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Quando se tem uma ideia para empreender, uma das primeiras perguntas é: onde abrir um negócio? Dentre os lugares possíveis, há quem veja nas ruas uma solução; os que compram ou alugam um espaço maior em local estratégico e de grande movimento, como nos centros das cidades; e existem os que apostam em empreender dentro da própria casa, impulsionados, muitas vezes, pela falta de recursos financeiros.

Na grande reportagem 'Minha casa, meu negócio', a TV LeiaJá conta as histórias de Lindacy Silva, Heleno Cândido e Alexsandra Silva: três empreendedores que fizeram das casas onde moram oportunidades para gerar a própria fonte de renda. A proposta é mostrar a relevância desses pequenos negócios, que foram estabelecidos dentro dos lares, e como eles têm atravessado a crise econômica no Brasil. A reportagem também aborda a importância de ampliar um negócio por meio do acesso ao crédito e da digitalização.

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Confira a grande reportagem: 

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No ano em que completa 40 anos de magistratura, o desembargador Luiz Carlos de Barros Figueirêdo teve a carreira coroada com a Presidência do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e promete esforços para encaminhar a construção do Fórum Criminal no Recife.

Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, o atual chefe do Judiciário no estado comentou sobre as aspirações e os desafios do seu biênio na cadeira mais alta do Palácio da Justiça. 

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Eleito para o cargo até 2024, Luiz Carlos Figueirêdo tomou posse no dia 1º de fevereiro e enxerga sua posição como uma oportunidade de servir melhor ao povo. "Há uma lógica com a qual eu nunca compactuei: 'o Judiciário é um poder inerte e o juiz fica lá sentado, bonitinho, esperando que alguém vá procurá-lo’. Um ambiente 'Palácio da Justiça', só o nome é intimidatório, e o povo tem dificuldade de acessar. Então, eu em nenhum momento acho que isso seja razoável", afirmou. 

  População próxima ao Judiciário 

Para desafogar os processos que aguardam julgamento, ele pretende expandir o sistema de digitalização iniciado na implantação do registro eletrônico em varas da Fazenda. De acordo com o desembargador, a produção quase decuplicou com a informatização. 

"Veio para ficar. Nós tivemos uma época que uma vara da Fazenda tinha mais de 700 mil processos. Quer dizer, se o cara terminar o mês e tiver dado 3 mil sentenças, não foi uma gota d’água no oceano. Então, o mecanismo eletrônico conseguiu reduzir menos de 50% do estoque", destacou.

LeiaJá também: O sistema eleitoral é um orgulho, diz presidente do TJPE

Além das audiências, as próprias reuniões internas passaram a ser remotas, o que proporcionou uma resposta mais efetiva da Justiça, enfatizou. 

Como exemplo, citou a celeridade na análise dos pedidos de adoção na pandemia, área a qual domina e escolheu para alicerçar a maior parte da carreira. A defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente foi o compromisso defendido pelo juiz, que apresentou projetos de referência para todo o Brasil e é um dos autores do projeto da Lei Nacional de Adoção, que resultou na Lei 12.010/09. 

"No auge da pandemia, em processos de pedido de adoção, as visitas domiciliares eram feitas virtualmente. Quase todo mundo tem um smartphone, então, além de falar com o juiz, ele pode mostrar toda a casa, se tá organizada, se tem um quarto para receber o bebê. Não é a mesma coisa da presença do profissional, mas pior seria se a gente tivesse passado dois anos sem fazer isso", indicou. 

      Requalificação da estrutura 

Entre a lista de desafios, o gestor se desdobra para atender à cobrança dos magistrados por uma requalificação da infraestrutura, principalmente em comarcas do interior. Para manter a presença do Judiciário em áreas mais afastadas, o desembargador estuda ampliar a frota do atendimento itinerante motorizado para campanhas específicas, como já ocorre com casos de abuso sexual. 

"A Justiça não é uma sala bonita com móveis de luxo. Justiça é a realidade do dia a dia do povo. Nós temos várias instalações físicas no estado completamente colapsadas e deterioradas. Especialmente, eu diria, em Vitória de Santo Antão, Paulista, Cabo, e nós precisamos de soluções criativas porque nem os juízes nem os servidores, e muito menos o público, merece ser atendido naquelas condições", apontou.   

Fórum Criminal fora do papel 

O importante é não deixar o serviço parar e, para isso, a opção seria abrir editais de licitação para alugar imóveis durante o período de reforma dos prédios públicos. Nesse quesito, sua atenção também se volta a deixar um legado irreversível à população com o início das obras do Fórum Criminal. A falta do dispositivo deixa a Justiça de Pernambuco atrás de outros estados. 

“Há a necessidade no município de criar um fórum criminal. É desagradável para todo mundo misturar a família da vítima e do criminoso por perto, sofrendo também", definiu.

   Com a proposta de equipar o edifício com cadeia e alojamento para segurança, ele entende que o projeto não ficará pronto em sua gestão. Contudo, disse que já checa com a Prefeitura do Recife a possibilidade de usar o terreno em frente ao Fórum da capital, no bairro de Joana Bezerra, na área Central. 

"Eu tô temperando aquilo que já era bom. Tô procurando dar ênfase a uma área que eu acho que é importante. E insisto: a importância de programa social do judiciário é dar sentença rápida e de qualidade. É não deixar demorar", concluiu.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Sambatech, cerca de 62% das empresas brasileiras devem investir entre 10% e 30% de seu faturamento total em transformação digital durante o restante de 2021. Fatores como a pandemia de Covid-19 aceleraram o processo de digitalização em diversos setores corporativos, seja por meio de bancos digitais, que passaram de 14% para 31% em novos usuários, ou em empresas que passaram a aderir ao regime home office no período de isolamento social.

De acordo com João Gubolin, CEO da Ciatécnica, empresa que oferece consultoria empresarial voltada para a transformação digital, grande parte das organizações teve que encontrar maneiras de implementar soluções digitais que permitissem condições ideais para o trabalho remoto ser produtivo e eficaz. “O fato é que as visitas físicas praticamente desapareceram durante o período pandêmico, logo o único portal de encontro tornou-se o online. Como resultado, a digitalização das interações com clientes, das cadeias de suprimentos e das operações internas em todo o mundo avançou muito nesses últimos dois anos”, admite Gubolin.

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Devido à crescente transformação digital, existem tendências que podem ser vistas como consequência do efeito pandêmico no mundo, e segundo o especialista, inteligência artificial, automação e robotização serão tão importantes quanto a mecanização da agricultura e manufatura em tempos passados. Dessa forma, existem habilidades que serão exigidas aos trabalhadores do amanhã.

“A maior parte dos trabalhos mecânicos e repetitivos será desempenhada por sistemas automatizados e máquinas inteligentes, sendo assim, reunir competências que vão além e que agreguem valor será essencial”, esclarece o CEO.

Uma pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial (WEF) compilou os dez principais empregos que serão uma tendência no futuro, e dentre as opções, estavam ocupações como facilitador ou diretor de trabalho remoto, arquiteto de ambiente de trabalho, auditor de polarização de algoritmo, detetive de dados e profissionais que lidam como cyber segurança.

“São incontáveis as transformações que viveremos, mas precisamos nos adaptar assim como as civilizações pré-agrícolas se adaptaram a um novo paradigma”, ressalta o especialista. Gubolin conta que as máquinas e a digitalização já tornaram alguns empregos obsoletos, como os operadores de elevadores, as locadoras de filmes e bibliotecas.

“Profissões que tenham atividades exaustivas e repetitivas serão cada vez mais escassas. Porém, nem tudo está perdido, mesmo quando algumas tarefas são automatizadas, nem sempre aquela posição é extinta, mas sim ressignificada, ou seja, aquele profissional poderá desempenhar uma nova atividade” diz o especialista.

O CEO aifrma, ainda, que as profissões que visam gerenciamento de pessoas tendem a ser menos afetadas, já que as máquinas ainda não são capazes de tamanha complexidade de resposta e execução.

Prognóstico do cenário tecnológico

O especialista explica que criar qualquer tipo de cenário é uma tarefa difícil, visto que a tecnologia surpreende a cada dia. “Há pouco mais de dez anos não havia Snapchat, TikTok, Instagram e Uber. No início da década passada não ouvíamos falar de Inteligência Artificial e nem fazíamos ideia do que o 5G iria nos proporcionar. Atualmente, estamos indo em direção a mudanças ainda maiores que afetarão a sociedade como um todo”, projeta.

Assim, é possível citar que de alguma forma haverá grande evolução no que se diz respeito a veículos autônomos, computadores quânticos, robotização de ambientes comerciais e missões a Marte. Vale lembrar que também é possível projetar cenários em meio às redes sociais, já que continuará havendo uma grande procura por produções de vídeo, streaming e jogos. “Mesmo com todas essas previsões não sabemos ao certo o que esperar, mas tenho certeza que vamos nos surpreender no futuro assim como já acontece agora”, finaliza o especialista.

Desde o início da pandemia causada pelo novo coronavírus, muitas pessoas tiveram que abdicar das atividades ao ar livre. As medidas restritivas impuseram limites de convivência, mas também abriram novas possibilidades. Um dos setores que mais cresceu no período foi o de apostas online. Com cada vez mais adeptos, a indústria tem usado a tecnologia para conseguir se firmar como um mercado lucrativo e vantajoso.

A tecnologia tem mudado os sites de apostas esportivas há pelo menos uma década. São plataformas que estão proporcionando ao cliente maior interatividade e possibilidades de combinação. A gama de esportes à disposição do público cresce exponencialmente. Durante a pandemia, por exemplo, torneios de competições que não foram paralisadas, como o tênis de mesa, ganharam relevância. Na crise, se adaptar é fundamental, e os sites de apostas fizeram isso.

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Em paralelo, não deixaram de investir em tecnologia. Muitos aprimoraram seus sites para dispositivos móveis e smartphones, caso do Bet365 Aplicativo, um dos principais do mercado atual. Aliás, a utilização dos celulares para realizar apostas tem crescido significativamente. Por isso, as plataformas estão desenvolvendo não só opções de aposta, mas também redes de atendimento para dar suporte ao cliente.

Outras novidades passam também pela introdução da realidade virtual, o acesso às apostas por meio das bitcoins e também a inclusão de apostas para os eSports, jogos eletrônicos que tem movido uma legião de fãs em campeonatos de consoles como PS4, PS5 e Xbox One.

Atualmente, muitos cassinos estão investindo pesado na utilização de Realidade Virtual. A ideia é proporcionar ao cliente uma experiência que vá além das apostas. Com a maioria dos cassinos fechados ou com capacidade reduzida, muitas pessoas ainda não se sentem confortáveis para sair de casa. Por isso, o modelo de realidade virtual ajuda o público a vivenciar a realidade do cassino. Decoração, interatividade, mesa, crupiê…Tudo criado para tornar a aposta o mais real possível.

Algo que também tem entrado com força no mundo esportivo são as criptomoedas. A despeito das avaliações de que o modelo de negócio pode ser perigoso e não sustentável do ponto de vista econômico, sua utilização tem crescido muito, e as apostas não estão alheias a esse processo. Um ponto favorável das crypogamblings é que o modelo presume a utilização da criptografia, o que gera mais segurança nas negociações na internet.

Outro mercado que tem ganhado espaço nos sites de apostas são as possibilidades envolvendo os eSports. É verdade que a prática ainda não está totalmente disseminada entre os clientes, mas à medida que os jogos vão se popularizando, as chances de apostar em um desses eventos também aumenta. Atualmente, os jogos mais atrativos são Counter Strike, Dota 2, League of Legends e Fortnite. Para se ter uma ideia, as apostas em jogos de eSports arrecadaram mais de US$ 14 bilhões (mais de R$ 60 bilhões) de dólares em apostas no ano passado.

Há ainda outras boas novidades, como o I-Slots, especialmente projetados para os cassinos online. Eles permitem uma nova visão desse jogo clássico entre os adeptos do cassino, sobretudo no que envolve as máquinas caça-níqueis. As modificações ocasionadas pela digitalização dos sites também impacta o modelo conhecido como In-Play.

Esse tipo de aposta é mais utilizado para quem curte eventos esportivos. O nome é complicado, mas a explicação é fácil: nada mais é do que fazer apostas enquanto o evento acontece. Por exemplo: apostar que Neymar fará dois gols na partida aos 30 minutos do primeiro tempo. Ou que Tom Brady poderá vencer o Super Bowl (de novo) enquanto a partida está no intervalo. Há cada vez mais opções de In-Play, o que é muito bem-vindo.

A digitalização dos sites de apostas veio para ficar. É um caminho sem volta. Se o setor continuar aprendendo e aprimorando suas ferramentas como tem feito até o momento, o crescimento da indústria será ainda mais estruturado e vantajoso não só para as empresas, mas para o público também.

A falta de funcionários qualificados para se adaptar ao mundo digital é a maior barreira enfrentada por 55% dos donos de pequenos negócios. No entanto, mesmo com esse impedimento, 76% dos empreendedores que não digitalizaram suas empresas pretendem iniciar, em até seis meses, a comercialização dos seus produtos e serviços de forma online.

Os dados são do levantamento feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) e a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Do total de 1.205 empresários entrevistados, mais de 90% afirmam que já se beneficiam do digital em seus negócios, e desses, 85% revelam que o uso de plataformas virtuais fez com que houvesse aumento nos lucros.

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Os dados indicam procura cada vez maior em explorar o mundo digital nos micro e pequenos negócios, além de um aumento de investimentos na área. A análise da inclusão digital apontou que 92,2% das empresas de pequeno porte (EPP) já se utilizam do mundo eletrônico em seus negócios.

Em relação ao segmento de atividade, o setor de serviço lidera com 91,9% das empresas inseridas. O setor com menor índice de digitalização é a construção, com 81,8%.

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, analisa que digitalizar os empreendimentos é essencial para a sobrevivência dos negócios. "A digitalização do pequeno negócio é um caminho sem volta e bastante acelerado pelo cenário de pandemia. Nem que seja para atrair e efetivar vendas pelo whatsapp, os empresários entenderam que é preciso criar formas digitais de manter e ampliar o mercado", diz Melles.

No entanto, o consultor da Unctad, Fernando Furlan, que participou da elaboração do estudo, faz ressalvas quanto a uma possível dependência dos pequenos negócios ao mercado digital. “Essa tem se tornando a maior discussão no mundo antitruste de como garantir a inovação das big techs e ao mesmo tempo garantir que elas não sejam abusivas ao ponto de excluir os concorrentes do mercado”, ressalta.

A pesquisa conversou com donos de pequenos negócios a respeito da concorrência, e, segundo 26% dos entrevistados, um aumento de concorrência entre seus fornecedores traria mais benefícios. Trinta por cento das empresas de pequeno porte mostraram interesse por uma maior concorrência entre os fornecedores, em especial, pelas empresas dos setores da construção (36%) e da indústria (32%).

Com informações da Agência Sebrae de Notícias

Neste domingo (24), se encerra a aplicação da edição impressa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, iniciada no último dia 17 em meio a diversas polêmicas e judicialização em torno da prova. Os participantes que compareceram poderão acessar os gabaritos até a próxima quarta-feira (27), uma vez que o prazo dado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para divulgação das respostas oficiais foi de 3 dias úteis após a última prova, no site ou app do Enem para Android e IOS

Já os resultados individuais (notas) de cada participante do Enem Impresso estão previstos para 29 de março, uma vez que a expectativa do Ministério da Educação (MEC) é abrir as inscrições do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) em abril de 2021. 

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Segundo o edital, os participantes treineiros só receberão suas notas um pouco depois, 60 dias após os resultados de estudantes que já concluíram o ensino médio. Em ambos os casos, o login só será feito na página do Participante ou aplicativo do Enem mediante inserção do número do CPF e da senha do participante. Após a divulgação dos resultados, os participantes poderão ter acesso à vista de sua prova de redação exclusivamente para fins pedagógicos, também por meio da Página do Participante, em data a ser definida pelo Inep. 

É importante lembrar que os candidatos do Amazonas deverão fazer a reaplicação da prova nos dias 23 e 24 de fevereiro. O Estado não teve condições sediar as provas nesses domingos devido aos aumentos nos casos de Covid-19. Também em 23 e 24 de fevereiro, farão o Exame os alunos que sofreram problemas de logística.

 Novo formato

O MEC e o Inep anunciaram, em 2019, o projeto de digitalização do Exame Nacional do Ensino Médio a partir da edição 2020, quando não se imaginava que a prova seria realizada em meio a uma pandemia. 

A aplicação piloto do novo formato de prova, com aproximadamente 100 mil participantes em cidades selecionadas, será no próximo domingo (31) e no dia 7 de fevereiro, a partir das 13h30 e término às 19h no primeiro dia e às 18h30 no segundo. No Recife, serão 840 vagas. Não há possibilidade de fazer a prova em casa e todos os participantes deverão se dirigir ao local de aplicação determinado no seu respectivo cartão de confirmação de inscrição.

Segundo o Inep, o plano é expandir o exame digital gradativamente ano após ano, até chegar à digitalização completa em 2026. A única exceção à transição está no Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL), que só será digitalizado em 2026. 

Na primeira aplicação, não haverá recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência, nem serão permitidas inscrições de treineiros (estudantes que não concluíram o terceiro ano do ensino médio). As provas terão a mesma estrutura do Enem Impresso, com 45 questões de múltipla escolha em cada prova e redação feita a mão, como é feito no exame tradicional. 

Opiniões

As diversas possibilidades de elaboração de questões interativas no formato digital animam muitas pessoas para a novidade, mas há receio por parte dos estudantes que não têm hábito de resolver provas on-line, temem problemas logísticos na aplicação e/ou se sentem mais à vontade e seguros com a prova impressa. O LeiaJá ouviu professores e estudantes para saber o que esperam do processo de transição para o modelo digital e como enxergam essa mudança. 

Giovana Nascimento tem 19 anos, mora no município de Carpina (PE) e deseja fazer o curso de licenciatura em ciências biológicas. A jovem vê com incertezas e receio o processo de digitalização do Enem por desconfiar da capacidade do Inep de cuidar de sua eficiência logística.  

“Eu acho a transição para o modelo digital uma verdadeira incógnita, visto que eu tive problemas no início do ano para gerar o boleto [de pagamento da taxa de inscrição], assim como muitos tiveram, e não sei se a plataforma vai ser de fato boa. Eu acho que não temos estrutura para um Enem 100% digital nas escolas. E se travar? Não confio nesse Inep que não aguenta nem muitos acessos durante a inscrição (visto que muitos até um dia antes, não tinham acesso ao local de prova), imagina aguentar um Enem digital? Contudo, nos resta esperar para ver”, disse a estudante.

Algumas questões mais pessoais no que diz respeito à resolução de provas também fazem com que Giovana prefira o modelo tradicional no papel. “Gosto de riscar tudo e marcar tudo na questão, eu sempre vou preferir impresso, mas se só tiver opção on-line, vou me adaptar bem, acho que a EAD me preparou para o Enem digital. Muitos pdfs eu respondi on-line, pois não tinha como imprimir todos”, explicou ela.

Outro receio da aluna, que atinge tanto o formato digital quanto o impresso, é a correção da prova. O medo de falhas na atribuição das notas se deve a erros do Inep nos resultados de parte dos participantes do Enem 2019. “Estudante reza todo dia por uma correção justa, meu maior medo é ter uma correção injusta. Eu espero muito que não tenha erros, porque eu não tenho saúde mental para isso, não”, disse Giovana.

O professor de matemática Erotides Marinho vê a introdução do modelo digital no Enem 2020 com ressalvas, devido ao ano letivo difícil e atípico para estudantes e educadores e à alta abstenção de estudantes inscritos no modelo tradicional. “Este momento, afetado por tanta abstenção, não deveria ser o adequado para testagem do modelo digital”, opinou Marinho. 

O tempo escolhido pelo Inep para a transição digital, na visão do professor, só será suficiente se vier com a garantia de “uma política de implantação da tecnologia de modo irrestrito, atingindo escolas de todas as camadas sociais, sem gerar exclusão, atrelando a isso a capacitação dos professores também". "Cumprindo esses requisitos, esse tempo é suficiente para implementar a prova digital”, completou o docente.

Na visão do professor, agora que a transição será iniciada, para que haja a correta adaptação dos estudantes ao novo formato de prova, “é preciso redesenhar o formato de aulas online para os jovens estudantes da educação básica, pois não funcionam de modo tão linear como na realidade de nível superior, com EAD”. 

Igor de Angeli tem 21 anos, mora em Vitória (ES) e faz provas do Enem desde 2016.  Ele, que já faz medicina em uma instituição privada e tenta uma vaga em universidade pública, acredita que a mudança de modelo de provas do Enem vai causar muitas polêmicas. 

“Há inúmeros lares e estudantes pelo Brasil afora que não possuem internet ou até mesmo um dispositivo para estudar. Então, essa adesão pode ser bem mais lenta do que aparenta ser. E mesmo que na aplicação das provas haja uma grande estrutura preparada pelo Inep, creio que os estudantes ficariam receosos de fazer uma prova pelo computador por medo de não salvar as respostas, pane no sistema ou até mesmo falta de energia elétrica”, afirmou o estudante. 

Igor afirma que se sente preparado para esse tipo de prova, pois o curso onde estuda introduziu o modelo digital durante o ano letivo de 2020, diante da necessidade de ter aulas e provas a distância. Apesar de estar adaptado ao formato, o jovem ainda prefere provas tradicionais. “Gosto de rabiscar na prova. Gosto de ir grifando as partes mais importantes de um texto, por exemplo, ou até mesmo marcar dados essenciais para uma prova de matemática. Não que eu sinta dificuldade, mas sinto que meu rendimento cai. Realmente, sou fã do bom e tradicional papel na hora da prova”, disse ele.

A segurança de correção de provas digitais é outro fator que preocupa Igor. “Durante esse ano de preparação, fiz provas pelo computador através do meu cursinho preparatório aqui em Vitória. Havia momentos de sobrecarga no sistema e o envio de respostas ficava comprometido. Tive até amigos que ficaram com a nota comprometida, pois algumas respostas não foram computadas”, contou ele.

Para o professor de biologia Carlos Bravo, a digitalização da prova é um processo “inevitável”. Com cerca de 35 anos de experiência preparando alunos para o Enem e outros vestibulares, ele alega que há grande preocupação com a operacionalização do Exame após o período de transição. “Este ano é piloto, com poucos candidatos. O futuro vai ser essa parte digital, ninguém pode sair desse caminho, principalmente depois da experiência que foi adquirida nesse período de pandemia. São coisas que vieram para ficar. Claro, vai ter que ser aprimorado. Essa prova digital é uma economia muito grande, mas temos que ver os critérios de acesso e sigilo para evitar que a prova vaze”, analisou Bravo.

Carlos Bravo é professor de biologia há mais de 30 anos. Foto: Cortesia 

Já André Luiz Vitorino, também professor de biologia, vê a mudança com bons olhos, mas lamenta pelo momento em que a aplicação será testada. “Pena que chegou em um momento de pandemia. Acho que pode atrapalhar um pouco, mas é uma tendência mundial as coisas serem digitalizadas. Vejo com muito bons olhos e acredito que dentro do possível será um bom Enem Digital”, comentou.

André conta que ainda prefere o formato impresso, mas vê vantagens na possibilidade de fazer um bom uso da tecnologia aplicada à educação. “A vantagem é o bom uso da tecnologia e a desvantagem é que eu acho que nosso país, em termos de tecnologia, está bem aquém para fazer uma prova desse nível. Estão falando que a prova digital vai ter uma segurança maior. Não sei se isso vai condizer com a verdade”, argumentou o professor.

Com a pandemia acelerando a digitalização em diversos setores, uma tendência ganhou impulso entre os bancos privados brasileiros: o encerramento de agências. Só em 2020, cerca de mil pontos de Itaú, Bradesco e Santander fecharam as portas, resultando na demissão de 11 mil funcionários. Trata-se de uma forte aceleração grande em relação ao ano passado, quando esses mesmos bancos encerraram 430 agências e cortaram 7 mil vagas.

Além de reduzir a quantidade de espaços ociosos, à medida que eles se tornam cada vez menos necessários, os bancos também têm feito um esforço para usar essa presença física para prestar um serviço ao cliente. O Santander, por exemplo, já tem espaços com coworkings e café, enquanto o Bradesco agora vê as antigas agências de outra maneira, passando a classificá-las como unidades de negócio.

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No segundo maior banco privado do País, essa é uma tendência que deve ganhar força. Segundo o diretor executivo e de relações com investidores do Bradesco, Leandro Miranda, 500 das 700 conversões previstas para 2020 já foram realizadas. A grande diferença desse modelo é a inexistência do caixas, o que reduz, segundo o Bradesco, os custos em 30% a 40% em relação a uma agência convencional, especialmente no quesito segurança.

O Santander anunciou recentemente que vai criar um ambiente de convivência nos estacionamentos de suas agências, em parceria com seu portal automotivo Webmotors. Além de pontos de encontro para venda de carros, os estacionamentos poderão receber opções de lazer e alimentação, como food trucks. O desenho permite até academias de pequeno porte.

O banco Itaú também vem fechando agências, mas, em nota, disse que ainda vê a relevância da relação presencial. "É evidente a transformação tecnológica recente e a procura cada vez maior pelos canais digitais, mas nossa rede física de agências segue cumprindo um papel muito relevante (...) como um espaço mais humanizado de relacionamento e consultoria", afirmou a instituição financeira.

Coordenador do curso de economia da Fundação Getúlio Vargas, Joelson Sampaio lembra que os bancos já vinham trabalhando na otimização das agências físicas mesmo antes da recente onda de digitalização. Ele lembra que, anos atrás, uma onda de consolidação de bancos no País fez com que o mesmo banco ficasse com um número excessivo de pontos. Ele ressalta, porém, que as pessoas mais velhas, que muitas vezes têm dificuldade com o mundo digital, ainda contam com a existência das agências.

Pesquisa de 2019 do Instituto QualiBest mostrou que 81% das pessoas considera importante a existência de agências físicas, mesmo que a frequência das visitas seja baixa. Cerca de 70% dos entrevistados disseram que vão cerca de uma vez por mês a uma agência física.

Bancos públicos

 

Entre as instituições estatais, o Banco do Brasil tem seguido de perto a tendência de Itaú, Santander e Bradesco. Nos 12 meses encerrados em setembro, o BB fechou 227 agências, enquanto abriu 56 pontos que classifica como unidades especializadas.

Já a Caixa Econômica Federal vê necessidade de uma rede presencial mais robusta. Ainda que o Caixa Tem, aplicativo de celular usado para distribuição do auxílio emergencial, seja um passo em direção à digitalização, o banco não tem seguido a tendência de encerramentos. Ao fim do primeiro semestre, a Caixa tinha 53,7 mil pontos de atendimento, número praticamente estável em relação ao mesmo período de 2019.

"Por sua função de repassadora de benefícios do governo à população, a atuação da Caixa exige a manutenção de agencias, especialmente para pessoas de regiões onde o acesso à tecnologia é menor", diz o professor de finanças da FGV-Eaesp, Rafael Schiozer. Entretanto, ele acredita que, à medida que o acesso ao digital entre a população aumente, a Caixa também acelere a revisão de espaços físicos. "A médio e longo prazo isso deve acontecer, haja vista a capacidade que o banco teve de distribuir o auxílio emergencial por meio de aplicativo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A pandemia do novo coronavírus, que impôs o isolamento social, fez disparar o uso de canais e plataformas digitais dos bancos. O movimento ajudou as instituições financeiras a encurtar em alguns anos o processo de digitalização e a buscar estratégias e soluções para acolher aqueles que não estavam tão acostumados a recorrer ao internet banking ou aplicativos para resolver sua vida financeira.

No Bradesco, por exemplo, houve expansão de pelo menos dois dígitos em todas as plataformas da instituição, de acordo com dados divulgados por Maurício Minas, membro do Conselho de Administração do banco, durante painel no CIAB, tradicional evento de tecnologia bancária, promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), desta vez, em formato virtual.

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A utilização do Next, banco digital da organização, cresceu 46%. Na Ágora Investimentos, aposta do Bradesco para crescer junto a investidores pessoas físicas, o salto foi ainda maior: 76%. Já na BIA, robô de inteligência artificial do Bradesco, a alta foi de 25%, enquanto no mobile passou dos 30%, tanto para pessoa física quanto para pessoa jurídica. "As pessoas mudaram seus hábitos", disse Minas, que informou ainda que 20% do tráfego tem sido de clientes que não eram digitalizados antes da covid-19.

Segundo Minas, além de o Bradesco melhorar as experiências que já oferece aos clientes, o banco tem três estratégias para acelerar a transformação digital após a pandemia: reforçar o Next, criado para o cliente que é nativo digital; orquestrar todas as plataformas, criando ecossistemas; e explorar o open banking, que permitirá o compartilhamento de informações dos clientes com os concorrentes.

No Itaú Unibanco, três quartos das contas abertas nos últimos dois meses foram feitas pelo aplicativo do banco, conforme o diretor de Engenharia de Canais do Itaú Unibanco, Estevão Lazanha. "Esse número mais do que triplicou", disse. "Toda a jornada do cliente foi feita pelo aplicativo e o cliente saiu dali utilizando o banco no conforto da sua casa", afirmou.

Para Lazanha, o avanço da tecnologia não só beneficia o banco, como também tem a capacidade de acelerar um processo de mudança de expectativas do consumidor. Ele comparou a mudança com a experiência de dirigir um carro recorrendo a um guia de ruas ou com a utilização do Waze, e destacou que hoje os motoristas ficam insatisfeitos quando o aplicativo eleva o tempo previsto do trajeto em cinco minutos, enquanto a mesma irritação não se via com o guia de ruas. "A crise deixará um legado de mais adoção, mais conforto, mais profundidade nos contextos das relações digitais, o que permite explorar outros modelos de negócios e trazer ofertas ainda melhores", avaliou.

Para os clientes do Banco do Brasil, as transações feitas pelo aplicativo tiveram um salto de 76%, segundo Gustavo Fosse, diretor de tecnologia da instituição. "Essa intensificação do uso de plataformas digitais nos desafia a usar mais dados, para prestar melhor atendimento. A gente precisa estar em processo de inovação constante", disse.

Marino Aguiar, CIO (Chief Information Officer, o executivo responsável pela área tecnológica) do Santander Brasil, ressaltou que o momento tem reforçado a estratégia de digitalização do banco, maior player estrangeiro no Brasil. "Não só dos canais digitais, mas também para oferecer experiência mais fluida entre canais físicos e canais digitais, para que o cliente possa, de forma fluida, iniciar a transação em um canal e navegar por outros canais, sem qualquer tipo de fricção", disse.

A Caixa Econômica Federal reconhece que, por ser um banco público, está um pouco atrás das instituições privadas, mas também tem corrido para se alinhar às tendências reforçadas pela pandemia. "Para nós, foi uma oportunidade maior, porque a Caixa estava um pouco fora desse movimento, que o mercado já vinha praticando. Nós preparamos um projeto que estava muito alinhado a esse movimento digital, mas a pandemia acelerou esse movimento", disse Cláudio Salituro, vice-presidente de Tecnologia da Informação do banco.

O público de terceira idade também começa a ter mais atenção dos bancos em meio à pandemia. O Bradesco começou a olhar para os clientes com mais de 70 anos, para que utilizem mais o mobile e o internet banking. "Essa população é relevante, extremamente fragilizada em tempos de pandemia e que não usa tanto os canais digitais", afirmou Minas, lembrando ainda que muitos são de alta renda e, por isso, relevantes para os bancos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A meta do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é que até o ano de 2026 todo o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) esteja completamente digitalizado. A edição de 2020 será a primeira em que os alunos poderão optar pela prova tradicional ou testar a novidade, e terá 100 mil vagas para os participantes que cumpram os requisitos necessários. 

No entanto, o Enem Digital ainda não chegará a todo o Brasil. Segundo o Inep, apenas os participantes que se inscreverem para responder às questões nos municípios previamente selecionados para receber o novo formato do exame podem optar pela versão digital. Confira a distribuição de vagas por cidade: 

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O Ministério da Educação (MEC) anunciou, na tarde desta terça-feira (10), o início do Diploma Digital. A meta do projeto é digitalizar completamente a emissão de diplomas de nível superior do país até o ano de 2022.

A expectativa do MEC é gerar uma economia de R$ 47 milhões através da digitalização. De acordo com o secretário de Educação Superior do MEC, Mauro Luiz Rabelo, a emissão de diplomas de graduação atualmente é pouco segura, lenta e cara. 

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“Hoje temos diplomas irregulares emitidos para cursos não autorizados e diplomas falsos, caso de polícia (...) Vamos reduzir as fraudes, vamos garantir mais confiança, mais confiabilidade para esse processo”, disse ele. A emissão dos diplomas digitais será feita através de uma parceria entre o MEC e o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI). 

Durante a entrevista coletiva, também foi explicado que os diplomas físicos não deixarão de existir para os formandos que desejarem tê-los, mas também devem passar por mudanças para se conectar ao diploma digital. “No verso do diploma teremos um QR Code. Através do QR Code, o empregador poderá saber se o diploma é verdadeiro ou não”, disse Mauro Luiz. Para mais detalhes, o interessado pode acessar o site do Diploma Digital

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A digitalização de indústrias e serviços pode ter um grande impacto em diversos setores da economia em todo o mundo. Segundo estudo da empresa de dispositivos móveis Ericsson, até 2030, essas tecnologias podem aportar até US$ 3,8 trilhões (R$ 15,86 trilhões) à economia global. O tema foi debatido nesta quarta-feira (13) em workshop da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em Brasília.

Esse processo, denominado “transformação digital”, envolve a coleta e processamento de grandes quantidades de dados, a aplicação de uma série de novas tecnologias, como o 5G e a inteligência artificial, e a disseminação de dispositivos tanto para usuários (como smartphones) quanto nas atividades econômicas, como em linhas de montagem.

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O estudo da companhia também mapeou quais setores têm maior potencial de geração de receitas neste montante que pode ser gerado com a digitalização. A área de saúde pode chegar a 21% dessas verbas, seguida pela indústria (19%); segmento automotivo e energia (12%); mídia, entretenimento e segurança pública (10%).

Na avaliação dos presentes no evento, o processo de digitalização vai alterar sobremaneira a forma como as atividades econômicas estão estruturadas. Um novo conjunto de negócios ganha importância, relacionado à fabricação de dispositivos, oferta de serviços de conectividade e infraestrutura, habilitação de serviços (como plataformas) e provimento de aplicações (como redes sociais, mecanismos de busca, comércio eletrônico, transporte etc.).

5G

Dentre o montante projetado pela Ericsson, US$ 1,5 trilhão (R$ 6,2 trilhões) está relacionado à implantação do ecossistema do 5G. Essa nova geração dos serviços móveis é apontada não apenas como uma evolução das tecnologias móveis, mas uma mudança qualitativa que pode permitir uma série de novas aplicações a partir de um tráfego de alta velocidade que pode ser acessado por dispositivos móveis.

Segundo Tiago Machado, representante da Ericsson no evento, o 5G terá um papel chave para impulsionar a digitalização. “Antes ninguém sabia o que era 5G e agora só se fala nisso. Ele quebra cadeias tradicionais de valor. O carro é basicamente o que era 100 anos atrás. A partir do 5G, além da evolução do acesso móvel, a gente tem toda uma expectativa de digitalização de diferentes setores”, comentou.

A coordenadora política e regulatória da GSMA para América Latina Adriana Sarkis destacou a importância dos equipamentos e serviços móveis, de smartphones à banda larga móvel, no fenômeno da transformação digital hoje, e reforçou que a chegada do 5G pode ampliar essa participação.

“Economicamente falando, só no ano de 2018, US$ 1,1 trilhão (R$ 4,6 trilhões) da economia global foi influenciado pelo ecossistema móvel. Com advento do 5G, dentro dos próximos 15 anos essa tecnologia deve contribuir com US$ 2,2 (R$ 9,2 trilhões) para a economia global”, projetou a coordenadora, cuja entidade é uma das maiores analistas do mercado móvel do mundo.

Para Sarkis, as mudanças se darão em três frentes. A primeira está ligada aos usuários. Em 2018 havia cerca de 5 bilhões de usuários de smartphones no mundo. A previsão da GSMA é que este número suba para 6 bilhões até 2025. As práticas históricas de comunicação utilizando esses dispositivos tendem a se ampliar para diferentes atividades, como transações financeiras a aplicações de comércio eletrônico.

Um segundo movimento está vinculado à evolução tecnológica. Atualmente, o 4G é o padrão dominante no mundo. A expectativa da GSMA é que até 2025 existam 14 bilhões de conexões em 5G, representando quase metade de todos os países. “É uma transição de tecnologia mas de forma mais disruptiva. Permitir muito mais em suas redes, como manipulação remota, dar apoio à indústria 4.0 e ofertar uma internet móvel de altíssima velocidade”, disse a representante da GSMA.

Um terceiro vetor de mudança está nos aparelhos. Em 2018, os smartphones representavam 60% das conexões à Internet e a projeção é que representem 80% até 2025. Contudo, a grande transformação deve estar no crescimento de equipamentos que se comunicam com outras máquinas, indo além do tradicional aparelho e serviço voltado ao consumidor. Esse ambiente vem sendo chamado de Internet das Coisas. Entre 2018 e 2025, a GSMA estima que o número de dispositivos conectados saia de 9 bilhões para 25 bilhões.

Globo

Membro da Diretoria Integrada de Negócios da Globo, Eduardo Perez apresentou o caso da transformação digital do grupo. O conglomerado unificou seus negócios, o que chamou de “uma só Globo”, reconfigurando sua estrutura institucional. Na área de conteúdo, para além do portal Globo.com, o serviço de streaming Globoplay passou a oferecer conteúdos específicos.

Perez explicou que um dos objetivos é ampliar a base de dados sobre a audiência dos veículos do grupo, cadastro chamado de Globo ID. Quando se loga nas plataformas, o usuário passa a ser monitorado. Interações de programas e serviços online da Globo, como votações no BBB ou o uso do aplicativo Cartola FC, são utilizadas também para ampliar o conhecimento sobre os usuários.

“O nível de interação também nos traz muitas informações sobre estes usuários. Nossa estratégia é entender nosso consumidor, usar massivamente dados que a gente tem e aproveitar o nosso diferencial competitivo de conteúdo de alta qualidade e distribuição para poder, usando os dados, fazer coisas diferenciadas pensando em publicidade digital”, afirmou o executivo.

O INSS vai investir na digitalização das análises de benefícios para combater fraudes e zerar a fila de espera por aposentadorias, que hoje chega a 2 milhões de pedidos, segundo o presidente do órgão, Renato Rodrigues Vieira. Em sua primeira entrevista desde que assumiu o cargo, ele informou que vai enxugar a estrutura burocrática do órgão, que tem cinco superintendências e 104 gerências executivas - que servem, segundo ele, para abrigar indicações políticas de aliados do governo. "Faremos um processo seletivo (para esses cargos) e apenas funcionários de carreira participarão."

Vieira assumiu o órgão com quatro principais desafios: implementar as medidas antifraude elaboradas pelo governo na Medida Provisória (MP) 871 - que incluem um amplo pente-fino em benefícios -, digitalizar os processos, modernizar a gestão e reduzir a judicialização. O INSS paga anualmente R$ 92 bilhões em benefícios concedidos pela via judicial (cerca de 15% do total), a maioria de auxílios-doença e aposentadorias por invalidez.

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O presidente reconhece que hoje o órgão não consegue cumprir o prazo máximo de até 45 dias para dar resposta sobre o pedido de um benefício, o que contribui para a judicialização. Mas ele afirma que há também necessidade de uniformizar interpretações da lei em diálogo com órgãos de controle e o Judiciário e de coibir fraudes que induzem os juízes a erro. "Há uma profissionalização da fraude, então precisa haver profissionalização ainda maior do controle", diz.

O INSS é o único órgão do governo que ainda tem uma tramitação de processos totalmente em meio físico, o que implica às vezes em envio de documentos de um Estado para outro e uma burocracia enorme por trás do serviço prestado. Isso amplia as brechas disponíveis aos chamados "atravessadores", que orientam pessoas a pedirem benefícios a que elas não têm direito e contam até mesmo com ajuda de funcionários das próprias agências do INSS.

A digitalização, segundo Vieira, vai ajudar a fechar essas portas de entrada para as fraudes, em conjunto com a centralização da análise dos pedidos de benefício em equipes que se especializarão nesse trabalho. Elas poderão atuar até de maneira remota. "Temos um projeto de tornar a análise cada vez mais impessoal e desterritorializada", afirmou.

A racionalização das atividades também envolve o corte no número de unidades gestoras que não atendem à população. A ideia é reduzir o número de pessoas envolvidas na burocracia interna do INSS - hoje, um terço da equipe cuida de tarefas como pagamento da folha e concessão de férias de servidores. "É preciso fazer mais com menos", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Serviços de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, como matrículas e solicitações de benefícios, foram disponibilizados no portal de serviços do governo federal. A medida faz parte de um processo de digitalização das atividades do Executivo Federal iniciada com órgãos da administração direta e indireta, que depois incluiu universidades e agora chegou aos institutos federais. A novidade foi anunciada em cerimônia hoje (12), em Brasília.

Pelo portal, é possível acessar um conjunto de serviços, como inscrição em processos seletivos, solicitação de assistência estudantil ou emissão de segunda via de diploma. Nas páginas, é informado quem tem acesso ao serviço, quais os documentos necessários e o tempo do processamento da solicitação. O interessado deve digitar no campo de pesquisa o nome do instituto federal.

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Pelo site, o interessado pode baixar os editais, a lista de escolhidos para cursar no instituto e outras informações, porém a inscrição no instituto ainda deve ser feita presencialmente, como no IF do Paraná. Outros serviços podem ser agilizados sem a necessidade de comparecimento, como recebimento de bolsas no IF de Rondônia, que pode ser feito pelo envio de um e-mail à secretaria do órgão, cujo endereço é indicado no portal.

O reitor do Instituto Federal de Brasília, Wilson Conciani, destacou a importância dos serviços online para aumentar a transparência dessas instituições e sua aproximação com os cidadãos. “Até diploma podemos gerar eletronicamente. Colocar também serviços é dar ao público conhecimento daquilo a que eles têm direito. O portal vai facilitar a vida de muita gente e levar o Brasil para mais perto dos brasileiros".

Censo

A inserção dos serviços dos institutos no portal de serviços do governo ocorreu juntamente com o lançamento da 3ª fase do censo de serviços do Executivo, conduzido pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap).

De acordo com o levantamento, há mais de 2.800 serviços ofertados pelos órgãos das administrações direta e indireta. Destes, 80% exigem RG e 70%, CPF. O canal principal é o balcão dos órgãos, modalidade adotada em 84% dos casos. Ao analisar o tempo, a equipe constatou que 65% resolvem a demanda em até 60 dias.

O censo foi base para o planejamento da digitalização dos serviços, como ocorreu com os IFs. Conforme o levantamento, 46% dos serviços do Executivo têm algum grau de digitalização, enquanto 17% não fazem uso dessas tecnologias. Outros 14% já são totalmente digitais.

“A agenda da digitalização representa a condição de sobrevivência de muitas das nossas organizações. A organização deve entender que cidadão resolve problemas diários pelo celular e que para ele é coisa de outro mundo ter que ir a um balcão de atendimento para resolver um serviço. A digitalização vai colocar órgãos no estágio em que o que cidadão está”, defendeu o secretário-geral adjunto de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Gleisson Rubim, na cerimônia.

O incêndio no Museu Nacional, que aconteceu domingo na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, e destruiu cerca de 90% dos itens guardados, reforçou a importância da digitalização de acervos históricos, afirmam especialistas, tanto para fins de pesquisa quanto de preservação das informações - e até mesmo dos próprios artefatos, em versão virtual.

É o que vêm fazendo pesquisadores do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) com centenas de crânios, esqueletos e outros artefatos escavados da região de Lagoa Santa (MG), um dos principais sítios arqueológicos do Brasil. As peças são escaneadas em tomógrafos de alta resolução, para produzir réplicas virtuais tridimensionais, que podem ser estudadas online e até materializadas em impressoras 3D. "Hoje fazemos isso de forma sistemática; mesmo que não haja um projeto de pesquisa associado às peças", diz o arqueólogo André Strauss, professor do Museu de Arqueologia e Etnologia e pesquisador associado do Laboratório de Arqueologia e Antropologia Ambiental e Evolutiva (Laaae) do IB-USP. "A proposta inicial é fazer um backup virtual mesmo."

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O trabalho começou em 2010 e veio bem a calhar dois anos depois, quando um crânio de Lagoa Santa se quebrou no laboratório e, graças à digitalização, foi possível imprimir uma réplica perfeita. As tomografias são feitas semanalmente na máquina do Hospital Universitário, com resolução de 0,6 milímetro. Peças menores, como dentes e anzóis, são escaneadas no tomógrafo do IB-USP, com resolução de 0,009 mm, que permite reproduzir cada detalhe em altíssima definição.

"A grande vantagem do digital é que o pesquisador não precisa ficar manuseando o material com tanta frequência", diz o dentista e bioantropólogo Rodrigo Elias, que coordena os trabalhos de digitalização no Laaae. "Para muitas pesquisas, só o digital é suficiente."

Os pesquisadores enfatizam, porém, que a digitalização não diminui a importância das peças originais, tanto pelo seu valor histórico quanto científico. "Algumas análises só podem ser feitas com o material original", diz Strauss. Por exemplo: análises de DNA que ele espera - ou esperava - poder realizar um dia no famoso crânio de Luzia, que pode ter sido destruído no incêndio do Rio.

O Museu Nacional guardava milhares de relíquias arqueológicas da pré-história brasileira, incluindo crânios e esqueletos de centenas de indivíduos de Lagoa Santa. Entre eles, Luzia, de 11,5 mil anos, um dos crânios humanos mais antigos das Américas. Ele estava digitalizado; mas o resto da coleção, não.

Procurado, o museu afirmou que vinha fazendo um esforço de digitalização de suas coleções, mas não havia uma estimativa consolidada do quanto já foi digitalizado.

Biodiversidade - Também no prédio destruído pelo incêndio estavam milhões de exemplares de insetos e outros animais, coletados por todo Brasil ao longo dos últimos dois séculos. Coleções como essas são a base de todo o conhecimento sobre a biodiversidade do planeta, usadas para a descrição de espécies e uma variedade de estudos ecológicos e evolutivos. Parte desses acervos nacionais vem sendo digitalizada há anos, por meio de grandes projetos como o speciesLink e o Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr).

O speciesLink, lançado em 2001, acumula mais de 9 milhões de registros digitais, de 480 coleções de fauna e flora. O SiBBr tem quase 10,5 milhões de registros, representando 155 mil espécies. Mas não é possível dizer o quanto isso representa do total de acervos biológicos no Brasil. "A maior parte das coleções está em situação precária. Muitas não têm curador", diz Carlos Joly, coordenador do Programa Biota Fapesp, que deu origem ao speciesLink. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), desembargadora Therezinha Cazerta, alterou a Resolução PRES nº 142/2017, por meio da Resolução nº 200/2018, e, com essa medida, facilitou a virtualização dos processos físicos e sua inserção no sistema Processo Judicial Eletrônico (PJE).

Após tratativas conciliatórias com usuários do sistema, foi desenvolvida ferramenta que otimiza a inserção de processos físicos no PJE. As novas regras permitem, ainda, a virtualização em qualquer fase do procedimento, informou a Assessoria de Comunicação Social da Corte.

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A Resolução PRES 142, de 2017, estabelecia dois momentos processuais obrigatórios para inserção no PJE de processos judiciais iniciados em meio físico: o da remessa dos autos ao Tribunal, para julgamento de recurso de apelação ou de reexame necessário; e o do início do cumprimento da sentença.

Agora, além dessas duas etapas, as partes podem, de maneira voluntária e em qualquer estágio do processo, tanto na fase de conhecimento como na de execução, solicitar, na Secretaria do Juízo, a carga dos autos para digitalização de todas as peças e documentos, objetivando sua inserção no PJE.

Além disso, para facilitar a inserção das peças digitalizadas no sistema e compartilhar o ônus da virtualização, a Secretaria dos Juízos farão o registro prévio dos dados do processo, mediante ferramenta desenvolvida pelo TRF-3.

"A nova funcionalidade fará a conversão de toda autuação e movimentação do processo físico para o sistema eletrônico, observando-se as classes específicas de cadastramento dos autos, bem como preservando a numeração dos autos físicos em tramitação."

Assim, após a digitalização integral do feito, a parte anexará os documentos digitalizados ao processo eletrônico e devolverá os autos físicos à Secretaria. A regulamentação leva em consideração "o dever de cooperação entre os sujeitos do processo, com a finalidade de se obter, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva, como previsto no artigo 6.º do Código de Processo Civil".

O maior mecanismo de incentivo à Cultura em Pernambuco, o Funcultura distribui anualmente R$ 36 milhões para a cadeia produtiva do segmento no Estado. No último edital, o fundo trouxe uma grande novidade, fruto de uma demanda antiga dos produtores culturais: o lançamento de um edital exclusivo para a área de música.

Marcelino Granja, secretário de Cultura de Pernambuco, e Márcia Souto, presidente da Fundarpe, conversaram com exclusividade com o LeiaJá sobre este e vários assuntos. O resultado das duas horas de entrevista está sendo publicado desde a última terça (18), quando o tema foi a exclusão do brega dos eventos bancados pelo governo estadual. Na quarta, o assunto foi a reforma no Sistema de Incentivo à Cultura (SIC) de Pernambuco, que está tramitando na Assembleia Legislativa.

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Confira mais um trecho da entrevista, e saiba o que os gestores da Cultura no Estado de Pernambuco preparam para o Funcultura:

A Secretaria e a Fundarpe já falaram bastante em editais do Funcultura que contemplassem separadamente todas as regiões de Pernambuco, mas eles nunca foram realizados. Esse plano foi revisto?

Marcelino Granja - Em todos os editais, desde o ano passado, o sistema de pontuação passou a ter 'origem étnica', 'gênero' e 'origem regional' como itens que valem pontos. Os editais específicos para cada área geográfica não foram ainda implementados porque há uma heterogeneidade absurda entre as linguagens sobre isso. Então esse processo de inclusão social e regional depende da evolução daquela linguagem em cada área do Estado. Quando a gente foi ver o cadastro de produtores culturais, é muito pouco representativo ainda no interior. Então tem que se fazer uma trabalho de cadastrar quem existe em cada região.

Márcia Souto - Não adianta abrir editais regionais se esses editais não derem retorno. A gente precisa preparar esse ambiente, incentivar mais o cadastro cultural, fazer esse levantamento das demandas do interior, são estudos que levam um certo tempo e precisam ser mais detalhados. A gente não tem como, hoje, imaginar que, lançando editais para o interior a gente tá regionalizando. Seria fazer apenas uma coisa de fachada. Para regionalizar de fato, a gente precisa preparar esse ambiente nas regiões. Tem que trabalhar o cadastro nessas áreas, levantar as potencialidades de cada uma, ver as oportunidades, além da demanda de público também. Tem todo um estudo que precisa ser feito e um incentivo a outras fontes. Por exemplo: a gente discute hoje muito a questão da formação, porque os editais de formação, de maneira geral, são muitos abertos e a gente precisa saber o que a gente está precisando hoje formar no Estado em cada cadeia produtiva, pra que se possa ter o resultado e em seguida dar outro passo. E não ficar à mercê da demanda que a produção existe para a formação.

Marcelino Granja – E como a demanda está concentrada na Região Metropolitana, acaba ficando tudo aqui.

E esse cadastro está sendo feito de maneira ativa pela Fundarpe?

Marcia Souto - Está sim. E a gente está informatizando o Funcultura, e nesse pocesso mesmo a digitalização ajuda muito. É difícil trabalhar um cadastro do tamanho do Funcultura manualmente.

E quando a digitalização vai incluir os projetos que são apresentados ao fundo?

Marcelino Granja – Vai ser um processo. Primeiro digitaliza o cadastro, digitaliza o edital. Depois vai digitalizando os documentos. O Funcultura só termina para o produtor quando o projeto dele é arquivado.

Márcia Souto - Quando a gente lança o edital, tem alguns projetos em aberto ainda, em execução. E a gente não pode parar e dizer: 'Não vamos lançar edital para digitalizar tudo', não é o caso.

No próximo edital então os projetos deverão ser ainda entregues em papel?

Marcelino Granja - Nós vamos tentar e tudo indica que este ano a gente já vai receber os projetos on-line. O processamento dos projetos é uma terceira etapa.

Márcia Souto - Porque a gente vai ter que trabalhar com dois processos simultâneos, não adianta se esforçar para digitalizar projetos que já estão sendo encerrados. Então a gente precisa pensar numa transição. Depois vai ter o processo de digitalizar todo o passado, mas como arquivo, é diferente. Mas para a digitalização na execução dos projetos, vai ter esse processo de transição.

Arquivos amontoados e empoeirados não têm mais vez no mundo moderno. Para economizar espaço e contribuir com o meio ambiente, através da economia de papel, muitas empresas estão recorrendo ao método da digitalização de documentos, processo sistematizado que promete uma boa relação custo-benefício.

Com o sistema, empresários e funcionários podem acessar documentos, contratos e outras informações relevantes através de qualquer computador conectado à internet. Quem já aderiu ao método, afirma que os benefícios vão muito além da organização.

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Ao perceber que estava gastando tempo, espaço e dinheiro por conta do seu arquivo desorganizado, o empresário Dario Rafael, da GR Turismo, decidiu contratar uma empresa especializada na digitalização de documentos. “A gente perdia muito tempo indo atrás de contratos, por exemplo. Agora, depois de aderir ao processo, ficou mais fácil atender aos fornecedores e identificar onde está um documento. Além disso, economizamos muito espaço ao organizar a papelada”, explica o proprietário.

O processo de digitalização envolve etapas que vão desde a recuperação de documentos, passando pela organização dos arquivos físicos, até, de fato, chegar à etapa de escaneamento. “Analisamos todos os documentos e as condições de armazenamento. Em seguida, classificamos, higienizamos, acondicionamos em embalagens e etiquetamos, para facilitar as buscas futuras”, explica o especialista em Tecnologia da Informação da Strive, empresa especializada no método, Valdecir Fontes.

O sistema de Gerenciamento Eletrônico de Documentos ou Gestão Eletrônica de Documentos (GED) permite, também, o acompanhamento dos trâmites das pendências de solicitação, criação, revisão e aprovação de documentos. É possível programar, ainda, o envio automatico de e-mails e SMS avisando o vencimento da validade dos papéis.

Ainda de acordo com o especialista, a segurança dos documentos digitalizados é garantida. “Existem várias camadas de segurança que protegem os documentos da invasão de hackers. Nenhum procedimento informatizado é a prova de falhas, mas com backups constantes as informações nunca são perdidas”, garante Valdecir.

Apesar dos benefícios comprovados que o método traz, a procura pela digitalização ainda é menor do que a necessidade efetiva do mercado. “Depois de passar pela digitalização, podem aparecer falhas nos processos utilizados pelas empresas. Às vezes acham que um processo como este vai ser mais danoso do que benéfico. A verdade é que logo não haverá mais documentos a base de celulose”, prevê.  

Serviço:

Strive Software

Rua Álvares Cabral, 200 - 4º Andar - Porto Digital - Recife Antigo (PE)

ww.strive.com.br

A ministra da Cultura Marta Suplicy, juntamente com o diretor-presidente da Ancine Manoel Rangel, o presidente do BNDES Luciano Coutinho e representantes do mercado audiovisual lança hoje uma linha de crédito voltada para a digitalização das milhares de salas de exibição de filmes no Brasil.

O ministério entende que a projeção digital dos filmes é um fator fundamental para que haja a inclusão no mercado audiovisual de trabalhos para promover a diversidade de conteúdos e reduzir os desequilíbrios ocorridos na distribuição das películas.

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Dados da pesquisa "Retratos da Leitura no Brasil", divulgada nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Pró-Livro, mostram que 70% dos entrevistados nunca ouviram falar dos livros eletrônicos. Dos 30% que já ouviram falar em e-books, 82% nunca leram um livro eletrônico. Os livros digitais são mais populares entre o público de 18 a 24 anos. A maioria dos leitores de e-books pertence à classe A e tem nível superior completo. De acordo com a pesquisa, 52% dos leitores são mulheres e 48% homens.

De acordo com o levantamento, as pessoas que têm acesso aos livros digitais ou leram pelo computador (17%) ou pelo celular (1%). A maioria dos leitores (87%) baixou o livro gratuitamente pela internet, desses, 38% piratearam os livros digitais. Apenas 13% das pessoas pagou pelo download.

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Ainda segundo a pesquisa, os leitores aprovam o formato eletrônico dos livros digitais, e os consideram uma tendência. A maior parte dos entrevistados lê de dois a cinco livros por ano. No entanto, mesmo que muitos sejam adeptos dos livros digitais, a maioria dos leitores acha difícil a extinção do livro de papel.

O estudo realizado entre junho e julho de 2011 entrevistou mais de 5 mil pessoas em 315 municípios.

De acordo com o levantamento, o Brasil tem hoje 50% de leitores ou 88,2 milhões de pessoas. Se encaixam nessa categoria aqueles que leram pelo menos um livro nos últimos três meses, inteiro ou em partes. O brasileiro lê em média quatro livros por ano. Entre as mulheres, 53% são leitoras, índice maior do que o verificado entre os entrevistados do sexo masculino (43%).

A Bíblia aparece em primeiro lugar entre os gêneros preferidos, seguido de livros didáticos, romances, livros religiosos, contos, literatura infantil, entre outros.

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