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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 29, que será constituído um grupo de trabalho para consolidar a dívida da Venezuela frente ao Brasil e que, a partir desses cálculos, será aplicada uma reprogramação do pagamento.

"Vai se constituir grupo de trabalho para consolidar a dívida da Venezuela frente ao Brasil e a partir dessa consolidação dos números reprogramar o pagamento. É disso que a Fazenda foi tratar", afirmou Haddad a jornalistas ao chegar no Ministério da Fazenda, pra onde retornou após encontrar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no Palácio do Planalto, junto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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O ministro da Fazenda ainda destacou que questões relativas o intercâmbio comercial serão tratadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, enquanto o Ministério de Minas e Energia tratará dos assuntos relativos ao setor energético e o país venezuelano.

"Intercâmbio comercial é Mdic que cuida, estou cuidando aqui da questão do Tesouro. O MME vai cuidar da questão da energia elétrica para Roraima, mas o que me diz respeito a encomenda a essa, consolidação da dívida e reprogramação", disse.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que a "mini crise" causada pela iniciativa do governo em taxar compras internacionais levou mais empresas estrangeiras, como os e-commerces Shein, Aliexpress e Shopee, a aderir ao plano de conformidade da Receita Federal, para atuar segundo as leis brasileiras.

O ministro admitiu que o governo pode rever a alíquota do imposto de importação, hoje em 60%, que incide sobre o chamado valor aduaneiro: a soma do preço da mercadoria, do frete e de seguro, se houver.

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"Não dá mais para cobrar uma alíquota de 60% (de imposto de importação)? Talvez não dê mais, tem de repactuar", disse.

Para ele, a discussão agora precisa ser ampliada e abarcar os Estados, o varejo e marketplaces, e incluir debate sobre as alíquotas adequadas para garantir concorrência leal no varejo.

"Não podemos colocar o varejo brasileiro em risco por práticas desleais das empresas estrangeiras", disse Haddad em entrevista à GloboNews, lembrando que o setor é grande gerador de empregos - e negando que o governo desautorizou a Fazenda na ação.

O ministro ponderou que a Receita Federal ainda precisa definir com os Estados, que estão cobrando ICMS de maneira desorganizada, uma saída tributária, e que deve ser feita uma provocação no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para elaboração de convênios com a União.

Além disso, para promover uma concorrência leal entre empresas nacionais e estrangeiras, o governo está estudando quais condições isonômicas pode proporcionar para os marketplaces.

O próprio papel dos Correios, que é porta de entrada das encomendas, será analisado para ver como a estatal pode colaborar para impedir ilegalidades.

"Se eu não quiser assumir riscos, não serei ministro da Fazenda. Vou enfrentar todos os problemas que passarem debaixo do meu nariz, inclusive este", disse Haddad, criticando antecessores que não tomaram providências sobre o tema.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou o compromisso de apoiar a reindustrialização do País durante participação em evento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que celebrou o Dia da Indústria.

"Queremos apoiar a indústria, sabemos o papel da indústria no desenvolvimento", declarou Haddad em discurso no encerramento do evento, que também contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice Geraldo Alckmin.

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Dirigindo-se ao presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, o ministro assinalou que o plano apresentado pela entidade para adensar o setor industrial também é o plano de governo.

Na mesma linha, Alckmin disse que fortalecer o setor é "fundamental", já que a indústria paga os melhores salários e agrega valor aos produtos nacionais. O vice-presidente, que também é ministro da Indústria, salientou aos empresários da indústria paulista que a Lei de Garantias pode derrubar custo do crédito, agradecendo, nesse ponto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, por ter designado um relator ao projeto.

Arcabouço fiscal

O ministro Fernando Haddad também fez na Fiesp comentários sobre a aprovação com folga na Câmara do novo marco fiscal. Em relação à votação na noite de terça-feira, o titular da Fazenda fez um afago ao presidente da Câmara, Arthur Lira, pela "liderança" na aprovação da regra substituta do teto de gastos. Segundo ele, o marco fiscal garante reposição de 100% de verbas da educação desviadas para outros fins.

Em mais um apelo pela harmonização nas políticas fiscal e monetária, Haddad citou também a "exigência" de seu ministério e o Banco Central (BC) andarem "de mãos dadas" para o Brasil voltar a crescer.

 

Contatos: eduardo.laguna@estadao.com; cicero.cotrim@estadao.com; francisco.assis@estadao.com

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que vai conversar com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta-feira, 24, sobre as medidas que estão sendo estudadas para impulsionar o setor automobilístico no País. O governo tem criticado o alto preço dos carros populares atualmente.

Lula e Haddad têm reunião marcada para às 11h30. "O presidente voltou e quer saber do estado da arte das discussões com o MDIC [Ministério do Desenvolvimento. Indústria, Comércio e Serviços]. Vamos apresentar os números."

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O ministro, porém, disse que não sabe se as medidas já poderão ser anunciadas na quinta-feira e que há várias possibilidades sendo discutidas, mas algumas delas só poderiam ser implementadas no ano que vem devido a regras fiscais.

Ele não detalhou quais seriam. Há uma expectativa de que alguma medida seja anunciada em evento na Fiesp na quinta, com a presença de Lula.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira, 19, na abertura de um evento organizado pelo Banco Central (BC), que a relação entre o governo e a autoridade monetária ainda está sendo construída, já que esta é a primeira vez que um presidente inicia o mandato com o BC independente.

"Penso que estamos fazendo gestos importantes para criar uma nova institucionalidade no Brasil", disse Haddad, no evento "High Level Seminar on Central Banking: Past and Present Challenges", em São Paulo.

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Ele defendeu a "harmonização" das políticas fiscal e monetária para chegar a um crescimento robusto no País.

No início do discurso, o ministro da Fazenda destacou que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, tem mandato fixo de quatro anos até o fim de 2024.

Ele também destacou a presença, no encontro, do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, indicado para a diretoria de Política Monetária da autarquia.

Segundo Haddad, o Senado em breve vai avaliar o nome de Galípolo em audiência.

Após derrotas do governo no Congresso, como no decreto do marco do saneamento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, agradeceu aos deputados pela votação "expressiva" da urgência do arcabouço fiscal na quarta-feira, 17, na Câmara, especialmente o relator do projeto, deputado Claudio Cajado (PP-BA). Segundo o ministro, o governo vai "lutar" para superar o mínimo de aprovação demandado por um projeto constitucional, de 308 votos na Câmara e 49 no Senado, embora o arcabouço seja um projeto de lei complementar.

"É para dar garantia da vontade do Congresso de alterar a norma", disse o ministro da Fazenda. "Queria manifestar o agradecimento do Ministério da Fazenda e do governo federal em relação aos deputados que aprovaram urgência de um tema muito caro para nós. E agradecer ao relator, deputado Cajado, que foi muito habilidoso em construir votação expressiva na Câmara dos Deputados."

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Haddad ainda afirmou que ligou para Cajado no período da manhã para agradecer a ele e reafirmou as projeções do governo de que as despesas devem crescer em 2024 menos de 50% do incremento das receitas.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, rebateu críticas sobre limitação feitas por deputados ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem considerou uma pessoa limitada. Ele também criticou a atuação do ex-presidente ao longo da pandemia da covid-19. As declarações geraram burburinho no plenário e bate-boca entre os deputados.

"Deputado Evair (Vieira de Melo, do PP-ES), o seu conceito de limitação é diferente do meu. O senhor acha o Bolsonaro uma pessoa pouco limitada, eu acho ele a pessoa mais limitada que já vi na minha vida", disse o ministro. Após essa fala, a polêmica imperou entre os parlamentares.

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Haddad disse, então, que a atuação de Bolsonaro durante a pandemia foi ruim, citando que o Brasil tem 2,7% da população mundial e Bolsonaro foi responsável por 11% das mortes por covid.

"Os correligionários do ex-presidente deveriam se limitar ao debate e não falar sobre limitação. Ofensa pessoal não é uma coisa que vai nos levar a lugar nenhum. Tratei todos com respeito e espero ser tratado com respeito", afirmou.

O ministro participa nesta quarta-feira de sessão conjunta de comissões da Câmara dos Deputados.

Organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Feira Nacional da Reforma Agrária expõe a relação de proximidade entre governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o movimento. Ministros e o vice-presidente Geraldo Alckmin viraram estrelas do evento, que começou nesta sexta-feira, 12, Parque da Água Branca, região oeste de São Paulo. Desde o início deste ano, o grupo intensificou as invasões de terra para pressionar o governo federal e levou a uma série de constrangimentos à gestão petista.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, virou garoto-propaganda de uma marca de fubá. "Tenho orgulho de ter participado da campanha publicitária destes produtos", afirmou ele, que não compareceu ao evento, mas, em rede social, elogiou os produtos feitos pelos sem terra.

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Geraldo Alckmin chegou por volta do meio-dia na feira. Bem-recebido pelo publico, o vice-presidente tirou fotos com simpatizantes e andou no meio do público. Um dois apoiadores entoou um grito muito usado nas campanhas petistas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Alckmin, guerreiro do povo brasileiro." O canto, contudo, não foi acompanhado pelos demais apoiadores, e o vice-presidente continuou a visita.

Também presente no evento, o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Paulo Teixeira, disse que a pasta está com um plano emergencial para retornar com assentamentos a partir do mês de maio. "Serão novos assentamentos em áreas que o Incra (Instituto Nacional de Reforma Agrária) já possui", afirmou durante a Feira da Reforma Agrária, em São Paulo.

O ministro disse que será fornecido crédito para a instalação destes assentamentos, além de assistência técnica para o início da produção nos locais. Ele afirmou ainda que as ações do Abril Vermelho, em que MST organizou ocupações, foi totalmente superado pelo governo. "Pedimos que os grupos se retirassem das terras da Embrapa e da Suzano e eles se retiraram", disse. O governo ainda abriu uma mesa de negociação entre o movimento e a Suzano, de acordo com Teixeira.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu ajuda à secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, no socorro à Argentina. Em reunião bilateral em Niigata, no Japão, na véspera do G-7 Financeiro, Haddad disse à contraparte americana que se trata de uma questão humanitária. Ele ainda destacou que a união entre Brasil e Estados Unidos nesse tema seria um facilitador para as negociações.

"Estamos muito preocupados com o que está acontecendo com a nossa vizinha Argentina. E uma das coisas que me traz ao G-7, por recomendação do presidente Lula, é sensibilizar o G-7 e o G-20 para as condições específicas da Argentina nesse momento. Nós trazemos essa preocupação por uma questão humanitária bastante evidente", declarou o ministro da Fazenda a Yellen, na parte da reunião que pôde ser acompanhada pela imprensa.

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Haddad relatou à secretária do Tesouro americano a falta de divisas na Argentina "por razões históricas que vinham se acumulando" e as secas recentes, que afetaram as exportações. Também destacou que é ano eleitoral no país vizinho. "Estamos preocupados com o destino político na Argentina", afirmou o ministro a Yellen, ao citar a postura violenta de grupos de extrema-direita na América do Sul.

Após o encontro, que durou das 15h47 às 16h23, pelo horário do Japão, Haddad afirmou a jornalistas que Yellen "se surpreendeu" com o tema abordado na bilateral, a Argentina, e se comprometeu a analisar as considerações.

A intercessão brasileira em nome da economia argentina acontece semanas após o presidente da Argentina, Alberto Fernández, visitar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada. Na ocasião, o petista se comprometeu a trabalhar para convencer o Fundo Monetário Internacional (FMI) a "tirar a faca do pescoço" da Argentina. "A solução para Argentina passa pelo FMI", destacou Haddad.

Para além da identificação ideológica, o governo brasileiro quer ajudar a Argentina no campo da economia em ano eleitoral para evitar uma queda nas exportações ao país vizinho que leve ao enfraquecimento da atividade nacional. Os dois países estudam formas de financiar as exportações à Argentina, mas esbarram na garantia à política creditícia.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou na madrugada desta quarta-feira (10), pelo horário de Brasília, ao hotel em que ficará hospedado por uma noite em Tóquio. Recebido pelo embaixador do Brasil no Japão, Octávio Henrique Dias Garcia Côrtes, Haddad veio à capital japonesa para participar da cúpula do G-7 voltada a ministros de finanças e presidentes de bancos centrais.

Sem agendas públicas nesta quarta-feira, O ministro viaja cedo na quinta-feira (11) de trem a Niigata, sede do G-7 financeiro, e terá como primeira atividade um encontro com a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen.

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Haddad chegou acompanhado pela chefe da Secretaria de Assuntos Internacionais, Tatiana Rosito. Na sexta-feira (12), a comitiva brasileira se encontra com o economista Joseph Stiglitz e participa das atividades do G-7. O retorno para o Brasil está previsto para sábado, dia 13.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que a indicação de Gabriel Galípolo, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, para a diretoria de Política Monetária do Banco Central foi boa e que ele está preparado para ocupar qualquer cargo. A indicação foi oficializada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta segunda-feira, 8.

"Ele vai contribuir muito para pacificar essa pauta. Acho que já deu o que tinha que dar em matéria de politização. Ele é uma pessoa preparada, que vai ser a voz do Governo Federal, a voz também do Brasil dentro do Banco Central. Tem capacidade, tem experiência, tem diálogo e tem bom relacionamento com o presidente do Banco Central. Tem tudo para dar certo. Foi uma boa um boa escolha do ministro Fernando Haddad", disse ao chegar ao Ministério do Planejamento para reunião com vice-governadores.

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As indicações para a diretoria do BC precisam passar pelo crivo do Senado, começando pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e, em seguida, pelo plenário da Casa. Além de Galípolo, Haddad também indicou Ailton Aquino para a diretoria de fiscalização.

Como mostrou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a ida de Galípolo para o BC reforça a intenção do governo de ir mudando a autarquia por dentro, diante das divergências com a atual liderança de Roberto Campos Neto. Aquino, que já foi auditor-chefe do órgão, é bem avaliado, conhecido por posições técnicas, internamente. Caso confirmado pelo Senado, Aquino será o primeiro diretor negro do BC.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou, nesta segunda-feira (24), que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro não deve atrapalhar a agenda econômica do governo - sobretudo o arcabouço fiscal - no Congresso.

"Acredito que não, porque está tudo tão claro sobre o que aconteceu no dia 8 de janeiro. Ninguém tem dúvida sobre o que aconteceu, da tentativa de se criar no Brasil um ambiente de ruptura institucional. Não resta dúvida de que houve uma tentativa vil de comprometer a democracia brasileira", respondeu.

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A divulgação de imagens de agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) em meio a golpistas dentro do Palácio do Planalto culminou com a demissão do ministro do GSI, general Gonçalves Dias.

"Ainda que um ou outro servidor público possa ter errado na condução do processo, de boa fé, a verdade é que a má fé está toda do lado dos derrotados. E isso vai ficar transparente", completou Haddad.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, cancelou a palestra que faria a empresários nesta sexta-feira (21), no Lide Brazil Conference, em Londres, e retornou ao Brasil em meio à crise causada pelas invasões realizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) desde o último domingo (16), na retomada do chamado "Abril Vermelho".

Como parte da ofensiva no campo, o movimento voltou a ocupar fazendas produtivas da Suzano, ocupou sedes do Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra) e invadiu área de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Pernambuco. Até o momento, as propriedades seguem ocupadas, mesmo após o governo Lula ceder cargos no Incra e renovar apelo em defesa das reintegrações de posse. Ainda assim, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, divulgou em sua agenda oficial um encontro previsto para o fim da tarde desta quinta-feira (20) com o comando nacional do MST em São Paulo.

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Na noite de quarta (19), o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Paulo Teixeira, voltou a pedir que o movimento desocupe as áreas de pesquisa da Embrapa Semiárido, em Petrolina (PE), invadidas desde domingo, 16, e da Suzano, em Aracruz (ES), tomadas na segunda-feira (17). O movimento se comprometeu a sair das propriedades, mas ainda não efetivou a desocupação.

Na manhã desta quinta, pelo menos seis áreas invadidas pelo MST no "Abril Vermelho" continuavam ocupadas, inclusive as terras citadas por Teixeira, segundo o próprio movimento.

Enquanto Teixeira tem evitado usar termos mais duros desde o início da crise, na segunda-feira, o ministro da Agricultura classificou a ação do MST em suas redes sociais como "crime" e "inaceitável". Fávaro tem destoado do restante do governo no que diz respeito à atuação dos sem-terra. Ele chegou a Londres no dia seguinte e embarcou de volta ao Brasil na noite desta quarta.

A proposta de Reforma Tributária que está em debate na Câmara inclui navios e aeronaves entre veículos que pagam o IPVA. Este item conta com a simpatia de governadores, uma vez que o imposto é estadual. 

Confira um resumo os pontos discutidos da proposta:

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Deputados escutam entidades e especialistas

O grupo de trabalho da Câmara dos Deputados que discute a reforma tributária promove duas audiências públicas nesta semana. A primeira será realizada nesta terça-feira (11), às 14h30, no plenário 3, e ouvirá, entre outros:

-  o ex-ministro da Previdência Social Nelson Machado, atualmente diretor do Centro de Cidadania Fiscal;

- o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz

- o presidente-executivo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, Francisco Christovam;

- o presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS), Luigi Nese;

- a advogada tributarista da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Alessandra Brandão.

A representante da CNT foi convidada por sugestão do coordenador do grupo de trabalho, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG). Ele lembra que a confederação representa 27 federações e 5 sindicatos nacionais dos modais rodoviário, aéreo, ferroviário, aquaviário e de logística.

"As possíveis mudanças promovidas pela reforma tributária tendem a afetar diretamente todo o setor e, por isso, é fundamental que os dados e estudos que a CNT possui sobre o tema sejam levados em consideração", afirma Lopes.

A audiência de terça também foi pedida pelos deputados Sidney Leite (PSD-AM), Ivan Valente (Psol-SP), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) e Newton Cardoso Jr (MDB-MG).

Sidney Leite ressalta que é preciso ouvir representantes de várias áreas de atuação "para solucionar o grande desafio de equacionar um caminho possível para a reforma tributária".

A inclusão de especialistas nas audiências públicas "demonstra o compromisso do grupo de trabalho em buscar a construção de uma reforma tributária democrática e participativa", reforça Ivan Valente.

Com informações da Agência Câmara de Notícias

O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou nesta segunda-feira, 10, que a relatoria do projeto de lei de diretrizes orçamentárias (PLDO) deve ser entregue ao MDB da Câmara. Já a relatoria do Plano Plurianual (PPA), com o PT da Câmara.

Os nomes serão apresentados na terça-feira, 11, por Randolfe à ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. "Amanhã eu me reúno com a ministra Tebet, a gente vai debater temas como orçamento, LDO, PPA. Iremos levar os nomes já de relatorias pelo menos de LDO e PPA, quero levar os relatores lá", declarou o senador no Palácio do Planalto. "Estou esperando partidos fazerem indicações, mas em princípio é a LDO a relatoria ficar com MDB da Câmara. A relatoria do PPA deve ficar com O PT da Câmara", acrescentou.

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Arcabouço fiscal

Randolfe ainda reiterou que o arcabouço fiscal deverá ser enviado ao Congresso ainda nesta semana, como disse mais cedo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. "Acho que será essa semana mesmo, porque presidente e ministro devem viajar", declarou o líder do governo.

Mais cedo, Haddad disse que o texto do novo arcabouço fiscal será enviado ao Congresso junto com o PLDO, que precisa chegar ao Legislativo até o dia 15, no fim desta semana.

O ministro e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, embarcam na terça cedo para a China.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, rebateu críticas do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) ao arcabouço fiscal e declarou à Folha de S.Paulo que o plano proposto não tem a intenção de agradar "100% das pessoas".

Em entrevista ao mesmo jornal nesta semana, Lindbergh disse que, com o arcabouço, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um "pacto com o demônio", como se referiu ao Banco Central, e que mesmo assim não consegue em troca a redução de juros.

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"Sinceramente não fiz pacto com ninguém. Não fiz pacto nem com A nem com B. O que eu fiz foi fechar uma equipe técnica de altíssima qualidade, definir um desenho, levar esse desenho para pessoas tão diferentes quanto Esther Dweck ministra da Gestão e Simone Tebet ministra do Planejamento, que pensam muito diferente, e falar com Ministério do Desenvolvimento de Geraldo Alckmin, Casa Civil de Rui Costa, presidente da República", disse Haddad, acrescentando ter ouvido vozes da ortodoxia e da heterodoxia econômica, além de ter recebido o aval de Lula. "Agora, ninguém tem a pretensão de com uma medida agradar a 100% das pessoas", emendou.

Sobre as críticas de outros petistas além de Lindbergh, Haddad contemporizou que críticas e elogios ocorrerão em qualquer agremiação.

"Agora quem fala pelo Partido dos Trabalhadores é a sua Executiva, com todo respeito a vozes internas. Nada obsta a um deputado em exercício de seu mandato apresentar o seu projeto", sugeriu.

Após o atual governo se comprometer a pedir a retirada da proposta de reforma administrativa que a gestão anterior enviou ao Congresso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (6), que está sempre disposto a combater privilégios no serviço público.

"Sempre estamos dispostos a cortar privilégios, mas precisamos de mais apoio. Quanto mais transparência tivermos sobre os privilégios que existem, mais fácil será a nossa tarefa de convencer o Congresso a cortar. O governo não paga porque quer, paga porque uma lei exige", afirmou, em entrevista à BandNews.

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Ele ponderou, no entanto, que esses eventuais abusos são muito menores do que os privilégios tributários concedidos a grandes empresas - que estão na mira da equipe econômica. "Abusos também acontecem, mas é um pingo no oceano perto do gasto tributário que algumas pouquíssimas empresas conseguiram no Congresso", completou.

Para o ministro, se o governo e o Parlamento tiverem medo de enfrentar grandes interesses, o País vai continuar "patinando". "Se acabarmos com os privilégios de quem não precisa, sociedade terá ambiente econômico muito melhor. Não podemos continuar punido trabalhadores para privilegiar meia dúzia de tubarões", concluiu.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está reunido com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Palácio do Planalto. De acordo com fontes, a reunião foi convocada há pouco por Lula, sem detalhar sobre o assunto do encontro.

Haddad saiu por volta das 18h do Ministério da Fazenda em direção ao Planalto. A reunião não consta nas agendas oficiais do presidente nem do ministro.

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, nesta terça-feira (4), que não tem "plano B" para as medidas que o governo irá tomar para garantir que as metas da proposta de novo arcabouço fiscal sejam alcançadas. Ele disse não temer que as ações sejam questionadas na Justiça.

"Os jabutis tributários atuais estão na Justiça, mas faremos uma nova Medida Provisória. Não vamos fazer jabutis, vamos fazer as coisas transparentes", afirmou o ministro da Fazenda. "Lei bem feita não tem plano B, quando é bem feita não tem plano B", completou.

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Entre as medidas que serão enviadas ao Congresso está a regulamentação das subvenções da União aos Estados para investimentos, barrando o uso desses recursos em custeio.

Pelos cálculos da equipe econômica, o efeito fiscal para o governo federal será de R$ 85 bilhões a R$ 90 bilhões.

"Uma nova lei vai regulamentar o que nós vamos subvencionar. Nenhum país que eu conheço subvenciona custeio. Vamos separar custeio de investimento e dar transparência para isso", completou o ministro da Fazenda.

Haddad deixou no início da tarde desta terça a sede da Fazenda para uma reunião com o chanceler Mauro Vieira no Itamaraty. Segundo ele, entre os assuntos que serão tratados no encontro está a viagem presidencial à China, no próximo dia 10.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, 30, que o novo arcabouço fiscal levará o Brasil a chegar em uma situação de "bastante estabilidade" fiscal em 2026. Haddad ainda declarou que as metas de superávit primário não consideram aumento da carga tributária ou criação de novos impostos.

"Se houver boom de commodities, há limitação de crescimento de despesa no novo arcabouço fiscal. Essa limitação de alta de despesa é um colchão para uma eventual fase ruim. A regra dá segurança para investidores e famílias que precisam do Estado. Além disso, as normas têm trava que garante o funcionamento do Estado. Com isso, as trajetórias de inflação, juro e dívida se acomodarão", disse o ministro.

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Haddad também disse que o governo não pensa em recriar a CPMF ou acabar com o Simples Nacional. Segundo ele, a reoneração da folha de pagamentos será discutida no segundo semestre, com o debate sobre a tributação da renda. O ministro da Fazenda também sinalizou que vai combater privilégios e benefícios de grandes empresas.

"Temos muitos setores demasiadamente favorecidos com regras tributárias. A partir da próxima semana, vamos encaminhar medidas saneadoras ao Parlamento. Contamos com setores que estão muito beneficiados ou novos. As apostas eletrônicas estão entre os setores de uma lista intensa que têm benefícios indevidos. Temos que enfrentar agenda contra patrimonialismo brasileiro. Ninguém que está com tributo em dia será penalizado", afirmou o ministro.

Segundo Haddad, há esforço mundial para acabar com o que chamou de "abusos de grandes empresas contra Estados". "Estamos identificando 'grandes jabutis', não os pequenos. Essas correções permitirão redução de tributo sobre consumo", declarou.

Redução da dívida

Após a divulgação do novo arcabouço fiscal, o ministro da Fazenda afirmou que a garantia de crescimento econômico é o fator capaz de reduzir a dívida pública. "Com boa regra em condições sustentáveis de crescimento, esse problema (dívida) desaparece do cenário, some de cena", comentou.

Ele garantiu que o País tem reservas cambiais acumuladas no período de bonança que permitiram enfrentar crises dos últimos anos. "Isso é porque a economia tinha já uma solidez que se fosse diferente poderíamos estar em situação precária", declarou.

Divergências

O ministro da Fazenda minimizou as divergências internas do PT sobre a elaboração do novo arcabouço fiscal. Segundo ele, em equipe plural, é natural que cada um veja a nova âncora sob sua ótica.

"Quando você está em uma equipe plural, como a do presidente Lula, é natural que cada economista consultado esteja pensando da sua ótica se o arcabouço funciona. E nunca é a mesma", disse Haddad, ao mencionar uma ótica com maior sensibilidade social e outra com maior preocupação sobre a consistência da trajetória da dívida.

O ministro fez uma analogia com a Faria Lima e a favela de Paraisópolis, em São Paulo, ao citar que, em cada núcleo, as perguntas sobre a nova regra fiscal serão distintas.

Otimismo

Segundo Haddad, o modelo da nova regra foi estressado em vários pontos nos últimos dias e a "equipe plural" enfrentou os desafios juntos.

Em tom otimista, o ministro afirmou que, se o novo arcabouço passou por escrutínio e, mesmo assim, conseguiu agradar pessoas diferentes, ele tem boas chances de emplacar na sociedade.

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