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Ao amanhecer em um bairro operário de Kinshasa, um motorista para e entrega um punhado de notas a um policial de trânsito. A cena é comum na movimentada capital da República Democrática do Congo (RDC), onde a polícia costuma extorquir dinheiro dos cidadãos para compensar seus baixos salários.

Mas, ao contrário de alguns de seus colegas menos escrupulosos, Cécile Bakindo não pede dinheiro. O motorista parou espontaneamente para agradecê-lo por sua integridade.

"Sou muito querida", declara esta mulher que prefere não revelar a idade e usa boina, luvas brancas e um colete laranja fluorescente sobre o uniforme azul marinho. "Recebo muitos presentes".

Conhecidos como "roulages", os agentes de trânsito da metrópole de cerca de 15 milhões de habitantes têm fama de corruptos.

Não é incomum vê-los apreender a chave de um carro ou remover a placa sob o pretexto de infrações, muitas vezes fabricadas, na esperança de receber dinheiro em troca.

Os motoristas estão tão cansados desse comportamento que policiais honestos rapidamente se tornam modelos, incentivados e recompensados.

Em um cruzamento movimentado, Bakindo sorri enquanto dirige o tráfego de um enxame de motocicletas e veículos de transporte público, apelidados de "espírito da morte".

De repente, uma pessoa para e entrega dinheiro. "Ela é muito legal", diz Paciente Kanuf, um mototaxista de 32 anos que compra combustível perto do cruzamento. "Tem um coração amoroso", diz.

"Mentalidade"

Em outro cruzamento no centro da cidade, um capitão de polícia alto, de fala mansa e óculos escuros desfruta da mesma celebridade e reputação de incorruptibilidade.

Jean-Pierre Beya, de 64 anos, dirige o trânsito no mesmo local há 15 anos. Se um entra no cruzamento de forma perigosa, é advertido.

Segundo Isaac Woto, taxista de 45 anos, Beya e Bakindo são conhecidos em toda Kinshasa.

"Eles são sérios", diz Woto, enquanto "os outros estão apenas atrás do dinheiro".

A corrupção é endêmica na RDC, que ocupa a 169ª posição entre 180 países no ranking da ONG Transparência Internacional.

De acordo com um estudo realizado por pesquisadores das universidades de Chicago e Antuérpia, juntamente com a Universidade Católica do Congo, os subornos representam cerca de 80% da renda dos agentes de trânsito em Kinshasa.

O assédio aos motoristas é a causa de quase todos os acidentes nos cruzamentos e de 65% dos engarrafamentos, de acordo com esse estudo. Em 2015, cada delegacia de polícia teria arrecadado uma média de US$ 12.120 por mês em propinas.

A soma é alta em um país onde quase três quartos de seus 90 milhões de habitantes vivem abaixo da linha da pobreza e onde os policiais de menor patente ganham cerca de 100 dólares por mês, segundo Beya.

Entrevistada em uma rua de Kinshasa, uma policial de trânsito que pediu para não ser identificada negou que cobrar suborno fosse costume, embora tenha dito que policiais e políticos de alto escalão se permitem dirigir perigosamente com impunidade.

O capitão Beya, por outro lado, não acredita que a pobreza seja a causa do assédio policial.

"Todos nós recebemos o mesmo salário. O problema é a mentalidade", diz.

Os moradores apreciam Beya, dão gorjetas e cumprimentam-no quando passam.

"Isso não é corrupção", diz o policial, afirmando que os presentes não alteram em nada sua imparcialidade. "Se você faz as coisas com respeito e cortesia, você vai conseguir alguma coisa", aponta.

Questionado sobre o assunto, um porta-voz da polícia preferiu não comentar.

Uma professora encontrou, na última terça-feira (1), R$ 4 mil reais em um banco da cidade de Rio Verde, no Mato Grosso do Sul. A mulher, no entanto, devolveu para a dona, sem saber que ela era sua ex-aluna. “Meu anjo da guarda”, disse Shirley Rocha sobre sua heroína, após ter dinheiro de volta e agradecer a honestidade da ex-professora.

Segundo o G1, o caso aconteceu após uma confusão de Shirley Rocha, que pela manhã, foi ao banco sacar dinheiro, e separando em envelopes bancários, alguns sobraram vazios. Ela decidiu devolver os vazios para não ter que jogar fora e acabou descartando o envelope com o dinheiro, sem perceber. 

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“Quando achei, estava só eu e o guarda na agência. Fui até ele e pedi para puxarem nas câmeras. Eu deixei o dinheiro lá, sabia que a pessoa que tinha perdido iria voltar para procurar”, disse Rosilene Salazar ao G1.

Horas depois, ao perceber que havia perdido o dinheiro, Shirley ligou para o banco e o gerente anunciou que o envelope havia sido encontrado. "A Rosi não sabia que era eu que tinha perdido o dinheiro. Fui ao banco depois do trabalho, peguei o dinheiro e fui direto na casa da Rosi, agradeci muito ela. Sabe, acho, não tenho certeza, ela é meu anjo da guarda", disse em tom bem humorado.

O que você faria se encontrasse uma sacola de dinheiro no meio de suas compras? O pedreiro Marciano Pereira Dias, 29 anos, e a sua esposa Edina Maria de Arruda, 35 anos, não pensaram duas vezes e resolveram devolver o dinheiro para o dono do supermercado onde eles haviam comprado a mercadoria.

O caso aconteceu nesta semana, em Cerejeiras, Roraima. "Após a entrega da compra eu fui tomar meu banho e a minha esposa foi guardar. No entanto, ela se deparou com a sacola cheia de dinheiro. Ela veio e me mostrou, sem reação e sem saber o que fazer. Então, sem pensar duas vezes, como nós nos deparamos que ainda não tinha dado o horário de fechamento do mercado, eu convidei um amigo que me levou até lá pra gente fazer a devolução do dinheiro", contou Marciano no vídeo.

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Através de um vídeo compartilhado nas redes sociais, o dono do estabelecimento agradeceu pela ação dos seus clientes. "É um caso de honestidade que precisa ficar registrado para todo o Brasil", agradeceu o empresário. O valor que tinha na sacola não foi divulgado.

Confira o vídeo

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Achar dinheiro na rua é um sonho para muita gente, principalmente nesse momento de crise que os brasileiros estão vivendo. O taxista Wilson Benício, de 62 anos, não só teve essa sorte, como o valor encontrado ultrapassava a quantia de mil reais. Mas ele não quis saber de levar o dinheiro para casa e prontamente procurou a dona. Esse fato, que aconteceu na cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte, chamou a atenção pela a honestidade do taxista que fez questão de entregar o valor nas mãos da mulher.

Conforme divulgado pelo Portal OP9, o homem confirmou que o dinheiro foi encontrado no chão do centro de Mossoró, preso a uma fatura de cartão de crédito - o que facilitou para que ele encontrasse a dona dos R$ 1.050. Jackeline Morais, que trabalha como vendedora, disse ter ficado surpresa e ainda ofereceu R$ 200 ao Wilson, que só aceitou R$ 20 para ajudar na gasolina.

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"Minha alegria em devolver foi maior do que a dela de receber", afirmou Wilson. Jackeline já não tinha mais esperança de reaver o valor que correspondia a quase todo o seu salário. "Eu achei que não ia mais encontrar o dinheiro porque é difícil encontrar uma pessoa honesta nos dias de hoje", falou a vendedora ao site.  

Em sua quarta disputa presidencial, Levy Fidélix, fundador do PRTB, disse que a eleição deste ano será diferente e, por esse motivo, possui reais chances de vencer o pleito. A declaração foi dada durante entrevista a uma rádio da Paraíba. “Hoje, as circunstâncias são outras, o tempo de televisão será quase igual, e também ninguém vai poder usar dinheiro de propina. Então, as chances são reais para o Levi Fidélix se eleger presidente da República, tenho certeza absoluta”, disse com convicção. 

Levy falou que seria um presidente “severo, ordeiro e justiceiro”. “O Brasil precisa disso. Um homem que venha a falar a linguagem do povo com honestidade. O que vemos hoje são candidatos da velha guarda falando aquele besteirol todo, mas que não tem moral”. 

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O jornalista e publicitário também disse que se o tivessem escutado, anteriormente, o Brasil poderia estar em outro patamar. “Se tivessem levado a sério as minhas propostas quando eu falava que o Brasil já estava quebrado porque o Brasil estava em uma situação difícil quando a Dilma já foi para a reeleição. Se os brasileiros estivessem atentos para isso, quem sabe com o meio milhão de votos que tive teriam se transformado em 30 milhões e, hoje, o Brasil estaria em paz com Levi Fidélix presidente”, salientou. 

Durante a conversa, ele lembrou algumas de suas propostas como imposto zero para remédios. Segundo ele, a população já é muito “sacrificada” diariamente comprando produtos a preços altos. “Mas ninguém levou a sério”, lamentou. 

“Eu sempre combati o bom combate. As chances e oportunidades existiam muito menos no passado. Hoje, já vemos todo mundo no mesmo patamar e o jogo era muito desleal em 2014. Enquanto a Dilma tinha onze minutos de televisão, eu tinha 55 segundos. Enquanto eu investi R$ 350 mil, a Dilma gastou R$ 350 milhões. Ora, praticamente não participei de eleição nenhuma, o jogo era desleal. Era eu o índio e ela [Dilma] com aquele canhão terrível, aliás, não me foge muitas vezes a chamei de canhão pelas repostas que ela da grosseiramente a muita gente”. 

Levy Fidélix também ressaltou que o primeiro passo para o país avançar sem corrupção é que se tenha um Congresso Nacional com mais “harmonia” no que diz respeito a votar leis viáveis para o país. Ele ainda salientou que os banqueiros iriam todos “em cana”, caso continuassem a “roubar” os brasileiros. O presidenciável não descartou que seu vice-presidente fosse um militar. 

Antes de criar o PRTB, Fidélix participou da fundação do Partido Liberal (PL), em 1986, quando se lançou na carreira política e disputou uma vaga na Câmara dos Deputados pelo estado de São Paulo. Fidélix já concorreu três vezes à prefeitura da capital paulista e duas vezes ao governo do estado.

Após divulgar no Facebook que havia encontrado uma carteira com R$ 1 mil, o analista Milton Boese, de 36 anos, conseguiu fazer a entrega ao proprietário. O gesto de Boese chamou a atenção nas redes sociais, levando muitas pessoas a compartilharem a postagem em busca do dono.

O caso aconteceu na última terça-feira (24) em Curitiba-PR. Ao G1, o analista contou que foi até sua agência bancária negociar o limite de sua conta e encontrou a carteira na saída do local. "Eu até dei uma olhada para ver se encontrava o dono por perto, mas ele não apareceu", disse na reportagem.

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Na publicação do Facebook o analista diz: "Compartilhem e me ajude a melhorar a tarde desde cara". A postagem viralizou rapidamente. "Em menos de uma hora  apareceu uma amiga minha em comum que conhecia o dono da carteira. Foi então que eu liguei pra ele e conseguimos nos comunicar", complementou.

O dono da carteira é Leandro Cesar Avelino, 27, que trabalha como operador de máquina.  Ele disse que ficou desesperado ao perceber que havia perdido sua carteira. "Foi por Deus que o Milton encontrou a minha carteira e teve a ideia de tentar me achar nas redes sociais", falou para o G1. O dinheiro será usado para pagar as contas do mês. 

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Na última quinta-feira (3), a telefonista Silviane Cunha encontrou R$ 600 enrolados em uma fatura de cartão de crédito em um ônibus público de João Pessoa que faz a linha 5100 em Mangabeira. E, indo de encontro ao que muita gente faria, ela efetuou o pagamento da fatura e guardou o troco para devolver à dona.

Após efetuar o pagamento, Silviane fez uma publicação no Facebook com o objetivo de localizar Claudineia Santos Lima, a dona do dinheiro. A publicação tomou uma grande proporção e hoje, terça-feira (8), tem 8.117 curtidas e 10.215 compartilhamentos. A telefonista ficou surpresa com a repercussão de seu ato de honestidade, segundo ela, ela não fez nada de outro mundo, e só fez o que é o certo.

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Com a repercussão na rede social, o filho de Claudineia descobriu que a conta da mãe tinha sido paga e a informou. Claudineia marcou encontro com Silviane para agradecer o gesto de bondade e a honestidade, mas, não aceitou o troco.

Um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, revela o que para muitos pode significar o fundo do poço em relação ao atual cenário político brasileiro: a maioria dos recifenses preferem o político que “rouba, mas faz”. 

A pesquisa qualitativa, feita com moradores de bairros periféricos do Recife, perguntou aos entrevistados qual seria a opção escolhida entre as duas alternativas: você prefere um político que rouba, mas faz ou um político que não faz e nem rouba? Em sua maioria, o panorama verificado remete a ideia de que “entre os males o menor” e a de que “melhor pouco do que nada”. 

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O morador do bairro de Água Fria Paulo Sérgio, de 50 anos, foi um dos que preferem a primeira opção. “Eles roubam, mas alguns fazem. É o que temos, né? Agora o mundo está assim”, disse em tom conformista. Ele não acredita que exista algum político honesto. “Eu acho muito difícil encontrar um. Eu não confio de jeito nenhum”, complementou. 

Para Paulo, só existem dois que se salvam: os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar de acreditar que os dois petistas “roubaram”, em sua avaliação eles estão “perdoados”. “Antes de Lula, e depois ele passou pra Dilma, o pobre não tinha televisão não. A gente não tinha nem rádio de pilha. Ele "roubou" para dar para o pobre mesmo que tenha “comido” um trocado. O projeto de Lula é de ladrão pequeno porque o grande já vem roubando há muito tempo. Agora, tem muita gente aí na cadeia que continua roubando e recebendo dinheiro. Lula não roubou, ele fez desvio de verba para dar aos pobres. Se ele for candidato de novo, eu voto nele. Eu perdoava o “roubo” pelo que ele fez por nós”, justificou. 

Antônio Avelino, 82 anos, garante que na sua geração havia muitos políticos honestos. O aposentado diz que não pode discordar com o fato de que “melhor ruim do que nada”. “Eu dou apoio sim, pois pior é o que rouba e não faz nada. Na minha época, não era assim, eu já votei em muito político honesto. Agora, a situação é diferente, o que vejo com muita tristeza, mas acho que ainda pode melhorar”.

O professor da UFPE e um dos coordenadores da pesquisa realizada pelo Instituto UNINASSAU, o cientista político Adriano Oliveira explica que o quadro encontrado não significa que esses políticos sejam aprovados ou admirados pela população. “Outros mostram indignação com este tipo de políticos. Contudo, o relevante é que parte dos eleitores, diante das demandas que eles têm, as quais os governos não são eficientes para atendê-las, passam a tolerar gestores que roubam, mas faz”.

A flanelinha Edileuza Bezerra, 60 anos, reforça o diagnóstico de Adriano Oliveira. “A gente, infelizmente, fica peneirando para o menos ruim. O que vai, pelo menos, fazer alguma coisa pela saúde e pela educação, que andam juntas. A maioria despreza isso que o povo tanto precisa. Não é o ideal isso, mas a gente não tem político honesto 100%. Está para nascer um”. 

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Prisão para os corruptos

Os entrevistados também são unânimes ao enfatizarem que político corrupto tem que ir para a cadeia. “Tem que ser preso sim. Eles que roubam e querem ter o perdão. Que pague pelo que fez, mas na verdade quem vai mesmo para a cadeia é o pequeno ladrão, aquele que rouba por comida”, lamentou. 

A dona de casa Noêmia Ferreira pede por punição e vai além ao afirmar que mesmo um político honesto pouco pode fazer porque “os ruins” não vão deixar. “Então, esse político vai pelo círculo errado e fica tudo igual. Todos eles têm que pagar pelo que fizeram. Eu não digo pena de morte não, mas prisão perpétua. Porque um pai de família que rouba um pacote de fubá vai preso e os políticos não? É o pobre que sempre paga o pato. A gente não pode confiar não porque é tudo desonesto. Só trabalham por ambição e a gente pobre morre e não leva nada, mas no fundo eu acho que eles não têm sossego na alma”. 

Honestidade acima de tudo

Apesar de ser uma minoria, há quem opte pelos que “não fazem, mas não roubam”. Na opinião do funcionário público Rivaldo Gonçalves, morador da Bomba do Hemetério, não pode existir conformismo. “Se ele está roubando, ele está prejudicando aquele que não tem. É uma sacanagem”, pontuou. 

O bibliotecário Marcílio Freitas afirma que a população não pode concordar com a “roubalheira”. Para ele, é preferível que o povo se una para pleitear algo ou construam sem esperar o poder público do que aceitar a desonestidade. “Não podemos aceitar que um político roube. É melhor a ação popular como todos agora que estão se mobilizando para ajudar as vítimas das enchentes. É melhor do que esperar algo deles [políticos]”. 

O estudante Alessandro Silva, 18 anos, foi convicto ao ser questionado. “Eu não posso concordar com isso de que rouba, mas faz. Eu não me sinto confortável com essa posição. Não concordo de forma alguma”. O amigo Rodrigo Jefferson, 17 anos, tentou rebater. “Mas todos nós roubamos de alguma forma. Olha, furar uma fila é um tipo de roubo. Querer tirar vantagem por meio do outro também é roubo. Já virou costume, então, infelizmente, melhor roubar do que não fazer nada. Eu sei que o ideal é não roubar, mas eu não acredito em político honesto, então, é melhor roubar e fazer. Não tem outra opção”, argumentou. 

De acordo com Adriano Oliveira, essa opinião contrária demonstra que a corrupção pública é reprovada pelos entrevistados. “Eles consideram que a corrupção pública faz parte do cotidiano e que todos os políticos estão no mesmo saco”, declarou. O objetivo da pesquisa foi identificar as percepções dos eleitores - com mais de 16 anos e residentes em bairros da periferia do Recife - sobre o cenário político atual. O levantamento foi realizado no dia 24 de maio de 2017. 

Uma atitude de honestidade pôde salvar a vida de uma portadora de leucemia. Uma bolsa com cerca de R$ 17 mil foi encontrada por uma moradora da cidade de Sierra de los Padres, na Argentina. A dona do dinheiro foi localizada através do Facebook e a quantia seria destinada ao pagamento da cirurgia da filha. 

De acordo com o anúncio na rede social da moradora da cidade, identificada como Catalina, a bolsa com 20 mil pesos argentinos e US$ 4 mil, seria doada às instituições de caridade caso o proprietário do valor não fosse localizado. Eis que a empregada doméstica Lorena Yapur foi localizada e pôde custear a cirurgia de emergência da sua filha de dez anos. 

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Conforme a imprensa local, em entrevista ao jornal La Nacíon, a mulher teria encontrado o dinheiro enquanto alimentava cães de rua. Ela contou que se aproximou de um animal com a pata quebrada e viu um saco vermelho, semelhante ao usado para descarte de materiais hospitalares. No depoimento, ela contou que pegou o saco para jogá-lo em outro local quando percebeu que o conteúdo se tratava de dinheiro e papéis borrados como se houvessem sido molhados. Dentro ainda havia a foto de uma menina.  

Catalina ainda contatou uma amiga advogada que explicou “se não há identificação, o dinheiro é seu”. Apesar disso, ela discordou e publicou a história buscando a verdadeira dona no Facebook. Em mensagens privadas, várias pessoas apontaram serem donos da quantia, porém, como segurança, a mulher solicitou que o verdadeiro proprietário informasse detalhes do conteúdo da bolsa. 

Horas após a publicação, outras pessoas indicaram Lorena como a verdadeira dona da bolsa. Ela é uma empregada doméstica de Mar del Plata e também havia publicado um texto buscando o objeto com o dinheiro, fruto da venda de um carro como forma de adquirir fundos para custear a cirurgia de Milene, sua filha. Lorena chegou até a fazer o mesmo percurso a pé, buscando encontrar a quantia. 

Catalina informou que Lorena fez a descrição completa da bolsa, nos mínimos detalhes, excluindo qualquer dúvida de que se tratava da verdadeira dona. O encontro pôde ser realizado entre as duas graças a um vizinho. 

Com os últimos anos marcados por escândalos de corrupção, entre eles o da Petrobras investigado pela Lava Jato, a pedida por políticos honestos têm ficado cada vez mais latente no Brasil. Para os pernambucanos, de acordo com um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU, a qualidade deve ser o principal pré-requisito do próximo presidente da República. Segundo dados da amostra, 41,2% dos entrevistados apontam a honestidade como uma virtude essencial a um chefe do Executivo nacional. 

Outros atributos apontados pelo estudo, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commércio, são caráter (7,4%), trabalho (5%), compromisso (3,6%), responsabilidade (3,4%), humildade (1,8%) e competência (1,4%). As virtudes mencionadas também são um reflexo do que a população considera como principal problema do país. Ao indagar 2.263 pernambucanos sobre o assunto, 31,6% deles apontaram que os políticos corruptos são o imbróglio do Brasil. 

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“Isso demonstra que hoje [a honestidade] é o ponto principal, mas ainda não significa que seja mantido até 2018. A honestidade é atributo relevante, certamente irá influenciar nas eleições, mas não saberia mensurar o quanto", avalia o cientista político e responsável pela pesquisa, Adriano Oliveira.

Sob a ótica do especialista, o dado é "um reflexo fortíssimo da Lava Jato" e os próximos resultados da operação, envolvendo nomes como o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apontado como o preferido hoje para a disputa presidencial, vão determinar se o atributo se manterá ou não. 

Outros problemas e responsabilidades

Questões sociais como  desemprego (19,4%), segurança (15,%), saúde (9,5%), crise econômica (5,7%), educação (2,9%) e drogas (1,2%) completam a lista dos principais problemas o país  de acordo com o levantamento do Uninassau. 

Já quanto a responsabilidade para a resolução destas dificuldades enfrentadas pelo Brasil, 28,6% dos entrevistados apontaram o presidente Michel Temer (PMDB) como a pessoa que deveria apresentar soluções aos impasses, 24,8% atribuíram a responsabilidade ao Governo Federal como um todo e 17,9% aos políticos. 

Para 9,2% dos que participaram da amostra, o povo deveria solucionar os problemas do país, 2,4% acreditam que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem o poder de reorganizar o cenário e 1,6% o poder público. 

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Nesta sexta-feira (27), enquanto caminhavam às margens da BR-232, no município de São Caetano, no Agreste de Pernambuco, dois carroceiros encontraram uma mochila caída na pista que continha R$ 7 mil, talões de cheque e aparelhos eletrônicos. Ainda na sexta, os homens devolveram todo o material encontrado ao proprietário e, em troca da boa ação, receberam uma proposta de trabalho.

Os dois homens que devolveram a mochila, trabalham recolhendo materiais recicláveis e quando informaram em conversa com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) que estavam passando pela rodovia, quando avistaram uma bolsa escura cair de uma caminhonete em movimento. Eles contaram que esperaram pelo retorno do veículo, mas como ninguém retornou para buscar a mochila, eles a colocaram dentro da carroça e seguiram para casa. 

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Os carroceiros disseram que no fim do dia, começaram a selecionar o que haviam recolhido de material durante a jornada de trabalho. Quando abriram a bolsa, eles se assustaram com o que havia dentro: dinheiro, celular, tablet, óculos escuros e três talões de cheque em branco. Com a descoberta, eles procuraram o pastor de uma Igreja, que os orientou a procurar o posto da PRF de São Caetano.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, os policiais encontraram um cartão de visitas dentro da mochila e entraram em contato com o dono de uma empresa de engenharia, que descreveu tudo o que havia na bolsa. Após perceber que seu material tinha sido entregue à Polícia, o proprietário da mochila ficou aliviado, mas como já havia seguido viagem, fez contato com um funcionário da empresa, que foi até a PRF para reaver os pertences.

Em 2016, com o Brasil vivendo uma situação delicada em sua economia e a taxa de desemprego em alta, a atitude honesta dos catadores foi muito bem vista tanto pela Polícia e pelo dono da mochila. Em forma de agradecimento, os carroceiros foram recompensados pelo ato e o engenheiro disse que vai tentar conseguir uma oportunidade de emprego para eles na próxima segunda-feira (30).

A nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como ministro-chefe da Casa Civil não foi encarada de forma positiva pela maioria dos recifenses. Ao menos é o que aponta o levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), divulgado nesta terça-feira (12), encomendado pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio. Segundo os dados, 66,5% dos entrevistados não são favoráveis ao ingresso do pernambucano na equipe ministerial da presidente Dilma Rousseff (PT), enquanto 28,9% responderam que sim. 

Lula assumiu o comando da Casa Civil no dia 17 de março. Entretanto, no dia seguinte o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, suspendeu o ato de posse. A medida aguarda análise do plenário da Corte. Ao sustar o ingresso do petista, Mendes disse que o ato estava funcionando como uma "espécie de salvo conduto" para dar foro privilegiado ao ex-presidente e tirá-lo do leque de investigações da Lava Jato, a partir da condução do juiz Sérgio Moro.

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Para o coordenador do IPMN e cientista político Adriano Oliveira, apesar de Lula estar liderando a pesquisa para presidente, o eleitor não quer que ele volte para o governo Dilma Rousseff. “Todas as pesquisas mostram que Lula tem perdido credibilidade, mas ele não é um ator qualquer. É um ator que mantem sua liderança”, observou. 

Diante das suspeitas de favorecimentos ao petista, o IPMN indagou os recifenses quanto à honestidade e competência de Lula e Dilma. Apresentando a afirmativa “Dilma é honesta, mas deixa os outros roubarem”, a maioria dos entrevistados, 47,2%, discordou, e 24,7% concordaram. Já sobre Lula ser honesto, mas deixar os outros roubarem, 47,4% discordaram e 23% concordaram.

Dados do levantamento - A pesquisa do IPMN ouviu 624 pessoas no Recife, nos dias 4 e 5 de abril. O nível de confiabilidade é de 95% e a margem de erro é de 4,0 pontos percentuais para mais ou para menos.

A popularidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofreu uma queda no Recife, após a série de denúncias envolvendo seu nome em irregularidades que estão sendo investigadas pela Justiça Federal. Na capital pernambucana, a conjuntura negativa teria reflexo nos votos destinados ao ex-presidente, caso ele estivesse concorrendo a um cargo eletivo hoje, ao menos é o que indica um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), divulgado nesta segunda-feira (22). De acordo com a amostra, 76,2% dos recifenses já votaram em Lula, no entanto, se ele fosse candidato atualmente 62,9% não o elegeriam. 

Ao responder a pesquisa, encomendada pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, 23,8% dos entrevistados observaram nunca ter votado no líder petista. Já quando o questionamento foi sobre uma possível candidatura hoje, apenas 35,6% pontuou que votaria em Lula e 1,4% não soube responder. 

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Na primeira vez que foi eleito, em 2002, o ex-presidente recebeu 389,8 mil votos na capital pernambucana no primeiro turno e 502,2 mil no segundo. Já em 2006, quando disputou a reeleição, Lula foi o preferido por 518,6 mil recifenses no primeiro turno e por 588 mil no segundo. Por ser o primeiro pernambucano a ocupar a Presidência da República, o apelo regional se enraizou entre os eleitores e criou-se o que hoje é conhecido no meio político como “Lulismo”. 

A influência do petista, entretanto, tem sido colocada de lado entre seus defensores ferrenhos. “Há uma queda visível do ‘Lulismo’ no Recife. As denúncias de corrupção ajudam o nível de descrença. Podemos dizer que houve uma decepção eleitoral dos recifenses”, analisou cientista político e coordenador do IPMN, Adriano Oliveira. 

Maioria do recifenses não admira Lula

Assim como o percentual de recifenses que votariam no ex-presidente teve uma redução considerável, o nível de admiração do líder petista também caiu. Dos entrevistados pelo IPMN, 62,8% afirmou não admirar Lula enquanto 37,2% disse que admira. Destes a maioria são das classes D e E (51%), já daqueles a maior parcela está nas classes B e C (70%). 

Indagados se um dia chegaram a admirar Lula, 61,9% dos entrevistados respondeu que sim e 38,1% afirmou que não.

O LeiaJá foi às ruas do Recife para ouvir a opinião das pessoas sobre o governo Lula. Confira no vídeo abaixo:

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O possível envolvimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em irregularidades investigadas pelas operações Lava Jato e Zelotes, da Polícia Federal, tem ampliado a descrença da população quanto à honestidade do petista. No Recife, um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) constatou que 65,5% da população não acredita que o líder do PT é honesto, enquanto 26,8% dizem que sim. 

A amostra, divulgada nesta segunda-feira (22), foi encomendada pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio. De acordo com os dados da pesquisa, 77,5% dos entrevistados têm conhecimento das denúncias contra o ex-presidente e 17,8% não ouviram falar sobre o assunto. 

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Uma série de acusações pesa sobre o petista, entre elas, a provável participação dele na venda de Medidas Provisórias (MP), editadas durante o seu governo, para conceder benefícios fiscais a montadoras de veículos por R$ 2,5 milhões; além da compra de um tríplex no Guarujá, reformado pela empresa OAS – uma das empreiteiras envolvidas nas fraudes em contratos da Petrobras; e da reforma do Sítio Atibaia, feita pela Odebrecht, também investigada na Lava Jato.  

Indagados se acreditavam ou não nessas denúncias 68% dos entrevistados pelo IPMN disseram que sim, enquanto 24,7% apontaram que não e 7,3% não souberam responder. Aos que disseram ter ouvido falar, o Instituto questionou sobre qual denúncia mais teria chamado a atenção deles. Questões ligadas às fraudes na Petrobras e outros meios de lavagem de dinheiro foram as mais citadas espontaneamente pelos entrevistados, 9,8% cada; desvio de verbas (9,3%), o caso do triplex no Guarujá (8,1%), a reforma do sítio Atibaia (6,4%) e o tráfico de influência com a empresa Odebrecht (5,8%) também foram citados. 

Apesar da descrença da população, a gama de acusações envolvendo o ex-presidente tem dividido os setores políticos. Para os aliados, a divulgação de casos que possam ter a participação de Lula é uma investida da oposição para enfraquecer o retorno do petista na corrida eleitoral em 2018. Já os oposicionistas acreditam ser este o momento oportuno para mostrar ao país o que eles chamam de “a verdadeira face de Lula”. 

Sob a ótica do cientista político e coordenador do IPMN, Adriano Oliveira, as acusações podem pesar contra o ex-presidente eleitoralmente. “Lula precisa torcer para que as denúncias cessem e no momento oportuno, que eu acredito já ser agora, explicar que todas elas, se são verdadeiras ou inverídicas. Ele precisa quebrar o silêncio e se explicar para a população”, recomendou o estudioso.

Dados da pesquisa

A pesquisa do IPMN ouviu 624 pessoas no Recife, nos dias 15 e 16 de fevereiro. O nível de confiabilidade é de 95% e a margem de erro é de 4,0 pontos percentuais para mais ou para menos.

Dois adolescentes noruegueses devolveram 467.200 coroas (81.500 dólares) esquecidos em um trem por um passageiro, informou a imprensa norueguesa.

Os jovens encontraram o dinheiro uma bolsa esquecida no trem que viajava de Oslo para uma pequena cidade do sudeste do país.

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"Quando abria bolsa, a primeira coisa que vi foram bolos e bolos de dinheiro", disse um dos jovens, de 16 anos, identificado como Bendik, ao jornal Vestby Avis.

"A primeira coisa que pensei foi em chamar a polícia".

Depois de procurar na bolsa, o bom samaritano encontrou o passaporte do proprietário, um homem de mais de 70 anos, que espera recuperar o dinheiro com a polícia.

A polícia informou que não suspeita que o dinheiro seja de origem duvidosa e desconhece se os adolescentes foram recompensados pela honestidade.

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