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O número de igrejas abertas no País seria menor e a bancada evangélica no Congresso Nacional não teria chegado ao tamanho que tem hoje caso não houvesse isenção de impostos para o setor religioso. É o que aponta uma pesquisa proposta por dois economistas, da USP e do Insper, divulgada na semana passada. O benefício tributário ao setor religioso foi garantido pela Constituição de 1988.

A pesquisa "A Economia Política do Pentecostalismo: Uma Análise Estrutural Dinâmica", dos professores Raphael Corbi, da USP, e Fábio Sanches, do Insper, faz uma análise sobre efeitos práticos da política de incentivos fiscais vigente. "Eleição a eleição, a gente vê um aumento da bancada evangélica. Esse aumento tem a ver, sim, com a expansão geográfica dos templos, que por sua vez está ligada aos incentivos fiscais", disse Corbi.

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A ideia foi medir a expansão das igrejas no País desde a aprovação da Constituição e projetar como esse movimento teria se dado caso elas pagassem impostos. Para isso, utilizaram modelos matemáticos já existentes, usados para indicar o peso das alíquotas de impostos variadas para o crescimento de outros setores.

O estudo se baseou em dados fornecidos pelas igrejas à Receita Federal. Com uma alíquota de 34%, a taxa média cobrada das demais atividades, o total de igrejas no País, hoje de 216,3 mil, poderia ser até 74% menor.

A segunda parte do estudo avaliou o impacto político dessa eventual redução. Os pesquisadores cruzaram os mesmos dados da Receita com informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a eleição de candidatos da Frente Parlamentar Evangélica. E mediram a variação de votos que os candidatos da bancada tiveram em momentos anteriores ou posteriores à abertura de uma igreja em determinada região. Dessa forma, observaram que, após uma igreja ser aberta, candidatos desse grupo têm a participação nos votos subir de 2% a 3%.

O fenômeno vale para as igrejas evangélicas, mas não para as católicas. A abertura de uma igreja romana não influencia os resultados eleitorais, de acordo com a pesquisa. "Fiéis de igrejas pentecostais tendem a ser mais participativos" e comparecem mais aos locais de reunião, disse Fábio Sanches, do Insper.

Raphael Corbi, da USP, disse que a pesquisa "não tem julgamento de valor". "É um artigo agnóstico no sentido de questionar se será que devemos ou não subsidiar igrejas. Não é um ataque às pentecostais. O subsídio ajuda a explicar essa ascensão meteórica dessas igrejas? Sim. Essa ascensão está associada à expansão desse grupo político? Sim. E a gente trouxe números para quantificar isso."

Contrapartida

 

O coordenador da Frente Parlamentar Evangélica na Câmara, deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), disse que as igrejas prestam uma série de serviços sociais às comunidades onde estão instaladas. "Elas fazem o que o Estado não faz." Por isso, na avaliação dele, a isenção fiscal garantida pela Constituição é revertida em serviços.

Para o deputado, o crescimento da bancada é decorrente do aumento da população evangélica no País. Mas, na avaliação dele, o aumento desse porcentual não está ligado ao crescimento da abertura de novos templos.

Madureira afirmou que as projeções são de crescimento ainda maior da população evangélica no País na próxima década. Desse modo, afirmou, "a bancada evangélica vai crescer ainda mais". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após ter postado que iria orar para que ator Paulo Gustavo fosse levado para junto de Deus, ou seja, que morresse. O pastor José Olímpio, da Assembleia de Deus de Alagoas, disse que foi mal interpretado ou não soube deixar claro o que queria dizer. Ouvido pelo LeiaJá, o religioso se defendeu das críticas, mas disse não estar arrependido da postagem, mesmo após toda a repercussão.

Nossa reportagem conseguiu contato com José Olímpio no fim da manhã desta quinta (15) e ouviu o pastor sobre a postagem. Segundo ele, a intenção era fazer uma crítica aos que pedem oração ou reza pela saúde de Paulo Gustavo, mesmo este sendo ateu.

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“Foi uma infelicidade. Eu deveria ter complementado para ser mais esclarecedor. Não desejo a morte de ninguém. Mas se você não acredita em Deus, como vai pedir oração para um ser que você não acredita”, justificou.

Nas entrelinhas, José Olímpio deixou claro que sua postagem foi feita com certa raiva do ator, por esse não crer em Deus, o que nunca foi dito com todas as letras por Paulo Gustavo.

“Amigos e parentes estão rogando oração para o ator, que por diversas vezes disse que é ateu e blasfema”, disse.

Por fim, José Olímpio revelou que perdeu familiares para a Covid-19 e reforçou que não deseja a morte de Paulo Gustavo.

“Não desejo a morte de ninguém. Deus é misericordioso para todos, mas Deus é justiça. Não me julgo melhor que ele. Se fosse assim, nós cristãos seríamos imortais. Perdi parentes e amigos bem chegados. Homens sérios e compromissados com a palavra”, disse.

Paulo Gustavo é ateu?

O humorista nunca deixou claro se acredita ou não em Deus, mas tem problemas com as igrejas. Assumidamente homossexual, Paulo é casado com Thales Bretas e já fez críticas porque nenhuma igreja aceita o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

“Quem escreveu essa Bíblia? Está desatualizado isso. Se Jesus Cristo fosse vivo hoje, estava no show de Pablo Vittar… Com certeza! Está todo mundo indo. Quem é que está mandando a gente pra cá? Eu, Pablo Vittar… Hoje em dia está nascendo um monte de bee, cheio de fluido. Quem está mandando os fluidos pra cá? Deus? Então por que não posso casar na Igreja? Tá errado. Casa logo eu, deixa de ser bobo, larga isso”, falou em vídeo postado no Instagram em 2018.

A rejeição ao governo do presidente Jair Bolsonaro subiu para 49%, sendo a pior taxa desde o mês de junho de 2020, quando chegou a 54%. A aprovação ficou em 25%, caindo um ponto desde a última pesquisa. Os que nem aprovam, nem desaprovam, somam 22%. Os dados são da EXAME/IDEIA.

Ainda segundo a pesquisa, Bolsonaro tem maior aprovação pelo segmento evangélico, 36% e é pior avaliado pelos entrevistados com ensino superior 63% e pelas mulheres, com 53%.

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Na mesma pesquisa, foi avaliada a atuação do ex-ministro Eduardo Pazuello, no combate a pandemia, com 7% considerando ótima, 14% boa, 29% regular, 15% ruim, 20% péssima, enquanto 14% não sabem.

A pesquisa também abordou o valor máximo de 250 reais do novo auxílio emergencial e isto atende a necessidade básica dos que mais precisam no momento. 37% votou em ‘não atendem nem de longe’ e 32% em ‘não atendem nem as minhas próprias’. A maioria absoluta entendeu que o valor planejado é bem abaixo do necessário.

Segundo o IDEIA, o levantamento ouviu 1.255 pessoas entre os dias 22 e 24 de março. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Em campanha reservada a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Augusto Aras, recebeu dois líderes evangélicos de setores da Assembleia de Deus fora da agenda, na última segunda-feira, 15. Ao pastor Silas Malafaia (Vitória em Cristo) e ao bispo Abner Ferreira (Ministério Madureira), Aras posicionou-se contra o fechamento de igrejas durante o período de restrições impostas por governadores e prefeitos em função do agravamento da pandemia de covid-19. O relato é de Malafaia.

O encontro, que ocorreu na sede da Procuradoria-Geral da República (PGR), não foi informado na agenda pública de Aras. Católico e sem a preferência dos evangélicos, o procurador-geral corre por fora na tentativa de ser indicado ao Supremo em julho, quando está prevista a aposentadoria compulsória do ministro Marco Aurélio Mello, que completará 75 anos. A vaga foi prometida reiteradas vezes pelo presidente Jair Bolsonaro, ainda no primeiro ano de governo, a um ministro "terrivelmente evangélico".

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Um líder do segmento protestante, frequentemente tietado por candidatos à vaga, relatou, reservadamente, que a sucessão no Supremo entrou na pauta do encontro e que todas as costuras estão sendo feitas de forma sigilosa. Em busca de prestígio, Aras intensificou a procura por canais de aproximação com os pastores. Malafaia, por sua vez, disse à reportagem que o procurador-geral não falou abertamente se pretende a vaga de Marco Aurélio. Segundo ele, por ser "muito ético".

O pastor disse à reportagem que Aras não pediu segredo sobre o encontro reservado e, por isso, poderia falar abertamente. Por meio de sua assessoria, Aras confirmou a reunião, mas não deu detalhes. Afirmou apenas que "foram tratados temas de interesse dos evangélicos".

Em seu gabinete, Aras relatou ações que caíram no agrado dos líderes religiosos da Assembleia de Deus. O chefe do Ministério Público Federal comentou sobre uma reunião anterior com procuradores-gerais de Justiça, que chefiam o Ministério Público dos Estados e do Distrito Federal. O objetivo seria alinhar a atuação do órgão. O pastor disse que o PGR afirmou, "com sensatez e equilíbrio", aos procuradores: "Não mexam em templos religiosos".

"Nessa reunião, ele (Aras) declarou o que está na Constituição. Primeiro, lugar de culto é inviolável, ninguém pode fechar ou impedir um culto religioso. Segundo, que as religiões cumprem um papel que o Estado não consegue, têm um papel terapêutico nessa história. A fé atua em áreas que um médico não atua. Então, que era um absurdo por violar um preceito constitucional e a prática de um povo, que 95% têm alguma religião. Ele disse para mim que apenas um procurador se contrariou, todos os demais concordaram com a fala dele. Essa foi a palavra dele, que acha um absurdo, uma afronta."

Um aliado de Aras na PGR, a par das conversas, disse que ele pediu que o Ministério Público ficasse de fora de decisões sobre o funcionamento das igrejas. Segundo este mesmo subprocurador, Aras ponderou aos procuradores-gerais de Justiça que a decisão é de competência das autoridades sanitárias e segue critérios técnicos. Aras teria dito, na mesma linha, que o MP não deve assumir a responsabilidade política dos gestores pelas escolhas, nem intervir inadequadamente a favor ou contra o fechamento dos templos.

Regras

Prefeitos e governadores impuseram limitações ao funcionamento de templos religiosos em geral, como o impedimento de cultos presenciais ou o fechamento total. Malafaia afirma que eles foram "hipócritas", porque não interferiram em aglomerações no transporte público, como ônibus e trens, mas prejudicam o comércio e os espaços de culto. Por isso, os representantes das igrejas passaram a procurar aconselhamento jurídico. "Enche a paciência de tanta hipocrisia e omissão. Quero ver o poder público ir em áreas proletárias e mandar fechar. Tenho 60 igrejas em comunidades. Está tudo aberto, um movimento louco. Vai na Maré, na Rocinha, no Alemão", argumenta Malafaia.

Malafaia, no entanto, diz que não viu na atitude de Aras um movimento pensado para se cacifar no segmento. "Se o Aras quisesse se promover para agradar os evangélicos ele divulgava tudo, vazava para a imprensa essa postura dele. Mas não falou com ninguém. Sinceramente, não sou nenhum bobinho, a gente conhece bem o jogo. Ele é um cara religioso também, católico", opina o pastor.

Em 2019, quando correu por fora da lista tríplice votada pelos membros do MPF e conseguiu ser escolhido por Bolsonaro para a PGR, Aras também manteve reuniões em segredo com evangélicos e, como o Estadão revelou na época, comprometeu-se com uma pauta moral cristã, a partir de uma carta elaborada pela Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure).

A entidade também é cortejada por interessados na vaga do STF. Um dos nomes fortes considerados é o atual presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Humberto Martins, que frequenta a Igreja Adventista do Sétimo Dia. No ano passado, a Anajure realizou um congresso nas dependências da corte, e Martins defendeu a liberdade religiosa como direito fundamental, no painel de abertura. O presidente do STJ costuma usar frases como "Deus no comando" em conversas de aplicativo e teria angariado apoios na bancada evangélica recentemente. No entanto, pesa contra ele o fato de ser próximo ao senador Renan Calheiros (MDB-AL), opositor de Bolsonaro. Ambos são alagoanos.

Malafaia e Ferreira comandam igrejas no Rio de Janeiro. Ambos apoiam Bolsonaro e exercem influência política no segmento. O atual presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), é da mesma linha assembleiana comandada pela família Ferreira, que inclui a AD Madureira e a AD Brás. Esse ministério da Assembleia de Deus é historicamente ligado ao partido PSC e foi acusado de intermediar o recebimento de propina para o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ). O próximo presidente da frente parlamentar será o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), fiel da ADVEC, de Malafaia.

Por enquanto, o favorito entre os evangélicos é o ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, pastor da Igreja Presbiteriana Esperança, em Brasília. Dos nomes colocados, ele também possui o melhor trânsito no STF. A simpatia dos ministros, porém, foi abalada com a série de inquéritos que Mendonça passou a requerer à Polícia Federal para investigar críticos de Bolsonaro com base na Lei de Segurança Nacional.

"O André Mendonça tem a unanimidade da liderança evangélica. Mas quem vai bater o martelo é o presidente. Ninguém colocou faca no pescoço de Bolsonaro. O André tem apoio de 95% da liderança, ele é o cara que tem mais chance, sem menosprezar Aras, Humberto Martins", disse Malafaia.

Lista evangélica

Para dar alternativas a Bolsonaro, em setembro do ano passado os pastores indicaram uma lista tríplice ao presidente, encabeçada pelo desembargador federal William Douglas, seguido pelo ex-desembargador eleitoral Jackson di Domenico e pelo procurador de Justiça Eduardo Sabo. Bolsonaro, contudo, preteriu os evangélicos e deu a cadeira aberta pela aposentadoria do ex-ministro Celso de Mello ao ministro Kassio Nunes Marques, avalizado por políticos do Centrão.

A lista continua válida, tendo sido endossada por lideranças evangélicas ligadas ao Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil (Cimeb), que visitaram Bolsonaro na segunda-feira, após participarem de encontro com Augusto Aras. Eles são, majoritariamente, pentecostais e neopentecostais. Foram ao Palácio do Planalto nomes como Renê Terra Nova (Ministério Internacional da Restauração), Estevam Hernandes (Renascer em Cristo), César Augusto (Fonte da Vida) e Samuel Câmara (Assembleia de Deus em Belém). Segundo Malafaia, o grupo não fez novos apelos por um dos nomes indicados porque poderia soar como tentativa de "constranger" o presidente, que já sabe da preferência pelo ministro da Justiça.

O discurso dos evangélicos é que foi Bolsonaro quem prometeu a indicação da segunda vaga ao segmento e que agora deverá cumprir sua palavra. Lideranças das igrejas deram apoio majoritário ao presidente em 2018, e pesquisas de intenção de voto indicam novamente um favoritismo do presidente no segmento para a disputa da reeleição no ano que vem.

De acordo com a socióloga Maria das Dores Campos Machado, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e pesquisadora do pentecostalismo, os grupos religiosos são compostos de diferentes perspectivas e há inúmeras lideranças com viés mais progressista, o que explica o pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro formulado por líderes evangélicos e católicos.

"A primeira coisa a ser dita é que a esfera religiosa reflete o que está acontecendo na sociedade como um todo. Os grupos religiosos são heterogêneos e têm diferentes perspectivas no seu interior", afirmou ao Estadão. A pesquisadora afirma ainda que o agravamento da crise do coronavírus pode inclusive afetar o apoio que o presidente recebe, desde 2018, das lideranças mais conservadoras.

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O que significa um pedido de impeachment que tem como autores líderes evangélicos e católicos?

A primeira coisa a ser dita é que a esfera religiosa reflete o que está acontecendo na sociedade como um todo. Os grupos religiosos são heterogêneos e têm diferentes perspectivas no seu interior. O que a gente viu em 2018 foi um alinhamento de conservadores evangélicos, católicos e judeus em torno da candidatura do Bolsonaro e que vêm sustentando o presidente. Você tem padres e pastores que vão na porta do Palácio do Planalto cumprimentar o Bolsonaro ou fazer discursos a favor dele. Os grupos religiosos têm diferentes perspectivas. No caso específico desse movimento (pelo impeachment), você tem aí vozes dissidentes com relação aos conservadores.

Pode dar exemplos?

Não podemos esquecer que tanto o movimento evangélico quanto os católicos têm uma ala progressista que é minoritária mas que aparece em vários momentos da história brasileira. O PT foi criado com apoio de católicos e da ala progressista da CNBB. Há grupos como as Católicas pelo Direito de Decidir, as evangélicas que lutam pela igualdade de gênero, a Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, há a Teologia Negra, um grupo preocupado com racismo estrutural. Você tem feministas evangélicas, e você tem minorias que são vozes dissidentes. E provavelmente é desse campo que vem essa mobilização de impeachment de Bolsonaro. É reflexo de uma mobilização maior que está acontecendo na sociedade brasileira.

O agravamento da crise de covid-19 pode afetar o apoio que pastores evangélicos dão a Bolsonaro desde a eleição de 2018?

Eu acho que sim, porque são vidas que estão sendo perdidas e isso mexe com famílias e com diferentes lideranças que vão, de uma certa forma, sentir isso dentro de suas comunidades. Então ele corre o risco de perder o apoio nesse meio. Embora a gente saiba que há também lideranças fisiológicas e que só largam o poder no último minuto. Mas existe sim uma possibilidade de ele perder popularidade, como aconteceu com Trump nos EUA. Ele caiu de 82% do apoio evangélico dos Estados Unidos nas eleições de 2016 e isso foi para 76% em 2020. Isso pode acontecer aqui no Brasil.

Existe clima para a abertura hoje de um processo contra o presidente no Congresso?

Eu acho que é importante que isso seja colocado e que a sociedade civil tome o máximo de iniciativa nesse sentido porque o presidente tem sido extremamente relapso e inconsequente. E a gestão dele tem sido muito maléfica para a população mais pobre e com menos recursos. A situação de Manaus, Pará e que está chegando em Rondônia... Está havendo um espraiamento do número de mortes e sem nenhuma preparação. Acho que essa é uma questão extremamente importante e acho que todos os grupos da sociedade que podem se manifestar nesse sentido deveriam fazê-lo. E acho muito saudável que comece a aparecer essas cisões também por parte dos grupos religiosos e a manifestação deles no espaço público com relação a isso.

Com o novo fechamento de estabelecimentos na Costa Oeste dos Estados Unidos, duas igrejas evangélicas da Califórnia registraram-se como clubes de strip tease para seguir com os cultos em meio à pandemia. Pastores chegaram a tirar parte da roupa e dançaram em um palco diante dos fiéis.

Esse foi o método adotado pelos líderes da Awaken Church e da Godspeak Calvary Chapel, em San Diego e Thousand Oaks, para driblar a fiscalização norte-americana. Em um vídeo, o pastor Jurgen Matthesius age como um stripper ao lado de outro representante do templo. Eles tiram os blazers e arremessam aos integrantes da Awaken, que foi rebatizada como Awaken Family Friendly Strip Club.

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"CLUBES DE STRIP (não igrejas) estão isentos dos bloqueios da Covid e são considerados essenciais por nosso governador! Entãããão ... decidimos que agora somos o AWAKEN FAMILY FRIENDLY STRIP CLUB!", criticou Matthesius no Instagram. Já o líder religioso da Godspeak, o pastor Rob McCoy, atacou a medida e disse tratar-se de uma "tirania" do governo.

Matthesius explicou que precisa se apresentar por, pelos menos, 30 segundos para oficializar a mudança, informou a rádio WIBC. Ainda assim, o pastor classifica o atual clube de strip como um local "onde tiramos o diabo de seu controle, poder e autoridade sobre a vida das pessoas".

Confira

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Histórico, diante de uma disputa acirrada, este domingo (29), que marca o segundo turno das eleições municipais do Recife, começou com um café da manhã da deputada Marília Arraes (PT). Mais que uma simples refeição, o encontro foi marcado pelo apoio emblemático à neta de Miguel Arraes de representantes evangélicos.

Em sua residência, no Recife, Marília Arraes recebeu o prefeito reeleito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PR), além do deputado federal André Ferreira. Também marcaram presença no café com a petista os vereadores recifenses Benjamin da Saúde e Jayme Asfora, além do ex-prefeito de Petrolina Odacy Amorim.

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"Com esse encontro estamos mostrando que Deus tem planos para a gente”, disse Marília Arraes, conforme informações da sua assessoria de comunicação. "Vamos continuar fazendo a campanha limpa e diferente do que os adversários fizeram. Queria agradecer e desejar muita paz a todos que estão aqui. Tudo está nas mãos de Deus", acrescentou.

"Marília não é uma amiga que conhecemos de hoje. Já faz vários anos. A convivência que temos mostra que o povo do Recife tem a melhor opção. Eu admiro a iniciativa de Marília", declarou o prefeito de Jaboatão dos Guararapes.

Marília Arrates faz disputa acirrada com João Campos (PSB). Pesquisa da Datafolha apontou empate, até então, entre os candidatos.

Com informações da assessoria 

Os candidatos à Prefeitura de São Paulo Bruno Covas (PSDB) e Márcio França (PSB) intensificaram a campanha em busca do eleitor evangélico nas últimas semanas e avançaram nas pesquisas de intenção de voto sobre um eleitorado que seria uma das principais bases de Celso Russomanno (Republicanos), apresentador da TV Record que tem o apoio oficial da Igreja Universal do Reino de Deus.

Covas obteve apoio de lideranças da Assembleia de Deus, Renascer e entidades menores como a Bola de Neve, a Igreja Quadrangular, a Igreja Batista Boas Novas e a TBC, e já participou de cultos ou jantares em todas essas vertentes religiosas. Já França se vale de vereadores ligados a denominações religiosas para chegar à base das igrejas. Evangélicos são cerca de 30% dos eleitores em São Paulo.

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Russomanno é o líder de intenções de votos no segmento, mas seu apoio é restrito à Igreja Universal e seu porcentual de intenção de voto entre evangélicos está em queda, assim como ocorre entre o público geral. Em 15 de outubro, o apresentador tinha 38% dos evangélicos, segundo o Ibope/Estadão/TV Globo. Na pesquisa divulgada na sexta-feira, caiu para 28%.

Mesmo na denominação de Edir Macedo, há pastores em campanha por Covas, como o caso de Souza Santos, vereador do Republicanos que está participando de eventos de campanha do prefeito. O Estadão procurou o pastor, que não respondeu.

A campanha de Russomanno, entretanto, afirma não ver no caso motivos para alarme. "Nós também temos vários candidatos de outros partidos nos dando apoio e passando em nossas agendas para nos cumprimentar", afirmou o candidato, via assessoria de imprensa. "Educação e amizade também fazem parte da política. E, no segundo turno, o embate vai ficar mais claro", completou.

Participação

Covas participou de cultos em três igrejas evangélicas diferentes no sábado. Domingo, participou da Marcha Para Jesus, que reuniu, segundo os organizadores, 10 mil veículos - o maior evento na cidade desde o início da pandemia. Ao longo do último mês, esteve ainda em dois jantares com empresários organizados por religiosos. Nos dois últimos levantamentos do Ibope, ele foi de 17% para 22% nas intenções de voto dos evangélicos.

"A aproximação de Covas com as lideranças evangélicas não é de agora. Foi construído ao longo da gestão. Na Câmara, aprovamos três projetos ligados às igrejas, como o de isenção tributária. Também costuramos um protocolo com as igrejas para que elas pudessem abrir durante a pandemia. Por isso, tivemos uma boa relação com quase todas as igrejas da cidade", disse o presidente da Câmara Municipal, Eduardo Tuma, evangélico que atua como principal articulador entre Covas e as igrejas.

Guilherme Boulos (PSOL), que está à frente de França nas intenções de votos em geral, também cresceu de 4% para 8% entre o eleitorado evangélico. Sua campanha busca apoio de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) que são evangélicos para abrir diálogo com outros religiosos, mas dentro de um contexto de busca de votos da periferia em geral, segundo a coordenação da sua campanha.

Já o porcentual de evangélicos que declaram voto em Márcio França foi de 9% para 15% nos últimos 15 dias. "Pode ser mesmo que os líderes de parte das igrejas estejam apoiando oficialmente o Bruno, mas eles não asseguram todos os votos. E nós fazemos um trabalho importante nas bases. Vários dos candidatos a vereador da nossa coligação são pastores ou têm boa entrada em igrejas", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A apresentadora Andressa Urach entrou para os assuntos mais comentados nas redes sociais neste sábado (24), após aparecer em um vídeo criticando os evangélicos e com um visual diferente do que usava habitualmente. Totalmente loira, Andressa apareceu usando apliques e unhas vermelhas.

Além disso, ela deixou de seguir diversas contas de evangélicos famosos e também o presidente Jair Bolsonaro, e excluiu quase todas as suas fotos do Instagram, principalmente as que estava de cabelo curto. Ainda não se sabe ao certo o motivo da mudança de Andressa, mas nas redes sociais os fãs especularam um possível retorno da versão miss bumbum da apresentadora.

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Alguns fãs fizeram suposições se a mudança seria uma estratégia para entrar para o Big Brother Brasil em 2021. Já outros internautas apoiaram a mudança de Andressa e torceram para que seja apenas ela “abrindo os olhos para o fanatismo religioso”, e torceram para que ela esteja apenas amadurecendo como cristã.

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Em reunião reservada com o vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, deputados da Frente Parlamentar Evangélica alegaram que incluir o abuso de poder religioso como motivo para a cassação de políticos é "ativismo judicial". O encontro do ministro com os parlamentares ocorreu a distância, por meio do programa de videoconferências, na noite desta quarta-feira (5).

No próximo dia 13, o TSE deve retomar o julgamento sobre o abuso de poder religioso. Atualmente, o tribunal entende que apenas os abusos de poder político e econômico podem resultar na perda do mandato. O debate, levantado por Fachin, está em fase inicial, mas já provocou forte reação nas redes sociais e mobilizou aliados do presidente Jair Bolsonaro, que veem uma "caça às bruxas" contra o conservadorismo.

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Segundo o Estadão/Broadcast apurou com participantes da reunião, os parlamentares discutiram com Fachin os principais pontos de um memorial elaborado pela Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure), que já foi distribuído aos ministros da Corte Eleitoral. Um representante da associação também participou da audiência virtual.

O tom da conversa - que durou cerca de trinta minutos - foi amigável e respeitoso, de acordo com participantes. Uma das questões levantadas pelos parlamentares e pela Anajure é que a lei eleitoral não prevê o abuso de poder religioso. Dessa forma, seria "ativismo judicial" criar essa figura, sem uma lei ter sido aprovada antes pelo Congresso.

No documento da Anajure, obtido pela reportagem, a associação sustenta que a "legislação eleitoral não prevê o chamado ‘abuso de poder religioso’, de modo que a aplicação de sanções determinadas judicialmente, com base no conceito, tem o potencial de gerar grave insegurança jurídica e violar a liberdade religiosa".

Para a associação, um dos efeitos nocivos da criação da figura do abuso de poder religioso é a discriminação contra autoridades religiosas e a "deslegitimação" de toda espécie de autoridade, pelo simples exercício de influência perante um grupo, como líderes de sindicatos, movimentos sociais e grupos estudantis.

Fachin, por sua vez, disse ao grupo que valoriza e entende a importância do segmento religioso para a sociedade brasileira e o Estado democrático de direito. Segundo relatos, o ministro quis deixar claro que não se trata de perseguição, indicando nas entrelinhas que deve manter a tese pela punição ao abuso de poder religioso. Uma das preocupações do ministro é com a influência de lideranças sobre os fiéis no processo de escolha dos candidatos em que votarão nas urnas.

A avaliação reservada de participantes da reunião é que a questão ainda está em aberto no TSE. Três ministros ouvidos reservadamente pela reportagem avaliam que o desfecho da discussão é imprevisível, já que o debate é considerado pelos magistrados "muito delicado" e "disputado".

O processo em questão no TSE gira em torno da vereadora de Luziânia (GO) Valdirene Tavares (Republicanos), que é pastora da Assembleia de Deus. Ela é acusada de usar a sua posição na igreja para promover a sua candidatura, influenciando o voto de fiéis. Valdirene foi reeleita em 2016.

Relator do caso, Fachin votou contra a cassação da vereadora, por concluir que não foram reunidas provas suficientes no caso concreto para confirmar o "abuso de poder religioso". No entanto, fez uma série de observações em seu voto sobre a necessidade de Estado e religião serem mantidos separados para garantir a livre escolha dos eleitores. Ainda propôs a inclusão do abuso de poder de autoridade religiosa em ações que podem eventualmente levar à cassação de mandato de políticos - de vereadores a presidente da República.

"A imposição de limites às atividades eclesiásticas representa uma medida necessária à proteção da liberdade de voto e da própria legitimidade do processo eleitoral, dada a ascendência incorporada pelos expoentes das igrejas em setores específicos da comunidade", disse Fachin no julgamento. 

Luzes de estúdio, várias câmeras transmitindo ao vivo e pastores que assessoram aos fiéis via chat virtual: as igrejas evangélicas de São Paulo tentam se reinventar durante a pandemia, em momentos em que o distanciamento social se tornou imprescindível.

Até esta semana, a igreja Edificando em Cristo, situada na Zona Norte de São Paulo, manteve suas atividades exclusivamente pela internet, transmitindo os cultos por YouTube para uma audiência de 2.000 fiéis.

Na última quarta-feira (8), eles fizeram o primeiro "teste" de volta aos cultos presenciais com um público de apenas 40 pessoas, em um auditório com capacidade para 750.

Além de usar máscaras e manter distância uns dos outros, eles passaram por testes de temperatura e higienizaram as mãos com álcool em gel ao entrar.

"Acho que vamos ter que nos adaptar a esse novo normal durante algum tempo", disse o pastor Fernando Carvalho à AFP depois de realizar o culto, que foi animado por uma banda de rock gospel.

"Hoje foi o primeiro dia, eu sinto que as pessoas ainda estão meio tensas, não se sentem totalmente à vontade. Mas a maioria tinha um grande desejo de voltar", acrescenta o líder da igreja.

Em 2010, no último Censo, o Brasil registrou mais de 42 milhões de evangélicos (22% da população). No entanto, pesquisas mais recentes indicam que esse percentual aumentou e está agora em torno de 30%.

Exceto por um breve período em que foram suspensos por ordem judicial, depois modificada, os cultos religiosos nunca foram proibidos em São Paulo, estado que acumula o maior número de mortes (16.788) e casos (341.365) por coronavírus em todo o país.

A estudante de Direito Fabiana Andrade ficou emocionada com o retorno.

"Chorei bastante porque estava com saudade. Saudade do louvor... Saudade de estar na igreja mesmo. Porque com as pessoas não dá pra conversar tanto. Mas já deu pra sentir aquele gostinho (...) de voltar mesmo", contou à AFP.

A igreja Edificando em Cristo receberá fiéis apenas nos cultos de quarta e domingo. As demais cerimônias, cursos e reuniões vão continuar ocorrendo de forma remota.

- A distância, um obstáculo -

Contudo, o contato virtual com os fiéis não tem sido fácil para todas as igrejas evangélicas. Para aquelas que reúnem um público mais humilde - com menos acesso à Internet - a distância significa um verdadeiro obstáculo.

É o caso do pastor Anselmo Rodrigues, que, após uma campanha sem sucesso nas redes, há um mês decidiu voltar às atividades, para poder pagar o aluguel da modesta Igreja Ministério Resgatando Vidas, também na Zona Norte de São Paulo.

As contribuições dos fiéis durante a transmissão virtual não cobrem as despesas.

"Se tivesse condição de manter o aluguel, porque o dono não entende, não abriria nenhum dia. Faria direto na live só. A preocupação é manter o aluguel mesmo", ressalta Rodrigues, que relata já ter contraído a Covid-19, com sintomas leves.

Antes ele recebia entre 80 a 90 pessoas para o culto, e agora apenas 10 ou 15 vão. Entre eles está o policial Alexandre da Silva Bento, para quem a religião é fundamental para protegê-lo do mal.

"Para quem é crente, a pandemia não existe. Basta crer que o Senhor é seu salvador, que é o único que te cuida e que te guarda. Se você tem Ele pra isso, pra que se preocupar?", argumenta ele, protegido por uma máscara.

A demissão do ex-juiz Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) já abalou o apoio ao presidente Jair Bolsonaro em uma de suas principais bases eleitorais, o segmento evangélico. Minutos após Moro anunciar sua saída do cargo, a Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) anunciou que vai cobrar nesta sexta-feira, 24, a apuração de crimes de responsabilidade que podem ter sido cometidos pelo presidente. A investigação é um processo jurídico-político que pode levar ao impeachment de Bolsonaro.

Moro acusou publicamente Bolsonaro de interferência direta nas investigações da Polícia Federal e de ter publicado no Diário Oficial da União informações falsas sobre o processo de demissão "a pedido" do delegado Maurício Valeixo, então diretor-geral da órgão. Segundo Moro, Bolsonaro cobrou acesso a dados sigilosos de inquéritos da PF. Moro negou ter assinado com o presidente a portaria de exoneração de Valeixo, seu homem de confiança, que por sua vez, garantiu o ministro, não pediu para deixar o cargo.

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Antes da demissão, Moro recebeu nos bastidores apoio de líderes religiosos protestantes. Eles sugeriram ao ex-magistrado "não se submeter à tirania" de Bolsonaro.

"Pugnamos pela investigação, por parte dos Poderes da República, das atividades promovidas pelo presidente da República, de possível interferência política na Polícia Federal, com base nas alegações - graves e que podem ser configuradas como crimes de responsabilidade - do discurso proferido hoje pelo doutor Sérgio Moro", pede a Anajure em nota subscrita por órgãos das igrejas Batista, Metodista, Presbiteriana e Adventista, entre outras.

Braço das igrejas protestantes no meio jurídico, a associação dava sustentação legal, sob a ótica religiosa, a uma série de medidas do governo e pouco divergia. Cultiva amplo acesso aos gabinetes ministeriais e palacianos. Foi, por exemplo, consultada por Bolsonaro no processo de escolha do procurador-geral da República, Augusto Aras, a quem apoiou, como revelado pelo Estado.

A Anajure tem relacionamento próximo com o ex-juiz da Operação Lava Jato,que costuma participar dos eventos da instituição, assim como outros ministros de Bolsonaro, a exemplo de André Mendonça(Advocacia-Geral da União), Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), Abraham Weintraub (Educação) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores).

A entidade tomou a decisão principalmente pelas denúncias feitas por Moro em público, e não só pela saída do ministro, um ícone também entre os protestantes. O advogado presidente da Anajure, Uziel Santana, sempre declarou que o apoio ao governo estava condicionado à manutenção da pauta de combate à corrupção, para além de interesses de igrejas e da pauta moral. "Sem o combate à corrupção, a Anajure não fica no governo e não apoia nenhum outro movimento ou instituição. No dia em que o governo abandonar a pauta da corrupção, a gente não vai estar junto com o governo. Está acima do segmento evangélico", avisava ele.

Fundada em 2012, a Anajure reúne cerca de 700 associados do meio jurídico, como juízes, desembargadores, advogados,promotores e procuradores, além de estudiosos e teóricos do Direito. É ligada a organismos internacionais de juristas cristãos e controlada por membros das chamadas igrejas protestantes históricas, com destaque para a Presbiteriana, a Batista e a Metodista, entre outras.

A entidade também possui forte interlocução no Congresso e ligação com deputados do Podemos, partido que levanta da bandeira de Moro e da Lava Jato. O principal elo da entidade é o deputado Roberto de Lucena (Podemos-SP), pastor da Igreja O Brasil para Cristo. Ele preside a Frente Parlamentar Mista da Liberdade Religiosa, Refugiados e Ajuda Humanitária, da qual a Anajure é fundadora especial. O deputado bolsonarista José Medeiros (Podemos-MT), presbiteriano, é o tesoureiro.

Malafaia

Um dos principais apoiadores de Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia (Assembleia de Deus Vitória em Cristo) afirmou que a demissão de Moro ocorre por "erro político". Ele criticou o fato de o presidente descumprir o compromisso com o ex-juiz para interferir na PF. "Inacreditável! Sou aliado do presidente, não alienado! O maior absurdo e falta de habilidade política nessa hora", afirmou Malafaia. "Sei que é atribuição do presidente nomear diretor da PF, só que ele deu a Moro carta branca. Inadmissível."

Mesmo tendo garantida a isenção de uma série de impostos, os líderes evangélicos mais badalados do Brasil somam uma dívida de cerca de R$ 276 milhões aos cofres públicos, aponta a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. A maioria do débito é referente ao não pagamento de taxas como o INSS de funcionários. As informações são da Fórum.

A maior devedora evangélica é a Igreja Internacional da Graça de Deus, que é comandada pelo pastor Romildo Ribeiro Soares - o R.R. Soares - e acumula R$ 139,7 milhões de encargos não quitados. Em segundo lugar está a Igreja Mundial do Poder de Deus, liderada por Valdemiro Santiago, com R$ 85,9 milhões. A lista segue com as contas da Igreja Renascer em Cristo, de R$ 31,3 mi; Igreja Evangélica Assembleia de Deus, com R$ 9,8 mi; e a Igreja Batista da Lagoinha, que deve R$ 9,4 mi.

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Apoiadores ferrenhos do presidente da república Jair Bolsonaro (sem partido), a ala religiosa foi uma das responsáveis por angariar um alto número de eleitores em troca de afrouxamento de obrigações tributárias. Entre as 'permutas' para consolidar a relação, o Governo Federal permitiu o fim da obrigação das igrejas menores se inscreverem no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e a elevação para R$ 4,8 milhões do teto de arrecadação para que uma igreja seja obrigada a informar suas movimentações financeiras diárias. Outra medida para afagar os pastores e manter os adeptos envolve a intenção de Bolsonaro em isentar o pagamento da conta de luz dos templos.

Além de amontoar dívidas milionárias com o funcionamento das suas igrejas, alguns pastores também não costumam pagar os tributos das suas empresas privadas, como é o caso da produtora de TV Rede Mundial de Comunicação, do pastor Valdemiro Santiago. Para manter seus cultos televisionados e programetes, a instituição deve R$ 6,1 milhões em impostos. Outro 'mau pagador' é o gestor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia. A sua gravadora gospel calcula R$ 1,2 milhão em impostos não pagos.

O bispo evangélico Mario Salfate, de 67 anos, morreu ontem no Hospital San Juan de Dios de Los Andes, em Valparaíso, onde foi internado em 23 de março "após ter sido testado com Covid-19". Salfate conduziu, em março, um culto reunindo pelo menos 300 pessoas na cidade de Paine, perto de Santiago. Três outros pastores evangélicos foram infectados na mesma ocasião.

No Chile, há uma forte pressão de líderes evangélicos para que as cerimônias religiosas possam ser mantidas durante a pandemia. O país tem pelo menos 3 milhões de fiéis evangélicos e é um dos mais afetados pelo coronavírus na América Latina, com mais de 8 mil casos confirmados e quase 100 óbitos pela doença.

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As autoridades de saúde decretaram "quarentenas seletivas" em algumas comunas do país, dependendo do número de infecções. A comuna de El Bosque, em Santiago, por exemplo, entra hoje em quarentena obrigatória.

Longas filas em supermercados e repartições públicas eram observadas ontem na localidade antes do início do confinamento

A morte de Salfate é a segunda em menos de uma semana de um religioso. No sábado, morreu Gerald Glenn, de 66 anos, fundador e pastor da Igreja Evangélica New Deliverance, em Chesterfield, no Estado da Virgínia. A morte foi anunciada por Bryan Nevers, um integrante da igreja, durante um sermão da Páscoa publicado na página do Facebook da congregação pentecostal.

Desafio

Glenn ignorou os avisos sobre o perigo de reuniões religiosas e prometia continuar pregando a menos que estivesse "na cadeia ou no hospital". Marcietia Glenn, de 65 anos, mulher do bispo, também testou positivo para o vírus, disse Mar-Gerie Crawley, filha deles, em um post de 4 de abril na página da igreja no Facebook. Ela disse na época que seu pai estava precisando usar um respirador em um hospital.

"Peço às pessoas que entendam a gravidade e a seriedade disso. Não se trata apenas de nós, mas de todos os que estão a nossa volta", disse.

Os membros da igreja fizeram uma vigília e alguns jejuaram por Glenn, cuja morte foi lamentada pelos fiéis. "Ele era amigo e pilar da comunidade religiosa de Richmond", escreveu o senador democrata Tim Kaine, no Twitter.

Durante um sermão, em 22 de março, Glenn pregou para algumas dezenas de fiéis na igreja e publicou o vídeo no YouTube. Depois, o conteúdo foi removido.

Na época, o bispo foi citado pela imprensa dizendo que "Deus é maior que o temido vírus". Em 30 de março, oito dias após o sermão, o governador de Virgínia, Ralph Northam, emitiu uma ordem de permanência das pessoas em suas casas.

Há Estados com duras restrições. Na Flórida, um pastor foi preso no mês passado após se reunir com centenas de fiéis. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O presidente Jair Bolsonaro inaugura hoje, por volta das 14h, no Rio de Janeiro, um trecho de 2,5 quilômetros da Ecoponte. Depois, às 16h, o presidente participa de um mega evento evangélico na Enseada de Botafogo, zona sul a cidade, que desde a sexta-feira (14) vem causando transtornos no trânsito do entorno da região, com a instalação de uma grande estrutura para receber mais de 100 mil pessoas, segundo expectativa dos organizadores.

O trecho que será inaugurado pelo presidente se refere a uma alça que sai da Ponte Rio-Niterói, na altura do Caju, em direção à Linha Vermelha, e visa desafogar o trânsito de quem sai de Niterói em direção à Avenida Brasil. A expectativa é que 15 mil veículos passem diariamente pelo novo trecho. A obra, da concessionária Ecoponte, estava prevista no contrato de concessão assinado em 2015 e levou 20 meses para ficar pronta, ao custo de R$ 230 milhões.

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RR Soares

Ontem ao receber de surpresa estudantes do Instituto de Ciências Aplicadas de Limeira (SP) em seu gabinete no Palácio da Alvorada, Bolsonaro confirmou a presença na comemoração dos 40 anos da igreja do pastor neopentecostal Romildo Ribeiro Soares, mais conhecido como RR Soares, também apresentador de um programa na televisão e fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus.

"No sábado à tarde estarei no Aterro do Flamengo, no evento evangélico a convite do RR Soares", disse a 35 estudantes "animadas" segundo o próprio presidente, que chegou a mandar recado para o noivo de uma delas a pedido da estudante. "Ô Luís, namorada bonita, hem? Se eu fosse você não deixava ela andar por aí sozinha, não", disse Bolsonaro, provocando a gargalhada do grupo.

Antes, o presidente chegou a chorar após uma oração do grupo, ao falar da própria trajetória, iniciada, segundo ele, "na região mais pobre de São Paulo", e que chegou à presidência. "Sobrevivemos a uma facada e sobrevivemos a outro milagre, que foi a eleição. O que mais peço a Deus é mudar o destino do Brasil. Não é fácil", disse com a voz embargada.

No mesmo encontro, Bolsonaro fez um breve balanço do seu governo, afirmando que está fazendo "o que pode" para desregulamentar o setor produtivo e reclamou pelo grande número de sindicatos do País e de causas trabalhistas na Justiça. "Não pode um país ter 15 mil sindicatos e mais ações trabalhistas do que no mundo todo", afirmou.

Ele disse ainda ter se encontrado "muito com a Receita Federal" para conversar sobre a necessidade de simplificar instruções normativas para destravar a economia e lembrou já ter editado a lei da liberdade econômica, que agiliza a abertura de empresas. "Algumas instruções normativas têm que ser extintas ou revogadas ou simplificadas", avaliou. "Queremos dar liberdade a quem está lá embaixo, sentir na pele o que é CLT", afirmou.

 Diante da força que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem perante os evangélicos, que representou um peso significativo nas eleições de 2018, e continua sendo uma importante base de apoio para o governo, o ex-presidente Lula defende que o PT deve retomar a força. "O PT tem que estar na porta do banco, na entrada do trem, na porta da igreja, na internet. Foi pra isso que o PT nasceu e é por isso que ele é grande", escreveu o petista disse em entrevista a TV 247, nesta quarta-feira (5).

O ex-presidente já vem defendendo essa aproximação com os evangélicos desde o final do ano passado, quando foi solto. No dia 26 de janeiro deste ano, em entrevista ao UOL, o petista falou sobre o tema. "O que é a Igreja Pentecostal, hoje, no Brasil? O que eles representam? Já são 30% ou 35% da população religiosa. No começo do século passado era praticamente zero. O pentecostal tem uma linguagem fácil para conversar com o povo. Porque você tem de um lado o autor de todos os problemas, que é o diabo, e a solução toda, que é Deus", disse.

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Lula afirmou na entrevista que quando estava preso assistia programas religiosos e constatou que a igreja entra tão forte na periferia porque quando a população está desempregada e necessitada a fé aumenta. "Eu acho que o papel do Estado é ser laico, não ter posição religiosa, mas o PT tem que entender é que essas pessoas (evangélicos) estão na periferia oferecendo às pessoas pobres uma saída espiritual, uma saída que mistura a fé com o desemprego", avaliou.

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A bancada evangélica no Congresso vai tentar garantir imunidade total de impostos para igrejas na reforma tributária. A frente parlamentar que representa o segmento - composta por cerca de 200 deputados e senadores - está com um texto pronto para ser incluído na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata das mudanças no modelo fiscal do País.

"Queremos fazer a definição da extensão da imunidade tributária, que hoje está prevista na Constituição, mas é muito vaga", afirmou o presidente da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso, deputado Silas Câmara (Republicanos-AM). "Nós pediremos para o relator definir a extensão dentro do texto e acabar com a confusão do que é ou não direito e dever do segmento religioso no País."

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Apesar de a bancada evangélica ser a autora da emenda, outras instituições religiosas, como a Igreja Católica, também poderão ser beneficiadas.

A reforma tributária é uma das pautas econômicas que serão tratadas como prioridade pelo Legislativo em 2020. Há, porém, indefinição sobre qual proposta deve ser votada primeiro. Duas PECs, uma na Câmara e outra no Senado, tramitam paralelamente. Uma comissão mista será formada para tentar chegar a um consenso.

A Constituição proíbe a cobrança de impostos para "templos de qualquer culto". Governos em diferentes localidades, porém, têm encontrado brechas para cobrar tributos como IPTU e ICMS das igrejas.

Isso pode ocorrer, por exemplo, quando o templo funciona em um imóvel alugado ou quando a instituição possui outras instalações, como casa para o pastor ou pavilhão de eventos, entre outros. Por isso, a ideia da bancada é alterar a lei para garantir isenção de todo o complexo da instituição, e não só do templo.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), e o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), sancionaram leis recentemente ampliando a imunidade tributária das instituições religiosas após apelos da ala evangélica.

Na capital paulista, a partir deste mês as igrejas poderão fazer um pedido pela internet para ficarem isentas de IPTU. Isso atende àquelas que usam imóveis alugados. No Rio, Witzel sancionou na semana passada lei que acaba com qualquer cobrança de impostos pelo Estado e pelos municípios fluminenses em templos.

No caso do ICMS, a isenção total pretendida pela bancada poderá ser aplicada a contas de consumo, como luz e telefone.

Uma emenda com o mesmo teor já havia sido apresentada pela bancada na comissão que começou a discutir a reforma tributária na Câmara. Segundo o texto, a imunidade seria garantida para tributos sobre imóveis, renda, bens, remessa de recursos para missionários no exterior e remuneração de pastores. A emenda da bancada garante também isenção da cobrança previdenciária para entidades de assistência social, normalmente vinculadas a igrejas, retirando da Constituição a condição de atender "às exigências estabelecidas em lei".

No fim de 2019, o Congresso aprovou a prorrogação de benefícios fiscais para igrejas e instituições de assistência social até 2032. A proposta tratava de isenções vinculadas ao ICMS, que havia se esgotado em 31 de dezembro de 2018. Agora, a intenção da bancada é tornar estes benefícios permanentes, sem que sejam necessárias novas votações para prorrogá-los. 

Transferência de "recursos públicos para determinados grupos ou segmentos sociais", como os religiosos, não é uma exclusividade do governo Jair Bolsonaro, que pretende subsidiar a conta de energia elétrica de grandes templos religiosos, como revelou ontem o jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo a socióloga e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro Maria das Dores Campos Machado, que estuda grupos religiosos há mais de 15 anos, o avanço da pauta conservadora e de medidas de interesse das igrejas evangélicas segue um roteiro de expansão traçado para influenciar políticas públicas que se assemelha a estratégia desses grupos nos Estados Unidos.

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A pesquisadora lembra que, embora o atual governo tenha aberto espaço para assessores e ministros evangélicos, igrejas neopentecostais já haviam apoiado os petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. O governo Dilma chegou a transferir para comunidades terapêuticas ligadas a grupos religiosos recursos públicos destinados ao combate às drogas, medida questionada pelo Conselho Federal de Psicologia na época.

Bolsonaro quer conceder subsídio na conta de luz de templos religiosos. O que isso revela?

É transferência de recursos públicos para determinados grupos ou segmentos sociais. Estão deixando de cobrar de alguns o que é cobrado de outros. Isso acontece desde antes do governo Bolsonaro. O governo Dilma pegou recursos públicos destinados ao combate às drogas e os transferiu a comunidades terapêuticas ligadas a grupos religiosos, mas isso ocorreu sem fiscalização, transparência e controle. As auditorias feitas pelo Conselho Federal de Psicologia resultam em relatórios com uma série de denúncias.

Igrejas evangélicas estão ocupando parte do vácuo deixado pela descrença nos partidos?

A descrença com partidos não é só brasileira. Mas as igrejas crescem e aproveitam muito os vazios das instituições na sociedade brasileira. Então a crise no Brasil favorece as igrejas evangélicas. Não são só as pentecostais e neopentecostais que têm influência nesse governo. Um grupo muito importante nos últimos anos tem sido o dos batistas, que estão presentes no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. A titular, Damares Alves, é batista.

Todos esses grupos são conservadores?

No Brasil, os neopentecostais ganharam uma certa hegemonia entre as igrejas evangélicas. Além disso, vários segmentos dos batistas hoje são pentecostalizados. Com a gestão Bolsonaro, há forte presença desses conservadores evangélicos na máquina do Estado, trabalhando como assessores, no Planalto ou na Esplanada.

Como a sra. avalia a atuação da ministra Damares?

Ela é a segunda ministra de maior aprovação no governo, ficando atrás apenas de Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública). Ela vem implementando uma política considerada regressiva no campo dos direitos humanos, da educação sexual e de gênero. No entanto, é a segunda mais bem avaliada.

Nos Estados Unidos, estudos mostram que o crescimento da direita religiosa foi orquestrado. O mesmo acontece aqui?

Desde que Donald Trump foi eleito presidente dos EUA, cresceu muito a circulação de valores e atores do movimento republicano conservador - que tem uma base religiosa muito forte - na América Latina e no Brasil. Entrevistei a Damares em 2011 para uma pesquisa (quando ela era auxiliar legislativa). Ela contou que tinha recebido alguns americanos que gostariam de aprovar uma proposta de abstinência na educação sexual de adolescentes. Naquele contexto, ela não achou interessante. Agora ela está desenvolvendo um programa de combate à gravidez na adolescência pelo estímulo a abstinência sexual de jovens.

Quais valores são disseminados por esses grupos?

Nos últimos anos, tem crescido muito a influência da pauta dos religiosos norte-americanos no Brasil. É uma disseminação de valores puritanos. Durante a campanha presidencial brasileira, vários evangélicos ligados diretamente à equipe de Donald Trump - eram evangélicos sionistas, ou seja, ligados à defesa do Estado de Israel - vieram a uma comemoração em Belo Horizonte e fizeram uma gravação em defesa da campanha de Bolsonaro.

E também há aproximação com o Poder Legislativo?

Hoje em dia, há parceiros brasileiros de grupos como esse no Congresso. O grupo Capitol Ministries, que é financiado pelo vice-presidente dos EUA, Mike Pence, fez em 2019 um evento no Congresso brasileiro. Eles recrutaram alguns pastores brasileiros para coordenar o processo de formação de alianças com legisladores. Primeiro, as ideias deles são defendidas por institutos e ONGs, criados para disseminar valores puritanos ligados à doutrina e à moralidade cristã. Depois esses valores aparecem como iniciativa pública.

Podemos esperar mais avanço dessas pautas?

Podemos esperar que os segmentos evangélicos queiram ampliar as suas prerrogativas no campo político. É de se esperar que esse segmento queira mais. Alguns estão disputando espaço por meio de relações clientelistas. A Igreja Universal apoiou Lula, apoiou Dilma Rousseff e agora apoiou Bolsonaro. Há um deslocamento (do grupo) para a direita.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em aceno ao eleitorado evangélico, o presidente Jair Bolsonaro participou nesta terça-feira (17) de um culto de ação de graças no Palácio do Planalto. Centenas de pastores e bispos de todo o País participaram do evento no salão nobre do palácio, que tem capacidade para receber 500 pessoas.

Na plateia, havia lideranças do Congresso, como o presidente da bancada evangélica, o deputado federal Silas Câmara (Republicanos-AM), que ajudou a organizar a solenidade. Em seu discurso, Bolsonaro criticou a "ambição por cargos".

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"Não devemos ter ambições por cargos. Eles são passageiros. Vi aqui ex-deputado, velhos parlamentares, jovens parlamentares. Ah, se vocês soubessem o poder que vocês têm. Me desculpem, parlamentares. Muitos não sabem o poder que têm. O poder de mudar o mundo e transformar o nosso Brasil", disse Bolsonaro.

O presidente afirmou que "números são importantes", pois aquecem a economia. "Mas o amor, o patriotismo, a entrega, não têm preço", acrescentou Bolsonaro, que abriu a cerimônia lendo uma passagem bíblica e chorou durante o discurso.

Embaixada

O presidente voltou a sugerir que deseja transferir a Embaixada do Brasil em Israel para a cidade de Jerusalém, mesmo sem citar explicitamente a medida. Veja o andamento desta e de outras promessas e projetos do governo no Monitor Bolsonaro.

"Inauguramos nosso escritório de negócios em Jerusalém. Venho conversando com líderes do mundo árabe. Estamos trabalhando para atingir nosso objetivo", afirmou. "Não basta compromisso apenas de campanha. Devemos fazê-lo de modo que todos entendam seu real objetivo. O meu é lealdade a Deus."

Desde a disputa eleitoral, Bolsonaro afirma que deseja transferir a representação diplomática do Brasil para Jerusalém, mas por ameaça de boicote do mundo árabe, o governo apenas abriu um pequeno escritório de negócios na cidade.

O evento foi marcado por orações que atribuíram a Deus a vitória eleitoral de Bolsonaro e ações do governo - e foi encerrado com uma oração pela saúde do presidente.

Irmão do ministro da Educação, Abraham Weintraub, o assessor especial da Presidência Arthur Weintraub fez uma oração, cantou e tocou violão. Ele disse que Deus "possibilitou" que o governo Bolsonaro conseguisse a aprovação da reforma da Previdência.

Convite

Oraram líderes da Igreja Universal do Reino de Deus, Quadrangular, Sara Nossa Terra, Assembleia de Deus, entre outras instituições religiosas, além da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves. O Palácio do Planalto não informou se autoridades não evangélicas foram convidadas para participar do culto.

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Toda ajuda é bem-vinda para garantir a aprovação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para acalmar os ânimos dos feras neste segundo dia de provas, que ocorrem neste domingo (10), um grupo evangélico reuniu-se na Rua do Lazer, no Centro do Recife, para promover orações e acalmar os feras.

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"Nós abordamos eles com o intuito de trazer paz. Inclusive chegam uns bem ansiosos e saem bem tranquilos ", explica Jadiel Deodato. Ele é um dos integrantes que participa desta ação em prol dos alunos. Durante aproximadamente 30 segundos, os vestibulandos recebem as bênçãos e energia positiva dos fiéis. O tempo é curto, no entanto, a representante Izabella Lima garante que é válido. "É algo rapidinho, mas é um momento para que eles possam parar; por que eles vêm em uma correria tão grande", descreveu.

"É muito bom para acalmar. Tem que ficar tranquila, senão não adianta de nada", contou Daniele Cristina, de 18 anos. Ela pretende cursar gastronomia e deu uma pausa na tenda para comungar com o grupo. "Esse é nosso propósito, fazer com que eles parem um pouco e consigam se conectar com Deus", pontuou Jadiel ao comemorar a relação que vem mantendo dos alunos.

Neste domingo, último dia do Enem, os candidatos enfrentam 90 questões de Ciências da Natureza e matemática. A duração do Exame é de cinco horas. De acordo com a organização da prova, o gabarito oficial será divulgado no dia 13 de novembro.

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