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A proposta partiu do presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Segundo Maia, o grupo deve propor um texto para ser analisado também pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), antes de ir a voto nas duas Casas.

“A maioria dos parlamentares entende que podemos ter o adiamento da data, mas não a prorrogação dos mandatos”, disse o presidente.

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Rodrigo Maia também concordou com a suspensão do recesso parlamentar do Congresso Nacional em razão da pandemia. Na avaliação do presidente da Câmara, é possível que os trabalhos presenciais possam até retornar em julho, mas antes é preciso ver a como vai estar a taxa de contaminação. Até lá, prosseguem as votações remotas na Câmara.

Adiamento Enem

Maia afirmou que aguarda ainda uma decisão do governo sobre o adiamento das provas do Enem, previstas para novembro. O Senado deve votar ainda hoje um Projeto de Decreto Legislativo que adia a avaliação. Segundo o presidente da Câmara, se o governo não se posicionar, os deputados vão votar o projeto do Senado e impor a mudança pelo Legislativo. “Espero que o governo decida antes”, afirmou.

Ele também disse que a MP 966/20, que isenta de responsabilidade os agentes públicos por erros cometidos durante o período da pandemia, foi fortemente criticado pelo Tribunal de Contas da União e que a Câmara pode rever os pontos mais polêmicos do projeto.

Ajuda a estados

Rodrigo Maia também disse esperar que o presidente da República, Jair Bolsonaro, sancione o mais rapidamente possível o projeto que concede ajuda financeira aos estados e municípios no combate à crise provocada pela Covid-19. Segundo ele, se o governo adiar muito a sanção do texto, pode ser que seja necessário um outro projeto sobre o tema.

“O presidente deve ter os seus motivos para adiar, quanto mais adiar o apoio a estados e municípios, como a arrecadação já vem caindo, alguns estados vão ficar numa situação muito ruim muito rapidamente. E vai acabar gerando uma segunda onda de apoio, um segundo projeto. O ideal é que o governo pudesse sancionar”, cobrou Maia.

Regularização fundiária

Maia informou que vai votar ainda esta semana o novo texto que trata da regularização fundiária. O assunto estava incluído na Medida Provisória 910/19, encaminha pelo Executivo, mas não houve acordo entre a bancada do agronegócio e do meio ambiente.

A MP perdeu a validade. Um novo texto, com base no parecer do deputado Zé Silva (SD-MG), que relatou a proposta em Plenário deve ser votado. Segundo Maia, o novo texto é equilibrado e atende aos ruralistas e ambientalistas.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

 

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, sugeriu ao presidente Jair Bolsonaro que reedite a MP 905/2019, do Contrato Verde e Amarelo, que perde a validade nesta segunda-feira (20), mas parlamentares governistas não descartaram a votação da Medida Provisória na sessão marcada para começar às 16h. Eles buscam convencer os senadores a decidir sobre a proposta no voto.  

Depois de ouvir o apelo da maioria dos líderes, Davi retirou a proposta de pauta na sexta-feira (17) e não garantiu que a MP seria colocada em votação na sessão desta segunda-feira. Até a publicação desta matéria, a Medida Provisória não estava na Ordem do Dia.

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Segundo a assessoria do líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), o senador trabalha com a possibilidade de que a matéria seja pautada para esta tarde. O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), também considera cedo para descartar a votação e disse que vai conversar com líderes sobre a possibilidade de votação nesta segunda. O senador tem insistido em permitir que os parlamentares decidam sobre a questão no voto. O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) assinou um requerimento para pedir que o texto seja pautado na sessão desta segunda.

"A MP da carteira verde e amarela estimula empresas a contratarem jovens à procura do primeiro emprego ou gente madura que tem dificuldade de se reinserir no mercado", ressaltou Flávio.

Vice-líder do governo no Senado, Chico Rodrigues (DEM-RR) disse estranhar a decisão de não inclusão da MP na pauta, mas apontou que, caso o texto não seja votado, o presidente Jair Bolsonaro deverá reeditar a MP.

"É uma matéria tão clara quanto uma janela sem vidros, mesmo assim o Congresso teima em não pautar para votação alegando que tem que reestudar o texto? Reestudar o quê? O presidente não terá problema nenhum em reeditar. Ela é importantíssima para a geração de emprego. Sabemos que os jovens estão precisando entrar no mercado sem muita burocracia", defendeu.

O presidente do Senado pediu neste domingo (19) que o presidente Jair Bolsonaro reedite a MP. A alternativa sugerida por Davi evita insegurança jurídica para contratos assinados pela modalidade chamada de verde e amarela, que puderam ser assinados a partir 1º de janeiro de 2020 conforme as regras de vigência da norma. Ele considera que isso também dará tempo ao Senado para analisar com mais cuidado as mudanças nas regras trabalhistas.

"Para ajudar as empresas a manter os empregos dos brasileiros, sugiro ao presidente Jair Bolsonaro que reedite a MP 905, do Contrato Verde e Amarelo. Assim, o Congresso Nacional terá mais tempo para aperfeiçoar as regras desse importante programa", escreveu o presidente do Senado no Twitter.

Medidas provisórias são editadas pelo governo e têm força de lei por 60 dias, prorrogáveis por mais 60 — a contagem do prazo é suspensa durante o recesso do Legislativo. Para continuar valendo, precisam ser aprovadas por senadores e deputados. A MP 905 já teve sua vigência prorrogada e caduca se não for votada até o final desta segunda-feira. Na sexta-feira (17), a maioria dos líderes se posicionou pela não votação da matéria. Alguns sugeriram que a MP retornasse à pauta nesta segunda.   

Além de incentivos à contratação de jovens, a MP 905/2019 apresenta uma série de alterações na legislação trabalhista, o que levou alguns senadores a batizá-la de “minirreforma trabalhista”.

Ao comentar a participação do presidente em ato com pedidos antidemocráticos neste domingo em Brasília, a senadora Leila Barros (PSB-DF) cobrou a reedição da MP.

"Em vez de participar de atos públicos, desrespeitando orientações para evitar aglomerações, o presidente Jair Bolsonaro poderia dedicar parte do seu tempo na reedição da MP 905", sugeriu.

Reedição

Segundo entendimento da Mesa reforçado pelo presidente do Senado, não há empecilho para o governo reeditar a MP neste ano, já que o texto original foi editado em 2019, na sessão legislativa passada. No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu o governo de reeditar medida provisória no mesmo ano de MP convertida em lei ou rejeitada pelo Congresso.  A corte seguiu o voto da ministra Rosa Weber.

"A decisão da ministra Rosa Weber determina que só poderá ser editada uma medida provisória com o mesmo teor na próxima sessão legislativa. Não está escrito 'um ano', está escrito 'na próxima sessão legislativa'", esclareceu Davi Alcolumbre na sessão de sexta-feira em resposta a um questionamento do senador Irajá (PSD-TO).

Tema complexo

Senadores se recusaram a votar a proposta na sexta sob o argumento de que o texto, aprovado na madrugada de quinta-feira (15) pelos deputados, é complexo e de que precisavam de mais tempo para analisá-lo.

O curto prazo para análise de MPs no Senado é queixa antiga na Casa. O texto, que passa primeiro por uma comissão mista, segue para a Câmara dos Deputados antes de ser analisado pelos senadores, e essas matérias chegam muitas vezes com prazo “estourando”.

Na sexta-feira, o presidente do Senado ressaltou que “nunca, nenhuma medida provisória foi tão complexa quanto esta”. A MP 905 foi recordista em emendas no Congresso: 1.951 sugestões foram apresentadas por parlamentares. O texto aprovado na Câmara também sofreu várias mudanças em relação à proposta original e à versão que saiu da comissão mista.

"Nenhuma das medidas provisórias foi tão complexa como essa. Isso é um fato concreto. Há questionamento desde o ano passado. Essa foi a MP que teve o maior número de emendas na história", apontou Davi. 

O presidente do Senado explicou que até tentou um acordo com a Câmara, propondo a divisão do texto, para que fossem votadas as partes consensuais, deixando o restante do conteúdo para outro projeto, com tramitação autônoma. Mas, segundo ele, não foi possível o entendimento. 

Conteúdo

O Contrato Verde e Amarelo instituído pela medida provisória terá duração de dois anos, com menos encargos trabalhistas e previdenciários patronais para estimular a abertura de novas vagas para o primeiro emprego de jovens de 18 a 29 anos. O novo programa vale para trabalhadores que recebem até um salário mínimo e meio, ou seja, R$ 1.567,50 em 2020.

Durante a tramitação, parlamentares estenderam a medida para a contratação de trabalhadores com mais de 55 anos e desempregados há mais de 12 meses.

O texto é longo e trata também de outras questões, como liberação do trabalho aos domingos e feriados, jornada dos bancários, acidentes de trabalho, seguro privado de acidentes pessoais, gorjetas, microcrédito, fiscalização trabalhista, participação nos lucros, prêmio por produtividade, multa, débitos trabalhistas e até registro profissional. 

*Da Agência Senado

O Senado vota nesta segunda-feira (30) o pagamento de um auxílio emergencial por três meses, no valor de R$ 600, destinado aos trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), havia confirmado a data da votação em postagem no Twitter, na última sexta-feira (27).

Alcolumbre continua se recuperando após ser diagnosticado com o novo coronavírus. Quem tem comandado as sessões remotas é o vice-presidente, senador Antonio Anastasia (PSD-MG). A sessão está prevista para ocorrer às 16h. Antes, às 10h, os líderes se reunirão, também remotamente, para discutir outras votações prioritárias da semana.

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Pelas manifestações de senadores nas redes sociais, a expectativa é que a medida seja aprovada sem objeções. Inicialmente, na primeira versão do relatório, o valor proposto era de R$ 500. Após negociações com o líder do governo, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), o Executivo decidiu aumentar para R$ 600 e a proposta foi aprovada na Câmara dos Deputados na última quinta-feira (26).

O auxílio é voltado aos trabalhadores informais (sem carteira assinada), às pessoas sem assistência social e à população que desistiu de procurar emprego. A medida é uma forma de amparar as camadas mais vulneráveis à crise econômica causada pela disseminação da covid-19 no Brasil, e o auxílio será distribuído por meio de vouchers (cupons).

O presidente do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP), é o primeiro chefe de Poder brasileiro infectado com coronavírus. A informação foi confirmada nessa quarta-feira (18), pela assessoria de imprensa e pelo próprio senador nas redes sociais. Dois ministros de Estado do governo de Jair Bolsonaro também tiveram exames positivos confirmados ontem, Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Bento Albuquerque (Minas e Energia)

"Depois de o primeiro exame dar negativo, o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre, refez o exame na noite de ontem (anteontem, terça-feira, 17) e, nesta quarta-feira, atestou positivo para covid-19", diz a nota da assessoria. "Davi Alcolumbre, no entanto, está bem, sem sintomas severos, salvo alguma indisposição, e segue em isolamento domiciliar, conforme determina protocolo de conduta do Ministério da Saúde e a OMS."

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"Sigo trabalhando de casa, por meio de ligações. Temos importantes matérias para serem analisadas", escreveu Alcolumbre no Twitter. O presidente do Senado participou de diversas reuniões nos últimos dias. Na segunda-feira (16), esteve ao lado de sete ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), entre eles o presidente da Corte, Dias Toffoli, além do presidente Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para tratar das medidas de combate à pandemia da covid-19.

Maia, que também participou de outras reuniões com Alcolumbre nos últimos dias, tem dito a interlocutores que sempre manteve uma distância segura do colega e tomou os cuidados necessários para evitar o contágio. Desde a semana passada, o deputado tem pedido para as pessoas repetirem seu gesto e, anteontem, deixou dois potes de álcool em gel à sua frente enquanto presidia uma sessão na Câmara.

O primeiro caso de coronavírus no Legislativo foi do senador Nelsinho Trad (PSD-MT), que fez parte da comitiva aos Estados Unidos. Ao todo, 17 pessoas do grupo contraíram o vírus. Também foram diagnosticado com a doença os deputados Daniel Freitas (PSL-SC) e Cezinha da Madureira (PSD-SP), que não viajou com a comitiva.

No governo, além dos ministros Heleno e Albuquerque, o secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten já havia testado positivo no início do mês. Outros quatro funcionários do GSI que integraram a equipe que acompanhou Bolsonaro na viagem também estão com o vírus.

Em nota, a assessoria de Comunicação da Presidência do Supremo informou que o ministro Dias Toffoli está seguindo os protocolos definidos pelo Ministério da Saúde e as orientações da Secretaria de Serviços Integrados de Saúde do STF. "Por decisão própria, e como medida extra de segurança, o presidente do STF optou pelo teletrabalho e atuará de casa nas demandas do tribunal em regime de isolamento pelo período mínimo de uma semana."

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), afirmou em nota que o decreto de calamidade pública anunciado pelo governo federal é "uma medida importante para a flexibilização de mais recursos para o atendimento à população" durante o período de enfrentamento da pandemia causada pelo novo coronavírus. Segundo ele, o decreto terá prioridade máxima no Parlamento.

Leia a íntegra da nota:

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O presidente Davi Alcolumbre informa que o Congresso Nacional fará o que for necessário para dar andamento às matérias relacionadas ao novo coronavírus, necessárias ao enfrentamento e combate da doença no País.

O decreto de calamidade pública por conta do Covid-19, que o Executivo enviará para ser analisado pelos parlamentares, é sem dúvida uma medida importante para a flexibilização de mais recursos para o atendimento à nossa população. O Regimento determina prioridade máxima para sua tramitação.
 
Reafirmamos a responsabilidade do Parlamento brasileiro na luta contra o Covid-19.

Assessoria de imprensa da Presidência do Senado Federal

*Da Agência Senado

O presidente Jair Bolsonaro desafiou, nesse domingo (15), os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), a irem "às ruas" para ver como eles serão recebidos.

A declaração de Bolsonaro, feita à CNN Brasil, foi uma resposta a críticas sobre a participação do presidente em protesto realizado ontem em Brasília em prol do governo e contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. "Gostaria que Maia e Alcolumbre saíssem às ruas como eu. Saiam às ruas e vejam como vão ser recebidos", disse.

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"Estão fazendo críticas. Estou tranquilo. Espero que não queriam fazer algo belicoso", disse Bolsonaro. O presidente afirmou que está disposto a receber Maia e Alcolumbre ou visitá-los para alinhar uma "pauta de interesse da população".

Segundo o presidente, se houver "aproximação" com o povo, todos no meio político serão "muito bem tratados, reconhecidos e até idolatrados". "Não quero eu aparecer e eles não. Estou disposto a recebê-los. Vamos conversar", disse.

Bolsonaro disse que políticos têm de ser "quase escravos da vontade popular". Ele criticou acordos políticos, como para divisão de recursos do Orçamento impositivo. "O acordo não tem de ser entre nós. Tem de ser entre nós e o povo", disse.

Economia

O presidente considerou como "neurose" e "histeria" as medidas diante do avanço do novo coronavírus no Brasil. Para ele, o vírus é grave, mas a economia não pode ser prejudicada. Ele fez os comentários para rebater críticas à sua participação no protesto desse domingo, contrariando as orientações técnicas para conter a doença.

Bolsonaro disse não estar preocupado em manter contato com as pessoas, porque é do povo e toma as devidas precauções.

Ele mencionou ainda decisão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de proibir jogos de futebol dos torneios nacionais. "Quando se proíbe jogo de futebol, está partindo para o histerismo", afirmou. "A questão do vírus é grave, mas a economia tem de funcionar e não podemos prejudicar economia". O presidente lembrou que o desemprego ainda é alto no Brasil e disse que a onda crescer pode levar pessoas a se alimentarem mal e até a óbito.

O senador Nelsinho Trad (PSD-MS), primeiro parlamentar do Brasil a contrair coronavírus, declarou que teve uma agenda cheia no Congresso antes de receber o diagnóstico. Ele esteve em audiências com senadores, se reuniu com ministros e participou da sessão que derrubou o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à ampliação do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Outros 498 parlamentares, sendo 439 deputados e 59 senadores, estavam na votação. 

“Eu abracei meio Congresso. Você entra lá vindo de uma viagem internacional e acaba abraçando os caras. A gente gosta deles. Eles gostam da gente. A gente abraça, pergunta como foi [a viagem]. Estive com Rodrigo Maia, com Davi Alcolumbre, com Paulo Guedes, com Mandetta, com Ramos, numa reunião em que falei que deveríamos tomar providências e ter disciplina. Não precisamos esperar morrer um para depois fazer o que tem que fazer”, afirmou Nelsinho Trad, referindo-se aos ministros da Economia, Saúde e Secretaria de Governo. 

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O senador afirma ainda que tem “certeza” de que sua contaminação pelo COVID-19 se deu no avião presidencial. Ele fez parte da comitiva de Jair Bolsonaro nos Estados Unidos e diz ter viajado sentado na poltrona à frente do secretário de comunicação da presidência, Fábio Wajngarten. Trad é presidente da Comissão de Relações Exteriores e presidiu a reunião da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (CPCMS) no Senado e esteve com o embaixador da Síria, Mohamad Khafif.

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O teste do presidente do Congresso e Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para coronavírus deu negativo, segundo a assessoria do Senado. Alcolumbre não tinha sintomas da doença, mas realizou o exame após ter contato com algumas pessoas suspeitas de estarem com o vírus.

Depois de voltar de viagem dos Estados Unidos, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) estava com o novo coronavírus, mas ainda não sabia. Neste período, ele se reuniu com parlamentares, embaixadores, ministros e com Alcolumbre. O senador também presidiu a sessão de uma comissão no Congresso e participou até de encontro para discutir o avanço do Covid-19 no País.

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Segundo a assessoria do Senado, por enquanto as atividades legislativas continuam com sessão conjunta do Congresso Nacional convocada para a próxima terça-feira (17), às 11h. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também descarta até este momento qualquer mudança no cronograma das atividades do plenário. Entretanto, o cenário está em constante acompanhamento e avaliação pela presidência do Congresso.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), avalia suspender as sessões da Casa se houver casos confirmados de coronavírus entre parlamentares e servidores do Congresso. Por enquanto, não há registros. Alcolumbre fará um exame nesta quinta-feira (12), para a covid-19.

Alcolumbre decidiu a fazer o teste preventivamente após ter contato com integrantes da comitiva presidencial nos Estados Unidos. O secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, que fez parte do grupo, teve a doença confirmada, conforme revelou o jornal O Estado S. Paulo.

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Os senadores Nelsinho Trad (PSD-MS) e Jorginho Mello (PL-SC) estiveram na mesma comitiva e aguardam resultado de exames. A Comissão de Relações Exteriores do Senado, a qual Trad preside, cancelou a sessão que faria nesta quinta-feira. Jorginho Mello, por sua vez, presidiu por duas horas e meia uma audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o acidente aéreo com a Chapecoense.

Até o momento, Alcolumbre havia descartado cancelar sessões e votações. Ele também preside o Congresso Nacional, que poderia ter uma sessão de deputados e senadores na próxima semana para analisar vetos presidenciais e os projetos que entregam uma fatia de R$ 15 bilhões em emendas parlamentares para controle dos congressistas.

Nesta quinta, o presidente do Senado viajou a Manaus para uma agenda com o governador do Amazonas, Wilson Lima, às 14h30, onde foi discutida a reforma tributária. Outros 16 parlamentares fizeram parte da comitiva. Além de Alcolumbre, o senador Angelo Coronel (PSD-BA) também decidiu fazer o teste após ter contato com Nelsinho Trad.

Diante do avanço do novo coronavírus no mundo e da confirmação de 77 casos no País, a agenda do Congresso segue oficialmente, mas com incertezas nos bastidores sobre os próximos dias. Os presidente da Câmara e do Senado assinaram atos para restringir a circulação de pessoas nas casas legislativas, determinar quarentena para parlamentares e servidores com suspeitas da doença e proibir a realização de sessões solenes.

O senador Angelo Coronel (PSD-BA) encaminhou um pedido aos presidentes da Câmara e do Senado pela parada total dos trabalhos por 15 dias como medida preventiva após a confirmação da infecção do chefe da Secom, que dividiu a comitiva com parlamentares.

"Só a título de sugestão acho prudente baixar um ato suspendendo as sessões e eventos onde venham a ter aglomerações por 15 dias e reavaliar após esse tempo. Só ficariam os gabinetes funcionando e restringindo o acesso ao público nas dependências", escreveu o senador na solicitação.

Deputados e senadores passaram a cobrar um posicionamento dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), sobre os vídeos enviados por Jair Bolsonaro para contatos do WhatsApp em que convocam a população a sair às ruas, no dia 15 de março, em defesa do governo e contra o Congresso. O disparo das mensagens foi revelado pela colunista Vera Magalhães, do jornal O Estado de S. Paulo. Maia, em viagem à Europa, e Alcolumbre, que passou o carnaval em Macapá, ainda não se manifestaram.

O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), fez a cobrança pelo Twitter. "Mais de 10 horas das graves revelações feitas pela Vera Magalhães e ainda não houve manifestação dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre. A democracia exige defesa e retaliação ao ocorrido", escreveu.

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Os atos foram convocados na semana passada, após articulação do Congresso para derrubar vetos de Bolsonaro ao projeto que obriga o Executivo a pagar todas as emendas parlamentares. O movimento é também em defesa do ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que fez críticas aos parlamentares.

Entre representantes do Centrão e da oposição, há quem aponte crime de responsabilidade do chefe do Planalto. Uma ação efetiva, porém, ainda depende de negociação com os líderes da Câmara e do Senado. "É uma decisão política, mas que o presidente está provocando uma situação de esgarçamento do tecido democrático para ampliar seus poderes, isto é inquestionável", afirmou o deputado Fábio Trad (PSD-MS) ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Nos bastidores, parlamentares avaliam ser necessário esperar um desgaste maior do governo antes de qualquer tentativa para reduzir o poder de Jair Bolsonaro. Uma ação como um pedido de impeachment poderia ser "um tiro no pé", capaz de fortalecer a imagem do presidente da República, dizem parlamentares reservadamente.

Derrubar todos os vetos de Bolsonaro ao projeto que amplia o orçamento impositivo entrou novamente no radar, mas a negociação ainda não avançou. "O presidente precisa ser chamado à responsabilidade institucional do cargo e a Câmara e o Senado devem deixar claro que não temem esses arroubos autoritários do presidente e da sua base. A resposta à quebra da institucionalidade deve ser dada dentro da institucionalidade", escreveu o deputado Marcelo Ramos (PL-AM) nas redes sociais.

A oposição na Câmara quer reunir Maia e Alcolumbre para discutir ações. No Senado, parlamentares contrários ao governo já falam em impeachment. "Os líderes das instituições democráticas precisam se posicionar de forma clara às inferências, se comprovadas, (do) presidente da República contra o Congresso. Como líder do PT no Senado estamos alinhados a todas as forças contra este crime de responsabilidade", escreveu o senador Rogério Carvalho (SE), nas redes sociais.

Ex-aliado e ex-correligionário de Bolsonaro, o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) também atacou o presidente nas redes sociais. "Traidor da pátria é traidor da democracia. Vou defender o Congresso, vou defender a democracia que jurei defender. E não tenho medo de você, Bolsonaro. Vai ter que me prender e me matar. Mas vou estar ao lado da democracia."

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou em nota que está mantendo contato com autoridades do governo federal e do governo do Ceará para acompanhar os desdobramentos do conflito que deixou o senador Cid Gomes (PDT-CE) ferido nesta quarta-feira em Sobral (CE).

Segundo a assessoria do senador em Brasília, ele foi atingido por um tiro de arma de fogo durante um protesto de policiais por reajuste salarial. Cid Gomes está sendo atendido neste momento na Santa Casa de Misericórdia de Sobral.

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Nota Pública

Acompanho com preocupação os desdobramentos do ocorrido com o senador Cid Gomes, na tarde desta quarta-feira (19), em Sobral, no Ceará. Entrei em contato o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e com o governador do Ceará, Camilo Santana, para obter informações e garantir a segurança do parlamentar.

Davi Alcolumbre

Presidente do Congresso  Nacional

*Da Agência Senado

 

Para definir o ritmo de votação das pautas econômicas no Congresso Nacional, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, reuniu o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, os ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, o senador Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo no Congresso, e o deputado Domingos Neto (PSD-CE), relator geral do Orçamento 2020. O encontro aconteceu na Residência Oficial da Presidência do Senado na noite dessa terça-feira (18).

Davi quis reforçar a relação de diálogo e transparência com o Executivo. A reunião de líderes prevista para a manhã desta terça havia sido cancelada porque o governo não enviou o projeto (PLN) referente aos dispositivos vetados da Lei de Diretrizes Orçamentárias 2020.

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A destinação dos recursos orçamentários e as reformas administrativa e tributária são prioridades para o Congresso segundo o presidente, que buscou entender quando o Executivo pretende encaminhar as propostas a fim de que Câmara e Senado possam organizar um calendário de votação. Davi defende a deliberação das pautas econômicas como ações importantes para a geração de emprego e renda e para a estabilidade e reestruturação das contas públicas.

*Da Agência Senado

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, iniciou a Ordem do Dia do Congresso Nacional, destinada a analisar vetos presidenciais a projetos de lei.

Dentre os vetos pautados, há acordo entre os partidos e o governo para derrubar o veto a alguns itens do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020. Todas as votações serão pelo painel eletrônico.

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Um dos trechos vetados determinava que a execução das emendas deveria observar as indicações de beneficiários e a ordem de prioridades feitas pelos respectivos autores.

Segundo Alcolumbre, como resultado da reunião de líderes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, o veto a esse item será derrubado. O argumento para o veto é de que essa atribuição dada aos parlamentares é “incompatível com a complexidade operacional do procedimento”.

Na segunda votação sobre a LDO 2020, também ficou acertado entre os partidos a derrubada do veto a seis tipos de despesas que não poderão sofrer limitação de empenho (contingenciamento). São elas:

- ações de pesquisas e desenvolvimento e de transferência de tecnologias vinculadas ao Programa de Pesquisa e Inovações para a Agropecuária;

- despesas com o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT);

- despesas com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa);

- despesas com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz);

- despesas com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea); e

- despesas com a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Critérios para contingenciar

Quanto aos demais dispositivos vetados no projeto da LDO, o acordo foi pela manutenção dos vetos. O texto vetado pela Presidência da República dizia que, caso houvesse necessidade de limitar o empenho e o pagamento das emendas de comissão e do relator-geral, seriam aplicados os mesmos critérios usados para as emendas individuais, ou seja, o corte linear segundo a média do que foi aplicado às programações dos ministérios.

Outro ponto previa prazo de 90 dias para o Poder Executivo empenhar o dinheiro destinado a emendas do relator-geral do Orçamento.

Veto total

Alcolumbre informou ainda que a votação dos vetos totais aos projetos de lei 6588/06 e 8322/14 começarão pelo Senado Federal, pois são de autoria dessa Casa. O primeiro deles permitia a quebra do sigilo de correspondência de presos no caso de investigações. O segundo isenta do imposto sobre importação os equipamentos e componentes de geração elétrica de fonte solar.

Sociedade de garantia solidária

Quanto aos quatro itens vetados no Projeto de Lei Complementar (PLP) 106/11, que autoriza a constituição de sociedade de garantia solidária e de sociedade de contragarantia, Alcolumbre disse que a orientação das lideranças será para a derrubada de dois deles.

O primeiro exige um número mínimo de dez participantes, de preferência de micro e pequenos empresários, com participação máxima individual de 10% do capital social.

O segundo item com orientação pela derrubada do veto especifica que os sócios investidores, pessoas físicas ou jurídicas, entrarão com capital nesse tipo de sociedade com o objetivo exclusivo de obter rendimentos. A participação desses sócios investidores, em conjunto, não poderá passar de 49% do capital social da sociedade de garantia solidária.

Com orientação pela manutenção dos vetos, outros dois itens do mesmo projeto tratam da finalidade social desse tipo de sociedade, que seria exclusivamente para a concessão de garantias pessoais ou reais a seus sócios participantes; e da permissão para a sociedade receber recursos públicos e outros tipos de incentivos estatais para o fomento de sua atividade principal.

*Da Agência Câmara Notícias

 

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, disse nessa quarta-feira (5) que a comissão mista especial, criada para discutir a reforma tributária, deverá ser criada “nesta semana, no máximo na próxima”. Segundo ele, a definição dos membros de, a princípio, 15 deputados e 15 senadores, não deve demorar a ocorrer. Questionado pela imprensa assim que chegou ao Congresso, Alcolumbre também afirmou que já existe conciliação entre as duas casas para criação dessa comissão.

“Não há embaraço. A reunião no final do ano passado foi no sentido da conciliação. Naturalmente parte do texto do Senado e parte do texto da Câmara serão incorporados com as manifestações do governo”, disse. Ele acrescentou que o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e o senador Roberto Rocha (PSDB-MA) se reuniram na terça (4) para conversar sobre a definição dos membros da comissão. Ribeiro e Rocha são, respectivamente, relator e presidente da comissão mista.

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Também na terça, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, a reforma sofreu questionamentos. Senadores disseram que não acreditam que a reforma tributária possa ser aprovada ainda neste primeiro semestre. Para eles, o fato de o governo ter decidido apenas dar contribuições a propostas que já tramitam no Congresso, em vez de apresentar projeto próprio, pode atrasar a aprovação.

Prioridade do governo no Congresso em 2020, a discussão em torno de uma reforma tributária ganhou força novamente no ano passado após a aprovação da reforma da Previdência. Tanto a Câmara dos Deputados como o Senado têm propostas de emendas à Constituição sobre a Reforma Tributária, PEC 45/2019 e PEC 110/2019, respectivamente.

Ambas propõem a extinção de diversos tributos que incidem sobre bens e serviços. Eles seriam substituídos por imposto único sobre valor agregado. Os textos serão discutidos em uma comissão mista especial com o objetivo de se tornarem um texto comum, mas o colegiado ainda não foi instalado.

O senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) criticou em Plenário, nesta quarta-feira (5), o que chamou de excesso com gastos de viagens oficiais do presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Segundo o senador, dados extraídos do Portal da Transparência indicam que R$933.285,91 foram destinados a gastos com viagens oficiais em 2019.

Ao afirmar que o valor é o maior dos últimos quatro anos, Kajuru alertou para o fato de que muitos parlamentares foram eleitos nas últimas eleições para atender à expectativa de mudança dos eleitores.

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“Por isso, cabe a pergunta: como fazer um novo Parlamento aumentando despesas quase impossíveis de justificar e adotando velhas práticas que merecem repudio da população?”, questionou.

Kajuru também citou matéria publicada pelo site O Antagonista que indica a existência de 214 assuntos pendentes a serem tratados pela Mesa do Senado, que segundo ele, nunca esteve reunida nessa legislatura.  

“Lembro que, segundo o site de notícias, entre os assuntos que se acumularam sem solução nesse período estão os pedidos de impeachment de ministros do STF, que Alcolumbre decidiu sozinho mandar para o lixo ou para gaveta, lembrando Brindeiro, [procurador-geral da República do governo] de Fernando Henrique Cardoso. Aliás, ele está superando o Brindeiro, o rei da gaveta”, disse.

*Da Agência Senado

 

Projetos de desenvolvimento econômico aliados às pautas sociais são prioridades este ano para o Congresso Nacional, de acordo com o presidente Davi Alcolumbre, que está otimista com a retomada dos trabalhos legislativos nesta segunda-feira (3). Com discurso conciliador, Davi concedeu entrevista à TV Senado neste domingo (3) e apostou no reforço no papel decisório do Parlamento como fiel da balança para fortalecer as instituições e construir uma legislação favorável ao crescimento econômico e ao ambiente democrático.

- Seremos a Casa da ponderação, da moderação e da conciliação, porque o que os brasileiros esperam da gente não é uma briga institucional. O que está assegurado na Constituição é a harmonia e a independência dos Poderes. Eu quero manter esse equilíbrio, o diálogo, o entendimento e colocar a pauta do Senado Federal e do Congresso para trabalhar a favor dos brasileiros, para reaquecer a economia, gerar empregos e melhor qualidade de vida para as pessoas – declarou.

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Davi avalia que as campanhas para as eleições municipais não devem interferir no ritmo das votações no Senado. A ideia, segundo ele, é aproveitar o período depois do Carnaval até a metade do ano para estabelecer uma agenda e cumprir o cronograma respeitando os prazos regimentais. No entanto, adiantou, esse calendário também pode ser acelerado por acordo entre as lideranças políticas.

– Quando a gente tem a alternativa de uma legislação em que há a conciliação, e ela é importante, os líderes podem até abrir mão dos prazos. Esses acordos superam até a regra regimental. Então, se construirmos isso, conseguiremos nesses quatro meses colocar muitas matérias importantes em votação e aprovação, e encaminhar ao Executivo para a sanção – disse.  

Reforma tributária

No topo da agenda prioritária está a reforma tributária com uma proposta de mudança na cobrança de impostos.  Senado e Câmara dos Deputados instalam neste mês uma comissão mista com a tarefa de reunir em um só texto as principais matérias sobre o assunto no Congresso Nacional. O ministro da Economia, Paulo Guedes, já avisou que o Poder Executivo quer sugerir ajustes.

– O cerne da reforma tributária é a simplificação da cobrança dos impostos na vida dos brasileiros. Para a gente dar também uma tranquilidade jurídica porque são portarias, resoluções, instruções normativas, cada estado tem a sua, a União tem a sua, os municípios têm a sua. Com a preocupação de que a gente possa equilibrar uma possível perda de arrecadação dos municípios e dos estados, e que a gente possa conciliar isso para ninguém perder nada – destacou Davi. 

Autonomia do BC

O presidente do Senado ressaltou que também já existe consenso na Casa em torno da aprovação da autonomia do Banco Central. A expectativa é de que a Câmara dos Deputados delibere logo sobre a matéria para que ela possa ser votada pelos senadores. 

– Há esse sentimento dos senadores de dar essa autonomia ao Banco Central porque a gente sabe do papel importante dele. A gente sabe que com a autonomia não haverá ingerências ou interferências de nenhum governo do momento, da ocasião, e é também uma pauta do Senado – declarou.

Davi disse ainda que conversou com o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, no sentido de acertar a articulação das Casas para acelerar a tramitação de matérias mais urgentes.

– Manifestei a nossa preocupação em relação a projetos importantes que tramitaram no Senado e que estão na Câmara dos Deputados ainda com uma certa morosidade de aprovação.  Sugeri à presidência da Câmara que coloque na pauta de votação, ou até mesmo nas comissões, as matérias que o Senado entende que sejam prioridade. E ele aceitou e agora na retomada nós vamos estabelecer esse cronograma, essa ordem de votação das matérias.  

Governo

Davi também considera promissora a articulação com o governo federal para o ano de 2020. Para ele, as eventuais crises geradas por algum episódio ocorrido no Executivo não devem contaminar o Parlamento.

– Acho que às vezes é superdimensionada as participação dos atores da Esplanada, de uma fala ou outra. A gente não tem que se pautar por isso. Então o Parlamento sabe do seu compromisso, sabe do tamanho da sua responsabilidade, e nós seguiremos firmes, de cabeça erguida trabalhando a favor do Brasil sem nos preocuparmos diretamente com esses ruídos que acontecem no decorrer do processo político.

Saneamento básico

O Marco Legal do Saneamento Básico (PL 4.162/2019), já aprovado na Câmara, é também prioridade na agenda do Senado. O modelo proposto abre mais caminho para o envolvimento de empresas privadas no setor. Para Davi, a nova legislação deverá diminuir as desigualdades regionais em relação a esses serviços.    

– Você tem regiões que são muito carentes de saneamento. Saneamento é saúde para as pessoas. Você tem regiões do Brasil que estão pendentes, aguardando. E o Estado não tem capacidade de investimento. Então, a nova lei vai possibilitar que os investidores privados, o setor privado possa confiar e investir no Brasil.   

Coronavírus

Em relação ao coronavírus, Davi informou que esteve em contato com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e enfatizou o papel de liderança do Brasil na América do Sul, pela experiência e pela confiança dos demais países.  Ele apoia uma possível decisão do governo de trazer os brasileiros que estão em Wuhan, na China, epicentro da contaminação.

– Acho que se o governo optar por fazer isso, pode buscar esses brasileiros, fretar essa aeronave, isso não é um custo tão alto para o Brasil. Acho que não tem nenhum impasse sobre isso, são brasileiros, e se nós pudermos fazer esse gesto de buscar, colocá-los para cumprir essa quarentena, não necessariamente precisa de uma lei, acho que isso é uma decisão – avaliou.

Otimismo

Para Davi, a expectativa de crescimento de 2,5% em 2020 é a garantia de mais empregos e renda, melhoria na arrecadação e no repasse de recursos para estados e municípios. O clima é de otimismo com as mudanças que começaram a ser implementadas no ano passado por um Parlamento que renovou mais da metade dos seus quadros.

– A gente conseguiu em 2019 estabelecer um ritmo do Senado Federal no que diz respeito às pautas das reformas importantes para dar a estabilidade que o Brasil precisava. E a gente vê já os movimentos no sentido de confiança no Brasil, a perspectiva de crescimento, a geração de emprego, a retomada da economia. E isso é fruto desse trabalho do Congresso – concluiu.

Da Agência Senado

O presidente do Senado e do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre, afirmou nessa quinta-feira (23) que "decisão judicial não se contesta". Ele fez essa declaração ao comentar a liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux que suspendeu por tempo indeterminado a implementação do chamado juiz de garantias. Essa figura está prevista no pacote anticrime, que foi aprovado pelo Congresso Nacional em dezembro.

"Como se trata de uma decisão monocrática, vou aguardar a manifestação do Plenário da Suprema Corte para me posicionar como presidente do Senado e chefe de Poder Legislativo", disse.

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Davi ressaltou que o país tem poderes independentes, mas que "a harmonia entre eles é o que permite a sobrevivência da República".

"No Brasil, as atribuições dos três poderes são muito claras. A harmonia e o respeito entre os poderes é fundamental. Mas a responsabilidade de legislar é do Parlamento", acrescentou.

Essas declarações foram feitas em Salvador, durante a cerimônia de inauguração do Centro de Convenções Antônio Carlos Magalhães.

*Da Agência Senado

O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM), afirmou, nesta sexta-feira (17), que como judeu repudia a fala do secretário de Cultura, Roberto Alvim, parafraseando o ministro da Propaganda da Alemanha Nazista, Joseph Goebbels, em um vídeo em que faz projeções para a cultura no Brasil.

Assim como o ministro auxiliar de Adolf Hitler, Alvim disse que a “arte brasileira da próxima década será heroica” e “imperativa”. Goebbels usou os mesmos termos para tratar da arte alemã, segundo relata o livro “Joseph Goebbels: Uma biografia”, do historiador alemão Peter Longerich.

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Na avaliação de Alcolumbre, a fala foi uma “assombrosa inspiração” e totalmente descabida. “No interior do Amapá, em Ariri, participando da retomada do programa 'Luz para Todos", somente agora tive o desprazer de tomar conhecimento do acintoso, descabido e infeliz pronunciamento de assombrosa inspiração nazista do secretário de Cultura Roberto Alvim, do governo federal”, escreveu.

“Como primeiro presidente judeu do Congresso Nacional, manifesto veementemente meu total repúdio a essa atitude e peço seu afastamento imediato do cargo”, emendou o senador democrata.

O presidente do Senado ainda acrescentou: “É inadmissível termos representantes com esse tipo de pensamento.E, pior ainda: que se valha do cargo que ocupa para explicitar simpatia pela ideologia nazista e, absurdo dos absurdos, repita ideias do ministro da Informação de Adolf Hitler, que infligiu o maior flagelo à humanidade”.

Mais cedo, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chegou a usar o Twitter para pedir o afastamento urgente do secretário. “O secretário da Cultura passou de todos os limites. É inaceitável. O governo brasileiro deveria afastá-lo urgente do cargo”, escreveu o democrata.

Nos corredores do Palácio do Planalto já é aguardado o anúncio da demissão do secretário de Cultura. 

Com dificuldades na articulação política no Congresso, o presidente Jair Bolsonaro conta com a atuação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para evitar atrasos na aprovação do novo marco legal do saneamento, uma das prioridades do Palácio do Planalto para o ano e considerada essencial pela área econômica para destravar investimentos no setor. O senador, que é próximo do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, tem atuado nos bastidores como um "avalista" de projetos do governo, destaca o jornal O Estado de S. Paulo.

Na avaliação do Planalto, Alcolumbre está mais alinhado às pautas de interesse do Executivo do que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), visto como um político com agenda própria. Apesar de apoiar as propostas econômicas de Bolsonaro e de ter sido chamado até de "primeiro-ministro" durante a tramitação da reforma da Previdência, Maia com frequência faz críticas ao governo e à relação do presidente com o Congresso.

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No caso do saneamento, a estratégia de Alcolumbre é costurar um acordo para que o texto seja analisado no Senado logo na volta do recesso parlamentar, em fevereiro, e encaminhado diretamente para sanção presidencial. "Devemos concluir a votação do saneamento até a primeira quinzena de março", disse o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), em sintonia com o presidente da Casa.

O projeto foi aprovado pela Câmara no ano passado e é tratado no governo como prioridade, ao lado do pacote do ministro Paulo Guedes (Economia). Como o Estado revelou no domingo, empresários chineses estão com olhos voltados no setor de saneamento, mas aguardam a aprovação do novo marco legal para investir. A proposta abre caminho para a privatização de estatais, que, segundo dados do governo, podem valer R$ 139 bilhões.

O grupo China Railway Construction Corporation, um dos maiores em infraestrutura, já está em conversas para comprar uma parte da Sabesp, companhia de tratamento de água e esgoto em São Paulo.

O acordo previsto por Alcolumbre, e apoiado pelo governo, envolve barrar alterações no mérito da proposta, o que, pelas regras do Congresso, obrigaria uma nova análise pelos deputados. Na Câmara, o projeto só passou após um acerto com parlamentares do Nordeste para aumentar a sobrevida dos contratos assinados entre prefeituras e estatais sem licitação. A negociação, na época, contou com a participação do presidente do Senado.

Senadores aliados a governadores do Nordeste, mais resistentes à proposta, admitem apoiar o texto do jeito que passou na Câmara. "O relatório aprovado na Câmara está bem razoável e dá condição de as empresas dos Estados caminharem para uma privatização com mais valorização dos seus ativos", afirmou o líder do PSD no Senado, Otto Alencar (BA), aliado do governador da Bahia, Rui Costa (PT).

O projeto prevê o fim dos chamados contratos de programa, assinados entre prefeituras e empresas estaduais sem licitação, e a substituição pelos contratos de concessão, permitindo participação da iniciativa privada.

O texto aprovado na Câmara autoriza a renovação dos contratos das empresas estatais por mais 30 anos, desde que o processo ocorra até março de 2022. O prazo foi uma condição colocado por governadores e parlamentares para apoiar a proposta.

O presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, Marcos Rogério (DEM-RO), afirmou que a estratégia de Alcolumbre não é a ideal. Rogério concorda com essa articulação, porém, pela importância do tema. "Impedir que o Senado faça ajuste não é o melhor caminho, mas espero que o texto esteja redondo, pronto, e que ajustes não sejam necessários", afirmou. A comissão presidida por Rogério será a primeira a analisar a proposta na volta do recesso.

"Alcolumbre está muito próximo do presidente Bolsonaro, tem acentuado essa aproximação em várias agendas muito mais que o presidente da Câmara. Nós não concordamos e vamos tentar alterar o projeto", disse líder da Rede no Senado, Randolfe Rodrigues (AP).

'Fiador'

Esta não é a primeira vez que Alcolumbre atua como uma espécie de fiador de pautas do governo. Um dos exemplos foi a tentativa de tornar o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, embaixador nos Estados Unidos. Apesar do esforço, o governo não conseguiu votos e o presidente da República recuou da indicação.

O movimento para chancelar uma proposta do governo sem alterá-la para evitar atrasos também foi usada no caso das mudanças nas aposentadorias dos militares. O Senado aprovou o projeto com o mesmo conteúdo da Câmara, garantindo uma reestruturação na carreira apoiada pelo presidente Jair Bolsonaro.

"Davi tem temas que são importantes para o País e tem feito esse esforço. Nas pautas estruturantes, ele terá um protagonismo em defesa do Brasil independente da ação política do governo", disse Rogério. Para ele, a relação entre o Planalto e os parlamentares ficou "mais alinhada" pela articulação do presidente do Senado.

Como contrapartida, Alcolumbre foi atendido ao longo do ano passado na liberação de recursos para emendas parlamentares indicadas por eles e por aliados, além da nomeação para cargos na máquina pública, como no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). 

Uma equipe de quatro assessores lotados no gabinete do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), recebeu R$ 20 mil de diárias durante o período de recesso parlamentar. O valor foi pago para o grupo assessorar Alcolumbre em Macapá, embora o presidente do Senado não tenha permanecido todos os dias em seu reduto eleitoral.

Em 20 de dezembro, Giulia Raphaela Lima Carrera, Marcos David da Costa Brandão, Ana Tereza Lyra Campos Meirelles e Paulo Augusto de Araujo Boudens viajaram para o Amapá. Com a comitiva ainda foram oito policiais legislativos. Ao todo, as despesas com diárias no recesso de fim de ano para a equipe do presidente do Senado alcançaram R$ 80 mil.

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Giulia Raphaela Carrera e Paulo Augusto de Araujo Boudens, por exemplo, receberam dez diárias, incluindo o benefício pago nos dias de Natal e nos quais Alcolumbre estava em Brasília, como ele próprio informou em manifestações nas redes sociais.

'Preparativos'

Por meio de nota, o Senado confirmou que Alcolumbre não ficou no Amapá durante todo o período do recesso de fim de ano, mas que os servidores ganharam as diárias porque "permaneceram no Estado cuidando dos preparativos para os eventos subsequentes" no Estado. A assessoria da Casa afirmou ainda que os quatro assessores não cometeram nenhuma irregularidade ao receber as diárias durante a viagem oficial, já que todos são lotados em Brasília.

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