Tópicos | Egito

Um tribunal egípcio condenou neste sábado 75 pessoas à morte, incluindo os principais líderes da Irmandade Muçulmana, por envolvimento em um protesto de 2013 liderado por islamitas e que foi contido por forças de segurança, em uma operação que deixou centenas de mortos. Num caso envolvendo 739 réus, que enfrentavam acusações que variam de assassinato a danos à propriedade, o tribunal também condenou à prisão perpétua o chefe do Irmandade, Mohammed Badie e 46 outros.

Mahmoud Abu Zaid, um fotojornalista conhecido como "Shawkan", cuja prisão foi criticada por grupos de direitos humanos dentro e fora do Egito, recebeu uma sentença de cinco anos de detenção. Ele foi preso em agosto de 2013, o que significa que deveria ser liberado nos próximos dias.

##RECOMENDA##

Vários julgamentos em massa de islamitas, que renderam dezenas de sentenças de morte, foram realizados no Egito desde 2013, quando os militares, liderados pelo Presidente Abdel-Fattah el-Sissi, derrubaram um presidente islamita proveniente da

Irmandade, grupo que passou a ser proibido e designado como terrorista. Algumas

das sentenças de morte foram anuladas em recurso.

Os julgamentos e sentenças de morte egípcios relacionados ao protesto de 2013 têm consistentemente recebido críticas contundentes de grupos de direitos humanos internacionais, que têm considerado o processo um escárnio da justiça. Neste sábado, a Anistia Internacional condenou as sentenças do mais recente julgamento.

"As autoridades egípcias deveriam ter vergonha. Exigimos um novo julgamento em um tribunal imparcial e no pleno respeito do direito a um julgamento justo para todos réus, sem recorrer à pena de morte ", disse a diretora da Anistia Internacional, Najia Bounaim. O grupo baseado em Londres também destacou que nenhum membro das forças de segurança enfrentou processos judiciais sobre o que chamou de massacre, ocorrido quando a polícia dispersou o protesto, em 14 agosto de 2013.

Fonte: Associated Press

O Egito aprovou uma lei que impõe regras sobre as redes sociais para combater a propagação de notícias falsas.

A lei, publicada no periódico oficial do país neste sábado, coloca contas de redes sociais com mais de 5 mil seguidores sob supervisão da princial autoridade de imprensa, que pode bloqueá-las se descobrir que elas estão divulgando desinformação.

##RECOMENDA##

Em agosto, o presidente Abdul Fatah Khalil Al-Sisi ratificou uma lei contra crimes virtuais, dando às autoridades poder para bloquear sites que publiquem conteúdos considerados "ameaças à segurança nacional".

A Anistia Internacional criticou as duas leis numa declaração publicada em julho, dizendo que elas "dão ao Estado controle quase total sobre a mídia impressa, online e televisiva".

O Egito tem regularmente prendido jornalistas como parte da repressão à dissidência desde a derrubada do presidente Mohamed Mursi por meio de um golpe militar em 2013. Fonte: Associated Press.

Mãos cruzadas, olhos fixamente fechados e Ahmed parece não se abalar com nenhum barulho. Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens

##RECOMENDA##

Faltam quinze minutos para o meio-dia e a preparação sagrada tem início. É preciso deixar o ofício de lado e preparar os ajustes necessários para a purificação do corpo. Ahmed Mahmoud, 34, avisa ao companheiro de trabalho que vai se ausentar e leva com ele uma garrafa de água sanitária e um par de chinelos. Ele se encaminha ao banheiro e poucos minutos depois retorna ao local de trabalho. O tênis deu lugar a sandália limpa e seu corpo tem cheiro de sabonete. Rapidamente, ele recolhe um pedaço de papelão de dentro de um caixote e o alinha no chão em um local já pré-determinado com uma bússola. Descalço e com os joelhos apoiados na superfície do material e o rosto virado para o leste, na direção de Meca, Ahmed inicia pontualmente, 12h, a segunda oração (Salát Addohr) das cinco que deve realizar ao longo de seu dia. Mãos cruzadas, olhos fixamente fechados e Ahmed parece não se abalar com nenhum barulho.

A circulação de pessoas aumenta com a chegada do horário de almoço, o ruído dos carros é intenso, o anúncio de preços mais baixos e promoções não param de ser ditas pelos comerciantes; os olhares se arregalam de estranhamento quando visualizam a oração islâmica em público. Cochichos, comentários e pouca sutileza dos novatos que circulam pela área. Por outro lado, quem trabalha por lá já se acostumou com o momento de oração de Ahmed. O cenário é o famoso Mercado de Prazeres, na cidade de Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife.

A mais de oito mil quilômetros de distância da sua terra natal, a cidade de Ismaília, localizada na margem ocidental do Canal de Suez, no Egito, o vendedor de frutas Ahmed Mahmoud Abo Elmgd chegou ao Brasil há quatro anos e desembarcou em Pernambuco. Quem conversa alguns minutos com o imigrante percebe que o português ainda escorrega e parece um trava-língua para quem falou árabe por toda a vida. O sotaque carregado ainda é muito forte e o aplicativo da traduções simultâneas instalado em seu celular é o companheiro de todas as horas. “Ajuda demais quando estou sem saber como falar uma palavra que só nordestino sabe”, diz.

Arte: Chico Peixoto/LeiaJáImagens

Conhecido pela clientela da feira como o homem das uvas mais doces e saborosas, o egípcio, que apesar de ser mais contido, gosta de conversar e falar principalmente da cultura de seu país. Ele contou que veio ao Brasil por causa de uma história de amizade e amor no Facebook. Em meados de 2012, Ahmed conheceu a esposa Daniela Carvalho, 34, no site e os dois foram bons amigos por cerca de um ano. “Eu não sabia falar português, mas usava o tradutor e a gente conseguia conversar bem”, explica. A amizade se tornou um relacionamento sério e o egípcio decidiu que era a hora de mandar uma passagem para a amada ir ao seu encontro no Egito. “Eu fui até o Cairo e fiquei esperando ela no aeroporto. Aquilo era comum para mim porque na minha terra a gente gosta muito de viajar e conhecer outras culturas. Se você procurar, tem egípcios em todos os cantos do mundo”.

Daniela e Ahmed viveram por cerca de um ano em Ismaília, antes de retornarem ao Brasil. No início, ele conta que a companheira morava junto com a família dele, mas não podiam dormir no mesmo quarto, já que a cultura islâmica é diferente e é preciso o casamento antes de qualquer relação amorosa ou carnal. “É a nossa lei e durante o processo em que ela esteve lá, fomos dar entrada em todas as documentações para casar. Embaixada do Egito, do Brasil e muitos papéis. A gente podia ir preso se ela dormisse comigo antes do casamento”, revela o egípcio. A papelada para a união dos dois demorou porque o Egito não faz parte da Convenção de Haia. Então, todos os documentos que serão usados no território egípcio precisam ser consularizados no Ministério das Relações Exteriores para terem validade fora do Brasil.

“Daniela teve que se converter ao islamismo para que a gente pudesse ficar junto. Fico muito feliz que ela é muçulmana e tento ensinar para ela todos os dias um pouco da religião e de como se portar”. Em 2014, o casal voltou ao Brasil e passou a viver em Prazeres. Ele conseguiu um trabalho em uma empresa privada no ramo deborracharia, mas as dificuldades clássicas que muitos imigrantes enfrentam no país logo apareceram. “Eu não tinha carteira assinada e há muita burocracia para conseguir emprego assim. Trabalhava muito com as mãos o dia todo e recebia pouco”, relembra Ahmed.

O filho Adam Ahmed Mahmoud Abo Elmgd Mahmoud, 2, o pai Ahmed Mahmoud e a esposa pernambucana Daniela Carvalho. Fotos: Arquivo Pessoal

Em meados de 2015, Daniela e Ahmed descobriram que estavam esperando um bebê e um tempo depois, ela deixou de trabalhar para cuidar da criança. O egípcio assumiu seu lugar na Feira de Prazeres, onde ela trabalhava desde a infância no negócio da família. Na sua barraca, há muitos caixotes. O egípcio afirma que aprendeu a trabalhar na feira com facilidade.

Laranja, abacaxi, manga, mamão e outras frutas que Ahmed nunca tinha ouvido falar agora são o seu ganha pão. Porém, o que mais vende é a uva sem semente. Desde então, há quase três anos, o egípcio trabalha de domingo a domingo em um expediente que se inicia às 6h e só tem fim por volta das 19h. O único dia que ele precisa se ausentar da feira é nas manhãs das sextas-feiras. Ele participa das orações coletivas no Centro Islâmico do Recife, localizado no bairro da Boa Vista. “Alguns dias da semana também acordo mais cedo ainda para ir na Ceasa comprar os produtos de qualidade”, conta.

Quando vivia no Egito com a família, ele trabalhava no ramo gastronômico, era cozinheiro. “Aqui é muito difícil oportunidade de carteira assinada para imigrante. Eu também não sei falar a língua muito bem e por enquanto o comércio é o meu trabalho. Aprendi a me comunicar aqui e sou grato a Deus por isso. O problema é que se eu ficar doente, não tenho como levar dinheiro para casa e pagar o aluguel”, lamenta. Um de seus sonhos é montar o seu negócio de comida árabe em Pernambuco para dar melhores condições a sua família e fazer o que mais gosta.

Laranja, abacaxi, manga, mamão e outras frutas que Ahmed nunca tinha ouvido falar agora são o seu ganha pão. Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens

No Egito, a maioria da população é muçulmana com uma porcentagem que varia de 80% a 90% conforme diferentes fontes. O restante é - 10% a 20% - em grande parte cristãos, a maioria pertencente à Igreja Ortodoxa Copta. Ahmed adora falar de seu país e de como as diferenças podem ser explicadas e traduzidas para os brasileiros sem o uso de violência ou intolerância. “Já sofri muito preconceito no Brasil porque não conhecem a minha cultura e minha religião. Chamam de homem bomba, que sou terrorista e vou explodir alguma coisa”, lamenta.

Apesar das piadas, da islamofobia e da falta de conhecimento e acolhimento de muitos brasileiros, o egípcio faz a ressalva de que não revida o preconceito que sofre de alguns. O choque de cultura é forte, confessa o egípcio, mas para ele isso não pode justificar a falta de tolerância. “Eu sempre fui ensinado na minha família que tenho de dar o exemplo para o outro. Muçulmanos são pessoas da paz e não de briga. Não posso ficar tratando ninguém mal porque ele não conhece minha cultura, sabe? Então eu explico, apresento e mostro tudo como é de verdade. Não somos terroristas”, complementa.

"Já sofri muito preconceito no Brasil. Chamam de homem bomba, que sou terrorista e vou explodir alguma coisa. Não revido, mas procuro explicar". Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens

Ao falar sobre os conflitos no Egito, em 2011, conhecidos como “Primavera Árabe”, em que manifestações populares pediam a saída do presidente ditador Mohammed Hosni Mubarak, que se encontrava há 30 anos no poder do país, o imigrante egípcio diz que não participou dos movimentos e protestos. “Isso aconteceu em Cairo, eu moro um pouco mais afastado a cerca de 120 quilômetros. Trabalhava muito na época e minha família ficava em casa. Somos mais tradicionais porque a polícia é muito severa”, afirma. Para ele, a saída do Mubarak trouxe melhorias para o seu país e os conflitos diminuíram. O presidente do Egito, Abdel Fatah Al Sissi, foi reeleito para um segundo mandato com 97% dos votos.

“Lá não tem muita guerra, mas as pessoas espalham muitas coisas que não sabem. A situação está bem melhor e o turismo melhorou. O problema é que o jornal só mostra as coisas ruins”, comenta. Entre o atendimento de um cliente e outro, Ahmed lembra que nunca foi roubado na sua terra natal e que a violência é muito menor em comparação com Pernambuco. “Ladrão lá não rouba na luz do dia. As pessoas vendem ouro na rua, os bancos ficam abertos sem muita segurança. Aqui já fui roubado de bicicleta. Levaram o meu celular”. O Brasil foi o país com o maior número de cidades entre as 50 mais violentas do mundo em 2016, segundo a lista divulgada pela ONG mexicana Conselho Cidadão para Segurança Pública e Justiça Penal.

[@#podcast#@]

Para o vendedor, todos os egípcios são bons por natureza porque bebem da água do Rio Nilo. Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens

O imigrante, que já vive em Pernambuco há quatro anos, diz que trabalha muito e não tem tanto tempo para lazer, mas gosta da praia e dos shoppings. Saudoso, ele diz que existem pontos no Brasil que o lembram de seu país. A relação de amor do brasileiro pelo futebol é semelhante. Ahmed conta que, apesar do futebol africano não ter tanto status como o da Europa ou América do Sul, a disputa lá é acirrada e todos dão o sangue dentro de campo. “O time da minha cidade é muito bom, já ganhou a Copa da África algumas vezes”, orgulha-se. Mas, o ponto alto da conversa sobre o esporte mais querido dos dois países vem à tona quando falamos do ponta-direita e jogador do Liverpool, Mohamed Salah.

Craque da seleção egípcia e finalista da última Liga dos Campeões da UEFA, Salah é endeusado não só por Ahmed, mas por boa parte dos egípcios. “Ele faz muito por nós, na nossa terra. Constrói escolas, hospitais, paga salários e faz tudo o que pode para ter um Egito melhor a cada dia. Salah não faz isso porque ele tem dinheiro, sabe? Ele faz porque ele é bom, porque ele é egípcio. Nós temos isso em nosso sangue”, crava. Para o vendedor, todos os egípcios são bons por natureza porque bebem da água do Rio Nilo. “Quem come da nossa terra sagrada citada na Bíblia, é bom”, diz emocionado. Em Pernambuco, ele calcula que já conheceu quatro conterrâneos e são todos "irmãos de sangue". De acordo com dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, são mais de 3 mil egípcios vivendo no país. A estimativa é que em 2018 o número seja maior.

Ahmed diz que não sabe de seu futuro, se será no Brasil ou na terra amada, mas sente muita saudade da família e da cultura, principalmente. “Brasil me acolheu bem, as pessoas gostam de mim e não sei se ainda consigo voltar a morar longe porque tenho família aqui agora. Mas quero visitar meus pais ano que vem, levar meu filho e minha esposa”, conta. Ele também procura ensinar árabe para o pequeno filho; dessa forma, quando o menino estiver mais velho, poderá escolher onde quer morar. “Ele é muito esperto. Eu ensinei a ele todos os animais e o garoto aprendeu tudo já”.

O imigrante de traços fortes e espontaneidade leve espera que financeiramente a vida melhore, mas entrega nas mãos da fé o seu futuro. Os sonhos ainda são muitos, entre eles visitar a cidade de Meca, na Arábia Saudita, considerada a mais sagrada no mundo para os muçulmanos. A peregrinação é um dos cinco pilares do Islã que todo fiel deve cumprir pelo menos uma vez em sua vida se tiver meios para isso. Caso continue morando em Pernambuco, Ahmed Mahmoud quer abrir um restaurante próprio para trabalhar no ramo da comida árabe e continuar apresentando um pouco de sua cultura aos brasileiros. “Um dia quem sabe eu consigo ter meu próprio negócio e trabalhar com o que amo”, finaliza.

Todos os domingos, no programa do Faustão, as bailarinas dão um show de dança entre as canções que são tocadas nos intervalos da atração e no quadro "Ding Dong". As pupilas do coreógrafo Sylvio Lemgruber não se limitam só a trabalhar com Fausto Silva, como fez recentemente Lorena Improta, que vem se dedicando aos seus projetos artísticos.

Seguindo a intuição de que pode ir além da televisão, Fernanda Batista não faz mais parte do quadro de dançarinas do programa da Globo. A moça resolveu se mudar para o Egito na companhia do namorado Rodriguinho, ex-jogador do Corinthians. Rodriguinho passou a integrar o time egípcio Pyramids.

##RECOMENDA##

No Instagram, Fernanda publicou uma foto em que aparece vestida com uma burca, deixando para trás toda a sensualidade dos figurinos que mostrava na televisão e também no cotidiano.

A modelo criou o "Desapego da Fer", e colocou a cunhada para organizar as vendas das peças. "Estou fazendo isso, exclusivamente, porque tem algumas peças que não poderei usar", explicou.

[@#video#@]

Uma equipe de cientistas italianos e egípcios informou ter descoberto no sul do Cairo, no Egito, o queijo mais antigo do mundo entre corpos mumificados que datam de 3,2 mil anos a. C. De acordo com o estudo publicado no periódico Analytical Chemistry nesta terça-feira (7), apesar do queijo já ser um dos alimentos mais arcaicos, o pedaço milenário encontrado chega a atingir o nível científico.

Os pesquisadores descobriram o pedaço de queijo -mix de cabra, de vaca e de ovelha- coalhado no Egito nos tempos dos faraós. A "massa esbranquiçada" foi encontrada durante as escavações da tumba de um alto funcionário em Saqqara, no sul do Cairo. "É provavelmente o mais antigo resíduo sólido de queijo já encontrado até agora", enfatiza o estudo da Universidade de Catania e Cairo.

##RECOMENDA##

A pesquisa estabelece, além disso, o período em que a produção de laticínios se desenvolveu no antigo Egito e é capaz de determinar os hábitos socioeconômicos e culturais que se derivaram dessa prática. O túmulo em que estava o queijo foi descoberto por alguns caçadores em 1885, mas a sua localização nunca tinha sido registrada e o sepulcro se perdeu embaixo das areias do deserto do Saara. Somente, então, em 2010 ele foi redescoberto por um grupo de arqueólogos da Universidade do Cairo.

O uso da proteômica -área que estuda o conjunto de proteínas em uma amostra- em resíduos de comidas antigas é ainda um campo inexplorado e poderia levar a novos desenvolvimentos em inúmeras disciplinas. O queijo encontrado era destinado à viagem eterna do proprietário da tumba: Pthames, prefeito de Tebe e oficial durantes os reinos de Seti I e Ramses II (1290-1213 a.C.). O time de pesquisadores foi coordenado pelo professor Enrico Ciliberto e a responsável pelas escavações arqueológicas foi a professora Ola el-Aguizy. As investigações também permitiram que fosse traçada uma sequência peptídica atribuída à bacteria Brucella melitensis, causadora da brucelose, doença conhecida como "febre mediterrânea". Essa infecção foi espalhada por todo o Antigo Egito.

Até agora, as provas dessa difusão derivam dos efeitos revelados nos restos de algumas múmias, mas o estudo permite também "acessar o primeiro caso absoluto da presença de brucelose na época faraônica através de provas biomoleculares", contaram à ANSA os realizadores do estudo.

Da Ansa

A Associação de Futebol do Egito (EFA, na sigla em inglês) confirmou nesta quarta-feira o mexicano Javier Aguirre como novo técnico da seleção do país. Ele substituirá o argentino Hector Cuper, que comandou a equipe na Copa do Mundo da Rússia.

A entidade, no entanto, não deu mais detalhes sobre o acerto. Apenas informou que a coletiva de apresentação de seu novo treinador acontecerá nesta quinta-feira. Aguirre, de 59 anos, foi jogador e atuou pelo México na Copa do Mundo de 1986. Depois chegou a comandar a seleção do seu país por duas vezes, em 2001/2002, e em 2009/2010.

##RECOMENDA##

Aguirre também comandou times do futebol espanhol, como Atlético de Madrid, Osasuna, Zaragoza e Espanyol. Ainda treinou o Japão, entre 2014 e 2015. Sua última equipe foi o Al-Wahda, dos Emirados Árabes.

Cuper vivia a expectativa de seguir no comando do Egito, mas a fraca campanha no Mundial da Rússia fez com que ele fosse substituído. A seleção chegou badalada por ter o astro Salah na equipe, mas deu adeus na primeira fase após três derrotas para Uruguai (1 a 0), Rússia (3 a 1) e Arábia Saudita (2 a 1).

O Egito voltou a ficar em alta no futebol internacional neste ano não só pela grande fase de Mohamed Salah, do Liverpool, ou pela participação da seleção na Copa do Mundo da Rússia. Um excêntrico milionário saudita tratou de colocar o futebol do país em evidência no mercado de transferências ao investir mais de R$ 135 milhões em 22 contratações, cinco delas de jogadores brasileiros e mais o técnico Alberto Valentim, que estava no comando do Botafogo.

Pyramids é o novo rico do futebol das areias. O clube foi comprado há poucos meses pelo xeque Turki Al-Sheikh, presidente do Comitê Olímpico da Arábia Saudita e primo do príncipe do país. O milionário chegou recentemente ao futebol egípcio, quando ainda era presidente de honra do time local mais vitorioso, o Al Ahly, para depois investir em outra equipe.

##RECOMENDA##

Turki se irritou com a diretoria por considerar que merecia ser tratado com mais honrarias, com a chance de posar para fotos e receber mensagens de agradecimento de jogadores contratados. O clube octocampeão continental não quis ceder aos seus caprichos e causou a ira no saudita. A decisão dele foi romper relação e comprar um coadjuvante time local, o Al Assiouty, para transformá-lo em uma potência do nível do agora desafeto Al Ahly. Quem ganhou com isso foi o futebol egípcio, mais atrativo agora.

O xeque trocou o nome da nova equipe e não tem economizado nas contratações. São propostas irrecusáveis, que beiram os milhões de reais. Trouxe para ser treinador Alberto Valentim, também com passagem pelo Palmeiras, e investiu em brasileiros como Keno (Palmeiras), Rodriguinho (Corinthians), Ribamar (Atlético-PR), Carlos Eduardo (Goiás) e Arhur Caike (Chapecoense). O exagero foi tanto que o clube excedeu a cota de estrangeiros e já repassou Arthur.

O Pyramids oferece atrativos enormes. Carro e casa de luxo, tradutor e salários gordos. O dono saudita disse aos brasileiros e aos quatro jogadores da seleção egípcia trazidos nesta janela que quer mostrar aos rivais do Al Ahly que tem potencial para liderar um time vencedor.

A imprensa calcula que o elenco passou a valer cerca de R$ 260 milhões. Grande parte das contratações veio do Zamalek. O time recebeu aproximadamente R$ 70 milhões com as negociações e chegou a vender atletas por valores cinco vezes acima do esperado. Para os brasileiros, o montante investido passou de R$ 100 milhões.

Um tribunal do Egito condenou 75 pessoas à morte neste sábado, incluindo membros do alto escalão do grupo Irmandade Muçulmana, por seu envolvimento em um protesto em 2013, informou a mídia estatal. O Tribunal Criminal do Cairo encaminhou as sentenças ao grão-mufti Shawqi Allam, máxima autoridade muçulmana do país - uma formalidade prevista em lei em casos de punição capital. Embora a opinião do grão-mufti não tenha peso legal, pode levar um juiz a reverter uma decisão inicial. Os condenados podem recorrer da sentença.

As sentenças de outras 660 pessoas envolvidas no caso devem ser anunciadas em 8 de setembro, de acordo com o website Al-Ahram.

##RECOMENDA##

Dos 75 réus condenados à morte neste sábado, 44 estão presos e 31, foragidos. O tribunal costuma aplicar a pena máxima a foragidos, mas normalmente há um novo julgamento quando eles são capturados.

O caso envolve um total de 739 réus, entre eles o líder supremo da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badie, e o fotojornalista Mahmoud Abu Zeid. As acusações variam de assassinato a danos à propriedade pública. Nem Badie nem Abu Zeid foram condenados à morte neste caso.

O protesto de 2013, na praça Rabaa al-Adawiya, no Cairo, foi em apoio ao ex-presidente Mohammed Morsi, que tinha sido deposto por militares após grandes manifestações populares contra seu governo. Morsi era membro da Irmandade Muçulmana.

O protesto foi dispersado de forma violenta em 14 de agosto de 2013. Mais de 600 pessoas foram mortas. Meses depois, o Egito declarou a Irmandade Muçulmana uma organização terrorista. Autoridades egípcias iniciaram uma forte campanha de repressão contra membros e apoiadores da Irmandade. Tribunais do país realizaram julgamentos em massa e condenaram centenas de pessoas à morte, gerando críticas da comunidade internacional.

Em 2014, um juiz egípcio condenou 529 apoiadores de Morsi à morte, mas um novo julgamento foi ordenado após uma série de procedimentos legais.

Grupos de defesa de direitos humanos vêm criticando essas condenações em massa no Egito e pedindo que as autoridades garantam julgamentos justos. No mês passado, a Anistia Internacional classificou o julgamento em massa do protesto de 2013 uma "paródia grotesca de justiça", e pediu que autoridades retirem todas as acusações contra aqueles que foram presos por protestar de forma pacífica. Fonte: Associated Press.

Um zoológico da cidade do Cairo, no Egito, se envolveu em uma polêmica após ser acusado de pintar listras em um burro para fazer o animal se parecer com uma zebra. A denúncia surgiu após um visitante notar que o bicho apresentava uma aparência estranha. As informações são da CNN.

Mahmoud Sarhan, de 18 anos, disse que estava visitando o zoológico recentemente inaugurado quando viu um animal de aparência estranha. O visitante afirma ter notado que o rosto do bicho estava manchado com uma tinta preta, e que suas orelhas não pareciam do tamanho correto para uma zebra.

##RECOMENDA##

Ele postou uma foto do bicho em sua página no Facebook, que rapidamente viralizou e já acumula 10 mil curtidas e quase 8 mil compartilhamentos. O diretor do zoológico, porém, negou a acusação após ser questionado por uma emissora local, acrescentando que os animais são bem cuidados e inspecionados regularmente.

A CNN mostrou as imagens para uma líder da ONG de defesa dos animais PETA. "Nenhum estabelecimento respeitável submeteria um animal nervoso como um burro ao estresse de ser pulverizado com produtos químicos como tinta, o que poderia causar uma dolorosa reação alérgica, e a PETA espera que as autoridades do Cairo estejam investigando o assunto", disse a vice-presidente Delcianna Winders.

LeiaJá também

--> Cavalo pintado por crianças gera revolta na internet

Em Alexandria, no Egito, arqueólogos encontraram um enorme sarcófago de granito preto, intocado por mais de 2 mil anos. Nele, foram encontrados três esqueletos e água de esgoto vermelha com um odor insuportável, segundo publicações. Mesmo assim, quase 22 mil pessoas assinaram uma petição online para tomar o líquido; a meta é chegar em 25 mil. O criador da petição, Innes McKendrick, acredita que bebendo o líquido poderá assumir algum poder.

"Precisamos beber o líquido vermelho do maldito sarcófago escuro na forma de algum tipo de bebida energética carbonatada para que possamos assumir seus poderes e finalmente morrer", descreveu o autor da petição. Segundo investigações iniciais, o líquido pode ter entrado no sarcófago por conta das tubulações de esgoto que passam próximo. Especialistas dizem que o líquido pode ter feito a decomposição das múmias.

##RECOMENDA##

Segundo publicado pela BBC, os indivíduos podem ter sido soldados no tempo dos faraós. O sarcófago tem quase dois metros de altura e três de comprimento, sendo o maior do gênero já encontrado intacto, pesando cerca de 27 toneladas. 

A modelo belga Marisa Papen posou nua em um terraço de frente para o Muro das Lamentações, lugar sagrado do judaísmo em Jerusalém, provocando a revolta de autoridades laicas e religiosas.

A foto foi postada em seu blog no último sábado (23), e o ensaio foi assinado pelo fotógrafo Matthias Lambrecht, que intitulou a série de "Estradas para a Liberdade".
    "Esse é um incidente embaraçoso, grave e lamentável, que ofende a santidade do local e os sentimentos daqueles que o visitam", afirmou ao jornal "Times of Israel" o rabino Shmuel Rabinovich, que acompanhou o príncipe William, do Reino Unido, em sua visita oficial nesta semana.

##RECOMENDA##

"Primeiramente, não julgue um livro pelo título. Isso talvez dê vergonha a você, querido leitor, que projetará [a vergonha] em mim porque eu fiz algo tão desrespeitoso e deveria queimar no inferno. Sei que minha caixa de e-mails estará cheia de ameaças e raiva de novo - para todos que estejam teclando com ódio agora, poupem suas energias. Eu nem lerei", escreveu a modelo em seu blog.

Papen é conhecida por posar nua e foi presa, em 2017, por fazer um ensaio sem roupa no antigo templo de Karnak, em Luxor, no Egito. As fotos fizeram parte de uma série de cartões-postais do país e, quando a modelo tentou voltar ao Egito, foi barrada pela Imigração.

Segundo ela, seu objetivo é forçar os limites entre política e religião cada vez mais. "Mostrar a minha religião pessoal em um mundo no qual a liberdade está se tornando algo luxuoso", explica. 

[@#video#@]

Da Ansa

Com um gol no último lance do jogo, a Arábia Saudita derrotou o Egito por 2 a 1, de virada, nesta segunda-feira, em Volgogrado, na Rússia, e voltou a vencer uma partida de Copa do Mundo após 24 anos. O último triunfo havia sido conquistado no Mundial dos Estados Unidos, em 1994.

O gol da virada que encerrou o longo jejum saudita foi marcado pelo atacante Al-Dawsari, aos 48 minutos da etapa final, e acabou sendo um prêmio para a seleção árabe, que não se entregou após sair atrás no placar. O outro gol saiu dos pés de Al-Faraj, em cobrança de pênalti. A penalidade foi revisada pelo árbitro de vídeo e confirmada pelo juiz, que não quis voltar atrás na decisão mesmo sem mostrar convicção.

##RECOMENDA##

O Egito foi melhor no primeiro tempo e deu indícios de que conquistaria sua primeira vitória na história das Copas. Ledo engano. Salah fez um belo gol de cobertura no início da primeira etapa, mas não foi capaz de evitar o revés. Ao menos, o atacante do Liverpool entrou para a história da sua seleção ao passar a ser, ao lado de Abdulrahman Fawzi, o maior artilheiro egípcio em Copas, com dois gols. Fawzi marcou duas vezes na Copa de 1938, a primeira participação egípcia na competição.

Irritado com o uso indevido de sua imagem e também pela presença de celebridades e empresários na concentração da seleção, Salah, de acordo com a emissora CNN, ameaçou não entrar em campo. A Federação Egípcia de Futebol chegou até a divulgar no Twitter uma escalação sem o nome do craque, mas apagou a publicação em seguida.

Mesmo com derrota da sua seleção, a partida foi especial para o goleiro El Hadary, que, aos 45 anos e 161 dias, ultrapassou o ex-goleiro colombiano Faryd Mondragón - este tinha 43 anos quando quebrou o recorde - para se tornar o jogador mais velho a atuar em uma partida de Copa do Mundo.

Justamente pelo fato de já ter decretada a eliminação, o técnico Héctor Cúper decidiu escalar El Hadary nesta segunda, até como uma forma de homenageá-lo. O treinador argentino não se arrependeu de sacar o titular El Shemany, já que o veterano arqueiro não fez apenas figuração em campo. Ele foi o grande nome do Egito ao pegar um pênalti no final do primeiro tempo e fazer outras boas defesas na etapa final.

O JOGO - Sem nada a perder, os dois times jogaram sem tanta preocupação na marcação e em busca de gols para se despedir do torneio com um triunfo. O Egito foi visivelmente superior no primeiro tempo. Teve quatro oportunidades claras de marcar e chegou ao seu gol com Salah. O astro recebeu lançamento de Abdalla e tocou bonito, por cobertura, para abrir o placar aos 21 minutos.

Os gols perdidos - um, inclusive, de Salah, que deu cavadinha para fora na frente do goleiro - fizeram falta aos egípcios, que foram castigados no final da primeira etapa. Aos 38, o juiz deu pênalti após a bola bater no braço de Fathi dentro da área. O jogador mais velho da história das Copas mostrou que não estava em campo apenas pelo recorde e defendeu a cobrança de Al-Muwallad.

Aos 46, o árbitro viu um empurrão de Ali Gabr em Al-Dawsari e marcou novo pênalti a favor dos sauditas. Depois de muita conversa e consultar o árbitro de vídeo, o juiz colombiano Wilmar Roldan confirmou a penalidade muito duvidosa - o atacante parece se jogar no lance. Desta vez, Al-Faraj bateu com precisão e El Hadary nada pôde fazer para evitar o empate.

Na etapa final, a partida seguiu aberta e com várias oportunidades para as duas equipes. Quando a falta de qualidade nas finalizações dos dois times e as boas intervenções do goleiro El Hadary pelo Egito pareciam que dariam o tom, a equipe do Oriente Médio não desistiu e foi premiada com um gol no último lance da partida.

Ateef recebeu passe de Al-Burayk dentro da área, e a bola sobrou para Al-Dawsari, que chutou cruzado e de primeira para virar o jogo e dar a vitórias aos sauditas. O árbitro encerrou a partida logo após o gol e os jogadores da Arábia se jogaram no chão, emocionados pela vitória.

FICHA TÉCNICA:

ARÁBIA SAUDITA 2 x 1 EGITO

ARÁBIA SAUDITA - Al-Mosailem; Al-Burayk, Osama Howsawi, Motaz Hawsawi, Al-Shahrani; Ateef, Al-Faraj, Al-Mogahwi, e Bahebri (Asiri); Al-Dawsari e Al-Muwallad. Técnico: Juan Antonio Pizzi.

EGITO - El Hadary; Fathi, Ali Gabr, Hegazy e Abdel-Shafy; Tarek Hamed, Elneny e Abdalla (Warda); Trezeguet (Kahraba), Salah e Mohsen (Sobhi). Técnico: Hector Cúper.

GOLS - Salah, aos 22, e Al-Faraj (pênalti), aos 50 minutos do primeiro tempo. Al-Dawsari, aos 48 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Wilmar Roldán (Fifa/Colômbia).

CARTÕES AMARELOS - Ali Gabr e Fathi (Egito).

PÚBLICO - Não disponível.

LOCAL - Arena Volgogrado, em Volgogrado (Rússia).

Começa nesta segunda-feira (25) a última rodada da fase de grupos da Copa do Mundo. Chegou a hora H para muitas seleções definirem o seu futuro na competição. Nesta rodada, os dois jogos de cada grupo serão realizados ao mesmo tempo. Hoje é dia de definir como ficarão os grupos A e B. 

Uruguai x Rússia – 11h, Samara

##RECOMENDA##

Arábia Saudita x Egito – 11h, Volgogrado

O grupo A já está resolvido em termos de classificação. Uruguaios e russos se enfrentam para saber quem terminará em primeiro no grupo. O primeiro colocado do grupo A enfrentará o segundo do grupo B.

A Rússia chega com autoridade por ter goleado a Arábia Saudita e vencido o Egito, do craque Mohamed Salah, sem grandes dificuldades.

Já o Uruguai irá a campo com todo o estádio torcendo contra. E nessa atmosfera terá que provar que o seu ataque, formado por Cavani, do Paris Saint-Germain, e Suárez, do Barcelona, é realmente digno do respeito que lhe é conferido desde antes do início do Mundial.

Volgogrado receberá uma típica partida amistosa. O único atrativo do jogo será Salah. Ainda se espera do atacante egípcio uma performance correspondente ao que ele já mostrou no Liverpool, da Inglaterra.

 

Espanha x Marrocos – 15h, Kaliningrado

Irã x Portugal – 15h, Saransk

Para a Espanha, o jogo vale muito. Para os marroquinos, a honra. Marrocos é o único time do grupo já eliminado da competição. Apesar de ter feito dois bons jogos, dominando as ações na maior parte do tempo, perdeu ambos. Enfrentará uma Espanha que precisará apenas empatar para garantir a classificação.

A maior dúvida sobre esta partida é se Marrocos jogará todo na defesa e explorando os contra-ataques ou tentará uma tática kamikaze, procurando jogar de igual para igual com a Espanha, campeã mundial de 2010.

A Espanha, que fez uma partida abaixo do esperado contra o Irã, garante a classificação com um empate, mas só descobrirá se ficará em primeiro ou em segundo depois do fim da outra partida. Se Portugal vencer seu jogo, entrarão em ação os critérios de desempate.

Portugal, empatada com a Espanha com 4 pontos, enfrentará uma seleção iraniana ainda com chances, tendo 3 pontos ganhos. Só uma vitória interessa ao Irã, enquanto um empate resolve a classificação dos portugueses.

O favoritismo da seleção de Portugal no jogo poderá lançá-la naturalmente ao ataque. Ainda que só tenha conseguido um gol na Copa – e ele tenha sido contra, de um atleta marroquino – o Irã ameaçou o gol da Espanha várias vezes na segunda rodada, em jogadas de contra-ataque.

A Rússia está praticamente classificada à próxima fase da Copa do Mundo. Os donos da casa venceram o Egito com autoridade por 3 a 1 em São Petersburgo, nesta terça-feira, e estão muito próximos de se confirmarem como a primeira seleção nas oitavas de final. Para que isso aconteça, basta que o Uruguai derrote a Arábia Saudita nesta quarta-feira no fechamento da segunda rodada do Grupo A do Mundial.

Depois de vencer os árabes na estreia por 5 a 0, os russos mostraram novamente grande poder ofensivo. Foram oito gols em dois jogos. Desde 1970, quando ainda era União Soviética, a Rússia não vencia dois jogos seguidos em uma Copa do Mundo. Naquela ocasião, superou Bélgica e El Salvador, na fase de grupos. Assim que o árbitro apitou o final, a arena entrou em festa nas arquibancadas e no gramado.

##RECOMENDA##

O Egito, por outro lado, está praticamente fora do Mundial. As chances de classificação são muito remotas. O time africano precisa torcer para a Arábia Saudita vencer os uruguaios. Dessa forma, teria de tirar uma grande desvantagem no saldo de gols na última rodada do Grupo A. Depois de encerrar um jejum de 28 anos sem disputar uma Copa, Egito deve cair na primeira fase.

A queda precoce representa grande frustração para o atacante Mohamed Salah, autor do gol egípcio. Depois de se contundir na final da Liga dos Campeões, o atacante realizou tratamento intensivo para se recuperar de uma lesão no ombro para jogar a Copa. Ele fez sua estreia nesta terça-feira, mas não conseguiu evitar o drama africano. Sua atuação foi apenas razoável.

O estádio de São Petersburgo, o mais caro da Copa, com investimentos de US$ 1,4 bilhão (cerca de R$ 4,8 bilhões). Viu uma grande festa das duas torcidas. O Egito usou e abusou de várias cornetas e conseguiu um efeito impressionante. As vuvuzelas, que fizeram sucesso na África 2010, estão de volta com uma versão tão estridente quanto às originais. Os russos responderam com o apoio da maioria do estádio da Arena Zenit, em São Petersburgo, o estádio mais caro deste Mundial.

A primeira grande chance do Egito foi com Trezeguet, que puxou para a perna direita e bateu colocado, perto do gol russo. A grande esperança pela estreia de Salah na Copa foi frustrada no primeiro tempo. Sem ritmo de jogo, a grande esperança egípcia teve muitas dificuldades para sair da marcação russa. Seu grande lance na etapa inicial foi um chute de fora da área, à esquerda do goleiro.

A Rússia conseguiu repetir a boa atuação da estreia, quando venceu a Arábia Saudita. Bem organizada do meio para a frente, a equipe conseguiu criar chances a partir, principalmente, da jogada aérea. Faltou ao time inspiração para jogadas individuais para furar o bloqueio egípcio. O primeiro tempo foi equilibrado, interessante, mas morno em São Petersburgo.

A Rússia conseguiu abrir o placar em uma jogada esquisita. O goleiro El Shenawy saiu de soco, mas a bola sobrou para Zobnin. O camisa 11 chutou meio sem jeito e Fathi tentou cortar a bola, mas conseguiu mandar contra o próprio gol ainda mais sem jeito.

A vantagem no placar deu confiança para os donos da casa e escancarou a fragilidade da defesa egípcia. O brasileiro naturalizado russo Mario Fernandes fez uma grande jogada na linha de fundo e cruzou para Cheryshev marcar. Foi o seu terceiro gol em dois jogos.

Três minutos depois, a Rússia transformou a vitória em "passeio". Agora foi a vez de Dzyuba fazer uma jogada de craque. Ele dominou no peito, driblou o zagueiro e tocou no canto. Ele completou dois gols em dois confrontos na Copa.

Desesperado, o Egito se abriu, trocou volantes por meias e foi ao ataque. Com a ajuda do árbitro de vídeo, o paraguaio Enrique Caceres marcou pênalti em Salah, que ele mesmo converteu. É o primeiro do craque nesta Copa, mas agora ele se vê praticamente fora do Mundial.

FICHA TÉCNICA

RÚSSIA 3 X 1 EGITO

RÚSSIA - Akinfeev; Mario Fernandes, Kutepov, Ignashevich e Zhirkov (Kudriashov); Samedov, Zobnin, Golovin, Gazinskii e Cheryshev (Kuziaev); Dzyuba (Smolov). Técnico: Stanislav Cherchesov (Rússia).

EGITO - El Shemany; Fathi, Ali Gabr, Hegazy e Abdelshafy; Trezeguet (Sobhy), Elneny (Warda), Tarek Hamed e Salah; Mohsen (Kharaba). Técnico: Hector Cúper.

GOLS - Fathi (contra), a 1 minuto do segundo tempo; Cheryshev, aos 13, Dzyuba, aos 16, e Salah, aos 27 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Trezeguet e Smolov.

ÁRBITRO - Enrique Caceres (Paraguai).

PÚBLICO - 64.468 pagantes.

LOCAL - Arena Zenit, em São Petersburgo (RUS).

A terça-feira (19) fecha a primeira rodada da fase de grupos da Copa do Mundo e marca a estreia da Colômbia, do Japão, da Polônia e do Senegal. O dia terá ainda a primeira partida da segunda rodada, com a anfitriã Rússia voltando a campo pelo grupo A.

Colômbia x Japão

##RECOMENDA##

Há quatro anos, a Colômbia foi uma das sensações da Copa do Mundo no Brasil. Comandada por James Rodriguez , a seleçãocaiu diante do Brasil, mas deixou boa impressão no mundo do futebol. Agora, na Rússia, volta à Copa buscando recuperação, após performances inconstantes na Copa América e nas eliminatórias. Na Copa de 2014, as duas seleções também estiveram no mesmo grupo, e a Colômbia venceu os japoneses por 4 x 1.

Do lado japonês, uma notícia de última hora pode tirar o foco dos jogadores na estreia: o terremoto que atingiu a cidade de Osaka, matando três pessoas e ferindo mais de 200. O técnico Akira Nishino se mostrou preocupado com o estado psicológico dos seus atletas. “Eu me preocupo com a condição mental e psicológica dos jogadores, porque tivemos alguns deles afetados [pelo terremoto], com famílias em Osaka”, disse, em entrevista coletiva ontem (18).

Polônia x Senegal

Outro jogo de hoje será entre a Polônia, de Lewandowski, e o Senegal, de Mané. O atacante polonês, do Bayern de Munique, é a grande estrela da seleção nacional. É nele que o país deposita as esperanças de avançar às oitavas de final no grupo mais indefinido de todos.

“Eu digo muitas vezes que Robert Lewandowski é um jogador muito importante, capitão e estrela, mas é uma estrela jogando para o time. Eu acredito que os demais jogadores também são importantes, na medida em que futebol é trabalho em equipe”, disse o técnico polonês Adam Nawalka.

A seleção africana também tem sua estrela. É Sadio Mané, atacante do Liverpool. Ele vem chamando muita atenção do mundo do futebol com boas atuações pelo time inglês. Foi com ele, ao lado do egípcio Salah e do brasileiro Firmino, que o time chegou à final da Liga dos Campeões, da União das Federações Europeias de Futebol (Uefa).

O Senegal volta a uma Copa do Mundo depois de 16 anos. É a segunda participação do país no torneio. Na primeira vez, o país foi a sensação do mundial, vencendo a então campeã França na partida de abertura e chegando às quartas de final. “Certamente, é um sonho de criança. Temos nos preparado bem, estamos trabalhando. E amanhã teremos que acordar [do sonho] para deixar o povo senegalês orgulhoso”, afirmou o meio-campista Cheikhou Kouyate.

Rússia x Egito

Existem expectativas sobre o jogo inaugural da segunda rodada do grupo A. Uma delas é saber se a Rússia vai manter a boa performance da partida de estreia, quando goleou a Arábia Saudita por 5 a 0. A segunda é se o astro egípcio Mohamed Salah estará em campo e em que condições. Salah não jogou contra o Uruguai por estar se recuperando de uma lesão no ombro.

Como perdeu para os uruguaios na primeira rodada, a equipe não pode pensar em outra coisa que não seja a vitória. “Estamos bem preparados, analisamos a performance do adversário e sabemos quão importante é esse jogo contra a Rússia porque queremos sempre vencer. Vamos ver o que o que acontecerá com a gente [durante o jogo] e qual será a melhor forma de buscar os três pontos”, disse o treinador do Egito, Héctor Cúper, em entrevista nessa segunda-feira (18).

A Rússia perdeu Dzagoev, lesionado durante a partida contra os sauditas. O treinador russo, Stanislav Cherchesov, se mostrou otimista com a manutenção do nível da equipe. “Quando um jogador de tamanha qualidade sai, a pergunta é quem e como substituí-lo. Nós trabalhamos para isso no primeiro jogo. É por isso que estou certo de que faremos o mesmo hoje”, afirmou.

Recuperando-se de uma lesão no ombro, o atacante Mohamed Salah não estará entre os 11 titulares da seleção do Egito para a partida contra o Uruguai, nesta sexta-feira (15), em Ecaterimburgo.

    Ontem, o técnico da seleção egípcia, Héctor Cúper, havia garantido que o craque do Liverpool começaria a partida como titular, no entanto, o argentino preferiu poupar o atacante.

##RECOMENDA##

    A provável tática do técnico do Egito em deixar seu principal jogador no banco de reservas seria para garantir que Salah estivesse 100% para os confrontos contra a Rússia e a Arábia Saudita, que, por sua vez, são seleções com menos expressão.
    Com uma lesão no ombro, o atacante do Liverpool correria o risco de piorar a contusão ao enfrentar os uruguaios, que são conhecidos por serem agressivos defensivamente.

    Por meio das suas redes sociais, a seleção egípcia confirmou seus 11 titulares para o confronto, que são: El Shenawy; Fathy, Gabr, Hegazy, Abdel Shafy; Elneny, Hamed, Warda, El Said, Trezeguet; Mohsen.

    A vitória da Rússia sobre a Arábia Saudita, por 5 a 0, coloca mais pressão sobre Uruguai e Egito. Ambas as seleções precisam vencer para não ficarem atrás na disputa pela classificação para as oitavas de finais.

Da Ansa

Depois de se lesionar na partida da Final da Liga dos Campeões, Mohamed Salah, destaque da Seleção Egípcia, teve a participação na Copa do Mundo comprometida. Mas na última terça-feira (12), uma notícia animou o time e os torcedores do Egito. Salah fez seu primeiro treino coletivo junto dos companheiros de clube.

Mohamed Salah deu corridas em volta do gramado, coisas que já vinha fazendo nos últimos dois dias, e realizou exercícios com bola. A estreia do Egíto na Copa do Mundo será na sexta-feira (15), contra o Uruguai, em Ecaterimburgo. De acordo com a Federação Egípicia, Salah será avaliado e só na manhã da sexta (horário local) é que deverão saber se o atleta terá condições de jogo. 

##RECOMENDA##

Confira algumas das fotos do treino de Salah divulgado pelo Twitter oficial do Egíto: 

[@#galeria#@]

A Federação Egípcia de Futebol anunciou nesta segunda-feira (4) a lista definitiva dos 23 jogadores do Egito para a Copa do Mundo deste ano, que será realizada na Rússia. Entre os atletas confirmados está o do atacante Mohamed Salah.

Salah sofreu uma lesão na final da Liga dos Campeões no dia 26 de maio e sua participação no Mundial chegou a virar dúvida. Contudo, o jogador foi confimado entre os atletas que participarão da Copa do Mundo. Se o prazo estiver correto, Salah fica disponível no dia 17 de junho, dois dias depois da estreia do Egito contra o Uruguai. 

##RECOMENDA##

LeiaJá também

--> Petição pede punição a Sérgio Ramos por entrada em Salah

O principal tribunal administrativo do Egito decidiu neste sábado (26) que os órgãos reguladores devem bloquear o site de vídeos YouTube por um mês em todo o país por causa de um vídeo que denigre o profeta Maomé. As informações são da agência Reuters.

O filme "Innocence of Muslims", um vídeo de baixo custo e duração de 13 minutos, foi feito com financiamento privado e postado no YouTube em 2012. Uma das atrizes do elenco, Cindy Lee Garcia, tentou remover o conteúdo do site depois de receber ameaças de morte.

##RECOMENDA##

Para muitos muçulmanos, qualquer representação do profeta é considerada blasfêmia. O advogado que apresentou o caso em 2013 disse que a decisão também ordena que todos os links que transmitem o filme sejam bloqueados. Segundo o jornal egípcio Al Shorouq, a sentença é definitiva e não cabe apelação.

LeiaJá também

--> FBI diz que hackers infectaram roteadores de 50 países

O número de palestinos mortos em confrontos com o exército israelense na quinta (26) sexta-feira (27) de protestos, na fronteira entre Gaza e Israel, aumentou para quatro, informou o Ministério da Saúde da Palestina neste sábado (28).

Segundo o jornal "Haaretz", a quarta vítima é um menor de 15 anos, identificado por Azzam Halal Awida. Pelo menos 833 palestinos ficaram feridos nos confrontos. Duas pessoas estão em estado gravíssimo.

##RECOMENDA##

Ainda de acordo com a publicação, o Egito abriu por um período de três dias a sua fronteira com a Faixa de Gaza para os casos "humanitários", comunicou a autoridade palestina responsável pelos controlos fronteiriços. A medida foi tomada para ajudar pessoas doentes ou feridas que não podem receber tratamento adequado em Gaza.

Esta é a quarta vez desde o início do ano que o Egito abre a passagem de Rafah, entre o sudoeste do enclave palestino e a península montanhosa do Sinai egípcio. A área tem sido palco de diversos protestos, e já contabilizou 44 palestinos mortos por tiros de soldados israelenses e mais de 800 feridos.

Da Ansa

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando