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As famílias brasileiras melhoraram a percepção sobre suas finanças no futuro, o que contribuiu para o avanço na confiança dos consumidores em fevereiro, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Porém, o resultado ainda não deve se traduzir em vendas de bens duráveis, já que a intenção de compra desses produtos continua em queda.

Neste mês, a confiança dos consumidores subiu 2,1 pontos ante janeiro, a segunda alta consecutiva. O quesito que mais contribuiu foi o grau de satisfação com a situação financeira das famílias nos meses seguintes, que aumentou 5,9 pontos, para 76,1 pontos, o melhor resultado desde fevereiro de 2015 (77,6 pontos).

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Na direção contrária, a intenção de compras com bens duráveis recuou 6,0 pontos, atingindo o menor nível da série histórica, iniciada em setembro de 2005.

Em relação ao momento atual, o indicador que mede o grau de satisfação dos consumidores com a situação econômica corrente saiu de seu menor nível, atingido em janeiro, e avançou 2,2 pontos, para 73 pontos. "Na análise da tendência por médias móveis trimestrais esse é o primeiro resultado positivo após uma sequência de 18 quedas consecutivas", destacou a FGV.

O Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 0,9 ponto em fevereiro na comparação com janeiro, para 66,6 pontos, na série com ajustes sazonais, divulgou nesta quinta-feira (25) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Esta foi a terceira queda consecutiva do índice, levando-o para o nível mais baixo da série histórica. Na comparação com fevereiro de 2015, o ICST registrou retração de 12,9 pontos.

Para Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção da FGV, o desempenho da confiança setorial em fevereiro sinaliza a continuidade do encolhimento da construção para os próximos meses. "Ou seja, não se vislumbra ainda uma acomodação da atividade, mesmo que em patamar baixo. Muitos fatores estão contribuindo para este cenário, mas vale destacar que as incertezas no campo macroeconômico têm se mostrado como um dos principais 'gargalos' à melhoria dos negócios", afirmou.

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Em fevereiro, a baixa do índice em relação a janeiro decorreu, principalmente, da piora da percepção do empresariado em relação à situação corrente dos negócios. O Índice da Situação Atual (ISA) teve queda de 1,9 ponto em fevereiro, para 63,6 pontos. A maior contribuição para o recuo deste componente veio do indicador que mede a satisfação com a situação atual dos negócios, que caiu 3,1 pontos em relação ao mês anterior, atingindo 64,5 pontos.

Já o Índice de Expectativas (IE) permaneceu praticamente estável, ao variar negativamente 0,1 ponto, para 70,1 pontos no segundo mês de 2016. O resultado do IE foi reflexo, principalmente, do declínio do indicador que apura a perspectiva de demanda pelos serviços da empresa para os próximos três meses, com queda de 0,4 ponto ante janeiro.

De acordo com a FGV, nos últimos 12 meses o principal fator de limitação do setor na visão dos empresários é a demanda insuficiente. O índice já ocupava o topo da lista em fevereiro do ano passado, mas o porcentual dos entrevistados que apontaram este como principal problema para a construção avançou de 43,4% para 54,6%.

Em segundo lugar, com referência à incerteza no cenário macroeconômico, aparece o item "outros", com 29,8% das respostas. Já a competição no próprio setor caiu da segunda para a terceira posição, sendo apontada por 24,6% dos pesquisados.

INCC-M

O Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) ficou em 0,52% em fevereiro, mostrando aceleração ante a alta de 0,32% registrada em janeiro, aponta FGV. O INCC-M acumula altas de 0,85% no ano e de 6,84% em 12 meses.

O grupo Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação positiva de 0,53% em fevereiro, após avanço de 0,52% apurado na leitura do mês anterior. Já o índice relativo a Mão de Obra variou 0,51%, após alta de 0,15%.

Cinco das sete capitais analisadas registraram aceleração em suas taxas de variação em fevereiro ante janeiro: Salvador (de 0,61% para 0,72%), Belo Horizonte (0,27% para 0,37%), Recife (1,13% para 2,34%), Rio de Janeiro (0,20% para 0,41%) e Porto Alegre (0,31% para 1,42%).

Por outro lado, houve desaceleração em Brasília (de 0,17% para -0,01%) e São Paulo (de 0,25% para 0,22%).

Destaques de alta

Os itens que mais contribuíram para a aceleração do INCC-M na passagem de janeiro para fevereiro foram servente (de 0,25% para 0,94%), ajudante especializado (0,24% para 0,48%), taxas de serviços e licenciamentos (4,10% para 4,46%), vale transporte (3,30% para 3,89%) e tubos e conexões de PVC (-0,01% para 2,16%).

Por outro lado, entre as maiores influências isoladas de baixa estão os itens vergalhões e arames de aço ao carbono (de -0,39% para -1,30%), aluguel de máquinas e equipamentos (mesmo com o abrandamento da deflação de -0,77% para -0,33%), cimento portland comum (apesar da ligeira diminuição no ritmo de queda de -0,22% para -0,19), projetos (de 0,41% para -0,12%) e rodapé de madeira (de 0,15% para -0,73%).

Entre janeiro e fevereiro, a aceleração do INCC-M foi determinada pela alta do grupo Mão de Obra, que acelerou de 0,15% para 0,51% entre os dois períodos, influenciado pelo reajuste salarial de Recife e antecipações em Salvador e Porto Alegre.

Já o grupo Materiais, Equipamentos e Serviços permaneceu praticamente estável, ao variar de 0,52% para 0,53% entre janeiro e fevereiro.

Dentro deste índice, o item relativo a Materiais e Equipamentos subiu 0,39% neste mês, ante elevação de 0,40% no mês anterior, enquanto o referente a Serviços teve elevação de 1,06% em fevereiro, após subir 1,00% em janeiro.

Na passagem de janeiro para fevereiro, o INCC-M avançou de 0,32% em janeiro para 0,52% em fevereiro. O indicador é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

Apesar da queda na popularidade e nas intenções de votos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula de Silva (PT) é o político com maior confiabilidade entre os recifenses. É o que aponta um levantamento, divulgado nesta terça-feira (23), pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) onde 73,7% dos que residem na capital pernambucana citam o petista quando são questionados sobre quais políticos eles mais confiam. A presidente Dilma Rousseff (PT) foi a segunda mais mencionada, com 7,9% da confiabilidade dos entrevistados. 

Apesar dos posicionamentos críticos diante de assuntos como o homossexualismo e de defender a volta da intervenção militar, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP) ficou em terceiro lugar, com 2,6%. O mesmo percentual de entrevistados também citou o deputado federal e pré-candidato a prefeito do Recife, Daniel Coelho (PSDB), a deputada estadual Priscila Krause (DEM) e a ex-senadora Marina Silva (Rede). Dos que participaram da análise, 7,9% não souberam responder o quesito. 

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A amostra, encomendada pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, também aferiu o nível geral de confiança da população com a classe política. O estudo constatou que 91,8% dos recifenses não confiam mais nos políticos, enquanto 6,4% disse acreditar. “Os números mostram a descrença da população com a classe”, analisa o cientista político e coordenador da pesquisa do IPMN, Adriano Oliveira. 

Segundo ele, os desdobramentos da Operação Lava Jato envolvendo parlamentares e líderes nacionais, além das denúncias constantes de irregularidades nas gestões públicas são itens que pesam na queda da confiança. 

O levantamento indagou ainda se os entrevistados votariam em algum político, que mesmo sendo corrupto, trabalhasse muito pela população. A maior parcela, 69,7%, respondeu que não enquanto 29,3% disseram que sim. 

Questionado sobre o que os políticos deveriam fazer para mudar o cenário, Oliveira observou que a preservação da imagem com ações éticas tende a pesar para os eleitores. “Os políticos precisam mudar o comportamento. Vivemos numa era onde a imagem é importante e as pessoas não querem ver seus representantes dando privilégios para outros”, destacou. 

 

O futebol parecia ter piorado em relação ao jogo contra o Bahia. Desorganizado no primeiro tempo, o Santa Cruz ainda ameaçou na base da qualidade individual e, principalmente, pela fragilidade do adversário. Melhor arrumado na etapa complementar, o tricolor não teve dificuldade para fazer 2 a 0 no Confiança, em pleno Batistão, e se reabilitar da derrota na estreia.

Lelê e Wallyson ainda tiveram boas oportunidades de abrir o placar no primeiro tempo. Assim como Wallace Pernambucano, pelo time da casa, mas a falta de criatividade dos ataques impediu que outras boas chances fossem criadas. Apesar dos dois times terem entrado com três atacantes, pouco se viu de troca de passes e jogadas combinadas entre os homens de frente, o que acabou deixando a partida feia e sem lances dignos de registro.

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Já na segunda etapa aconteceu o que deveria ser o óbvio. O time da primeira divisão dominou totalmente as ações, fazendo dois gols com certa facilidade. No primeiro, Lelê deu passe para Dedé, que apareceu como homem surpresa dentro da área e chutou fraco. Mas o goleiro acabou espalmando nos pés de Grafite, que fuzilou para abrir o placar.

O centroavante tricolor também participou da origem da jogada do segundo gol. Ele sofreu uma falta na esquerda. Wallyson cobrou com perfeição na cabeça do zagueiro Alemão, que antecipou a defesa adversária e cabeceou forte para ampliar.

O placar poderia ter diso mais elástico. O Santa criou várias chances de fazer o terceiro. Na melhor delas, Vitor recebeu na direita e cruzou para Grafite desviar de cabeça, mas a bola passou à esquerda do goleiro.

Recheado de conhecidos da torcida pernambucana, como Bibi e Hamilton, o Confiança mostrou que não deve brigar pela vaga à próxima fase. Digno de nota por parte do time de Sergipe, apenas o atacante Leandro Kível, que deu trabalho à defesa tricolor, mesmo não recebendo bons passes.

Nota também para o gramado do Batistão, que com seu perfeito estado possibilitou que jogadores tivessem as melhores condições possíveis para a prática do bom futebol. 

 

Apesar de ter sido substituído no primeiro tempo do jogo contra o Bahia, domingo (14), no Arruda, devido a um corte que gerou sangramento excessivo, Grafite não preocupa para a próxima rodada da Copa do Nordeste. Ele não treinou nesta segunda-feira (15) – afinal, levou seis pontos no local –, mas o médico tricolor, Gilson Resende, garantiu que o ídolo coral não preocupa para o encontro com o Confiança-SE, quarta-feira (17), pelo Regional.

“Grafite sofreu um corte profundo durante o jogo. Fizemos uma sutura no ferimento. Ele foi reavaliado nesta tarde, e não foi detectado edema no local. Não será problema para o jogo”, declarou o médico. A expectativa é que o centroavante retome as atividades normais, sob o comando do técnico Marcelo Martelotte, na manhã desta terça-feira (16), quando será realizado o último treino antes da viagem para Sergipe.

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ARTHUR – Outro caso que vem gerando dúvidas é o do atacante Arthur, que sentiu dores no joelho direito, no jogo contra o América, ficando de fora do confronto com o Bahia, devido ao desconforto. De acordo com o doutor Gilson Resende, o atleta não viajará para o jogo com o Confiança, pois o departamento médico ainda aguarda o resultado do exame de imagem para saber se há alguma lesão mais grave.

“Foi feito um primeiro exame de imagem, mas não tivemos resultados conclusivos. Estamos aguardando sair o novo laudo. O tornozelo direito dele está inchado, mas o joelho regrediu bem, e o atleta não vem se queixando de dores”, disse. E cravou: “Ele não joga quarta-feira”.

Após registrar queda de 8,3% no ano passado, a maior em 12 anos, a indústria brasileira se prepara para novo recuo na produção. Apesar de mais brando, não é visto como recuperação, pois virá em cima de uma base comparativa muito deteriorada. Setores com destaque no Produto Interno Bruto (PIB) veem 2016 tão ou mais difícil que 2015.

O dólar valorizado deve ajudar alguns segmentos, mas não é a tábua de salvação. Muitas empresas perderam os clientes no período do dólar barato e retomar contratos será tarefa árdua.

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Recuperação econômica e volta da confiança de consumidores e investidores estão no topo da lista dos empresários como primordial para suas atividades. Mas setores como aço, autopeças, máquinas e equipamentos, químico, vestuário, veículos e eletroeletrônicos também têm demandas específicas vistas como urgentes para melhorar o desempenho. Todas dependem de medidas a serem adotadas pelo governo. Algumas passam por liberação de subsídios, o que conflita com o ajuste fiscal que o governo tenta aprovar.

José Augusto Fernandes, diretor da Confederação Nacional da Indústria (CNI), confirma que qualquer medida para melhorar a economia envolve decisões do governo que apontem para um cenário de recuperação da confiança. "É preciso construir uma agenda em cima do pilar fiscal e da competitividade." Para ele, apesar das demandas de cada setor, as questões a serem enfrentadas são tributação, relações do trabalho e desburocratização.

Na opinião de Carlos Pastoriza, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a precondição para mudar o clima de incertezas seria o fim, ainda nesse trimestre, da crise política. Enquanto isso, apela para um programa de modernização do parque fabril, cuja idade média é de 17 anos, ante 8 anos, por exemplo, na Alemanha.

O problema é que a proposta envolve subsídios, pois a ideia é que 15% do imposto recolhido na aquisição de uma máquina nova para substituir a antiga seja devolvido em forma de crédito a ser usado para abater de qualquer imposto federal.

Outro setor que pede um programa de renovação de frota é o automotivo. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, ressalta, porém, que o desafio maior é recuperar a confiança do consumidor. "É preciso minorar o fantasma do desemprego."

Não há previsões de recuperação do mercado de carros no curto prazo e a exportação perdeu competitividade após mais de dez anos de câmbio oscilando para baixo. O setor vem apresentando melhora na venda externa, mas Moan ressalta que "o caminho é longo, pois não se trata de abrir novos mercados, mas de reconquistar o que já tínhamos."

Há dez anos, a indústria automobilística exportou 35% de sua produção, participação que hoje está em 17%. Novos acordos comerciais, na visão de Moan, são outra demanda do setor, que opera com metade de sua capacidade produtiva.

Excedente

Segundo o presidente do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes, no caso do aço há um complicador extra, que é o excedente de 700 milhões de toneladas do produto no mundo todo, o equivalente a 14 vezes a capacidade produtiva brasileira. Desse total, 400 milhões são da China. O país asiático respondia por 1,3% das importações locais de aço em 2000, porcentual que hoje passa de 50%.

Uma das bandeiras do IABr é o aumento da alíquota do Imposto de Importação, medida que ele não vê como protecionista. "O mundo inteiro está se protegendo, seja com salvaguardas, impostos ou mecanismos antidumping", diz Lopes.

"O Brasil está sendo bombardeado pelas importações e na hora de exportar tem dificuldades, porque o preço internacional caiu", afirma Lopes, que não acredita em retomada do mercado interno até 2017.

Fernando Figueiredo, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), reclama que o setor tem grandes dificuldades com a escassez e o custo de matérias-primas. "O gás natural no Brasil custa de três a quatro vezes mais que o preço americano."

No caso da nafta, o executivo defende a criação de uma fórmula vinculada ao mercado internacional para determinar seu preço. "Com o preço atual, não teremos novos investimentos no setor nos próximos cinco anos." Por ter mão de obra altamente qualificada, a indústria química reluta em demitir, mas, em 2015, ocorreu uma baixa de 0,6% no número de vagas, a primeira em 15 anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Oito em cada dez micro e pequenos empresários consideram que a economia piorou na segunda metade de 2015, mas a confiança para os próximos seis meses teve leve melhora em janeiro. Os dados são do indicador de confiança dos micro e pequenos empresários, calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL).

Obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo, o índice aponta para ligeira melhora, passando de 40,03 pontos em dezembro para 42,03 em janeiro. Ainda assim, segue abaixo do nível neutro de 50 pontos, o que demonstra que os empresários entrevistados continuam pouco confiantes com as condições econômicas do País e de seus negócios.

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A pesquisa ouviu empresários de todos os Estados, nas capitais e no interior. O indicador leva em conta as avaliações sobre as condições gerais da economia e as expectativas para os próximos seis meses.

Expectativas de negócios

Apesar da recessão, o índice que mede as expectativas de negócios aumentou de 54,97 pontos para 58,50 pontos na passagem de dezembro para janeiro. O resultado, acima de 50 pontos, mostra que a maior parte dos empresários consultados se diz relativamente confiante. Já o subindicador de expectativas para a situação econômica do País ficou em 48,71 pontos, acima do observado em dezembro, quando estava em 45,61, porém abaixo dos 50 pontos.

"Há um descompasso entre o cenário previsto pelos analistas de mercado e o esperado pela maior parte dos micro e pequenos empresários", diz Honório Pinheiro, presidente da CNDL. Analistas de mercado ouvidos pelo Banco Central projetam queda de mais de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e inflação acima de 7%.

"A crise não atingiu com a mesma intensidade todos os setores. O empresário tem, em certa medida, maior controle sobre os rumos de seu negócio, além de um otimismo quanto às perspectivas que se abrem no início do ano", completa.

Estratégias

Para 30% dos entrevistados, haverá aumento do faturamento neste primeiro semestre. Já 20% acreditam que o faturamento cairá, enquanto 46,6% esperam estagnação. Os que estão otimistas preveem aumento das vendas pela diversificação do portfólio e por novas estratégias que devem adotar neste primeiro semestre. No outro oposto, os que esperam queda culpam a recessão econômica pela retração nas vendas.

"O otimismo demonstra que esses empresários estão mais dispostos e confiantes para assumir riscos e ampliar os negócios, inclusive contratando funcionários e reforçando estoques", diz Pinheiro. Ele sabe, porém, que o pequeno negócio não é uma ilha. "Espero que neste ano o Congresso e o Planalto se entendam melhor. Todo esse imbróglio econômico diz respeito às incertezas políticas."

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o impasse político e o aprofundamento da recessão reforçaram em 2015 a crise de confiança que já existia. Prova é que 79,13% dos empresários consultados disseram ter a percepção de que a situação econômica do Brasil piorou nos últimos seis meses. Para 62,4% dos empresários, o desempenho das suas empresas também piorou no período. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A confiança do consumidor subiu 2,5 pontos em janeiro ante dezembro, na série com ajuste sazonal, informou na manhã desta quarta-feira, 27, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) fechou o mês em 67,9 pontos. Em dezembro, o indicador havia cedido 2,0 pontos na comparação com novembro.

"A boa notícia é que a confiança do consumidor parou de cair em setembro passado e vem ensaiando alguma melhora, embora com oscilações e na dependência de um quadro político e econômico instável", avalia a economista Viviane Seda, coordenadora da Sondagem, em nota oficial.

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"Com avaliações ainda muito desfavoráveis sobre a situação presente da economia e expectativas bastante pessimistas em relação aos próximos meses, ainda é cedo para se falar em reversão consistente de tendência", ponderou.

O resultado de janeiro foi influenciado tanto pela melhora na avaliação do presente quanto pela redução do pessimismo sobre o futuro. O Índice de Expectativas (IE) subiu 3,4 pontos ante dezembro, ao passar de 66,6 pontos para 70,0 pontos. Já o Índice de Situação Atual (ISA) avançou 1,1 ponto no período, ao passar de 66,4 pontos para 67,5 pontos.

Na comparação de janeiro contra igual mês do ano passado, o ICC recuou 13,2 pontos. O índice, calculado dentro de uma escala de pontuação de até 200 pontos (quanto mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor), tem média histórica, que considera os últimos cinco anos, em 95,4 pontos.

Segundo a FGV, o levantamento abrange amostra de mais de 2,1 mil domicílios em sete capitais brasileiras, com entrevistas realizadas entre os dias 4 e 22 deste mês.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) apurado na prévia da sondagem de janeiro ficou em 79,1 pontos, o que significa avanço de 3,7 pontos em relação ao resultado final de dezembro, que foi de 75,4 pontos, informou nesta sexta-feira (22) a Fundação Getulio Vargas (FGV). No mês passado, o ICI já havia subido 1,2 ponto em relação a novembro.

Com o resultado, o ICI registra o maior nível desde março de 2015, embora permaneça em patamar muito baixo em termos históricos. Essa é a primeira vez desde maio passado que o índice superou "significativamente" o mínimo registrado na crise de 2008 e 2009, informou a instituição, em nota oficial.

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"O avanço mais expressivo do ICI na prévia de janeiro decorre principalmente de avanços no processo de normalização de estoques do setor. Associado à percepção de estabilização do nível de demanda, este movimento tem levado à diminuição do pessimismo. O conjunto de informações sinaliza uma atenuação das taxas de queda da produção da indústria nos próximos meses", afirma Aloisio Campelo, Superintendente Adjunto para Ciclos Econômicos da Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV.

Na comparação com dezembro do ano passado, sem ajuste, a prévia aponta queda de 8,3 pontos na confiança.

A prévia de janeiro demonstra que o Índice da Situação Atual (ISA) avançou 4,7 pontos, para 79,7 pontos. Enquanto isso, o Índice de Expectativas (IE) subiu 2,5 pontos, para 78,8 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria atingiu 74,2%, o menor nível da série histórica, segundo a FGV. O resultado, já livre de influências sazonais, é superior ao apurado no indicador final da sondagem de dezembro (75,0%).

A prévia dos resultados da Sondagem da Indústria abrange a consulta a 777 empresas entre os dias 04 e 18 deste mês. O resultado final da pesquisa para janeiro será divulgado no próximo dia 29.

O maior temor dos empresários em relação a 2016 é de que o País não supere a crise econômica. É o que mostra levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). De acordo com a pesquisa, 54% dos comerciantes ouvidos dizem ter receio de que a recessão deste ano se prolongue.

O temor do prolongamento da crise econômica é apontado à frente de outras opções mais voltadas ao próprio negócio do entrevistado, como o risco de não conseguir pagar dívidas (38%), ser assaltado ou vítima de violência (38%) e ser obrigado a fechar a empresa (37%).

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Por sua vez, os empresários se mostram divididos em relação às expectativas para a economia do Brasil. Do total, 53% acreditam que 2016 será igual ou pior que 2015 e 42% têm a expectativa de que 2016 será melhor se comparado ao ano que terminou.

"A atual situação da economia brasileira tem gerado um ciclo vicioso, difícil de interromper. Como a inflação e as taxas de juros estão altas, as vendas caem e as empresas empregam e investem menos", escreveu o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.

A crise econômica volta a liderar, ao lado da corrupção, como o problema mais urgente a ser resolvido neste ano, ambas com 69% das menções. Outros problemas apontados pelos empresários brasileiros são os impostos elevados (65%), a inflação (49%), a falta de vontade política (40%) e a violência (39%).

A percepção majoritária também é de que as condições econômicas se deterioraram ao longo do ano passado. Para 75% dos entrevistados, 2015 foi pior para a economia do que 2014. Apenas 5% dos comerciantes e prestadores de serviços notaram que o cenário melhorou e outros 16% disseram que não houve alteração.

Diante disso, mais da metade (58%) dos entrevistados demitiram no ano passado - entre dois e três funcionários, em média. Já para este ano, a previsão é de que 16% dos empresários demitam funcionários.

Foram ouvidos 822 empresários em todo o País entre os dias 1º e 15 de dezembro, por meio de pesquisa telefônica. Do total, 52% das empresas são do setor de comércio varejista e 48%, de serviços.

Os empresários varejistas voltaram a ficar mais pessimistas em dezembro. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) atingiu 79,9 pontos, uma queda de 1,4% em relação a novembro, informou nesta terça-feira, 29, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O resultado foi o mais baixo da série histórica da pesquisa, iniciada em março de 2011. No período de um ano, a confiança do empresário do comércio despencou 26,5%. Segundo a CNC, a deterioração no indicador reflete as piores condições do mercado de trabalho ao longo de 2015, além da retração da atividade econômica no País.

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Na passagem de novembro para dezembro, o Icec foi influenciado por uma forte piora na avaliação das condições atuais, que recuou 12,2%, para 37,7 pontos. O subitem já está 50,8% abaixo do patamar registrado no mesmo período de 2014.

"Todo o cenário atual faz com que o empresário enxergue as condições correntes de forma tão ruim. E, provavelmente, isso vai continuar no primeiro semestre de 2016", alertou a economista Izis Janote Ferreira, da Divisão Econômica da CNC.

Os empresários ficaram mais pessimistas com a situação atual da empresa (-6,6% em relação a novembro) e do setor (-12,6%). Mas a retração maior foi na avaliação da economia, um recuo de 30% na passagem de novembro para dezembro.

Enquanto as avaliações negativas das condições correntes se aprofundaram, houve melhora nas expectativas, com alta de 1% em dezembro ante novembro, e nas intenções de investimentos, um crescimento de 0,7% no período.

"As expectativas melhoraram, mas ainda é preciso aguardar para ver se esse movimento vai continuar e se confirmar nos próximos meses", ponderou Izis.

O nível de satisfação dos consumidores com a situação financeira da família registrado em dezembro é o pior de toda a série histórica da Sondagem do Consumidor, apurada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) desde setembro de 2005. O indicador recuou 3,7%, de 89,4 pontos em novembro para 86,1 pontos em dezembro, no oitavo mês consecutivo de resultados negativos.

A parcela de consumidores que avaliam a situação financeira como boa diminuiu de 12,2% para 10,2% no período, enquanto a fatia dos que dizem que a situação está ruim aumentou de 22,8% para 24,1%.

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Com relação às perspectivas futuras, houve nova redução no ímpeto de compra de bens de consumo duráveis para os próximos seis meses. O indicador diminuiu 2,8% na passagem de novembro para dezembro, passando de 60,4 pontos para 58,7 pontos. De acordo com a Sondagem do Consumidor, apenas 7,3% dos consumidores afirmaram ter expectativas de comprar mais bens duráveis, enquanto 48,6% planejavam comprar menos.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas recuou 2% entre novembro e dezembro de 2015, para 75,2 pontos. A única faixa de renda que não registrou piora na confiança em dezembro foi a classe de consumidores que recebia entre R$ 2.100 e R$ 4.800 mensais, com alta de 1,9% no ICC. A piora mais expressiva foi verificada entre os consumidores de menor renda, que recebiam até R$ 2.100, com queda de 4,3% no índice.

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) caiu 4,5 pontos em dezembro ante o mês anterior. Com o resultado, o Icom diminuiu de 65,9 pontos para 61,4 pontos no período, o segundo menor nível da série histórica iniciada em março de 2010.

"A piora expressiva das expectativas em dezembro mostra que o setor antecipa o enfrentamento de dificuldades nos próximos meses. O cenário traçado pelas empresas parece combinar projeções de continuidade do ajuste das finanças familiares, piora do mercado de trabalho, condições de crédito mais restritas que de costume e confiança do consumidor ainda muito baixa", afirmou, em nota, o superintendente adjunto para Ciclos Econômicos do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), Aloisio Campelo.

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A queda do Icom na passagem de novembro para dezembro foi influenciada, sobretudo, pela piora das expectativas em relação ao futuro. O Índice de Expectativas (IE-COM) recuou 7,2 pontos, para 66,5 pontos, o menor valor da série histórica. Houve influência do indicador que capta o grau de otimismo com as vendas nos três meses seguintes, que despencou 12,2 pontos em dezembro ante novembro.

O Índice de Situação Atual (ISA-COM) também teve queda, de 1,8 ponto, para 57,3 pontos, o segundo menor patamar da série histórica. O item que mede o grau de satisfação das empresas com a situação atual dos negócios caiu 2,5 pontos em dezembro ante novembro.

A confiança do consumidor caiu 2% em dezembro, na comparação com o mês imediatamente anterior, segundo o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira, 23. O indicador passou de 76,7 para 75,2 pontos no período, atingindo o menor nível da série histórica, iniciada em setembro de 2005.

"A queda do índice foi influenciada pela piora da percepção em relação à situação financeira familiar que, por sua vez, é reflexo da combinação de alguns fatores: aceleração da inflação de alimentos, piora das avaliações sobre o mercado de trabalho e dificuldades para redução do grau de endividamento. Nem mesmo a renda extra auferida no período e a maior oferta de empregos temporários foi suficiente para reduzir a insatisfação e o pessimismo em relação aos próximos meses", avaliou, em nota, a coordenadora da Sondagem do Consumidor, Viviane Seda Bittencourt.

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Em relação a dezembro de 2014, houve queda de 21,3% no ICC. Na série com ajuste sazonal, o resultado foi influenciado tanto pela piora na avaliação sobre o momento atual quanto na percepção em relação ao futuro.

O Índice de Situação Atual (ISA) mostrou queda de 4%, ao passar de 65,8 pontos em novembro para 63,2 pontos em dezembro, o menor nível da série.

Já o Índice de Expectativas (IE) caiu 0,8%, de 82,8 pontos para 82,1 pontos. O levantamento abrange amostra de mais de 2,1 mil domicílios em sete capitais, com entrevistas entre os dias 1º e 19 de novembro.

Em busca de confiança do mercado financeiro para garantir investimentos no Brasil em 2016, o ministro indicado da Fazenda, Nelson Barbosa, fará uma conferência nesta segunda-feira (21) a investidores estrangeiros e nacionais para apresentar a sua estratégia de política econômica. É o primeiro contato do ministro com o mercado depois que a presidente Dilma Rousseff o indicou para substituir Joaquim Levy no comando da Fazenda. A conferência está marcada para as 12h, no horário de Brasília.

O mercado reagiu de forma negativa à troca na equipe econômica na última sexta-feira, com alta do dólar e queda da Bolsa. Na conversa com investidores, Barbosa vai esclarecer dúvidas sobre investimentos e falar sobre o seu plano para fazer a economia voltar crescer.

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O ministro, que passou o fim de semana em reuniões para definir sua equipe, será empossado hoje, às 17h. O ex-Joaquim Levy participará da cerimônia no Palácio do Planalto. Ambos deverão fazer discursos institucionais e não deverão ser anunciadas novas medidas. O atual secretário executivo do Ministério do Planejamento, Dyogo Oliveira, fará parte do time.

A mudança no principal ministério de Dilma foi vista por analistas como um indício de que o governo pode voltar com a chamada "nova matriz macroeconômica", implementada por Guido Mantega, titular da Fazenda no primeiro mandato de Dilma. Barbosa integrou o time de Mantega até 2013, mas deixou o cargo por divergências na condução da política fiscal.

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o ministro antecipou que vai "aperfeiçoar a política econômica para fazer o Brasil crescer mais rápido". Ele se comprometeu com a diminuição dos subsídios do Tesouro Nacional, com o realismo tarifário e o cumprimento da meta fiscal de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016, sem abatimentos.

Em Brasília, avalia-se que, com Barbosa, a Fazenda voltará a ser parte integrante do governo. Levy estava isolado e polarizando as principais decisões com Barbosa. "Teremos agora uma voz uníssona", disse uma das fontes. No entanto, é preciso tirar o "fantasma" da nova matriz econômica do caminho . "Não há mais espaço para isso", diz outra fonte.

O ministro tenta se dissociar da fracassada política econômica de Mantega, marcada por juros baixos, câmbio competitivo e política fiscal com desonerações. Na época, a intenção era mexer em dois preços da economia, os juros e o câmbio, para dar mais competitividade e garantir o crescimento do País.

Depois que deixou a equipe de Mantega, Barbosa preparou o estudo "Os 12 trabalhos Fiscais", na Fundação Getúlio Vargas (FGV), que pode ser considerado ainda bastante atual sobre o seu pensamento de estratégia a ser adotada. Entre os 12 trabalhos, estão a necessidade de diminuição da perda fiscal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Restam quatro jogos para o Sport finalizar sua campanha na Série A do Campeonato Brasileiro. Dois fora de casa, contra Cruzeiro e Ponte Preta, e dois no Recife, com Atlético-PR e Corinthians. Diante do panorama, o volante Wendel, bem articulado, prega respeito aos adversários, mas calcula que, com mais nove pontos somados, o Leão provavelmente estará garantido no G4. Para o jogador, o principal trunfo dos rubro-negros será o apoio da torcida.

“Não sei exatamente qual é o planejamento traçado pela comissão ténica, mas diria que mais três vitórias seria o suficiente para conseguirmos essa sonhada vaga na Libertadores. Seria algo merecido. Estamos preparados para essa luta”, declarou Wendel. E convocou: “Temos duas partidas dentro dos nossos domínios, o que nos torna ainda mais fortes. Tenho certeza de que nossa torcida empurrará a bola para o gol junto com a gente”.

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O primeiro passo dessa missão será o jogo contra o Cruzeiro, neste domingo (15), às 16h (horário do Recife), no Mineirão, em Minas Gerais. Sobre o confronto, Wendel diz respeitar o time celeste, mas credita sua confiança ao elenco rubro-negro.

“Joguei durante dez anos no Cruzeiro (5 na base e mais 5 no profissional), e sei como é complicado enfrentá-los. Mas temos totais condições de trazer os três pontos. Vamos jogar de igual para igual”, incentivou, exaltando a presença de jogadores ‘rodados’ no time leonino. “Aqui, quem entra em campo corresponde. Mas claro que temos lideranças que pesam, como Durval e Diego Souza. Com esses atletas e outros também experientes na escalação, os adversários olham e ficam, de certa forma, mais intimidados”, ressaltou.

O empresário e presidente do conselho da BRF, Abílio Diniz, afirmou nesta segunda-feira que não há uma crise econômica no Brasil, mas sim uma crise política, que tem afetado a confiança de investidores, empresários e consumidores. "No momento em que superarmos a questão política, a solução para a situação econômica virá muito rapidamente", disse em entrevista a jornalistas antes de participar do BRF Day em Nova York. A empresa de alimentos comemora 15 anos de listagem de seus papéis na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).

"Ninguém está investindo, porque está faltando confiança. Não sei o que vai acontecer no curto prazo, mas tenho certeza que a situação vai ser superada. Tenho total confiança", afirmou o empresário, destacando que por conta da atual situação, o "Brasil está em liquidação". "O País está muito barato para investidores estrangeiros. Para investidores internacionais, é o momento de se aproveitar disso. Estamos em um momento ruim, mas é um momento."

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Abílio afirmou que vê o dólar no Brasil negociado ao redor de R$ 4,00 como "exagerado" e que os fundamentos atuais da economia brasileira não justificam a moeda norte-americana nesse patamar. Para o empresário, o mais justo seria a divisa ser negociada ao redor de R$ 3,50.

"Todo mundo diz que o Brasil está em crise. Eu amo a crise, em toda a minha vida eu cresci em crises. Não há crise econômica no Brasil", ressaltou o empresário. Abílio contou que passou por vários momentos complicados da economia brasileira em sua vida e citou como exemplo a crise da dívida nos anos 90, quando estava no Conselho Monetário Nacional (CMN) e participou das negociações em Nova York. "Agora, o País tem US$ 370 bilhões de reservas em dinheiro. É completamente diferente", disse ele.

A confiança do comércio voltou a atingir o mínimo histórico em setembro. O indicador recuou 4,1% em relação a agosto, na série com ajuste sazonal, para 81,5 pontos, o menor valor da série iniciada em março de 2011 pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na comparação com setembro de 2014, sem ajuste, o recuo foi de 26,6%.

"O mês de setembro, que abre normalmente a temporada de ofertas de vagas para trabalhadores temporários no final de ano, mostrou-se pouco favorável para contratações. As perspectivas continuarão baixas nessa área", destacou a instituição. A pesquisa aponta que 61,1% dos empresários pretendem reduzir a contração de funcionários nos próximos meses.

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Com mais esse resultado negativo frente a agosto, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) registrou a 11ª queda seguida neste confronto. Oito dos nove componentes da pesquisa estão em seu menor nível de toda a série. "O resultado de setembro confirma 2015 como o pior ano do varejo desde 2003", diz a CNC.

A instituição revisou suas projeções para o setor neste ano. Segundo a CNC, a queda nas vendas deve chegar a 2,9% no conceito restrito. Já no segmento ampliado, que inclui veículos e material de construção, o recuo deve ser de 6,7%, o pior da série, iniciada em 2004 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado do Icec em setembro foi puxado principalmente pela queda de 8,3% na percepção dos empresários sobre as condições atuais. O maior grau de insatisfação entre os empresários é com o estado corrente da economia brasileira.

Segundo a CNC, 93,9% dos entrevistados acham que economia está pior que no ano passado - maior porcentual de insatisfação já registrado em mais de 55 meses de pesquisa.

A perspectiva em relação ao futuro tampouco é positiva. As expectativas recuaram 2,4% em setembro ante agosto, embora se mantenham em 121,7 pontos, acima da zona negativa, cujo limite é definido pelos 100 pontos. A CNC aponta que 46,9% dos entrevistados afirmam que a economia vai piorar nos próximos meses.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou, nesta sexta-feira (4), que o principal problema da presidente Dilma Rousseff (PT) não é popularidade, mas sim confiança. De acordo com o socialista, Dilma precisa “unir esforços” com as outras esferas governamentais para “que as pessoas voltem a investir” no país.    

“Vejo com muita expectativa que o Brasil vai melhorar, mas para isso é fundamental que a instituição federal melhore e transmita mais confiança para que as pessoas voltem a investir e isso não depende da (boa) popularidade ou não da presidente. A gente quer que as instituições funcionem e um governo que consiga sair dessa crise, equilibrar o orçamento e fazer com que suas receitas voltem a crescer”, cravou em conversa com o Portal LeiaJá ao comentar a afirmação do vice-presidente da República, Michel Temer (PDMB) de que seria “difícil” a petista concluir o governo com a popularidade em baixa. 

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“Como governante a gente não pode pensar em popularidade, temos que pensar em manutenção do serviço público e fazer com que a população não sofra os efeitos dessa crise. Questão de popularidade ou não é fruto de trabalho, de liderança e de mostrar ações. A gente espera que o governo federal volte a mostrar ações e com isso ajudar o Brasil”, acrescentou após o anúncio da ampliação da fábrica da Ambev em Pernambuco

Indagado sobre quais seriam as estratégias necessárias para a retomada da confiança, Paulo Câmara foi duro e afirmou que Dilma precisa “deixar muito claro quais são as regras do jogo”. “(Ela precisa dizer). Quanto teremos disponível para investir no ano que vem e quanto os estados vão poder ter de operações de crédito. Tudo isso precisa estar muito claro para retomar a confiança da população”, argumentou. 

O índice nacional de confiança do consumidor da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) caiu para 84 pontos em julho, de 100 pontos em junho, atingindo o menor patamar da série histórica, iniciada em abril de 2005. É a primeira vez que o indicador fica abaixo da marca de 100 pontos, o que indica pessimismo. Em julho de 2014, o resultado havia sido de 144 pontos.

"A economia não piorou tanto de um mês para o outro. Portanto, o índice indica que, além dos fatores macroeconômicos, a crise política também tem alterado a percepção do brasileiro, que está perdendo a confiança", analisa Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

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Também foi a primeira vez que a confiança de todas as regiões brasileiras e todas as classes socioeconômicas ficou no campo do pessimismo (abaixo dos 100 pontos). O Sul foi a região que registrou o maior pessimismo, com 67 pontos. Na sequência aparecem Sudeste (83), Norte/Centro-Oeste (90) e Nordeste (93). A classe AB continuou sendo a mais pessimista (75 pontos), seguida da classe C (85) e DE (89).

Quando questionados se sua atual situação financeira é ruim, 49% dos entrevistados responderam afirmativamente. Em relação às perspectivas futuras, 34% disseram acreditar que sua situação financeira vai melhorar - há um ano, esse porcentual era de 48%. Por outro lado, 32% acreditam que irá piorar, contra 13% há um ano. A percepção sobre a segurança no emprego também piorou: 53% dos pesquisados estavam inseguros, ante 18% seguros.

Nesse contexto, apenas 18% dos entrevistados se disseram mais à vontade para comprar eletrodomésticos e 60% menos à vontade. Quando se avaliou a intenção de comprar bens de maior valor (casas e automóveis), os resultados foram parecidos: 14% mais à vontade e 66% menos à vontade.

A pesquisa foi elaborada pelos Instituto Ipsos a partir de 1.200 entrevistas domiciliares, em 72 municípios, entre os dias 15 e 31 de julho.

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