Tópicos | Enem 2020

Em nota enviada à imprensa, o Ministério da Educação (MEC) divulgou uma série de medidas adotadas para o enfrentamento ao coronavírus. Segundo publicação dessa quarta-feira (25), algumas das ações desenvolvidas fora a criação do Comitê Operativo de Emergência, destinação de alimentos para merenda escolar e reforço de materiais de higiene nas escolas. No conteúdo, também consta uma informação importante para os candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Diante da pandemia da Covid-19, estudantes e professores passaram a questionar se o cronograma do Enem 2020 está mantido. O MEC respondeu: “Até o momento, os cronogramas das próximas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Programa Universidade para Todos (Prouni) e do Programa de Financiamento Estudantil (Fies) estão mantidos”.

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O Enem digital está marcado, até o momento, para os dias 11 e 18 de outubro. Já a prova tradicional está prevista para os dias 1º e 8 de novembro.

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Com a paralisação de inúmeras atividades no Brasil devido à pandemia do coronavírus, estudantes começaram a questionar se o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) manterá o cronograma ou se será adiado. Reportagem do jornal ‘O Globo’, por exemplo, traz informações de que no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela organização da prova, ocorrerem discussões sobre a possibilidade de mudanças nas datas de aplicação. O ministro da Educação Abraham Weintraub, por sua vez, usou o Twitter para rebater essas alegações.

“Tem um monte de vagabundo falando que não vai ter Enem neste ano. De novo, o objetivo é gerar pânico. Não teve discussão nenhuma ainda, tudo vai ser estabelecido conforme orientações do ministro Mandetta e do presidente Bolsonaro”, disse o ministro da Educação em seu Twitter. Confira:

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O Enem digital está marcado, até o momento, para os dias 11 e 18 de outubro. Já a prova tradicional está prevista para os dias 1º e 8 de novembro. Para mais informações sobre o Exame, siga o Instagram Vai Cair No Enem.

O programa Vai Cair No Enem desta semana está no ar. Nesta edição, biologia, uma das matérias mais importantes da prova do Exame Nacional do Ensino Médio, é destaque com uma aula exclusiva da professora Tayrine Rocha.

Na aula, a docente aborda os répteis. Segundo ela, esse grupo de animais pode ser cobrado nas questões da prova. Confira:

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A apresentadora Thayná Aguiar conduz o programa. Foto: Nathan Santos/LeiaJáImagens

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Em parceria com o LeiaJá, o projeto multimídia Vai Cair No Enem, que reúne dicas, aulas e notícias gratuitas sobre o Exame Nacional do Ensino Médio, inicia nesta quinta-feira (5) sua série de programas da temporada 2020. Mantendo o compromisso de compartilhar educação de qualidade na velocidade da internet, o Vai Cair No Enem debate, neste primeiro episódio, os impactos dos erros na correção da prova no ano passado,

Na pauta do primeiro programa, educadores também revelam suas expectativas para a prova regular deste ano, além da grande novidade: o Enem Digital. Participam das entrevistas os professores Fernando Beltrão (biologia), Fernanda Bérgamo (redação), Thais Almeida (história) e Benedito Serafim (geografia e atualidades.

“O primeiro programa do ano do Vai Cair no Enem não poderia ter outra temática. O Exame do ano passado foi marcado por falhas e as consequências também foram sentidas este ano. É mais do que necessário procurar saber como fica a credibilidade da prova em 2020. Além disso, temos a novidade do Enem Digital. Cinquenta mil alunos irão se submeter a ele. É um número significativo. Mas em contrapartida, vem o questionamento se temos estrutura tecnológica para isso”, destacou Thaynar Aguiar, apresentadora do programa.

O Vai Cair No Enem reúne dicas diárias e conteúdos exclusivos no Instagram e no nosso canal no YouTube. Os programas são exibidos todas as quintas-feiras, aqui no LeiaJá e em todas as plataformas do projeto. Confira, a seguir, o primeiro episódio de 2020:

Fevereiro é marcado por um dos períodos mais esperados por boa parte da população brasileira: o Carnaval. No entanto, enquanto umas pessoas caem na folia durante quatro dias, outras mantêm o foco e não param de se preparar para concursos e o tão esperado Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Se você é um dos foliões que vai participar do bloco "Os estudos nunca param", algumas dicas são essenciais para o seu aprendizado. 

O LeiaJá entrevistou professores de disciplinas cobradas no Enem. Eles elenceram assuntos recomendados para os estudantes revisarem no período carnavalesco.

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De acordo com os docentes, além de materiais teóricos, os feras podem apostar em seriados, filmes e músicas, desde que os temas abordados tenham relação com assuntos cobrados no Exame.

No total são oito disciplinas, durante quatro dias, então para manter o equilíbrio e não se embriagar de tanto conteúdo, separamos duas matérias para cada dia de folia. Os professores entrevistados são Maria Eduarda ( português), Cristiane Pantoja (sociologia, filosofia e história), André Luiz (biologia), Charliton Soares (geografia), Ricardo Rocha (matemática) e Josinaldo Lins (química). Confira o cronograma sugerido:

Sábado

Biologia:

Origem da vida e bioquímica

Matemática: 

Aritmética

Razão

Proporção

Regra de três

Porcentagem

Equação do primeiro grau 

Domingo

Português:

Funções da linguagem

Figuras de linguagem, 

Gênero e tipos textuais 

Interpretação de texto. 

Sociologia:

Papel de Comte e o positivismo

A origem e o desenvolvimento da sociologia

Segunda-feira

História: 

Pré-história (Focar na transição do paleolítico para o neolítico)

Idade dos metais

Idade antiga, oriental e ocidental. 

Química: 

Tabela periódica (Focar nas propriedades periódicas)

Ligações intra e intermoleculares

Terça-feira

Geografia: 

População

Cartografía

Recursos hídricos

Climatologia

Globalização

Indústria

Capitalismo

Filosofia:

Transição do mito para a filosofia

A redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é uma parte muito importante da composição da média geral dos estudantes que desejam uma vaga em cursos de nível superior. Em um país que apresenta deficiências no ensino e cerca de 30% da população é analfabeta funcional, de acordo com dados coletados pelo Instituto Paulo Montenegro e pela ONG Ação Educativa, escrever uma boa redação é um desafio para muitos estudantes. 

Se recuperar de uma nota baixa na redação é um desafio, mas com dedicação e esforço é possível conseguir uma pontuação melhor após um novo ano de estudos. Mariana Pavuna Tupinambá tem 20 anos, mora em Campinas, no interior de São Paulo, fez o Enem três vezes e deseja cursar medicina. Ela conta que estudou em escolas públicas e fazia bons textos, mas nunca tinha aprendido a estrutura textual exigida pelo Enem. 

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“Sempre fui uma aluna aplicada, fazia ótimas redações mas nunca me ensinaram a fazer uma redação com as características necessárias para passar, só me ensinaram a escrever em 4 parágrafos. Fiz o Enem em 2015 e em 2016 e minha nota foi por volta de 540”, contou a estudante. 

Os passos para aumentar a nota

Depois de dois anos sem treinar a produção de textos enquanto fazia um curso técnico em enfermagem, Mariana ganhou uma bolsa em um cursinho e voltou a estudar redação. Com as aulas e acompanhamento de professores, a jovem conseguiu uma melhora significativa e até uma aprovação. “Tive dois professores que foram incríveis. Foi uma luta conseguir aprender e entender todos os passos e a sua importância para o texto, mas eu consegui. Ainda não gabaritei, mas tirar 800 já foi uma grande vitória. Consegui uma bolsa pelo ProUni [Programa Universidade para Todos] e vou cursar enfermagem, porém continuarei estudando por conta pra medicina, quero fazer duas graduações”, contou ela. 

Victor Cunha tem 25 anos, é estudante de medicina da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau e fez o Enem cinco vezes até ser aprovado. Ainda como treineiro, em sua primeira redação, o estudante obteve 640 pontos. No terceiro ano do ensino médio e já decidido a se tornar médico, começou a estudar matérias isoladas em cursinhos preparatórios e conseguiu aumentar um pouco sua nota, atingindo 700 pontos. 

Foi depois de começar a se dedicar com mais atenção à redação que as notas de Victor começaram a ter um crescimento expressivo, chegando a 780, 800 e, por fim, a 900 pontos no ano de sua aprovação. Questionado sobre se conduziu seus estudos em direção à melhora da nota, o jovem explicou que o treinamento da escrita e a atenção à teoria de escrita de redações o ajudaram bastante. 

“No começo eu não tinha uma frequência alta de fazer redação. Fazia duas por mês e prestava atenção às aulas para entender, mas não era a pessoa que parava para ler a teoria de redação e tentava aplicar os conhecimentos que eu via em aula. Nesse ano que eu cresci, comecei a fazer redação semanalmente”, afirmou ele. 

O caminho da redação perfeita

Para a professora de linguagens e redação Lourdes Ribeiro, é normal que os estudantes se sintam impactados no primeiro momento em que recebem uma nota baixa, afinal, “ninguém espera passar o ano estudando e não ser aprovado”. De acordo com ela, passado esse momento, é hora de o estudante avaliar o resultado obtido. 

“Autocrítica é sempre bem-vinda e necessária. Acho válida a reflexão: o que eu não fiz ano passado que poderia fazer esse ano? Será que dei o meu melhor mesmo? Poderia me dedicar mais?”, disse a professora. 

Questionada sobre quais aspectos devem ser analisados pelos estudantes, a professora orientou os alunos a começarem observando a argumentação. “A argumentação, em geral, é o maior problema. Ele deve se colocar como leitor/avaliador, porque na hora da produção, o emocional atrapalha bastante. Ao reler, deve se perguntar se realmente os argumentos que usou estão convincentes o bastante. Em seguida, acompanhar as dicas do @vaicairnoenem durante o ano e praticar. A redação do Enem tem uma estrutura padrão. Praticar é a única maneira de fazê-la com êxito”, disse a Lourdes. 

Já a professora Fernanda Bérgamo, que também ensina linguagens e redação, orientou os estudantes a esperar pelo espelho da correção das redações do Enem, que será liberado em 17 de março deste ano, para entender quais foram as competências com maior perda de pontos e, a partir daí, poder se dedicar a corrigir as falhas. Confira, a seguir, um vídeo com mais dicas da professora:

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Passado o sufoco com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 e inconsistências no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), os alunos planejam uma nova rotina de estudos para o Enem 2020. Tanto nas instituições de ensino médio como em cursos preparatórios, o olhar dos vestibulandos estão voltados para o norteamento de conteúdos para este ano.

Em entrevista ao LeiaJá, o professor de geografia Charliton Soares explica com está o sentimento dos estudantes para este ano. “Ainda é cedo para observar uma expectativa vinda do aluno, mas acredito que eles estão mais assustados e desanimados diante de tudo que aconteceu com o Sisu [Sistema de Seleção Unificada]. Vai ficar mais claro no decorrer do ano”, revelou.

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No entanto, para ter acesso ao Sisu, Programa Universidade para Todos (Prouni) e ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) os vestibulandos precisam ter um bom desempenho nas provas do Exame. Boas notas no Enem são o primeiro passo para o sonho do ensino superior.

Enem 2020

Os professores acreditam que a prova desde ano será alinhada às abordagens realizadas no ano anterior. Como explica a professora de história Thais Almeida, “a prova deve vir parecida com a prova de 2019, ou seja, a mesma abordagem, o mesmo tipo de questão”. A docente ainda reforça que as questões seguem a tendência de evitarem “assuntos considerados polêmicos ou assuntos que tratam de temas que o atual governo rejeita no ponto de vista ideológico”, disse.

Em relação ao exame de 2019, estudantes relatam que as provas ficaram em nível inferior ao esperado e contam que a expectativa para esse ano é que as provas sejam aplicadas sem maiores problemas. O estudante André Britto Alves, 18, fala sobre como foi lidar com o exame. “Exigem muito de interpretação e estimulam a exaustão dos que as fazem”, critica.

Direcionamento

Para auxiliar os estudantes, preparamos uma lista com os principais conteúdos que devem ser cobrados no Enem 2020. Vejam as dicas compartilhadas pelos docentes Nylo Barros (matemática), Tereza Albuquerque (português e redação), Vitor Hugo (português e redação), Elias Arcanjo (física), Gilton Nascimento (química), Charliton Soares (geografia), Herbert Pinheiro (biologia), Thaís Almeida (história), Tiago Licarião (sociologia e filosofia).

Matemática

Aritmética

Porcentagem

Regra de três

Proporcionalidade de grandezas

Álgebra

Probabilidade

Médias

Escala

Estatística

Função de 1º e 2º graus

Logaritmo

Análise combinatória

Geometria

Triângulos

Áreas

Espacial

Linguagens

Efeito de sentido

Variação linguística

Gêneros textuais

Tipologia textual

Funções da linguagem

Coesão textual

Figuras de linguagem

Arte e cultura

Vanguardas Europeias

Modernismo (da semana de 22 aos autores contemporâneos)

Movimentos de contra cultura

Hipertexto

Intertextualidade

Conotação e denotação

Coesão e coerência textual

Gramática

Concordância

Regência

Crase

Pontuação

Emprego dos conectivos

Física

Mecânica (ênfase: trabalho e energia, cinemática e dinâmica)

Eletricidade (ênfase: eletrodinâmica /circuitos elétricos)

Ondulatória (ênfase: fenômenos ondulatórios)

Termologia (ênfase: calorimetria)

Óptica (ênfase: fundamentos da óptica e refração)

Química

Eletroquímica

Soluções

Termoquímica (ênfase: lei de Hess)

Equilíbrio químico

Química Geral

Atomística

Separação de misturas

Estequiometria

Química Orgânica

Isomeria

Polímeros

Reações orgânicas

Geografia

População

Geologia

Cartografia

Recursos Hídricos

Globalização

Climatologia

Indústria e Capitalismo

Agricultura

Biologia

Ecologia

Citologia

Fisiologia e Histologia Humana

Meio ambiente

Biotecnologia

História

Grécia Clássica

Construção do pensamento filosófico (passagem do mito ao logos)

Organização da vida política

Pensamento político e cultural

Mundo Medieval

Produção do pensamento científico

Estruturas políticas e sociais

Mundo Moderno

Desestruturação do mundo feudal: reforma protestante

Renascimento comercial e urbano

Surgimento da Imprensa

Desenvolvimento das bases filosóficas da ciência moderna

Sociologia

Sociologia do trabalho

Diversidade cultural e valores na sociedade

Indústria cultural, mídia e internet

Estado: direitos e democracia

Sociologia da globalização

Filosofia

Teorias éticas

Filosofia política: contratualismo

Filosofia de Aristóteles

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Os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 necessitarem de atendimento especializado terão um prazo maior para fazer a solicitação. A mudança é resultado de uma Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público Federal e foi anunciada nesta terça-feira (4).  

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os pedidos de atendimento poderão ser feitos após o período de inscrições no Enem, para atender a estudantes diagnosticados depois do prazo. A partir de 2020, os participantes que precisarem de atendimento especial poderão fazer o pedido até dez dias úteis antes da realização das provas ou até cinco dias úteis após o último domingo de aplicação. A nova regra, segundo o Inep, será publicada e detalhada no edital do exame.

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Atualmente, os participantes do Enem podem solicitar atendimento especializado, específico e por nome social, além de recursos de acessibilidade. É necessário comprovar a necessidade de atendimento por meio de documentos listados no edital do Enem. 

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Um dos principais pontos de atenção dos estudantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é a prova de redação. Ao realizar essa etapa e atendendo todos os critérios de pontuação previstos pelo banca corretora, o candidato terá sua nota final potencializada. No entanto, o que fazer para não zerar na prova?

Para ajudar os vestibulandos, o LeiaJá, em parceria com o Vai Cair no Enem, convidou o professor de Linguagens e redação Diogo Didier para comentar as orientações disponibilizadas pela "A redação no Enem 2020 – Cartilha do Participante". De acordo com a cartilha divulgada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as produções textuais no dia da realização da prova devem ser em formato de prosa, do tipo dissertativo-argumentativo e sobre um tema de ordem social, científica, cultural ou política.

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A cartilha ainda detalha que as redações serão avaliadas por, pelo menos, dois professores graduados em letras ou linguística, de forma independente, sem que um conheça a nota atribuída pelo outro. Os textos serão avaliados pelos docentes conforme as cinco competências da prova de redação. São elas:

1- domínio da escrita formal da língua portuguesa;

2- compreensão da proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa;

3- selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista;

4- demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação;

5 - elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

Nesse sentido, cada avaliador atribui notas que variam entre 0 e 200 pontos de acordo com cada uma das cinco competências, que poderão resultar na pontuação máxima de mil pontos na prova. Por outro lado, e ainda seguindo as recomendações da cartilha, há atitudes no momento de produzir um texto que o vestibulando não zerar a redação. 

O professor Diogo Didier destacou fuga ao tema, falta de respeito à tipologia textual e a cópia dos textos motivadores como os erros mais corriqueiros entre os estudantes e que devem ser evitados, para o candidato não zerar a redação. O docente também chama atenção para o problema da distorção do tema da redação. “Nessa pressa de conseguir contemplar o tema, os candidatos fazem uma leitura equivocada da proposta de redação ou apenas lendo a frase temática em si, descontextualizando ou desconsiderando o restante dos elementos que compõem o tema, que são os textos de apoio, textos motivadores que a gente chama e também as imagens”, explica o professor de Linguagens e redação Diogo Didier.

Mesmo com a recomendação para não copiar os textos motivacionais, Didier acrescenta que para alunos habilidosos com a escrita, em última instância, os textos motivacionais podem ser parafraseados. “Mas, lembrando sempre, o ideal é que o aluno tenha as próprias ideias, os próprios repertórios e que os textos motivadores sirvam apenas de inspiração, como de fato, esse é o propósito deles”, adverte o docente.

Os pontos destacados pelo professor de Linguagens e redação são mencionados na própria “A redação no Enem 2020 – Cartilha do Participante", divulgada pelo Inep. Confira, a seguir, as situações que podem zerar a redação segundo o documento:

Fuga total ao tema;

Não obediência ao tipo dissertativo-argumentativo;

Extensão de até sete linhas manuscritas, qualquer que seja o conteúdo, ou extensão de até dez linhas escritas no sistema Braille;

Cópia de texto(s) da prova de redação e/ou do caderno de questões sem que haja pelo menos oito linhas de produção própria do participante; Impropérios (ataques ou insultos), desenhos e outras formas propositais de anulação, em qualquer parte da folha de redação;

Números ou sinais gráficos sem função clara em qualquer parte do texto ou da folha de redação; Parte deliberadamente desconectada do tema proposto;

Assinatura, nome, iniciais, apelido, codinome ou rubrica fora do local devidamente designado para a assinatura do participante;

Texto predominante ou integralmente escrito em qualquer língua estrangeira;

Folha de redação em branco, mesmo que haja texto escrito na folha de rascunho; Texto ilegível, que impossibilite sua leitura do conteúdo.

Na cartilha, há ênfase nas partes “deliberadamente desconectadas do tema proposto”, que são compostas por reflexões do participante sobre o próprio processo de escrita, sobre a prova ou sobre o próprio desempenho dele no Exame, e que também devem ser evitados. O uso de bilhetes destinados, por exemplo, à banca avaliadora, assim como mensagens políticas ou de protesto, orações, mensagens religiosas, frases desconectadas do corpo do texto, trechos de música, de hino, de poema ou de qualquer texto, desde que estejam desarticulados da argumentação feita na redação, podem zerar a redação. “Em suma, para ter sua redação anulada por esse critério, é preciso que você insira, de forma proposital, pontual e desarticulada, elementos estranhos ao tema e ao seu projeto de texto ou que atentem contra a seriedade do exame”, informa trecho da Cartilha do Participante. Para acessar outras orientações que podem auxiliar no objetivo de não zerar a redação, basta acessar o documento "A redação no Enem 2020 – Cartilha do Participante".

As provas impressas do Enem 2020 serão aplicadas neste domingo e no 24 de janeiro; a versão digital ocorrerá nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. O Inep também salienta que os critérios para zerar a prova de redação são os mesmos aplicadas aos participantes com dislexia ou deficiência auditiva. Porém, os candidatos serão avaliados por uma banca avaliadora especializada nas necessidades deste grupo.

Com a chegada de 2020, também inicia a preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Atualmente, o Enem é a prova mais importante para os estudantes que buscam uma vaga no ensino superior, seja ele público ou privado. A partir dela, podem ser obtidas notas para ingresso em universidades e institutos federais, além de programas governamentais que facilitam o acesso em instituições privadas de ensino superior.

Mas, para conseguir benefícios como a aprovação no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) ou até mesmo no Programa Universidade para Todos (Prouni), é preciso ter um bom desempenho no Enem, onde todo o sonho começa. Seja por um bom planejamento de estudos, um cronograma bem elaborado, ou no próprio dia a dia, é necessário entender quais assuntos mergulhar no mar de conteúdos que podem ser abordados. 

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Segundo o professor de geografia Tiago Félix, o momento é de organização para o resto do ano. “Eu aconselho que em janeiro seja o momento de o estudante pesquisar onde ele vai fazer o curso [preparatório para vestibular], pesquisar e organizar material, montar o seu horário de estudo, planejar como vai ser 2020”, disse, em entrevista ao LeiaJá

Ainda de acordo com o docente, é importante começar o ano de estudos relaxado. “Terminando isso, para começar em fevereiro, se sobrar tempo agora em janeiro, o ideal é que ele descanse para começar bem. Também pode fazer algumas leituras paradidáticas, então alguns livros de literatura são legais, de história, porque vai acrescentar ao estudante no ano no vestibular”, completou o Xavier.

2020 será igual a 2019

Quem fez a prova do Enem em 2019 e pretende fazê-la em 2020 irá encontrar o mesmo estilo de prova, segundo o professor de história Everaldo Chaves. De acordo com o docente, a mesma “linha de racioncínio” no exame, em termos de conteúdo, deverá ser implementada no ano novo. “Acredito que a prova vai explorar mais assuntos antigos porque são assuntos menos polêmicos. Já que o governo acredita em uma prova que não seja ideológica, a gente subentende isso”, disse.

Novo banco de questões

Já o professor Everaldo Chaves acredita que a prova de 2020 será reformulada. Segundo ele, um novo banco de questões pode estar sendo elaborado pelo atual governo federal para que sejam aplicadas na prova deste ano. “A tendência é que em 2020 a prova do Enem seja elaborada pelo governo atual. Então acredito em questões mais diretas, questões mais conteudistas, que explorem mais o conhecimento técnico do aluno. Para o fera que quer iniciar os estudos, ele deve focar nisso”, disse.

Abaixo, confira uma lista com as opostas dos professores para os assuntos de todas as disciplinas que devem ser cobrados no Enem 2020. As dicas são dos docentes Tiago Félix (geografia), Everaldo Chaves (história), Thais Almeida (socilogia e filosofia), Josicleide Guilhermino (Linguagens), Ricardo Rocha (matemática), Berg Figueiredo (química), Carlos Júnior (física) e André Luiz (biologia).

Geografia

População, Migração e Urbanização

Globalização

Clima e Pedologia - estudos, formação e impactos dos solos

História

Grécia Antiga

Roma Antiga

Idade Média

Brasil Colonial

República Velha

Escravidão

Sociologia

Democracias 

Instituições sociais 

Pensamento sociológico brasileiro (os clássicos)

Filosofia

Iluminismo 

Pré-socráticos 

Epistemologia moderna

Linguagens

Interpretação de texto

Funções da linguagem

Elementos da comunicação

Conceitos semânticos (sinônimo/antônimo...)

Norma culta e coloquial

Preconceito Linguístico

Gêneros textuais

Análise de Obras artísticas (pintura/escultura...)

Renascimento

Figuras de linguagem

Movimentos literários

Matemática

Álgebra

Razão

Proporção

Porcentagem

Regra de Três

Cálculo simples com fração

Cálculo simples com decimais

Raciocínio Lógico

Função do 1° grau

Função do 2° grau

Log

Arranjo 

Permutação

Combinação simples

Matrizes

Figuras (cubo, cilindro, cone, paralelepípedo

Geometria

Triângulos

Trigonometria

Teorema de Pitágoras

Áreas de figuras planas

Trigonometria no ciclo

Geometria analítica

Física

Leis de OHM

(Resistor ôhmico e Resistividade)

Associação de Resistores 

(Quando estiverem dispostos em série,paralelo e mista)

Potência elétrica e consumo elétrico.

(Potência de aparelhos elétricos e consumo de energia elétrica nas residências)

Química

Química Geral

Propriedades da Matéria

Modelos Atômicos

Tabela Periódica e Propriedades Periódicas

Interações Intermoleculares

Funções Inorgânicas

Reações Químicas

Cálculos Estequiométrico

Físico-química

Soluções

Propriedades Coligativas

Termoquímica

Cinética Química

Equilíbrio Químico e pH

Eletroquímica, (Pilha e Eletrólise)

Radioatividade

Química Orgânica

Propriedades dos Compostos Orgânicos

Funções Orgânicas

Isomeria

Reações Orgânicas

Biologia

Ecologia

Citologia

Fisiologia

Programa de saúde

Seres vivos

Genética

Biotecnologia

As provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 foram realizadas nas primeiras semanas de novembro e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, na última quarta-feira (18), a data em que as notas dos participantes serão disponibilizadas para consulta. Com a aproximação das festividades de Natal e Ano Novo, muitos estudantes já começam a pensar em 2020 e se dividir entre tirar algum tempo para férias e continuar os estudos.

Andréa Tabatchnick, de 21 anos, que deseja cursar medicina, já fez a prova do Enem seis vezes (duas por experiência) e conta que no início de sua trajetória definia um período de férias, mas decidiu mudar de estratégia. “Com a maturidade eu comecei a estudar logo após o resultado do Enem, já fui ao cursinho ver meus professores para saber os pontos em que eu preciso melhorar para o próximo ano, caso eu não passe”, disse ela. A estudante também explicou que, apesar de iniciar os estudos cedo, a princípio a carga de preparação é bem mais leve. 

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Já Maria Clara, de 18 anos, acabou de terminar o ensino médio e fez seu primeiro Enem ainda se decidindo entre os cursos de letras e direito. A jovem, que também fez cursinho preparatório, teve provas na escola logo após o Enem e decidiu tirar um pouco de tempo para si mesma em seguida, mas já retomou os estudos de modo mais leve. “É importante dar uma pausa para organizar mais as ideias porque parece que antes do Enem a gente sai um pouco de si, fica sensível por qualquer coisa. Eu pretendo voltar [a estudar] de forma mais intensa em fevereiro”, disse Maria Clara. 

Com a palavra, os professores

Para o professor de redação e Linguagens Isaac Melo, “o aluno deve começar a estudar para o Enem a partir do Enem, pois a aprovação é incerta”. Na visão dele, estudantes que ainda estão na escola devem fazer as provas do Exame por experiência desde o primeiro ano do ensino médio. Ainda de acordo com o professor, o aluno que já está tentando entrar na universidade deve começar a se preparar sempre no ano anterior. O objetivo, segundo ele, é avaliar as áreas com mais erros e acertos para planejar melhor os estudos durante o ano de preparação.  

“O Enem quer que você tenha um mínimo de conhecimento em todas as áreas, mas aí você tem um déficit maior em alguma e sabe disso quando faz a prova. Já a partir dali você começa a estudar. Se passar, bem, estudar nunca é demais. Se não passar, você já está encaminhado e com metade do atraso sanado”, disse o professor. 

Josicleide Guilhermino, também da área de redação e Linguagens, explica que o momento de iniciar os estudos para o próximo Enem depende de como foi o ano do estudante. “Para aquele aluno que fez o Enem este ano de forma consciente, o ideal é que aguarde o resultado e depois tome as próximas decisões caso não seja satisfatório. Agora aquele aluno que fez por experiência ou não teve uma dedicação adequada, quanto mais cedo melhor”, explicou a professora. 

A professora Josicleide também orienta os estudantes que não alcançaram resultados satisfatórios a dedicarem algum tempo para lidar com a situação. “Quando o resultado não é satisfatório, isso gera naturalmente frustração, que é do ser humano. Para esse aluno, eu recomendo um momento de uma semana para poder se reequilibrar, vivenciar esse frustração e recomeçar esse processo de estudos que ele já tinha desde o ano anterior”, disse ela. 

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O Ministério da Educação (MEC) publicou, no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (3), o cronograma da edição 2020 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Por meio do processo seletivo, os candidatos utilizam notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para ingressar em universidades públicas e institutos federais.

Segundo a publicação do DOU, as inscrições poderão ser feitas do dia 21 a 24 de janeiro de 2020 pelo site do Sisu. Já a divulgação do resultado está prevista para o dia 28 do mesmo mês.

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Ainda de acordo com o Diário Oficial da União, as matrículas deverão ser feitas de 29 de janeiro até 4 de fevereiro do próximo ano. O período de lançamento da ocupação das vagas por parte das instituições de ensino participantes será de 29 de janeiro a 7 de fevereiro.

O MEC ainda detalhou informações sobre manifestação de interesse para participação na lista de espera. As datas para esse procedimento são de 29 de janeiro a 4 de fevereiro. Mais informações podem ser obtidas no endereço eletrônico do Sisu.

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