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No Equador, o empresário Álvaro Noboa e seu filho, o ex-deputado Daniel Noboa, anunciaram que disputarão as eleições presidenciais marcada para o dia 20 de agosto, porém, em chapas opostas. Até o momento, nenhum dos dois cogitou renunciar ou uma união na disputa em prol da harmonia familiar.

Através de um vídeo divulgado em suas redes sociais na noite da última segunda-feira (29), Álvaro Noboa confirmou sua participação na disputa desse ano, informando que essa será sua sexta participação no pleito (ele esteve nas disputas de 1998, 2002, 2006, 2009 e 2013). Mesmo não confirmando por qual partido ou coligação irá concorrer, conseguiu provocar uma reviravolta no cenário político do país.

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“O povo do Equador está passando por momentos muito difíceis. Por isso, aceitei o pedido do povo equatoriano de trabalhar com eles, com os equatorianos, como Presidente da República do Equador. Vamos juntos”, afirmou no vídeo.

Na semana passada, o seu filho já havia anunciado que seria candidato à presidência por alguma sigla da direita. Daniel Noboa Azín era parlamentar da Assembleia Nacional, dissolvida pelo presidente da direita conservadora, Guillermo Lasso, por meio da medida conhecida como “morte cruzada”.

O jovem político deve concorrer com o apoio de uma união envolvendo o movimento PID (Povo, Igualdade e Democracia) e o Mover (Movimento Verde, Ético, Revolucionário e Democrático), antigo Alianza País.

“Sou um homem de projetos, que não desiste, está no meu DNA. Acredito firmemente que juntos podemos fazer do Equador o projeto que queremos, sendo eu o presidente”, disse.

 

O Conselho Nacional Eleitoral do Equador anunciou nesta quarta-feira, 24, que as eleições presidenciais antecipadas vão acontecer em 20 de agosto. As eleições estavam previstas inicialmente para 2025, mas foram adiantadas após o decreto constitucional do presidente Guillermo Lasso, que dissolveu o Congresso.

O presidente pode escolher se candidatar ou não nas eleições que vão renovar Congresso e presidência. Caso não haja vencedor absoluto, o segundo turno será realizado em outubro.

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O presidente do Equador, Guillermo Lasso, dissolveu nesta quarta-feira, 17, a Assembleia Nacional do país e convocou novas eleições. A constituição do Equador permite que Guillermo Lasso tome a medida mesmo durante processo de impeachment por acusação de corrupção. Neste caso, ele poderá governar por seis meses por decreto, mas obrigatoriamente terá de convocar eleições antecipadas.

A decisão ocorre um dia depois de os deputados realizarem a primeira audiência do processo de impeachment contra o presidente equatoriano, que pode ser destituído de seu cargo.

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Por decreto publicado nesta quarta-feira em caráter de urgência e com efeito imediato, Lasso determinou a dissolução da Assembleia Nacional (o Congresso do país) "por grave crise política e comoção interna". Lasso também decretou que o Conselho Nacional Eleitoral do Equador convoque novas eleições gerais nos próximos sete dias e o fim imediato do mandato de todos os deputados.

Lasso, um político liberal que vem recebendo duras críticas por medidas autoritárias nos últimos anos, sofreu um processo de impeachment por supostamente ter permitido favorecimento a uma petrolífera em contratos estatais. Na terça-feira, 16, ele compareceu à Assembleia para apresentar sua defesa. O processo seria votado neste sábado, 20.

Morte cruzada

O mecanismo utilizado pelo presidente do Equador é conhecido como morte cruzada, que consiste no mandatário do país dissolver a Assembleia Nacional. A medida foi costurada na Constituição do Equador de 2008, durante a gestão do ex-presidente Rafael Correa. A morte cruzada ainda não tinha sido invocada por nenhum presidente, mas seu uso foi cogitado por analistas e políticos do país sul-americano por conta do clima político.

O poder de dissolver a Assembleia Nacional tem sido objeto de debate desde a sua inclusão na constituição em 2008, com argumentos positivos relacionados a uma ajuda do mecanismo para resolver crises de governança, e que a mera ameaça ou possibilidade de dissolução da Assembleia Nacional poderia acelerar as decisões dos parlamentares.

Este mecanismo foi incluído na Constituição por conta de lembranças recentes de turbulências políticas no país que causaram o fim prematuro de três mandatos presidenciais. De 1996 a 2005, três presidentes foram derrubados: Abdalá Bucaram, Jamil Mahuad e Lucio Gutiérrez. (Com agências internacionais).

Um deslizamento de terra varreu uma comunidade andina no centro do Equador e enterrou dezenas de casas deixando ao menos sete pessoas mortas no domingo (26). Segundo as autoridades, os socorristas mantém uma busca frenética pelos sobreviventes. No início do dia, as autoridades haviam relatado 16 mortes, mas o presidente Guillermo Lasso confirmou que havia sete mortos nesta segunda-feira (27).

Imagens aéreas da cidade de Alausí, no Equador, mostram o trabalho de bombeiros que tentam encontrar sobreviventes do deslizamento de terra na região, nesta terça-feira (28). O desastre tem ainda um saldo de mais de 60 desaparecidos, de acordo com o balanço mais recente entregue por Guillermo Lasso. O presidente lamentou a tragédia e prometeu às pessoas da cidade que "vamos continuar trabalhando" no esforço de busca.

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Com o desespero estampado nos rostos, armados com picaretas e pás e acompanhados por cães, dezenas de socorristas e moradores vasculham os escombros. A Secretaria de Gestão de Risco do Equador disse que mais de 30 pessoas foram resgatadas após o desmoronamento da encosta da montanha por volta das 22h de domingo. Entre elas, 23 ficaram feridas.

"Minha mãe está enterrada sob a lama", disse Luis Ángel González, 58 anos, que também perdeu outros membros da família no domingo. "Estou tão triste, devastado. Não há nada aqui, não há casas, não há nada. Estamos sem casa e sem família".

A agência de gestão de risco estimou que 500 pessoas e 163 casas foram afetadas pelo desastre, que também destruiu uma parte da Rodovia Pan-Americana.

O governador de Chimborazo, Ivan Vinueza, disse à Associated Press que alguns dos feridos foram levados para hospitais da área. Ele disse que as autoridades haviam instado as pessoas a evacuarem a área após deslizamentos de terra e rachaduras terem começado a se desenvolver há cerca de dois meses. Alguns seguiram o conselho, e no sábado, 25, quando os tremores se intensificaram, outros fugiram.

Os moradores da área disseram à mídia local que ouviram tremores na montanha antes do deslizamento de terra. Cerca de 150 metros de largura e quase 700 metros de comprimento de terra engoliram árvores, casas e outros edifícios. Mais de 50 casas foram enterradas sob toneladas de lama e entulho.

A agência de resposta a emergências disse que 60% do serviço de água potável na área foi afetado pelo deslizamento de terra. Bombeiros de várias cidades foram despachados para a área para ajudar. Os socorristas se concentraram nos flancos do deslizamento de terra onde encontraram vestígios e escombros de casas.

O vídeo das câmeras conectadas à rede de serviços de emergência do país mostrou pessoas fugindo de suas casas com a ajuda de vizinhos. Também mostrou pessoas transportando aparelhos e outros pertences em veículos.

Sobreviventes, muitos alojados em abrigos temporários, choravam. Entre eles estava a família Zuña, que estava hospedada na Igreja Matriz de Alausí, onde salas para catequese ou reuniões paroquiais foram adaptadas com beliches após as autoridades declararem emergência devido ao risco de deslizamentos de terra.

Sonia Guadalupe Zuña disse que sua mãe estava relutante em deixar o que tinham construído ao longo dos anos. "Fomos para o abrigo, mas minha mãe não quis", disse Zuña. "Mais tarde, minha filha foi convencê-la. Quando eles caminharam ao longo dos trilhos, tudo desmoronou. Eles chegaram cobertos de terra e chorando".

Com exceção das roupas que tinham vestidas, a família de Zuña perdeu tudo. "Não sei para onde, mas estamos todos saindo", disse ela chorando. "Meus pais nos ensinaram que, trabalhando duro, você consegue coisas materiais, mas estarmos juntos não tem preço". Fonte: Associated Press.

Cinco envelopes contendo pen drives carregados com explosivos foram enviados a jornalistas no Equador, e um deles explodiu, sem causar ferimentos graves, informou o ministro do Interior do país, Juan Zapata.

Segundo o ministro, da localidade de Quimsaloma, na província costeira de Los Ríos, foram enviados três envelopes a Guayaquil, e dois, a Quito.

Os envelopes estavam dirigidos aos jornalistas Lenin Artieda, da Ecuavisa; Mauricio Ayora, da TC Televisión; Carlos Vera, apresentador de programas em veículos de comunicação locais; Milton Pérez, da Teleamazonas; e Miguel Rivadeneria, da rádio EXA.

O envelope endereçado a Vera foi interceptado pela polícia em uma empresa de correio de Guayaquil e não chegou a seu destino, destacou Zapata.

Um dos principais portos de exportação de cocaína para a Europa, Guayaquil é epicentro de disputas violentas entre quadrilhas de narcotraficantes. "Há uma mensagem absolutamente clara de calar jornalistas que foram fortes em sua forma de ser, ou de calar a imprensa", expressou o ministro.

O comandante nacional de Criminalística da Polícia, Xamier Chango, comentou que "a carga usada no dispositivo que explodiu na emissora Ecuavisa poderia ser 'RDX', um explosivo de tipo militar".

Devido à semelhança entre os cinco casos, o Ministério Público abriu uma investigação única por terrorismo, crime punido com até 13 anos de prisão. A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) pediu às autoridades "garantir a segurança" dos trabalhadores da imprensa e "investigar rapidamente esse ataque à liberdade de imprensa. É uma situação grave, que deixa os jornalistas e empresas de comunicação em estado de comoção.”

A ONG Fundamedios, que promove a liberdade de imprensa no país, explicou que o envelope endereçado a Artieda continha uma ameaça ao jornalista. O que foi endereçado à Teleamazonas incluía uma nota que dizia: "Esta informação irá desmascarar o correísmo. Se achar que é de utilidade, podemos chegar a um acordo e lhe envio a segunda parte. Entro em contato com você."

A Fundamedios expressou que o ocorrido "é preocupante, inaceitável", viola a liberdade de expressão e "requer a intervenção imediata do Estado".

O governo do presidente Guillermo Lasso criticou "os atos violentos cometidos contra jornalistas e veículos de comunicação", e as tentativas "de amedrontar" o jornalismo.

No ano passado, o canal RTS foi atacado com disparos, e, em 2020, um artefato explodiu nas instalações da emissora Teleamazonas.

O Equador vivencia atualmente uma forte onda de violência que cresceu juntamente com as apreensões de drogas. O índice de mortes violentas no país passou de 14 para cada 100.000 habitantes em 2021 para 25 a cada 100.000 em 2022.

Uma pessoa morreu em decorrência do forte terremoto que atingiu uma região próxima a Guayaquil, a segunda maior cidade do Equador, de acordo com o serviço nacional de respostas a emergências do país. A vítima era um passageiro em um veículo que foi atingido pelo desabamento de uma casa.

De acordo com o U.S. Geological Survey, um terremoto de magnitude 6.8 atingiu a área costeira de Guayas, 80 quilômetros ao sul de Guayaquil, cuja região metropolitana tem 3 milhões de habitantes. Os tremores abalaram várias residências e prédios na região.

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Senegal derrotou Equador por 2 a 1 em uma partida acirrada e ficou com seis pontos, na segunda posição. Ismaila Sarr, de pênalti, e Kalidou Koulibaly marcaram para os africanos, enquanto Moisés Caicedo fez o gol dos sul-americanos.

Essa é apenas a segunda vez na história em que Senegal chega ao mata-mata da Copa do Mundo. Em 2002, no Japão e na Coreia do Sul, a seleção foi eliminada nas quartas pela Turquia.

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Já o Equador, que iniciou o Mundial com uma boa vitória sobre o Catar e jogou melhor no empate com a Holanda, termina sua participação em terceiro lugar, com quatro pontos, à frente apenas dos donos da casa, com zero.

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Com informações da ANSA

Holanda e Equador empataram em 1 a 1, na tarde dessa sexta-feira (25) no Estádio Internacional Khalifa, em Doha, pela segunda rodada do Grupo A da Copa do Catar. Com esse resulto, as duas equipes estão empatadas na liderança da chave com quatro pontos. Já o País de Gales aparece em terceiro, com apenas um ponto e chance remota de classificação, enquanto o Catar está eliminado após duas derrotas.

O gol da Laranja Mecânica foi marcado logo aos 5 minutos da etapa inicial, graças a uma finalização da entrada da área do atacante Gakpo. Esse foi o gol mais rápido dessa edição do torneio até o momento. Na sequência, o Equador partiu para cima.

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Já a melhor chance da etapa inicial para o time sul-americano foi criada aos 49 minutos, quando o lateral Estupiñán desviou para o gol a conclusão de Ángelo Preciado. Porém, o árbitro Mustapha Ghorbal, com auxílio do VAR (árbitro de vídeo), invalidou a jogada marcando impedimento de Porozo, que participou de forma efetiva do lance por estar diante do goleiro holandês Noppert.

Mas não demorou para o Equador marcar e empatar o jogo. Logo aos três minutos da etapa final, após erro da Holanda, Estupiñan bateu de fora da área. O goleiro Noppert não conseguiu segurar e Enner Valência concluiu para a rede. Ele se tornou o artilheiro isolado da Copa com três gols.

Depois a partida esquentou, com oportunidades de lado a lado. Aos 13, Plata pegou um rebote e bateu forte de esquerda da entrada da área e a bola explodiu no travessão holandês. Aos 27, Gakpo recebeu sozinho na cara do goleiro equatoriano, tentou um toque por cima, mas viu a bola passar raspando a trave direita.

Na próxima terça-feira (29) serão definidos os dois classificados do Grupo A para as oitavas. Às 12h (horário de Brasília), a Holanda pega o eliminado Catar. O time europeu passa de fase até mesmo com um empate. Também às 12 horas, o Equador encara o Senegal. O time da América do Sul joga por outra igualdade para avançar e os africanos precisam da vitória para seguirem adiante.

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Seleção sem tradição em Copas do Mundo, o Catar se tornou o primeiro anfitrião a ser derrotado em uma estreia de Mundial. No jogo que abriu a competição neste domingo, os donos da casa levaram 2 a 0 do Equador, que contou com a estrela do capitão Enner Valencia. Foram do atacante os dois gols da partida, marcados de pênalti e de cabeça, ambos na primeira etapa, para garantir a vitória por 2 a 0 no duelo disputado no Al Bayt, na cidade de Al Khor, onde foi realizada a cerimônia de abertura e palco da festa da torcida equatoriana, que estava em minoria, mas se sobressaiu no volume.

A vitória no embate inaugural, construída com tranquilidade, evidencia a fragilidade dos catarianos, apenas em sua primeira participação em Copas, e mostra a força do Equador. O time treinado pelo argentino Gustavo Alfaro garantiu sua vaga na Copa com protagonismo na campanha das Eliminatórias.

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O resultado deixa os equatorianos na liderança do Grupo A, composto também por Holanda e Senegal. Essas duas seleções se enfrentam nesta segunda-feira, às 13h (de Brasília) no estádio Al Thumama. No mesmo dia também jogam Inglaterra e Irã e Estados Unidos e País de Gales, em jogos válidos pelo Grupo B.

Atacante forte e de boa técnica, Valencia comandou o triunfo da seleção equatoriana, de volta à disputa de um Mundial depois de ficar fora da edição passada, na Rússia. Ele, aliás, é o autor de todos os últimos cinco gols do time sul-americano em Copas, já que também saíram de seus pés os três gols da equipe em 2014, no Brasil.

O jogador, do turco Fenerbahçe, foi às redes três vezes, mas o primeiro de seus gols não valeu e foi anulado pelo árbitro italiano Daniele Orsato com o auxílio da tecnologia semiautomática de impedimento, utilizada pela primeira vez no Mundial. O árbitro ergueu o braço para sinalizar a posição irregular do atacante Estrada.

Minutos depois, a Fifa divulgou a análise do lance para mostrar a irregularidade captada pela ferramenta tecnológica no início da partida. Naquele momento, e durante quase todo o primeiro tempo, os equatorianos tiveram amplo domínio diante de um rival com claras limitações técnicas e desacostumado a grandes jogos no cenário mundial.

Não fez falta o gol anulado ao time sul-americano porque Valencia estava em uma noite feliz e a defesa do Catar, não, principalmente o goleiro Al Sheeb. Atrasado, ele derrubou Valencia dentro da área. O próprio capitão cobrou o pênalti com categoria para marcar, agora sim, aos 15 minutos, o primeiro gol da Copa do Mundo do Catar.

O segundo saiu aos 32, quando Preciado levantou na área, perto da marca da cal, onde estava o oportunista Valencia. Ele se antecipou à zaga e cabeceou no canto direito do goleiro catariano, fazendo levantar a torcida equatoriana atras de um dos gols.

Os catarianos ocuparam, evidentemente, muitos dos assentos do estádio, embora houvesse várias cadeiras vazias. Eles faziam barulho a ataque do Catar, mas foram poucos, e mal aproveitados em razão da debilidade técnica do time da casa. Sem poder de fogo, os atacantes não acertaram uma vez sequer o gol em todo o jogo, facilitando a vida do Equador, a primeira seleção a largar com vitória no torneio.

FICHA TÉCNICA:

CATAR 0 X 2 EQUADOR

CATAR - Al Sheeb; Pedro Miguel, Hassan, Khoukhi, Al-Rawi e Ahmed; Hatem, Boudiaf e Al-Haydos (Waad); Afif e Ali (Muntari). Técnico: Félix Sánchez.

EQUADOR - Galíndez; Preciado, Torres, Hincapié e Estupiñán; Méndez, Caicedo (Franco), Plata e Ibarra (Sarmiento); Valência (Cifuentes), Plata e Estrada (Rodríguez). Técnico: Gustavo Alfaro.

GOLS - Valencia, aos 16 e aos 32 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS - Al Sheeb, Ali, Caicedo, Boudiaf, Méndez, Afif.

ÁRBITRO - Daniele Orsato (Itália).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Al Bayt, em Al Khor (Catar).

Uma marcha em Quito comemorou neste sábado (19) os 25 anos da descriminalização da homossexualidade no Equador. O ato foi liderado por mulheres trans, que reivindicam a inclusão trabalhista.

Com uma enorme bandeira azul claro e rosa, que identifica a população trans, os manifestantes partiram da sede do Ministério Público, no norte, para o Centro de Arte Contemporânea (CAC), localizado no centro histórico da cidade.

Uma das principais reivindicações foi que o governo crie condições e locais de trabalho para a população LGBTI, que pela primeira vez será contabilizada no censo nacional, realizado este mês e que inclui duas perguntas sobre identidade de gênero.

“Depois de 25 anos de descriminalização (da homossexualidade), continuamos na precariedade, especialmente as mulheres trans”, disse à AFP Malony Chávez, presidente da Associação de Trabalhadoras do Sexo Trans de Quito.

Chávez, de 38 anos, acrescentou que é necessário que “o trabalho sexual seja regularizado para que tenhamos as garantias que merecemos como pessoas”.

Lamentou que "na prática não houve mudança" após a descriminalização da homossexualidade no país historicamente conservador.

"Continuamos a ser perseguidas pela polícia, agredidas pela polícia, estupradas pela polícia", disse.

Em 1997, por meio de uma ação movida no então Tribunal Constitucional, um grupo de ativistas conseguiu impedir que a homossexualidade fosse considerada crime punível com até oito anos de prisão.

Para comemorar os 25 anos dessa conquista, os participantes exibiram cartazes que diziam: "que ser trans não seja uma sentença de morte" e "a felicidade trans é linda".

Um grupo de ativistas chegou a pintar um pedido por “justiça trans” em uma das principais avenidas da capital.

Nebraska Montenegro, que integrou o grupo Coccinelle que luta pela descriminalização desde a década de 1980, disse à AFP que "é um orgulho para as sobreviventes ter uma nova geração unida e lutando pelos mesmos direitos".

O Equador aprovou o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo em 2019, o que foi considerado uma decisão histórica a favor da comunidade LGBTI.

Faltando apenas quatro dias para a final da Libertadores entre Athletico-PR e Flamengo, uma repórter sofreu uma tentativa de assalto na frente do Estádio Monumental Isidro Romero Carbono, em Guayaquil, palco da grande decisão.

A jornalista Vanessa Robles, da equatoriana Rede Teleamazonas, estava no ar quando foi surpreendida por dois homens em cima de uma moto. Ao perceber que se tratava de um assalto, Vanessa alertou os assaltantes afirmando que estava ao vivo e que a situação estava sendo gravada. Com isso, os rapazes cobriram o rosto e fugiram do local.

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O Flamengo cometeu uma gafe no lançamento dos produtos oficiais da final da Copa Libertadores da América de 2022. No copo que está sendo vendido desde setembro, o clube errou o desenho do mapa do país sede, o Equador, e acabou colocando o mapa da Colômbia. 

O erro só foi notado recentemente e acabou viralizando nas redes sociais. As vendas do produto com a gafe já foi interrompido e em breve um novo copo deve ser lançado. 

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Até o momento o Flamengo não abordou o tema oficialmente. De acordo com o GE, algumas informações dão conta que todo o material com o erro será incinerado. A final da Libertadores acontece no dia 29 de outubro, em Guayaquil, no Equador, contra outro brasileiro, o Athletico-PR. 

Uma cena lamentável marcou o futebol do Equador neste final de semana. No sábado, o árbitro Álex Cajas, responsável por apitar a partida entre Aucas e Macará, líder e lanterna do Campeonato Equatoriano, respectivamente, foi agredido com um soco no rosto após a marcação de um pênalti. As imagens viralizaram nas redes e causaram revolta.

A agressão aconteceu nos acréscimos do segundo tempo da partida. Cajas foi chamado ao VAR para revisar um possível pênalti para o Aucas. Após rever o lance, o árbitro decidiu pela marcação da penalidade máxima, revoltando jogadores e comissão técnica do Macará, que partiram para cima do juiz.

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Um dos mais revoltados, o treinador de goleiros Héctor Lautaro Chiriboga não se conteve e desferiu um soco no rosto de Álex Cájas. O árbitro chegou a ir ao chão com a agressão e a partida ficou paralisada por cerca de cinco minutos. Dois cartões vermelhos foram distribuídos.

Apesar da confusão, o jogo seguiu e o zagueiro Luis Cangá converteu a penalidade para o Aucas. O mais curioso é que ainda houve tempo para o árbitro marcar um outro pênalti, desta vez para o Macará. Facundo Rodríguez foi para a marca da cal e deixou tudo igual. A partida terminou em 1 a 1.

Nesta segunda-feira, a Federação Equatoriana de Futebol (FEF) divulgou um comunicado oficial lamentando o episódio, afirmando ainda que Álex Cajas passou por exames médicos e se encontra bem.

"Repudiamos todo tipo de agressão, física ou verbal que atentem contra a integridade de todos os atores do futebol equatoriano e vão de encontro com o bom nome e prestígio do nosso esporte", escreveu.

Essa não é a primeira vez neste ano que o futebol equatoriano é palco de um episódio de violência contra um árbitro. No início do mês, cerca de 30 torcedores do Deportivo Quito invadiram o gramado do Estádio Olímpico Atahualpa e bateram no árbitro Diego Lara na partida contra o Espoli pela terceira divisão do Campeonato Equatoriano.

O caso gerou grande repercussão no país. Os torcedores se irritaram com as expulsões de Carlos Angulo e Luis Mosquera e entraram no gramado após o apito final. Segundo a imprensa equatoriana, um torcedor foi detido pela polícia durante a revolta e foi levado para uma Unidade Judicial.

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O tráfico de drogas se instalou livremente no Equador. Centenas de toneladas de cocaína são distribuídas para o mundo, tendo seus portos como origem. A portas fechadas, pelo menos 26 gangues lutam ferozmente pelo controle do negócio milionário.

Hoje, o outrora vizinho pacífico da Colômbia e do Peru - os maiores produtores de drogas do mundo - é um território disputado por várias organizações mafiosas que operam com cartéis mexicanos, afirmam autoridades e analistas.

Carros-bomba, massacres nas prisões com centenas de vítimas, cadáveres pendurados em pontes, decapitados nas ruas: a violência das drogas cresce descontroladamente no país.

O país que durante anos foi apenas uma ponte, ou depósito, de cocaína se tornou um "santuário do crime organizado", disse à AFP Mario Pazmiño, ex-chefe da Inteligência militar.

O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Undoc, na sigla em inglês) classificou o Equador como o terceiro país onde mais cocaína foi apreendida em 2020, atrás de Colômbia e Estados Unidos.

As autoridades equatorianas apreenderam 6,5% das 1.424 toneladas apreendidas globalmente, segundo um relatório divulgado em junho pela agência.

"As explosões e assassinatos que vemos são mensagens de terror para nos dizer que controlam uma área estratégica, e não a Polícia", acrescenta Pazmiño.

Junto com o narcotráfico, a criminalidade cresceu no Equador, um país com 18 milhões de habitantes.

A taxa de homicídios subiu para 14 a cada 100.000 pessoas, quase o dobro do que era em 2020. Em 2018, foi de 6, segundo o Ministério do Interior.

Quem são eles? Pelo menos 26 grupos disputam a distribuição, a venda e a exportação de cocaína, de acordo com um relatório da Inteligência equatoriana de 2019.

Agora pode haver mais, alertam fontes oficiais.

Origem

Para entender como o narcotráfico sofreu mutações no Equador, é preciso voltar ao início dos anos 2000.

"Naqueles anos, a Colômbia começou a erradicar fortemente as plantações de coca", diz Pazmiño, embora dez anos depois tenha registrado um aumento recorde de hectares plantados.

A fracassada política antidrogas empurrou os cartéis mexicanos de Sinaloa, Golfo e Los Zetas para o Equador, onde encontraram uma economia dolarizada, autoridades fracas e grupos criminosos prontos para traficar com eles.

Na origem das poderosas gangues está Jorge Luis Zambrano, vulgo "Rasquiña", líder de "Los Choneros".

Em 2010, Zambrano ofereceu proteção ao cartel de Sinaloa, que invadiu a província costeira de Manabí, estrategicamente localizada no centro do Pacífico equatoriano.

"Também havia membros de gangues dos 'Reis Latinos' e 'Ñetas', nem todos, que se voltaram para o tráfico de drogas", diz um ativista de direitos humanos que trabalhou com grupos de jovens e pediu para não ser identificado após receber ameaças de morte.

Junto com o de Zambrano, surgiu o nome de Leandro Norero, conhecido como "El Patrono" e preso em maio por suposta lavagem de dinheiro. Norero nasceu das entranhas dos Ñetas, uma gangue dos anos 1990 originária de Porto Rico.

"Podemos dizer que os narcotraficantes de hoje são os netos dos 'Reis Latinos' e 'Ñetas'", que operavam em Quito e Guayaquil, praticavam roubos e assassinatos de aluguel", diz Martha Macías, ex-diretora da principal penitenciária de Guayaquil.

Foi precisamente nessa prisão que ocorreu a maioria dos massacres que deixaram quase 400 presos mortos desde fevereiro de 2021 e que, segundo as autoridades, estão relacionados à disputa das gangues pelo poder.

Gangues mutantes

Até seu assassinato em 2020, Zambrano era o chefe dos grupos criminosos, que, segundo as autoridades, reuniriam até 25.000 membros, quando a Polícia tem cerca de 50.000 soldados.

Zambrano foi morto a tiros depois de sair da prisão, beneficiado por uma polêmica decisão judicial. A partir daí, uma luta pela liderança da máfia eclodiu dentro e fora das prisões.

Grupos como "Fatales" e "Águilas", que são as forças armadas de "Los Choneros" - agora sob o comando de José "Fito" Macías e Junior "JR" Roldán - entraram em luta com os "Lobos", " Chone Killers", "Lagartos" e "Los Tiguerones".

Com a dispersão do crime organizado, "Lobos" e "Los Tiguerones" se transformaram em microcartéis.

"Eles viram uma oportunidade: comprar a droga e processá-la no país, para depois exportá-la", diz Pazmiño.

Ambas as gangues trabalham com o cartel mexicano Jalisco Nueva Generación e cometem massacres nas prisões que estão entre os piores registrados na América Latina nos últimos anos.

Entre 2021 e até agora este ano, mais de 300 toneladas de drogas foram apreendidas, informou o ministro do Interior, Patricio Carrillo.

Mas as apreensões, que em 2021 atingiram o recorde anual de 210 toneladas, cobrem menos de 30% do que circula por portos e aeroportos.

"Mais ou menos 700 toneladas de cocaína entram no Equador anualmente, provenientes dos países vizinhos" da Colômbia e do Peru, diz Pazmiño.

Pelo menos 43 detentos morreram em um motim em um presídio no centro do Equador, país afetado pelo aumento vertiginoso do tráfico de drogas e da criminalidade. Há mais de cem foragidos, conforme informações divulgadas por agências internacionais no início da noite da segunda-feira (9). O ministro do Interior, Patricio Carrillo, anunciou que "todos os pavilhões estão sob controle" das autoridades da penitenciária Bellavista, em Santo Domingo los Tsáchilas (Colorados, a 80 km de Quito).

Segundo o comandante-geral da Polícia do Equador, Fausto Salinas, 108 presos ainda estavam foragidos após o motim. O ministro do Interior disse que 112 detentos haviam sido capturados.

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As autoridades asseguram que confrontos entre gangues estão por trás da violência em Bellavista. O grupo Los Lobos "atacou e eliminou 41 pessoas de outra organização", disse Carrillo, referindo-se à facção conhecida como R7. Os feridos foram levados a hospitais, enquanto parentes se aglomeravam nos arredores da penitenciária.

O massacre é o maior deste ano, superando o anterior, ocorrido há um mês na prisão da cidade andina de Cuenca, onde 20 presos morreram e pelo menos outros 10 ficaram feridos. O massacre de Cuenca também envolveu as gangues Los Lobos e R7.

Apesar das múltiplas medidas adotadas - que incluem alocação de verba, transferência dos presos mais perigosos a um centro específico e a criação de uma comissão de pacificação - o governo do presidente Guillermo Lasso não tem conseguido conter as mais graves rebeliões penitenciárias da América Latina.

Desde fevereiro de 2021, 350 detentos morreram brutalmente nas prisões equatorianas, em meio a uma violência atribuída pelo governo ao confronto entre os grupos criminosos ligados ao narcotráfico.

Violência

Além dos massacres nas prisões, o Equador enfrenta um aumento da violência atribuído às gangues do narcotráfico motivada pela disputa pelo controle das operações e da exportação de cocaína, principalmente para Estados Unidos e Europa.

Após cenas de terror como o aparecimento de vários corpos decapitados e a atividade cada vez mais evidente e frequente de pistoleiros, o governo decretou estado de exceção por uma semana e meia nas províncias costeiras de Guayas, Manabí e Esmeraldas, na fronteira com a Colômbia.

Recentemente, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) divulgou um relatório sobre a crise carcerária no Equador, no qual insta o governo a retomar o controle interno das prisões, proporcionar condições dignas aos detentos e desenvolver políticas de prevenção ao crime que não priorizem o encarceramento.

Até o fim de 2021 havia mais de 36 mil detentos no Equador, quase 40% deles sem sentença, em 36 centros com capacidade para 30 mil pessoas, embora a superlotação tenha chegado a 62% em prisões como a de Guayaquil, a mais populosa do país, cenário dos episódios mais sangrentos vividos no ano passado.

Para resolver a crise carcerária, o governo do Equador está contratando 1.400 novos agentes penitenciários, concedendo cerca de 5 mil indultos a condenados por crimes menores e desenvolvendo a primeira política de direitos humanos do país para a população carcerária. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Equador vai estender a vacinação contra a covid-19 a menores de três anos, anunciou nesta quarta-feira (9) a ministra da Saúde, Ximena Garzón.

A imunização em massa, que começava a partir dos cinco anos, vai ser estendida a partir da próxima terça.

"Nós vamos iniciar a vacinação das crianças a partir dos três anos de idade. É importante que levemos em conta que estamos em um processo de reativação social e econômica graças à vacinação", disse Garzón durante uma coletiva de imprensa.

O Equador foi o primeiro país latino-americano a estabelecer a vacinação contra a covid-19 obrigatória incluindo crianças a partir dos cinco anos. No entanto, o ministério da Saúde não tinha informado ainda se será mantido o caráter obrigatório para a nova faixa etária anunciada nesta quarta-feira. Garzón destacou os efeitos da vacinação em massa frente à variante ômicron. "As unidades de terapia intensiva estão descongestionando", destacou a funcionária.

Com 17,7 milhões de habitantes, o Equador registra mais de 777.000 contagiados (4.393 casos por 100.000 habitantes) e 34.804 mortos pela covid-19, após detectar seu primeiro caso em fevereiro de 2020.

A chegada da variante ômicron ao país obrigou as autoridades a suspenderem temporariamente as aulas presenciais e reduzirem para 50% a lotação de suas instituições, retomando parcialmente o trabalho remoto nas dependências do Executivo. Segundo Garzón, atualmente há uma "tendência de queda" nos casos de covid-19 no país, onde até a segunda-feira 83% da população tinha completado o esquema vacinal.

A seleção brasileira empatou por 1 a 1 com o Equador nesta quinta-feira em um jogo maluco, ruim tecnicamente, mas com vários elementos interessantes, com expulsões, arbitragem absolutamente confusa do colombiano Wilmar Roldan, quatro intervenções do VAR e dois pênaltis anulados. Alisson chegou a ser expulso duas vezes, mas em ambas as ocasiões o juiz reviu suas decisões e deixou o goleiro em campo. Casemiro marcou na etapa inicial para o time de Tite, e Félix Torres deixou tudo igual no segundo tempo da partida da 15ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas. Foi um jogo mais brigado do que bem jogado na altitude de Quito.

Era a oportunidade ideal para Philippe Coutinho se reafirmar na equipe, mas o meio-campista jogou somente 33 minutos. Tite o tirou no primeiro tempo para recompor a lateral direita após a expulsão de Emerson Royal, decisão que se mostrou equivocada, ao passo que a mudança deixou um buraco entre os volantes e os atacantes e prejudicou a criatividade do Brasil. Neymar, cabe lembrar, continua fora, machucado, e Lucas Paquetá não atuou porque está suspenso.

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Foi um jogo doido em Quito. Houve um gol com cinco minuto, duas expulsões, muitas interferências do VAR, que consertou erros do árbitro Wilmar Roldan. Os protagonistas não foram os atletas, mas o juiz colombiano. Ele apresentou o vermelho a Domínguez, do Equador, e Emerson Royal, do Brasil, teve de rever a expulsão de Alisson duas vezes, além de dois pênaltis em favor dos equatorianos na etapa final. Foi impressionantes quatro vezes ao monitor retificar decisões erradas.

A seleção brasileira começou bem ao abrir o placar com Casemiro. Aos cinco minutos, Coutinho cruzou da esquerda, Matheus Cunha tentou o cabeceio e a bola sobrou para o volante empurrar para as redes. O cenário parecia perfeito assim que o goleiro Domínguez saiu mal do gol, acertou a cabeça de Matheus Cunha e foi expulso. Mas a sorte virou rápido.

O Brasil quase não jogou com um a mais porque Emerson Royal atingiu Estrada em dividida e recebeu o segundo amarelo. O lateral do Tottenham, que tenta se firmar na seleção, jogou fora uma chance de ouro e prejudicou Philippe Coutinho, sacrificado para a entrada de Daniel Alves. Sem o meio-campista do Aston Villa, a equipe ficou espaçada, dividida entre ataque e defesa. Poderia piorar, já que Alisson também havia levado o vermelho após acertar sem querer o rosto de Enner Valência. O árbitro reviu o lance no monitor e optou pelo amarelo ao goleiro brasileiro.

Com dez de cada lado, o jogo não fluiu. Toda a dinâmica foi alterada com as expulsões. Não houve alternativas táticas. A bola correu muito graças ao ar rarefeito e o que se viu foi uma sucessão de lançamentos e cruzamentos para a área sem êxito dos donos da casa, além de um número elevado de faltas e muita disputa no meio de campo.

Tite, que admite costumeiramente que o time precisa carece de criatividade em alguns momentos, viu sua equipe se defender bem, mas não conseguir encaixar contragolpes. Sem Coutinho, faltou alguém para armar o jogo. O jeito foi se segurar das investidas dos equatorianos, o que a seleção brasileira fez com competência na primeira etapa. Matheus Cunha foi o único a tentar algo na frente. O atacante do Atlético de Madrid levou perigo em arremate de fora da área nos acréscimos. Vinicius Junior correu muito também, mas pouco criou. Raphinha esteve apagado. O protagonista, no fim, acabou sendo o árbitro Wilmar Roldan.

O panorama da segunda etapa foi semelhante ao da primeira. O jogo continuou confuso. Não foi uma apresentação tecnicamente interessante, mas também não foi um duelo moroso. As seleções foram intensas e o Equador, sobretudo, não parou, à sua maneira, de buscar o gol. Conseguiu um pênalti com Estupiñán, mas o árbitro viu no monitor que o equatoriano se atirou e retirou a penalidade. O gol dos anfitriões, no entanto, saiu. Foi marcado de cabeça e fruto da insistência, mas também da sonolência do Brasil. Félix Torres subiu mais alto que Casemiro e mandou para as redes aos 29 minutos. Nos acréscimos, mais um pênalti que Roldan marcou e teve de voltar atrás após assistir ao lance na cabine. Alisson, mais uma vez, chegou a receber o vermelho. E de novo permaneceu em campo assim que o juiz mudou sua decisão. Foi uma noite infeliz do apitador.

Líder isolado das Eliminatórias com 36 pontos e garantido desde o ano passado na Copa do Catar, o Brasil tem como próximo compromisso o duelo com o Paraguai, terça-feira, às 21h30, no Mineirão. No mesmo dia, o Equador duela com o Peru, em Lima. Os equatorianos somam 24 pontos, no terceiro lugar, e estão perto de garantir um lugar no Mundial, muito vaiado pelos torcedores depois do apito final.

FICHA TÉCNICA:

EQUADOR 1 x 1 BRASIL

EQUADOR - Alexander Domínguez; Ángelo Preciado (Romario Caicedo), Félix Torres, Piero Hincapié, Pervis Estupiñán; Carlos Gruezo (Ayrton Preciado), Alan Franco (Galíndez), Moisés Caicedo (Jhegson Méndez); Plata, Enner Valencia e Michael Estrada (Carcelén). Técnico: Gustavo Alfaro.

BRASIL - Alisson; Emerson Royal, Éder Militão, Thiago Silva e Alex Sandro; Casemiro, Fred, Philippe Coutinho (Daniel Alves); Raphinha (Antony), Matheus Cunha (Gabriel) e Vinicius Junior (Gabriel Jesus). Técnico: Tite.

GOLS - Casemiro, aos 5 minutos do primeiro tempo. Félix Torres, aos 29 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Wilmar Roldan (Colômbia).

CARTÕES AMARELOS - Alisson, Militão, Raphinha, Enner Valencia, Moisés Caicedo.

CARTÕES VERMELHOS - Domínguez, Emerson Royal .

PÚBLICO E RENDA - Não divulgados.

LOCAL - Estádio Rodrigo Paz Delgado (Casa Blanca), em Quito.

O Equador, sétimo país da América Latina com mais mortes pela pandemia do coronavírus, declarou obrigatória a vacinação contra a covid-19, devido à presença da variante ômicron, informou nesta quinta-feira (23) o Ministério da Saúde.

A imunização anticovid não será obrigatória, porém, para pessoas que tenham alguma contraindicação médica, que devem apresentar comprovação, esclareceram as autoridades.

O Ministério da Saúde argumentou que a decisão tem base na Constituição, que estabelece que a saúde é um direito que deve ser garantido pelo Estado.

A Lei Orgânica da Saúde indica que o Executivo tem competência para “declarar a obrigatoriedade das imunizações contra determinadas doenças, nos termos e condições que a realidade epidemiológica nacional e local exigir”, afirmou a pasta.

Cerca de 69% dos 17,7 milhões de habitantes do Equador receberam o esquema vacinal completo de duas doses. Além disso, 900 mil pessoas receberam também a dose de reforço.

Para combater o aumento de casos após a detecção da variante ômicron há uma semana, o país impôs a exigência de apresentação da carteira de vacinação para entrar em eventos públicos, restaurantes, shopping centers, cinemas e teatros. Também reduziu a capacidade máxima nesses espaços para 50%.

A Conmebol divulgou nesta terça-feira as datas e horários das próximas duas rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo do Catar. Líder do torneio e classificada com antecedência ao Mundial, a seleção brasileira tem como próximos adversários Equador e Paraguai.

O Brasil abre a 15ª rodada diante dos equatorianos no dia 27 de janeiro, uma quinta-feira, às 18 horas (de Brasília). O duelo será disputado na altitude de Quito. Na rodada seguinte, a 16ª, o time de Tite encara os paraguaios dia 1º de fevereiro, terça-feira, às 21h30, no Mineirão, em Belo Horizonte.

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É possível que Tite não convoque atletas que atuam no futebol brasileiro para as próximas rodadas das Eliminatórias, repetindo o que fizera na Data Fifa anterior, em novembro. Na ocasião, o treinador evitou chamar jogadores de equipes nacionais para não atrapalhar os clubes que estavam envolvidos em decisões. Desta vez, o motivo pode ser a falta de ritmo dos atletas, que estão de férias e se reapresentam a seus clubes em janeiro.

A seleção brasileira lidera com folga as Eliminatórias. Tem 35 pontos, seis a mais que a Argentina, que também já se garantiu na Copa do Catar, em 2022, e ainda não perdeu na competição. Em 13 confrontos, o time de Tite ostenta 11 vitórias e empatou duas vezes.

Depois desses dois próximos compromissos, restarão mais duas partidas para o Brasil encerrar sua participação no torneio classificatório ao Mundial. Os adversários são Chile e Bolívia. Há também o duelo suspenso com os argentinos, que depende da decisão da Fifa para ser ou não realizado.

A seleção brasileira entrou em campo só para cumprir tabela na Copa América. Tite aproveitou a classificação antecipada em primeiro lugar no Grupo A para poupar alguns jogadores, entre eles Neymar. O time foi superior ao Equador no primeiro tempo, mas não conseguiu manter o ritmo na etapa final e a partida terminou empatada em 1 a 1, ontem, no estádio Olímpico em Goiânia. Éder Militão, de cabeça, abriu o placar, mas Mena deixou tudo igual.

O resultado interrompeu uma sequência de dez vitórias consecutivas do Brasil e também colocou fim à campanha com 100% de aproveitamento no torneio continental. O Brasil, no entanto, segue invicto na Copa América e mantém o tabu de 17 anos sem perder para o Equador.

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Nas quartas de final da Copa América, o time de Tite enfrentará ou Chile ou Uruguai. A definição sai nesta segunda. Se a Celeste vencer ou empatar com o Paraguai, escapa do confronto com o Brasil. O Equador, com o ponto somado, garantiu a quarta posição na chave com três pontos e também avançou para a próxima fase da competição.

Os comandados de Tite tomaram conta do meio-campo e não deram chance para o adversário no primeiro tempo. Paquetá deu o primeiro chute a gol de fora da área. Galíndez espalmou. Na sequência, o meio-campista deixou Gabigol na boa para marcar. O atacante do Flamengo se desequilibrou e chutou em cima do goleiro.

Paquetá apareceu novamente para bater com perigo da meia-lua. O primeiro gol do Brasil, no entanto, não teve sua participação. Everton Cebolinha cobrou falta do lado direito e Militão subiu alto para mandar para as redes aos 36 minutos.

No segundo tempo, o lateral-esquerdo Renan Lodi deixou o campo lesionado. Tite optou por colocar o lateral-direito Danilo em seu lugar. E foi por ali que o Equador chegou ao empate. Após cobrança de escanteio, houve bate-rebate e Mena apareceu livre para bater cruzado, sem chances para Alisson.

O Equador continuou ditando o ritmo no segundo tempo. O Brasil recuou e passou a ser pressionado. Tite então decidiu mexer na equipe e colocou Casemiro e Vinicius Jr nas vagas de Douglas Luiz e Firmino.

O atacante do Real Madrid quase marcou no primeiro lance em que pegou na bola. Em uma jogada de velocidade, Lucas Paquetá cruzou da esquerda e Vinicius Jr tentou de carrinho, mas mandou para fora.

O Equador buscava mais o ataque. O Brasil seguia desinteressado. Everton Ribeiro e Richarlison também entraram, mas também não fizeram muita diferença. Tite gesticulava na beira do gramado, pedia mais movimentação, mas o time parecia cansado e também desentrosado. No final, restou a bola na área, mas sem oferecer muito perigo ao Equador.

FICHA TÉCNICA

BRASIL 1 x 1 EQUADOR

GOLS - Militão, aos 36 do 1ºT, e Mena, aos 7 do 2ºT.

BRASIL - Alisson; Emerson, Éder Militão, Marquinhos e Renan Lodi (Danilo); Fabinho, Douglas Luiz (Casemiro), Everton (Richarlison) e Lucas Paquetá (Everton Ribeiro; Firmino (Vinicius Jr.) e Gabigol. Técnico: Tite.

EQUADOR - Galíndez; Ángelo Preciado, Arboleda, Hincapié e Palacios (Plata); Moisés Caicedo (Mena), Jhegson Méndez, Franco e Estupiñán; Valencia (Campana) e Ayrton Preciado (Pineida). Técnico: Gustavo Alfaro

ÁRBITRO - Roberto Tobar (CHI).

CARTÃO AMARELO - Estupiñán.

LOCAL - Estádio Olímpico, em Goiânia(GO).

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