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Quatro Unidades Básicas de Saúde em Guarulhos irão abrir neste sábado (10) para vacinação contra a febre amarela, das 8h às 16h. As UBSs são: São Rafael, Morros, Marinópolis e Soimco. Além das vacinas, os postos também atenderão pessoas tanto com consulta agendada como as que não agendaram atendimento.

Aos sábados, são atendidos consultas médicas e odontológicas, testes para detecção do HIV, sífilis e hepatites B e C, exames de prevenção do câncer do colo de útero (Papanicolau), vacina contra a febre amarela e outros tipos de vacina.

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Além disso, os postos também produzem atividades educativas em saúde, regulamentam documentos do Programa Bolsa Família e outras questões administrativas, se houver necessidade.

Veja os endereços das UBSs:

UBS São Rafael -  Rua Domingos de Abreu, 216 - Jardim Vila Galvão

UBS Morros: Rua Delmiro, 299 - Jardim dos Afonsos

UBS Marinópolis: Rua Marinópolis, 546 - Jardim Pres. Dutra

UBS Soimco: Rua Barão de Melgaço, 101 - Cidade Soimco

 

Unidades de saúde do Recife estão sem vacina da febre amarela. A informação foi confirmada pela Secretaria de Saúde do Recife e pela Secretaria Estadual de Saúde. Também há escassez da vacina em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, que chegou a ficar sem imunizante na quinta-feira (8). O Ministério da Saúde contabiliza 846 casos confirmados da doença e 260 mortes em todo o Brasil.

As vacinas chegam aos postos de saúde através do Governo de Pernambuco, que, por sua vez, recebe as doses do Ministério da Saúde. Através de nota, a Secretaria Estadual de Saúde respondeu que há um aumento na procura da vacina. De janeiro a março de 2018, Recife recebeu cerca de 27,5 mil doses da vacina contra a febre amarela. A média mensal para o município era de 2,2 mil doses.

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Em Caruaru, a vacinação é feita no Centro de Saúde Ana Rodrigues. Por volta das 10h30 desta sexta-feira (9), a unidade informou ao LeiaJá que não possuía doses. A reportagem procurou a assessoria da Secretaria de Saúde de Caruaru, que informou que a vacina acabou na última quinta-feira, mas uma remessa emergencial chegou esta manhã. Ao todo, 30 doses chegaram em Caruaru, mas foi autorizada apenas a aplicação de 15. 

A cidade do Agreste costuma enviar para o Centro de Saúde Ana Rodrigues entre 70 a 100 doses por dia. Segundo a assessoria da Secretaria de Saúde local, não é possível precisar quando as 15 doses devem acabar, devido a uma quantidade muito variável de pessoas que procuram o imunizante, podendo a remessa atual acabar nesta sexta-feira ou durar até a próxima semana - quando a cidade aguarda reposição de estoque. 

No Recife, o LeiaJá confirmou presencialmente a falta da dose na Policlínica Lessa de Andrade e no Hospital Albert Sabin, mas a prefeitura confirmou a ausência da vacina em todas as unidades de saúde da cidade. O imunizante teria parado de chegar desde a semana passada e acabado na última quarta-feira (7). O Governo do Estado alega que os outros municípios estão abastecidos.

Quem procura algum dos postos referência da capital é orientado a voltar em novo horário. Apesar disso, os profissionais reforçam que não há prazo para normalização. A secretaria estadual disse estar aguardando o envio de nova remessa do imunizante pelo Ministério da Saúde, porém também não fala em data prevista.  Recife tem dez unidades referência em febre amarela.

Dados – Até o momento, Pernambuco notificou quatro casos suspeitos para febre amarela, sendo que um foi confirmado e outros três descartados. O caso confirmado foi de um paciente infectado em São Paulo. Pernambuco não é considerado área de risco da doença.

No Brasil, os órgãos de saúde receberam 3234 suspeitas da doença. Além das 846 confirmações, ainda há 828 casos sob investigação.

Pelo menos 57 pessoas já morreram no Rio de Janeiro vítimas da febre amarela. O Estado registrou somente neste ano 135 casos da doença. O município mais afetado é Angra dos Reis, com 34 casos e 14 mortes, seguido de Teresópolis, com 17 ocorrências e sete óbitos, e Nova Friburgo, com 11 casos e quatro mortes.

Ao todo, 22 municípios do Estado já registraram casos da doença, de acordo com o último boletim da Subsecretaria de Vigilância em Saúde. Todos os registros são de febre amarela silvestre (transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes).

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A meta da secretaria é vacinar 14 milhões de pessoas no Estado. Até agora, aproximadamente 10 milhões já foram imunizadas.

A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo prorrogou até o próximo dia 16 de março a campanha de vacinação preventiva contra a febre amarela na capital paulista e em outros 53 municípios do Estado. Assim, as pessoas que ainda não se vacinaram podem procurar os postos de saúde para se protegerem contra a doença.

Nos dois primeiros meses deste ano, 6,6 milhões de pessoas foram vacinadas no estado, quase 300 contraíram a doença e 101 morreram.

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De acordo com informações do Governo do Estado, a campanha está sendo realizada com doses fracionadas da vacina e que possuem eficácia comprovada de pelo menos oito anos. O frasco convencionalmente utilizado na rede pública poderá ser subdividido em até cinco partes ou 0,1 ml da vacina.

“A vacinação é a principal forma de proteger a população contra a febre amarela. Por isso, é imprescindível que todas as pessoas que moram nos locais definidos na campanha e ainda não se imunizaram compareçam aos postos até 16 de março”, alerta a diretora de Imunização da Secretaria de Saúde do Estado, Helena Sato.

A campanha também prevê a oferta de 2,3 milhões de doses padrão, para crianças com idade entre nove meses e dois anos incompletos, pessoas que viajarão para países que exigem a vacina e gravidas residentes em áreas de risco.

Deverão consultar o médico antes de tomar a vacina, os portadores do vírus HIV positivo, pacientes com tratamento quimioterápico concluído, transportados, hemofílicos ou pessoas com doenças do sangue e de doença falciforme.

Além disto, a imunização não é indicada para grávidas que morem em locais que não são considerados áreas de risco, mulheres amamentando crianças com até 6 meses e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas. (Por Nataly Simões)

A pia de brinquedo esquecida no quintal tem tudo o que o mosquito precisa: um recipiente com água parada, limpa e protegida do sol, à sombra de uma pitangueira. Um verdadeiro spa para as larvas de Aedes aegypti que se multiplicam ali. Duas crianças brincam na varanda, e apenas um quarteirão acima estão as florestas da Serra da Cantareira e do Horto Florestal, que teve sua população de macacos dizimada pela febre amarela no ano passado.

Se um dia a doença voltar a se disseminar por ambientes urbanos, é num cenário como esse que a invasão deve começar. Uma espécie de zona mista, onde a selva de concreto paulistana, infestada de mosquitos Aedes aegypti, se mescla com as florestas úmidas da Mata Atlântica, lar dos mosquitos Haemagogus e Sabethes, vetores da febre amarela silvestre.

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A bióloga Rafaella Ioshino, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), coleta dezenas de larvas e ovos de mosquito da pia de brinquedo. A aparência dos ovos e a maneira como as larvas se amontoam no tubo de ensaio são típicas do Aedes. "Elas não gostam de luz, por isso se aglomeram no fundo do tubo para criar um ambiente mais escuro."

Enquanto isso, nos fundos da casa, a coach Priscila Martos, de 33 anos, debruça-se sobre a pia da cozinha. Está abatida pela perda da mãe, Sandra, que morreu de febre amarela há pouco mais de um mês. Ela tinha 55 anos, e não estava vacinada. A família toda havia optado por não se imunizar, temendo possíveis reações adversas da vacina. "A gente busca fazer as coisas de uma forma mais natural", justifica Priscila.

Só depois que sua mãe adoeceu é que a família resolveu se vacinar. "Acabamos tomando por medo mesmo", diz o marido, Alexandre dos Santos. "Foi por milagre que (o vírus) não pegou mais ninguém por aqui.

A visita dos pesquisadores faz parte de uma investigação científica, para certificar que o vírus da febre amarela não está mesmo circulando entre os mosquitos nem entre as pessoas de áreas de risco como essa, na zona norte de São Paulo.

Como muitos casos de febre amarela são assintomáticos, existe a possibilidade de que a transmissão urbana da doença - quando o vírus é passado de pessoa a pessoa pelo Aedes aegypti - tenha ocorrido (ou esteja ocorrendo) de forma pontual nessas regiões, sem ser percebida. Nesse caso, uma detecção precoce seria essencial para a tomada de ações preventivas de saúde pública.

O plano é coletar mosquitos, larvas e, quando possível, amostras de sangue e urina de moradores que não tenham sido vacinados, para saber se estão carregando o vírus.

Zona de risco

A zona norte de São Paulo foi a mais afetada pelo surto de febre amarela que se espalhou pela região metropolitana desde o ano passado. O Horto Florestal chegou a ficar três meses fechado, depois que macacos mortos foram encontrados no parque, em outubro.

Desde então, a maior parte da população local foi vacinada, reduzindo drasticamente o risco de disseminação da doença. Ainda assim, a pesquisa poderá revelar se o vírus continua circulando na região.

Os cientistas capturam os mosquitos com uma espécie de aspirador de pó portátil, que eles passam pelos cantos da casa, embaixo das mesas, dentro de armários e outros lugares escuros onde os insetos se escondem durante o dia. Os mosquitos ficam presos numa redinha, e depois são transferidos para tubinhos plásticos.

"Pega tudo mesmo, e manda eles para o inferno", diz a aposentada Florinda de Jesus Souza, de 77 anos, moradora do bairro há quatro décadas. "É uma coisa terrível, um bicho tão pequeno matar uma pessoa."

Na casa da família Martos, os pesquisadores encontram dois mosquitos Aedes aegypti adultos. As larvas coletados no quintal podem ser de Aedes aegypti ou Aedes albopictus, uma outra espécie, típica de ambientes silvestres, mas que também circula por regiões periurbanas, e também pode transportar o vírus da febre amarela, segundo uma pesquisa recente do Instituto Evandro Chagas, no Pará.

Na maioria das casas visitadas, os resultados foram positivos, com moradores vacinados e atentos à eliminação de criadouros. Mas o mosquito é astuto, altamente resiliente, e aproveita qualquer brecha para se reproduzir.

Escondido

Em um bar da região, o dono Samuel Viana conta que não pôde se vacinar por causa de um problema nos rins. Como alternativa, caprichou no inseticida e no repelente, para manter o Aedes aegypti afastado.

Parece ter funcionado. Os pesquisadores não encontram nenhum mosquito dentro do bar. No topo da casa, porém, o olho treinado de um cientista encontra um ninho fervilhando de larvas, dentro de um buraco escuro de cano no chão da laje.

A presença de muitas larvas e poucos mosquitos é exatamente o que Rafaella esperava encontrar, considerando as condições meteorológicas da semana. "Tivemos alguns dias de frio, seguidos de chuva, e agora muito calor", explica ela, torrando sob o sol na laje, enquanto a enfermeira Maria Manoela Rodrigues, da Faculdade de Medicina de Jundiaí (uma das instituições parceiras do projeto), colhia sangue de Viana no andar de baixo.

Todas as larvas, ovos e mosquitos serão analisados para saber de que tipo são e se levam algum vírus dentro deles - seja de febre amarela, dengue, zika ou chikungunya. "Queremos determinar quais espécies estão infectadas e com o quê", diz a pesquisadora Margareth Capurro, do ICB-USP, uma das coordenadoras da pesquisa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com 723 casos e 237 mortes por febre amarela confirmadas, o País já vive um surto pior do que o anterior. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (1º) o número de registros entre 1º de julho de 2017 e 28 de fevereiro deste ano já supera em 25% o do mesmo período de 2016/2017, quando foram confirmados 576 casos e 184 óbitos.

De acordo com o ministério, a alta se explica pelo fato de o surto atingir, neste ano, regiões metropolitanas com maior contingente populacional e algumas áreas que não tinham recomendação de vacina. Hoje, o vírus circula por locais que reúnem cerca de 32,3 milhões de pessoas. Já entre 2016 e 2017, a doença se espalhou por regiões com 8 milhões de habitantes.

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O fenômeno explicaria o fato de, embora o número de casos ter crescido, a incidência da doença ser menor do que a do surto anterior. A taxa no período de monitoramento 2017/2018 é de 2,2 casos por 100 mil habitantes. Já na sazonalidade passada, 2016/2017, o mesmo índice foi de 7,1 por 100 mil.

Minas Gerais segue sendo o Estado mais afetado pela doença, com 314 casos e 103 mortes. São Paulo aparece em segundo lugar na lista dos mais afetados, com 307 infecções confirmadas e 95 óbitos. Registraram casos também Rio de Janeiro, Espírito Santo e Distrito Federal.

Diante do avanço da doença, o ministério alertou para a campanha de vacinação em curso em São Paulo, Rio e Bahia, onde apenas 23,2% do público-alvo se imunizou, o equivalente a 5,5 milhões de pessoas. A meta é vacinar mais de 20 milhões.

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro confirmou nessa quarta-feira (28) novas mortes por febre amarela no estado. O Rio já soma 47 mortes e 103 casos confirmados da doença, em 21 municípios de várias regiões.

O maior número de mortes foi registrado em Angra dos Reis, que soma 11, de um total de 21 casos. Em Teresópolis e Valença, foram seis mortes em cada município. Em Nova Friburgo e Cantagalo, foram três mortes (cada).

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Quatro municípios registraram duas mortes: Rio das Flores, Sumidouro, Engenheiro Paulo de Frontin e Trajano de Moraes. Também tiveram mortes as cidades de Miguel Pereira, Duas Barras, Vassouras, Paraíba do Sul, Carmo, Maricá, Mangaratiba, Piraí, Cachoeiras de Macacu e Rio Claro. Em dois lugares houve casos registrados, mas não mortes: Petrópolis e Paty do Alferes.

A Secretaria de Saúde ainda confirmou mortes de macacos com febre amarela nos municípios de Niterói, Barra Mansa, Angra, Valença, Miguel Pereira, Volta Redonda, Duas Barras, Paraty, Engenheiro Paulo de Frontin, Araruama e Seropédica. A Secretaria ressalta que os macacos não são responsáveis pela transmissão da febre amarela. A doença é transmitida por meio da picada de mosquitos.

As pessoas que vão a zonas onde circula o vírus da febre amarela devem se vacinar antes de viajar, lembrou a OPS nesta sexta-feira (23), depois da morte de dois turistas no Brasil, epicentro do surto que afeta a América do Sul.

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPS), escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas, reiterou sua recomendação de que os viajantes internacionais devem se vacinar contra a febre amarela ao menos 10 dias antes de visitar zonas onde o vírus circula.

Além do Brasil, origem da maioria dos doentes de febre amarela confirmados na região, outros seis países e territórios sul-americanos notificaram casos nos últimos dois anos: Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Peru e Suriname.

"A ocorrência de casos confirmados de febre amarela em viajantes não vacinados mostra a necessidade de que os países reforcem a difusão destas recomendações para os viajantes internacionais", indicou em um comunicado.

"Os viajantes devem tomar medidas para evitar as picadas de mosquitos e buscar atendimento médico se sentirem doentes durante sua viagem ou ao voltar", acrescentou.

Em particular, a OMS aconselha a vacinação contra a febre amarela para os que visitem 21 estados do Brasil, entre eles Rio de Janeiro e São Paulo.

Autoridades brasileiras informaram na quinta-feira que dois jovens chilenos que passaram alguns dias na Ilha Grande, no Rio de Janeiro, faleceram pelo surto de febre amarela.

O Brasil enfrenta o segundo surto anual consecutivo de febre amarela, em ambos os casos concentrado em três estados do sudeste: Minas Gerais, São Paulo e Rio.

A febre amarela é uma doença hemorrágica viral aguda que pode levar à morte. Provoca febre, calafrios, fadiga, dores de cabeça e musculares, geralmente associados com náuseas e vômitos. Os casos graves provocam insuficiência renal e hepática, icterícia e hemorragia.

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) realizará neste sábado (24), o 'Dia D' na capital baiana para mobilizar as pessoas a se vacinarem contra a Febre Amarela. Para facilitar o acesso à imunização, além das unidades de saúde, mais 57 pontos serão instalados em áreas com grande circulação de pessoas como hipermercados e shoppings. A ação é a partir das 8h às 17h e tem o objetivo de ampliar a cobertura da imunização em Salvador.

Além da capital, mais 8 municípios no interior do estado também farão a ação do 'Dia D'. A campanha vai até 9 de março e 1,2 milhão de soteropolitanos ainda não se vacinaram contra a doença. A dose fracionada será administrada em pessoas entre 2 e 59 anos que nunca foram imunizadas contra a Febre Amarela.

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De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina é contraindicada para crianças menores de 6 meses, idosos acima de 60 anos, mulheres que amamentam crianças até 6 meses, gestantes, pacientes que em tratamentos de câncer e pessoas imunodeprimidas. Em todos estes casos, a orientação é de que pessoas nesses casos procurem um procurem um médico para avaliar o benefício e o risco de vacinação.

Macacos capturados

Desde o início de 2018 até essa quarta-feira (21), 107 macacos já foram capturados em Salvador para fazer exames laboratoriais de detecção da febre amarela. Os materiais coletados foram encaminhados para o Laboratório da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.

Os primeiros dez materiais analisados descartaram a presença do vírus da febre amarela, as outras 97 amostras seguem sob análise. Em 2017, 13 macacos foram confirmados com febre amarela na capital.


De acordo com a Secretaria de Saúde de Guarulhos, sobram doses fracionadas da vacina contra febre amarela e todos os postos de saúde têm aplicação disponível sem filas e sem agendamentos.

Segundo a secretária adjunta de Saúde, Graciane Dias Figueiredo Mechenas, sete pessoas morreram no município por conta da doença – contaminadas fora de Guarulhos – e um caso de contágio foi confirmado nesta semana, na região do Primavera. Mechenas diz que 740 mil pessoas já foram imunizadas na cidade e que a meta da prefeitura é de atingir 1 milhão. “É uma doença imunoprevinível, então devemos viabilizar a vacinação em massa”, disse.

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A vacina é aplicada gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Guarulhos. Para consultar os endereços, acesse: www.guarulhos.sp.gov.br/pagina/ubs .

Vacinação no final de semana

Neste sábado (24) algumas UBSs estarão abertas para vacinar a população. São elas: Cavadas, Recreio São Jorge, Presidente Dutra, Pimentas e Nova Bonsucesso.

O horário de funcionamento será das 8h às 16 h. A iniciativa deve beneficiar as pessoas que não conseguem ir ao posto de saúde durante o horário de trabalho.

Um sagui foi encontrado morto, na quinta-feira (22), em uma residência em Caruaru, Agreste de Pernambuco, deixando os moradores do local preocupados com o risco da febre amarela. A Secretaria de Saúde de Caruaru respondeu: “[o sagui] estava em estado de decomposição e, praticamente, não existe nenhuma possibilidade de transmitir a febre amarela, pois no local não existe mata, impossibilitando o aparecimento dos mosquitos que transmitem a forma silvestre”.

Ainda de acordo com a pasta, também foi observado que não há foco de Aedes aegypti na localidade. Os restos do animal foram recolhidos e encaminhados para uma empresa de descarte de lixo contaminado. 

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O macaco não transmite a febre amarela, servindo como sentinela para identificação da doença por também ser uma das vítimas. Caso as pessoas encontrem algum primata morto, devem procurar a Vigilância Sanitária. Em Caruaru, a Vigilância Sanitária funciona no número 3701-1407 ou no WhatsApp 98384-5380.  Conheça alguns mitos e tire dúvidas sobre a febre amarela no vídeo abaixo:

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Trinta e oito pessoas já morreram acometidas por febre amarela no Estado do Rio de Janeiro em 2018, segundo boletim divulgado nesta quinta-feira (22) pela secretaria estadual de Saúde. O número de casos chegou a 85. Em relação ao balanço anterior, apresentado pela pasta na véspera, foram confirmadas mais uma morte e três casos.

A morte mais recente ocorreu em Piraí, município que até esta quinta-feira não constava da lista de locais onde houve infectados. Os três novos casos foram confirmados em Piraí, Angra dos Reis e Paty do Alferes.

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Dezoito municípios do Estado do Rio registram pelo menos um caso de febre amarela. O município com mais casos continua sendo Valença (18, com seis mortes), seguido por Angra dos Reis (15 casos e nove mortes), Teresópolis (12 casos e seis mortes), Nova Friburgo (7 casos e três mortes), Sumidouro (6 casos e duas mortes), Cantagalo (5 casos e três mortes), Duas Barras (5 casos), Rio das Flores (3 casos e duas mortes), Carmo, Maricá e Vassouras (2 casos e uma morte em cada município), Paty do Alferes (2 casos), Engenheiro Paulo de Frontin, Miguel Pereira, Paraíba do Sul, Piraí (1 caso e uma morte em cada), Petrópolis e Mangaratiba (1 caso em cada).

O Estado registra dez casos de macacos mortos pela febre amarela: em Niterói, Angra dos Reis, Barra Mansa, Valença, Miguel Pereira, Volta Redonda, Duas Barras, Paraty, Engenheiro Paulo de Frontin e Araruama.

O Brasil registrou neste ano 541 casos de febre amarela, com 163 mortes. O maior número de notificações está em Minas Gerais, Estado que há dez anos foi incluído na região de recomendação de vacina, mas, apesar disso, ainda apresenta uma grande parte da população desprotegida contra a doença.

Cidades mineiras contabilizaram 264 ocorrências, com 77 óbitos. Em seguida está São Paulo, com 208 casos e 57 mortes. Já o Rio de Janeiro tem 72 pacientes com a infecção confirmada e 29 mortes.

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Apesar do avanço da doença, ainda é baixa a adesão da população às campanhas de vacinação. Dados preliminares mostram que apenas 25,2% do público alvo foi imunizado em Rio e São Paulo, Estados que iniciaram dia 25 um esforço para vacinar população em áreas consideradas vulneráveis à doença.

A Bahia iniciou a campanha em oito municípios nesta segunda-feira, 19. A recomendação é de que os três Estados mantenham a campanha até que a cobertura ideal seja atingida.

A Prefeitura de São Paulo prorrogou a segunda etapa da campanha de vacinação contra febre amarela até o dia 2 de março. Apenas 43% dos moradores dos 23 distritos que fazem parte da campanha se vacinaram contra a doença. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Subsecretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Rio de Janeiro informou nessa segunda-feira (19) que, desde janeiro deste ano, foram registrados 74 casos de febre amarela silvestre em humanos, com 33 mortes.

O maior número de casos ocorreu em Valença, no centro-sul do estado: 17, com seis mortes. Angra dos Reis, na Costa Verde, registra 12 casos, sendo sete óbitos. Teresópolis e Nova Friburgo, na região serrana, têm nove e sete casos, respectivamente, com cinco e três óbitos.

Ainda na região serrana fluminense, Sumidouro apresenta seis casos, com duas mortes, e Cantagalo, cinco casos, com três óbitos. Outros municípios em que foram registrados casos de febre amarela são Petrópolis (um caso); Miguel Pereira (um caso e um óbito); Duas Barras (quatro casos); Rio das Flores (três casos e duas mortes); Vassouras (um caso); Paraíba do Sul (um caso e um óbito); Carmo (dois casos, uma morte); Maricá ( dois casos, um óbito); Paty do Alferes (um caso); Engenheiro Paulo de Frontin (um caso, um óbito); Mangaratiba (um caso).

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O boletim epidemiológico revela que foram confirmados 10 casos de febre amarela em macacos, nas cidades de Niterói, Angra dos Reis (na Ilha Grande), Barra Mansa, Valença, Miguel Pereira, Volta Redonda, Duas Barras, Paraty, Engenheiro Paulo de Frontin e Araruama.

A Secretaria de Estado de Saúde ressaltou, mais uma vez, que os macacos não transmitem febre amarela. A doença é transmitida pela picada de mosquitos. A recomendação para a população é que, se encontrar macacos mortos ou doentes, que mostrem comportamento anormal, estejam afastados do grupo ou com movimentos lentos, informe o mais depressa possível às secretarias de Saúde do município ou do estado do Rio de Janeiro.

De acordo com a secretaria, as pessoas que ainda não se vacinaram devem buscar um posto de saúde próximo de casa para serem imunizadas.

O boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde leva em consideração o Local de Provável Infecção (LPI).

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo irá prorrogar, até o dia 2 de março, a campanha de vacinação contra a febre amarela. De acordo com a pasta, cerca de 5,8 milhões de pessoas ainda precisam de vacinar.

Segundo balanço preliminar do último sábado (17), 3.423.748 pessoas foram vacinadas desde o dia 25. Desse total, 3.287.621 cidadãos receberam a dose fracionada e 136.127 foram imunizadas com a dose inteira.

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Os municípios e distritos com a maior demanda do estado de São Paulo foram definidos por critérios epidemiológicos após análises técnicas e de campo feitas pelo Centro de Vigilância Epidemiológica/Divisão de Zoonoses (CVE) e pela Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) em locais de concentração de mata. A região que apresenta o menor número de pessoas já vacinadas é a Baixada Santista, com 23,1%. O Grande ABC tem 36% e a capital atingiu 46,2%, imunizando mais de 1,5 milhões dos 3,3 milhões de moradores dos distritos definidos na campanha.

Além do avanço do carnaval de rua, que manteve parte dos paulistanos na cidade durante o feriado, outro elemento que afetou a saída de quem vive na capital foi o aumento nos casos de febre amarela, que afastou os turistas das regiões de matas do interior de São Paulo.

Destinos badalados, como os hotéis-fazendas, pousadas e resorts das regiões de Atibaia, Bragança Paulista e São Roque, por exemplo, passaram a ser menos procurados pelos visitantes depois do registro da morte de macacos pelo vírus e casos da doença em humanos.

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Em Mairiporã, na Grande São Paulo, onde 28 pessoas já morreram e ainda há casos em investigação, a queda no turismo chegou a 50% e o prefeito Antonio Ayacida (PSDB) chegou a fazer um apelo aos turistas nas redes sociais para que "tomem a vacina e voltem a visitar a cidade".

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis São Paulo (Abih-SP), Bruno Hided Omori, fala em "queda pontual" e destaca que - ao contrário do que ocorreu com a zika - pelo menos o fluxo internacional não foi afetado. "Com a febre amarela há vacinação disponível na maioria dos países", afirmou. Mas ele lamenta que o imunizante não tenha sido oferecido mais rapidamente para toda a população.

E a perda de hóspedes não se limita ao Estado de São Paulo. A morte de uma pessoa com o vírus, no dia 10, em Ilha Grande, Angra dos Reis (no Rio), também afastou os turistas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O medo da febre amarela desatou nas últimas semanas no Rio de Janeiro um massacre de macacos, considerados equivocadamente vetores do vírus, apesar de estes serem a melhor defesa contra a doença, advertem autoridades.

Desde o início do ano, 238 macacos apareceram mortos no estado, contra 602 em todo o ano passado, informaram os serviços sanitários da cidade do Rio.

Sessenta e nove por cento apresentavam sinais de agressão, a maioria de espancamento ou envenenamento. O restante morreu devido a doenças diversas, que são investigadas neste laboratório aonde chegam os macacos encontrados mortos no estado do Rio para avaliar a possível presença de vírus como o da febre amarela.

Após o último surto desta doença, que causou a morte de 25 pessoas neste estado desde o começo do ano, a população começou a procurar em massa vacinas em falta, mas alguns decidiram agir contra os macacos, em uma cidade entrelaçada com a floresta tropical.

"As pessoas precisam saber que quem transmite o vírus da febre amarela é o mosquito. O macaco é uma vítima, como o ser humano. Se o macaco não estiver no ambiente, o mosquito vai buscar o homem para se alimentar", explica à AFP Fabiana Lucena, chefe da Unidade de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman, perto do centro do Rio.

Em sua mesa de trabalho, alinham-se os corpos de uma dezena de pequenos primatas que devem ser submetidos a necropsia.

"Este apresenta múltiplas fraturas na mandíbula, na coluna, assim como diversas fraturas em ossos do crânio", explica, enquanto apalpa delicadamente a cabeça do animal.

Os corpos dos macacos que chegam ao laboratório foram encontrados em vias públicas, alguns no meio da cidade.

A prefeitura habilitou um número de telefone para que a população aponte o aparecimento de carcaças, a fim de que os serviços sanitários possam retirá-las.

"Quando foram anunciadas as primeiras mortes [de humanos] relacionadas com a febre amarela este ano, em meados de janeiro, havia dias em que recebíamos uns vinte macacos mortos, dos quais 18 com sinais de agressão", conta a veterinária.

- Sentinelas -

No laboratório, os macacos são submetidos a uma necropsia e, em alguns casos, fragmentos de órgãos são enviados à Fundação Oswaldo Cruz, renomado centro de epidemiologia, para identificar eventuais casos de doenças como a febre amarela.

As carcaças são incineradas em um crematório nas mesmas instalações dos serviços sanitários.

"Os macacos servem de sentinelas, nos mostram onde o vírus está", insiste Fabiana Lucena.

"Para poder fazer uma campanha de vacinação mais intensa nas áreas onde estão ocorrendo mortes de macacos por febre amarela. A partir do momento que o ser humano interfere nisso, isso dificulta a rastreabilidade do vírus", conclui.

Também foram identificados massacres destes animais em outras regiões do Brasil, especialmente nos estados vizinhos de São Paulo e Minas Gerais, onde foi registrado o maior número de casos de febre amarela.

Em São Paulo, uma equipe de biólogos que trabalha em um parque da cidade lançou nas redes a campanha #Freemacaco, depois de ter recolhido dois filhotes que ficaram órfãos após a morte da mãe, assassinada a pancadas.

Em escala nacional, 98 pessoas morreram e 353 contraíram a febre amarela no período que vai de 1º de julho a 6 de fevereiro, segundo o último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde.

A febre amarela no Brasil se apresenta na modalidade de ciclo rural e está restrita a áreas de floresta, consideradas prioritárias para efeitos de imunização.

A modalidade urbana ocorre quando um mosquito transmite o vírus de uma pessoa contaminada a outra saudável. Mas não há registros deste ciclo no Brasil desde 1942 e as autoridades negam indícios de uma urbanização da doença.

A febre amarela causa febre, calafrios, fadiga, dor de cabeça e muscular, geralmente associados a náuseas e vômitos. Os casos severos causam insuficiência renal e hepática, icterícia e hemorragia.

Vinte e cinco pessoas já morreram acometidas por febre amarela no Estado do Rio de Janeiro em 2018, segundo boletim divulgado nesta quinta-feira (8), pela Secretaria Estadual de Saúde. O número de casos chegou a 55. Em relação ao balanço anterior, de quarta-feira (7) foram confirmadas mais duas mortes e cinco casos.

As mortes aconteceram em Angra dos Reis e Engenheiro Paulo de Frontin, e as novas ocorrências, em Angra dos Reis (3), Engenheiro Paulo de Frontin e Mangaratiba.

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Dezessete municípios do Estado do Rio registram pelo menos um caso de febre amarela.

O município com mais casos continua sendo Valença (16, com seis mortes), seguido por Teresópolis (sete casos e quatro óbitos), Nova Friburgo (seis casos e três mortes), Sumidouro (cinco casos e duas mortes), Angra dos Reis (quatro casos e duas mortes), Cantagalo (três casos e duas mortes), Rio das Flores (dois casos e duas mortes), Carmo (dois casos e uma morte) e Duas Barras (dois casos), Engenheiro Paulo de Frontin, Miguel Pereira e Paraíba do Sul (um caso e uma morte em cada), Petrópolis, Vassouras, Maricá e Paty do Alferes (um caso em cada).

O Estado registrou ainda cinco casos de macacos mortos pela febre amarela: em Niterói, Angra dos Reis, Barra Mansa, Valença e Miguel Pereira.

A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, afirma que o País enfrenta um dos piores surtos de febre amarela das últimas décadas. Os números apresentados atualmente só perdem para 2017, ano em que a doença foi confirmada em 777 pacientes. "Trata-se do mesmo surto. Uma onda que teve início em 2016", explicou.

A Sociedade Brasileira de Imunizações é uma entidade científica criada em 1998 para agregar profissionais de diferentes especialidades interessados no tema.

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Para ela, o avanço de casos de febre amarela no País, mesmo depois do início da campanha de vacinação nas cidades de São Paulo e Rio consideradas de maior risco para a doença, não surpreende. "Temos de considerar que os casos agora incluídos nos boletins não ocorreram nesta semana. Há sempre um atraso entre a infecção, a confirmação da febre amarela e notificação para os registros oficiais", observou.

Esse descompasso, avalia Isabella, acentua-se ainda mais em situações de surto. "Os sistemas estão sobrecarregados. Médicos, diante da suspeita da doença, também notificam muito mais e é bom que seja assim". A expectativa de especialistas é de que, dentro dos próximos dias e com a melhoria da cobertura vacinal, a velocidade do avanço da doença comece a diminuir.

Isabella, contudo, alerta que dois problemas graves ainda estão ocorrendo. "Pessoas com indicação da vacina não estão se vacinando e aqueles com contraindicações, insistem em se imunizar. Seja integral ou fracionada, a vacina é eficaz e segura. Mas tem contraindicações, que devem ser observadas", disse.

É o caso de idosos. Eles somente devem ser vacinados em áreas onde há circulação de vírus. Mulheres que estão amamentando bebês menores de seis meses e vivem em área de risco, por sua vez, devem consultar o pediatra.

"O ideal é que elas tomem a vacina e, durante dez dias, interrompam o aleitamento, porque a vacina não é indicada para menores de seis meses. Passados esses dias, elas podem retomar a amamentação", explicou. Para mulheres que amamentam bebês acima dos seis meses, a vacina está liberada, desde que não haja nenhuma outra contraindicação associada. O efeito protetor da vacina surge a partir do décimo dia depois da aplicação.

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