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O Partido dos Trabalhadores irá veicular na noite desta terça-feira, 13, na televisão e no rádio, o segundo comercial de uma série de inserções nacionais. A peça, de 1 minuto e 1 segundo, mostra os mesmos atores em uma situação confortável e em um situação de miséria.

Durante a dramatização, a narração alerta o eleitor para os riscos de "voltar atrás". "Quando a gente dá um passo para frente na vida, precisa saber preservar o que conquistou. Não podemos deixar que os fantasmas do passado voltem e levem tudo o que conseguimos com tanto esforço. Nosso emprego de hoje não pode voltar a ser o desemprego de ontem. Não podemos dar ouvido a falsas promessas. O Brasil não quer voltar atrás."

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O comercial petista lembra a estratégia do PSDB durante a campanha presidencial de 2002, quando o tucano José Serra era o adversário do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na ocasião, o PSDB convidou a atriz Regina Duarte para dizer que as conquistas do governo Fernando Henrique Cardoso, como o controle da inflação, poderiam ser perdidas caso Lula vencesse o pleito. Na peça, ela dizia: "Eu estou com medo". À época, o PT respondeu à campanha dizendo que "a esperança" venceria "o medo".

De acordo com a página do PT no Facebook, que divulgou a peça, o conteúdo aborda "as ações sociais dos governos Lula e Dilma e sua repercussão na melhoria de vida das pessoas".

Primeira inserção

Na primeira inserção comercial veiculada pelo PT, no dia 6 de maio, houve uma crítica indireta aos principais adversários da presidente Dilma Rousseff nas eleições de outubro. Na peça, com duração de 30 segundos, um locutor afirmava: "Todos nós queremos que o Brasil mude". Em seguida, fazia uma referência indireta ao presidenciável tucano Aécio Neves ao dizer que "mudar não é dar um passo atrás para o passado" e ao pré-candidato do PSB, Eduardo Campos, quando afirmava que mudar não é "um salto no escuro para o futuro".

Num outro spot, a presidente afirmava que "mudar não é fácil", mas que os desafios não a intimidavam. "Nosso governo tem o signo da mudança. Vamos continuar fazendo o Brasil avançar", dizia a petista no vídeo.

Além do comercial desta terça, está prevista outra inserção no dia 15, quando também deve ser divulgado, em cadeia nacional de rádio e TV, o programa partidário de 10 minutos do PT.

O Partido Solidariedade, que está formalizando nesta terça-feira o apoio à pré-candidatura de Aécio Neves (PSDB) à Presidência, entregou ao senador um manifesto com 21 propostas do partido a um eventual mandato presidencial. São questões que vão de política industrial à questão da mulher, em um documento de 29 páginas. O manifesto tem, também, severas críticas à gestão atual da presidente Dilma Rousseff.

"O atual governo, na figura da presidenta Dilma, tem desrespeitado os trabalhadores na medida em que nega o diálogo com as lideranças sindicais. Quanto aos empresários, tem privilegiado alguns em detrimento de maioria. Com relação à corrupção, nunca vimos tanto aparelhamento dos equipamentos públicos, vide Petrobras, com desvios de recursos, negociatas que têm sangrado nosso patrimônio público", diz o manifesto do Solidariedade.

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O partido, originário de movimentos sindicais e presidido por Paulinho da Força Sindical, propõe que Aécio Neves encampe o que designaram de "Pacto de Concertação" entre governo, centrais sindicais, das confederações sindicais patronais e entidades da sociedade civil.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso saiu em defesa nesta terça-feira, 13, do seu correligionário nessas eleições presidenciais, o senador mineiro Aécio Neves (PSDB), e disse que ele não precisa mudar sua estratégia de campanha porque o oponente do PSB, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, prometeu que fará uma inflexão à esquerda justamente com o propósito de se diferenciar do concorrente tucano.

"Este negócio de mudar de estratégia não é bom, nem para o Eduardo (Campos)", alfinetou FHC, após participar de evento comemorativo de dez anos de seu instituto, na Capital, com a presença dos ex-presidentes Felipe González, da Espanha, Ricardo Lagos, do Chile, Julio Sanguinetti, do Uruguai, e Jorge Castañeda, ex-ministro das Relações Exteriores do México.

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Ao falar da campanha eleitoral deste ano, o ex-presidente tucano disse que a população não vai votar em um candidato simplesmente porque ele diz que está mais à esquerda ou mais à direita. E frisou: "(A população) nem sabe muito bem conceitualizar isso." FHC destacou que um candidato precisa, na corrida presidencial deste ano, "é inspirar confiança" no eleitorado. E recomendou: "Eu não mudaria de estratégia neste começo (de campanha)".

Buscando a reeleição à sombra da crise na Ucrânia, a presidente da Lituânia, Dalia Grybauskaite, apelou à nação por apoio ao enfrentar o segundo turno das eleições do país em duas semanas.

A primeira presidente mulher do país era a favorita entre os seis candidatos concorrendo no primeiro turno das eleições, realizado no domingo. Dalia recebeu 46% dos votos válidos. No segundo turno, ela enfrentará o social-democrata Zigmantas Balcytis, que conquistou 13,6% dos votos.

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Embora esteja concorrendo como candidata independente, Dalia tem o apoio de partidos de centro-direita da Lituânia e sua popularidade aumentou recentemente depois de ela ter criticado com firmeza a anexação da Crimeia pela Rússia.

Balcytis apelou nesta segunda-feira aos outros candidatos para apoiá-lo no segundo turno, que ocorrerá em 25 de maio, argumentando que tem uma "chance real de vencer". Fonte: Associated Press.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou uma pesquisa, nesta segunda-feira (12), relatando que a abstenção dos eleitores causa prejuízo aos cofres públicos. De acordo com os dados do órgão, nas eleições presidenciais de 2010, a Justiça Eleitoral gastou R$ 195,2 milhões a mais por causa dos eleitores que não compareceram às urnas. O levantamento aponta que o prejuízo foi de R$ 89,3 milhões, no primeiro turno, e de R$ 105 milhões, no segundo turno, quando 29 milhões de eleitores deixaram de votar.

A quantia não considera os votos brancos e nulos, que são as manifestações de eleitores que foram às urnas, mas não escolheram nenhum dos candidatos. Ao se contabilizar esses votos, no cálculo do TSE, há um acréscimo de R$ 60,7 milhões no custo total do pleito. As cifras estão baseadas no custo médio do voto para o Brasil no pleito de 2010, calculado pelo TSE em R$ 3,63 reais por eleitor.

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Na última sexta-feira (9), o TSE anunciou aumento de 6 milhões de eleitores aptos a votar nas eleições de outubro. De acordo com balanço parcial divulgado pela instituição, 141,8 milhões de eleitores estão aptos a participar das eleições de 2014. Um crescimento de 4,43% em relação ao peito de 2010.

Milhões de eleitores indianos foram às urnas no último dia de votação das eleições nacionais do país nesta segunda-feira. Com 814 milhões de eleitores, o processo eleitoral na Índia tem ocorrido em fases ao longo de seis semanas, com a divulgação de resultados prevista para sexta-feira.

O principal partido de oposição, Bharatiya Janata (BJP), entrou na disputa com forte impulso em promessas de crescimento econômico. As primeiras pesquisas sugerem que há uma profunda insatisfação da população com o partido do Congresso, que está há 10 anos no poder.

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Pesquisas de boca de urna, que são famosas na Índia por serem imprecisas, devem ser divulgadas na noite desta segunda-feira (horário local) após a última rodada de votos.

Há a expectativa de que Narendra Modi, o principal candidato do BJP, será eleito primeiro-ministro. O principal rival da Modi é Rahul Gandhi, do Partido do Congresso, herdeiro da família Gandhi.

Uma pesquisa recente do Centro de Pesquisas Pew afirmou que 63% dos indianos preferem o BJP contra o Partido do Congresso.

De acordo com a Comissão Eleitoral, houve uma grande participação no processo eleitoral, ao longo de seis semanas. Em 502 eleitorados parlamentares, até 8 de maio, a participação foi de 66,27%, contra 58,13% nas eleições de 2009. Fonte: Associated Press.

No momento que as pesquisas de opinião apontam o crescimento de Aécio Neves (PSDB) e a estagnação de Eduardo Campos (PSB) na disputa pelo Palácio do Planalto, a cúpula da pré-campanha pessebista decidiu que chegou a hora de romper o "pacto de não agressão" entre os pré-candidatos. Além de disparar críticas ao senador mineiro para buscar os eleitores "lulistas" insatisfeitos com a gestão da presidente Dilma Rousseff, aliados de Campos passaram a questionar publicamente o acordo que prevê a construção de palanques conjuntos em Pernambuco e Minas Gerais.

Nos discursos, a palavra de ordem é levantar bandeiras que constrangem Aécio entre o eleitorado que se considera de esquerda - como a defesa "intransigente" da CLT e a manutenção da maioridade penal. Em encontros com empresários, o senador mineiro defendeu a flexibilização da CLT em alguns setores e a redução da maioridade penal em casos de crimes hediondos.

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Eduardo Campos está convencido de que o PSDB e o PT têm um objetivo em comum: colar nele a agenda política de Aécio para circunscrever o projeto do pernambucano na seara oposicionista e forçar uma polarização. Dessa forma, o voto útil desidrataria a terceira via e haveria um segundo turno plebiscitário. Para evitar que isso aconteça, membros da cúpula do PSB lembram que as trajetórias dos dois pré-candidatos foram completamente diferentes. "Em 20 anos, eles só estiveram juntos nas Diretas", afirma o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira. Em 2010, por exemplo, Campos e Aécio travaram uma dura disputa política por uma unidade industrial da fábrica da Fiat, que acabou ficando em Pernambuco.

Implosão - O PSB liberou seus quadros nacionais para instigarem o movimento de aliados que tentam implodir o acordo de formação de palanques conjunto entre PSB e PSDB em Minas Gerais e Pernambuco. "Finalmente estamos sendo tomados pelo óbvio e ululante: que o candidato precisa ter o maior número de candidatos (nos Estados)", afirma o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral.

"Em Minas, uma candidatura nossa (PSB) seria ainda mais útil do que em São Paulo. Lá, é claro que o Pimenta (da Veiga, pré-candidato do PSDB ao governo) vai trabalhar só pelo Aécio e do outro lado tem o PT. Falta a terceira via para dividir espaço", reforça o presidente do PSB paulista, Márcio França, um dos dirigentes do partido mais próximos de Campos.

Ele advoga tese de romper a negociação de aliança com os tucanos em Minas e lançar a candidatura do deputado Júlio Delgado. "Qualquer terceira via viável terá 15%, 20% dos votos e o Júlio Delgado é um ótimo nome porque é bem votado, tem uma base forte em Juiz de Fora e o respeito político pela boa votação para a presidência da Câmara."

Com o cuidado de reforçar que as alianças estaduais não precisam, necessariamente, repetir o quadro nacional, o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, ressalta que a aliança com Aécio não é um fato consumado. "Quem foi que disse que não vai ter candidatura do PSB em Minas? Há uma discussão intensa lá e espero que seja proveitosa para encontrar o melhor caminho para o projeto nacional."

Fiel ao roteiro, ele destaca: "Aécio é de centro, nós somos de centro-esquerda". Delgado não comenta a possibilidade de disputar o governo. Afirma apenas que não há qualquer formalização de apoio ao PSDB. "Não existe nada fechado e estanque na política. Tudo está em negociação", diz o deputado.

Para os tucanos mineiros, porém, a hipótese de um rompimento da aliança é remota. "O PSB é um aliado do PSDB em Minas. O plano regional tem outra dinâmica", afirma o deputado federal Marcus Pestana, presidente do PSDB mineiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os principais pré-candidatos da oposição na disputa presidencial deste ano têm trazido ao debate a necessidade de uma mudança na forma de governar do Brasil. Para eles, o chamado presidencialismo de coalizão abre brechas para o fisiologismo. Aécio Neves, do PSDB, já prometeu reduzir à metade os atuais 39 ministérios. Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva reiteraram que, em um eventual governo da dupla, não haverá troca de cargos por apoio político. Segundo especialistas, uma reforma do modo de governar que vigora desde a redemocratização seria bem-vinda para o País, mas é pouco provável que qualquer candidato consiga realizar essa mudança no curto prazo.

Para o sociólogo e cientista político Sérgio Abranches, que cunhou o termo "presidencialismo de coalizão", no final dos anos 80, seria possível, em tese, governar em minoria. Mas isso exigiria, segundo ele, uma negociação com partidos e parlamentares a cada votação. Por isso, na prática, permanece a cultura do "toma lá dá cá". Segundo Abranches, a postura permanece mesmo em casas com alta taxa de renovação, como a Câmara dos Deputados, em que 60% dos parlamentares se renovam a cada pleito.

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Humberto Dantas, cientista político e professor do Insper, também não vê uma base de realidade nas propostas dos candidatos de oposição. "Campos, Marina e Aécio podem sonhar, mas duvido que não tenha concessão em algum plano (em um possível governo de um deles)", afirmou ao Broadcast Político. Para Dantas, é muito pouco provável que qualquer candidato eleito consiga mudar esse paradigma, muito menos já em 2015. "Pode ser que as concessões sejam diferentes. O presidente vem e diz 'vamos eliminar 19 ministérios' e os partidos da base respondem 'ok, mas onde a gente ganha?'."

O cientista político Fábio Wanderley Reis, doutor pela Universidade de Harvard (EUA) e professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), afirma que tal revolução só seria possível a partir de uma alteração profunda do sistema político brasileiro. "Não vejo razão para imaginar que simplesmente o resultado de uma eleição presidencial venha a alterar a estrutura de controle do poder", afirmou. "Não acredito que num próximo governo as coisas sejam significativamente diferentes." Para Wanderley, quadros e partidos estabelecidos há gerações caracterizam o sistema político no País. "O PMDB é uma partido que, em grande parte, prosperou regionalmente, montado num federalismo clientelista, e convive com o PT dependendo permanentemente de barganhas. O mesmo aconteceu com o antigo PFL durante o governo Fernando Henrique."

O histórico das legendas é apontado como obstáculo também por Abranches. Para ele, a existência de famílias e grupos de poder antigos minam os esforços de alterar o fazer política nacional. "O Brasil está voltando a um sistema quase tão oligárquico quanto a Primeira República. Os filhos dos oligarcas velhos vão subindo na política, depois vêm os netos, dominando o cenário por décadas e décadas. Não tem renovação, só cooptação", disse em entrevista ao Broadcast Político.

Marco Antônio Carvalho Teixeira, da Fundação Getulio Vargas (FGV), avalia que valeria olhar para o histórico dos pré-candidatos, Aécio em Minas e Campos em Pernambuco, para ver se eles conseguiram diminuir as relações fisiológicas em suas gestões estaduais. Ainda assim, lembra que, no governo federal, a situação é mais difícil. "Na esfera federal, você lida com coisas mais duras do ponto de vista legislativo, como por exemplo barrar CPIs, o que exige maioria qualificada (dois terços dos votos). A governabilidade é muito mais cara." Para Teixeira, prometer o fim da troca de cargos por apoio em um contexto sem mudança estrutural é "temerário". "Imagine um cenário com Campos eleito e com aliados representando 15% do Congresso. A pergunta é: governa-se sem o PMDB? É difícil."

O presidente da Câmara dos Deputados e pré-candidato ao governo do Estado do Rio Grande do Norte, Henrique Eduardo Alves (PMDB), selou neste sábado (10) um acordo com Pastor Everaldo, pré-candidato do Partido Social Cristão (PSC) à Presidência da República.

Nas alianças locais, Alves, que faz parte da base de apoio ao governo Dilma Rousseff, já conta com a aliança de partidos de oposição, como o PSDB, de Aécio Neves, e o PSB, de Eduardo Campos. O peemedebista, entretanto, ressaltou que no âmbito nacional Dilma terá o palanque garantido.

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O apoio entre os candidatos foi firmado em Natal, durante encontro evangélico da Convenção Estadual das Assembleias de Deus. Em entrevistas recentes, Pastor Everaldo já havia ressaltado a amizade que possui com o presidente da Câmara.

Com o acordo, Alves ganha reforço para a campanha em um setor com grande eleitorado. No encontro, o Pastor Samuel Ferreira, vice-presidente da Assembleia de Deus, uma das maiores denominações religiosas do País, informou que a igreja dará apoio ao candidato na campanha eleitoral.

"PSC, PSDB e PSB são todos importantes nessa caminhada. E todos sabem também o meu compromisso nacional com a presidente Dilma e Michel Temer", ressaltou Alves.

Para o deputado, o apoio desses partidos de oposição "será importante nessa caminhada". Segundo ele, a questão dos candidatos da base aliada que estão divididos nos Estados será discutida democraticamente com a presidente. "Sem imposições, com respeito", afirmou.

O projeto original criando novos municípios, aprovado pelo Congresso e vetado pela presidente Dilma, virou letra morta. Mas o movimento emancipalista não sai derrotado. O Senado já aprovou o texto-base da proposta do senador Mozarildo Cavalcante (PTB-RR) que institui novas regras.

O relator, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), emitiu parecer favorável ao projeto, mas apresentou emendas que não foram apreciadas pelo plenário e devem ser votadas na próxima sessão deliberativa da Casa.

Elas alteram pontos fundamentais no texto, como o número mínimo de habitantes para um distrito requerer a emancipação e o tamanho mínimo dos municípios. As modificações foram pedidas pelo governo para evitar a criação excessiva de cidades e a pulverização dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

O relator acatou emendas, modificando para seis mil o número mínimo de habitantes dos novos municípios nas regiões Norte e Centro-Oeste, contra os limites anteriores de cinco mil e 6,5 mil, respectivamente. O número mínimo passa de 8,5 mil para 12 mil no Nordeste e de 15 mil para 20 mil no Sul e no Sudeste.

Além disso, o relator decidiu adotar mais dois critérios sugeridos pelo governo: os novos municípios deverão ter área mínima de 200 quilômetros quadrados e arrecadação de pelo menos 10% da média dos municípios do Estado.

Com isso, Raupp acredita que será possível evitar novos vetos da presidente Dilma Rousseff à matéria e nova tensão entre os congressistas e o governo em relação à possibilidade de derrubada desses vetos.

Por se tratar de projeto de lei complementar, a aprovação, tanto do texto-base quanto das emendas, requer maioria absoluta – 41 senadores. Isso significa dizer, na prática, que esta novela mexicana vai se prolongar ainda por muito mais tempo.

VICE INFLUENCIA– A eleição presidencial sinaliza que, mais uma vez, um vice deixará de ser figura decorativa. O PSB dá pulos com pesquisas nas quais Eduardo Campos dá um salto quando associado ao nome da vice, Marina Silva, revela Ilimar Franco. Ele ultrapassa Aécio em territórios do PSDB. Em 2002, José Alencar espantou o risco Lula entre empresários. Agora, Marina gera para Campos simpatia e credibilidade em amplos setores sociais.

Palanque socialista– Eduardo conquistou dois palanques esta semana na disputa presidencial: Mato Grosso do Sul e em Alagoas, onde a base da presidente se dividiu de forma irreversível.  Os candidatos a governador Nelson Trad Filho (PMDB-MS) e Benedito de Lira (PP-AL) fecharam com o socialista e o anúncio formal deve ocorrer na próxima semana.

Radicalismo prejudicial– Não deu para entender a posição da candidata a vice na chapa de Eduardo, Marina Silva, sobre a disputa num eventual segundo da eleição presidencial. Se de antemão ela já detonou Aécio, dizendo que não há compatibilidade com o seu palanque, com quem então o candidato do PSB, chegando à briga final, vai contar no palanque?

Mudança em Gravatá- O prefeito de Gravatá, Bruno Martiniano (PTB), está remanejando o secretário de Turismo, Fernando Rezende, que vem fazendo um excelente trabalho na área, para a pasta de Governo. Vereador licenciado, Rezende tem bom trânsito com todos os partidos da coligação do trabalhista e está disposto a descascar muitos abacaxis.

Orgulho pernambucano- Eduardista de carteirinha, o prefeito de São Lourenço da Mata, Ettore Labanca, tem pregado que o voto em Eduardo Campos para presidente é um gesto de reconhecimento dos pernambucanos “ao maior governador da história do Estado”, diz ele. Entusiasmado, Labanca denomina do “voto do orgulho pernambucano”.

CURTAS

ROTEIRO– Só hoje, a assessoria do ministro da Integração, Francisco Teixeira, define o que de fato a presidente Dilma fará em Pernambuco, na próxima terça-feira, na programação da visita às obras da transposição do São Francisco. Porque não existe ainda nenhum trecho pronto para ser inaugurado.

REGIONAL- A Assembleia Legislativa aprovou, ontem, a criação da Primeira Câmara Regional de Justiça em Caruaru, projeto de sua autoria. A nova estrutura terá seis desembargadores, distribuídos em duas turmas cíveis e criminais, podendo atender mais de dois milhões pernambucanos.

Perguntar não ofende: Sem nada para inaugurar na Transposição, Dilma vem a Pernambuco, mais uma vez, fazer campanha?

O Palácio do Planalto desencadeou nesta quinta-feira um plano para antecipar a aprovação no Congresso da correção da tabela do Imposto de Renda e, assim, tentar evitar que o pré-candidato do PSDB, senador Aécio Neves (MG), fature politicamente em cima de uma das principais bandeiras de campanha da presidente Dilma Rousseff.

Atendendo a um pedido de Dilma, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) incorporou o reajuste de 4,5% do IR no relatório de uma medida provisória que altera a legislação tributária federal e prorroga prazos de vigência a fundos regionais de investimentos, a MP 634. Isso abre brecha para que a proposta possa ser aprovada pelo Congresso em duas semanas, ao contrário da medida provisória editada pelo Executivo após o pronunciamento de Dilma pelo Dia do Trabalho (MP 644), cuja tramitação pode se arrastar até setembro.

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O Palácio do Planalto trabalha nos bastidores para evitar o "carimbo" de Aécio Neves no projeto. O senador mineiro havia apresentado uma emenda na comissão especial que analisa a correção do Imposto de Renda propondo um aumento com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), sob o argumento de que o benefício concedido por Dilma não repõe as perdas inflacionárias dos últimos anos.

Pelas regras do Congresso, Aécio não pode propor uma emenda semelhante na comissão especial que discute a medida provisória relatada pelo senador peemedebista, que já está em estado de tramitação avançado. "A presidente quer evitar qualquer tipo de oportunismo", resume uma fonte do governo. Na prática, a oposição ainda pode tentar colar na redação da MP de Eunício valores maiores para o IR, mas o texto não poderá ter a assinatura do principal adversário da presidente Dilma Rousseff nas eleições de outubro uma vez que o prazo para a apresentação de emendas nessa comissão já foi encerrado.

O senador Aécio Neves reagiu e afirmou que seu partido vai trabalhar para aprovar "nessa ou em outra medida provisória" a correção do Imposto de Renda pela inflação. "Essa manobra do governo, que impede a minha emenda, é algo que afronta o Parlamento brasileiro e consagra o descompromisso da presidente da República com a verdade", disse.

Oficialmente, no entanto, a justificativa do governo é que a manobra visa evitar que a nova tabela - que será válida a partir de 2015 - corra perigo de perder a validade, já que pela Constituição as medidas provisórias precisam ser analisadas pela Câmara e pelo Senado em até 120 dias após a sua publicação. Como o quórum nos meses que antecedem as eleições é tradicionalmente baixo no Parlamento, haveria risco de a medida caducar. O senador Eunício Oliveira afirma que o pedido para colocar em seu texto o tema do IR veio do Ministério da Fazenda. "Se não tiver (quórum para votação) lá na frente o reajuste vai ficar no buraco?", questiona Eunício. "No meio da campanha você acha que os parlamentares vão vir aqui?".

No dia 30 de abril, em um discurso em rede nacional de rádio e de televisão em comemoração do Dia do Trabalho, a presidente Dilma Rousseff anunciou um pacote de bondades, que incluiu também um reajuste de 10% para os beneficiários do Bolsa Família, principal programa de transferência de renda do governo federal. O pronunciamento da presidente gerou críticas da oposição, que a acusou de fazer campanha antecipada.

Um dos principais líderes do PROS, o governador do Ceará, Cid Gomes, reagiu nesta quinta-feira e chamou de "chantagem" o movimento de dirigentes e parlamentares do partido que exigem a saída do ministro Francisco Teixeira, da Integração Nacional, e ameaçam apoiar o candidato do PSB a presidente, Eduardo Campos, se não forem atendidos.

Teixeira é ligado a Cid, aliado da presidente Dilma Rousseff que deixou do PSB por discordar da candidatura de Campos e para participar da campanha de reeleição da petista. Cid negou que tenha indicado o ministro e disse que foi apenas consultado por Dilma sobre a escolha.

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O líder do PROS na Câmara, Givaldo Carimbão (AL), levou o pedido de saída do ministro ao chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. "Abomino qualquer tipo de chantagem. Saí do PSB porque o partido resolveu ter candidatura à Presidência e eu não concordei. Minha condição (para entrar em outro partido) era o apoio a Dilma. E o PROS garantiu apoio a Dilma. O líder do PROS alega ter desconforto da bancada, mas a história que sei é que o líder não representa o sentimento da bancada. Ele está defendendo interesse dele mesmo", disse Cid.

O governador desembarca terça-feira (13) em Brasília para uma reunião com o comando do partido. Os rebelados do PROS têm reclamado de falta de atenção por parte do ministro da Integração e também de que Cid é o único interlocutor do partido com Dilma. "É ciúme? Estão incomodados porque sou amigo da Dilma? Que história é essa? Todo dia tem futrica. Eu sou inimigo do PROS? Terça-feira vamos ter uma conversa olho no olho", afirmou o governador. "Não tenho ministério, não quero ministério. Quero apoio e parceria do governo federal para minhas ações aqui e tenho tido", reagiu.

Hoje, Cid ligou para o presidente do PROS, Eurípedes Junior, e se queixou não só do movimento pela saída de Francisco Teixeira como da declaração do vice-presidente nacional do partido, senador Ataídes Oliveira (TO), que defendeu apoio ao pré-candidato do PMDB ao governo do Ceará, senador Eunício Oliveira. O PMDB deixou na semana passada o governo de Cid Gomes, que ainda não escolheu o candidato do PROS à sua sucessão. "O vice-presidente do partido dá opinião em outro Estado? Que diabo é isso? Pessoas do meu partido estão fazendo ataques grosseiros. Falei com o presidente do partido da minha inquietação e decepção", disse o governador.

Na entrevista, o governador criticou partidos aliados de Dilma. "O problema desse arco de forças do Brasil são concessões demais, além da conta, o que trouxe a pecha de fisiologia e corrupção", afirmou Cid sobre a base de Dilma. O governador atacou a ala do PR que lançou o movimento pela volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O PR é um ajuntamento de oportunistas, salvo honrosas exceções. Quer um ministério para fazer negócio. A Dilma reage a isso, finca o pé, escolheu um quadro sério do partido (César Borges, ministro dos Transportes). A briga do PR é porque a Dilma quer moralizar. Essa é uma das partes boas da Dilma. E o PMDB a gente sabe como é", afirmou.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato à Presidência, desembarca amanhã em São Luís para anunciar que os tucanos apoiarão o PCdoB na disputa estadual. "Vamos lá fazer nossa grande aliança com o PCdoB", disse ele, na saída de evento com empresários nesta quinta-feira, na capital paulista.

O PSDB indicará o candidato a vice na chapa do comunista Flávio Dino, ex-presidente da Embratur. O escolhido para a dobradinha na aliança deve ser o deputado federal Carlos Brandão, presidente do PSDB maranhense. A aproximação entre os tucanos e o PCdoB ocorreu depois que o PT decidiu apoiar o candidato da família Sarney no Estado. O pré-candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, também deve apoiar Dino e a frente anti-Sarney.

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O prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), acusou o senador Armando Monteiro, candidato a governador pelo PTB, de aliar-se aos que levaram o Recife ao atraso, referindo-se aos 12 anos do PT.

Incluiu no mesmo balaio, não se sabe se propositadamente, o comunista Luciano Siqueira, que foi vice-prefeito de João Paulo e atualmente ocupa a mesma posição na constelação socialista. O mais engraçado é que, atingido, Siqueira não deu um pio.

Nem abriu a boca para defender o legado de seus oito anos atrelado a João Paulo, a quem se derramava em elogios, nem tampouco compartilhou o petardo do seu atual chefe. Mas a postura dócil e frágil do vice-prefeito não surpreende.

Quem o conhece desde os tempos da ditadura sabe que a coragem mora longe dele, até porque nunca foi, verdadeiramente, um combativo guerrilheiro, como propaga, para posar de esquerdista e revolucionário.

Tem político que nunca muda, escreve uma trajetória retilínea, sem nunca abrir mão dos seus princípios, suas convicções e ideologias. Não é o caso do vice-prefeito, que já serviu ao PT, mesmo nunca rezando pela sua cartilha, e hoje transformou o PCdoB numa extensão do PSB.

Ao silenciar na defesa do seu governo, pois como vice de João Paulo ocupou, interinamente, a Prefeitura em várias ocasiões, Siqueira revela que adotou a conveniência. Como quem cala, consente, o velho comunista cospe no prato que comeu.

PSB UNIDO– O PSB vibrou com o anúncio de apoio a Eduardo Campos feito pelo governador Renato Casagrande, relata Ilimar Franco. O eleitorado do Espírito Santo é de apenas 2,6 milhões, mas seria uma desmoralização não ter o aval do segundo líder em importância do PSB. “O Acre não tem voto. Imagina os Vianas não ficarem com a Dilma”, resumiu um socialista.

Socorro para a 232– O impasse jurídico alegado pelo Governo na polêmica gerada com a duplicação da BR-232 está servindo de um grande pretexto para abandonar a manutenção da estrada. Depois das chuvas, o trecho de Recife e São Caetano virou um pandemônio e muitas vidas serão ceifadas.

Coitada da ferrovia– Se as obras da Transnordestina já não iam a lugar nenhum com a decisão da justiça, ontem, que bloqueou R$ 122 milhões do empresário Eike Batista, responsável pela PPP – Parceria Pública Privada – da ferrovia. A medida foi tomada depois que Eike transferiu bens para o nome dos seus filhos na renegociação de dívidas bilionárias. Ao se aliar a Batista, o Governo fez um péssimo negócio.

O queridinho do PIB- O tucano Aécio Neves (PSDB-MG) se consolida como nome da preferência da classe empresarial na disputa pela Presidência da República. Simulação eleitoral feita pelo jornal Valor Econômico, com 103 executivos de grandes empresas, mostra que ele teria 70% dos votos, contra 16,5% de Eduardo Campos.

Devagar, quase parando!- As obras da Transposição avançaram apenas 2% entre os meses de março e abril, segundo o ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira. Pelo andar da carruagem não será mais possível a inauguração da primeira etapa em 2016. A lentidão foi debatida pela Comissão Especial Externa do Senado, que acompanha a construção desde 2011.

CURTAS

CALOTE– Lagoa Grande, no Sertão do São Francisco, pode ganhar uma usina para produção de energia solar. Um grupo empresarial interessado no investimento foi recebido, ontem, pelo prefeito Dhoni Amorim.

ALÔ, BOM JARDIM!- Lanço, hoje, Reféns da Seca em Bom Jardim, no Agreste Setentrional. A noite de autógrafos, promovida pela Prefeitura Municipal, está marcada para as 19h30m, no Centro Cultural Marineide Braz.

Perguntar não ofende: Serra aceita ser o vice de Aécio?

O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), rebateu nesta quarta-feira as críticas da presidente Dilma Rousseff às suas propostas para a área econômica. Em jantar na terça-feira com jornalistas, a presidente ironizou o tucano ao dizer que "tem gente defendendo medidas impopulares". "Só tem que ter cuidado para que medida impopular não se transforme em antipopular", alfinetou a petista.

Na tarde de hoje, o presidenciável reagiu: "Eu vejo uma presidente permanentemente preocupada. O que nós vamos fazer é corrigir os equívocos do atual governo. O que nós vamos fazer é acabar com a medida mais impopular tomada por esse governo, que foi permitir que a inflação voltasse no Brasil", respondeu.

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Aécio disse que, se eleito, vai reduzir pela metade os 39 ministérios do atual governo. "Agora eu vou sim tomar pelo menos duas medidas impopulares, mas impopulares para o PT: vou acabar com metade desses ministérios se vencer as eleições, portanto com a boquinha de muita gente. E vou acabar com essas falcatruas e essas irresponsabilidades que ocorrem nas empresas brasileiras, em especial a Petrobras", completou. O tucano negou ainda que a comissão de inquérito tenha o objetivo de prejudicar Dilma. "Não é uma CPI política. Não acordamos um dia e dissemos: vamos fazer uma CPI para incomodar a presidente", disse.

A pré-candidata do PSB a vice-presidente da República, Marina Silva, diz acreditar que seu partido chegará ao segundo turno. Mas, durante coletiva em Palmas, disse que não há compatibilidade com o senador Aécio Neves, pré-candidato do PSDB. "E não temos como chegar a esta compatibilidade", afirmou, ao justificar o fato de PSB e PSDB não se unirem para vencer o PT.

A ex-senadora esteve em Palmas a convite da Organização Não-Governamental (ONG) EcoTerra, para proferir palestra sob o tema "Sustentabilidade e Gestão - O papel do cidadão na eficiência social", na Universidade Federal do Tocantins.

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Acompanhada pelo presidente estadual do PSB, Laurez Moreira, e por representantes do PV tocantinense, Marina Silva deixou claro que não pretende fazer da campanha um embate com o PT. "Estou trabalhando para que seja um debate para que as pessoas, previamente informadas, possam fazer a sua escolha." Ainda assim, não se furtou de apontar falhas no governo petista, como os escândalos envolvendo a Petrobras, o loteamento de cargos e o excesso de ministérios. "Não criaram o 40º ministério para não homenagear o PSB", brincou, referindo-se ao número do seu partido.

A presidente Dilma Rousseff destacou a importância das escolas públicas para a educação no Brasil e disse que é estratégico para o País remunerar bem os profissionais do setor nos próximos anos. "Não se faz educação apenas com prédio e carteira escolar", afirmou. "Sem professores valorizados, bem capacitados, não é possível que se tenha educação de qualidade", disse, durante a cerimônia de premiação da 9ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), no Rio de Janeiro.

Segundo a presidente, gastos com custeios do setor não podem ser mal vistos. "É por isso que tem que gastar dinheiro do pré-sal. Não tem que ter constrangimento para gastar em custeio" disse, destacando a destinação de 75% dos royalties da exploração da camada pré-sal do petróleo para a educação. "Vamos tornar transparente e debater amplamente o uso desses recursos", comentou. Na avaliação da presidente, a educação é estratégica para o Brasil porque "torna permanente e sustentável a melhoria nas condições de renda, consumo e bem estar da população alcançados nos últimos 12 anos".

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Em seu discurso, a presidente anunciou ainda verbas para a ampliação do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), mas não especificou valores. Ela disse que construir outras instalações é necessário para dar condições para que estudantes, como os medalhistas da olimpíada de matemática, tenham condições para cursar mestrado ou doutorado. Dilma também revelou a intenção de premiar futuramente os campeões da competição com pontos extras no processo seletivo do programa de intercâmbio para universitários "Ciências Sem Fronteiras", do governo federal. "Os estudantes que tiveram medalha de ouro vão pontuar diferenciadamente", anunciou.

De acordo com a presidente, o País tem feito grande esforço para ampliar a educação e que é preciso saber melhor onde se aplicam os recursos de impostos. "Gastar melhor é gastar em educação, na formação técnica, criando cientistas e pesquisadores", comentou. No evento desta quarta-feira, no Rio de Janeiro, foram premiados 500 medalhistas de ouro de todo o País. Segundo o governo federal, a competição envolveu 18,7 milhões de estudantes de 47 mil escolas brasileiras e o objetivo é estimular o ensino da matemática e revelar talentos da área.

O Estado que teve mais medalhistas de ouro foi o de Minas Gerais (149), seguido de São Paulo (109). A cerimônia começou às 15h45, com 45 minutos de atraso. A presidente iniciou seu discurso às 18 horas. A cerimônia tem a participação, entre outros, do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), e do governador Luiz Fernando Pezão, também peemedebista e candidato à reeleição, citado por Dilma como "parceiro"

Escrevo este artigo inspirado no brilhante texto do filosofo Renato Janine publicado recentemente na revista Interesse Nacional (Abril – 2014). Janine aborda as agendas brasileiras, onde a primeira surge com o impeachment de Collor. O Plano Real motivou a origem da segunda agenda. E a inclusão social ocorrida na era Lula a terceira. As manifestações de junho de 2013 representaram para Janine a origem da quarta agenda.

Concordo com o raciocínio de Renato Janine até a terceira agenda. Pois não considero que as manifestações representaram a origem de outra agenda. O Brasil, desde o impeachment de Collor, sofre processo de transformação social. E neste processo, novos eleitores surgiram por razões demográficas e mudanças em suas respectivas visões de mundo.  

O impeachment de Collor representou a origem da primeira geração de eleitores. Esta geração foi caracterizada pelo exercício da liberdade de manifestação após o período militar. A segunda geração de eleitores surge com o advento do plano Real. Os brasileiros conviviam com a incerteza econômica provocada pelo alto índice inflacionário. Com o surgimento do plano Real, os eleitores passaram a ter poder de previsibilidade quanto às capacidades de consumo e investimento.

A era Lula proporcionou a inclusão social de milhões de eleitores. Tal inclusão adveio da ampliação da rede de proteção social, da oferta de crédito, do aumento do nível de instrução, da redução do índice de desempregados, do aumento da renda e do consumo. A inclusão social caracteriza os eleitores da terceira geração.

As gerações de eleitores são caracterizadas pela aquisição de novas visões de mundo. Os eleitores adquiriram novos valores a cada geração, mas não perderam os já conquistados. As visões de mundo adquiridas pelos eleitores foram provocadas por eventos e ações das instituições. As denúncias da imprensa motivaram que os eleitores fossem às ruas em 1992. Surge a cultura do direito à livre manifestação. O plano Real foi uma a ação institucional que propiciou a cultura da estabilidade econômica. E as ações da era Lula geraram a cultura da oportunidade de bem-estar para todos.

Os eleitores da quarta geração estão presentes nesta eleição presidencial. Quem são estes eleitores? São os que desejam manter as conquistas das três gerações e estão descrentes com os partidos políticos e com a classe política. Estão também ansiosos, como diversas pesquisas presidenciais revelam, para que governos mostrem caminhos para a melhoria dos seguintes setores: saúde, educação, infraestrutura e segurança.

O descrédito para com os partidos políticos e a classe política não surgiu após as manifestações de 2013. Assim como as demandas por saúde, educação, infraestrutura e segurança. O descrédito e as demandas apresentadas sempre estiverem presentes no eleitorado brasileiro. Entretanto, ambos não foram atendidos satisfatoriamente pela classe política. Ao contrário das demandas por liberdade, estabilidade econômica e inclusão social.

O DEM se jogou nos braços de Paulo Câmara, candidato a governador de Pernambuco pelo PSB, mas na corrida presidencial está abraçado com o tucano Aécio Neves. Ex-Arena, ex-PDS e ex-PFL, o Democrata ainda é visto como o símbolo da política velha. Mas cabe no palanque do PSB no Estado, porque o que está valendo não é o que o partido venha a somar.

O que está em jogo, na verdade, é a estratégia desesperadora do socialismo pernambucano de isolar Armando Monteiro a qualquer preço, para se manter no poder. Pergunte a dona Marina Silva o que ela achou do alinhamento do DEM ao PSB em Pernambuco que ela torcerá o nariz.

A vice de Eduardo enxerga no Democrata um passo a frente para o reencontro à velha política, ao arcaico, ao que há de mais atrasado que se possa existir no universo partidário, não apenas na forma dogmática de vê o universo ao seu redor, mas principalmente em ações e métodos.

Não é por acaso que os mais combativos críticos do ex-pefelê só se referem à legenda como extensão do território dominado pelo “demo”, abreviatura de demônio. Na festa de oficialização da entrada do DEM no arco governista foi possível se deparar com as figuras mais tarimbadas da velha política no Estado. Dizem que só faltou Marco Maciel!

O que importa? O que vale é unir forças para derrotar Armando, profetizam os socialistas de verve conservadora, que só faltam comemorar a chegada ao palanque de Câmara de Severino Cavalcanti, o Zito de Macaparana, figura de proa do conservadorismo, símbolo do velho que tanto Eduardo combate hoje.

CORDA BAMBA– O ministro da Integração, Francisco Teixeira, agrada Dilma por ser um bom técnico, mas politicamente não vem atendendo ao seu partido, o PROS. Já chegou ao ministro Aloísio Mercadante (Casa Civil) pedido dos principais líderes da legenda para substitui-lo. O governador Cid Gomes e seu irmão Ciro Gomes não se opõem à mudança. Os líderes Givaldo Carimbão e Ataídes Oliveira esperam por uma definição de Mercadante ainda nesta semana.

Fora, Lula!– Depois do Encontro Nacional do PT em São Paulo, semana passada, perdeu substância o “Volta, Lula”. Caciques petistas garantem que o movimento tinha apoio residual no partido e que ele vinha de fora para enfraquecer a candidatura da presidente Dilma.

Unhas de fora– Eduardo Campos escolheu Minas Gerais para, ainda que timidamente, dar as primeiras alfinetadas no tucano Aécio Neves. Em visita a Belo Horizonte, Campos criticou o desempenho da educação em Minas em relação a Pernambuco. "Nós temos mais alunos em tempo integral em Pernambuco do que os Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro juntos”, afirmou.

Pé no traseiro- O prefeito Geraldo Júlio (PSB) deixou de fora Mevinha Queiroga, a rainha do romantismo, da 20ª Edição do Festival Nacional da Seresta, na Praça do Arsenal. Irmã do talentoso Lula Queiroga, a artista seria uma das mais esperadas e festejadas atrações do evento. Alguém deve ter feito intriga para convencer o prefeito a exclui-la da programação.

Chove, chuva!- Uma das regiões mais chuvosas do Estado, o Sertão do Pajeú está em festa. Em Santa Terezinha, por exemplo, já caíram 600 mm. Segundo o secretário de Agricultura, Aldo Santos, as chuvas registradas na área da seca já garantem pasto e água para o rebanho bovino ao longo dos próximos 10 meses, mesmo que a seca volte de forma impiedosa a partir de agosto.

CURTAS

CALOTE– O vereador Gilvan da Malhadinha, da bancada do PSD na Câmara de Cumaru, revela que os tratoristas contratados pelo programa Terra Pronta, do Governo do Estado, voltado para aração de terra, ainda não receberam um tostão pelos serviços prestados no ano passado.

ALÔ, CARUARU!- Depois de Serra Talhada, hoje é a vez de autografar Reféns da Seca em Caruaru. O lançamento está marcado para as 20 horas, no auditório do Sindicato dos Lojistas. Amanhã, já estarei cumprindo o mesmo roteiro em Bom Jardim.

Perguntar não ofende: Quando o governador João Lyra decide quem vai administrar Fernando de Noronha?

Integrantes do PROS se reuniram nesta terça-feira com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para reivindicar a substituição do ministro da Integração Nacional, Francisco José Teixeira. Eles condicionam o apoio do partido à reeleição da presidente Dilma Rousseff à essa troca, sob pena de apoiarem o candidato Eduardo Campos (PSB), que intensificou as conversas com a legenda nos últimos dias.

"Conversamos com o Mercadante na semana passada e colocamos esse pedido de substituição do ministro. Esperamos uma resposta nos próximos dias", afirmou o líder do PROS na Câmara, Givaldo Carimbão (AL). "O não atendimento desse pleito do partido dificulta muito uma aliança e o relacionamento num futuro próximo", ressaltou o deputado Salvador Zimbaldi (PROS-SP).

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O deputado Ronaldo Fonseca (DF) também endossou a percepção de Zimbaldi. Questionado se a "decisão" da bancada seria no sentido da defesa do movimento "volta, Lula", Fonseca afirmou: "Não. Será o movimento 'vem, Eduardo'". A possibilidade de apoiar Campos também estaria no radar do presidente da legenda, Eurípides Júnior, que se encontrou com ele em meados de abril. Além da queixa de que o atual ministro da Integração não atende a demandas da bancada, há também um incômodo entre integrantes da cúpula da legenda pelo fato de a presidente Dilma e integrantes do Palácio do Planalto concentrarem as negociações na figura do governador do Ceará, Cid Gomes.

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