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A coalizão militar liderada pela Arábia Saudita declarou neste sábado (19) um cessar-fogo de 48 horas no Iêmen, sob a condição de que rebeldes xiitas o respeitem e permitam a entrada de ajuda humanitária em cidades sitiadas, principalmente Taiz. No entanto, minutos após o cessar-fogo entrar em vigor, ativistas em Taiz disseram que rebeldes continuavam bombardeando a cidade. Um porta-voz militar ligado aos rebeldes, coronel Sharaf Loqman, disse que não houve interrupção nos combates.

A agência saudita de notícias SPA divulgou um comunicado da coalizão dizendo que o cessar-fogo poderia ser prorrogado e alertando os rebeldes, conhecidos como Houthis, contra qualquer tipo de movimentação militar.

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O cessar-fogo foi declarado num momento em que as forças leais ao governo reconhecido internacionalmente conseguiram avançar em Taiz, que estava cercada pelos rebeldes havia um ano. A coalizão exige que os Houthis enviem um representante para se reunir com uma comissão baseada no sul da Arábia Saudita. O encontro teria como objetivo discutir os preparativos militares para encerrar o controle rebelde de várias cidades no norte do Iêmen, incluindo a capital, Sanaa.

Embora a coalizão tenha destacado que o cessar-fogo tem como objetivo abrir caminho para a paz, não explicou se aceitaria o plano de paz da ONU, que exclui o presidente Abed-Rabbo Mansour Hadi e dá aos rebeldes parte do poder.

O conflito dividiu o país em regiões rivais: o norte, de população predominantemente xiita, está sob controle dos rebeldes, enquanto o sul, de maioria sunita, é controlado pela coalizão.

A coalizão interveio no Iêmen em março de 2015, a pedido de Hadi, que foi obrigado a fugir do país quando os Houthis se juntaram às forças leais ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh, tomando a capital. Fonte: Associated Press.

Sanaa, Iêmen, 29/10/2016 - O presidente exilado do Iêmen rejeitou um acordo de paz proposto pela ONU e destinado a acabar com conflito devastador do país, dizendo que ele "premiaria" os rebeldes. O acordo de paz proposto daria aos rebeldes xiitas, que tomaram a capital iemenita em 2014 e forçaram o presidente Abed-Rabbo Mansour Hadi a deixar o país, uma participação no futuro governo. Ele também reduziria alguns dos poderes do presidente em troca da retirada dos rebeldes das grandes cidades.

Hadi fez as declarações durante uma visita do enviado da ONU para o Iêmen, Ismail Ould Cheikh Ahmed, na capital saudita, Riad, neste sábado. "O povo iemenita condenou essas ideias e o chamado roteiro, na crença de que o acordo é uma porta de entrada para mais sofrimento e guerra", disse Hadi em um comunicado divulgado pela presidência. "As ideias apresentadas ... carregam as sementes de guerra", acrescentou. "Ela premia os líderes do golpe e pune o povo iemenita ao mesmo tempo."

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A declaração informa que Hadi disse a Ahmed que a paz é alcançável apenas quando o "golpe rebelde" for revertido, com base em uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que estipula que os rebeldes devem depor as armas e se retirar das cidades como pré condição para qualquer acordo de paz.

O conflito no Iêmen já deixou mais de 10 mil mortos e feridos e deslocou

quase 3 milhões de pessoas. A nação mais pobre do mundo árabe já estava

sofrendo com as altas taxas de desnutrição, e a guerra e um bloqueio imposto

pela coalizão militar liderada pela Arábia Saudita aprofundou a turbulência e a fome no país. Fonte: Associated Press

O enviado especial da Organização das Nações Unidas para o Iêmen está pedindo para que as partes em guerra no país árabe estendam um cessar-fogo temporário por pelo menos mais 72 horas. Ismail Ould Cheikh Ahmed disse que a trégua em curso, que acaba às 23h59 deste sábado (22), "foi implementada, apesar de supostas violações de ambas as partes em várias áreas".

Ele afirmou que o cessar-fogo possibilitou à ONU enviar alimentos e ajuda humanitária para vários lugares que estavam inacessíveis. Fonte: Associated Press.

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As partes em guerra no Iêmen entraram em um acordo para um cessar-fogo de 72 horas que entrará em vigor a partir da meia-noite de quarta-feira, de acordo com um enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o país, Ismail Ould Cheikh Ahmed.

Ahmed disse que espera que a trégua temporária leve a um "permanente e duradouro fim do conflito". Em um comunicado emitido na noite de ontem, o enviado afirmou que recebeu garantias de todas as partes de que as hostilidade cessarão às 23h59 de quarta-feira (horário local). A trégua está sujeita a renovação.

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Ele afirmou também que as facções concordaram em seguir as condições de um acordo temporário de cessar-fogo realizado em abril. O acordo exige que as partes "permitam acesso livre de ajuda humanitária e pessoal" para todas as partes do Iêmen.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, pediu para que as partes envolvidas na guerra tomem as medidas necessárias para implementar o cessar-fogo, "sustentá-lo, e encorajar firmemente sua renovação incondicional". Fonte: Associated Press.

A Marinha dos EUA começou a investigar neste domingo um possível ataque de mísseis do Iêmen a um grupo de navios de guerra americanos localizados no Mar Vermelho. O ataque teria ocorrido durante a noite de sábado.

O Mar Vermelho e o estreito estratégico de Bab el-Mandeb, região crucial para a navegação internacional e para o escoamento de petróleo, têm sido palco do que os Estados Unidos descrevem como sendo ao menos dois ataques de mísseis a partir do território controlado pelos rebeldes no Iêmen. As forças americanas dispararam de volta uma vez, destruindo posições de radar móvel nos primeiros tiros disparados.

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No último incidente, um grupo de navios de guerra americanos localizados no Mar Vermelho na noite deste sábado observou "indícios de uma eventual ameaça de mísseis e implementou medidas defensivas apropriadas", disse a porta-voz do Comando Central da Marinha norte-americana, Paula Dunn. Ela declarou, em um comunicado, que todos os navios e marinheiros estavam a salvo, mas não deu mais detalhes. Um oficial da Defesa americana disse que um dos navios viu no radar o que marinheiros acreditam ser mísseis sendo disparados para fora do Iêmen.

Rebeldes xiitas do Iêmen, conhecidos como houthis, e seus aliados não comentaram de imediato sobre o incidente. Anteriormente, a agência de notícias SABA, controlada pelos houthis, divulgou matérias negando que rebeldes tenham disparado contra navios de guerra americanos.

O oficial superior da Marinha John Richardson disse mais cedo no sábado que uma das embarcações norte-americanas parecia estar "sob ataque". De acordo com a Marinha dos EUA, esse navio já teria sido alvo duas vezes de disparos de mísseis a partir do Iêmen.

Anteriormente, uma embarcação dos Emirados Árabes já ficou sob ameaça perto da mesma área em que o navio norte-americano teria sido atacado. Os Emirados Árabes Unidos disseram na ocasião que transportavam ajuda humanitária e uma equipe de civis, enquanto o houthis consideraram um navio de guerra.

O Iêmen tem estado em guerra desde setembro de 2014, quando o houthis tomaram a capital, Sanaa. Uma coalizão saudita liderada por nações árabes sunitas lançou uma campanha contra os houthis março 2015.

A guerra do Iêmen tem sido ofuscada pelo conflito contra o grupo Estado Islâmico no resto do Médio Oriente, embora grupos de direitos humanos tenham aumentado as críticas aos ataques aéreos liderado pelos sauditas nos últimos meses por matar civis. Grupos da ONU e dos direitos humanos estimam que o conflito já matou 9 mil pessoas e deslocou cerca de 3 milhões.

Os EUA têm fornecido apoio logístico e de inteligência para a coalizão saudita que luta no Iêmen, mas começaram a retirar seu apoio nas últimas semanas, por conta das vítimas civis da campanha aérea.

Fonte: Associated Press

A coalização liderada pela Arábia Saudita atribuiu a "informações erradas" o ataque aéreo contra um funeral na capital do Iêmen, Sanaa, na semana passada, que deixou pelo menos 140 mortos e outros 600 feridos. Segundo a equipe de análise de incidentes da coalização, conhecida pela sigla Jiat, uma pessoa ligada à chefia de gabinete do Iêmen havia passado a informação de que o local onde ocorria o funeral estava lotado de líderes dos rebeldes houthis. A coalizão vem combatendo os houthis desde março de 2015, quando interveio na guerra civil do Iêmen em apoio ao governo reconhecido internacionalmente.

A fonte, não identificada, insistia que o local era um "alvo militar legítimo", diz o comunicado da Jiat, acrescentando que o Centro de Operações Aéreas no Iêmen enviou uma missão de apoio aéreo para atacar o local sem aprovação do comando da coalizão. A equipe de investigação pediu que os procedimentos para ataques sejam revisados imediatamente e recomendou o pagamento de indenização para as famílias das vítimas.

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"A Jiat descobriu que, por causa da não observância de procedimentos para ataques e da divulgação de informações incorretas, uma aeronave da coalizão atacou equivocadamente o local, o que resultou em mortes de civis", diz o comunicado.

Esta é a primeira vez que a coalizão admite envolvimento no ataque. O governo do presidente Abed Rabbo Mansour Hadi ainda não se pronunciou sobre o incidente. O chefe de gabinete do Iêmen é o major-general Mohammed Ali al-Maqdishi, um aliado próximo do general do exército Ali Mohsen al-Ahmar, atual vice-presidente. Al-Ahmar também é aliado da Irmandade Muçulmana do Iêmen, cujos seguidores estão combatendo os houthis ao lado das tropas do governo. Fonte: Associated Press.

Uma epidemia de cólera foi detectada no Iêmen, onde o sistema de saúde piorou muito devido à guerra civil do país, anunciou nesta sexta-feira o escritório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em Saná, citando autoridades de saúde iemenitas.

"As autoridades de saúde anunciaram que foram confirmados casos de cólera na capital, Saná, enquanto há outras suspeitas [de casos] na cidade de Taez (sudoeste)", informou a Unicef em um comunicado. A agência da ONU acrescentou que estava trabalhando com seus sócios para "estabelecer a amplitude exata da epidemia" confirmada na quinta-feira pelas autoridades iemenitas, segundo afirmou.

"As crianças estão expostas a um risco particularmente alto se a atual epidemia de cólera não for contida urgentemente, ainda mais levando em conta que o sistema de saúde do Iêmen está arrasado com a continuação do conflito" armado, avisou o representante da Unicef no Iêmen, Julien Harneis. "Se não forem tratados, os casos graves de cólera poderão matar até 15% das pessoas afetadas em algumas horas", segundo o comunicado.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou, citando o Ministério de Saúde iemenita, que oito casos de cólera, cujo maior alvo são as crianças, haviam sido detectados em um bairro de Saná e estavam sendo tratados como desidratação aguda em uma "parte isolada" do hospital Al Sabiine da capital.

"A escassez de água potável agravou a situação de saúde, que já era ruim no Iêmen, provocando um aumento significativo dos casos de diarreia aguda, em particular entre os deslocados do interior do país" afetando "mais de três milhões de pessoas", indicou a OMS em um comunicado. Os serviços de saúde se viram muito atingidos pela guerra no Iêmen, que já dura mais de 18 meses, entre os rebeldes xiitas hutis e as forças pró-governamentais.

O conflito, que gerou uma grave crise humanitária, deixou mais de 6.700 mortos e ao menos três milhões de civis deslocados, segundo a ONU. A cólera ocasiona uma severa diarreia e desidratação que pode ser mortal. Ela é provocada pela ingestão de água ou alimentos contaminados pela bactéria Vibrio cholerae, presente nas fezes.

Ataques aéreos liderados pela Arábia Saudita contra um poço d'água no norte do Iêmen teriam matado 30 pessoas e ferido 17, afirmou nesta segunda-feira um funcionário da Organização das Nações Unidas, Jamie McGoldrick. Coordenador humanitário da ONU para o país, McGoldrick disse em comunicado que há crianças entre os mortos no ataque ocorrido na vila de Beit Saadan.

Os ataques ocorreram no sábado, na véspera do feriado muçulmano do Eid al-Adha. Trata-se de um dos episódios mais mortíferos desde o colapso das conversas de paz, há um mês. McGoldrick lamentou os ataques contra civis e a infraestrutura civil e pediu que os rivais voltem a respeitar o cessar-fogo declarado pela ONU em abril.

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A agência oficial iemenita Saba, controlada pelos rebeldes houthis, disse que 100 pessoas foram mortas ou feridas nos ataques aéreos. Testemunhas disseram que o ataque inicial matou 13 pessoas, mas membros de equipes de resgate também morreram em ataques subsequentes. As fontes pediram anonimato.

O conflito no Iêmen opõe o governo reconhecido internacionalmente, aliado da coalizão militar liderada pelos sauditas, e os rebeldes xiitas houthis e as forças leais ao ex-presidente. A coalizão liderada pelos sauditas têm realizado ataques aéreos contra os houthis e seus aliados desde março de 2015.

McGoldrick disse que os confrontos já mataram ou feriram dez mil pessoas. Os Houthis, junto com as forças leais ao presidente deposto Ali Abdullah Saleh, também lançaram ataques contra a Arábia Saudita. A coalizão, apoiada pelos Estados Unidos, acusou o Irã de armas os houthis, algo que Teerã nega. A Arábia Saudita e o Irã são rivais regionais. Fonte: Associated Press.

O escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) disse nesta sexta-feira (12) que o conflito no Iêmen levou à morte mais de 200 civis e 500 pessoas ficaram feridas em quatro meses, incluindo 50 em uma semana. A porta-voz da ONU para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, disse em um comunicado que a violência vem crescendo em todo o Iêmen.

Ela observou que em julho e agosto testemunhou os piores incidentes com oito crianças mortas em um ataque no dia 05 de julho na cidade oriental de Marib. Em 07 de agosto, 16 civis foram mortos em ataques aéreos ao leste da capital Sanaa.

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Desde março de 2014, uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita tem travado uma campanha contra os rebeldes xiitas, conhecidos como houthis, e forças aliadas que ocupam a capital. Apesar de sua extensa campanha aérea, a coalizão até agora não conseguiu desalojar os houthis da região norte, enquanto as negociações de paz mediadas pela ONU não tiveram nenhum progresso.

"Cada lado é responsável pelas mortes de civis", disse Shamdasani. Segundo ela, desde julho o número de vítimas atribuíveis aos ataques aéreos caiu bastante, mas os bombardeios e assassinatos indiscriminados por parte dos houthis aumentou consideravelmente. Fonte: Associated Press.

Forças de segurança do Iêmen disseram que ao menos 10 militantes pró-governo foram mortos quando um militantes da Al-Qaeda atacaram o comboio em que eles estavam com dois carros-bomba.

De acordo com as autoridades, o ataque ocorreu na noite de domingo em na região de Yafea, na província de Lahj, onde a Al-Qaeda controla vários lugares, nomeada como uma base que armazena armas pesadas roubadas de depósitos do exército em outro local.

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As autoridades falaram sob condição do anonimato porque não estavam autorizadas a falar com a imprensa. A Al-Qaeda tem aproveitado a guerra civil do Iêmen para ganhar uma posição nas áreas ao sul do país. Fonte: Associated Press.

Um carro recheado de explosivos atingiu um complexo militar adjacente ao aeroporto internacional de Aden, no sul do Iêmen, matando ao menos 10 pessoas.

Nenhum grupo reivindicou imediatamente a autoridade pelos ataques, que acontecem em meio à celebração do feriado de Eid Al-Fitf, que marca o fim do mês do Ramadã. Este ano, os ataques durante as celebrações desta data sagrada para o Islã foram particularmente sangrentos, com ao menos 350 mortos contabilizados em vários continentes.

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No ataque desta quarta-feira (6), as autoridades afirmaram que, após o veículo atingir a central de segurança, militantes avançaram sobre o local e entraram em confronto com militares.

Segundo autoridades, a contagem de mortos deve subir por causa dos conflitos que se seguiram à explosão. Fonte: Dow Jones Newswires.

Pelo menos 69 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas em dois dias de combates no centro do Iêmen entre rebeldes e forças leais ao governo do país, reconhecido internacionalmente, disseram autoridades de segurança iemenitas neste domingo.

As autoridades afirmaram neste domingo que as forças aliadas do governo tomaram o controle de várias áreas antes controladas pelos rebeldes Houthis entre as províncias centrais de Marib e Shabwa. Os funcionários do governo falaram sob condição de anonimato porque não estavam autorizados a conversar com jornalistas.

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As forças aliadas do governo disseram que 22 de seus combatentes foram mortos e 25 ficaram feridos. Os confrontos continuam na região.

As fontes não revelaram quantas das demais vítimas eram combatentes Houthis e quantas eram civis. Tanques e veículos blindados foram queimados, e os corpos de algumas das vítimas foram abandonados no local, segundo testemunhas.

Uma trégua entre as partes em conflito, que começou em 10 de abril, estava se mantendo apesar de violações ocasionais de ambos os lados. Os combates no Iêmen opõem rebeldes contra o governo internacionalmente reconhecido do país, apoiado por uma coalizão liderada pela Arábia Saudita e apoiada pelos Estados Unidos. Fonte: Associated Press.

Um homem-bomba detonou seus explosivos entre homens que estavam em uma fila do lado de fora de uma base policial no sul da cidade iemenita de Mukalla, matando 25 pessoas, informaram autoridades locais de segurança e de saúde. Pelo menos mais 17 pessoas ficaram feridas e as autoridades disseram que o número de mortos tende a aumentar ainda mais.

A filial iemenita do grupo extremista Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo ataque em um comunicado publicado em redes sociais

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por simpatizantes com o grupo.

Entre as vítimas estão policiais que voltavam a trabalhar pela primeira vez desde a retomada de Mukalla por forças do governo internacionalmente reconhecido, no último mês, e jovens que se candidatavam a empregos, afirmaram as autoridades, que falaram sob condição de anonimato porque não estavam autorizadas a falar com a imprensa.

A explosão deste domingo ocorre uma semana depois que o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade por uma explosão que atingiu uma base naval em Mukalla, matando pelo menos seis soldados. Os afiliados do grupo extremista no Iêmen surgiram durante a guerra civil em curso no país e têm se esforçado para expandir sua presença em meio à turbulência no empobrecido país da Península Arábica.

O Iêmen tem sido envolvido em um conflito opondo rebeldes xiitas do país, conhecidos como Houthis, e seus aliados contra o governo do presidente Abed Rabbo Mansour, que é apoiado por uma coalizão liderada pela Arábia Saudita.

Fonte: Associated Press

O Secretário de Estado norte-americano, John Kerry, se encontrou neste domingo com o rei Salman, da Arábia Saudita, para negociações sobre os conflitos na Síria, Líbia e Iêmen, antes de reuniões maiores sobre essas crises na Europa, esta semana.

Kerry também previa se encontrar com o príncipe herdeiro e o ministro das Relações Exteriores. Sua visita acontece em um momento crítico dos esforços para controlar os combates e incentivar o diálogo político em todos os três países, que tem sido assolados pela violência há anos.

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Kerry está tentando dar apoio à instável trégua na Síria, que tem sido violada por ambos os lados. Enquanto os EUA e seus parceiros acusam o

governo pela grande maioria das violações, eles também reconheceram

violações por parte da oposição.

A situação tem sido ainda mais complicada pelo entrelaçamento de alguns

rebeldes ocidentais e grupos rebeldes apoiados pelos árabes com grupos como a filial da Al-Qaeda, conhecida como Frente Nusra, que a ONU considerou uma organização terrorista e, portanto, não abrangida pela trégua. A Arábia Saudita e os EUA rejeitaram tentativas da Rússia de colocar os rebeldes na

lista de terroristas da ONU.

Kerry viaja ainda neste domingo para Viena, onde ele será coanfitrião nas negociações sobre a Líbia com ministro das Relações Exteriores da Itália e, em seguida, sobre a Síria com sua contraparte russa. Ele, então, irá a Bruxelas para uma reunião de ministros de relações exteriores da OTAN antes de voar para a Ásia para se reunir com o presidente Barack Obama no Vietnã.

Fonte: Associated Press

Um jovem iemenita conhecido por seus comentários contrários aos jihadistas radicais nas redes sociais foi morto em Aden. O corpo de Omar Batawil, de 18 anos, foi encontrado agonizado com vários disparos em Sheikh Othman, sul da capital.

"Omar foi sequestrado perto de casa por homens armados", relatou um parente, acusando os "islamitas radicais". O crime não foi reivindicado, mas as autoridades suspeitam de envolvimento de extremistas religiosos.

Forças do Iêmen leais ao governo reconhecido internacionalmente realizaram ataques aéreos a posições da Al-Qaeda no sul do país, deixando 25 rebeldes mortos, informou um oficial do exército. Os ataques dão continuidade a uma campanha realizada pala coalizão liderada pela Arábia Saudita contra posições do grupo Al-Qaeda.

Tropas do exército entraram em confronto com rebeldes na cidade de Koud, na província de Abyan, no sul do Iêmen, segundo o governador da província, al-Khedr al-Seidy. Na cidade de Zinjibar, também no sul do país, um atentado suicida detonou uma bomba em um carro. O número de mortos ou feridos neste ataque não foi divulgado pelo exército.

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A afiliada da Al-Qaeda que atua no Iêmen, considerada por Washington uma das ramificações mais perigosa do grupo, se aproveitou do conflito entre rebeldes xiitas e as forças do governo para expandir sua presença no país. Uma coalizão de países, liderada pela Arábia Saudita e apoiada pelos Estados Unidos, está dando suporte ao governo internacionalmente reconhecido e realiza ataques aéreos contra rebeldes xiitas, conhecidos como houthis, e seus aliados.

Os houthis controlam a capital iemenita, Sanaa, desde setembro de 2014, e o avanço do grupo sobre outras áreas do país fez com que a coalizão liderada pelos sauditas iniciasse uma guerra em março de 2015. Desde o início dos conflitos, cerca de 9 mil pessoas foram mortas, segundo levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU). Um terço dos mortos eram civis. Fonte: Associated Press.

Israel resgatou os últimos 19 judeus restantes que estavam no Iêmen depois de uma "operação secreta e complexa" para retirá-los do país devastado pela guerra, informou nesta segunda-feira (21) a Agência Judaica de Israel, que trabalha juntamente com o governo e que tem ligação com os judeus ao redor do mundo.

Os judeus desembarcaram em Israel ao longo dos últimos dias. Entre eles, estava um rabino que carregava um rolo da Torá de 500 anos. Centenas de judeus chegaram a Israel do Iêmen nos últimos anos, mas a maioria dos recém-chegados poderia marcar o fim desta imigração. Os 50 judeus restantes no Iêmen querem ficar no país, disse a agência.

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"Este é um momento muito significativo na história de Israel", disse Natan Sharansky, presidente da Agência Judaica. A Agência Judaica não revelou detalhes da missão secreta, caracterizada como uma "operação secreta e complexa". A missão foi chamada de "Miktze Teiman", uma frase em hebraico tirada de um versículo bíblico que traduzida significa "a partir das extremidades do Iêmen".

Os recém-chegados deixaram para trás uma intensa guerra civil no Iêmen e uma série de ataques anti-semitas no país, que a Agência Judaica disse que coloca em risco a comunidade.

Os judeus que optaram por ficar no Iêmen vivem principalmente na capital, Sanaa, onde eles moram em uma local fechado para a embaixada dos EUA e desfrutam da proteção das autoridades iemenitas, disse a agência. Cerca de 50 mil judeus chegaram a Israel do Iêmen desde 1949. Fonte: Associated Press.

O braço da Al-Qaeda no Iêmen capturou outra cidade, Azzan, nesta segunda-feira (1°), estabelecendo postos de controle em suas entradas e tomando prédios do governo antes do amanhecer, após dias de confrontos com separatistas do sul do país, disseram autoridades. A captura de Azzan marca o mais recente avanço da Al-Qaeda na Península Arábica (AQAP, na sigla em inglês), que se aproveita do caos no país em guerra civil para expandir seus domínios.

O grupo havia capturado a cidade portuária de Mukalla, no sul do país, e avançou sobre várias outras, enquanto se movimenta rumo ao oeste na direção da segunda maior cidade iemenita, Áden, sede do governo apoiado internacionalmente. Uma coalizão liderada pela Arábia Saudita e apoiada pelos EUA intervém a favor do governo, mas os rebeldes houthis e seus aliados ainda controlam a capital, Sanaa, e boa parte do norte do país.

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O braço da Al-Qaeda entrou em confronto com os houthis, mas as áreas capturadas estão sob controle nominal do governo. Um grupo afiliado do Estado Islâmico também ganhou espaço nos últimos meses, realizando vários ataques contra xiitas e autoridades do governo.

Azzan, com 50 mil habitantes, fica entre Áden e a província de Hadramawt, rica em petróleo e gás, que tem como capital provincial Mukalla. Autoridades e testemunhas disseram que a Al-Qaeda também tem presença em Áden, com campos de treinamento e operações de contrabando.

O governo dos EUA aponta o AQAP como o ramo mais perigoso da rede terrorista. O braço da Al-Qaeda é apontado como vinculado a várias tentativas de ataques nos EUA e reivindicou a ação contra a publicação satírica francesa Charlie Hebdo, que deixou 12 mortos. Fonte: Associated Press.

Um ataque aéreo realizado pela coalizão liderada pela Arábia atingiu um prédio utilizado pela polícia na capital do Iêmen, Sanaa, matando ao menos 26 pessoas e ferindo outras 15, informaram autoridades de segurança nesta segunda-feira.

As autoridades, que são leais aos rebeldes xiitas contra o governo, conhecidos como houthis, disseram que cerca de 30 pessoas ainda estão presas sob os escombros. As forças de segurança rapidamente isolaram a área, enquanto equipamentos chegavam para ajudar com a busca por corpos e sobreviventes sob os escombros.

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Entre os mortos e feridos estão policiais e rebeldes houthis. O edifício alvejado foi parcialmente utilizado como ponto de encontro para forças de segurança e de vez em quando usado pelos houthis como um ponto de montagem para as forças.

Os ataques aéreos da coalizão liderada pelos sauditas contra os houthis e seus aliados começaram em março de 2015.

Fonte: Associated Press.

Um hospital do grupo Médicos Sem Fronteiras foi atingido por um ataque no norte do Iêmen neste domingo, que matou pelo menos quatro pessoas e feriu dez, informou a entidade humanitária. O episódio é o mais recente de uma série de incidentes fatais em instalações da organização humanitária no país.

Os Médicos Sem Fronteiras (MSF) disseram que o hospital em Razah, distrito da província iemenita de Saada, foi atingido por volta das 9h20 (hora local). A explosão destruiu vários prédios no complexo e as mortes podem aumentar se houver pessoas entre os escombros, disse o grupo em comunicado.

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O MSF disse que não conseguiu confirmar a origem do ataque, mas aviões estavam sobrevoando a área no momento. Uma coalizão liderada pela Arábia Saudita tem realizado ataques aéreos no Iêmen desde março passado, com o objetivo de atingir rebeldes houthis, apoiados politicamente pelo Irã. A província de Saada é um foco de concentração dos houthis.

A coalizão saudita ainda não havia comentado o assunto. Com a explosão deste domingo, é a terceira vez que uma instalação do MSF no Iêmen é alvo de um ataque desde o início do conflito no país. Em 27 de outubro, o grupo disse que ataques da coalizão saudita atingiram outro hospital na província de Saada, enquanto a Arábia Saudita negou responsabilidade no caso, dizendo que não havia aviões da coalizão no local atingido. O grupo informou anteriormente também que outro ataque em 3 de dezembro atingiu um posto de saúde na cidade de Taiz, no sul iemenita. Fonte: Dow Jones Newswires.

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