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Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), durante as provas do Enem Digital os participantes terão a possibilidade de pausar a prova por meio do ícone em formato de cadeado no menu lateral esquerdo da tela. O recurso deverá ser utilizado quando o participante desejar, por exemplo, ir ao banheiro.

O Instituto alerta, porém, que o período de pausa não será compensado ao final, sendo de responsabilidade de cada estudante gerenciar o tempo de pausa e resolução de questões para conseguir concluir a prova. Ao retornar à sala, para tirar a prova do modo de pausa, o aluno deve digitar a chave de acesso contida em sua folha de rascunho personalizada, a mesma utilizada para iniciar o Exame, e clicar no botão “retomar” para voltar a responder às questões normalmente. Para mais detalhes, assista ao vídeo disponibilizado pelo Inep:

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Projeto piloto desenvolvido pelo Inep, o Enem Digital registrou mais de 96 mil inscritos. Segundo a organização da prova, 93.217 inscritos deverão participar do Exame em 104 cidades, uma vez que 2.896 candidatos do Amazonas não farão o modelo digital, em virtude dos aumentos nos casos do novo coronavírus no Estado. Os amazonenses serão direcionados à reaplicação do Enem impresso, nos dias 23 e 24 de fevereiro.

No primeiro dia do Enem Digital, os candidatos respondem 90 questões - em computadores - distribuídas nas áreas de Ciências Humanas, Linguagens, além da redação, que será feita à mão, no formato tradicional. Já no dia 7 de fevereiro, segunda etapa da aplicação, os estudantes terão 90 quesitos de Ciências da Natureza e matemática. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), até 2026 o Enem passará a ser complementarmente digital.

Passada a fase da versão impressa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o modelo digital – que será realizado pela primeira vez na história do processo seletivo - está marcado para 31 de janeiro e 7 de fevereiro. No modelo tradicional, a prova teve como rema da redação “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”. Agora, no Enem Digital, qual será a temática escolhida?

Para auxiliar os feras que farão as provas digitais, a reportagem do LeiaJá conversou com alguns professores de redação, que apostaram em alguns temas que podem ser pedidos no texto do Exame. A professora Amanda Batista indica como possível tema “O papel da polícia na promoção efetiva da segurança pública brasileira”.

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A docente chama a atenção para o modelo de polícia usado no País, que segundo ela se assemelha ao militar. Ela destaca, ainda, a questão do racismo, e cita, inclusive, o caso de George Floyd, um homem negro morto por asfixia no ano de 2020 em Minneapolis, nos Estados Unidos, após um policial branco ter se ajoelhado sobre seu pescoço por mais de oito minutos. “O tema refere-se à polícia, no sentido da polícia militarizada, de uma polícia mais engessada, uma polícia que passe por esse processo de militarização no Brasil. E podemos pensar aí a respeito do racismo, podemos pensar a respeito de como reestruturar uma polícia para ser mais humanizada, mais diplomática, e aí tem tanta coisa que pode ser linkada com esse tema. Então a gente pode pensar em George Floyd, pode pensar nos casos daqui do Brasil, que também não são poucos. É um tema bem oportuno”, frisa.

Já a professora de redação Beth Andrade aposta que pode ser pedido um tema que se enquadre dentro da mesma temática já abordada na redação da versão impressa, que foi saúde. “Acredito que o Inep pode dar prioridade ao mesmo eixo temático: saúde. Assim, aposto na 'saúde nutricional em questão no Brasil', porque é um assunto visto com frequência e, principalmente, nas redes sociais, diante da Sociedade do Espetáculo. E esse debate poderá ser acerca da qualidade nutricional da alimentação atual no Brasil e as soluções que podem ser encontradas para que o consumo de comidas saudáveis seja facilitado, para as diferentes camadas sociais”, explica.

A professora acrescenta, ainda, que a abordagem é apropriada tanto cultural quanto socialmente, uma vez que, segundo ela, um levantamento publicado pelo Ministério da Saúde, em 2019, aponta que mais da metade da sociedade brasileira é considerada obesa.

Questão bastante discutida atualmente, a violência doméstica é o assunto apostado pela professora Lourdes Ribeiro. “Violência doméstica: algo recorrente que também ganhou mais destaque devido à pandemia, já que a quarentena aumentou os índices de casos”, conta.

O professor Felipe Rodrigues contou que caso lhe fossem solicitados dois temas, ele indicaria questões como analfabetismo e lixo. “Eu acredito em alguns vieses temáticos. Dentre eles, não desisto de educação, meio ambiente, economia, segurança ou tecnologia. Analfabetismo, ensino a distância, questão do lixo, mobilidade urbana, catástrofes naturais, empreendedorismo, pirataria (inclusive, a biopirataria), questão carcerária, legalização do porte de arma e inteligência artificial seriam respectivamente elementos interessantes", detalha.

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 O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciou, nesta quinta-feira (28), que os candidatos que farão a versão digital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, devem acessar a Página do Participante e conferir o vídeo tutorial do sistema para realização da prova.

As provas do Enem Digital serão realizadas em laboratórios de informática de escolas e universidades. Os inscritos nesta modalidade terão acesso somente à prova, ou seja, não conseguirão acessar a internet ou quaisquer documentos do computador.

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O Inep reforça que os participantes deverão levar no dia da prova, assim como na versão impressa, caneta preta de tubo transparente. A redação será escrita a mão. Os estudantes também receberão folhas de rascunho para fazer os cálculos das provas de matemática e Ciências da Natureza. Eles não terão, no entanto, folhas de resposta. Os itens devem ser marcados pelo computador.

Os candidatos que realizarão o primeiro dia da versão digital neste domingo (31), responderão, das 13h30 às 19h, às questões de Ciências Humanas e Linguagens, além da redação. Já no dia 7 de fevereiro, os feras enfrentarão, até às 18h30, quesitos de matemática e Ciências da Natureza. Confira mais detalhes através da Página do Participante.

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Apesar de a resolução das questões ser toda feita por meio do computador, na primeira aplicação do Enem Digital a prova de redação continuará sendo ”à moda antiga”, ou seja, manuscrita. Os participantes deverão fazer o texto a mão em uma folha de rascunho fornecida pelo fiscal e, em seguida, passar a limpo para a folha de redação definitiva.

Um detalhe importante que não deve ser esquecido nesse contexto é a caneta. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a caneta deve ser, impreterivelmente, de tinta preta e fabricada em material transparente sob pena de eliminação do participante. Qualquer outro tipo de caneta, ou ainda lápis e lapiseira, deverá ser guardado dentro da embalagem porta-objetos fornecida pelo aplicador, devidamente lacrada e acomodada embaixo da cadeira dos participantes.

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A redação será feita no próximo domingo (31), primeiro dia de provas do Enem Digital, quando os estudantes também irão responder às questões de Linguagens e de Ciências Humanas. Os portões dos locais de prova serão abertos às 11h30 e o fechamento às 13h, com início da prova às 13h30.

O Exame terá cinco horas de duração. No segundo dia de provas (7 de fevereiro), quando os participantes respondem às provas de matemática e Ciências da Natureza, os horários de abertura e fechamento de portões são os mesmos, assim como o início das provas. A mudança está na duração, que será de cinco horas.

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--> Provas do SSA 1 e 2 coincidem com o Enem Digital

As provas da primeira e segunda fases do Sistema Seriado de Avaliação (SSA) da Universidade de Pernambuco (UPE) serão realizadas nos turnos da manhã e tarde de 31 de janeiro e 1º de fevereiro, coincidindo com o primeiro dia da aplicação-piloto do Enem Digital 2020. 

As duas primeiras fases do SSA são voltadas a estudantes que ainda estão no primeiro e segundo anos do ensino médio e, portanto, não podem fazer o Enem Digital em sua primeira edição, uma vez que a primeira testagem do novo modelo não aceita a participação de treineiros.

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O SSA 1 teve 26.347 inscritos, enquanto o SSA 2 registrou 22.836, o que representa um total de 49.183 alunos fazendo provas no Recife, em Nazaré da Mata, Palmares, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Petrolina, Serra Talhada e Salgueiro. 

O Inep disponibilizou 100 mil inscrições para o Enem Digital e ao todo, 96.086 pessoas confirmaram a participação. As provas serão aplicadas para 93.217 inscritos em 104 cidades brasileiras, já que não haverá aplicação para os 2.896 inscritos do Amazonas, que farão as provas nos dias 23 e 24 de fevereiro, data marcada para a reaplicação. 

Com a distribuição do montante de vagas, Pernambuco ficou com um total de 3 mil, sendo 2 mil no Recife, 500 em Caruaru e outras 500 em Petrolina. Significa dizer que que em três municípios pernambucanos, as duas provas serão realizadas no mesmo dia e, no caso do SSA 2, que é no turno da tarde, simultaneamente.

Para mais detalhes, acesse os editais do SSA 2021 e do Enem Digital.

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A edição 2020 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ganhou um novo formato. No domingo (31), os feras realizarão, pela primeira vez, a versão digital da prova, e em meio a essa novidade, os estudantes e professores revelam suas  curiosidades e expectativas para o inédito modelo de prova.

"Acredito que mesmo sendo algo muito novo para mim, poderá me trazer experiência. Assim como tudo que é novo assusta", comenta Iasmim Santos, de 17 anos, que está treinando ao longo de meses atípicos no cursinho preparatório GEM, localizado em Jaboatão dos Guararapes, município da Região Metropolitana do Recife, para conquistar a tão sonhada vaga no curso de direito.

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A estudante Dominick dos Santos, de 18 anos, do Rio Grande do Norte, que tenta uma vaga no curso de psicologia, diz espera uma prova com o mesmo nível da versão impressa. "Bem, eu espero que venha uma prova com assuntos no mesmo nível do Enem impresso, com questões que demandem mais interpretação e conhecimentos gerais, tal qual ocorreu no dia 17 e com um tema de redação tão bom quanto”, projeta a jovem.

Giulia Goes, de 22 anos, não está criando muitas expectativas, porque acredita que o avanço da pandemia da Covid-19 deixou diversas pessoas prejudicadas. “Acredito que muitas pessoas foram prejudicadas. Já o estilo eu achei super interessante, talvez prenda um pouco mais nossa atenção por estamos acostumados com uma tela de computador/celular, mas penso que seja uma prova extremamente exaustiva”, analisa a jovem que pretende fazer o vestibular para o curso de letras/japonês, na Universidade de Brasília.

Na visão de Diogo Xavier, professor de português, a primeira versão digital da prova pode apresentar erros. “Por ser a primeira edição digital, acredito que está mais suscetível a falhas. A minha recomendação era que só colocassem essa opção para os alunos que não tivessem tanta pressão para passar este ano, pois pode acabar sendo mais cansativa”, opina.

Cristiane Pantoja, docente em sociologia, história e filosofia, tem expectativa de que a prova aponte os erros que precisam ser reparados nas próximas edições. "Que seja realizado com seriedade e que, como projeto-piloto, que sejam sanadas quais sejam as problemáticas, bem como que permaneçam o que der certo", fala. Ela ainda espera que as questões sejam adequadas à proposta virtual e bem elaboradas.

O professor de matemática Edu Coelho pontuou quais são suas expectativas para a versão digital do Exame Nacional. “Acredito que a resposta mais apropriada é 'curiosidade'. Por se tratar de um novo formato, não temos algo para comparar. Acredito que a insegurança gerada por um formato inédito pode pesar nos candidatos durante a realização dos exames”, pontua.

Enem Digital

O formato, que servirá como porta de entrada para diversas instituições de ensino superior no País, obteve, em sua versão piloto, 96 mil candidatos inscritos. Mesmo com um número menor de candidatos na comparação com a prova impressa, o risco de contágio durante a realização do Exame é o receio de muitos participantes.

"Tenho receios em relação às medidas de segurança, por mais que sejam obrigatórias, sabemos que em muitos lugares não estão tomando", comenta Iasmim.

"Eu me preocupo com as consequências que este momento possa trazer para as outras pessoas ao meu redor, mas eu espero que as escolas estejam preparadas para receber os participantes", pensa Dominick.

"Tenho medo de afetar minha família com a Covid-19 e alguém ter complicações e falecer", teme Giulia.

No domingo (31), primeiro dia da versão digital do Enem 2020, os candidatos responderão, das 13h30 às 19h, às questões de Ciências Humanas e Linguagens, além da redação. Já no dia 7 de fevereiro, os feras enfrentarão, até as 18h30, quesitos de matemática e Ciências da Natureza.

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Neste domingo (24), se encerra a aplicação da edição impressa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, iniciada no último dia 17 em meio a diversas polêmicas e judicialização em torno da prova. Os participantes que compareceram poderão acessar os gabaritos até a próxima quarta-feira (27), uma vez que o prazo dado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para divulgação das respostas oficiais foi de 3 dias úteis após a última prova, no site ou app do Enem para Android e IOS

Já os resultados individuais (notas) de cada participante do Enem Impresso estão previstos para 29 de março, uma vez que a expectativa do Ministério da Educação (MEC) é abrir as inscrições do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) em abril de 2021. 

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Segundo o edital, os participantes treineiros só receberão suas notas um pouco depois, 60 dias após os resultados de estudantes que já concluíram o ensino médio. Em ambos os casos, o login só será feito na página do Participante ou aplicativo do Enem mediante inserção do número do CPF e da senha do participante. Após a divulgação dos resultados, os participantes poderão ter acesso à vista de sua prova de redação exclusivamente para fins pedagógicos, também por meio da Página do Participante, em data a ser definida pelo Inep. 

É importante lembrar que os candidatos do Amazonas deverão fazer a reaplicação da prova nos dias 23 e 24 de fevereiro. O Estado não teve condições sediar as provas nesses domingos devido aos aumentos nos casos de Covid-19. Também em 23 e 24 de fevereiro, farão o Exame os alunos que sofreram problemas de logística.

 Novo formato

O MEC e o Inep anunciaram, em 2019, o projeto de digitalização do Exame Nacional do Ensino Médio a partir da edição 2020, quando não se imaginava que a prova seria realizada em meio a uma pandemia. 

A aplicação piloto do novo formato de prova, com aproximadamente 100 mil participantes em cidades selecionadas, será no próximo domingo (31) e no dia 7 de fevereiro, a partir das 13h30 e término às 19h no primeiro dia e às 18h30 no segundo. No Recife, serão 840 vagas. Não há possibilidade de fazer a prova em casa e todos os participantes deverão se dirigir ao local de aplicação determinado no seu respectivo cartão de confirmação de inscrição.

Segundo o Inep, o plano é expandir o exame digital gradativamente ano após ano, até chegar à digitalização completa em 2026. A única exceção à transição está no Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL), que só será digitalizado em 2026. 

Na primeira aplicação, não haverá recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência, nem serão permitidas inscrições de treineiros (estudantes que não concluíram o terceiro ano do ensino médio). As provas terão a mesma estrutura do Enem Impresso, com 45 questões de múltipla escolha em cada prova e redação feita a mão, como é feito no exame tradicional. 

Opiniões

As diversas possibilidades de elaboração de questões interativas no formato digital animam muitas pessoas para a novidade, mas há receio por parte dos estudantes que não têm hábito de resolver provas on-line, temem problemas logísticos na aplicação e/ou se sentem mais à vontade e seguros com a prova impressa. O LeiaJá ouviu professores e estudantes para saber o que esperam do processo de transição para o modelo digital e como enxergam essa mudança. 

Giovana Nascimento tem 19 anos, mora no município de Carpina (PE) e deseja fazer o curso de licenciatura em ciências biológicas. A jovem vê com incertezas e receio o processo de digitalização do Enem por desconfiar da capacidade do Inep de cuidar de sua eficiência logística.  

“Eu acho a transição para o modelo digital uma verdadeira incógnita, visto que eu tive problemas no início do ano para gerar o boleto [de pagamento da taxa de inscrição], assim como muitos tiveram, e não sei se a plataforma vai ser de fato boa. Eu acho que não temos estrutura para um Enem 100% digital nas escolas. E se travar? Não confio nesse Inep que não aguenta nem muitos acessos durante a inscrição (visto que muitos até um dia antes, não tinham acesso ao local de prova), imagina aguentar um Enem digital? Contudo, nos resta esperar para ver”, disse a estudante.

Algumas questões mais pessoais no que diz respeito à resolução de provas também fazem com que Giovana prefira o modelo tradicional no papel. “Gosto de riscar tudo e marcar tudo na questão, eu sempre vou preferir impresso, mas se só tiver opção on-line, vou me adaptar bem, acho que a EAD me preparou para o Enem digital. Muitos pdfs eu respondi on-line, pois não tinha como imprimir todos”, explicou ela.

Outro receio da aluna, que atinge tanto o formato digital quanto o impresso, é a correção da prova. O medo de falhas na atribuição das notas se deve a erros do Inep nos resultados de parte dos participantes do Enem 2019. “Estudante reza todo dia por uma correção justa, meu maior medo é ter uma correção injusta. Eu espero muito que não tenha erros, porque eu não tenho saúde mental para isso, não”, disse Giovana.

O professor de matemática Erotides Marinho vê a introdução do modelo digital no Enem 2020 com ressalvas, devido ao ano letivo difícil e atípico para estudantes e educadores e à alta abstenção de estudantes inscritos no modelo tradicional. “Este momento, afetado por tanta abstenção, não deveria ser o adequado para testagem do modelo digital”, opinou Marinho. 

O tempo escolhido pelo Inep para a transição digital, na visão do professor, só será suficiente se vier com a garantia de “uma política de implantação da tecnologia de modo irrestrito, atingindo escolas de todas as camadas sociais, sem gerar exclusão, atrelando a isso a capacitação dos professores também". "Cumprindo esses requisitos, esse tempo é suficiente para implementar a prova digital”, completou o docente.

Na visão do professor, agora que a transição será iniciada, para que haja a correta adaptação dos estudantes ao novo formato de prova, “é preciso redesenhar o formato de aulas online para os jovens estudantes da educação básica, pois não funcionam de modo tão linear como na realidade de nível superior, com EAD”. 

Igor de Angeli tem 21 anos, mora em Vitória (ES) e faz provas do Enem desde 2016.  Ele, que já faz medicina em uma instituição privada e tenta uma vaga em universidade pública, acredita que a mudança de modelo de provas do Enem vai causar muitas polêmicas. 

“Há inúmeros lares e estudantes pelo Brasil afora que não possuem internet ou até mesmo um dispositivo para estudar. Então, essa adesão pode ser bem mais lenta do que aparenta ser. E mesmo que na aplicação das provas haja uma grande estrutura preparada pelo Inep, creio que os estudantes ficariam receosos de fazer uma prova pelo computador por medo de não salvar as respostas, pane no sistema ou até mesmo falta de energia elétrica”, afirmou o estudante. 

Igor afirma que se sente preparado para esse tipo de prova, pois o curso onde estuda introduziu o modelo digital durante o ano letivo de 2020, diante da necessidade de ter aulas e provas a distância. Apesar de estar adaptado ao formato, o jovem ainda prefere provas tradicionais. “Gosto de rabiscar na prova. Gosto de ir grifando as partes mais importantes de um texto, por exemplo, ou até mesmo marcar dados essenciais para uma prova de matemática. Não que eu sinta dificuldade, mas sinto que meu rendimento cai. Realmente, sou fã do bom e tradicional papel na hora da prova”, disse ele.

A segurança de correção de provas digitais é outro fator que preocupa Igor. “Durante esse ano de preparação, fiz provas pelo computador através do meu cursinho preparatório aqui em Vitória. Havia momentos de sobrecarga no sistema e o envio de respostas ficava comprometido. Tive até amigos que ficaram com a nota comprometida, pois algumas respostas não foram computadas”, contou ele.

Para o professor de biologia Carlos Bravo, a digitalização da prova é um processo “inevitável”. Com cerca de 35 anos de experiência preparando alunos para o Enem e outros vestibulares, ele alega que há grande preocupação com a operacionalização do Exame após o período de transição. “Este ano é piloto, com poucos candidatos. O futuro vai ser essa parte digital, ninguém pode sair desse caminho, principalmente depois da experiência que foi adquirida nesse período de pandemia. São coisas que vieram para ficar. Claro, vai ter que ser aprimorado. Essa prova digital é uma economia muito grande, mas temos que ver os critérios de acesso e sigilo para evitar que a prova vaze”, analisou Bravo.

Carlos Bravo é professor de biologia há mais de 30 anos. Foto: Cortesia 

Já André Luiz Vitorino, também professor de biologia, vê a mudança com bons olhos, mas lamenta pelo momento em que a aplicação será testada. “Pena que chegou em um momento de pandemia. Acho que pode atrapalhar um pouco, mas é uma tendência mundial as coisas serem digitalizadas. Vejo com muito bons olhos e acredito que dentro do possível será um bom Enem Digital”, comentou.

André conta que ainda prefere o formato impresso, mas vê vantagens na possibilidade de fazer um bom uso da tecnologia aplicada à educação. “A vantagem é o bom uso da tecnologia e a desvantagem é que eu acho que nosso país, em termos de tecnologia, está bem aquém para fazer uma prova desse nível. Estão falando que a prova digital vai ter uma segurança maior. Não sei se isso vai condizer com a verdade”, argumentou o professor.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, na nesta quarta-feira (20), que 41.689 inscritos na versão digital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 acessaram o Cartão de Confirmação de Inscrição. O número de acessos corresponde a 43% dos 96.086 participantes.

O cartão de inscrição contém informações importantes como as datas, os horários e o local de prova, assim como o número de inscrição de cada participante e a opção de língua estrangeira selecionada. Além de registrar, também, o nome social dos participantes que tiveram a solicitação aprovada. O documento pode ser acessado na Página do Participante.  

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O Inep recomenda, mesmo não sendo obrigatório, que os inscritos levem os cartões nos dias de aplicação. O segundo dia da versão impressa do Enem será realizado no domingo (24). Já a versão digital do exame será aplicada nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Confirma mais informações através da Página do Participante e não deixe de seguir o projeto Vai Cair No Enem.

Os estudantes inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), versão digital, já podem acessar a Página do Participante para conferir seus cartões de confirmação de inscrição. As provas serão realizadas nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro com aplicação para cerca de 100 mil estudantes que deverão estar de máscara e levar um documento oficial com foto para identificação e acesso aos locais de prova. 

É importante lembrar que, para acessar a Página do Participante, o inscrito deve, obrigatoriamente, cadastrar-se no portal do Governo Federal e fazer login com a senha cadastrada. Levar o cartão, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), não é obrigatório. 

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No entanto, recomenda-se que os estudantes levem seus cartões, uma vez que eles contém informações muito importantes para os alunos, como o número de inscrição, local e sala onde fará a prova, além de dados sobre atendimento especializado para quem o solicitou no ato de inscrição. 

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A chegada da pandemia de Covid-19 fez com que, ao longo do último ano, toda a população tivesse que se adaptar a protocolos e novas regras com o objetivo de evitar o contágio pelo vírus SARS-CoV-2 nas mais diversas situações. A pandemia não acabou e, com o número de casos e mortes indicando que o País atravessa uma segunda onda da doença, se torna mais importante ainda adotar e seguir rigorosamente as normas de higiene, uso de máscara e o distanciamento social, especialmente em ambientes fechados.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), versão impressa, prova responsável por selecionar estudantes para cursos de nível superior, será aplicado no domingo (17) e no dia 24. O processo seletivo gera muitas expectativas e também divide a população no que diz respeito à segurança de sua realização durante a pandemia. Para a próxima aplicação, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), instituiu um conjunto de novas regras que todos os participantes devem obrigatoriamente seguir, sob pena de eliminação.

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De acordo com os editais das versões impressa e digital do Enem - a ser aplicado nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro -, os participantes só poderão entrar e permanecer nos locais de prova e salas de aplicação se estiverem utilizando máscara e portando documento oficial com foto. Segundo o tópico 12.7.1 do edital, “caso o participante precise aguardar o recebimento de documento válido listado nos itens 12.2 ou 12.4 e/ou da máscara de proteção à Covid-19, deverá fazê-lo fora do local de aplicação”. 

Vale ressaltar que, segundo o texto do edital, os participantes são obrigados a utilizar a máscara corretamente, ou seja, cobrindo do nariz ao queixo, que é a única forma de proteger verdadeiramente a si e aos demais. Ainda de acordo com o edital, “o participante que não utilizar a máscara cobrindo totalmente o nariz e a boca, desde sua entrada até sua saída do local de provas, será eliminado do Exame”. Os participantes são autorizados a levar máscaras extras para realizar a troca durante a prova e, em caso de precisar descartar o equipamento de proteção, as lixeiras dos locais de prova deverão servir para este fim. 

Apenas no Enem impresso haverá uma exceção à regra sobre o uso de máscara. De acordo com o edital, “para os casos previstos na Lei nº 14.019, de 2 de julho de 2020, será dispensado o uso da máscara, conforme item 13.1.42 deste Edital, para pessoas com autismo, deficiência intelectual, deficiências sensoriais ou com quaisquer outras deficiências que as impeçam de fazer o uso adequado de máscara”.

No momento de se identificar, a orientação é que o participante retire o equipamento de proteção pelas tiras - jamais toque a frente da máscara - para permitir a visualização do rosto, recolocando em seguida e higienizando as mãos com álcool gel, seja próprio ou fornecido no local da prova. Caso o participante precise usar o banheiro, a ida deverá ser acompanhada pelo fiscal e, ao retornar, será necessário novo procedimento de identificação. O edital também determina que o aplicador realizará a coleta de dados biométricos de cada participante de acordo com as regras estabelecidas para a proteção contra a Covid-19. 

No que diz respeito à fiscalização dos objetos dos alunos, todo estudante que participará do Exame deverá ter materiais religiosos (como burca, quipá e outros), lanches e materiais próprios (máquina de escrever em braille, lâmina overlay, reglete, punção, sorobã ou cubaritmo e outros, menos cão-guia, medidor de glicose e a bomba de insulina) inspecionados dentro das regras estabelecidas para prevenção do contágio. A recusa injustificada à inspeção de materiais, assim como à revista eletrônica nos locais de provas, a qualquer momento, por meio do uso de detector de metais, respeitando os protocolos de proteção à Covid-19, acarretará em eliminação.

Diante da necessidade de proteger a saúde de todos os participantes, fiscais de sala e outros membros da equipe de aplicação das provas, será proibida a entrada de pessoas com doenças infecto-contagiosas, como Covid-19, Coqueluche, Difteria, Doença Invasiva por Haemophilus Influenza, Doença Meningocócica e outras meningites, Varíola, Influenza humana A e B, Poliomielite por poliovírus selvagem, Sarampo, Rubéola e Varicela. Os participantes que comprovarem ter contraído qualquer uma dessas enfermidades terá direito de solicitar a reaplicação do Enem

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Pela primeira vez, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terá uma versão digital. A prova será aplicada de forma piloto para 96 mil candidatos em 99 municípios. Assim como no Enem impresso, os participantes terão que ir até o local de prova e, embora o exame seja feito pelo computador, os candidatos deverão levar caneta esferográfica da cor preta porque a redação será feita no papel.

Para esclarecer como será essa prova, a Agência Brasil conversou com o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes.

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“Houve, no passado, tentativas [de fazer o Enem digital], mas foram descontinuadas. A decisão de fazer o Enem digital neste ano foi tomada em 2019. Estamos conseguindo agora tirar o teste do papel, literalmente. Estamos muito animados com o Enem digital”, disse Lopes.

O exame será um pontapé inicial para mudanças no Enem. A intenção do Inep é que o exame se torne totalmente digital até 2026. As discussões e os testes para que isso seja possível ocorrem desde 2016.

O Enem digital será aplicado nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro, após o Enem impresso, que será nos dias 17 e 24 de janeiro. As provas serão realizadas em laboratórios de informática de escolas e universidades que já foram previamente testados pelo Inep. Ao todo, serão cerca de 4 mil laboratórios, com cerca de 20 computadores cada. As máquinas terão acesso apenas à prova. Os estudantes não conseguirão, portanto, acessar a internet ou documentos do computador.

Apesar de ser feita em tela, os participantes deverão levar, como no Enem impresso, caneta esferográfica de tubo transparente da cor preta. A prova de redação será escrita a mão. Os estudantes também receberão folhas de rascunho para fazer os cálculos das provas de matemática e ciências da natureza. Eles não terão, no entanto, folhas de resposta. Os itens devem ser marcados pelo computador.

"A gente procurou, nesse momento, simular no ambiente digital o que acontece no papel. Então, o aluno vai poder, por exemplo, ir na questão mais à frente, pode voltar. No final, ele vai marcar e quando der o sinal que finalizou a prova, o sistema trava o preenchimento do gabarito. Aí pronto, não vai mais poder mexer e a prova vai vir direto para o Inep”, explica o presidente.

Os horários do Enem digital serão os mesmos do Enem impresso. Os portões abrem às 12h e fecham às 13h. A prova começa a ser aplicada às 13h30. No primeiro dia, os participantes, assim como no exame em papel, fazem as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e ciências humanas e suas tecnologias. Nesse dia, a prova vai até as 19h. No segundo dia, os candidatos têm até as 18h30 para resolver questões de ciências da natureza e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias.

Além dos aplicadores, nas salas de prova, os candidatos contarão com a assistência de um técnico em informática. “Se tiver algum problema no computador, o técnico pode tentar resolver imediatamente naquele computador. Se não puder, ele vai logar numa outra máquina, teremos máquinas reserva. Se não conseguir mesmo assim, se tiver problema ou se demorar demais para resolver, aí esse aluno vai poder participar da reaplicação da prova em papel”, explica Lopes.

Da mesma forma que os estudantes que farão o Enem impresso apenas poderão sair com a prova meia hora antes do fim da aplicação, também os estudantes que fizerem o Enem digital, só poderão sair com a folha de rascunho 30 minutos antes do fim da aplicação. Eles podem anotar as respostas ali, para posteriormente conferir o gabarito oficial, que deverá ser divulgado para essa versão do exame até o dia 10 de fevereiro.

As questões da prova serão diferentes das do Enem impresso. No entanto, como a prova utiliza o sistema de correção baseado na chamada teoria de resposta ao item (TRI), as provas terão o mesmo nível de dificuldade e os estudantes poderão concorrer juntos às mesmas vagas em programas que dão acesso ao ensino superior, como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece vagas em instituições públicas e o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas de estudos em instituições privadas.

Pandemia

As medidas de segurança adotadas em relação à pandemia do novo coronavírus serão as mesmas tanto no Enem impresso quanto no Enem digital. Haverá, por exemplo, um número reduzido de estudantes por sala, para garantir o distanciamento entre os participantes. Durante todo o tempo de realização da prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras de proteção da forma correta, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. Além disso, o álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.

Quem for diagnosticado com covid-19, ou apresentar sintomas desta ou de outras doenças infectocontagiosas até a data do exame, não deverá comparecer ao local de prova e sim entrar em contato com o Inep pela Página do Participante, ou pelo telefone 0800-616161, e terá direito a fazer a prova na data de reaplicação do Enem, nos dias 23 e 24 de fevereiro.

O prazo para cadastrar pontos de aplicação do Enem Digital se encerra neste domingo (20). As instituições interessadas em sediar as provas devem estar inscritas no sistema da Rede Nacional de Postos Aplicadores (RNPA), que também as torna aptas a sediar outros exames e avaliações organizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O credenciamento vale por dois anos e pode ser renovado.

Há ainda outro requisitos para sediar o Enem Digital. Serão aceitas instituições públicas ou privadas com pelo menos duas salas ou dois laboratórios de informática com, no mínimo, dez computadores cada. Os demais requisitos estão listados em uma Portaria publicada pelo Inep

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A verificação dos cadastros será feita pelo Inep dentro de um prazo de 60 dias úteis, contados a partir do final do período de cadastramento. A lista de instituições credenciadas não será divulgada, sendo responsabilidade única e exclusiva do coordenador responsável pelo cadastro verificar a condição da instituição. 

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) prorrogou até o dia 13 de setembro o prazo para instituições interessadas em servir de pontos de aplicação do Enem Digital realizarem o cadastro no sistema da Rede Nacional de Postos Aplicadores (RNPA), que também é válido para outras avaliações do Inep.

Podem se inscrever instituições públicas e privadas que possuírem pelo menos duas salas ou dois laboratórios de informática com ao menos dez computadores, entre outros requisitos listados na na Portaria n.º 473, de 28 de julho de 2020. Ao se cadastrar, a instituição deverá  deverá designar um profissional para coordenar todas as etapas para a composição da RNPA. 

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Feito isso, o Inep tem até 60 dias úteis para analisar as informações fornecidas e credenciar os locais aptos por até dois anos, com possibilidade de renovação por períodos idênticos após reavaliação da equipe responsável. 

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Segue aberto, até o dia 30 de agosto, o cadastramento de instituições interessadas em realizar a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), na versão digital, previsto para o dia 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2021. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as inscrições podem ser feitas por meio do sistema Rede Nacional de Postos Aplicadores (RNPA).

Poderão se cadastrar entidades que possuam pelo menos duas salas de informática com, no mínimo, 10 computadores funcionando. No cadastramento, a instituição deverá indicar uma pessoa para coordenar todas as etapas exigidas pela RNPA. O local será intitulado como posto aplicador, com credenciamento válido por dois anos, e poderá ser prorrogado por igual período, conforme solicitado pelo Inep.

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Em nota, o Inep explica que todos os locais inscritos serão avaliados por uma equipe técnica para a certificação das características estruturais. Na avaliação, será levado em consideração a capacidade para o atendimento de todos os participantes em determinado município de prova, ou se estes locais estão distantes das áreas de grande densidade populacional dos participantes.

Ainda segundo a nota, empresas autorizadas pelo Inep poderão captar outras instituições além das cadastradas em casos excepcionais. De acordo com o Instituto, além do Enem Digital, outras provas poderão ser aplicadas nos locais cadastrados, desde que também sejam em versão digital.

Segue aberto o cadastramento para as instituições interessadas em aplicar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) Digital. Além da prova, os locais cadastrados poderão receber outros exames e avaliações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em formato digital.

Para compor a Rede Nacional de Postos Aplicadores (RNPA), as instituições de ensino cadastradas deverão dispor de infraestrutura e equipamentos, como também seguir os demais requisitos exigidos no edital. Confira os principais critérios:

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• Possuir, no mínimo, duas salas ou dois laboratórios de informática equipados com, pelo menos, dez computadores do tipo desktop ou notebook em cada sala (demais tipos de computadores não serão aceitos).

• Os computadores deverão ser do tipo desktop ou notebook, com processador mínimo Intel Core 2 Duo de 2,66 GHz ou equivalente; memória RAM de 4 GB (ou superior); mínimo de 10 GB livres de espaço no disco rígido, com permissão de escrita externa ou sistema operacional e não criptografado; no mínimo uma porta USB 2.0 ou de velocidade superior em funcionamento disponível para acoplamento de pendrive; monitor de vídeo colorido de 14 polegadas ou maior, com resolução mínima de 1024x768 pixels; teclado alfanumérico padrão ABNT2, preferencialmente com fio; mouse óptico preferencialmente com fio e placa de rede cabeada para conexão à internet.

• Cada sala ou laboratório deverá disponibilizar conexão com a internet cabeada de velocidade de 5 MB por segundo ou superior.

• A instituição deverá possuir, no mínimo, dois banheiros destinados aos participantes e disponibilizar um técnico ou profissional de informática capaz de executar tarefas gerais de configuração e organização. O Inep informa que os locais cadastrados serão visitados por equipes técnicas da empresa aplicadora autorizada pelo instituto para a certificação das características estruturais. Além disso, ao realizar o cadastramento, a instituição deverá designar um profissional para coordenar todas as etapas para a composição da RNPA. As instituições de ensino aprovadas será chamada de posto aplicador, com credenciamento válido por até dois anos, sendo possível ser prorrogado pelo mesmo período. Para obter mais informações sobre o cadastramento e conhecer todos os requisitos, acesse o edital.

Instituições interessadas em aplicar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) Digital já podem realizar o cadastramento eletrônico no sistema que irá compor a Rede Nacional de Postos Aplicadores (RNPA). O período do cadastro foi iniciado nesta segunda-feira (10), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Instituições de ensino têm até o dia 30 de agosto para registrar interesse. As provas do Enem Digital 2020 estão previstas para serem aplicadas no dia 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2021. Já as provas impressas estão marcadas para os dias 17 e 24 de janeiro do mesmo ano.

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O Inep reforçou que poderão se candidatar à composição da RNPA as instituições de ensino públicas e privadas que possuírem pelo menos duas salas ou dois laboratórios de informática com no mínimo dez computadores. Demais requisitos exigidos podem ser encontrados na Portaria n.º 473, de 28 de julho de 2020 do Diário Oficial da União (DOU). Além do Enem Digital, os locais cadastrados poderão aplicar outros exames e avaliações do Inep.

A portaria não restringe o cadastro apenas às instituições de ensino. Qualquer entidade que atenda aos requisitos mínimos poderá fazer parte da rede, conforme a quantidade e a distribuição de inscritos no Enem Digital por município. Os locais cadastrados serão visitados por equipes técnicas da aplicadora autorizada pelo Inep para a certificação das características estruturais. Vale pontuar que a modalidade do Enem Digital é ofertada em todos os estados e no Distrito Federal, nos municípios definidos pelo edital, com número respectivo de vagas.

Nesta edição, apenas os estudantes concluintes do ensino médio, ou que já terminaram a etapa em anos anteriores, e não precisam de recurso de acessibilidade, poderão se inscrever para fazer as provas. Os computadores para o Exame serão disponibilizados nos locais de aplicação e não será possível utilizar equipamento pessoal.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (31), o edital para o cadastramento eletrônico das instituições de ensino interessadas em sediar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) Digital, marcado para os dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2021. O cadastro pode ser feito on-line a partir do dia 10 de agosto.

As instituições cadastradas irão compor a Rede Nacional de Postos Aplicadores (RNPA) e normatizar os procedimentos que serão adotados para seleção dos locais de aplicação. Nesta primeira edição do Enem Digital, a Diretoria de Gestão e Planejamento do Inep promoveu uma pesquisa eletrônica com 1.851 instituições de ensino públicas e privadas, divididas em unidades de ensino superior e escolas de educação básica, nos 15 municípios inicialmente anunciados para aplicação da primeira do exame digital: Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Campo Grande (MS), Manaus (AM), Recife (PE), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), São Paulo (SP), Belém (PA), Goiânia (GO), Brasília (DF), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG) e Cuiabá (MT).

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O resultado da pesquisa proporcionou, segundo o Inep, parâmetros para as características das estruturas disponíveis para a aplicação digital. Entre elas está a capacidade dos potenciais postos aplicadores, que devem comportar, em média, quatro salas, com 27 computadores cada, totalizando 108 computadores por local de aplicação. O estudo ainda revelou que 60% das instituições que se predispuseram a realizar o exame não trariam ônus para o Estado.

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Cada estudante terá sua senha no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) Digital, segundo o Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeita (Inep). Esse método de segurança, segundo a autarquia, será por meio de reconhecimento facial do estudante. 

As instruções foram dadas em uma matéria publicada nesta segunda-feira (13), no site do Ministério da Educação (MEC), sobre um webniário que discutiu o papel da tecnologia da informação para garantir a realização e a segurança do Enem Digital.

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“Cada participante terá a sua senha específica, com reconhecimento facial, e a gente trabalha bastante com camadas de criptografia, além de vários certificados digitais. O desafio é grande, mas o que está sendo preparado é um exame muito seguro e diferente do que já se viu até hoje”, disse o diretor de Tecnologia da Informação e Disseminação de Informações Educacionais do Inep, Camilo Mussi, segundo informações divulgadas pela assessoria de imprensa do MEC.

Ainda de acordo com o texto, o Inep está tomando diversas medidas de segurança em relação à prova. “O participante quer ter a certeza de que, ao digitar as suas escolhas no gabarito, não haja alterações. Por isso, nós estamos trabalhando com tecnologias para que não aconteça nenhuma fraude”, explicou Mussi, de acordo com a matéria.

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Nesta quarta-feira (8), o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciaram, durante coletiva de imprensa, que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 será realizado nos meses de janeiro e fevereiro. A decisão diverge do resultado da consulta feita junto aos participantes inscritos, que escolheram datas no mês de maio para a realização das provas.

Além dos alunos que vão fazer o processo seletivo, outra categoria muito importante nesse momento é a dos professores, profissionais responsáveis por auxiliar, orientar e transmitir os conteúdos aos estudantes do ensino básico ou cursinhos. Entre eles, a data da prova também dividiu opiniões. 

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A professora de redação e linguagens Fernanda Pessoa achou a escolha da data positiva diante das possibilidades que foram apresentadas anteriormente pelo MEC. Para ela, a realização das provas no mês de maio traria prejuízos para muitos estudantes em diversos aspectos. 

“A maioria dos estudantes votou em maio não pensando no todo, porque quando voto em maio eu não levo em conta que o resultado dessa prova só vai sair em julho e a maioria não passa. Como é que eu vou começar a me preparar para o próximo ano em agosto, já tendo no fim do ano o Enem de novo? (...) Como eu vou ter dois Enem’s muito próximos um do outro? Porque eu vou ter um Enem em maio e outro no fim do ano em novembro? Então isso daria margem para o MEC usar como justificativa não ter o Enem do ano que vem para economizar dinheiro. Eu não fui a favor de ser em maio, porque eu acho que não vai resolver o problema”, argumentou Fernanda. 

Questionada a respeito do fato de muitos alunos terem ficado aflitos com a proximidade entre o final do ano de 2020 e a data escolhida para prova, Fernanda afirmou que para ela seria possível, sim, haver um meio termo entre a escolha feita pelos alunos e o mês que o MEC elegeu. “Eu acho que o mês perfeito seria fevereiro”, afirmou a professora. 

Apesar disso e das críticas de parte dos alunos, na visão da professora, o fato de, enfim, haver uma data definida após o anúncio do adiamento ajuda os alunos a terem mais tranquilidade. “Eu acho que essa alteração de data dá uma tranquilidade, na verdade, mais emocional, mas a falta de base, a falta de uma educação básica de verdade, fundamental I, fundamental II, ensino médio, de uma educação de qualidade, é o que vai pesar no final das contas”, disse ela. 

Josinaldo Lins é professor de química e defendia um adiamento longo para as provas do Enem, por volta de 120 dias a partir da data original, devido aos riscos de saúde envolvidos e também por sua preocupação acerca dos impactos do ensino remoto. Ele ainda criticou a forma como o Ministério conduziu a questão ao abrir uma consulta, divulgar seu resultado mesmo com baixa adesão de votos e não respeitar a data escolhida no processo. 

“Em cada cinco estudantes, quatro não participaram da enquete. Isso deu margem ao MEC para desconsiderar o resultado da enquete. A maioria não pode se sentir prejudicada, nesse caso, porque nem chegou a ser atingida. Nada desse governo pode ser colocado como ‘estão perdidos, não sabem o que fazem’. Sabem sim, planejam tudo direitinho, mas para fazer o mal”, disse o professor. 

O processo de escolha das datas, para o professor Josinaldo, resultará no “Enem mais desigual da história”, uma vez que ele vê o processo de escolha das datas como “o resultado de uma combinação de erros, principalmente por parte do MEC, por estipular prazos sem levar em consideração a real possibilidade de que ainda estejamos às voltas com um ciclo pandêmico e todos os cuidados que este exige”. 

Isaac Melo, professor de linguagens e redação, vê o adiamento para o mês de janeiro com bons olhos por avaliar que o mês de maio, como votaram os estudantes na consulta do MEC, seria inviável para o calendário das universidades e escolas. 

“Dois meses de adiamento eu avalio como positivo, apesar de que essa data vai trazer divergências, questionamentos de pessoas sem acesso à internet, à educação, de escolas que não estão funcionando corretamente. Esses 60 dias obviamente não resolvem esse problema que tem raízes mais profundas, mas dá um tempo, dá espaço, dá um fôlego para que o aluno consiga estudar mais”, disse o professor.

Isaac também destacou as dificuldades de atender às necessidades de todos os diferentes perfis de alunos em um país do tamanho e com os níveis de desigualdade social do Brasil, especialmente em um momento em que esse problema foi maximizado pela pandemia de Covid-19. Ele também fez críticas à atitude do governo que colocou para votação uma data que causaria problemas aos calendários acadêmicos e age com negligência no que diz respeito à redução das desigualdades na educação durante a pandemia. 

“Eu lembro de um comentário que foi feito pelo ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, de dizer que não cabe ao Enem discutir desigualdades sociais. Me parece que há uma negligência do governo no sentido de tomar cuidado em como essa educação está chegando. O segundo ponto é uma crise muito forte na educação brasileira, uma crise maior. A grande diferença [do Enem] desse ano para o do ano passado é uma sequência de erros antes do Enem. Eu não sei te dizer por que o Inep colocou como uma das datas maio, se sabia ou deveria saber que maio é uma data que prejudicaria imensamente o calendário acadêmico das universidades brasileiras. Me parece uma crise no Ministério da Educação, um ministério que dada a sua importância está sem ministro. O Brasil em si está em crise”, afirmou Isaac.

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O Ministério da Educação (MEC) abordou, nesta quinta-feira (18), por meio de nota, o desligamento de Abraham Weintraub. Para a pasta, o ex-ministro inovou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

As inovações pontuadas pelo MEC foram a criação do Enem digital e o Enem Seriado. Confira a nota na íntegra:

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NOTA OFICIAL

Weintraub deixa MEC com gestão limpa e amplo legado

Após um ano e dois meses no comando da pasta, o economista e professor da Universidade Federal de São Paulo ocupará o cargo de diretor do Banco Mundial, representando o Brasil O Ministério da Educação (MEC) informa que Abraham Weintraub deixa o cargo nesta quinta-feira, 18 de junho.

O anúncio foi feito por ele ao lado do presidente da República, Jair Bolsonaro, em vídeo gravado e divulgado nas redes sociais. Em um ano e dois meses de gestão, Weintraub, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e economista, esteve à frente de um dos maiores ministérios - cerca de 300 mil servidores compõem o quadro, incluindo instituições vinculadas, como as universidades federais. O compromisso, quando assumiu o cargo, em 8 de abril de 2019, era o de ser um "ponto de inflexão" no ensino brasileiro, dando um novo rumo às políticas educacionais.

Índices insatisfatórios têm sido registrados nos últimos anos. O Pisa de 2018 indicou que mais de 50% dos jovens brasileiros não sabem realizar cálculos matemáticos simples, interpretar textos e desenvolver questões básicas sobre ciências. Em uma lógica inversa ao que ocorria no passado (prioridade ao ensino superior), na gestão de Weintraub o foco prioritário foi nas crianças, a partir de uma política nacional robusta de alfabetização. O então ministro deu início a uma transformação fundamentada em evidências científicas, com referências internacionais, para, a longo prazo, tirar o país das últimas posições da América Latina quando o assunto é ensino de qualidade.

Além de uma melhor formação aos docentes da educação básica, buscou resgatar valores, seja com o protagonismo da família no processo de desenvolvimento dos pequenos, ou incentivando o respeito ao professor em sala de aula. Nesse sentido, lançou a “Escola de Todos”, uma ação para promover a cultura de paz nas escolas, orientando, por meio de informativos junto aos livros didáticos, como denunciar casos de bullying, desrespeito à pluralidade de ideias e à liberdade de expressão. Sobre livros didáticos, permitiu economia na compra desses materiais e lançou edital para que, a partir de 2022, todas as crianças da pré-escola tenham livros, algo inédito em 35 anos de programa.

Também marca sua trajetória pelo MEC a implementação do projeto-piloto do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares. São 18 estados e 26 cidades participantes. Em época de pandemia e com escolas fechadas, manteve o repasse de recursos da merenda escolar a estados e municípios. Propôs, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que o dinheiro fosse utilizado para a compra de alimentos a serem distribuídos pelas Secretarias de Educação em kits às famílias dos alunos.

Cerca de R$ 2 bilhões já foram enviados. Weintraub gerenciou um dos maiores orçamentos da administração pública federal, R$ 150 bilhões/ano, mantendo o equilíbrio financeiro e o uso racional do dinheiro público. Precisou, já no início da gestão, contingenciar gastos com instituições públicas federais para não faltar recursos até o final do exercício de 2019. O que foi tido como um "corte", por alarmismo, passou a ser legitimado como uma medida necessária. Além de 100% do orçamento liberado após alguns meses e do repasse de recursos extras, no período de contenção nenhum servidor público ficou sem salário, nem estudantes deixaram de receber assistência; e serviços básicos, como limpeza, luz e segurança, continuaram mantidos.

Apenas o que não era essencial foi suspenso temporariamente. Para os estudantes, ainda criou um projeto de emissão de carteiras estudantis gratuitas e em formato digital para meia-entrada em eventos culturais. A pauta, porém, não foi aprovada dentro do prazo necessário pelo legislativo e milhares de jovens ficaram sem o benefício. Em relação ao Enem, inovou. Pela primeira vez, permitiu uma versão eletrônica do exame e aumentou em 100% as vagas desde o anúncio – chegando a 101 mil. Também criou o Enem Seriado. Com reformulação do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), as notas de alunos dos 1º, 2º e 3º anos do ensino médio poderão ser usadas para ingresso no ensino superior, começando como projeto-piloto em 2021.

No âmbito dos cursos profissionais e tecnológicos, lançou o programa Novos Caminhos, com a estratégia de, até 2023, aumentar em 80% o número de matrículas. Repassou recursos para os institutos federais instalarem placas solares em seus campi, o que pode gerar uma economia anual na conta de luz em torno de R$ 17 milhões. Outra importante ação foi o aumento de bolsas de pesquisa para programas institucionais em pós-graduação mantidas pela Capes. Saltaram de 80,9 mil, em 2019, para 84,7 mil, em 2020.

Além disso, foram distribuídas mais 2.600 bolsas de estudo sobre epidemias. Acompanhou de perto a gestão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administra 40 hospitais universitários federais, tornando-a referência no enfrentamento ao novo coronavírus. Conseguiu a liberação de R$ 274 milhões para custeio e investimentos nas unidades, com a compra de mais de 30 milhões de itens, entre medicamentos, kits de testes e equipamentos. Permitiu, ainda, a contratação de 6 mil novos profissionais por meio de processo seletivo temporário.

Agora, o então ministro seguirá para um novo desafio no Banco Mundial, onde atuará como diretor representando o Brasil.

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