Tópicos | Ciro

O ex-ministro Ciro Gomes - que disputou a Presidência da República em 2018 pelo PDT e que já declarou que gostaria de concorrer novamente - reagiu nesta segunda-feira, 9, às notícias de união entre o ex-ministro da Justiça e ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, o apresentador Luciano Huck e o governador de São Paulo, João Doria. Os três iniciaram conversas para se apresentarem ao eleitor em 2022 como uma alternativa de centro. "No dia que Doria, Huck e Moro forem de centro, eu sou de ultra-esquerda, o que eu nunca fui", afirmou o presidenciável após evento com a militância de seu partido, o PDT, em apoio ao ex-governador Márcio França (PSB), candidato à Prefeitura de São Paulo em uma chapa com o pedetista Antonio Neto como vice.

"Então vamos ter compostura. Moro vendeu a toga em troca de um cargo vitalício e é um cara da extrema-direita. O Moro se veste como os fascistas italianos da década de 1930. Ele está sempre com uma camisa escura sobre um paletó escuro. O Moro é fascista. O Moro vendeu a toga, prendeu um adversário político, tirou o adversário político da eleição e, em seguida, aceitou ser ministro do que ganhou a eleição. Isso é uma lesão ética que transforma o Moro para mim em um grande malandro", afirmou Ciro.

##RECOMENDA##

O pedetista poupou Huck de muitas críticas, sugerindo apenas que ele não tem experiência em governo para conseguir orientar o País. "O Luciano Huck é um apresentador de televisão. Ok, é uma tarefa das mais dignas. Isso prepara para enfrentar a maior crise social, econômica? O posicionamento internacional do Brasil, o Congresso hiper fraturado?", indagou. "Só a irresponsabilidade de algumas pessoas da elite Brasileira é que permitem a gente acreditar isso", afirmou. Sobre Doria, Ciro disse que ele foi um prefeito que mentiu para o povo, se referindo à promessa feita pelo tucano de que ele não deixaria o mandato na Prefeitura para disputar o governo do Estado.

"Ele já resolveu: vai terceirizar a Prefeitura para o MDB, vai terceirizar o governo do Estado para o DEM. Esse é o plano dele, para ele ser o presidente da República. E vocês que se arrebentem", afirmou.

Encontro com Lula

A repórteres, Ciro confirmou que encontrou o ex-presidente Lula em setembro. O petista tem sido alvo de muitas críticas do pedetista desde o desfecho das eleições 2018, em que o atual presidente Jair Bolsonaro, se elegeu.

"Eu tive (um encontro com Lula). Fui convidado pelo governador Camilo Santana (petista que administra o Ceará e é próximo à família Gomes) e tive uma conversa muito franca, muito franca mesmo. As pessoas gostariam de que eu usasse uma expressão popular: lavamos a roupa suja, para valer", explicou o ex-ministro de governo do PT.

De acordo com Ciro, ambos continuaram com suas opiniões sobre a situação do País, mas que o fato de haver diálogo é positivo. "Eu diria que, sob o ponto de vista das compreensões da questão brasileira para trás e para frente, continuamos como estávamos antes de conversar. Mas a mim me agrada a ideia de que a gente faça política conversando. Sabe? O que pega é catapora", argumentou.

De acordo com o ex-ministro, nenhum dos dois deu qualquer sinalização concreta de plano para o futuro.

A iniciativa do encontro partiu de Santana, que procurou Ciro e Lula, aparou arestas e viabilizou a reaproximação. A tarefa demandou mais de um mês e dezenas de telefonemas. Desde então Lula tem incluído Ciro no rol de nomes fortes da esquerda para 2022 e o pedetista cessou os ataques ao PT.

Apoio a Márcio França

O presidenciável elogiou a postura do candidato Márcio França, que tem evitado nacionalizar a disputa pela Prefeitura de São Paulo e têm criticado seus oponentes por vincular suas imagens à de um potencial candidato em 2022. Ao longo da campanha, França vem se apresentando como o candidato para o eleitor que quer um prefeito e não um presidente.

Para Ciro, a estratégia é acertada. "Se você olhar em Fortaleza, onde o meu título de eleitor é, nós entendemos que o que está em debate é uma eleição municipal. Os meus adversários estão querendo fazer isso (nacionalizar a disputa e com cabos eleitorais de fora da cidade) lá. O Lula todo dia na televisão, o Moro entrou na televisão lá no Ceará, Bolsonaro entrou na televisão no Ceará e eu não vou", afirmou. Em Fortaleza, Ciro apoia José Sarto (PDT) enquanto Lula apoia Luizianne Lins (PT) e Moro gravou um vídeo para o deputado Capitão Wagner (Pros).

De acordo com pesquisa Ibope divulgada no último dia 3, Sarto (PDT) tem 29% das intenções de voto, contra 27% de Capitão Wagner e 24% de Luizianne.

"E eu não vou (participar do horário eleitoral), porque eu não vou deixar que eles distraiam o povo de Fortaleza. Nunca perdi uma eleição no Ceará. Na última agora (em 2018), eu ganhei para presidente da República no Estado todo e o Bolsonaro foi para terceiro lugar. Então eu não tenho problema de relação com o meu povo. O que eu não posso permitir é que queiram transformar o meu povo, a quem eu devo tudo, em pecinha de xadrez do jogo que vai ser jogado em 2022", acrescentou.

De acordo com o marqueteiro de França, Raul Cruz Lima, Ciro não será usado no horário eleitoral gratuito da campanha peesebista. "O Márcio é o cara que tem falado o tempo todo na imagem das sombras - tem uma sombra (de campanha presidencial) atrás de cada candidato. O Russomanno com o Bolsonaro, o Lula atrás do (Jilmar) Tatto e do (Guilherme) Boulos. E ele o Márcio está se mostrando como o cara independente que não tem o rabo preso com ninguém. Na campanha (de rádio e TV), não estamos programando nada com o Ciro", afirmou ao Estadão.

No evento com Ciro, França e Antonio Neto, foram feitas gravações para serem postadas na internet. França saiu mais cedo para uma entrevista na Rede Record.

Bolsonaro na campanha de Russomanno

Perguntado se o deputado Celso Russomanno (Republicanos), oponente de França na disputa pela Prefeitura, estava errado ao estava usar Bolsonaro em sua campanha, Ciro, que não costuma medir palavras, disse que foi uma decisão "idiota".

"Desculpe dizer. O Bolsonaro é um idiota e o Russomanno não é do ramo. O Russomanno vive de explorar essa popularidade que a televisão dá, ele está aí nos programas popularescos, mundo cão, tal que ele é desse ramo, e acha que isso vai transformar o povo em idiota. Isso é muito bobo, porque nunca será assim que o povo vai votar", defendeu.

O ex-ministro também disse que o atual presidente vai "levar uma sova" nas grandes metrópoles do País. "O Bolsonaro é um imbecil completo. Por quê? Porque vai levar uma sova grande em São Paulo, outra grande no Rio de Janeiro. Em Minas Gerais não está vendo nem o azul. Não se apresentou no Rio Grande do Sul, não se apresentou nem no Sul, onde ele tem força. No Nordeste brasileiro, ele não vai levar em canto nenhum", argumentou.

Para o presidenciável, a expectativa de que aliados do presidente percam em grandes cidades acena para a possibilidade de que o eleitorado está começando a rejeitar extremos. "Parece que o bolsonarismo boçal e o lulopetismo corrompido vão levar uma grande surra no Brasil inteiro", disse.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e os ex-ministros Marina Silva e Ciro Gomes, concordaram em unir forças para defender a democracia, deixando as diferenças políticas e partidárias no passado.

Durante um debate promovido pela jornalista Miriam Leitão, na Globonews, FHC disse que a luta não é só política, é social e econômica. "Não podemos nos calar", disse o ex-presidente. "O passado ficou no passado, agora temos que unir forças", afirmou.

##RECOMENDA##

A ex-ministra Marina Silva afirmou: "acima de nós há 36 mil mortos por covid-19 e a defesa do Estado de Direito". Ciro Gomes foi ainda mais incisivo sobre a posição de figuras e partidos políticos contra uma "escalada do autoritarismo" e mandou uma mensagem para quem ainda não se posicionou. "Vamos defender a democracia e quem não vier é traidor".

Ciro Gomes também destacou a crise na saúde, com 23 militares ocupando espaços na pasta que ainda tem "liderança provisória" em meio à pandemia sem controle no País.

"Não creio em um golpe [de Estado] de Mourão, mas há 23 militares na Saúde", ironizou. "Quero saber se os militares vão querer ser responsabilizados por essa tragédia", afirmou Ciro diante do aumento de mortos e infectados pela covid-19 que está levando o País para a liderança de casos da doença no mundo.

Marina Silva afirmou que a tentativa do governo de esconder dados sobre mortes da covid-19 no Brasil é crime de responsabilidade. Ela sugeriu que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, crie uma comissão técnica para coordenar o acompanhamento da pandemia. "Rodrigo Maia tem condições para isso", afirmou Marina.

FHC também atacou a tentativa de ocultação de dados sobre o avanço do coronavírus no Brasil, dizendo que não dá mais pra esconder nada de ninguém, já que há imprensa livre e combatente, além das redes sociais. "A direita no poder não consegue ver a realidade e se agarra a fantasmas. Governar não é criar dissenso, mas criar consenso."

 Em vídeo publicado em suas redes sociais neste sábado (29), Ciro Gomes, atual vice-presidente do PDT, voltou a tecer críticas severas ao ministro da Economia, Paulo Guedes. O cearense chegou a afirmar que Guedes “tem nojo dos mais pobres” e “parou de ler em 1980”.

“Paulo Guedes tem nojo dos mais pobres, o problema dele é essa disfuncionalidade das elites brasileiras. Paulo Guedes é um garoto que saiu dos Estados Unidos muito jovem, estudou em Chicago e parou de ler nos anos 1980. Virou um 'Manoel Ganhão' de dinheiro”, criticou Ciro. Para o pedetista, o ministro acumulou recursos “manipulando mecanismos na fronteira da lei de especulação financeira com dinheiro público” e agora “tomou-se de vaidade de tomar conta da economia brasileira”.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Há um ano, em entrevista ao Conversa Afiada, Gomes comentou que Guedes não conhecia o Brasil. "Paulo Guedes é ruim. Economia é assunto da produção e do trabalho. Guedes é do 'rentismo'. Eu faria tudo diferente do Paulo Guedes. A questão fiscal, por exemplo. Falta dinheiro para tudo. Você tem as menores taxas de investimento para tudo. Ela está parada. Como eu resolveria? Anota aí: déficit de R$ 130 bilhões, mas se nós cobrássemos o imposto sobre lucros e dividendos de grandes corporações empresariais, que o mundo todo cobra. Todo mundo sabe disso. Eu já cobrei isso como ministro da Fazenda. Fernando Henrique [Cardoso] revogou, e o Lula manteve revogado. Isso arrecada até R$ 70 bilhões", argumentou Ciro, na ocasião.

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE), candidato derrotado à Presidência da República, cobrou nesta terça-feira, 25, uma reação dos eleitores ao vídeo disparado pelo presidente Jair Bolsonaro pelo WhatsApp, de seu celular pessoal, pedindo que todos compareçam a manifestações de rua em defesa do governo e contra o Congresso, no dia 15 de março.

"Se o próprio presidente da República convoca manifestações contra o Congresso e o STF (Supremo Tribunal Federal), não resta dúvida de que todos aqueles que prezam pela democracia devem reagir. É criminoso excitar a população com mentiras contra as instituições democráticas e sem causa nenhuma, a não ser sua agenda anti-pobre, anti-produção e entreguista de nossas riquezas aos estrangeiros. Vamos lutar pela preservação da Constituição e pelo Brasil", escreveu Ciro, em mensagem postada no Twitter.

##RECOMENDA##

O líder do PDT e ex-candidato à Presidência da República nas eleições de 2018, Ciro Gomes, repercutiu nesta quarta-feira (24) os altos índices de sarampo vivenciados atualmente na cidade de São Paulo.

De acordo com o ex-governador do Ceará, o problema é fruto da incompetência do governo. “O avanço do sarampo é resultado desse governo incompetente. Já são mais de 300 casos só em São Paulo”, pontuou Ciro.

##RECOMENDA##

O pedetista também disse que no mês de abril ele havia alertado para a baixa imunização no país. “Quando apresentei o Observatório Trabalhista pela primeira vez, em abril, analisamos os dados de saúde e o baixíssimo volume de imunizações no Brasil”, lembrou.

“Avisei que se não tivesse ação concreta e definitiva do governo, o sarampo se espalharia rapidamente por todo o país. Infelizmente, esse governo despreparado foi omisso e covarde e agora quem sofre é o nosso povo”, criticou Ciro Gomes.

 

Ciro Gomes voltou a usar suas redes sociais para criticar Jair Bolsonaro (PSL). “Cala a boca, Magda das milícias”, escreveu o político, dois dias depois da repercussão das falas do presidente em uma coletiva de imprensa, em que chamou os nordestinos de “paraíba”, mencionou o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), como sendo “o pior de todos” e afirmou que não existe fome no Brasil.

A fala de Ciro Gomes é uma referência à personagem interpretada por Marisa Orth, no programa humorístico Sai de Baixo, conhecida por ser "burra".

##RECOMENDA##

Nascido em São Paulo e criado em Sobral, no Ceará, Ciro escreveu que Bolsonaro “ataca um dos melhores governadores e, irresponsavelmente, determina perseguição ao povo de um Estado”.

As declarações de Bolsonaro ocorreram poucos dias depois da divulgação, na última segunda (15), do relatório anual da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que apontou que cerca de cinco milhões de brasileiros sofrem com desnutrição, o equivalente a 2,5% de toda a população do país.

Dino estuda denunciar presidente

À revista Época, Flávio Dino afirmou que estuda acionar a Procuradoria Geral da República (PGR) para denunciar Bolsonaro por racismo. Na última sexta (19), os nove governadores assinaram uma carta criticando a postura de Bolsonaro em relação à região.

"Carta dos Governadores do Nordeste

19 de Julho de 2019

Nós governadores do Nordeste, em respeito à Constituição e à democracia, sempre buscamos manter produtiva relação institucional com o Governo Federal. Independentemente de normais diferenças políticas, o princípio federativo exige que os governos mantenham diálogo e convergências, a fim de que metas administrativas sejam concretizadas visando sempre melhorar a vida da população. Recebemos com espanto e profunda indignação a declaração do presidente da República transmitindo orientações de retaliação a governos estaduais, durante encontro com a imprensa internacional. Aguardamos esclarecimentos por parte da presidência da República e reiteramos nossa defesa da Federação e da democracia".

 

O governo Bolsonaro foi alvo de críticas de ex-presidenciáveis que participaram de debate organizado pelos alunos brasileiros das universidades de Harvard e do MIT. Ciro Gomes (PDT) afirmou que Bolsonaro está na iminência de uma "grande confusão" e que o Brasil "optou por um idiota" e Geraldo Alckmin (PSDB) avaliou que o governo tem sofrido um rápido "desgaste de material". O tucano chamou ainda o governo de "improvisado, heterogêneo, com uma pauta equivocada, uma agenda antiquíssima".

O tucano criticou debates atuais do governo e a definição de "nova política", usada por bolsonaristas para definir a atual gestão. "Nós estamos discutindo se o nazismo é de esquerda ou de direita, se o golpe foi golpe ou não foi golpe. Uma agenda velhíssima. Não temos nova e velha política, temos boa e má política. A boa política não envelhece", afirmou o tucano. Alckmin reiterou que o PSDB não fará parte da base do governo e disse que o partido irá "votar os projetos que forem importantes ao País". "É o PT, só que de ponta cabeça", disse Alckmin sobre o que chamou de maniqueísmo do governo.

##RECOMENDA##

"Hoje, o governo Bolsonaro está na antecedência de uma grande confusão. É o que vem por aí. Não é impeachment, não há organização para isso. Estamos na iminência de uma brutal confusão", afirmou Ciro Gomes, que foi aplaudido pela plateia quando afirmou que o Brasil "optou por um idiota". "Não é idiota como palavrão, é como está nos dicionários: uma pessoa com incapacidade de raciocinar", disse. Para Ciro, polêmicas do novo governo são um "jogo de distração".

A política de aproximação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também foi objeto de críticas dos ex-presidenciáveis. Alckmin afirmou que o Brasil é "caudatário do Trump, sem a menor necessidade". "Compra uma briga com o mundo árabe de graça", disse o tucano. Ciro chamou de "uma vassalagem vergonhosa ao Trump, coisa nojenta". Em referência à atuação do filho de Bolsonaro, deputado Eduardo Bolsonaro, na política externa, disse que ele estaria "mexendo em coisa séria".

Alckmin afirmou ainda que a reforma da previdência apresentada pelo governo que, segundo ele, é "cheia de jabutis", concordando com críticas de Ciro Gomes. O tucano também afirmou que "há uma crise política" no País, ao defender uma reforma política e eleitoral. "Precisamos valorizar instituições. Os partidos políticos se enfraqueceram, estão artificiais", disse o tucano.

Já o secretário da Fazenda de São Paulo e candidato derrotado pelo MDB, Henrique Meirelles, afirmou que País "está fazendo para reverter essa queda de produtividade e aumentar, porque isso que irá definir cada vez mais o padrão de renda da população brasileira. Temos que sair da discussão apaixonante, das questões de política", afirmou Meirelles.

O ex-candidato pelo PT, Fernando Haddad, cancelou a participação no evento e o ex-candidato pelo PSOL, Guilherme Boulos, está presente na conferência em Harvard mas não é um dos debatedores do painel com presidenciáveis de 2018.

Em uma série de fortes críticas a Jair Bolsonaro e sua equipe, o ex-ministro e ex-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) classificou nesta segunda-feira, 11, o presidente como um "adolescente tuiteiro" e o governo como uma "confusão".

"Eu prometi que só iria fazer crítica depois dos 100 primeiros dias de governo, mas está impossível porque tem este bando de boçal que está brincando de governar", disse. "Botaram um garoto de 13 anos, um adolescente tuiteiro para governar o País." A declaração foi feita em evento do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE), em São Paulo.

##RECOMENDA##

Ciro afirmou que está preocupado com a "precocidade da confusão" que está se estabelecendo no governo. A fala do pedetista é dita um dia após o presidente da República compartilhar uma notícia com declarações falsas atribuídas à repórter do Estadão, Constança Rezende.

O pedetista criticou ainda, indiretamente, a ideia de se transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém. "Que dia que alguém pediu a gente (os políticos) para mudar a embaixada?", afirmou.

Eleições

Ciro afirmou também que vai pensar 100 vezes antes de aceitar ser candidato na eleição presidencial de 2022. "Estou muito angustiado com o que está ocorrendo, mas há a liberdade de uma não conveniência de uma candidatura. Isso, depois, será discutido pelo partido", disse.

Ele voltou a criticar o PT, mas ressalvou que o ex-concorrente do partido ao Planalto, Fernando Haddad, faz parte do grupo de homens de bem do partido.

Em um tom semelhante ao usado no segundo turno da eleição presidencial, quando não deu um apoio formal a Haddad contra o presidente Jair Bolsonaro, Ciro disse que "não aceita mais a hegemonia do lado bandido do PT".

Ao citar o exemplo do vereador Eduardo Suplicy, presente no evento, como um "homem honesto, nunca presente em nenhuma destas listas de corrupção", Ciro disse que ao lado dele estão, entre outros, os ex-governadores gaúchos Olívio Dutra e Tarso Genro.

Ciro foi então questionado sobre Haddad. "Ele é um homem de bem", disse.

O pedetista disse ainda que quer manter o diálogo com o PT, com que o PDT dele disputa o espaço de liderança da oposição. Segundo Ciro, ele quer que os petistas ocupem uma vaga na comissão especial que vai tratar da reforma da Previdência. "Nós temos de ter lá quem ouça os movimentos sociais, que tire a reforma de Brasília. Temos de juntar o máximo de votos que puder para conter danos", afirmou.

Terceiro colocado na corrida presidencial de 2018, o ex-governador Ciro Gomes (PDT-CE) defendeu que a oposição abandone a "intransigência" e se disponha a dialogar com a situação. A fala do ex-presidenciável aconteceu nesta terça-feira, 19, em Brasília, durante debate organizado pelo PDT sobre a Previdência Social, na véspera da apresentação da reforma da Previdência ao Congresso, que deve ser feita pessoalmente pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL).

"Temos que trocar o radicalismo de goela por um debate no qual a gente chame o governo", disse Ciro. "Por um vazio absoluto de ideias, você escassa um radicalismo retórico. A consequência prática dessa atitude é nenhuma, você apenas legitima o que está aí e provavelmente projeta o que está aí para se reeleger daqui quatro anos", falou.

##RECOMENDA##

Ciro fez críticas indiretas ao PT e à esquerda como um todo, a quem acusou de estar perdida e de não ter "compreensão estratégica". Para Ciro, é hora da esquerda abandonar o identitarismo como pauta principal e se voltar para o debate econômico. "Feminismo, ecologia e outros são temas importantes, mas a gente não pode exercitá-los de forma identitária porque isso acaba aperfeiçoando a agenda conservadora e deixa para lá as questões de natureza econômica", discursou, antes de apresentar uma crítica à reforma da Previdência que deve ser apresentada na quarta-feira, 20. No começo do ano, o PDT decidiu se descolar do PT e integrar bloco de oposição ao governo ao lado outros partidos.

Um vídeo no qual aparece o ex-candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) envolvido em uma confusão com alunos durante a abertura da 11ª Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE), nesta quinta-feira (7), em Salvador, está viralizando. Nas imagens, é possível ver o pedetista, que não costuma levar desaforo para casa, rebater: “o Lula está preso babacas, o Lula está preso”. Ciro repetiu a frase por diversas vezes enquanto era vaiado pela plateia. 

Tudo teria começado quando alguma pessoa gritou “corrupto” enquanto ele fazia seu pronunciamento. “Não sou não. Eu estou solto. Eu sou limpo. eu sou limpo. Lula está preso, babaca”, bradou.

##RECOMENDA##

Uma fonte que participa do evento neste momento, em reserva, ao LeiaJá, afirmou que desde que Ciro começou a discursar o clima ficou tenso. “Foram vários xingamentos. Tá todo mundo p... com ele, né? E também tinha gritos de ‘Lula Livre’. Ele não aguentou a provocação e disse o novo jargão. Daí em diante só faltou voadora”, contou.  

[@#video#@]

Antes de ser chamado de corrupto e iniciar o tumulto, Ciro teria dito que jovem no bar é obrigado a defender a corrupção, aparelhamento do Estado e formação de quadrilha. “Isso não é para vocês. Vocês não têm nada a ver com isso”, ressaltou. 

O ex-candidato à presidência repetiu uma fala do senador Cid Gomes (PDT), seu irmão, em outubro do ano passado. Cid bateu boca com militantes do PT e repetiu a frase 'O Lula tá preso, babaca' algumas vezes, sendo vaiado em um evento que inaugurava a campanha do então candidato a presidente Fernando Haddad (PT) para o segundo turno.

Na ocasião, ele disse que a sigla petista fez “muita besteira” e ainda garantiu que iriam “perder feio”. “Não admitir o mea culpa, os erros que cometeram, isso é para perder a eleição e é bem feito”, chegou a disparar. 

Nesta quarta-feira (12), o Partido Democrático Trabalhista (PDT) está realizando um evento denominado “Grande Ato de Filiação Partidária” em todo o Brasil com o objetivo de atrair e mobilizar os cidadãos sobre a importância da participação da sociedade nas questões políticas e no exercício da democracia. 

No Recife, o encontro está acontecendo na sede estadual da legenda, localizada na Avenida João Barros, na área central da capital pernambucana.  No estado, estão à frente do ato o deputado federal eleito Túlio Gadêlha, o Movimento Todos com Ciro e a Juventude Socialista do partido. O namorado da apresentadora Fátima Bernardes, o antropólogo Anacleto Julião, o ativista político Pedro Henrique Lucena e a empresária Maria do Céu irão participar de um ciclo de palestras. A renovação política no Brasil está entre os temas que serão debatidos.

##RECOMENDA##

De acordo com a legenda em Pernambuco, “a filiação partidária é indispensável não só para quem busca uma formação política, mas também para quem tem a pretensão de se candidatar a um cargo público nas próximas eleições”..

Frei, escritor e teólogo fundamental para a teologia da libertação no Brasil, Leonardo Boff respondeu às críticas do presidenciável Ciro Gomes (PDT), que o chamou de “bajulador” e “bosta”. Em entrevista à Folha de São Paulo, Boff comentou: “Minha posição é dos filósofos, dentre os quais me conto: nem rir nem chorar, procurar entender. Entendo seu excesso a partir de seu caráter iracundo, embora na entrevista afirma que tem ‘sobriedade’ e ‘modéstia’”.

Quando fez as afirmações, Ciro estava voltando da Europa e se mostrou ressentido com o PT e, além de Boff, figuras como Glesi Hoffman, o ex-presidente Lula e o frei Betto. Apesar das ofensas, Boff defendeu a participação do político “espécie de colégio de líderes, vindos das várias partes de nosso país continental, para que as resistências e oposições tenha sua base em vários estados e não apenas naqueles econômica e politicamente mais relevantes".

##RECOMENDA##

O teólogo declarou, no dia 24 de outubro, que votaria em Fernando Haddad (PT) para a presidência do Brasil. Além disso, Boff não poupou críticas à prisão de Lula e à decisão judicial que impediu sua candidatura. “Creio que agora a situação é tão dramática que precisamos de uma Arca de Noé onde todos nós possamos nos abrigar, abstraindo das diferentes extrações ideológicas, para não sermos tragados pelo dilúvio da irracionalidade", lamentou.

Após o ex-candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) afirmar que foi “miseravelmente traído” pelo ex-presidente Lula na disputa eleitoral, a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, rebateu a declaração. Hoffmann disse que a legenda age por “estratégia política” e não “por mágoa e traição”. 

Gleisi foi além e destacou, por meio do Twitter, que o pedetista está “irritado” com o resultado da eleição. “Lamento que Ciro Gomes esteja tão irritado com seu resultado eleitoral insatisfatório. Mas entendemos suas dores e somos solidários. O que importa é a unidade contra o fascismo e o ataque aos direitos do povo. Nisso estaremos juntos”, escreveu. 

##RECOMENDA##

A polêmica afirmação de Ciro aconteceu, nesta quarta-feira (31), durante uma entrevista concedida ao jornal Folha de S.Paulo. “Você imagina conseguir do PSB neutralidade trocando o governo de Pernambuco e o de Minas? Em nome de que foi feito isso? De qual espírito público, razão nacional, interesse popular? Projeto de poder miúdo. De poder e de ladroeira. O PT elegeu Bolsonaro”. 

O ex-governador do Ceará complementou. “Fomos miseravelmente traídos. Aí, é traição, traição mesmo. Palavra dada e não cumprida, clandestinidade, acertos espúrios, grana”. 

O terceiro colocado nas eleições presidenciais brasileiras, Ciro Gomes (PDT-CE), disse que foi "miseravelmente traído" pelo ex-presidente Lula e seus "asseclas", em entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo", publicada nesta quarta-feira (31).

"Não declarei voto ao Haddad porque não quero mais fazer campanha com o PT", afirmou, lembrando a atuação do partido para impedir que o PSB o apoiasse nas eleições.

##RECOMENDA##

"Você imagina, conseguir do PSB neutralidade trocando o governo de Pernambuco e de Minas? Em nome do quê foi feito isso? De qual espírito público, razão nacional, interesse popular? Projeto de poder miúdo. De poder e de ladroeira. O PT elegeu Bolsonaro", protestou.

"Esses fanáticos do PT não sabem, mas o Lula, em momento de vacilação, me chamou para cumprir esse papelão que o Haddad cumpriu. Eu não aceitei. Me considerei insultado', acrescentou, lembrando as negociações de apoio pré-campanha.

Gomes ainda nega que tenha ficado neutro na votação do segundo turno. "Quem declara o que eu declarei não está neutro", disse, citando uma entrevista que deu após o primeiro turno, em que, ao responder pergunta de um repórter, disse a frase "Ele não", usada para combater a campanha do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL-RJ).

Ao ser perguntado se faria novamente aliança com o PT, o pedetista disse que, se puder, não o fará."Você acha que eu votei em quem?", ironizou, sem confirmar qual candidato escolheu.

Da Ansa

Terceiro colocado no primeiro turno das eleições presidenciais, Ciro Gomes (PDT) se prepara para uma nova campanha a partir de 1.º de janeiro. Ao não declarar apoio a Fernando Haddad (PT) no segundo turno, o pedetista tenta levar adiante o seu projeto de se consolidar como uma nova liderança do "campo progressista", que hoje tem o PT à frente, aproveitando o capital político conquistado neste ano. Ciro teve 13,3 milhões de votos, o equivalente a 12,5%.

O principal entusiasta desse projeto de já lançar Ciro para as eleições presidenciais de 2022 é o presidente do PDT, Carlos Lupi. Precisará, porém, contornar questões locais de líderes que flertam com o "bolsonarismo". Dos quatro governadores do partido que foram ao segundo turno, três declararam apoio a Bolsonaro - Juiz Odilon, em Mato Grosso do Sul; Carlos Eduardo, no Rio Grande do Norte; e Amazonino Mendes, no Amazonas. O quarto, Waldez Góes, no Amapá, manteve-se neutro, mas recebeu o apoio do PSL de Bolsonaro no segundo turno.

##RECOMENDA##

"Já falei para ele (Ciro) que estamos lançando o nome dele a partir de 1º. de janeiro (de 2019). Nós vamos, com o Ciro candidato à Presidência em 2022, preparar as nossas candidaturas em grandes cidades, com mais de 200 mil habitantes, e a partir da semana que vem faremos encontros com a presença do Ciro", disse ele. Por enquanto, o presidente do PDT não tem mostrado preocupação com o fato de Ciro já ter trocado de partido mais de sete vezes ao longo de sua carreira. "O Ciro quer (seguir na campanha), ele já colocou o nome à disposição."

Turbulência

A iniciativa do PDT em lançar, desde já, uma nova candidatura presidencial se baseia na previsão de turbulências no mundo político. Na leitura dos dirigentes do partido, a governabilidade será um complicador para o novo presidente. "É uma governabilidade muito difícil, na qual haverá muita radicalização. Nós queremos ser opção à radicalização. A partir de 1.º de janeiro, ele (Ciro) se colocará como tal", afirmou.

Outra razão para que Ciro não se afaste das atividades políticas é o exemplo de Marina Silva, que foi candidata à Presidência pela Rede Sustentabilidade. Ela quase chegou ao segundo turno em 2014 numa disputa apertada com Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), mas se distanciou do mundo político nos últimos quatro anos. Marina voltou a se candidatar neste ano, sua terceira vez, mas acabou com apenas 1% dos votos válidos.

Desafio

O principal desafio de Ciro Gomes e do PDT, no entanto, será se afastar do PT sem perder apoio do campo progressista, o que já tem causado rusgas para sua imagem. Para se distanciar do PT, Ciro ignorou os pedidos para participar da campanha de Haddad. A escolha de viajar com a família para Europa logo após o primeiro turno rendeu críticas entre seus eleitores. Pressionado a gravar uma declaração a favor do petista, disse que não estava neutro, mas que não declararia apoio ao petista por uma razão "muito prática", que não revelaria.

Neste domingo, 28, voltou a dizer que não faria campanha com o PT "nunca mais". "A quem que eu estou devendo essa presença? Estou devendo ao PT?", questionou ele, após votar em Fortaleza (CE).

Nesse contexto, a opção de se apresentar como centro-esquerda, termo usado por seu irmão Cid Gomes (PDT-CE), senador eleito, também está longe de ser uma unanimidade dentro do partido. Para evitar a polêmica, Lupi e outras lideranças têm evitado falar de Ciro como uma nova alternativa ao PT ou à esquerda. Um dos principais aliados de Ciro, o deputado André Figueiredo (PDT-CE) evitar falar em "centro-esquerda". "Temos quatro anos para trabalhar um projeto diferente dos outros. Ele (Ciro) se configura como uma alternativa dentro do campo progressista. Não gosto de rotular como de esquerda ou de centro, gosto de colocar no campo democrático e progressista", disse Figueiredo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Derrotado nas urnas, Ciro Gomes (PDT) embarca para o exterior nesta quinta-feira, 11, para viajar com a família, e deve ficar fora do País por até duas semanas. Os planos frustram as investidas do PT, que faz acenos ao candidato derrotado no intuito de trazê-lo para dentro da campanha petista no segundo turno das eleições 2018.

Ao contrário do que esperava a campanha de Fernando Haddad (PT), Ciro não vai chefiar a equipe do programa econômico do petista. A ideia é que o pedetista não suba no palanque com Haddad, muito menos faça fotos para indicar o "apoio crítico", aprovado em reunião da Executiva nacional do PDT nesta quarta-feira, 10.

##RECOMENDA##

O PT pretendia insistir com Ciro para que ele integrasse a coordenação da campanha de Haddad. Nos bastidores, o convite era tratado como um primeiro passo para Ciro assumir um ministério em eventual governo Haddad. Na campanha petista, o nome dele é citado para comandar o Planejamento ou a Fazenda.

Para se distanciar do PT, o presidente do PDT, Carlos Lupi, se antecipou e disse na quarta-feira que o partido vai lançar Ciro Gomes como candidato para 2022, já após o fim do segundo turno. "Não faremos nenhuma reivindicação (junto ao PT). Será um voto claro sem participação na campanha e com a certeza de que não participaremos de nenhum governo, mesmo se Haddad ganhar a eleição. Vamos começar a construir agora 2022, já estamos decididos a lançar a candidatura de Ciro Gomes", afirmou.

Outra forma de mandar sinais negativas ao PT foi anunciar que o PDT, independentemente de quem vença o segundo turno, estará na oposição em 2019. O motivo da resistência do PDT em se aproximar da campanha de Haddad foram os "ataques" que os petistas fizeram à candidatura de Ciro Gomes, durante o processo eleitoral.

Orquestrada com aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT fez uma manobra ainda no primeiro turno que atrapalhou as negociações de apoio do PSB à candidatura de Ciro. O caso foi encarado como uma rasteira do PT no partido. Na ocasião, os petistas retiraram candidaturas em outros Estados para não atrapalhar nomes do PSB que disputavam os mesmos cargos. Em troca, os socialistas se comprometeram a ficarem neutros no primeiro turno, em vez de apoiarem o presidenciável do PDT.

A senadora Kátia Abreu (PDT-TO) defendeu, nesta quarta-feira, 10, que o candidato do PT Fernando Haddad renuncie à campanha presidencial nas eleições 2018 "em nome da democracia". O objetivo de sua proposta é que o petista, ao abrir mão da disputa, abra espaço para que Ciro Gomes (PDT) seja o adversário de Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno.

"Eu não estranharia e acharia muito digno se por acaso ele (Haddad) desistisse da candidatura vendo que pode entregar o País a um fascismo religioso", afirmou, referindo-se a Bolsonaro. "A lei é clara. Se ele renunciar à sua candidatura, Ciro Gomes é o candidato. E é o único capaz de vencer Bolsonaro", justificou.

##RECOMENDA##

A proposta de Kátia Abreu se baseia no artigo 77 da Constituição Federal, que no inciso 4º diz que "se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação".

Kátia Abreu disse também que não fará campanha para Haddad, apesar da decisão do partido de optar pelo "apoio crítico". "PDT só deu apoio crítico ao PT para não dar uma de Pôncio Pilatos, para não lavar as mãos diante da ameaça e fascismo que a outra candidatura representa. O PT que tinha uma causa lá atrás não existe mais, não vale a pena defender." A senadora afirmou ainda irá votar em "branco" ou "nulo" em 28 de outubro.

O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 8, em coletiva concedida após visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, que pretende ligar institucionalmente para o pedetista Ciro Gomes, a fim de tentar selar um acordo neste segundo turno em que enfrenta o candidato do PSL, Jair Bolsonaro. "Vi o programa do Ciro, temos muita convergência de ideias com o que precisa ser feito", disse, afirmando crer que há condições de reunir essas forças democráticas progressistas num segundo turno, em torno de um projeto de restauração e inclusão social do Brasil.

"Vou conversar com as forças democráticas do País, representadas por algumas candidaturas como as de Ciro Gomes, Guilherme Boulos, mantendo ainda contato com governadores do PSB. Tenho interesse que essas forças estejam reunidas em torno desse projeto de restauração e inclusão social, como tratamos no primeiro turno com o PCdoB", emendou.

##RECOMENDA##

Sobre os acordos neste segundo turno, o PDT anunciou hoje que não apoia Bolsonaro, mas que pretende fechar um "apoio crítico" a Haddad. O próprio Ciro já disse ter algumas ressalvas ao programa petista. Para fazer um aceno ao pedetista, Haddad disse na entrevista que tem total tranquilidade em ajustar os parâmetros do programa de sua coligação para que ele seja o mais representativo dessa ampla aliança democrática que pretende fazer. E disse que ele e Ciro são amigos de longa data, desde o primeiro governo Lula, por isso não teria problemas em ajustar o seu programa em torno de uma aliança programática. "Tenho total tranquilidade em ajustar parâmetros do programa para que ele seja o mais representativo dessa ampla aliança democrática que pretendemos fazer."

Haddad disse na entrevista que teve apenas 22 dias de campanha e chegou ao segundo turno com quase 30% dos votos válidos do País, concorrendo com veteranos, "candidatos que respeito, mas que já disputaram algumas eleições, como Marina Silva (Rede), Ciro Gomes e Geraldo Alckmin (PSDB). Fomos ao segundo turno pela força do projeto que representamos", disse, afirmando que os partidos políticos definharam nesse processo eleitoral. Segundo ele, o PT foi ao segundo turno defendendo um projeto que vai restaurar as perspectivas de desenvolvimento e inclusão social do Brasil.

Apesar das críticas que sofreu no primeiro turno, Haddad voltou a defender uma reforma na Constituição. Na sua avaliação, isso é importante para colocar outras reformas, como a tributária e a política em execução. "Não há como fazer essas reformas sem a constitucional."

Na coletiva, Haddad disse também que irá propor uma espécie de "protocolo ético" contra a veiculação de fake news. "Vamos tentar estabelecer um protocolo ético para o tipo de abordagem que vai ser feito na campanha. Uma carta de compromisso contra difamação anônima", disse, reclamando do bombardeio que sua campanha foi alvo, sobretudo na reta final de primeiro turno. Ele fez também um apelo para que a Justiça Eleitoral julgue com mais celeridade denúncias relacionadas às notícias falsas.

Cercado por uma multidão, em desfile em carro aberto na cidade de Sobral, no sertão cearense, o candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, mostrou-se otimista em seu último ato de campanha no primeiro turno: "Até amanhã eu vou virar e vou para o segundo turno. Eu sou o único que pode vencer Bolsonaro [Jair Bolsonaro, candidato a presidente pelo PSL] no segundo turno porque tenho o projeto mais consistente", declarou.

Aos gritos de "Vamos virar", o candidato do PDT, chegou no início da noite à cidade, berço político da família Ferreira Gomes.

##RECOMENDA##

À frente do carro, montado num cavalo, o irmão de Ciro, Cid Gomes, candidato ao Senado pelo mesmo partido no Ceará abria caminho na multidão.

O candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) não teve o desempenho que ele esperava nas pesquisas de intenções de votos. Com aproximadamente 11% das intenções de voto, o presidenciável estagnou nos levantamentos já divulgados. Apesar do cenário, Ciro mostrou estar otimista. “Tenho fé em Deus que vou virar esse jogo”, disse em entrevista concedida à Rádio Jornal Petrolina, na manhã desta sexta-feira (5).

Durante a conversa, o pedetista falou que é único que pode derrotar Jair Bolsonaro (PSL), o candidato do PSL. “O PT perdeu a condição política de enfrentar isso. As pesquisas dão a mim essa responsabilidade como único candidato que pode derrotar o Bolsonaro”. 

##RECOMENDA##

“Vou lutar, é preciso acreditar que é possível, tenho que lutar para proteger o país do precipício. Tenho o melhor projeto, só eu posso salvar o Brasil de cair na mão de um radical de direita que não tem apreço pela pobreza e quer entregar riqueza para a cobiça internacional”, ressaltou. 

Ciro também afirmou que é o único candidato nordestino e o único que pode proteger o Nordeste. “Tenho plano de dobrar o valor da Bolsa Família ainda no meu governo e transformar num programa definitivo de renda mínima. Conheço a importância do gesso em Pernambuco, da transnordestina, da irrigação do São Francisco”.

Mesmo em terceiro lugar nas pesquisas divulgadas, Ciro ultrapassou o presidenciável Fernando Haddad (PT) nas menções entre usuários do Twitter nesta semana. O ex-governador do Ceará, no Facebook, mostrou vantagem em dias alternados alcançando 692 mil desde o início da semana, segundo dados do estudo elaborado pela Diretoria de Análise das Políticas Públicas (DAPP), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando