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A divulgação do Enem Digital, que terá sua aplicação piloto iniciada já neste ano de 2020, tinha trazido para os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a possibilidade de optar entre dois modelos de prova distintos. Esses modelos podem ser escolhidos conforme o número de vagas e a cidade de residênciad o candidato. Em 2026, a modalidade digital deverá ser totalmente implantada, segundo o Ministério da Educação (MEC). 

Nos últimos dias, contudo, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, anunciou a criação do Enem Seriado, que será uma ampliação para aplicação anual e em todas as séries do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) a partir de 2021. A medida também vale para ingresso no ensino superior de 2024 em diante. A prova será digital e aplicada nas próprias escolas através de tablets fornecidos pelo Inep.

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Com mais essa opção, até 2026 os estudantes que sonham com uma vaga nas universidades terão três modalidades distintas de prova que permitirão acesso ao ensino superior diretamente ou por meio de políticas do governo, como o Programa Universidade Para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), por exemplo. Diante disso, o LeiaJá ouviu professores para explicar as vantagens e desvantagens que cada prova apresenta e qual delas é a ideal para cada estudante. 

Enem Seriado 

Para Wagner Rocha, professor de geografia há 18 anos, o Enem Seriado tem como qualidade permitir ao aluno a construção da nota ano após ano, e lembrou que a Universidade de Pernambuco (UPE) já conta com o modelo seriado de seleção. 

“A partir do 1º ano do ensino médio a gente vai ter o que já ocorre aqui em Pernambuco. Eu vejo o [Enem] Seriado como uma coisa muito positiva, porque é mais uma porta de entrada no ensino superior e isso vai diminuir aquela ansiedade que o aluno vai para a prova e vê aquilo como uma última oportunidade que ele tem, se não só tem para o ano”, disse o professor. 

O professor de física Nilson Lourenço trabalha há 37 anos com vestibulares e com o Enem desde 1998, quando a prova foi criada. Ele afirma com base em sua experiência que os estudantes que passam o ensino médio se dedicando a provas seriadas costumam também ter sucesso em outras provas, como o Enem, e conseguem aprovação, motivo pelo qual ele vê o Enem Seriado com bons olhos. “O aluno que for esperto vai ter um menor conteúdo ano a ano, se ele, ou alguém orientá-lo, será uma maravilha. Hoje os alunos que se dedicam ao SSA e passam na UPE têm notas para passar em muitas federais.” disse o professor. 

Nilson lembra, no entanto, que avaliações continuadas, como é o caso dos vestibulares seriados da Universidade de Pernambuco (UPE), Universidade de Brasília (UNB) e do Enem Seriado, têm assuntos cumulativos até o terceiro ano, favorecendo mais alunos que estudam bem durante todo o ensino médio. “Quem deixar só para o terceiro ano tem uma prova cumulativa, são os assuntos dos três anos”, alertou ele.

O modelo seriado de avaliação também é elogiado pela professora de história Thaís Almeida, ao lembrar que provas aplicadas uma única vez no ano ao final do ensino médio nem sempre avaliam todo o conhecimento do estudante. “Quando o aluno só tem a opção da prova tradicional, a gente sabe que nem sempre essa prova consegue dar conta de realmente avaliar o aluno em tudo que ele construiu ao longo do ensino médio dele. A ideia de uma avaliação continuada é muito positiva e diminui injustiças”, declarou a professora, fazendo a ressalva de que a prova deve ser aplicada em formato físico e não digital. 

Para o professor de Linguagens e redação Isaac Melo, dois aspectos positivos do Enem Seriado são o fornecimento de informações sobre alunos, professores e escolas para a sociedade e a possibilidade de fazer tanto da modalidade seriada quanto o Enem aplicado no terceiro ano do ensino médio. “O Enem Seriado traz para o professor, para o diretor, para a logística que está sendo feita e para os projetos pedagógicos da escola uma informação importantíssima. A segunda parte positiva é poder fazer com que ele tenha uma quantidade menor de coisas para estudar em um ano. Esse aluno pode no final do ano optar pelo que ele fez no seriado e também fazer o Enem”, disse ele. 

No entanto, Isaac também faz uma ressalva no que diz respeito a possíveis consequências da implantação do Enem Seriado no sistema de ensino das escolas do país. “Se o alvo do 1º, 2º e 3º ano for fazer a prova do Enem, a educação, penso eu, cai por terra, porque perde aí nesse meio a formação humana tão importante. Claro, tem escolas que conseguem trabalhar o lado humano e emocional dos alunos e prepará-los para uma prova. O que me preocupa somente é isso, formar alunos para responder uma prova no final do ano que vai ser a prova que vai ditar se o colégio presta ou não presta, se o professor presta ou não presta, se o aluno é bom ou ruim. Isso é bem perigoso”.  

Enem Digital

Questionada sobre as vantagens trazidas pela inserção do modelo digital na prova do Enem, a professora Thaís Almeida afirmou não ver nenhuma. “No contexto atual eu não vejo nenhum ponto positivo. Eu acho um modelo de prova que abre muito espaço para fraude, que desconsidera todas as desigualdades entre os estudantes do Brasil. Não há nenhum projeto paralelo do Governo Federal que busque melhorar a infraestrutura das escolas tanto para preparar os alunos para fazer uma prova no modelo digital quanto para apropriar os espaços das escolas para receber todos os alunos do Brasil que fazem a prova”, afirmou ela. 

Para o professor Nilson, a inserção dos estudantes no universo on-line e a economia de papel, com benefícios ao meio-ambiente, são pontos positivos do Enem Digital. No entanto, ele faz algumas ressalvas a respeito do fato de que muitos estudantes estão em condições desiguais de acesso à tecnologia. 

“Nem todos os alunos tem em mãos os computadores, para praticarem, para se habituarem, lembremos que 66% dos alunos que prestam o vestibular são de escolas públicas e muitos não têm nem internet. Claro, primeiro temos que ter um internet de qualidade para todos. Todos têm que ter o hábito de resolver questões on-line, mas isso por enquanto é um sonho. Ler um livro, papel na mão, e outro digital, é bem diferente. Imagina fazendo contas. No papel é só virar, voltar páginas. Isso [aumento do tempo de resposta em provas digitais] está sendo dito pelos alunos com as aulas on-line” afirmou o professor de física. 

O professor de geografia Wagner Rocha criticou a decisão do Inep e do Ministério da Educação (MEC) de já iniciarem a aplicação piloto do Enem Digital valendo nota e vaga nas universidades, sem um primeiro momento de testes. “Acredito que cometeram um erro muito grande, porque não teve uma fase de teste para os alunos. Eu não acho salutar, eu não acho prudente um aluno que esteja bem preparado ir por essa modalidade digital no presente momento. Apesar de que eu acho, sim, uma grande ideia, baseado na revolução 4.0, mas ao mesmo tempo a gente sabe que um quarto da população brasileira não dispõe de internet”, disse o professor. 

Wagner aponta também algumas vantagens do Enem Digital em relação à prova tradicional, como alguns recursos audiovisuais e de interatividade para contexto das questões que, para ele, podem ajudar na compreensão do aluno. “Vejo que tem ganhos futuros, porque essas provas podem ser mais dinâmicas, conter gráficos, infográficos, animação, gamificação, tudo isso que faz parte da nova indústria 4.0 que a gente tá falando, mas é importante também pensar na inclusão e pensar em todos, não apenas pensar em alguns”, disse o professor.

O professor Isaac Melo tem a mesma visão positiva a respeito da interatividade do Enem Digital, mas faz uma crítica ao lembrar que o modelo exclui as pessoas com necessidades especiais. “Se a tecnologia entra, ela deve entrar não somente para teste tecnológico mas também para incluir. Já estou triste porque o ano piloto, que é este ano, já exclui quem mais precisa da tecnologia para ser inserido, existe aí uma incoerência”, afirmou ele. 

Questionado sobre o que levar em consideração na hora de escolher entre a prova tradicional ou digitalizada, o professor Isaac orientou os estudantes a avaliar o seu processo de preparação ao longo do ano. “Quando o aluno se prepara o ano inteiro fazendo questões no papel, ele deve sem dúvida nenhuma optar pelo Enem de papel. Agora se ele tem uma habilidade muito boa, o colégio dele ajuda nessa interpretação da linguagem tecnológica, então o que ele tem que fazer mesmo é o Enem tecnológico”, disse o professor. 

Enem Tradicional 

Para o professor Nilson Lourenço, a prova tradicional é o modelo que ele acha melhor pela vantagem de ter a prova na mão. “O [Enem] on-line será uma realidade no futuro. Eles [os alunos] vão começar a se adaptar. Acredito que em mais dois, três anos, eles já vão optar [pelo Enem Digital], porque os cursos e os colégios vão começar a investir nesse sistema” disse o professor. 

O professor Wagner Rocha enxerga como qualidades do Enem tradicional o formato das questões e também a possibilidade dos estudantes concorrerem a diversas universidades em todo o país e no exterior com a nota da prova. No entanto, ele avalia que parte dessas características foi perdida na edição de 2019. 

“É um ponto positivo demais ter uma prova aceita em todo o Brasil e fora do Brasil. Sou fã do Enem quando quebrou pegadinha, decoreba, aquela questão que favorecia muito mais memorização do que o aluno que contextualizava, que pensava. O lado ruim do Enem é porque pelo menos na última versão da prova ela tá indo na contramão da essência da criação do Enem. As questões do ano passado foram pobres, pouco contextualizadas, questões que em alguns casos eram muito conteudistas, priorizavam também a memorização”, afirmou Wagner. 

Para o professor, outro ponto negativo da prova são as falhas de segurança que o Enem tradicional já apresentou. “Ano passado a gente viu a questão das notas com grandes assimetrias. Tem alunos que deveriam estar na universidade e não estão por erro do sistema, que não tiveram respostas quando o próprio ministro disse que todos teriam respostas via e-mail e ele iria analisar caso por caso. Não é apenas a prova, mas também tem o pós-prova e o órgão competente ele tem que dar suporte para todos aqueles que fizeram prova e de alguma forma se sentiram prejudicados”, declarou Wagner. 

Para a professora Thaís Almeida, o Enem Tradicional é uma ótima prova e, apesar de ter apresentado problemas em anos anteriores, não tem falhas em sua concepção enquanto exame. O problema, para ela, está na gestão do órgão executor da prova. 

“O Enem tradicional eu acho uma prova muito boa. Os problemas que tiveram até agora eu acho que foram relativos à gestão do Estado, como o Inep vem gerindo a prova de uma maneira completamente ineficiente mas não é um problema da prova em si. A prova do Enem tem uma qualidade muito boa, um sistema de avaliação por habilidades e competências muito bom, muito moderno, que inclusive é usado por vários outros sistemas seletivos do mundo. O problema que eu teria para apontar seria a gestão do Inep atual, não da prova”, declarou Thaís. 

Na visão do professor Isaac Melo, o contra do Enem Tradicional, quando comparado à versão digital, é a falta de dinamismo da prova, que só tem imagens e textos para contextualizar as questões. No entanto, ele não deixa de destacar o fato de que fazer uma prova já conhecida, para a qual o estudante sempre se preparou, é uma vantagem. 

“Para os que vão fazer Enem Tradicional, o contra é não ter a interação que terão os que vão fazer a prova digital, porque o formato digital tem o game, tem o infográfico animado. Mas o que ganha a pessoa que fará no formato tradicional é poder fazer dentro do formato em que está acostumado. Isso gera menos tensão, menos medo, então não haverá nenhuma novidade para além daquela que ele se preparou para fazer o ano inteiro. O Enem Tradicional tem coisas positivas e negativas”, disse o professor. 

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Mais de 3 milhões de estudantes já estão inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. O número foi atualizado às 13h45 desta sexta-feira (15) e divulgado pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, em sua conta no Twitter.

Ao total, o montante de candidatos já soma 3.055.430. Desse número, 2.955.820 se candidataram ao Enem impresso, enquanto se inscreveram no Enem Digital. As inscrições para o Enem foram abertas na última segunda-feira (11) e seguem até o dia 22 de maio. 

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Os interessados podem fazer as candidaturas pela Página do Participante, na internet. É preciso ter cadastro no portal único do Governo Federal, o gov.br. As provas do Enem impresso serão aplicadas no dias 1º e 8 de novembro, enquanto o  projeto piloto do Enem Digital terá aplicação em 22 e 29 de novembro.

Para ajudar os estudantes que ainda não se inscreveram, o Vai Cair no Enem, projeto  multimídia realizado em parceria com o LeiaJá, preparou um tutorial sobre como fazer as inscrições no Enem 2020. Confira abaixo:

Em seu terceiro dia de inscrições, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já registrou 2.382.237 de inscrições até às 16h desta quarta-feira (13), de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). As inscrições vão até o dia 22 de maio através da Página do Participante.

Do total, 2.286.611 de participantes optaram pela versão impressa da prova, enquanto 95.626 estudantes escolheram participar da aplicação piloto do Enem Digital. A taxa de inscrição para o ano de 2020 custa R$ 85 e os estudantes que se encaixam nos critérios definidos pelo edital do Enem para receber isenção terão a gratuidade assegurada mesmo se não tiverem realizado o pedido formal, segundo o Inep. 

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Neste ano, a versão impressa da prova será realizada nos dias 1º e 8 de novembro, enquanto o Enem Digital está previsto para os dias 22 e 29 do mesmo mês. As provas de linguagens, ciências humanas, ciências da natureza e matemática têm 45 questões cada, e os participantes também fazem uma redação. 

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) divulgou, no fim da manhã desta terça-feira (12), que restam apenas 8 mil vagas para os participantes que desejam realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na modalidade digital. O órgão ainda informa que a prova impressa contabilizou, até 10h, 1.455.736 inscrições;

Já o Enem Digital, até o momento, conseguiu bater a marca de 92.935 inscritos. As inscrições podem ser feitas até o dia 22 deste mês, na Página do Participante

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As provas do Enem impresso serão aplicadas nos dias 1º e 8 de novembro, enquanto o Enem Digital será realizado nos dias 22 e 29 do mesmo mês. Para mais informações, siga o Instagram @vaicairnoenem.

Com mais de 90% das vagas ocupadas na versão digital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, desde a abertura das inscrições, as datas da modalidade coincidem com os dias de aplicação das provas de dois dos principais vestibulares do estado de São Paulo. O Enem Digital seria aplicado nos dias 22 e 29 de novembro. 

Nestes mesmo dias também serão aplicadas a primeira fase da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 22 de novembro, e a primeira fase da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), que seleciona estudantes para a Universidade de São Paulo (USP), no dia 29. 

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Inicialmente a versão digital seria aplicada em outubro. No entanto, em abril, após decisão da Justiça, foi estabelecido mudanças no cronograma da prova, devido ao avanço da pandemia do coronavírus no país. Diante da situação, foi publicado no Diário Oficial da União, em 22 abril, a alteração no calendário de aplicação da prova. 

Vale ressaltar, no entanto, que o calendário da Unicamp já havia sido divulgado desde 6 de abril, assim como todo o cronograma. Já o cronograma da Fuvest, por outro lado, foi publicado no mesmo dia em que o Ministério da Educação (MEC) oficializou a mudança no Enem Digital. 

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O ministro da Educação, Abraham Weintraub, publicou, em seu perfil no Twitter, na manhã desta terça-feira (12), que 90% das vagas para o Enem Digital já estão preenchidas. De acordo com a postagem, às 23h desta segunda-feira (11), eram 91.266 candidaturas para a modalidade. O Enem Digital oferece, nesta primeira edição, 100 mil vagas no Brasil.

Já a quantidade de inscritos na versão impressa era de 1.343.467, totalizando 1.434.733 de inscrições no total. O número é superior em relação ao primeiro dia de candidaturas do ano passado, que foi de 1.316.607 inscritos, segundo Weintraub. A modalidade on-line será aplicada em 99 cidades, distribuídas entre todos os estados e Distrito Federal.

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Segundo informações divulgadas pela Agência Brasil, a versão digital já tinha sido esgotada em 44 cidades. São elas: Maceió (AL), Macapá (AP), Manaus (AM), Salvador (BA), Feira de Santana (BA), Quixadá (CE), Sobral (CE), Fortaleza (CE), Brasília (DF), Vila Velha (ES), Cariacica (ES), Cachoeiro de Itapemirim (ES), Vitória (ES), Anápolis (GO), Goiânia (GO), Imperatriz (MA), São Luiz (MA), Dourados (MS), Contagem (MG), Betim (MG), Governador Valadares (MG), Ipatinga (MG), Belém (PA), Santarém (PA), Francisco Beltrão (PR), Recife (PE), Petrolina (PE), Caruaru (PE), Teresina (PI), Parnaíba (PI), Duque de Caxias (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Rio de Janeiro (RJ), São Gonçalo (RJ), Petrópolis (RJ), Santa Maria (RS), Porto Alegre (RS), Boa Vista (RR), Criciúma (SC), São José do Rio Preto (SP), Sorocaba (SP), Osasco (SP), Barueri (SP) e Santos (SP).

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As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já podem ser feitas. O sistema da candidaturas dos estudantes já está disponível, na internet. Para realizá-las, basta acessar a Página do Participante. As inscrições podem ser fetas até o dia 22 deste mês.

Nesta edição do Enem, os estudantes poderão optar por fazer a prova tradicional ou a prova digital. O participante que optar por fazer o Enem impresso não poderá se inscrever na edição digital e, após concluir o processo, não poderá alterar sua opção.

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Os dois tipos de prova terão a mesma estrutura: serãoquatro provas objetivas, em dois dias de aplicação, constituídas por 45 questões cada, e uma redação em língua portuguesa. Durante o processo de inscrição, o participante deverá selecionar uma opção de língua estrangeira - inglês ou espanhol.

Neste ano, também será obrigatória a inclusão de uma foto atual do participante no sistema de inscrição. O valor da taxa de inscrição é de R$ 85 e deverá ser pago até 28 de maio.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) garantiu que os estudantes que se enquadrarem nos perfis especificados nos editais, mesmo sem o pedido formal, terão isenção da taxa. Essa medida vale tanto para o Enem Digital quando o Enem impresso e é válida, inclusive, aos isentos em 2019 que faltaram aos dois dias de prova e não tenham justificado ausência.

As provas do Enem impresso serão aplicadas nos dias 1º e 8 de novembro, enquanto o Enem Digital será realizado nos dias 22 e 29 do mesmo mês.

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 Quem deseja ingressar em uma instituição de ensino superior em 2021 pode se candidatar, a partir do dia 11 de maio, ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. Além da prova física, os estudantes poderão optar, no ato da inscrição, pela versão digital.

Agora, os candidatos de todos Estados e do Distrito Federal serão contemplados no Enem Digital. Confira as vagas disponibilizadas para cada município:

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As provas impressas estão programadas para 1º e 8 de novembro. Já o Enem Digital deverá ser realizado nos dias 22 e 29 de novembro. Saiba mais informações sobre a prova.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciou, na noite desta sexta-feira (17), uma mudança importante no cronograma do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A versão digital, cujas provas seriam realizadas em 1º e 8 de outubro, passará para 22 e 29 de novembro.

O Enem impresso, segundo o Inep, continua nos dias 1º e 8 de novembro. Em live realizada nesta sexta-feira, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, garantiu que o Exame está mantido.

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“Vai ter Enem sim! Algum tempo, a esquerda está tentando fazer com que não tenha Enem. O Enem impresso continua na mesma data, dia 1º e 8 de novembro. O Enem Digital a gente está pensando em passar ele para novembro também”, declarou o ministro da Educação, sem confirmar os reais motivos do adiamento da versão digital. É possível, porém, que a pandemia do novo coronavírus seja uma das razões.

Essas e outras informações podem ser conferidas no Vai Cair No Enem. Todas os dias, além de notícias, o Instagram do projeto reúne aulas e dicas exclusiva para os candidatos da prova, com professores de todo o Brasil.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciou que vai redimensionar a distribuição das vagas disponíveis na aplicação-piloto do Enem Digital. O objetivo da mudança, segundo o órgão, é atender a demandas no sentido de que todos os estados do Brasil recebam vagas da nova versão do Exame Nacional do Ensino Médio.

Na primeira distribuição, anunciada nessa terça-feira (31), apenas 17 estados foram contemplados com aproximadamente 100 mil vagas, que eram ainda divididas entre municípios específicos. A nova tabela de vagas, segundo o Inep, “será publicada oportunamente” no Diário Oficial da União.

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Concentração

O LeiaJá fez uma análise dos números divulgados pelo Inep, na qual ficou constatada uma enorme concentração do quantitativo de vagas na região sudeste do Brasil, principalmente no Estado de São Paulo, que recebeu recebeu 23.479 vagas para o Enem Digital, contra apenas 11.062 para o Rio de Janeiro, 1.656 para Goiás, 840 para Pernambuco e 2.677 para a Bahia, por exemplo. No entanto, a discrepância na distribuição não é comparável apenas com outros estados, mas também com regiões inteiras.

As 23.479 vagas disponíveis para estudantes de São Paulo representavam aproximadamente 91.5% do total que foi destinado para todos os estados do Nordeste que tiveram municípios escolhidos pelo Inep. Juntos, eles somam 25.652 vagas para participantes que queiram fazer o Enem Digital já em 2020. O número chega, inclusive, a ultrapassar o total de vagas disponíveis nas regiões Norte (728), Centro-Oeste (9.085) e Sul (10.371).

Questionado pelo LeiaJá acerca do motivo de tamanha concentração do número de vagas em uma localidade diante da escassez em outras regiões do país, o Inep respondeu apenas com a nota oficial em que anunciou que a distribuição será redimensionada.

A meta do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é que até o ano de 2026 todo o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) esteja completamente digitalizado. A edição de 2020 será a primeira em que os alunos poderão optar pela prova tradicional ou testar a novidade, e terá 100 mil vagas para os participantes que cumpram os requisitos necessários. 

No entanto, o Enem Digital ainda não chegará a todo o Brasil. Segundo o Inep, apenas os participantes que se inscreverem para responder às questões nos municípios previamente selecionados para receber o novo formato do exame podem optar pela versão digital. Confira a distribuição de vagas por cidade: 

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Neste ano, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) contará com uma versão digital além da prova impressa. O LeiaJá, em parceria com o projeto Vai Cair No Enem, ouviu professores que analisaram, com exclusividade, o novo modelo de aplicação. Os docentes revelaram o que, para eles, são as vantagens e desvantagens do exame digital.

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Para o professor de química Josinaldo Lins, de modo geral, o Enem Digital traz uma realidade que está presente no cotidiano de muitas pessoas: o uso de ferramentas tecnológicas. Apesar de suas "óbvias limitações", a prova digital repete algo que é feito, só que em escala muito maior, em cursos de EaD. Para as questões de química, o docente não acredita em grandes diferenças das abordagens tradicionais dos conteúdos. “Espera-se gráficos de melhor qualidade e resolução, além de enunciados mais concisos. Mas adiante, é possível até que se utilize recursos, como vídeos e animações para ajudar na compreensão do enunciado”, comentou Lins.

Além dos pontos positivos, Josinaldo ressalta algumas limitações na versão digital:

O acesso a computadores e a velocidade de transmissão de dados não são uniformes em se tratando de Brasil; a obsolescência de equipamentos e a baixa qualidade são a tônica.

A limitação no número de inscritos e a maneira pela qual vai ser feito o processo de inscrição privilegia quem tem melhor acesso a internet

A proibição de quem vai fazer Enem Digital de se inscrever na prova escrita, a ser realizada um mês depois. E se as provas não mantiverem o mesmo padrão? O mesmo nível? O fera pode ter apostado todas as fichas em algo que pode tirar sua vaga, ao invés de garantir.

A professora de redação Josicleide Guilhermino também aponta vantagens e desvantagens do exame digital. Ela inicia detalhando os pontos positivos:

A meta é que até 2026 a prova chegue a quatro aplicações, todas elas digitais, o que dá ao aluno maior liberdade de escolha.

Com mais de uma aplicação tem-se automaticamente ampliação do banco de dados (onde ficam armazenadas as questões), o que diversifica mais a prova em termos de conteúdo, exigindo do aluno maior interligação entre as áreas e não um saber fragmentado.

Enem digital facilitará a adaptação ao novo ensino médio, que deve ser implantado em 2021.

A prova deve ficar mais interativa, com vídeos, jogos, entre outros recursos. 

Vantagem ecológica, economia de papel, menor agressão à natureza, economia para os cofres públicos pelo volume de provas impressas que não serão mais necessárias.

Conseguirá atender um número superior de candidatos, pois a prova impressa não consegue ser aplicada em todas as cidades do Brasil, enquanto que o Enem Digital exige basicamente apenas o acesso à internet.

Por outro lado, a professora de redação revelou o que para ela são as desvantagens do Enem Digital:

A versão digital irá reproduzir uma desigualdade que já é latente entre os alunos oriundos da rede pública e da rede privada. Geralmente, os alunos da rede privada têm mais acesso à tecnologia e mais habilidade no manuseio das ferramentas tecnológicas.

A rede privada já é habituada a desenvolver simulados online e os alunos que não têm esse hábito, tendem a ser mais prejudicados.

É preciso um tempo e preparo para que o estudante esteja adaptado, além disso, o tempo de escrita no computador é diferenciado a depender da habilidade no manuseio do teclado, o que pode levar o aluno a perder muito mais tempo do que na folha tradicional.

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O professor de biologia André Luiz Vitorino comenta que uma possível vantagem no Enem Digital é a anulação de enfrentamento de trânsito para chegar no local de provas, uma vez que a quantidade de alunos em 2020 não ultrapassará 100 mil. Já como desvantagem, ele acrescenta o fato de os estudantes não conhecerem a estrutura de como terão que fazer a prova.

Para o professor de matemática Daniel França, o Enem Digital tem um grande desafio: atingir de forma online todas as cidades e levar a possibilidade do ingresso às universidades públicas e/ou programas de acesso e assistência estudantil, democratizando, assim, o seu sistema e o tornando ainda mais acessível, tendo em vista que nem todas as cidades hoje são polos de aplicação da prova física. 

“São muitos os benefícios além, da democratização do acesso, passando pelo viés ambiental, favorecendo a ecologia com a não impressão das centenas de milhões de folhas de papéis. Em matemática, inclusive, esses benefícios favorecem a interação da prova para com o aluno, possibilitando a inserção de gráficos animados, vídeos, animações em gif, áudios e etc,” acrescenta o docente.

A grande preocupação do professor se dá em relação ao nivelamento das questões que, para ele, quase nunca se mantém igual em relação ao que se exige do aluno. França ainda comenta que há uma disparidade na aquisição de recursos tecnológicos nos dois eixos da educação: a privada e a pública. “Alunos de escolas públicas são os menos favorecidos, claramente, por não usufruírem dos mesmos recursos, por não terem acesso muitas vezes à internet, ao computador. Às vezes, até mesmo as salas com a mínima estrutura, sabemos da defasagem do sistema público de ensino, e por esse viés, também podemos enxergar uma reprodução de desigualdade”, opina o educador.

A estrutura e logística da versão digital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) serão as mesmas da versão tradicional da prova, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). De acordo com o órgão, os participantes não poderão fazer as provas a distância, em casa, nem em computadores particulares.

Assim como na versão tradicional, os feras terão que se dirigir a locais de prova específicos, com as mesmas normas de segurança e horário para entrada e saída. Apesar da mudança no suporte utilizado para responder às questões, o Inep informou que “no caso da redação, será realizada da mesma forma que no Enem impresso, redigida manualmente”.

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Apesar de ambas as modalidades terem a mesma estrutura, o Inep alerta que alguns pontos devem ser levados em consideração antes de optar, no ato de inscrição, qual modalidade de prova deseja fazer. O Enem Digital será aplicado pela primeira vez em 2020, contando com apenas 100 mil vagas distribuídas entre municípios específicos. Somente estudantes que já concluíram o ensino médio vão encarar a prova nessas cidades, pois todos os treineiros farão as provas no modelo tradicional.

Participantes que necessitam de atendimento especial também devem optar pelo Enem tradicional, uma vez que este apoio ainda não estará disponível para a versão digital do Exame em 2020. A opção pela modalidade desejada será realizada no ato de inscrição e não pode ser alterada.

Ao selecionar a modalidade digital, o estudante deve observar também se ainda há vagas disponíveis, uma vez que o quantitativo é limitado em cada município selecionado. Em Pernambuco, apenas o Recife será sede de prova, com 840 vagas, terá aplicação do Enem Digital. Confira a quantidade de vagas por cidade.

Aplicação

Como o calendário do Exame segue mantido até o momento, mesmo com os riscos causados pelo novo coronavírus (SARS-COV-2), a aplicação do Enem Digital segue prevista para os dias 11 e 18 de outubro, enquanto a versão tradicional da prova deve ser aplicada nos dias 1º e 8 de fevereiro. Na primeira etapa, os participantes do Enem Digital farão as provas de Linguagens, Ciências Humanas e redação em até cinco horas e 30 minutos. No segundo dia de provas, será a vez de responder às questões de matemática e Ciências da Natureza em no máximo cinco horas.

Nesta terça- feira (31), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou edital do Enem, nas modalidades impressa e digital. A prova impressa ou tradicional, já conhecida pelos participantes, não passou por alterações em sua estrutura. O mesmo se aplica a prova na versão digital. 

Para entender melhor como funciona o candidato deve estar atento. Segundo o edital, os candidatos que optarem por realizar o Enem digital não poderão realizar a prova tradicional. 

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A versão digital ainda traz outras novidades, como 100 mil vagas distribuídas por 61 municípios brasileiros. A prova será aplicada em locais autorizados pelo Ministério da Educação (MEC), não sendo possível o uso de computadores pessoais, e com o devido monitoramento durante aplicação. 

A prova é exclusiva para estudantes que já concluíram o ensino médio, além de não dispor de recursos para acessibilidade - gestantes, lactantes, idosos e estudantes em classe hospitalar - sendo os direitos assegurados apenas para a prova impressa. Com edital próprio, que será divulgado pelo Inep, a autarquia afirma que a estrutura da prova não será alterada.

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O documento divulgado nesta terça ainda informa que a utilização dos resultados obtidos através do Enem Digital, para acesso em ensino superior e processo de seleção em setores do trabalho, é facultativa. No primeiro dia do Enem digital, em 11 de outubro, serão aplicadas as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e ciências humanas e suas tecnologias, com 5 horas e 30 minutos de duração. No segundo dia de aplicação, em 18 de outubro, serão as provas de ciências da natureza e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias, com 5 horas de duração. 

Apesar de toda a prova objetiva ser realizada de forma digital, a prova de redação permanece na sua forma manual, sendo aplicada no primeiro dia. Vale ressalta que, no Enem 2020 digital, não serão aceitas justificativas de ausência, referentes ao Enem 2019, ou solicitações de isenção. 

Para aqueles que podem solicitar a isenção basta entrar no na área do participante pelo site do Inep, que será de 6 a 17 de abril. 

A isenção pode ser solicitada por estudantes no último ano do ensino médio de escolas da rede pública; quem cursou todo ensino médio em escola pública ou como bolsista em escola particular com renda, por pessoa, igual ou menor a um salário e meio; ou ainda pessoas de baixa renda, informando o Número de Identificação Social (NIS), com renda familiar, por pessoa, de até meio salário mínimo ou mensal de até três salários mínimos.

O cronograma para as provas do Enem 2020, segue igual para as duas versões, com exceção do dia da realização da prova do Enem 2020 digital que ocorre em 11 e 18 de outubro e os resultados que serão divulgados em 21 de outubro. Para consultar o edital basta acessar o link disponibilizado pelo Inep. 

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Apesar das dúvidas dos estudantes quanto à manutenção do cronograma do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano, a organização da prova divulgou, nesta terça-feira (31), o edital do processo seletivo. A versão digital será realizada nos dias 11 e 18 de outubro, enquanto o modelo tradicional, na versão imprensa, ocorrerá em 1º e 8 de novembro. Diogo Xavier, professor de Linguagens e redação, analisou os principais pontos do edital com exclusividade para o LeiaJá e Vai Cair No Enem.

Uma das principais percepções do professor em relação ao edital é que, mesmo diante de toda a polêmica envolvendo o anúncio do Enem Digital, essa prova continuará com a redação imprensa, escrita à mão. “A prova de redação ainda será impressa, ficando a parte digital limitada às questões objetivas”, disse o educador.

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De acordo com Xavier, o candidato não poderá fazer as duas versões da prova. “Diferentemente do que foi declarado pelo ministro da Educação, o candidato não poderá participar simultaneamente das versões digital e impressa. Uma vez inscrito na versão digital, não será possível mudar de opção, ou seja, automaticamente o candidato está ‘barrado’ de se inscrever na versão impressa”, revelou.

Em 2020, a versão digital do Enem contará com 100 mil vagas para aplicação em cidades selecionadas, tais como Recife e São Paulo. “Possivelmente – para o Enem Digital -, as inscrições se encerrarão quando atingir essa marca, mesmo antes de o prazo terminar”, alertou o professor.

Diogo Xavier ainda declarou: “Não haverá opções de acessibilidade, nesta versão da prova (digital), nem será aberta a treineiros, só para concluintes do ensino médio ou para quem já concluiu. Outro aspecto explicitado no edital é que o candidato o qual, na ocasião da aplicação da prova, estiver diagnosticado com alguma doença infectocontagiosa (entre as apresentadas no edital), poderá solicitar reaplicação da prova digital, apresentando a documentação exigida. O Covid-19 se encontra nessa lista.

Para mais informações, veja os editais do Enem Digital e da prova impressa. Todas as notícias sobre a prova estão no Vai Cair No Enem.

A apresentadora Thayná Aguiar conduz o programa. Foto: Nathan Santos/LeiaJáImagens

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Em parceria com o LeiaJá, o projeto multimídia Vai Cair No Enem, que reúne dicas, aulas e notícias gratuitas sobre o Exame Nacional do Ensino Médio, inicia nesta quinta-feira (5) sua série de programas da temporada 2020. Mantendo o compromisso de compartilhar educação de qualidade na velocidade da internet, o Vai Cair No Enem debate, neste primeiro episódio, os impactos dos erros na correção da prova no ano passado,

Na pauta do primeiro programa, educadores também revelam suas expectativas para a prova regular deste ano, além da grande novidade: o Enem Digital. Participam das entrevistas os professores Fernando Beltrão (biologia), Fernanda Bérgamo (redação), Thais Almeida (história) e Benedito Serafim (geografia e atualidades.

“O primeiro programa do ano do Vai Cair no Enem não poderia ter outra temática. O Exame do ano passado foi marcado por falhas e as consequências também foram sentidas este ano. É mais do que necessário procurar saber como fica a credibilidade da prova em 2020. Além disso, temos a novidade do Enem Digital. Cinquenta mil alunos irão se submeter a ele. É um número significativo. Mas em contrapartida, vem o questionamento se temos estrutura tecnológica para isso”, destacou Thaynar Aguiar, apresentadora do programa.

O Vai Cair No Enem reúne dicas diárias e conteúdos exclusivos no Instagram e no nosso canal no YouTube. Os programas são exibidos todas as quintas-feiras, aqui no LeiaJá e em todas as plataformas do projeto. Confira, a seguir, o primeiro episódio de 2020:

O Ministério da Educação (MEC) divulgará um balanço geral sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 na manhã de sexta-feira (17). As informações serão divulgadas durante uma entrevista coletiva concedida pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, e por Alexandre Lopes, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). 

A entrevista será transmitida ao vivo, através do Facebook oficial do Ministério da Educação (MEC). Além de expor detalhes sobre a edição 2019, há a expectativa de que durante o evento sejam divulgadas mais novidades a respeito do projeto piloto do Enem Digital 2020. 

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As notas dos estudantes que fizeram as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 serão divulgadas na próxima sexta-feira (17). Além de controlar a ansiedade, nos dias que antecedem o resultado os feras precisam entender como a nota é calculada, se organizar para planejar os próximos passos e ficar por dentro das novidades para o próximo Enem. 

Diferentemente dos vestibulares tradicionais em que cada questão vale o mesmo número de pontos, o Enem utiliza outro conjunto de modelos matemáticos, a Teoria de Resposta ao Item (TRI), para determinar a nota dos participantes. 

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De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a TRI permite comparar diferentes edições do ENEM e é calculada a partir de uma régua que mede o nível de conhecimento dos estudantes. Os concluintes de 2009 estavam no meio dela, com 500 pontos, e as perguntas que têm nível de dificuldade abaixo de 500 na régua são consideradas fáceis, enquanto as que passam esse patamar são consideradas difíceis.    

Em cada prova, o participante deve conseguir respostas consistentes, ou seja, se acerta questões mais difíceis, também deve apresentar êxito nas mais fáceis. Quando o aluno erra uma questão fácil e acerta outra considerada difícil, de acordo com a TRI, há a possibilidade de “chute”, reduzindo a pontuação dada à questão. Por essa razão, é possível que participantes com o mesmo número de acertos tirem notas diferentes.  

Após ver os resultados, muitas vezes os estudantes obtêm notas menores do que esperavam e ficam frustrados com os resultados alcançados, julgando que a nota obtida foi baixa. De acordo com a professora de redação e linguagens Josicleide Guilhermino, a avaliação da nota deve se basear não apenas no curso desejado, mas também no programa de acesso ao ensino superior no qual o aluno irá se inscrever. 

“Por exemplo, o candidato que deseja se inscrever no Prouni precisa ter pelo menos, uma média geral mínima de 450 pontos para ele se inscrever e vai subindo a depender do curso. No Fies também 450 pontos no mínimo, mas a cada semestre as exigências se modificam. O Sisu é o mais buscado porque ele é acessado através do Enem e não existe uma pontuação mínima, mas só seleciona os melhores candidatos, por ser nacional”, explicou a professora. 

 Ainda de acordo com Josicleide, no caso do Sisu, por exemplo, uma boa forma de os alunos terem ideia de em que patamar está a sua nota em relação à concorrência é analisar as notas de corte para aprovação na instituição e no curso desejado no ano anterior. “Cursos como medicina, engenharia e direito costumam ter médias acima de 700. Já outros cursos, como as licenciaturas giram em torno de 550, então o critério de desempenho varia de estudante para estudante porque isso depende do curso que ele deseja e a instituição que pretende estudar”, afirmou ela. 

A nota do Enem oferece várias possibilidades de utilização para o estudante que fez a prova. Desde forma de ingresso em instituições de ensino superior públicas e privadas no Brasil, programas de financiamento estudantil até a seleção para universidades estrangeiras, os estudantes devem ficar atentos a todas as opções disponíveis para o seu perfil. 

Sistema de Seleção Unificada (Sisu)

O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é uma plataforma online que seleciona estudantes duas vezes por ano para universidades públicas e institutos federais em todo o território nacional. Para participar da edição do primeiro semestre de 2020, que terá 237.128 vagas em cursos de graduação, distribuídas entre 128 instituições, é necessário ter feito o Enem 2019 e obter nota maior que 0 na redação. As inscrições devem ser feitas a partir da próxima terça-feira (21) até o dia 24 de janeiro através do site do Sisu. Para fazer login no sistema, os estudantes devem digitar o número de inscrição e senha do Enem, que podem ser recuperados pela Página do Participante

Através do site do Sisu, os estudantes poderão pesquisar as vagas nos cursos,  instituições de ensino e turnos desejados, selecionando duas opções de curso para a qual podem concorrer simultaneamente. É necessário lembrar que a prioridade de seleção e aprovação será para a primeira opção que estiver selecionada ao final do prazo de inscrições do sistema de seleção, não sendo permitido se matricular no curso da segunda opção caso o candidato seja aprovado na primeira. Os candidatos que não forem classificados ao final do processo podem optar por aguardar na lista de espera. 

Vestibulares

Muitas instituições de ensino superior privadas no Brasil têm suas próprias provas de vestibular, mas também dão aos candidatos a opção de ingresso através da nota do Enem. Dessa maneira, o estudante faz as provas do exame, apresenta suas notas à instituição após um cadastro e, em caso de aprovação, pode iniciar o curso. 

Programa Universidade Para Todos (Prouni) 

O Programa Universidade Para Todos (Prouni) concede bolsas integrais e parciais a estudantes egressos de escolas públicas com renda per capita familiar máxima de até três salários mínimos em instituições privadas de ensino superior. Além disso, os estudantes devem ter feito o Enem, com nota mínima de 450 pontos em cada prova e maior que 0 na redação. 

Em 2020.1, as inscrições devem ser feitas de 28 a 31 de janeiro no site do Prouni. A divulgação do resultado da primeira chamada será realizada em 4 de fevereiro. O período de comprovação das informações fornecidas na inscrição vai de 4 a 11 de fevereiro. 

O prazo para registro no SisProuni e emissão dos termos pelas instituições (primeira chamada) vai de 4 a 14 de fevereiro, com divulgação dos resultados da segunda chamada em 18 de fevereiro. Já o período de comprovação de informações e eventual processo seletivo próprio das instituições de ensino na segunda chamada vai de 18 a 28 de fevereiro. Já o registro do SisProuni será de 18 de fevereiro a 3 de março. 

Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) 

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) tem por objetivo financiar o pagamento de cursos superiores privados avaliados positivamente pelo Ministério da Educação (MEC) que realizem a adesão ao programa. 

Os estudantes que atenderem aos critérios de renda terão o valor do curso custeado de forma parcial ou integral por uma instituição financeira e, após terminar os estudos, um prazo para pagar o valor. Também é necessário ter feito o Enem e obtido média maior ou igual a 450 nas provas de múltipla escolha, sem zerar a redação. 

Atualmente, o programa tem duas modalidades: O Novo Fies com juro zero, para estudantes com renda familiar de até três salários mínimos por pessoa; já o P-Fies tem uma escala de financiamento que varia conforme a renda de cada candidato, para estudantes com renda familiar per-capita de até cinco salários mínimos. 

No primeiro semestre de 2020, as inscrições serão realizadas de 5 a 12 de fevereiro no site do Fies. O resultado será divulgado no dia 26 de fevereiro e o prazo de complementação da inscrição dos candidatos pré-selecionados vai de 27 de fevereiro a 2 de março. Já a pré-seleção em lista de espera será de 28 de fevereiro a 31 de março. 

Universidades Estrangeiras

Além de entrar no ensino superior brasileiro, os estudantes que fazem as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) têm a possibilidade de utilizar a nota como processo de ingresso para universidades estrangeiras. Entre as universidades de fora do Brasil que aceitam as notas do Enem, a maioria está em Portugal, mas também há opções em outros países, como no Reino Unido, Irlanda, França, Canadá e Estados Unidos.

Enem Digital

Para este ano, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terá novidades, sendo a realização do projeto piloto do Enem Digital a principal delas. A medida foi anunciada pela primeira vez em julho de 2019 pelo ministro da Educação Abraham Weintraub, que previu a aplicação da prova digitalizada em 2020 para 100 mil alunos, com um custo de R$ 20 milhões aos cofres públicos.

Por enquanto, a adesão ao formato digital é opcional para os participantes, mas o desejo do ministério é que a partir de 2026 todos os participantes façam a prova digitalizada. As cidades que têm previsão de aplicação do projeto piloto são Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP). 

A expectativa do governo é que a prova digital inclua vídeos, infográficos e a lógica dos games. No entanto, o MEC reconhece que ainda há desafios ao projeto. "Para podermos fazer o Enem Digital, temos que ter escolas conectadas", disse o ministro da Educação, durante coletiva de imprensa em novembro de 2019. Por essa razão, na mesma época, o governo anunciou outro programa, o Educação Conectada Terrestre, para implementar internet de fibra óptica em cerca de 24.500 escolas. 

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A versão digital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), prometida pelo Ministério da Educação (MEC) para começar a ser aplicada em 2020, ainda esbarra no aumento do banco disponível de questões e na falta de estudos que comprovem que esse formato tem o mesmo nível de dificuldade do atual, com a prova em papel. O ministério afirma ter acelerado o processo para criar novas perguntas para o teste. Apresentado em julho, o Enem Digital será aplicado no ano que vem para 50 mil candidatos.

Após críticas do presidente Jair Bolsonaro a edições do exame em outros anos, mudanças na estrutura da prova têm criado expectativas em professores e candidatos. Ontem, Bolsonaro disse que é importante que o teste reconheça a "família" e o valor do "Estado brasileiro".

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No último sábado, véspera do 1.º dia do Enem, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, destacou o novo projeto como uma "ação inovadora do governo" e uma "modernidade que trará mais conforto". O plano é aumentar gradativamente o número de candidatos com prova online até 2026, quando a versão em papel será extinta. Com a mudança gradual, o MEC terá de produzir uma prova a mais por ano. Hoje, já são elaboradas duas versões a cada edição - a regular e a de presos.

É sigiloso o tamanho do Banco Nacional de Itens (BNI), que guarda todas as perguntas que podem cair no Enem. Há anos, especialistas, técnicos e ex-presidentes do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do MEC responsável pela prova, alertam para a necessidade de crescer o banco. Mas elaborar itens é caro e demorado, por seguir rigoroso processo para garantir qualidade e sigilo. O custo estimado da produção de cada item é de R$ 2 mil a R$ 4 mil.

"A gente está em processo de aumento exponencial do banco. Temos uma equipe se dedicando bastante para essa produção exponencial, trabalhando até mais tarde e aos finais de semana", disse o presidente do Inep, Alexandre Lopes. Ainda segundo ele, não houve reforço na equipe de elaboradores de itens, mas intensificação do trabalho do grupo atual.

Para especialistas, pedir para que elaboradores acelerem a produção pode causar prejuízo. "Cada item passa por processo rigoroso antes de ser aprovado para o banco. Com pressão, a probabilidade de reprovar na revisão ou pré-teste é maior", diz Ocimar Alavarse, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Todo item é avaliado por três revisores e passa por pré-teste com alunos de ensino médio de redes públicas e privadas. Além de o item ter de cobrir a matriz curricular exigida, é preciso que tenha diferentes níveis de dificuldade. "É um processo humano, que exige criatividade de quem elabora. Não é como aumentar escala de produção em fábrica", diz Alavarse.

Em nota, o Inep informou manter o mesmo protocolo para criar itens, com a mesma metodologia e com base na matriz de referência do Enem. Disse ainda prever abrir ainda este ano chamada pública para que professores de ensino médio e superior participem da elaboração e revisão de itens - a última chamada pública foi em 2016 e os contratos, com instituições que cederam funcionários para a função, acabam em 2020.

Desafio

Uma das principais preocupações de técnicos do Inep é com a falta de estudo comprovando que a versão digital tem nível de dificuldade igual ao da prova impressa. Eles temem que órgãos de controle, como o Ministério Público, questionem a validade da prova sem a comprovação. Especialistas dizem ser preciso testar se o aluno gastará mais ou menos tempo para fazer a prova e se é possível ter a mesma estratégia de elaboração. "O aluno consegue ter visão geral das 90 questões em poucos segundos porque folheia rapidamente a prova. Conseguirá isso com a mesma rapidez?", indaga Alavarse.

Para Ernesto Faria, do Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), estudos com avaliações estrangeiras, como o Pisa, mostram que a plataforma influencia. "Muda a forma de responder, de pensar na elaboração. Não que seja positivo ou negativo, mas é preciso medir o impacto." Questionado sobre os estudos, o Inep disse ter feito "diversas reuniões" com equipe técnica "de mais de 20 especialistas" para analisar a proposta. Mas, ao responder a questionamento do Estado, via Lei de Acesso à Informação, disse estar finalizando "estudos nesse sentido". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Educação (MEC) anunciou, nesta segunda-feira (4), a implementação de internet banda larga em milhares de escolas pelo Brasil. Segundo o ministro da pasta, Abraham Weintraub, um dos motivos cruciais para a concretização do programa Educação Conectada Terrestre é o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) Digital, anunciado em abril deste ano.

De acordo com Weintraub, ter internet nos centros de educação é essencial. "Para podermos fazer o Enem Digital, temos que ter escolas conectadas", disse o ministro da Educação, durante coletiva de imprensa. A previsão é que no primeiro no início de 2020 todas as escolas já estajam contempladas com o projeto.

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O programa prevê a implementação de fibra óptica em cerca de 24.500 escolas, montante que representa cerca de 56% do total de colégios existentes no Brasil. O valor gasto para a reformulação digital será de R$ 115 milhões. Segundo o MEC, o projeto beneficiará 18,6 milhões de estudantes dos ensinos fundamental e médio. "Mas a maioria das escolas beneficiadas serão de ensino fundamental", garantiu Weintraub.

”O objetivo deste programa é propiciar um melhor aprendizado aos alunos”, afirmou o secretário de Educação Básica, Janio Macedo. Apesar de todas as regiões do Brasil serem contempladas, os estados no Norte e Nordeste serão os maiores beneficiados pelo programa, de acordo com o MEC. No Norte, serão 1.717 escolas atendidas, enquanto o Nordeste terá 6.967 escolas escolhidas. 

Ainda sobre a banda larga nas instituições de ensino, o MEC salientou que nem todas terão a mesma qualidade. "Temos que contratar um provedor, então a velocidade de um no Sudeste não será a mesma de um no interior do Nordeste. Mas garantimos que as escolas terão os melhores provedores da praça onde estão", disse Macedo. A versão Wi-Fi da internet será liberada para a comunidade onde a escola está localizada durante os finais de semana.

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