geral na pasta, de 2013 até 2016", afirma a CGE, em nota.

A nomeação de Marcilene Bretas foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta quinta, 18, mas é retroativa para o dia 5 de abril.

A descrição da vaga no site da Controladoria-Geral informa que, entre as atribuições do cargo, está o "suporte à implementação das normas e políticas públicas de controle interno, integridade, anticorrupção e compliance". Os requisitos para o processo seletivo eram diploma de bacharel em direito "com formação sólida na área pública", saber ler textos em inglês e disponibilidade para carga horária de 40 horas semanais.

"Experiência prévia no sistema jurídico estadual, atuação em processos que envolvam licitações e pessoal e pós-graduação em Assessoria Jurídica ou em áreas de atuação da CGE serão diferenciais", descreve a CGE.

Marcilene Bretas assume o cargo deixado em fevereiro por Leandro Moreira Correa. De acordo com dados públicos do governo, o ex-assessor jurídico recebia R$ 15,3 mil por mês. Por ser concursado, o salário incluía gratificações, diferentemente do caso envolvendo a irmã de Bretas. Não foi divulgada a remuneração de Marcilene.

A Controladoria-Geral do Estado é o órgão responsável por fiscalizar condutas de servidores públicos do Rio de Janeiro e promover ações de auditoria, ouvidoria, transparência e corregedoria. Entre as atribuições da CGE estão o alerta para instauração de apuração de ações praticadas por agentes públicos contra os cofres do governo e representar esses desvios de conduta ao Tribunal de Contas do Rio de Janeiro.

O órgão também emite relatório e parecer conclusivo sobre a prestação de contas do governador.

Com a palavra, a Controladoria-geral do Estado

 

A advogada e consultora jurídica Marcilene Cristina Bretas Santana foi nomeada na Controladoria Geral do Estado (CGE RJ) após ter enviado seu currículo para participar de processo seletivo para a área de Assessoria Jurídica, que analisou cerca de 800 currículos.

Vale ressaltar que dentre os currículos recebidos, o de Marcilene destacou-se por possuir experiências concretas na área de Controle Interno, uma vez que já atuou como controladora-geral do município de Queimados, de 2003 até 2005, e também como consultora jurídica geral na pasta, de 2013 até 2016.

A reportagem entrou em contato com o governo do Rio de Janeiro, com o juiz federal Marcelo Bretas e com a advogada Marcilene Bretas. O espaço está aberto para manifestações.

O presidente Jair Bolsonaro nomeou José Vicente Santini para o cargo de secretário executivo da Casa Civil, posto antes ocupado por Abraham Weintraub, que foi nomeado ministro da Educação e tomou posse nesta terça-feira, 9.

Para assumir o novo posto, Santini foi exonerado do cargo de subchefe de Articulação e Monitoramento da pasta. A decisão pela nomeação de Santini como o número dois do ministério foi antecipada pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, com fontes.

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No lugar de Santini na antiga função, entrou Fernando Wandscheer de Moura Alves. As nomeações foram formalizadas nesta terça-feira em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

O presidente da República, Jair Bolsonaro, não considerou uma derrota a aprovação ontem (28) à noite, na Câmara dos Deputados, da proposta de emenda constitucional (PEC) do Orçamento Impositivo, informou o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorezoni.

“Conversei de manhã com o presidente, que não está considerando derrota nenhuma. É uma vitória, uma reafirmação da autonomia e da independência do Parlamento brasileiro”, disse o ministro, após participar de almoço na sede da Igreja Sara Nossa Terra, em Brasília.

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A PEC, aprovada ontem com 448 votos em 1º turno e 453 votos em 2º turno (do total de 513 deputados), ainda deve tramitar no Senado Federal. Se aprovada na segunda casa legislativa, o governo federal será obrigado a liberar a verba de emendas parlamentares para ações previstas na Lei de Orçamento Anual, conforme inscrito nas emendas coletivas de bancada.

A perspectiva é de que a decisão diminua o percentual da parte discricionária do governo federal (livre de previsão legal), hoje em torno de 7%, no Orçamento Geral da União.

Onyx Lorenzoni lembrou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, já defendeu publicamente que o Congresso Nacional seja responsável por todo o orçamento federal. “O ministro fala de maneira reiterada que seria bom para o país fazer a completa liberação a cada ano, como é em vários parlamentos do mundo”, salientou.

“Essa é uma tendência natural de evolução das coisas no Brasil. O passo que foi dado é um passo que o Poder Executivo só pode respeitar. Cabe ao Congresso definir em áreas, com que intensidade, o Poder Executivo deve executar”, completou.

Policiais federais prenderam nesta sexta-feira (15) o ex-secretário estadual da Casa Civil Régis Fichtner, que chefiou a pasta durante a gestão de Sérgio Cabral. Ele é acusado de receber propinas no valor de R$ 1,5 milhão enquanto estava no comando da Casa Civil, de 2007 a 2014.

Também foi preso o coronel da Polícia Militar Fernando França Martins – acusado de fazer operações financeiras para o ex-secretário. Fichter já havia sido preso em novembro de 2017, durante a Operação C’Est Fini, mas foi solto.

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Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a nova prisão preventiva foi motivada pelo fato de que, segundo os procuradores da República que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio, Fichtner ainda tem patrimônio ocultado e há indícios de sua atuação para destruir provas.

Ainda de acordo com o MPF, Fichtner era figura central na área administrativa da organização criminosa, supostamente chefiada por Cabral. Os procuradores afirmam que, como chefe da Casa Civil, ele era o responsável por articular os atos de governo mais importantes, “usando de sua habilidade jurídica para buscar saídas minimamente defensáveis”.

A partir dessa posição, ele pode ter feito diversas manobras em favor dos demais membros da organização criminosos, afirma o MPF.

As investigações apontaram ainda que o coronel Fernando França Martins é o responsável por recolher parte da propina recebida pelo ex-secretário. Em informações bancárias, entre 2014 e 2016, houve transferência na ordem de R$ 725 mil do ex-secretário ao coronel.

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, apresenta nesta tarde, no Palácio do Planalto, as 35 metas prioritárias dos primeiros 100 dias de governo. Dentre elas, está a redução da máquina administrativa. A estimativa do governo é extinguir 21 mil funções comissionadas e gratificações.

“Vamos lutar internamente para fazer essas reduções dentro dos 100 dias. Cada vez que diminuirmos a estrutura do governo federal, reduzimos os níveis hierárquicos, reduzirmos o dispêndio com chefia, assessoramento e cargos comissionados, mais dinheiro sai da atividade meio e vai para a ponta”, disse Onyx.

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O ministro enfatizou que o governo se esforçará para cumprir as metas. Outra meta é incluir o 13º benefício no Bolsa Família, que atende 14 milhões de famílias.

O governo pretende apresentar um Projeto de Lei (PL) chamado “PL Anticrime”. É um projeto para, segundo o governo, aumentar a eficácia no combate ao crime organizado, ao crime violento e à corrupção. Com o PL Anticrime, a ideia é  “reduzir pontos de estrangulamento do sistema de justiça criminal”.

Segundo Lorenzoni, as metas foram selecionadas por cada um dos ministérios. “Não são todas [as metas] nem necessariamente as mais importantes. São metas que o governo vai se empenhar para ter a condição de apresentar após 100 dias de governo. Estamos apresentando metas finalísticas escolhidas pelos ministérios, marcando o compromisso dos ministérios com essa meta.”

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), usou 80 notas fiscais de uma empresa de consultoria pertencente a um amigo de longa data para receber RS 317 mil em verbas de gabinete da Câmara dos Deputados entre os anos de 2009 e 2018. As informações foram reveladas pelo jornal "Zero Hora" na manhã desta terça-feira, 8. Entre as 80 notas, 29 foram emitidas em sequência, o que indica que Lorenzoni teria sido o único cliente da firma.

A empresa chamada Office RS Consultoria Sociedade Simples pertence a Cesar Augusto Ferrão Marques, técnico em contabilidade filiado ao DEM, o partido de Lorenzoni. Marques também trabalhou em campanhas políticas do parlamentar. O jornal gaúcho informa, ainda, que Marques não tem registro no Conselho Regional de Contabilidade. Ele é o responsável pela contabilidade do DEM no Rio Grande do Sul - e também trabalhou em campanhas políticas do parlamentar.

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A empresa está inapta na Receita Federal por omissão de valores ao fisco e tem R$ 117 mil em dívidas tributárias. Entre janeiro de 2013 e agosto de 2018, não recolheu impostos, apesar de ter emitido 41 notas a Onyx Lorenzoni.

Ao "Zero Hora", Marques confirmou que trabalha com Lorenzoni há quase 30 anos como consultor tributário. Segundo ele, o ministro não é o seu único cliente. Marques, que tem outra companhia, disse que emite parte das notas fiscais por uma empresa ou por outra devido a questões tributárias.

Defesa

Em nota, o ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro negou irregularidades na contratação da empresa de consultoria. "Trata-se de consultoria tributária - não apenas para projetos meus e sim aconselhamento para todos os projetos em destaque nesta questão. Além do contato telefônico sempre que necessário, são realizadas reuniões semanais em Porto Alegre", diz o texto divulgado no Twitter do ministro.

Na nota, Lorenzoni alega, ainda, que a empresa faz acompanhamento da execução do orçamento geral da União para fins de emendas parlamentares indicadas por ele para centenas de municípios e entidades assistenciais gaúchas.

"Com relação aos recursos da campanha eleitoral, cabe esclarecer que a empresa prestou serviço para o partido e todos os candidatos. Desde a pré-campanha, incluindo treinamento jurídico e contábil. Todas as contas foram aprovadas sem apontamentos. Há um rígido acompanhamento sobre todas as questões."

A primeira reunião do presidente Jair Bolsonaro com a equipe ministerial, realizada nesta quinta-feira (3) no Palácio do Planalto, durou cerca de três horas. O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que foi uma conversa de “alinhamento” com cada ministro. Segundo ele, será feito um “pente fino” em todos os conselhos que atuam na administração direta.

Onyx reiterou que o governo vai "fazer a reforma da Previdência", mas não entrou em detalhes. A reunião, que ocorreu dois dias depois da posse, foi concentrada em temas prioritários de cada área. Uma próxima reunião com os ministros foi agendada para o dia 8.  

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Desburocratização e enxugamento da máquina pública e melhoria da qualidade de serviços prestados à população brasileira foram alguns dos temas abordados. Hoje mais de 300 funcionários comissionados que integravam a Casa Civil da Presidência da República na última gestão foram exonerados. A medida foi adotada para uma nova composição de equipe, mais alinhada com o novo governo.

O novo ministro da Casa Civil da Presidência, Onyx Lorenzoni, editou portaria que determina a exoneração ou a dispensa de ocupantes em 31 de dezembro de 2018 de cargos em comissão ou funções de confiança na pasta. Ficam de fora da lista de corte servidores, empregados e militares lotados na Subchefia para Assuntos Jurídicos ou na Imprensa Nacional, que preparam os atos do governo. O Diário Oficial da União (DOU), por exemplo, é publicado pela Imprensa Nacional.

O total de exonerados nessa condição soma 320 pessoas, segundo cálculo do próprio ministro. Ao anunciar as exonerações, Onyx disse que o governo de Jair Bolsonaro não pode manter servidores petistas ou de ideologias que não se identificam com o projeto "de centro-direita". "Nós vamos 'despetizar' o Brasil", disse.

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A relação nominal das dispensas deve ser publicada nos próximos dias. O ministro explicou que ainda fará uma espécie de chamada oral para saber como cada um dos ocupantes dos cargos chegou ao governo. Onyx negou, porém, que a prática seja uma caça às bruxas ideológica. "Para não sair caçando bruxa, primeiro a gente exonera e depois a gente conversa", afirmou. "O governo é novo e vem aí um novo Brasil: ou afina com a gente ou troca de casa. Simples assim." O processo de reavaliação dos funcionários, chamado por Onyx de "revisão", durará cerca de duas semanas.

A portaria de Onyx, publicada no DOU de hoje, também encerra as cessões, as requisições e as colocações em disponibilidade de pessoal. Neste caso, a decisão só terá efeito se, em sete dias, o secretário executivo da Casa Civil não manifestar expressamente o interesse pela manutenção do servidor.

O ministro Gilberto Kassab (PSD) pediu licença do cargo de secretário da Casa Civil no governo estadual em São Paulo, nessa quinta-feira (27), antes mesmo de assumir. O pedido foi prontamente aceito pelo governador eleito João Doria (PSDB).

A decisão ocorre após Kassab, que é a principal liderança do PSD, tornar-se alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal decorrente de uma delação do grupo J&F, que o acusou em acordo de leniência de receber propina entre 2010 e 2016. A PF encontrou R$ 300 mil em dinheiro na casa do ministro.

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O licenciamento do cargo de secretário deve entrar em vigor logo no início da gestão, com perda de vencimentos. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada no último domingo, Kassab já havia antecipado que não descartava a opção de pedir licença do cargo. Ele já avaliava que poderia sair do governo estadual, para o qual já aceitou o convite para integrar o secretariado, e se dedicar à organização de sua defesa no caso.

Em nota, o ministro disse estar "absolutamente tranquilo sobre sua conduta ao longo da vida pública". "Kassab reafirma sua confiança na Justiça brasileira, no Ministério Público e na imprensa, e entende que quem está na vida pública deve estar sujeito à especial atenção do Judiciário", diz a nota. "Reforça estar à disposição para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários e ressalta, mais uma vez, que todos os seus atos seguiram a legislação e foram pautados pelo interesse público."

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