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O arcebispo polonês Konrad Krajewski, o "esmoleiro" do Papa encarregado do "serviço de primeiros socorros" do Vaticano, é a pessoa que deve colocar em prática as prioridades de Francisco por uma Igreja solidária.

Ex-cerimonialista que serviu a João Paulo II e Bento XVI, foi nomeado arcebispo da Esmolaria Apostólica em 3 de agosto, e recebeu carta branca do Papa argentino para improvisar soluções rápidas para pessoas em dificuldades, segundo explicou aos jornalistas.

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Da ilha italiana de Lampedusa a um abrigo para sem-tetos perto da estação de trem de Termini, este homem de 50 anos deu mais dinâmica a um serviço que sempre funcionou, mas que agora corre a toda velocidade sob o novo pontificado.

A Esmolaria Apostólica, um departamento da Cúria Romana, presta serviços aos pobres em nome do Santo Padre e sob sua responsabilidade.

Para arrecadar fundos, a esmolaria cobra 25 euros ou mais, se possível, para fornecer todo o tipo de diplomas em pergaminho - para casamento, ordenação, festas, entre outros eventos.

No ano passado, 250.000 pergaminhos com o selo papal foram vendidos, e com a renda 6.500 pessoas receberam ajuda.

O escritório atua atualmente em um ritmo intenso de uma centena de serviços por semana.

Onze funcionários distribuem ajuda em um pequeno imóvel de tijolos que abriga a Esmoleria, que trabalha separadamente de outras obras de caridade Cor Unum, Caritas, etc...).

Dezessete calígrafos confeccionam os pergaminhos em suas casas.

Pragmatismo, eficácia. O ar é de mudança. Segundo Krajewski, os guardas suíços, "uma guarda de 120 jovens sempre disponíveis aceitaram uma nova missão: eles ajudam, voluntariamente, a realizar um serviço noturno para pessoas desajustadas" e os acompanhm até em casa.

"Nós recebemos todas as manhãs cartas em um grande envelope. Elas vêm diretamente do Santo Padre. Ele nos orienta: 'Você deve telefonar para ele. Ou você saberá o que fazer... não há critérios, as coisas nascem segundo as circunstâncias", conta.

Quando ele precisa ou deseja ver o Papa, vai diretamente à residência Santa Marta. O encontro dura cerca de 5 minutos.

Krajewski resolve os problemas o mais rápido possível, como por exemplo pagar o aluguel atrasado de uma família. Para evitar mentiras, "nós telefonamos para o padre responsável pela comunidade. É melhor ter uma carta timbrada do padre".

"Outro dia, o Papa me pediu para que eu enviasse 200 euros para uma senhora de Veneza que teve sua carteira roubada quando ia comprar seus remédios. As cartas que ele recebe geralmente são gritos de revolta", conta ele que é conhecido como "Dom Corrado", porque seu nome é muito complicado para ser memorizado.

Enviado pelo Papa a Lampedusa, Konrad Krajewski distribuiu 1.700 cartões telefônicos para que os eritreus sobreviventes o naufrágio telefonassem para suas famílias.

Muitas vezes a ajuda é espiritual. Cartas, telefonemas e visitas. Seu pequeno Fiat branco rodou muitos pelas ruas neste ano.

No início de novembro, o Papa recebeu uma carta emocionante de uma família italiana falando da perda irreparável de sua pequena Noemi, pois sofria de atrofia muscular espinal. Ele enviou Krajewski para ver a família, que foi hospedada na noite seguinte na residência Santa Marta, e para quem ele pediu para que a multidão reunida na Praça São Pedro orasse.

Frente a uma falha humana, "o Papa geralmente diz: 'por que esta vida fracassada aconteceu a ele e não comigo?'

E acrescenta: "meus braços são muito curtos. Estenderemos meus branços com os seus", em referência a "Dom Corrado".

O papa Francisco tem buscado envolver-se ao máximo na reforma do banco do Vaticano e na administração das finanças da Santa Sé e incumbiu seu secretário pessoal, o monsenhor Alfred Xuereb, de acompanhar o trabalho de duas comissões de inquérito criadas este ano para tratar desses dois assuntos. Essas informações foram fornecidas hoje pelo padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano.

Xuereb foi nomeado delegado papal das duas comissões. Desta maneira, ele terá a obrigação de "acompanhar as comissões e manter o papa informado (...) sobre o andamento dos trabalhos e possíveis iniciativas" futuras.

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Lombardi esclareceu que a intenção é "meramente facilitar a comunicação" entre o papa e as comissões antes que os próximos passos sejam dados. Fonte: Associated Press.

Com uma dívida considerada "impagável" pelo Vaticano, a Arquidiocese do Rio de Janeiro será socorrida por um financiamento do papa Francisco por causa do rombo deixado depois da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). A reportagem apurou que a Santa Sé deverá contribuir com um "valor significativo" e está negociando os termos e os valores do resgate.

Se o evento, realizado entre os dias 23 e 28 de julho deste ano, foi um sucesso total para a imagem do papa em sua primeira viagem internacional, o Vaticano e o papa pessoalmente ficaram preocupados diante da falta de controle com os gastos, justamente em um pontificado marcado pela austeridade e as ordens do pontífice aos sacerdotes para que evitem exageros.

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A Jornada da Juventude no Rio acabou custando R$ 350 milhões. Parte do valor foi pago com as inscrições dos participantes. Recursos públicos também foram usados, num total de R$ 118 milhões entre os três níveis da administração. Só o governo federal teve de arcar com R$ 57 milhões.

Ainda assim, o evento terminou com uma dívida de R$ 90 milhões para a Arquidiocese do Rio, que era a responsável pela Jornada.

No Vaticano, o sinal de alerta foi dado quando a Santa Sé foi informada de que a Arquidiocese vendeu um imóvel onde funciona o Hospital Quinta D’Or, em São Cristóvão, na zona norte. Com a venda, foram arrecadados R$ 46 milhões.

Fontes na Itália confirmaram à reportagem que de fato a situação do rombo obrigou o Vaticano a negociar uma solução para a Arquidiocese do Rio. Mas não sem antes fazer exigências sobre o controle das contas e deixar claro que, para os próximos eventos, as cidades e arquidioceses terão de adotar outros padrões.

O papa e seu entorno não teriam ficado satisfeitos com as notícias do buraco nas contas, principalmente porque consideraram que alguns dos gastos não foram justificados.

Guaratiba

O Vaticano também não entendeu como os organizadores permitiram a confusão operacional em relação às obras em Guaratiba, onde ocorreria a última missa. As chuvas obrigaram o evento a ser transferido para a Praia de Copacabana. Mas os custos não foram recuperados. Só com a dragagem de rio em Guaratiba, a prefeitura gastou R$ 6 milhões.

Antes da viagem do papa, o Vaticano havia minimizado a questão dos custos. "Há 30 anos se fala disso (sobre o uso de verba pública) e nada disso é novo", declarou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, na ocasião.

Para Lombardi, o dinheiro movimentado para a preparação do evento ficaria no próprio país. "Com frequência, quando há gastos, eles são destinados a pagar por um trabalho. Não é que se jogue nada pela janela, ao mar. Serão dados (recursos) a quem trabalha para atender a ordem pública e para construir as estruturas necessárias. De fato, é dinheiro que beneficia quem realiza certos serviços no campo do bem comum para esse grande evento e interessa a maior parte da população", justificou. "Não são recursos desperdiçados."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O papa Francisco advertiu que a desigualdade e a exclusão social "geram violência" no mundo e podem provocar "uma explosão", em sua primeira exortação apostólica, divulgada nesta terça-feira pelo Vaticano.

"Até que não se revertam a exclusão e a iniquidade dentro de uma sociedade e entre os distintos povos será impossível erradicar a violência", escreveu o papa no documento Evangelii Gaudium" (A alegria do Evangelho).

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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que a Igreja também é responsável pela indenização de vítimas de padres pedófilos. Os ministros analisaram um recurso da Mitra Diocesana de Umuarama, no interior do Paraná, que não quer pagar R$ 100 mil de danos morais a um garoto que sofreu abusos sexuais de um padre, em 2002, quando tinha 14 anos.

O caso, divulgado ontem, 25, pelo jornal Folha de S. Paulo, foi julgado pela Terceira Turma do STJ no dia 19. O padre José Cipriano da Silva confessou o crime, mas a ação penal continua em andamento desde 2004, já que o réu discute que era incapaz quando violentou a criança.

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A vítima foi abusada na Casa Paroquial de São Tomé, norte do Paraná.

A condenação de R$ 100 mil foi dividida pela Justiça paranaense entre a diocese e o padre de forma solidária - ou seja, a Igreja paga tudo se o réu não tiver o dinheiro disponível.

A relatora, a ministra Nancy Adrighi, considerou que há vínculo de subordinação entre o padre e a Mitra, o que gera a responsabilidade solidária. O advogado da diocese, Hugo Cysneiros, disse que deve recorrer. "Ele agiu fora do ambiente sacerdotal", disse. "Tão logo surgiram os primeiros boatos, ele foi excluído das atividades e obrigado a deixar a Igreja."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O papa Francisco recebeu nesta sexta-feira, na Cidade do Vaticano, uma visita do presidente da Fifa, Joseph Blatter. O dirigente esteve com o pontífice para falar de futebol e entregar-lhe uma edição da nova edição da revista da entidade, a "The Fifa Weekly". "Foi um momento incrível", resumiu Blatter em sua página no Twitter.

O dirigente entregou ao papa uma versão exclusiva da revista em latim. Entre outros assuntos, a publicação exibia uma reportagem fotográfica sobre o San Lorenzo de Almagro, da Argentina, time para o qual o pontífice já admitiu torcer. Ele é, inclusive, sócio do clube.

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Segundo comunicado oficial divulgado pela Fifa, os tradutores encontraram dificuldades por conta de termos como "pênalti", "escanteio" e "centroavante" que não fazem parte do antigo vocabulário romano. Blatter, no entanto, minimizou. "Falar sobre futebol pode ajudar a conectar as pessoas e construir pontes", apontou, no Twitter.

"Ainda não devemos abrir as garrafas de champanhe ou da bebida com que vamos festejar, porque temos de trabalhar juntos até o final", afirmou o arcebispo de York, John Sentamu.

"Apoio energicamente a ordenação de mulheres como bispos e espero que a Igreja da Inglaterra dê este passo-chave para garantir seu lugar como uma Igreja moderna e em contato com nossa sociedade", declarou o primeiro-ministro David Cameron após a adoção do projeto.

Entre as propostas aprovadas está a de nomear um mediador para resolver qualquer problema quando a autoridade das bispas for questionada pelo clero tradicionalista. Além disso, serão tomadas medidas disciplinares contra o clero que não cooperar com o mediador.

Este novo projeto, apresentado pelo bispo de Rochester, James Langstaff, poderá receber sua sanções definitiva em julho ou novembro de 2014, em um novo sínodo geral.

Eram necessários dois terços de cada um dos participantes no sínodo - bispos, clero e laicos - para a aprovação.

Em novembro de 2012, o projeto foi avaliado pelos bispos, mas topou com a resistência dos laicos.

Começa nesta segunda-feira (11) a construção da Igreja de São José, no Alto José Bonifácio, Zona Norte do Recife. A obra é o gesto concreto da 109ª Festa de Nossa Senhora da Conceição, que terá início no próximo dia 29 de novembro.

A construção da igreja começará logo após o Padre José Roberto França, pároco do Morro da Conceição, dar a bênção especial no terreno onde a edificação será construída. A ação, que acontecerá antes dos pedreiros começarem o trabalho, contará com a presença da comunidade paroquial do Alto José Bonifácio. Para a construção, a igreja está pedindo o apoio dos fieis.

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Com informações da assessoria

O formato de uma igreja dos Estados Unidos gerou polêmica na internet nesta quarta-feira (30). É que uma imagem tirada de satélite do Google Earth, mostra o templo com formato semelhante ao de um pênis.

A igreja que começou a ser construído em janeiro deste ano na cidade de Dixon, Illinois, chamou atenção por outro detalhe: um dos slogans da igreja é "Rising up" , que pode ser traduzido como “Erguendo-se”.

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A Secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, inicia nesta quarta-feira (23), uma serie de reuniões sobre poluição sonora, com os representantes de estabelecimento ruidosos como, dono de bares, restaurantes, templos religiosos e comércio em geral. Para o primeiro evento foram chamados mais de 40 representantes de igrejas evangélicas que funcionam na cidade, com a intenção de orientar sobre a altura máxima permitida pela lei municipal durante o dia e noite. O evento ocorrerá das 14h às 17h, na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), no Derby, no Centro.

No Recife, é o Código Municipal de Meio Ambiente e Equilíbrio Ecológico (Lei nº 16.243) que define os limites de emissão sonora na cidade para pessoas jurídicas. No geral, é permitido um volume de até 70 decibéis, das 6h às 18h. À noite, o máximo é 60 db. Mas, esses números caem ainda mais quando o incômodo atinge escola, creche, biblioteca pública, cemitério, hospital, ambulatório, casa de saúde ou similar. Nesses casos, a lei determina que o máximo é 55 db durante o dia, e 45 db no período noturno. Já as punições vão desde advertência até multa de R$ 5 mil.

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O Papa Francisco saudou neste domingo (20) os jovens que participaram em uma corrida no Vaticano e agradeceu a eles por recordarem que 'o fiel é um atleta do espírito'. Cerca de 5.000 jovens participaram na prova atlética intitulada "Corrida da fé", organizada pelo Vaticano para destacar "os valores educativos, culturais e espirituais" do esporte.

"Muito obrigado! Porque vocês nos recordam que os fieis são atletas do espírito", declarou Francisco ante milhares de pessoas congregadas na Praça de São Pedro para a oração do Angelus.

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A corrida de três horas, que aconteceu na Via da Conciliação, aconteceu num clima de oração, e os participantes "correram para levar sua mensagem de fé e esperança ao mundo", segundo Conselho para a Cultura do Vaticano.

O Supremo Tribunal francês rejeitou nesta quarta-feira (16) o recurso apresentado pela Igreja da Cientologia contra sua condenação por fraude e formação de quadrilha, em segunda instância, que passa a ser definitiva na França. A organização vai apresentar um recurso à Corte Europeia dos Direitos Humanos (CEDH).

Na audiência do dia 4 de setembro, os advogados da Cientologia haviam alegado um atentado contra a liberdade religiosa. "É um golpe muito duro para a cientologia", disse Olivier Morice, advogado da Unadfi, a associação que luta contra as seitas. "Esta é a primeira vez que na França a organização é atingida no seu coração".

"A etiqueta religiosa que utilizam para tentar enganar o ordenamento jurídico e violar a ordem pública francesa já não funciona", destacou Claire Waquet, outra advogada da Unadfi. Em Los Angeles, onde tem sua sede mundial, a Cientologia denunciou um "processo de heresia".

"A Corte não examinou as violações fundamentais dos direitos humanos dos acusados, algo que contaminou todos os aspectos deste caso", acrescentou a Igreja da Cientologia em um e-mail enviado à AFP. O representante da Cientologia na França, Éric Roux, denunciou "uma loucura judicial" e "uma violação da liberdade religiosa", e estimou que a CEDH julgará "sem pressão".

Em 2 de fevereiro passado, o Tribunal de Apelações de Paris confirmou a condenação de duas estruturas parisienses da Cientologia, o Celebrity Centre e sua livraria, SEL, a pagar multas de 200 mil e 400 mil euros.

A justiça condenou ainda cinco membros da igreja por explorar a vulnerabilidade de adeptos para obter altas somas em dinheiro, entre eles Alain Rosenberg, "dirigente de fato" da Cientologia parisiense, e Sabine Jacquart, ex-presidente do Celebrity Center, sentenciados a dois anos de prisão - com "sursis" - e multa de 30 mil euros.

Classificada como seita na França por vários relatórios parlamentares, a Igreja da Cientologia é considerada religião nos Estados Unidos e em países europeus como Espanha, Itália, Holanda e Suécia. Fundada pelo escritor americano de ficção científica Ron Hubbard, a Igreja da Cientologia afirma reunir 12 milhões de adeptos no mundo, sendo 45 mil na França.

O novo secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, 58 anos e ex-núncio na Venezuela, assume nesta terça-feira seu posto, em substituição ao cardeal Tarcisio Bertone, em cerimônia presidida pelo papa Francisco.

Monsenhor Pietro Parolin, o novo "primeiro-ministro" e número 2 do Vaticano, colaborará com o Papa na tarefa de reformar a Igreja e seu governo, a Cúria.

A nomeação de Parolin, embaixador do Vaticano na Venezuela desde 2009, foi recebida favoravelmente. Ele é considerado um homem modeste, acessível, aberto e competente.

Terá menos poder que seus predecessores, já que se encarregará, principalmente, da diplomacia vaticana.

"É uma grande escolha, um homem eficiente, bom negociador, muito equilibrado", declarou o monsenhor Jean-Louis Tauran, atual ministro para o dialogo interreligioso e antigo chefe diplomático de João Paulo II.

Segundo fontes internas, Parolin deverá compartilhar o cargo com o "moderator Curiae", um coordenador entre os vários ministérios da Cúria Romana, um cargo que não foi criado, mas que o pontífice está delineando.

A posse de Parolin marca o início de uma nova era no Vaticano e do pontificado de Francisco, que deseja colocar em andamento a reforma da Cúria Romana.

Designado em agosto para o cargo, o novo número dois da Santa Sé surpreendeu por suas declarações sobre o celibato, ao afirmar que não é um dogma, e pela facilidade de acesso à imprensa.

Francisco, que respeita a tradição de que o Papa estrangeiro nomeia um italiano como braço direito, também aposta em favorecer o diálogo direto com sua equipe de trabalho.

A saída de Bertone, um salesiano sem experiência na gestão de assuntos diplomáticos e que está prestes a completar 79 anos, acontece após uma série de escândalos que atingiram a Igreja Católica nos últimos anos: pedofilia, Vatileaks e reforma das finanças do Vaticano.

Sua gestão foi marcada por rivalidades e intrigas nas altas esferas do Vaticano. Ele foi acusado de erros de administração, favoritismo e de adotar decisões questionáveis, embora sua honestidade nunca tenha sido colocada em xeque.

Apesar das acusações, Bento XVI o manteve até o fim em seu cargo.

Poliglota, considerado particularmente jovem para este posto, ele nasceu na região de Veneto, no nordeste da Itália. Seu pai era o dono de uma loja de ferragens e sua mãe era professora.

Ordenado sacerdote em abril de 1980, o padre Pietro Parolin estudou na Universidade Pontifícia Gregoriana de Roma e em 1983 entrou para a Academia Pontifícia Eclesiástica, encarregada de formar o corpo diplomático da Santa Sé.

Seu primeiro cargo foi na Nigéria (de 1986 a 1989) e depois esteve no México, até novembro de 1992, quando o papa João Paulo II o nomeou para o posto de vice-secretário para as relações com o Estado, verdadeiro "número três" da diplomacia vaticana.

Na Secretaria de Estado, esteve a cargo das relações com os Estados, entre eles Espanha, Andorra, Itália e a República de San Marino.

O novo secretário de Estado do Vaticano trabalhou em vários assuntos delicados, como as relações com a China comunista, Vietnã e Israel.

Depois de passar pouco menos de sete anos a serviço dos secretários de Estado Angelo Sodano e Tarcisio Bertone, Bento XVI o nomeou em agosto de 2009 como núncio apostólico na Venezuela.

Bispo desde 2009, sua gestão das relações com a Venezuela estiveram marcadas pelas tensões entre o episcopado venezuelano e o governo de Hugo Chávez, falecido em março passado.

A Arquidiocese do Rio passa, desde esta segunda-feira (7), a integrar um grupo de instituições críticas da atuação da Polícia Militar (PM) nos protestos de rua iniciados em junho. Bispo auxiliar da Arquidiocese, dom Antonio Augusto Dias Duarte participou de um ato de repúdio à violência policial organizado pela seção Rio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ). O religioso representou o arcebispo, dom Orani Tempesta.

"Nós estamos vivendo numa sociedade em que as pessoas, para atingir seus objetivos, não buscam mais o diálogo como uma via de superação das diferenças, mas buscam a violência. Seja a violência física, seja a violência verbal, ou pior das violências: a violência implícita, a que tenta silenciar a voz daqueles que querem defender os verdadeiros direitos humanos. Tenho que conclamar todos nós a não fazermos apenas um ato de repúdio à violência, mas de busca do diálogo. A violência é o fracasso do diálogo", afirmou o bispo.

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Uma comitiva com representantes da Igreja, da OAB e da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) terá, nesta terça-feira (8), reunião com o secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, para pedir mudanças na forma de atuação dos policiais nas manifestações.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal da OAB, Wadih Damous, disse que os PMs agem como "jagunços" nos protestos. "A política de segurança pública não sabe conviver com o regime democrático. O que vemos no Rio é uma política de extermínio de manifestantes, pondo em risco a vida das pessoas com o uso indiscriminado de balas de borracha e sprays de pimenta. Esses jagunços têm que ser punidos."

O presidente da OAB-RJ, Felipe Santa Cruz, também criticou o que classificou de despreparo da polícia. "A polícia sempre agiu violentamente nas comunidades carentes. A sociedade só acordou para isso quando a polícia sai das comunidades e vem para a rua tratar da agenda da classe média. A PM é a polícia da ditadura. É o braço armado dos piores resquícios do Estado autoritário", disse.

No ato desta segunda-feira foi defendida a desmilitarização da PM dos Estados. Também estiveram presentes ao evento representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e de movimentos sociais, além de políticos como o senador Lindbergh Farias (PT), que planeja disputar a eleição para governador em 2014, e a deputada federal Jandira Feghalli (PCdoB), também pré-candidata ao governo do Rio.

O papa Francisco nomeou nesta quarta-feira, 25, frei João Inácio Müller, como bispo diocesano de Lorena (SP). Frei Müller, atualmente ministro provincial dos Frades Menores Franciscanos em Porto Alegre (RS), sucede a dom Benedito Beni dos Santos, que renuncia por ter completado 75 anos. Dom Beni foi bispo auxiliar na Arquidiocese de São Paulo entre 2003 e 2007, sendo o responsável pela Região Episcopal Lapa.

O Santo Padre também realizou nesta data a transferência de dom Marco Eugênio Galrão Leite de Almeida, até agora bispo de Estância (SE), como novo auxiliar da arquidiocese de São Salvador (BA). Na ocasião, foi nomeado dom Giovanni Crippa, que também é bispo auxiliar de Salvador, como administrador apostólico da vacante Diocese de Estância.

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Frei João Inácio Müller nasceu em Lajeado (RS) e tem 53 anos. Ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1973, professando os votos religiosos em 1981. Recebeu a ordenação presbiteral em 1988, e trabalhou como animador vocacional e na formação dos novos frades. Foi mestre de noviços por sete anos e definidor provincial por nove anos. O novo bispo possui ainda mestrado em Teologia, com especialização em Espiritualidade Franciscana, pelo Pontifício Ateneo Antonianum.

O grupo de trabalho da Comissão Nacional da Verdade que se propõe a esclarecer a atuação de igrejas durante a ditadura militar poderá chamar a depor religiosos que colaboraram com o regime. São pessoas de difícil identificação, já que seus nomes não constam de documentos, e que não seriam necessariamente obrigados a falar o que sabem, segundo Jorge Atílio, coordenador do grupo.

Na terça-feira, 17, em depoimento à comissão no Rio, o economista e ex-preso político Marcos Arruda, preso e torturado em 1970, contou que, na cadeia, esteve com dois capelães. Arruda disse a um deles que sua vida dependia que sua família fosse avisada de sua detenção, mas ainda assim o religioso se recusou a ajudá-lo.

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Sabe-se que havia capelães dentro dos quartéis do DOI-Codi que tinham conhecimento das torturas e silenciavam a respeito. Há relatos de delações por parte de religiosos que resultaram em detenções e demissões.

Nesta quarta-feira, 18, a historiadora e ex-presa Jessie Jane relatou que o então arcebispo do Rio Dom Eugenio Sales (1920-2012) proibia que os presos políticos tivessem assistência dos religiosos da pastoral carcerária, diferentemente do que acontecia com os presos comuns.

No outro extremo, Jessie relatou a solidariedade que recebeu de Dom Waldyr Calheiros, bispo de Volta Redonda, que a acolheu e lhe deu trabalho quando de sua saída de nove anos de prisão, em 1979.

"Eu ficava intrigada: como é que podia uma mesma igreja ter um homem do sistema, como Dom Eugenio, e Dom Waldyr, que abraçava os direitos humanos para além das ideologias?", contou Jessie. Ela citou também o padre italiano Renzo Rossi (1925-2013), que auxiliou militantes de esquerda, visitou presídios e ajudou em fugas.

"Todas as igrejas tiverem os dois lados, o dos que ajudaram a criar o clima que possibilitou o golpe e depois aderiram, legitimaram e consolidaram a ditadura, e os que resistiram. Existe muita literatura sobre a resistência e quase nada sobre o colaboracionismo", explicou o cientista social e ex-preso Anivaldo Padilha, que idealizou o grupo justamente com o objetivo de fazer essa revisão histórica.

O segundo a depor nesta quarta foi o padre Geraldo Lima, que exaltou o trabalho de Dom Adriano Hipólito (1918-1996), bispo de Nova Iguaçu. Ele chegou a ser sequestrado, torturado e ter bombas jogadas em seu carro e dentro de sua igreja por sua defesa dos direitos humanos.

O recém-nomeado secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, considerou, em entrevista ao jornal El Universal, que o celibato "não é um dogma da Igreja", mas um preceito que pode ser "discutido".

O celibato "não é um dogma da Igreja e pode ser discutido porque é uma tradição eclesiástica", declarou Parolin, ao admitir que este debate é um "desafio" para o Papa Francisco, que o designou em 31 de agosto ao posto de número 2 da Igreja.

"O esforço que a Igreja fez para instituir o celibato eclesiástico deve ser considerado. Não se pode dizer, simplesmente, que pertence ao passado. É um grande desafio para o Papa (...) e todas essas decisões devem ser assumidas como uma forma de unir a Igreja, não de dividi-la", acrescentou na entrevista publicada no domingo.

"É preciso levar em conta o momento de se adotar decisões, os critérios (a vontade de Deus, história da Igreja), assim como a abertura aos sinais dos tempos", opinou o próximo secretário de Estado, que assumirá sua funções em 15 de outubro em substituição ao polêmico Tarcisio Bertone.

Parolin, nascido na região de Véneto (nordeste da Itália), também considerou que as mudanças no Vaticano, como as promovidas pelo Papa, podem ser alcançadas com um "espirito democrático" e "uma condução colegiada da Igreja onde todas as instâncias podem se expressar".

"Sempre foi dito que a Igreja não é uma democracia. Mas é bom, atualmente, que haja um espírito mais democrático no sentido de escutar atentamente, e creio que o Papa tem feito disso um dos objetivos de seu pontificado".

Desde a eleição em março de Francisco, uma ampla reforma da Cúria -governo do Vaticano- está em andamento. O Papa nomeou várias comissões encarregadas de tratar das mudanças nesta instituição e da lavagem de dinheiro do Vaticano. As grandes linhas da reforma da Cúria serão anunciadas no início de outubro.

Parolin, de 58 anos, era núncio da Venezuela desde agosto de 2009. Sua gestão foi marcada pelas tensões entre o episcopado venezuelano e o governo de Hugo Chávez, morto em março.

O arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer, foi recebido ontem na Prefeitura com uma missão: impedir a aprovação do projeto de lei que libera o sepultamento de animais domésticos, como cães e gatos, em jazigos comuns dos cemitérios municipais. A proposta, dos vereadores Roberto Tripoli (PV) e Antonio Goulart (PSD), visa a permitir o enterro dos bichos ao lado de seus donos.

Os parlamentares alegam que os proprietários dos animais os consideram membros da família. "Quando um deles vem a falecer, além do extremo sofrimento da perda, as pessoas em geral se desesperam sem saber para onde destinar o cadáver", diz a proposta da lei.

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Ao prefeito Fernando Haddad (PT), d. Odilo argumentou que a presença de jazigos de animais entre túmulos comuns poderia provocar um processo de depreciação da dignidade humana ou reconhecer aos animais uma dignidade igual à dos humanos, o que seria inaceitável. Informal, a conversa sobre animal ter ou não alma não obteve um desfecho.

Apesar de aprovado em primeira discussão na Câmara Municipal, ainda não há data para nova votação do tema na Casa. Os autores da proposta aguardam uma manifestação de Haddad, o que ainda não ocorreu. A intenção é evitar o desgate de um possível veto do prefeito a uma lei sugerida e aprovada por vereadores da base aliada.

Velório

De acordo com Tripoli, a liberação é uma demanda da sociedade e um direito do cidadão, que paga para adquirir e manter um túmulo. "A pessoa que compra o espaço pode usá-lo como quiser. Se quiser enterrar um cachorro ali, qual é o problema? O Município não vai gastar nada com transporte."

O vereador ressalta ainda que os poucos cemitérios e crematórios particulares destinados a bichos domésticos na cidade cobram altíssimas taxas, praticamente inviabilizando o uso pela maioria da população. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quem passou pelo bairro de Campo Grande, na Zona Norte do Recife, neste sábado (24) teve acesso a atendimentos de saúde e orientações jurídicas. A Igreja Verbo da Vida, localizada na Estrada de Belém, realizou a primeira edição do projeto Verbo Social que pretende oferecer aos moradores da região serviços de forma gratuita.

Das 9h às 15h as salas da igreja se transformaram em consultório médico, espaço para corte de cabelo, pontos de vacinação e atendimento espiritual. Do lado de fora as crianças podiam participar de atividades educativas e aprender a forma correta de escovar os dentes. Para os adultos foram oferecidos teste de glicose e aferição de pressão.

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De acordo com o pastor e idealizador do projeto, Cristiano Arcoverde, mais de 100 pessoas receberam atendimentos diversos neste sábado. Os serviços foram executados por membros da própria igreja e voluntários de fora.

Na avaliação de Arvoverde, a primeira edição do Verbo da Vida foi excelente e deve voltar a ocorrer outras vezes. “Na nossa visão a igreja não é só um local para cultuar. É importante que ela tenha o papel de ação social e nós estamos motivados”, afirmou.

A doméstica Ioná Santos Alves, de 38 anos, aproveitou a oportunidade para conversar com o médico. “Estou sentido algumas dores e como não tive tempo durante a semana estou aqui hoje. Sou moradora do bairro que achei legal essa ação”, concluiu.

 

 

Três membros da Igreja da Unificação, também conhecida como seita "Moon", atearam fogo aos próprios corpos na Coreia do Sul nesta quinta-feira, dias antes do primeiro aniversário da morte de seu controverso fundador, Sun Myung Moon, segundo a agência de notícias Yonhap.

Duas mulheres e um homem atearam fogo em si mesmos nos centros da Igreja da Unificação em Gapyeong, a leste de Seul, informou a agência. Os três sofreram queimaduras graves e dois deles estão em estado grave, acrescentou.

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Moon morreu aos 92 anos no dia 3 de setembro. A Igreja da Unificação nasceu das ruínas da Guerra da Coreia (1950-1953) e foi exportada com sucesso a vários países, incluindo Estados Unidos.

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