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A Coreia do Norte negou neste domingo (29) que esteja fornecendo armas a Moscou, depois que os Estados Unidos afirmaram que o país asiático envia foguetes e mísseis a membros do grupo paramilitar russo Wagner.

Washington designou no começo do mês o grupo Wagner como uma "organização criminosa transnacional", citando seus acordos de armas com Pyongyang, que violam resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

A Casa Branca divulgou fotos da inteligência americana de vagões chegando na Coreia do Norte, recolhendo uma carga de foguetes de infantaria e mísseis, e voltando à Rússia, segundo o porta-voz de segurança nacional, John Kirby.

Em comunicado divulgado pela estatal Agência de Notícias da Coreia, um alto funcionário norte-coreano refutou as acusações e advertiu que os Estados Unidos vão enfrentar um "resultado realmente indesejável" se persistirem em difundir o que chamou de "rumores inventados".

"Tentar manchar a imagem de (a Coreia do Norte), fabricando algo inexistente é uma provocação grave que nunca pode ser permitida e que não pode mais que provocar uma reação", disse Kwon Jong Gun, diretor-geral do Departamento de Assuntos sobre os Estados Unidos.

Ao lado da China, a Rússia é um dos poucos aliados internacionais da Coreia do Norte.

Além da Síria e da Rússia, a Coreia do Norte é o único país que reconheceu a independência das regiões separatistas de Lugansk e Donetsk, apoiadas pela Rússia no leste da Ucrânia.

A Rússia, um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, é contrária à intensificação das sanções internacionais contra a Coreia do Norte e, inclusive, defende a redução das medidas por motivos humanitários.

Em uma reunião neste domingo em Seul com o ministro sul-coreano das Relações Exteriores, Park Jin, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, expressou preocupação com a postura de Pyongyang, tanto por seus "perigosos" testes nucleares como por seu "apoio ao esforço bélico da Rússia" na Ucrânia.

Em setembro, o líder norte-coreano Kim Jong Un declarou seu país como um Estado nuclear "irreversível". O regime de Pyongyang executou testes de armas que violam as resoluções do Conselho de Segurança da ONU durante quase todos os meses do ano passado, incluindo o lançamento de seu míssil balístico intercontinental mais desenvolvido.

A Coreia do Norte ordenou um confinamento de cinco dias em Pyongyang, a capital do país, por "males respiratórios", informou a imprensa nesta quarta-feira (25), o primeiro confinamento na cidade desde que o governo declarou vitória sobre a Covid-19 em agosto do ano passado.

Os moradores de Pyongyang receberam ordens para ficar em casa de quarta a domingo e devem passar por várias verificações diárias de temperatura, informou o site de notícias NK News, com sede em Seul, citando um aviso do governo do Norte.

O aviso não menciona a Covid-19, mas indica que entre os males que se espalham pela capital está a gripe comum.

A ordem do governo foi emitida um dia depois que o NK News informou que os moradores da maior cidade norte-coreana pareciam estar estocando alimentos em antecipação ao confinamento.

Não ficou claro se outras partes do país enfrentaram medidas semelhantes e a imprensa estatal não anunciou tais ações.

A península coreana enfrenta atualmente uma onda de frio, com temperaturas de -22 ºC em Pyongyang.

A Coreia do Norte manteve um bloqueio rígido desde o início da pandemia, embora permita algum comércio com a China. Reconheceu seu primeiro surto de covid-19 em abril do ano passado, mas proclamou vitória sobre o coronavírus logo depois, o que chamou de "milagre".

No entanto, especialistas e a Organização Mundial da Saúde (OMS) questionam as estatísticas da Coreia do Norte sobre a Covid-19. O país tem um dos piores sistemas de saúde do mundo, com hospitais mal equipados, poucas unidades de terapia intensiva e falta de medicamentos para o coronavírus.

A Coreia do Norte lançou nesta sexta-feira (23) um "míssil balístico não identificado", o mais recente de uma série de testes armamentistas, afirmou o exército da Coreia do Sul.

Pyongyang "disparou um míssil balístico não identificado no Mar do Leste", afirmou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, em referência ao que também é conhecido como Mar do Japão.

O lançamento acontece após um ano sem precedentes de testes de armas por parte da Coreia do Norte, incluindo o disparo em novembro do míssil balístico intercontinental (ICBM) mais avançado do país.

A influente irmã do líder Kim Jong Un afirmou esta semana que a Coreia do Norte desenvolveu uma tecnologia para obter imagens do espaço com um satélite espião.

Estados Unidos e Coreia do Sul alertam há meses que a Coreia do Norte está perto a realizar seu sétimo teste nuclear.

Os dois países organizaram na terça-feira um exercício aéreo conjunto e mobilizaram um bombardeiro estratégico americano B-52H na península da Coreia, segundo um comunicado do Estado-Maior Conjunto.

O bombardeiro pesado de longo alcance participou em um exercício que incluiu os aviões militares mais avançados dos EUA e da Coreia do Sul, incluindo os caças F-22 e F-35.

O lançamento desta sexta-feira aconteceu poucas horas depois de a Casa Branca afirmar que Pyongyang forneceu armas ao grupo militar privado russo Wagner.

A Coreia do Norte anunciou nesta segunda-feira (19) um "importante teste de fase final" para o desenvolvimento de um satélite de espionagem que deve ser concluído em abril do próximo ano.

Analistas afirmaram que o desenvolvimento deste tipo de satélite permitirá ao governo da Coreia do Norte ocultar testes dos proibidos mísseis balísticos intercontinentais (ICBM), uma vez que compartilham grande parte da mesma tecnologia.

O anúncio do teste aconteceu um dia depois da informação, divulgada pelas Forças Armadas da Coreia do Sul, sobre os lançamentos de dois mísseis balísticos de alcance intermediário pelo Norte.

Os lançamentos foram "um importante teste de fase final para o desenvolvimento de (um) satélite de reconhecimento", disse um porta-voz da Agência Nacional de Desenvolvimento Aeroespacial (NADA), citada pela agência estatal de notícias KCNA.

Os testes de domingo confirmaram "índices técnicos importantes", incluindo a operação de uma câmera no espaço e a capacidade de processamento e transmissão de dados dos aparelhos de comunicação.

A imprensa estatal também destacou que o veículo que transportava o satélite de teste - que incluía câmeras, transmissores e receptores de imagem, dispositivos de controle e baterias - atingiu uma altura de 500 quilômetros ao ser lançado em um ângulo elevado.

"A agência afirmou que é um êxito importante, que passou pela fase final de lançamento de (um) satélite de reconhecimento", disse o porta-voz, antes de acrescentar que os preparativos serão concluídos em abril.

O Rodong Sinmun, jornal oficial do governante Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, publicou duas fotos em preto e branco que parecem mostrar o território da Coreia do Sul observado do espaço.

O desenvolvimento de um satélite de reconhecimento militar foi um dos principais projetos apresentados no ano passado pelo líder norte-coreano Kim Jong Un.

Pyongyang realizou dois lançamentos no início deste ano, que apresentou como testes de componentes para um satélite de reconhecimento, que segundo Estados Unidos e Coreia do Sul poderiam ser elementos de um novo ICBM.

O Norte testou na quinta-feira um "motor combustível sólido de alta propulsão", que segundo analistas permitirá lançamentos mais rápidos de mísseis balísticos.

Todos os ICBMs conhecidos de Pyongyang até agora utilizam combustível líquido. Kim Jong Un declarou no ano passado que desejava ter um ICBM de combustível sólido para ser lançado de terra ou a partir de um submarino.

Kim expressou a intenção de que a Coreia do Norte tenha a força o arsenal nuclear mais poderosos do mundo.

Washington e Seul alertam que Pyongyang está preparando o sétimo teste nuclear de sua história.

A Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos neste domingo (18), dias depois de Pyongyang anunciar o teste bem-sucedido de um motor de combustível sólido para um novo sistema militar, informaram as Forças Armadas sul-coreanas.

O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul disse ter detectado dois mísseis balísticos lançados da área de Tongchang-ri, na província de Pyongan do Norte. Os mísseis foram lançados entre 11h13 e 12h05 (23h13 de sábado e 00h05 de domingo, no horário de Brasília) em direção ao Mar do Japão, informou a agência militar sul-coreana.

"Nossas forças armadas fortaleceram a vigilância enquanto cooperam estreitamente com os Estados Unidos e mantêm uma postura de total prontidão", disse o Estado-Maior em comunicado.

Os mísseis percorreram cerca de 500 km e atingiram uma altitude máxima de 550 km, segundo o Ministério da Defesa do Japão.

"É uma ameaça à paz e à segurança de nosso país, desta região e da comunidade internacional, e é absolutamente inaceitável", denunciou o vice-ministro da Defesa do Japão, Toshiro Ino.

As tensões na península coreana aumentaram este ano com uma onda sem precedentes de testes de armas pelo Norte, incluindo o lançamento em novembro de seu mais avançado míssil balístico intercontinental (ICBM).

Os mísseis deste domingo foram lançados pouco depois de Pyongyang testar um "motor de combustível sólido de alto impulso" que a mídia estatal chamou de um teste importante "para o desenvolvimento de um novo tipo de arma estratégica".

Apesar das duras sanções internacionais contra seu programa de guerra, a Coreia do Norte construiu um arsenal de ICBMs.

Todos os seus ICBMs conhecidos até agora usam combustível líquido e o líder norte-coreano Kim Jong Un fez do desenvolvimento de motores de combustível sólido uma prioridade estratégica para ter mísseis mais avançados.

Kim disse no ano passado que deseja ter um ICBM de combustível sólido que possa ser lançado da terra ou de um submarino.

Embora o teste recente do motor aponte para esse objetivo, não ficou claro até que ponto Pyongyang progrediu no desenvolvimento de tal míssil, segundo analistas.

- Reunião partidária -

Depois de supervisionar o lançamento do míssil "monstro" Hwasong-17 em novembro, Kim declarou sua intenção de que a Coreia do Norte tenha a força nuclear mais poderosa do mundo.

Os rumos políticos do país isolado no próximo ano serão definidos em reunião partidária neste mês. A agência de notícias KCNA informou anteriormente que Kim havia dito que 2023 será um "ano histórico".

Nos anos anteriores, Kim fazia um discurso todo dia 1º de janeiro, mas recentemente abandonou a tradição de fazer anúncios no final da reunião partidária de fim de ano.

Em sua mensagem mais recente, Kim se concentrou em assuntos internos.

Embora tenha evitado se referir diretamente aos Estados Unidos naquela ocasião, especialistas dizem que ele pode mudar de tom este ano.

Washington e Seul alertaram que sua mensagem pode ser o prelúdio do sétimo teste nuclear na história da Coreia do Norte.

Desde 2006, o país enfrentou inúmeras sanções do Conselho de Segurança da ONU por suas atividades nucleares e balísticas.

O líder norte-coreano Kim Jong Un disse que seu país aspira à força nuclear mais poderosa do mundo ao comemorar o lançamento de seu mais novo míssil balístico intercontinental (ICBM), informou a mídia estatal neste domingo (27).

Kim também promoveu mais de 100 funcionários e cientistas por seu trabalho no Hwasong 17, que os analistas chamam de "míssil monstro" e que acredita-se que possa atingir o território continental dos Estados Unidos, poucos dias depois de seu lançamento em um teste.

Kim saudou o novo ICBM como "a arma estratégica mais poderosa do mundo" e disse que os cientistas norte-coreanos deram "um salto maravilhoso no desenvolvimento tecnológico da montagem de ogivas nucleares em mísseis balísticos", informou a agência de notícias oficial KCNA.

Construir a força nuclear para proteger a dignidade e a soberania do Estado e do povo "é a maior e mais importante causa revolucionária, e seu objetivo é ter a força estratégica mais poderosa, a força absoluta sem precedentes no século", disse Kim na cerimônia.

Os oficiais e cientistas promovidos demonstraram ao mundo o "objetivo de construir o exército mais forte do mundo", acrescentou.

O veículo de lançamento Hwasong 17 foi proclamado "Herói da RPDC (Coreia do Norte)", disse a KCNA em um relatório separado. "Demonstrou claramente ao mundo que a RPDC é uma potência nuclear de pleno direito", segundo a agência.

Hong Min, do Instituto Coreano de Unificação Nacional, comentou que a celebração do lançamento do Hwasong 17 visa elevar a imagem de seu país como uma potência nuclear.

"Se o Hwasong 15 de 2017 se concentrou em se tornar o país que pode ameaçar a pátria dos EUA com armas nucleares, o novo míssil pretende torná-lo o Estado mais poderoso com mísseis balísticos", disse ele.

Desde 2006, o Conselho de Segurança da ONU aprovou várias resoluções impondo sanções contra Pyongyang por sua atividade nuclear e de mísseis.

Durante uma sessão de fotos no sábado com autoridades e cientistas envolvidos no lançamento do míssil, Kim pediu "reforço ilimitado da força defensiva", disse a KCNA.

Kim exortou cientistas e trabalhadores a "expandir e fortalecer o elemento nuclear de dissuasão a uma velocidade excepcionalmente rápida".

O jornal oficial Rodong Sinmun publicou várias fotos de Kim com sua "amada filha", que apareceu pela primeira vez em fotos públicas durante o lançamento do ICBM na semana passada. Até então, a imprensa estatal nunca havia mencionado os filhos de Kim. Na verdade, a publicação da semana foi a primeira confirmação oficial de que ele tem uma filha, segundo especialistas.

As imagens mostram uma garota que se acredita ser a segunda filha de Kim, Ju Ae, vestida com um casaco de pele preto no braço de seu pai enquanto passa pelo míssil gigante.

A Coreia do Norte disparou nesta sexta-feira (18) um míssil balístico intercontinental (ICBM), segundo as Forças Armadas da Coreia do Sul, o segundo lançamento em dois dias, um projétil que teria caído em águas da zona econômica exclusiva japonesa.

O Estado-Maior conjunto sul-coreano afirmou que "detectou um suposto míssil balístico de longo alcance às 10h15 (22h15 de Brasília, quinta-feira) disparado a partir da área de Sunan, em Pyongyang", em direção ao Mar do Japão.

O míssil percorreu quase 1.000 quilômetros a uma altitude máxima de 6.100 quilômetros e velocidade de Mach 22, segundo o exército sul-coreano, que considerou o lançamento uma "ameaça à paz e estabilidade na península coreana".

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, em visita à Tailândia, afirmou que o míssil teria caído em águas da zona econômica exclusiva (ZEE) de seu país, perto da região de Hokkaido (norte).

"O míssil balístico lançado pela Coreia do Norte teria caído em nossa ZEE, ao oeste de Hokkaido", declarou Kishida em Bangcoc, antes de classificar o lançamento como algo "absolutamente inaceitável".

Ele afirmou que não há relatos de danos a navios ou aviões.

Também em Bangcoc, onde acontece a reunião de cúpula da APEC (Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico), a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, teria uma reunião de emergência com líderes do Japão, Coreia do Sul, Austrália, Nova Zelândia e Canadá para abordar o tema.

Washington condenou com "veemência" o lançamento, que considerou uma "flagrante violação de múltiplas resoluções do Conselho de Segurança da ONU", de acordo com um comunicado assinado por Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.

- Gestões diplomáticas -

O ministro japonês da Defesa, Yasukazu Hamada, afirmou que o projétil tinha capacidade para atingir o território americano.

"Com base em cálculos que consideram a trajetória, o míssil balístico desta vez poderia ter um alcance de 15.000 km, dependendo do peso da ogiva e, se assim fosse, poderia atingir os Estados Unidos", disse Hamada.

O disparo aconteceu um um dia depois de a Coreia do Norte lançar um míssil balístico de curto alcance e seu ministro das Relações Exteriores, Choe Son Hui, alertar para ações militares "mais ferozes" caso os Estados Unidos fortaleçam sua presença na região da península coreana.

Washington tenta aumentar a cooperação de segurança regional com exercícios militares em resposta às crescentes provocações da Coreia do Norte, que considera as manobra uma evidência da agressão dos Estados Unidos.

O presidente americano, Joe Biden, discutiu ações para controlar o armamento norte-coreano com o colega chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, em meio a temores de que Pyongyang execute um teste nuclear.

A Coreia do Norte foi um tema central na reunião entre Xi e Kishida na quinta-feira durante o encontro da APEC em Bangcoc.

Analistas afirmam que o lançamento do ICBM, uma das armas mais potentes da Coreia do Norte, é um indício claro de que o líder Kim Jong Un está irritado com as discussões.

- Recorde de lançamentos -

Há algumas semanas, a Coreia do Norte executou uma série de lançamentos, incluindo um míssil balístico intercontinental que, segundo Seul, teria falhado.

Também disparou um míssil balístico de curto alcance que teria cruzado a fronteira marítima entre os dois países e caiu próximo às águas territoriais da Coreia do Sul.

O presidente sul-coreano Yoon disse na ocasião que esta foi "uma invasão territorial de fato".

Os dois lançamentos foram parte de uma onda de disparos em 2 de novembro, quando Pyongyang lançou 23 mísseis, mais do que em todo 2017, o ano do "fogo e fúria", quando o dirigente norte-coreano Kim Jong Un trocou ofensas pelo Twitter com o então presidente americano Donald Trump.

Analistas destacam que a Coreia do Norte aproveita a oportunidade para testar mísseis proibidos porque espera acredita que evitará novas sanções da ONU devido ao impasse na organização pela guerra da Rússia na Ucrânia.

A China, principal aliada diplomática de Pyongyang, se uniu à Rússia em maio para vetar uma tentativa dos Estados Unidos de reforçar as sanções contra a Coreia do Norte no Conselho de Segurança da ONU.

Nesta sexta-feira, a Rússia acusou o governo dos Estados Unidos de "testar a paciência" da Coreia do Norte.

Moscou afirma que permanece "fiel" a uma solução "diplomática" para a península coreana, mas que "os Estados Unidos e os seus aliados na região (...) preferem um caminho diferente (...) como se estivessem testando a paciência de Pyongyang", disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Riabkov.

Washington respondeu aos testes norte-coreanos com uma ampliação dos exercícios militares com Seul, incluindo o envio de um bombardeiro estratégico.

A Coreia do Norte disparou, nesta quinta-feira (17) um míssil balístico de curto alcance no Mar do Japão (chamado de Mar do Leste nas duas Coreias), poucas horas depois de a chanceler norte-coreana, Choe Son-hui, ter ameaçado dar uma resposta mais "feroz" a medidas conjuntas envolvendo Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul.

Em comunicado breve, as Forças Armadas da Coreia do Sul informaram que os militares captaram o míssil nos sistemas de defesa por volta das 10h48 (horário local). O projétil voou por cerca de 240 km. Ainda segundo o exército sul-coreano, após o lançamento, a Coreia do Sul e os EUA mantiveram uma conversa para reafirmar a defesa conjunta na região.

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Esse lançamento foi o primeiro disparo de míssil balístico da Coreia do Norte em oito dias, o mais recente em sua série de testes nos últimos meses.

Ele vem em resposta a diálogos mantidos por Yoon Suk-yeol, Fumio Kishida e Joe Biden no domingo, quando concordaram em tomar "medidas decisivas" para alcançar a desnuclearização completa da Coreia do Norte e exibiram seu compromisso de fortalecer a chamada "dissuasão estendida", que consiste no envio de ativos estratégicos dos EUA para as proximidades da Península Coreana, de uma "maneira coordenada e conforme necessário", com base nas ações do regime do Norte.

"Quanto mais os EUA estiverem na oferta reforçada de dissuasão estendida a seus aliados e quanto mais eles intensificarem atividades militares provocativas e blefantes na Península Coreana e na região, mais feroz será a contra-ação militar da Coreia do Norte, em proporção direta'', disse a chanceler norte-coreana, Choe Son-hui. "Isto representará uma ameaça mais séria, realista e inevitável para os EUA e suas forças vassalas sobre o qual certamente irá se arrepender", acrescentou.

O Ministério da Defesa da Coreia do Sul respondeu à ameaça e enfatizou que o propósito da cúpula trilateral era coordenar uma resposta conjunta para conter e deter o avanço das ameaças nucleares e de mísseis da Coreia do Norte. O porta-voz Moon Hong Sik disse a repórteres que a cooperação de segurança entre Seul, Washington e Tóquio estava contribuindo para solidificar uma dissuasão estendida dos EUA a seus aliados.

O lançamento também coincide com a visita do primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, à vizinha Coreia do Sul, e ocorre depois de o regime de Pyongyang ter disparado cerca de trinta mísseis no início de novembro em resposta a grandes manobras aéreas de Seul e Washington, que aumentaram a tensão na região.

A Coreia do Norte manteve o discurso de que alguns dos testes recentes eram simulações de ataques nucleares contra alvos sul-coreanos e norte-americanos. Especialistas dizem que o Norte acabaria querendo aumentar sua capacidade nuclear para arrancar maiores concessões de seus rivais.

A tensão na península atinge níveis sem precedentes devido aos repetidos testes de armas norte-coreanos, às manobras dos aliados e à possibilidade de que, conforme indicam os satélites, o regime de Kim Jong-un já esteja pronto para realizar seu primeiro teste nuclear desde 2017. Autoridades dos EUA e da Coreia do Sul reforçam a tese de que o Norte concluiu os preparativos para conduzir uma explosão de teste nuclear.

Especialistas dizem que o teste, se feito, teria como objetivo desenvolver ogivas nucleares para serem colocadas em mísseis de curto alcance capazes de atingir alvos importantes na Coreia do Sul, como bases militares dos EUA. Eles dizem que a Coreia do Norte pretende, em última análise, usar seu arsenal reforçado como uma alavanca para pressionar os Estados Unidos a fazer concessões em futuras negociações e reconhecê-lo como um Estado nuclear.

O lançamento de quinta-feira ocorreu um dia depois que os membros do G20 terminaram a cúpula na Indonésia. O encontro foi amplamente ofuscado por outras questões, como a guerra da Rússia contra a Ucrânia. Mas Biden e o presidente sul-coreano, Dent Yoon Suk Yeol, usaram reuniões bilaterais com o presidente chinês Xi Jinping para levantar a questão da Coreia do Norte.

Em suas respectivas conversas bilaterais com Xi, Biden observou que todos os membros da comunidade internacional têm interesse em encorajar a Coreia do Norte a agir com responsabilidade, enquanto Yoon pediu que a China desempenhe um papel mais ativo e construtivo ao lidar com as ameaças nucleares norte-coreanas.

A China, o último grande aliado do Norte e sua maior fonte de ajuda estrangeira, é suspeita de evitar aplicar totalmente as sanções das Nações Unidas ao país e enviar assistência clandestina para ajudar o vizinho empobrecido a se manter à tona e continuar a servir como um baluarte contra as influências dos EUA na península coreana. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O presidente americano, Joe Biden, chegou à Ásia neste sábado (12) com a promessa de pedir a seu homólogo chinês, Xi Jinping, que contenha as "piores tendências" da Coreia do Norte, quando os dois se reunirem pela primeira vez pessoalmente, durante a cúpula do G20 em Bali, Indonésia.

Em sua reunião durante a cúpula do G20 em Bali, na próxima segunda-feira (14), Biden dirá a Xi que a China tem "interesse em conter as piores tendências da Coreia do Norte", afirmou o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, a repórteres.

Biden chegou hoje a Phnom Penh, capital do Camboja, para participar da cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) antes de seguir para Bali.

Biden também dirá a Xi que, se o acúmulo de mísseis e de armas nucleares da Coreia do Norte "continuar nesse caminho, isso significará simplesmente um aumento da presença militar e de segurança dos Estados Unidos na região".

Falando a bordo do avião presidencial Air Force One pouco antes de aterrissar no Camboja, Sullivan disse que Biden não fará exigências à China, mas dará a Xi "sua perspectiva".

Ele observou que "a Coreia do Norte representa uma ameaça não apenas para os Estados Unidos, não apenas para a Coreia do Sul e o Japão, mas para a paz e a estabilidade de toda a região".

Se a China irá pressionar a Coreia do Norte, "será uma decisão deles", disse Sullivan.

No entanto, com a expectativa de que a Coreia do Norte teste uma arma nuclear e aumente suas capacidades de mísseis, "a situação operacional é mais grave no momento", concluiu Sullivan.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, engrossou o coro dos países que pedem uma ação internacional concertada para interromper o programa de mísseis de Pyongyang durante conversas com ASEAN, China e Coreia do Sul.

Tóquio e Seul estão cada vez mais alarmadas com a recente série de lançamentos de mísseis, incluindo um míssil balístico intercontinental.

Líderes das duas maiores economias do mundo, Biden e Xi conversaram por telefone várias vezes desde que Biden assumiu o cargo em janeiro de 2021, mas nunca se encontraram pessoalmente.

- Rivalidade regional -

Os dois terão muito o que conversar, em meio às inúmeras disputas entre Washington e Pequim sobre comércio e direitos humanos na região chinesa de Xinjiang e Taiwan.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu aos dois países que trabalhem juntos e advertiu, na sexta-feira (11), sobre o "crescente risco de que a economia mundial se divida em duas partes lideradas pelas duas maiores economias, Estados Unidos e China".

Antes do G20, Biden buscará fortalecer a influência de Washington no Sudeste Asiático em reuniões com governantes da ASEAN para contrabalançar a influência chinesa na região.

Nos últimos anos, a China vem intensificando sua presença por meio do comércio, da diplomacia e de seu poderio militar, em uma região que considera como sua área de influência.

Nesse sentido, Sullivan afirmou que Biden chega a Phnom Penh com uma agenda que enfatiza a política de seu governo de "aumentar" sua presença no Sudeste Asiático como um garantidor de estabilidade.

Biden disse que os Estados Unidos desejam colaborar com a ASEAN para "se defender das significativas ameaças que pesam sobre a ordem baseada em regras e no Estado de Direito".

- Xi presente, Putin ausente -

Biden e Xi chegam ao G20 apoiados por conquistas em casa. O Partido Democrata, de Biden, apresentou resultados surpreendentemente positivos nas eleições de meio de mandato americanas, enquanto Xi garantiu um histórico terceiro mandato presidencial.

No congresso do Partido Comunista da China em outubro, Xi advertiu para um clima geopolítico desafiador, sem citar os Estados Unidos diretamente.

A cúpula de Bali também marcará o retorno diplomático de Xi desde o início da pandemia da covid-19, quando ele interrompeu suas viagens internacionais.

Xi também se reunirá com o presidente francês, Emmanuel Macron, antes de viajar para Bangcoc para a cúpula do fórum Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC).

Quem não estará em Bali é o presidente russo, Vladimir Putin, rejeitado por países ocidentais após a invasão da Ucrânia. Estará representado por seu ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.

No encontro, Lavrov argumentará que os Estados Unidos desestabilizam a região da Ásia-Pacífico com sua política de confrontação, segundo a agência de notícias russa TASS.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, participará virtualmente da cúpula do G20, depois que a ASEAN rejeitou seu pedido para falar.

Os americanos acusaram a Coreia do Norte de enviar secretamente projéteis de artilharia em "número significativo" para a Rússia, dando suporte bélico a Moscou em sua ofensiva na Ucrânia. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, afirmou que o regime norte-coreano tem tentado fazer parecer que as armas estão sendo enviadas para países do Oriente Médio e do Norte da África.

De acordo com Kirby, porém, o destino seria o território russo. Ele rejeitou fornecer uma estimativa específica sobre a quantidade de armamentos enviada à Rússia. "(A Coreia do Norte) está fornecendo secretamente (munição para a Rússia), mas ainda estamos monitorando isso para determinar se as remessas são realmente recebidas", afirmou.

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Kirby acrescentou ainda que os EUA têm "uma ideia" de qual país ou países Pyongyang está usando como "canal" para enviar as armas, mas não especificou, pois o governo americano continua analisando como pode responder às ações. A Casa Branca também não especificou o modo de transporte ou se os EUA ou outras nações tentariam impedir os embarques para a Rússia.

DRONES

"Não acreditamos que eles (os armamentos) estejam em tal quantidade que mudem a direção desta guerra ou mudem o impulso ucraniano no leste ou no sul, onde alguns dos combates mais pesados na Ucrânia estão ocorrendo", disse Kirby.

A descoberta ocorre depois que o governo do presidente americano, Joe Biden, disse em agosto que os militares russos receberam centenas de drones fabricados pelo Irã para uso no campo de batalha na Ucrânia.

Os EUA disseram que o Irã também enviou pessoal para a Crimeia, controlada pela Rússia, para fornecer suporte técnico na operação dos drones. Autoridades iranianas negam ter fornecido drones ou qualquer outro tipo de apoio à Rússia.

A Coreia do Norte tenta estreitar as relações com a Rússia à medida que grande parte do Ocidente se afastou do país, culpando os EUA pela crise na Ucrânia e condenando a "política hegemônica" do Ocidente para justificar a ação militar de Moscou no Leste Europeu.

Os norte-coreanos demonstraram interesse em enviar trabalhadores da construção civil para ajudar a reconstruir territórios ocupados pelos russos no leste da Ucrânia.

O embaixador da Coreia do Norte em Moscou se reuniu com enviados de dois territórios separatistas apoiados pela Rússia na região de Donbas, na Ucrânia, e expressou otimismo sobre a cooperação no "campo da migração laboral", citando a flexibilização dos controles pandêmicos nas fronteiras de seu país.

Em julho, a Coreia do Norte se tornou a única nação, além de Rússia e Síria, a reconhecer a independência dos territórios de Donetsk e Luhansk, alinhando-se ainda mais com a Rússia sobre o conflito na Ucrânia.

ARMA NUCLEAR

Os EUA e a Coreia do Sul advertiram ontem a Coreia do Norte de que o uso de qualquer tipo de arma nuclear contra Seul ou outros aliados regionais resultaria no fim do regime de Kim Jong-un.

A Coreia do Norte lançou mais de duas dúzias de mísseis nos últimos dois dias em resposta aos exercícios militares dos EUA e da Coreia do Sul, que começaram na segunda-feira. Os lançamentos levaram os sul-coreanos a procurar abrigo e desgastaram ainda mais os nervos de uma população que já lamentava a perda de mais de 150 pessoas em um tumulto no Halloween.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Coreia do Norte disparou, nesta quarta-feira (2), pelo menos 23 mísseis, incluindo um muito perto das águas territoriais da Coreia do Sul, no que o presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol denunciou como "uma invasão territorial".

Inicialmente, o Exército sul-coreano informou que Pyongyang havia disparado 10 mísseis, apontando que, em seguida, lançou gradualmente os outros 13.

A Coreia do Norte também fez 100 disparos de artilharia em uma área de fronteira marítima, no que especialistas veem como parte da resposta "agressiva e ameaçadora" de Pyongyang aos exercícios militares dos Estados Unidos e da Coreia do Sul.

Essa rajada de tiros levou as autoridades sul-coreanas a lançar um raro alerta de ataque aéreo na ilha de Ulleungdo (leste) e a pedir a seus habitantes que se refugiassem em bunkers subterrâneos.

Segundo o Exército sul-coreano, um dos projéteis lançados por Pyongyang cruzou a linha de fronteira norte, a disputada fronteira marítima entre os dois países, e caiu próximo às águas territoriais do Sul.

É "a primeira vez desde que a península foi dividida", no final da Guerra da Coreia em 1953, que um míssil norte-coreano cai tão perto das águas territoriais do Sul, apontou.

Em um comunicado, o presidente sul-coreano assegurou que o incidente "constitui uma invasão territorial de fato com um míssil que cruzou a linha de fronteira norte pela primeira vez desde a divisão" da península.

O Exército explicou que o míssil mais próximo caiu no mar a apenas 57 quilômetros do continente sul-coreano, descrevendo o lançamento como "altamente incomum e intolerável".

Em resposta a essas ações, os militares sul-coreanos dispararam três mísseis terra-ar perto do ponto onde o controverso projétil norte-coreano caiu.

Esses mísseis caíram "perto da linha limítrofe norte a uma distância correspondente à área onde o míssil do Norte atingiu", segundo comunicado.

O Exército sul-coreano reportou que Pyongyang disparou um total de sete mísseis balísticos de curto alcance e 16 outros mísseis, incluindo seis mísseis terra-ar.

O presidente sul-coreano convocou uma reunião de seu Conselho de Segurança Nacional para discutir o incidente e ordenou uma "resposta rápida e severa" a essas "provocações".

As autoridades do país também cancelaram as rotas aéreas sobre o Mar do Japão, a leste da península, e recomendaram que as companhias aéreas locais desviem suas aeronaves para "garantir a segurança dos passageiros nas rotas para os Estados Unidos e o Japão".

- "Tempestade Vigilante" -

Os disparos ocorrem em meio às maiores manobras conjuntas da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, apelidadas de "Storm Watcher" (Tempestade Vigilante), envolvendo centenas de aviões de guerra de ambos os lados.

Pak Jong Chon, um funcionário do alto escalão norte-coreano, chamou esses exercícios de agressivos e provocativos, de acordo com a mídia estatal.

Pak disse que o nome do exercício fazia recordar a Operação Tempestade no Deserto, a ofensiva dos EUA de 1990-1991 no Iraque em resposta à invasão do Kuwait.

"Se os Estados Unidos e a Coreia do Sul pretendem usar as forças armadas contra a República Popular Democrática da Coreia sem medo, os meios especiais das forças armadas da RPDC mobilizarão sua missão estratégica sem demora", garantiu.

"Os Estados Unidos e a Coreia do Sul enfrentarão uma situação terrível e pagarão o preço mais horrível da história", acrescentou.

Por sua vez, a Rússia pediu "calma" às partes e que evitem "tomar medidas que possam causar um aumento das tensões".

De acordo com o analista Cheong Seong-chang, do Instituto Sejong, esses disparos são a "manifestação armada mais agressiva e ameaçadora contra o Sul desde 2010".

Em março daquele ano, um submarino norte-coreano torpedeou um navio sul-coreano, matando 46 tripulantes, 16 dos quais cumpriam o serviço militar obrigatório.

Em novembro daquele mesmo ano, Pyongyang bombardeou uma ilha fronteiriça sul-coreana, matando dois jovens marinheiros.

O isolado país comunista, dotado de capacidade nuclear, realizou uma série recorde de testes de armas este ano e, segundo Seul e Washington, está preparando um novo teste nuclear, que seria o primeiro desde 2017.

Por sua vez, os Estados Unidos e a Coreia do Sul intensificaram suas manobras militares na área, às quais o Japão às vezes se junta.

A Coreia do Norte lançou dois mísseis balísticos de curto alcance no Mar do Japão (chamado de Mar do Leste nas duas Coreias), em mais um gesto que contribui para agravar o clima de tensão na península coreana. Os projéteis foram detectados por militares sul-coreanos, por volta das 12h desta sexta-feira (28), no horário local (0h no horário de Brasília).

A ofensiva ocorre no mesmo dia em que a Coreia do Sul e os Estados Unidos concluíram manobras militares importantes e anunciaram a realização de um exercício aéreo de grande escala na próxima semana. Com essa última ação, Pyongyang soma ao menos 36 lançamentos de mísseis somente em 2022.

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Uma tensão semelhante à alcançada durante a crise de 2017 está sendo se formando diante do número recorde de projéteis lançados, das manobras militares replicadas por Coreia do Sul e Estados Unidos, e da possibilidade do regime realizar um novo teste nuclear.

Esse é o primeiro lançamento de armas balísticas feito pelo Norte em duas semanas. Na ocasião, os Estados Unidos alertaram o país de que o uso de armas nucleares "resultaria no fim do regime", após consecutivos lançamentos feitos ao longo de um mês.

As Forças Armadas da Coreia do Sul disseram que "aumentaram a postura de vigilância e que mantêm a prontidão em meio a uma estreita coordenação com os Estados Unidos".

Já os EUA disseram que esses lançamentos não representam uma ameaça imediata, mas ressaltaram o "impacto desestabilizador" das armas nucleares ilícitas e programas de mísseis balísticos da Coreia do Norte".

O lançamento desta sexta-feira ocorre no mesmo dia em que Seul e Washington concluíram suas manobras militares combinadas de Hoguk . A Coreia do Norte vê esses exercícios regulares como prática para lançar um ataque ao Norte, embora os aliados digam que seus exercícios são de natureza defensiva.

Os exercícios aéreos "Vigilant Storm" da próxima semana serão executados de segunda a sexta-feira e deverão envolver cerca de 140 aviões de guerra sul-coreanos e cerca de 100 aeronaves dos EUA. Os aviões incluem caças sofisticados como o F-35 de ambas as nações, disse o Ministério da Defesa da Coreia do Sul, em comunicado nesta sexta-feira.

Essa mobilização não só envia à Coreia do Norte uma mensagem de força, mas também, com o envio de aeronaves como o F-35B, sublinha a insistência dos aliados em fazer uso da chamada "dissuasão estendida", isto é, um compromisso assumido, em maio deste ano, por Washington com Seul que consiste em enviar ativos estratégicos dos EUA para a península coreana de "maneira coordenada e quando necessário" com base nas ações do regime do norte. (Com agências internacionais).

As Forças Armadas da Coreia do Sul dispararam tiros de advertência a um navio da Coreia do Norte nesta segunda-feira (24), depois de considerar que a embarcação havia atravessado a disputada fronteira marítima entre os países, o que levou o Norte a devolver os disparos de alerta.

Um navio comercial norte-coreano teria cruzado a chamada Linha Limítrofe Norte, perto da ilha de Baengnyeong, às 3H42 (17H42 de Brasília no domingo), mas recuou para o Norte após os disparos da Marinha de Seul, informou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul em um comunicado.

"As provocações contínuas e afirmações imprudentes do Norte minam a paz e a estabilidade na península da Coreia e na comunidade internacional", completa a nota.

O exército da Coreia do Norte acusou um navio militar sul-coreano de "invadir" a fronteira de fato por entre 2,5 e 5 quilômetros poucos minutos depois, o que motivou 10 disparos de advertência em resposta.

- Resposta norte-coreana -

"Unidades de defesa da costa na frente ocidental (...) adotaram uma contramedida inicial para expulsar à força o navio de guerra do inimigo ao disparar 10 projéteis de lança-foguetes múltiplos em direção às águas territoriais onde foi detectado o movimento naval inimigo", afirmou um porta-voz do Estado-Maior da Coreia do Norte em um comunicado.

"Mais uma vez advertimos com veemência os inimigos que realizaram provocações marítimas, além dos disparos de artilharia e das transmissões por alto-falantes transfronteiriços", acrescentou a fonte norte-coreana.

A fronteira marítima entre as duas Coreias nunca foi estabelecida pelo armistício de 1953 que acabou com a Guerra da Coreia. A área é considerada um ponto de conflito e foi cenário de vários confrontos ao longo dos anos.

As tensões aumentaram nas últimas semanas com vários lançamentos de mísseis e disparos de artilharia por parte da Coreia do Norte, considerados uma provocação pela Coreia do Sul e pelo Japão.

Pyongyang aumentou drasticamente nos últimos meses os exercícios militares, enquanto Seul e Washington afirmam que o regime do líder norte-coreano Kim Jong Un está próximo de executar o sétimo teste nuclear do país.

A troca de advertências desta segunda-feira aconteceu no dia em que a subsecretária americana de Estado, Wendy Sherman, visita o Japão e participa em uma reunião trilateral com Tóquio e Seul, em uma demonstração de unidade diante de Pyongyang.

Há algumas semanas, a Coreia do Norte disparou um míssil balístico de curto alcance, vários tiros de artilharia e enviou caças para a fronteira com o sul, em uma demonstração de força.

Pyongyang classificou os exercícios como manobras "táticas nucleares".

Com as negociações estagnadas, as relações entre as duas Coreias estão em um dos pontos mais complexos em muitos anos.

Kim declarou em setembro que seu país é uma potência nuclear "irreversível", o que prejudica qualquer negociação sobre o programa nuclear norte-coreano.

A Coreia do Norte disparou novos projéteis de artilharia próximo às fronteiras marítimas com a Coreia do Sul na terça-feira (18), um dia depois de o país vizinho iniciar exercícios militares anuais em parceria com os Estados Unidos. Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (19), Pyongyang diz que testes são uma resposta às manobras sul-coreanas.

De acordo com o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, ao menos 100 projéteis foram lançados na costa oeste e outros 150 no leste. Embora eles não tenham caído em águas territoriais do Sul, os militares sul-coreanos disseram que os testes atingiram a parte norte das zonas de amortecimento marítimas que as duas Coreias estabeleceram sob um pacto militar de 2018 com o objetivo de reduzir as animosidades da linha de frente.

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Esta é a segunda vez que a Coreia do Norte dispara projéteis nas zonas de amortecimento desde sexta-feira passada, quando havia lançado centenas de projéteis em sua violação direta mais significativa do acordo de 2018. Os militares da Coreia do Sul ressaltaram que a Coreia do Norte deve "interromper as provocações que prejudicam a paz e a estabilidade na Península Coreana" e acrescentaram que estão aumentando a prontidão militar e, em coordenação com os Estados Unidos, monitorando os movimentos do país vizinho’.

Horas depois dos disparos, um porta-voz do Estado-Maior do Exército Popular da Coreia do Norte divulgou um comunicado afirmando que os mesmos seriam uma resposta ao treinamento de artilharia sul-coreano que teriam ocorrido na terça-feira, também em uma área de fronteira.

A Coreia do Sul não confirmou de imediato a realização das manobras militares. "Os inimigos devem parar imediatamente com as provocações imprudentes e incitadoras que aumentam a tensão militar na área de vanguarda", disse o porta-voz militar norte-coreano. Ele também atacou os militares sul-coreanos por iniciarem um exercício de campo anual, chamando-o de "ensaio de invasão".

Já o Ministério da Defesa da Coreia do Sul alegou que o treinamento seria uma forma de "melhorar as capacidades operacionais para combater vários tipos de provocações norte-coreanas" e que um número não especificado de tropas dos Estados Unidos devem participar dos exercícios deste ano.

Na segunda-feira, o Sul iniciou os exercícios anuais de Hoguk, que durarão até 28 de outubro, e contam com a participação de unidades do Exército, da Força Aérea, da Marinha e do Corpo de Fuzileiros Navais, além de algumas tropas norte-americanas. Soma-se a isso as manobras aéreas que Seul e Washington planejam entre 31 de outubro e 4 de novembro.

Diante disso, nas últimas semanas, a Coreia do Norte realizou uma série de testes de armas no que chama de simulações de ataques nucleares contra alvos sul-coreanos e norte-americanos em resposta aos seus "perigosos exercícios militares" envolvendo um porta-aviões dos Estados Unidos.

Os país vê os exercícios militares regulares entre Washington e Seul como um ensaio de invasão. Desde que retomou as atividades de teste em 25 de setembro, a Coreia do Norte testou 15 mísseis. Um deles era um míssil balístico de alcance intermediário que sobrevoou o Japão e demonstrou um alcance capaz de atingir o território norte-americano do Pacífico de Guam.

Na sexta-feira passada, o exército norte-coreano lançou um míssil balístico - o nono projétil disparado em um período de 20 dias - e também realizou manobras aéreas e fogo de artilharia ao longo da fronteira em resposta a outros exercícios de tiro real em Seul. A tensão na região está atingindo níveis semelhantes aos de 2017, como resultado do aumento da frequência de lançamentos de projéteis pela Coreia do Norte, as respostas do Sul e a possibilidade de um novo teste atômico, que seria o primeiro em cinco anos.

Os recentes testes de artilharia do Norte tendem a atrair menos atenção externa que seus lançamentos de mísseis. No entanto, observa-se que os canhões de artilharia de longo alcance implantados na linha de frente também representam um sério risco à segurança da populosa região metropolitana da Coreia do Sul, que fica a cerca de 50 quilômetros da fronteira com a Coreia do Norte. Com as ofensivas da semana passada, o Sul ameaçou quebrar o pacto de cessação das hostilidades militares com o vizinho, caso o regime de Pyongyang realize um novo teste nuclear em meio à atual escalada bélica entre os países.

A Coreia do Norte, que está completamente isolada do exterior desde o início da pandemia e aprovou um plano de modernização de armas em 2021, recusou-se a retomar o diálogo com o Sul ou os Estados Unidos. Especialistas estrangeiros dizem que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, pode querer usar seu arsenal de armas expandido para pressionar os Estados Unidos e outros a aceitarem seu país como um Estado nuclear legítimo e suspender as sanções econômicas ao Norte. (Com agências internacionais).

A Coreia do Norte disparou no mar dois mísseis balísticos na madrugada deste domingo, segundo o Exército sul-coreano, em meio a tensões sobre os exercícios militares liderados pelos Estados Unidos na região.

O Exército da Coreia do Sul informou que "detectou dois mísseis balísticos de curto alcance entre 1h48 e 1h58 (13h48-13h58 de sábado no horário de Brasília) disparados da região de Munchon, na província de Kangwon, no Mar do Japão.

Os mísseis "voaram aproximadamente 350 km a uma altura de 90 km", disse o Estado-Maior Conjunto de Seul em comunicado, chamando o lançamento de "séria provocação".

Pyongyang defendeu no sábado sua última salva de disparos de mísseis como uma resposta legítima às "ameaças militares americanas" após vários dias de exercícios militares conjuntos entre Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos.

Este é o sétimo lançamento de míssil em duas semanas.

O Japão também confirmou os lançamentos, com sua Guarda Costeira dizendo que os mísseis caíram fora da zona de exclusão econômica do Japão.

O vice-ministro da Defesa japonês, Toshiro Ino, observou que "um dos dois pode ter sido um míssil balístico lançado por submarino (SLBM)".

Seul informou em setembro que havia detectado sinais de que o Norte estava se preparando para lançar um SLBM, uma arma que Pyongyang testou em maio.

Por sua vez, o Comando Indo-Pacífico dos EUA disse em comunicado que estava "ciente do lançamento dos dois mísseis balísticos e está em consulta com nossos aliados e parceiros".

Declarou ainda que o lançamento reflete a natureza "desestabilizadora" do programa de mísseis da Coreia do Norte.

Os lançamentos de domingo são os mais recentes de uma onda que incluiu mísseis balísticos de alcance intermediário disparados sobre o Japão.

Na quinta-feira, Pyongyang disparou dois mísseis balísticos, no mesmo dia dos exercícios conjuntos de Seul, Tóquio e Washington com a presença de um destróier do grupo de ataque do porta-aviões americano "USS Ronald Reagan".

As Forças sul-coreanas mobilizaram 30 caças na quinta-feira depois que dois aviões militares norte-coreanos realizaram um "voo de formação ao norte da fronteira aérea intercoreana".

Os Estados Unidos moveram o porta-aviões para águas ao sul da Coreia do Sul como parte de uma resposta mais ampla ao teste da Coreia do Norte na terça-feira.

Analistas acreditam que Pyongyang continuará com seus testes de armas e está confiante de que a paralisação na ONU em razão da guerra na Ucrânia impedirá a aplicação de novas sanções.

O Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião de emergência na semana passada para discutir os lançamentos de mísseis, mas na reunião, a China acusou Washington de provocar a série de lançamentos e "envenenar o ambiente de segurança regional".

A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, pediu o "reforço" das sanções existentes contra a Coreia do Norte, algo que China e Rússia vetaram em maio.

A Coreia do Norte disparou um míssil balístico de alcance intermediário que sobrevoou o Japão, o que levou este país a ativar seu sistema de alerta e recomendar que a população procurasse refúgio.

A última vez que Pyongyang disparou um míssil sobre o Japão foi em 2017, em meio ao aumento das tensões entre o líder norte-coreano, Kim Jong Un, e o então presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

O exército sul-coreano afirmou que detectou "um míssil balístico suspeito de alcance intermediário que foi lançado da área de Mupyong-ri na província de Jagang por volta das 7h23 (19h23 de segunda-feira em Brasília) e passou sobre o Japão na direção leste".

Em um comunicado posterior, as Forças Armadas da Coreia do Sul explicaram que o projétil voou 4.500 quilômetros a uma altitude de 970 quilômetros e atingiu uma velocidade de Mach 17, o que equivale a 17 vezes a velocidade do som.

O presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol denunciou uma "provocação" que viola as resoluções da ONU e defendeu uma "resposta firme e a adoção de medidas correspondentes em cooperação com os Estados Unidos e a comunidade internacional".

- Alerta no Japão -

Tóquio também relatou o disparo do míssil por Pyongyang e emitiu um alerta de evacuação em duas regiões do norte para que seus habitantes se refugiassem dentro de prédios ou em abrigos subterrâneos.

"Acredita-se que um míssil balístico passou sobre nosso país e caiu no Oceano Pacífico. Este é um ato de violência após o recente disparo repetido de mísseis balísticos. Nós o condenamos fortemente", disse o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida.

O ministro da Defesa, Yasukazu Hamada, afirmou que a Coreia do Norte "disparou mísseis do tipo Hwasong 12 quatro vezes no passado, então este pode ser um projétil do mesmo tipo".

Se a distância do voo for confirmada, que Tóquio calculou em 4.600 km, seria um recorde para este tipo de projétil, segundo o ministro.

O Comando dos Estados Unidos para a região Indo-Pacífico condenou o lançamento norte-coreano e reafirmou seu compromisso com a defesa do Japão e da Coreia do Sul.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, chamou o disparo de "agressão injustificável" e afirmou que a União Europeia "é solidária a Japão e Coreia do Sul".

- "Escalada significativa" -

Com as negociações entre Washington e Seul paralisadas há tempo, Kim redobrou seus esforços para modernizar o arsenal da energia nuclear e implantou um número recorde de testes de armas.

Na semana passada, Pyongyang disparou até quatro mísseis balísticos de curto alcance, incluindo um poucas horas após a visita do vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, a Seul.

Paralelamente à escalada de testes do país comunista, Seul, Tóquio e Washington intensificaram seus exercícios militares conjuntos.

O lançamento mais recente envia uma mensagem aos Estados Unidos, afirmou à AFP Park Won-gon, professor de Estudos Norte-Coreanos na Universidade Ewha, de Seul.

"Os mísseis, capazes de transportar ogivas nucleares, colocam a Coreia do Sul, Japão e Guam dentro de seu alcance" e mostram que Pyongyang pode atacar bases americanas com armas atômicas se uma guerra começar na península coreana, disse Park.

Há alguns dias atrás, Seul e Washington realizaram exercícios navais em larga escala na península e planejam para sexta-feira manobras submarinas com o Japão, as primeiras em cinco anos.

Os exercícios incomodam a Coreia do Norte, que os considera ensaios para uma eventual invasão.

"Se Pyongyang disparou um míssil sobre o Japão, isso significaria uma escalada significativa em suas recentes provocações", disse Leif-Eric Easley, professor da Universidade Ewha.

Washington e Seul vêm alertando há meses que o país comunista está preparando um novo teste de uma arma nuclear. Segundo eles, isso pode acontecer logo após o Congresso do Partido Comunista da China em 16 de outubro.

A Coreia do Norte, alvo de várias sanções da ONU por seus programas de armas, normalmente procura maximizar o impacto geopolítico de seus testes em momentos propícios.

A Coreia do Norte chamou a principal inspetora da Organização das Nações Unidas (ONU) para monitorar os direitos humanos do país de "fantoche" dos EUA, alertando nesta sexta-feira (2) que Pyongyang não irá tolerar o que chamou de trama liderada por Washington de usar a questão dos direitos humanos para derrubar seu regime político.

O governo norte-coreano é extremamente sensível a críticas externas a seu histórico de direitos humanos e as classifica como tentativa de difamar e abalar seu domínio sobre uma população de 26 milhões de pessoas, a maioria das quais têm pouco acesso ao noticiário estrangeiro.

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Os comentários vieram num momento em que Elizabeth Salmon, relatora especial da ONU para direitos humanos na Coreia do Norte, faz sua primeira visita à Coreia do Sul nesta semana para se reunir com autoridades, ativistas e desertores norte-coreanos desde que foi nomeada ao cargo, no mês passado.

O ministério de Relações Exteriores norte-coreano acusou Elizabeth Salmon de demonstrar "ignorância e visão enviesada" sobre Pyongyang. Também acusou Washington de estar por trás do mandato da inspetora, como parte de uma estratégia contra a Coreia do Norte.

Elizabeth Salmon afirmou que seu primeiro relatório sobre a questão dos direitos humanos na Coreia do Norte será apresentado à Assembleia Geral da ONU no fim de outubro. Fonte: Associated Press.

O papa Francisco pediu nesta sexta-feira (26) à Coreia do Norte que o convide para visitar o país, em uma entrevista a um canal de televisão sul-coreano na qual afirmou que não desperdiçará nenhuma oportunidade de trabalhar pela paz.

"Quando convidarem, e isso é o mesmo que dizer por favor me convidem, não direi não", declarou o papa Francisco à emissora estatal sul-coreana KBS.

"O objetivo nada mais é que a fraternidade", acrescentou o pontífice de 85 anos.

A possibilidade de uma visita papal à Coreia do Norte foi estudada em 2018, quando o então presidente sul-coreano, Moon Jae-in, estabeleceu contatos com o líder norte-coreano Kim Jong Un.

Moon, católico, afirmou durante um encontro de cúpula que Kim afirmou que o papa seria recebido em seu país "com entusiasmo".

Francisco disse na ocasião que gostaria de viajar à Coreia do Norte se recebesse um convite oficial. Mas os contatos entre Pyongyang e Seul foram interrompidos após o fracasso da segunda reunião entre Kim e o então presidente americano Donald Trump em fevereiro de 2019.

As relações entre as duas Coreias, separadas desde o fim da guerra 1950-1953, pioraram após a posse do novo presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, em maio.

Suk-yeol propôs um plano de ajuda econômica ao Norte em troca da desnuclearização do país, mas o regime comunista de Kim Jong Un rejeitou a ideia.

A Coreia do Norte acusou o Sul de ser responsável pelo surto de coronavírus que afetou o país em maio e ameaçou "apagar do mapa" as autoridades de Seul como forma de represália.

O Norte executou um número recorde de testes de armas em 2022, incluindo o lançamento de um míssil balístico intercontinental pela primeira vez desde 2017.

O papa já pediu em várias ocasiões que os coreanos "trabalhem pela paz".

"Vocês, o povo coreano, sofreram com a guerra", reiterou na entrevista exibida nesta sexta-feira.

A liberdade religiosa está contemplada na Constituição da Coreia do Norte, ma na prática qualquer atividade religiosa está proibida.

O regime de Pyongyang já permitiu vários projetos de ajuda de organizações católicas, mas não tem relações diretas com o Vaticano.

Quando o papa Francisco visitou a Coreia do Sul em 2014, ele celebrou uma missa especial consagrada à reunificação das duas Coreias.

O líder norte-coreano, Kim Jong Un, declarou a "vitória" de seu país sobre a covid-19, nesta quarta-feira (10), após quase duas semanas sem registrar novos casos.

Presidindo uma reunião com profissionais de saúde e cientistas, Kim anunciou a "vitória na guerra contra a doença pandêmica maligna", segundo a agência de notícias estatal KCNA.

Este país isolado, que impôs fechamentos rígidos de fronteiras desde o início da pandemia, anunciou um surto da variante ômicron na capital Pyongyang em maio e ativou "um sistema máximo de prevenção de epidemias de emergência".

A Coreia do Norte cita "pacientes com febre" em vez de "pacientes com covid" em seus relatórios, aparentemente devido à baixa capacidade de diagnóstico de seu sistema de saúde.

Desde 29 de julho, as autoridades não relataram novos casos.

Segundo a KCNA, Kim disse que "a vitória conquistada por nosso povo é um evento histórico que mais uma vez demonstra ao mundo a grandeza de nosso Estado, a tenacidade indomável de nosso povo e os belos costumes nacionais dos quais nos orgulhamos".

No final do discurso de Kim, "os participantes soltaram gritos estrondosos de 'viva!' repetidamente, lembrando em lágrimas os grandes feitos e o serviço dedicado ao povo que (o líder) fez para alcançar uma vitória brilhante que ficará na história", relatou a KCNA.

Kim também participou de uma sessão de fotos com os participantes e altos funcionários que os encheram "de grande entusiasmo e alegria".

A Coreia do Norte registrou quase 4,8 milhões de infecções desde o final de abril, com apenas 74 mortes de acordo com o balanço oficial, o que representa uma taxa de letalidade de 0,002%, segundo a KCNA.

O regime comunista tem um dos piores sistemas de saúde do mundo, com hospitais mal equipados, poucas unidades de terapia intensiva e nenhum tratamento ou vacinas contra a covid, dizem especialistas.

Em contrapartida, a Coreia do Sul, com um sistema de saúde muito mais avançado e uma grande porcentagem da população vacinada, tem uma taxa de letalidade de 0,12%, segundo dados oficiais.

Os Estados Unidos impuseram nesta segunda-feira (08) sanções ao “mixer” de moedas digitais Tornado Cash, acusando o serviço de ajudar hackers, inclusive da Coréia do Norte, a lavar dinheiro. Os representantes da Tornado Cash e a missão norte-coreana nas Nações Unidas em Nova Iorque não comentaram sobre o assunto.

 Um funcionário do Departamento do Tesouro dos EUA afirmou que o Tornado Cash, um dos maiores serviços de “mix” de moedas digitais, teria levado mais de sete bilhões de dólares em dinheiro digital desde que foi criado em 2019. A ação congela todos os ativos nos EUA do serviço. Autoridades dos EUA e da Coréia do Sul disseram que a Coréia do Norte controla milhares de hackers que roubam dinheiro, incluindo criptomoedas, para financiar seus programas de armas.  

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O Lazarus Group, grupo de hackers apoiado pelo governo norte-coreano que fez inúmeras violações de dados por motivos políticos e financeiros, lavou menos de US $445 milhões por meio do Tornado Cash, explicou o Tesouro dos EUA. Pyongyang negou as acusações. O Tornado Cash também foi usado para lavar cerca de US $100 milhões obtidos em um ataque contra a empresa de moeda virtual Harmony em junho e, na semana passada, no roubo da empresa de tecnologia de moeda virtual Nomad, segundo o Tesouro.  

Em maio, o Tesouro dos EUA também mirou o mix de moeda virtual Blender, impondo sanções pela primeira vez em um serviço do tipo. Mixers de moedas digitais são ferramentas de softwares que agrupam e embaralham criptomoedas de milhares de endereços. “O Tornado é uma ferramenta importante para criminosos e grupos de hackers”, afirmou Tom Robinson, cofundador da Elliptic, de análise de dados sobre criptomoedas. “No total, ao menos um bilhão em receitas de crimes, como ransomware, hacks e fraudes, foram lavados através do Tornado Cash”, continuou.  

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