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A futura gestão João Doria (PSDB) vai alterar a forma como a Prefeitura analisa e concede licenciamento para empreendimentos imobiliários, sejam eles de pequeno ou grande porte. A expectativa é de que o tucano lance, logo em janeiro, o serviço Aprova Rápido, espécie de balcão único, onde o empresário concentrará seus pedidos para realização de obras comerciais e residenciais na capital.

Sob o controle da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, o departamento terá prazo máximo para deferir ou indeferir a solicitação. A estimativa é de que esse período não passe de 30 dias, desde que o pedido esteja de acordo com as normas.

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As mudanças previstas no setor de licenciamento da Prefeitura já estão sendo elaboradas pela equipe de Doria e em conjunto com representantes do mercado, que reclamam da demora na análise de seus protocolos, apesar dos avanços obtidos nessa esfera pela gestão Fernando Haddad (PT), que criou uma secretaria específica para tratar do assunto. O Aprova Rápido vai reunir representantes de diversas secretarias municipais que também precisam dar aval para as obras, como Transportes e Verde e Meio Ambiente.

O novo governo tem tratado a proposta como um aprimoramento da atual Comissão de Análise Integrada de Projetos de Edificações e de Parcelamento do Solo (Caieps), implementada pela secretária de Licenciamento, Paula Motta Lara. Segundo análise da equipe de Doria, o Caieps falha por não impor prazos nem integrar os serviços do governo do Estado, como os prestados pela Sabesp e pela Cetesb. Isso porque alguns empreendimentos, especialmente os de grande porte, como shoppings e conjuntos corporativos, exigem liberação também de órgãos estaduais.

As alterações no sistema de licenciamento passam ainda por uma nova distribuição de funções. No ano que vem, a base aliada do tucano na Câmara será convocada a aprovar a extinção da Secretaria de Licenciamento (SEL), ato que precisa ser oficializado em lei.

As atribuições da pasta serão divididas em outras três: as futuras prefeituras regionais continuarão responsáveis pelo licenciamento de projetos de até 1,5 mil m², a Habitação passará a cuidar dos empreendimentos de Habitação de Interesse Social (HIS) e o Desenvolvimento Urbano, assumirá o restante.

Para a urbanista Lucila Lacreta, do Movimento Defenda São Paulo, o futuro governo não deveria se preocupar apenas com a rapidez do licenciamento, mas com a qualidade desse serviço prestado pela Prefeitura. "Não podemos transformar a cidade em um balcão de negócios imobiliários. A agilidade é importante, mas o planejamento urbano é mais e ele não pode ficar em segundo plano."

Transparência

Presidente de Comissão de Direito Urbanístico da OAB-SP, o advogado Marcelo Manhães acredita ser fundamental se investir na celeridade do processo, mas também na sua transparência. "Isso teve início ainda na gestão de Gilberto Kassab (PSD), que lançou o licenciamento eletrônico. Mas, apesar dessa medida, a área ainda é muito problemática. O licenciamento de uma torre residencial não sai antes de um ano. Isso encarece a obra. É o famoso Custo Brasil", disse.

Fazer funcionar um balcão único para apresentação dos protocolos é medida essencial, segundo Manhães. "Um modelo interessante que pode ser seguido é o do Graprohab (Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo), da Secretaria Estadual de Habitação. Lá, um mesmo protocolo circula por nove ou dez órgãos ao mesmo tempo." Nenhum representante da SEL foi achado nesta terça-feira para comentar a proposta. Segundo dados oficiais, de janeiro de 2013 a junho deste ano, a pasta licenciou 76.321 novas unidades de HIS. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Interessadas em alavancar as vendas no período de promoções da Black Friday, incorporadoras e construtoras começam a partir desta terça-feira, 1, a oferecer reduções nos preços de mais de 200 empreendimentos, entre comerciais e residenciais.

Até o último dia do mês, mais de 30 incorporadoras e a plataforma digital VivaReal prometem oferecer ao consumidor descontos de até 50% nos imóveis. Nos empreendimentos comerciais, os descontos chegam a R$ 975 mil, enquanto nos residenciais, a R$ 210 mil, segundo o VivaReal. O maior desconto porcentual é de 50%, no empreendimento comercial Rossi Business Itaboraí, no Estado do Rio de Janeiro.

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Os descontos podem ser aproveitados em todo o Brasil. As cidades participantes incluem São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Curitiba, Fortaleza, Salvador, Maceió, Natal, Recife, Goiânia, São Bernardo do Campo, Santo André e São Caetano do Sul.

Black Friday

Uma das datas que registram maior número de vendas durante o ano, a Black Friday teve origem nos anos 1960, nos Estados Unidos, e foi introduzida no Brasil em 2010. Por lá, a promoção começa nas sextas-feiras seguintes ao Dia de Ação de Graças, comemorado dia 24 de novembro.

A data oficial da promoção no Brasil em 2016 é 25 de novembro. Por aqui, contudo, algumas lojas e empresas disponibilizam promoções de Black Friday durante todo o mês de novembro.

Segundo a E-bit, que calcula a reputação de lojas virtuais, 84% dos consumidores que fazem compras online têm intenção de comprar na Black Friday deste ano. A estimativa é que o volume de vendas ultrapasse os R$ 2 bilhões no Brasil apenas no dia 25 de novembro. Em 2015, a data teve um crescimento de 76% em relação ao ano anterior.

Após 13 meses consecutivos de queda, o mercado imobiliário nacional registrou aumento nas vendas em agosto em relação ao mesmo mês do ano anterior. Foram negociadas 9,271 mil unidades, o que representa um pequeno avanço de 1,4% na comparação com as vendas de agosto de 2015, de acordo com pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A pesquisa considera dados fornecidos por 19 incorporadoras de grande porte, com presença em diversas regiões, e associadas à Abrainc.

No acumulado do ano até agosto de 2016, as vendas somaram 67.069 unidades, queda de 11,3% frente ao volume observado no mesmo período de 2015. Já nos últimos 12 meses, foram vendidas 103.675 unidades, volume 13,3% inferior ao total de vendas do período precedente.

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Foram lançadas 4.611 unidades em agosto de 2016, o que representa um aumento de 70% frente ao volume lançado no mesmo mês de 2015. No acumulado de 2016, os lançamentos totalizaram 38.586 unidades, volume 18,5% superior ao observado no mesmo período de 2015. Considerando os últimos 12 meses, o total lançado (70.039 unidades) representa um aumento de 4,3% face ao observado no período precedente.

Entregas e Oferta

Em agosto de 2016 foram entregues 10.633 unidades, o que corresponde a um aumento de 13,8% frente ao número de unidades entregues em igual etapa de 2015. No acumulado de 2016 até agosto, as entregas totalizaram 86.198 unidades, volume 2,6% superior ao observado na mesma base de 2015. Já nos últimos 12 meses, as entregas atingiram 128.656 unidades, volume 18,0% inferior ao total de entregas no período precedente.

Ao final de agosto de 2016, as empresas disponibilizavam 116.211 unidades para compra. No mesmo período, foi vendido o equivalente a 7,7% da oferta do mês, porcentual que representa uma queda de 0,5 p.p. face ao porcentual calculado para agosto de 2015 (8,2%).

Com isso, estima-se que a oferta final de agosto seja suficiente para garantir o abastecimento do mercado durante 13 meses, mantido o ritmo de vendas do mês (9,3 mil unidades/mês).

Distratos

Em agosto de 2016, houve o distrato de 3.754 unidades, o que representa um aumento de 2,8% frente ao número absoluto de distratos observados em agosto de 2015.

No acumulado de 2016 até agosto, o total de distratos foi de 30.321 unidades, patamar 3,9% inferior ao observado até agosto de 2015. Nos últimos 12 meses, foram distratadas 46.268 unidades, alta de 1,7% face ao total de distratos observados no período precedente.

A proposta de aumentar o limite do valor dos imóveis financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) de R$ 750 mil para R$ 1 milhão a R$ 1,5 milhão ganhou força nos últimos meses com a crise que estagnou o mercado imobiliário. A questão está sendo negociada por bancos e por empresários do segmento com representantes do Banco Central. A expectativa do setor é que as mudanças ocorram ainda em 2016.

A proposta sugere que o patamar de R$ 1 milhão seja válido como teto para negócios em que o mutuário utiliza recursos do FGTS como entrada no momento da compra ou na composição da linha de financiamento. Já o limite de R$ 1,5 milhão valeria para os casos sem recursos do FGTS.

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A última elevação no teto do preço dos imóveis que podem ser financiados pelo SFH ocorreu em outubro de 2013. Na ocasião, o governo aumentou o limite de R$ 500 mil para R$ 750 mil em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal. Nos demais Estados, o teto foi para R$ 650 mil.

"O valor do SFH, hoje, está completamente defasado", argumenta o presidente da Federação Internacional das Profissões Imobiliárias, Rodrigo Luna. "Não houve uma grande resistência do Banco Central contra a proposta. Há uma boa chance de efetivar isso ainda nesse ano", comentou o representante de uma associação nacional do ramo imobiliário que preferiu não se identificar.

Os líderes empresariais defendem o aumento do limite para que mais consumidores possam comprar imóveis no âmbito do SFH. Nesse sistema, o crédito imobiliário é regulamentado e conta com taxas de juros abaixo das praticadas no livre mercado. Os bancos têm de destinar, no mínimo, 65% do saldo da caderneta para o crédito imobiliário. Desse total, 80% têm de ser destinados a imóveis na linha do SFH, e o restante para operações com taxas de mercado.

No entanto, há escassez de recursos da caderneta para os financiamentos. Entre janeiro e agosto de 2016, os saques da poupança superaram as captações em R$ 48 bilhões. Já em 2015, esse saldo ficou negativo em R$ 53,6 bilhões.

A saída de recursos está ligada à elevação da taxa básica de juros, que torna mais atrativo o retorno de outras aplicações financeiras em comparação com a caderneta. Outro ponto é que a inflação alta e o desemprego têm levado muitas famílias a sacar suas reservas para pagar despesas ordinárias.

Por conta disso, os recursos do FGTS ganharam importância para o crédito imobiliário. Por lei, esse dinheiro só pode ser direcionado para imóveis enquadrados no SFH. A Caixa Econômica Federal, detentora de uma participação de dois terços do mercado de crédito imobiliário, projeta destinar R$ 90 bilhões para financiamentos ao setor em 2016. Desse montante, R$ 23 bilhões terão recursos oriundos da caderneta e R$ 67 bilhões, do fundo. Com isso, esse será o terceiro ano consecutivo em que o FGTS será a principal fonte de recursos para o crédito imobiliário no País. A Caixa não comentou o assunto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Herdeira de 327 imóveis no Estado, a Universidade de São Paulo (USP) tem 71,8% desses bens ocupados irregularmente (222 deles) ou sem uso (13). A instituição - que vive uma de suas mais graves crises financeiras - usa só 4 desses imóveis para si e aluga 88, arrecadando cerca de R$ 77 mil por mês. A previsão é de que o déficit orçamentário da universidade chegue neste ano a R$ 868 milhões.

Pela legislação estadual, todo recurso proveniente dessas propriedades deve ser aplicado obrigatoriamente na construção e na melhoria de moradias estudantis, apoio a programas de assistência social aos estudantes e em pesquisa e aperfeiçoamento do ensino. A universidade tem autonomia para a venda dos imóveis, ou seja, sem precisar de autorização da Assembleia Legislativa. Desde 2012, cerca de 70 já foram vendidos.

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Esses imóveis foram adquiridos de heranças vacantes - quando o proprietário morre sem deixar herdeiros ou quando estes renunciam aos bens. Todos os 327 foram recebidos até 1990 e incluem casas, apartamentos, lojas, terrenos e fazendas. São 153 na capital, 172 no interior do Estado, 1 em Santa Catarina e 1 em Minas Gerais. Desde 1990, com a mudança na legislação, as heranças vacantes passaram a ser destinadas aos municípios. Só os imóveis herdados pela USP na capital somam R$ 77 milhões em valores venais.

Um desses bens, com valor venal, de R$ 7,4 milhões, fica na Rua Henrique Dias, no Brás, região central. A casa está ocupada por uma família, que mantém quatro lojas de roupas no local. Os comerciantes disseram alugar o imóvel há dois anos, mas não quiseram informar o valor do aluguel e disseram desconhecer o proprietário. A universidade informou ao jornal O Estado de S. Paulo que a propriedade não está alugada e não sabe de lojas.

Residentes

Solange Margarida das Neves, de 51 anos, mora há mais de 30 anos em um imóvel na Casa Verde, zona norte da capital, herdado pela USP. Ela conta que o marido pagava aluguel pela casa, até que o proprietário morreu, sem deixar herdeiros. "Um dia vieram uns funcionários da USP e disseram que o terreno era deles e teríamos de sair. Arranjei um advogado. Porque, se fossem nos tirar daqui, eu queria o ressarcimento. Investimos todo o nosso dinheiro para reformar e melhorar essa casa, temos direito."

Segundo ela, depois que pediu o ressarcimento, funcionários da instituição nunca mais pediram para que deixasse o local, mas já voltaram para fiscalizar o terreno. "Eles vieram para ver se não tínhamos transformado em cortiço ou construído barracos." A universidade não informou se já entrou com ação contra os moradores. Em outra casa, na Água Fria, também na zona norte, foram construídos 26 pequenos apartamentos (com quarto e cozinha). Os moradores mais antigos do local disseram ter comprado as unidades há mais de 30 anos e nunca receberam ninguém da USP. A instituição não informou se existe ação para a desocupação.

Interesse

Em nota, a USP informou que "a venda e a gestão desses bens são dificultadas por pendências administrativas e jurídicas quanto à documentação e ao fato de estarem ocupados irregularmente". A universidade não informou para quantos dos 222 imóveis ocupados já entrou com ação para reintegração de posse. Também não informou se tem interesse em regularizar a situação das propriedades para venda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) avisa as entidades da Administração Pública que irá alienar cinco imóveis do Fundo do Regime Geral de Previdência Social em Brasília. São cinco apartamentos, com preços mínimos entre R$ 570 mil e R$ 780 mil. Os interessados têm 15 dias para se manifestar.

O aviso está publicado no Diário Oficial da União (DOU).

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Para celebrar o Dia do Corretor, que é comemorado em 27 de agosto, a unidade João Pessoa da Faculdade Maurício de Nassau irá realizar um evento com profissionais da área. Nos dias 24, 25 e 26 do mesmo mês, serão oferecidas palestras no auditório da Faculdade, das 18h às 22h, gratuitamente.

O evento vai abordar temas como a Responsabilidade civil do corretor de imóvel; Atualizações das leis de usucapião e leis correlatas do segmento imobiliário; Análise e Avaliação de obras; Marketing pessoal e uso de mídias sociais. As inscrições para o evento devem ser realizadas pelo e-mail negociosimob.epi@mauriciodenassau.edu.br. É necessário enviar dados como nome completo, RG e CPF. O auditório da unidade João Pessoa da Faculdade Maurício de Nassau está localizado na Avenida Epitácio Pessoa, 1201, Bairro dos Estados. 

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Confira, abaixo, a programação:

Quarta-feira, 24 de agosto

17h00 - Credenciamento

18h00 - Boas-vindas aos participantes

18h30 - Abertura do evento

19h00 – Palestra 1: responsabilidade civil do corretor de imóveis, com Rômulo Soares Lima – presidente do CRECI/PB

20h30 - Palestra 2: Mídias sociais – implementando suas vendas

21h30 – Encerramento

Quinta-feira, 25 de agosto

18h30 - Abertura dos trabalhos da noite

19h00 - Palestra 1: Marketing pessoal – um diferencial no mercado, com Juliana Nóbrega

20h00 - Palestra 2: Análise e avaliação de obras

21h30 - Encerramento

Sexta-feira, 26 de agosto

18h30 - Abertura dos trabalhos da noite

19h00 - Palestra: Atualizações das leis de usucapião e leis correlatas do segmento imobiliário 

21h00 - Encerramento

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Na última quarta-feira (27), quatro imóveis fechados e abandonados do bairro do Cordeiro, Zona Oeste da cidade, foram alvo de uma ação da Vigilância Ambiental da Prefeitura do Recife. Em um dos imóveis, os profissionais encontraram larvas de mosquitos, que foram coletadas e encaminhadas para análise no laboratório do Centro de Vigilância Ambiental da capital pernambucana.

Em outro imóvel, duas das três caixas d’água estavam com água e precisaram ser esvaziadas para não se tornar um local de reprodução das larvas. Nas demais casas, havia materiais entulhados na área interna, tornando o local propício para a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

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A ação contou com o apoio da Guarda Municipal. De fevereiro até agora, 39 imóveis em situação de abandono foram abertos na cidade. De acordo com a Prefeitura do Recife, na capital, 76 terrenos e imóveis precisaram da intervenção de um chaveiro para que os agentes de saúde ambiental e controle de endemias (asaces) da Secretaria de Saúde consigam realizar o trabalho de inspeção.

Segundo a Secretaria Executiva de Vigilância à Saúde, nas residências onde há muito entulho, a Vigilância Sanitária vai emitir o termo de notificação para que o proprietário tome providência. O Decreto Municipal de Situação de Emergência n.º 29.279 e a Lei Federal nº 13.301 dão condições para que as autoridades adotem medidas para combater o vetor e as arboviroses, entre elas o ingresso forçado nos imóveis públicos e privados, em característica de abandono.

Balanço – No Recife, até o dia 16 de julho, foram notificados 26.730 casos de arboviroses, sendo 14.332 casos de dengue, 8.476 de chikungunya e 3.922 de zika. Dentre estas notificações, foram confirmados 10.123 casos, sendo 7.389 de dengue, 2.706 de chikungunya e 28 de zika. Para o mesmo período de 2015, foram notificados 23.359 de arboviroses, representando um aumento de 14,4% nos registros.

A partir desta segunda-feira (25), os mutuários da Caixa Econômica Federal poderão financiar imóveis de até R$ 3 milhões, o dobro do limite de financiamento em vigor até agora, de R$ 1,5 milhão.

A mudança foi anunciada na semana passada pela instituição financeira e afeta somente operações de crédito do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI). Essa modalidade de crédito financia imóveis mais caros, sem emprestar dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

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Além de aumentar o limite de crédito, a Caixa anunciou que passará a financiar uma parcela maior do valor dos imóveis por meio do SFI. A cota de financiamento para imóveis usados subiu de 60% para 70% do valor total. Para a compra de imóvel novo, construção em terreno próprio, aquisição de terrenos e reforma ou ampliação, a cota passou de 70% para 80%.

Nas operações contratadas com interveniente quitante, nas quais haverá quitação de financiamento com outra instituição financeira, a cota de financiamento subirá de 50% para 70%. Até o início do ano passado, a Caixa financiava 70% dos imóveis adquiridos pelo SFI. O teto caiu para 40% em maio de 2015 e tinha sido reajustado para 60% em março deste ano.

As mudanças que entram em vigor hoje não afetam as operações do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que financia a compra de imóveis de até R$ 750 mil em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e no Distrito Federal e de até R$ 650 mil nas demais localidades do país. O SFH financia imóveis com recursos da poupança e do FGTS. O SFI financia unidades de maior valor, com recursos de fundos de pensão, fundos de renda fixa, companhias seguradoras e bancos de investimento.

 

Setor imobiliário

A mudança nas regras de financiamento habitacional pela Caixa Econômica Federal, que vai permitir a compra de imóveis mais caros, poderá reaquecer o setor imobiliário, que vem sentindo fortemente os impactos da crise financeira nos últimos anos.

Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, José Carlos Martins, apesar de ser voltada para um mercado mais restrito, a medida é muito bem-vinda para o setor. "Quando se trabalha com financiamento, acaba-se tendo dinheiro mais barato e facilitando-se os negócios. E tem-se um conforto maior”, disse Martins.

As mudanças nas regras de financiamento chegam em “excelente hora”, na avaliação do vice-presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF), Eduardo Aroeira. Isso porque, segundo ele, as expectativas e o otimismo das pessoas têm melhorado. “Vai auxiliar bastante na compra de imóveis para classes mais elevadas, que vinham sofrendo bastante com a maior dificuldade de financiamento”, observou. 

A Caixa Econômica Federal vai facilitar o financiamento de imóveis pela classe média alta. Entre as medidas, que passarão a valer a partir da próxima segunda-feira (25) está o aumento do valor máximo do imóvel a ser financiado pelo banco estatal: vai passar de R$ 1,5 milhão para R$ 3 milhões.

Para unidades que valem mais de R$ 750 mil, o banco vai aumentar de 70% para 80% a parcela que pode ser financiada, por meio do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI). No caso dos imóveis usados, a cota que pode ser financiada subirá de 60% para 70%. Também será possível transferir para a Caixa uma parcela maior, de 50% para 70%, de empréstimos tomados em outros bancos.

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A iniciativa de facilitar os financiamentos para a classe alta reflete, entre outras coisas, a corrida da Caixa para não perder espaço no mercado. Hoje, a instituição responde por duas de cada três operações de crédito imobiliário feitas no País. Mas, no primeiro semestre deste ano, a liberação de financiamentos ficou abaixo das expectativas, em R$ 40 bilhões. O Feirão da Casa Própria do banco também não rendeu o esperado. A meta é, até dezembro, liberar pelo menos os mesmos R$ 90 bilhões de todo o ano passado.

Segundo o vice-presidente de Habitação da Caixa, Nelson Antonio de Souza, o banco decidiu melhorar as condições de financiamento para a alta renda depois de já ter feito modificações nas operações para imóveis populares. "As medidas vêm beneficiar o setor da construção, que mais gera emprego e renda, e contribuir para a retomada do crescimento do País."

Também está em estudo pela Caixa a adoção de juros menores em empréstimos com entrada maior e poucas parcelas de amortização. No ano passado, o banco fez uma rodada de três aumentos nos juros do financiamento da casa própria com recurso oriundos da poupança. Neste ano, as taxas subiram em março.

Em fevereiro, para suprir a fuga de recursos da poupança, o conselho curador do FGTS liberou R$ 16,1 bilhões adicionais ao banco, que reforçaram a oferta de crédito. No mês seguinte, o banco, o principal financiador de imóveis do País, adotou um conjunto de ações para estimular a compra de imóveis populares. O banco voltou a financiar 70% (para clientes trabalhadores do setor privado) e 80% (funcionalismo público) de um imóvel usado, menos de um ano após ter reduzido a parcela a 50%. A instituição também voltou com a linha para financiar o segundo imóvel, suspensa desde agosto de 2015.

A Caixa injetou perto de R$ 7 bilhões na linha pró-cotista, que permite a trabalhadores com conta ativa no fundo financiarem 85% do valor de imóveis novos e usados de até R$ 750 mil. O banco também foi autorizado a captar até R$ 6,7 bilhões em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), que podem ser destinados a imóveis que se enquadrem nas condições de financiamentos com recursos da poupança. Dentro dos R$ 7 bilhões direcionados para a linha pró-cotista, a Caixa redirecionará R$ 1,7 bilhão para novos contratos para moradias entre R$ 225 mil e R$ 500 mil. No final de abril, o banco começou a restringir financiamentos com esse perfil por falta de recursos.

Setor

Para o vice-presidente executivo da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Renato Ventura, essas condições mais favoráveis trazem uma dinâmica nova ao mercado. "Medidas como essas contribuem para que a recuperação do setor possa ocorrer de forma mais rápida, mas ainda vemos o cenário bastante adverso", afirmou.

Para José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), mais crédito para o público de alta renda é importante, mas o efeito deve ser limitado no setor. "Não muda muito, mas dá uma ajudinha", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A força-tarefa da Lava Jato vai pedir ao juiz Sérgio Moro a alienação de dois imóveis ligados ao ex-ministro José Dirceu e aos seus familiares e que já foram bloqueados pelo juiz no decorrer da Lava Jato. Na prática, o ex-chefe da Casa Civil no governo Lula, condenado na Lava Jato a 20 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa, agora pode perder a posse de ao menos dois imóveis na capital paulista que teriam sido utilizados para a lavagem de dinheiro no esquema de corrupção da Petrobras.

Com a alienação, os bens passam a ficar sob responsabilidade da Justiça e podem ser utilizados para quitar a indenização de R$ 46,4 milhões que Dirceu e os outros oito condenados na mesma ação penal que ele devem pagar. O valor corresponde às propinas pagas pela Engevix a ex-funcionários da diretoria de Serviços da estatal e agentes públicos. Atualmente os executivos da empreiteira negociam um acordo de delação premiada.

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Dentre os imóveis que os procuradores querem alienar está um imóvel na rua Assungui, nº 971, Saúde, São Paulo/SP que está em nome da filha de Dirceu, Camila Ramos de Oliveira e Silva. Além disso, há também um apartamento na rua Estado de Israel que estava em nome do irmão do petista, Luiz Eduardo Oliveira e Silva, também condenado na Lava Jato, mas foi transferido para duas empresas.

"Diante da dificuldade de manutenção e administração dos bens, o Ministério Público requererá a alienação antecipada", afirma a petição encaminhada pelo procurador da República Januário Paludo, da força-tarefa da Lava Jato. Para os investigadores, os dois imóveis foram adquiridos pelos familiares do ex-ministro com dinheiro de propina do esquema da Petrobras.

A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Dirceu para comentar o caso.

A Caixa Econômica Federal promove, de sexta-feira (13) a domingo (15), a 12ª edição do Feirão Caixa da Casa Própria em Belém (PA). Considerado o maior do ramo imobiliário, o evento contará, em 2016, com cerca de 5 mil imóveis, novos ou usados, que estarão em oferta. Nesta edição, o foco da Caixa será o financiamento de habitação popular do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) e das demais operações com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), cujo teto máximo é de R$ 180 mil para Belém e região metropolitana.

Segundo o superintendente regional da Caixa, José Severino Queiroz Ribas, o Feirão será uma oportunidade para as famílias realizarem o sonho de adquirir a casa própria. “No Feirão, os visitantes podem contar com as condições facilitadas que a Caixa oferece, além de ter acesso aos principais lançamentos e a diversos imóveis, novos ou usados, disponíveis na região”, comenta.

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O Feirão Caixa da Casa Própria de Belém contará com mais de 35 parceiros. São mais de 20 construtoras e 37 imobiliárias e correspondentes imobiliários CAIXA, que ocuparão os estandes do evento. Serão apresentados 12 empreendimentos novos, com cerca de 1,7 mil imóveis novos e 3,3mil imóveis usados, num total de 5 mil imóveis em oferta. Mais de 120 empregados da Caixa trabalham para a realização do Feirão de Belém, neste ano.

De abril a junho, a Caixa realiza o evento, também, em outras 13 cidades do país. Neste mesmo final de semana, a Caixa promove o 12º Feirão CAIXA da Casa Própria nas cidades de Brasília (DF) e Curitiba (PR). O evento, que começou, em 29 de abril, pelo Rio de Janeiro (RJ), passará ainda porPorto Alegre (RS), Recife (PE), Florianópolis (SC), Uberlândia (MG), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), São Paulo (SP), Goiânia (GO), Salvador (BA) e São Luís (MA). É o primeiro ano que a capital maranhense recebe o evento.

Para requerer o crédito para a casa própria, no Feirão, basta levar documento de identidade, CPF e comprovante de renda. Os interessados também podem obter informações em todas as agências da Caixa ou pelo Serviço de Atendimento ao Cliente (0800 726 0101), disponível 24 horas por dia, inclusive nos finais de semana.

SERVIÇO

12º Feirão CAIXA da Casa Própria em Belém. Data: de 13 a 15 de maio de 2016 (sexta-feira a domingo). Hora: sexta-feira e sábado, das 10h às 20h – domingo, das 10h às 18h. Local: HANGAR Centro de Convenções – Av. Dr. Freitas, s/n – Belém/PA.

Informações da assessoria de comunicação da Caixa.

As vendas de imóveis novos na cidade de São Paulo registraram queda de 16% em março, na comparação com o mesmo mês do ano passado, para 1.267 unidades, segundo pesquisa do departamento de economia e estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação). Em relação a fevereiro, houve elevação de 28%.

Com o resultado de março, o primeiro trimestre totalizou 2.856 unidades residenciais comercializadas na capital paulista. Na relação com igual período de 2015, houve alta de 4,4%.

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O indicador de vendas sobre oferta (VSO) acumulado em 12 meses ficou em 40,8% em março, de 41,7% em fevereiro. O resultado do VSO mensal ficou em 4,0% em março, frente aos 3,1% em fevereiro. O valor mensal, no entanto, foi inferior ao indicador VSO de 4,4% de março de 2015.

Em termos monetários, o valor geral de vendas (VGV) foi de R$ 645,7 milhões na cidade de São Paulo, volume 10,5% inferior ao de março de 2015, de R$ 721,1 milhões, e 43,5% superior ao VGV de fevereiro, quando se obteve R$ 449,9 milhões, considerando os valores atualizados pelo Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-DI) de março de 2016.

Segundo dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), um total de 565 imóveis residenciais foi lançado em março na capital paulista. O resultado representou uma queda de 26,9% em relação ao igual mês de 2015. Já na comparação com fevereiro de 2016, houve alta de 230%.

A cidade de São Paulo encerrou março com 25.823 unidades disponíveis para venda, volume inferior à média dos últimos 12 meses, de 27 mil unidades. A oferta disponível é composta por imóveis na planta, em construção e em estoque lançados nos últimos 36 meses, de abril de 2013 a março de 2016.

Região Metropolitana

As demais 38 cidades da Região Metropolitana totalizaram a comercialização de 863 unidades em março, uma queda de 39,6% em relação ao mesmo mês de 2015, quando foram vendidos 1.428 imóveis. Se comparado com fevereiro deste ano, houve alta de 12% na comercialização.

No primeiro trimestre de 2016, foram comercializadas 2.430 unidades nas outras cidades da RMSP, volume 3% inferior ao registrado no mesmo período de 2015. Esse foi o pior resultado para o primeiro trimestre desde 2010, ano em que teve início a pesquisa na região.

Em Valor Geral de Vendas (VGV), a comercialização de unidades somou R$ 319,6 milhões em março, queda de 40% frente a igual mês de 2015. Já na comparação com fevereiro, houve aumento de 7%, com valores atualizados pelo INCC-DI de março de 2016.

O mês de março registrou 644 lançamentos nas outras cidades da Região Metropolitana. O resultado representa uma recuperação em relação ao mês anterior, quando houve 391 lançamentos. O VSO de 12 meses desses 38 municípios ficou em 42,8%, apresentando redução em relação a fevereiro de 2016, de 45,6%. As cidades da região encerraram março com 13.954 unidades disponíveis para venda, volume 1,2% maior que do registrado em fevereiro.

O Ministério do Planejamento autorizou a venda de mais um lote de imóveis da União como parte das ações para reforçar o caixa do governo federal. Portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (25) lista um total de 196 imóveis em vários Estados do País. Este é o terceiro lote autorizado pelo governo este ano. Na semana passada, foram divulgados 138 imóveis. Em janeiro, o governo lançou o primeiro lote, com 239 unidades.

Assim como os dois primeiros lotes, este também deverá ser alienado por meio de licitação, na modalidade concorrência ou leilão. Todo o processo ficará sob a responsabilidade da Caixa, desde a avaliação de preços, licitação até a concessão de financiamentos. "Os imóveis serão alienados nas condições em que se encontram, sendo de responsabilidade do comprador a realização de quaisquer despesas necessárias à sua utilização", cita a portaria.

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As vendas de imóveis novos na cidade de São Paulo registraram alta de 28,9% em janeiro, na comparação com o mesmo mês de 2015, para 950 unidades, segundo pesquisa do departamento de economia e estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação). Em relação a dezembro, no entanto, houve queda, de 66,8%.

Apesar do aumento anual das vendas em termos de unidades, o mercado imobiliário de São Paulo teve contração de 5,4% no que se refere a valores monetários (Valor Global de Venda - VGV). O volume de vendas passou de R$ 411,6 milhões para R$ 389,5 milhões. Vale ressaltar que o montante reportado em dezembro foi de R$ 1,104 bilhão.

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"A queda do VGV está relacionada às dificuldades ocasionadas pela crise político-econômica, que atrapalha o ambiente de negócios e faz com que as empresas, para fazer caixa, ofereçam imóveis com condições mais atrativas e até com desconto no preço", explicou Emilio Kallas, vice-presidente de Incorporação.

Com os dados apurados, o indicador Vendas sobre Oferta (VSO) de janeiro ficou em 3,4%, inferior ao reportado no mês anterior, de 9,6%. Em igual mês do ano anterior, a VSO estava em 2,70%. O VSO de 12 meses ficou em 42,0%. A cidade de São Paulo encerrou o mês de janeiro com uma oferta de 27.014 unidades disponíveis para venda, de acordo com o Secovi-SP.

Lançamentos

De acordo com dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), foram lançadas 956 unidades residenciais na cidade de São Paulo no mês de janeiro, volume 67,4% inferior a dezembro e 75,1% superior ao mesmo mês de 2015.

No ano passado, o mercado imobiliário passou por um ajuste previsto pelo Secovi-SP, com redução de 37% dos lançamentos, o que significou 12,5 mil unidades a menos do que em 2014. Esta fase de ajustes poderá prolongar-se, criando incógnitas em relação ao comportamento do mercado em 2016.

"É certo que a recuperação do setor vai depender muito dos rumos do País e da melhoria conjuntural, com aumento da confiança do consumidor e redução do estoque. Caso contrário, o mercado vai continuar a apresentar resultados aquém do esperado", afirmou o presidente do Secovi-SP, Flavio Amary.

Região Metropolitana

Com exceção da capital, as demais cidades da Região Metropolitana registraram a comercialização de 796 unidades em dezembro, alta de 34,5% em relação a igual mês do ano anterior. Em comparação com dezembro, houve baixa de 51,6%. A oferta final na região ficou em 14.241 unidades.

No mês de dezembro, segundo a Embraesp, as demais cidades da região não registraram lançamentos. O indicador VSO desses municípios, considerando as vendas de 12 meses, fechou em 46,8% em janeiro. A VSO mensal estava em 5,3%.

O provérbio "amigos, amigos, negócios à parte" não vale para a família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde o fim dos anos 1980, ele e seus filhos se utilizam de amizades para emprestar ou adquirir imóveis. Quase sempre, nos negócios, surge alguma relação que gera suspeita de órgãos de fiscalização.

Na semana passada, o Ministério Público decidiu que vai ouvir o ex-presidente sobre o negócio envolvendo um apartamento tríplex no Guarujá (SP) construído pela OAS Empreendimentos. Por meio de nota, Lula confirmou que visitou o imóvel ao lado do então presidente da empresa, Léo Pinheiro.

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Há 18 anos, Lula teve de explicar à Polícia Civil e ao MP como comprou um apartamento de cobertura em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, com a ajuda do advogado Roberto Teixeira. Compadre do ex-presidente, ele ajudou Lula a adquirir dois outros imóveis na cidade.

Em 1989, Teixeira ficou conhecido nacionalmente por emprestar uma casa para Lula morar quando ele disputou pela primeira vez a Presidência da República. Entre 1996 e 2001, Teixeira ajudou Lula a adquirir três imóveis em São Bernardo do Campo. Em todos os casos, há o envolvimento de empresas em situação falimentar para as quais Teixeira prestou serviços advocatícios.

Moradia oficial dos Lula da Silva, o apartamento de cobertura no edifício Green Hill foi comprado por sugestão de Teixeira. Ele trabalhava para Dalmiro Lorenzoni, dono da empreiteira que fez o prédio.

Em 1998, o Ministério Público abriu um inquérito para apurar um suposto crime de sonegação fiscal envolvendo Lula, Teixeira e a empresa. Na oportunidade, suspeitou-se que a incorporadora foi beneficiada por uma decisão da prefeitura de São Bernardo do Campo, anos antes, em 1991, quando administrada pelo PT. Então prefeito interino, Djalma Bom (PT) revogou a desapropriação de uma área de 3,3 mil da empresa de Dalmiro.

Quatro anos depois, parte da área legalizada foi comprada pelo então vice-presidente nacional do PT, Luiz Eduardo Greenhalgh. Um ano depois, em 1996, Lula comprou um apartamento em construção pela mesma Construtora Dalmiro Lorenzoni Construções.

Lula comprou o imóvel de Luiz Roberto Satriani, que prestava serviços de terraplenagem para Dalmiro. Em 1997, questionado na época, Satriani afirmou que vendeu o apartamento porque não tinha dinheiro para pagar o restante das parcelas.

Aberto a pedido do Ministério Público em 1998, o inquérito policial só foi encerrado em 2003, quando Lula já havia tomado posse como presidente da República e Greenhalgh era deputado federal. Por conta disso, os autos foram remetidos para o Supremo Tribunal Federal.

Um ano depois, a Procuradoria-Geral da República solicitou o arquivamento e o STF atendeu ao pedido. Em 2005, o caso foi arquivado. Nem Teixeira nem Lorenzoni sofreram ações. Procurados pela reportagem nesta quarta-feira, dia 3, Lula e Greenhalgh não quiseram se manifestar. Lorenzoni não foi encontrado.

Defesa

Procurado pela reportagem, o advogado Roberto Teixeira afirmou, por meio de nota, que "nunca houve intermediação" de imóveis para Lula. "Atuo como advogado do presidente e foi nessa condição que o orientei na aquisição dos imóveis", disse.

Sobre negócios com empresas em situação falimentar, Teixeira afirmou que "não houve nenhum problema jurídico na aquisição dos imóveis". O advogado disse ainda ser alvo de "um claro movimento que busca atacar" sua "honra". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Se o setor imobiliário tivesse de escolher uma palavra para se lembrar de 2015, ela certamente seria "distrato" - jargão usado pelas empresas, e agora também conhecido dos consumidores, para devolução de imóveis comprados na planta. Esse foi o pesadelo de incorporadoras e proprietários de imóveis novos no ano passado, quando o setor registrou recordes históricos no volume de devoluções. O levantamento mais recente da agência de classificação de riscos Fitch, com nove companhias, mostra que, de cada 100 imóveis vendidos, 41 foram devolvidos de janeiro a setembro de 2015. Isso significa quase R$ 5 bilhões de volta na prateleira de venda das grandes empresas.

"Historicamente, o porcentual de distratos girava em torno de 10%, um patamar saudável para a indústria", diz Meyer Nigri, fundador da Tecnisa e vice-presidente da Abrainc, associação que reúne as 18 maiores companhias do setor. Os distratos sempre existiram, mas eram exceção, pois o comprador que decidia se desfazer de uma unidade até a entrega das chaves em geral conseguia negociá-lo com outro interessado por um valor maior do que tinha desembolsado até ali.

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Agora, vender "por fora" significa perder dinheiro, já que o preço do imóvel está em queda e as incorporadoras estão cheias de unidades para desovar. "Antes, o consumidor comprava um imóvel por R$ 100 mil na planta, vendia por R$ 150 mil e embolsava a diferença", diz um executivo de uma grande construtora. "Agora, compra por R$ 100 mil, mas descobre, na entrega das chaves, que a incorporadora está vendendo por R$ 80 mil. É difícil sustentar o mercado assim."

Essa é apenas uma das faces do problema. A outra, que também se agravou com a deterioração econômica, é a restrição ao crédito. Conseguir um financiamento no banco está cada vez mais difícil. No mercado imobiliário, esse é um momento crucial, porque a venda só se concretiza na entrega das chaves: é quando o cliente da incorporadora passa a ser cliente do banco, ao assumir um financiamento, e a empresa recebe o valor integral do imóvel. A alta da taxa de desemprego, para quase 8,5% no ano passado, atravancou esse processo. Quem perdeu o emprego ou viu sua renda cair entre a compra do imóvel e a entrega das chaves tem grande chances de ter o financiamento negado pelo banco.

Antes que isso acontecesse, muita gente se antecipou. Foi o caso do aposentado Flávio Atorre de Mello, de 63 anos. Quatro meses depois de comprar um apartamento na planta, em novembro de 2012, ele foi demitido da emissora de TV onde trabalhava como gerente de operações. De lá para cá, a Selic, taxa básica de juros da economia, passou de 7,25% para 14,25%. "Quando fechei o negócio, minha ideia era pagar o máximo possível até as chaves e depois quitar o restante com meu apartamento antigo", conta. "Mas deu tudo errado: o valor que faltaria pagar na entrega, em julho deste ano, seria de R$ 700 mil, bem mais do que vale meu apartamento, que não se valorizou e custa hoje R$ 500 mil."

Sabendo que o financiamento seria inevitável e que sua renda não passaria pelo crivo do banco, Mello decidiu, em julho do ano passado, devolver o imóvel à incorporadora. Foi lhe apresentaram o jargão "distrato" e os transtornos que estão por trás dele. Descontadas as taxas de corretagem, comercialização e despesas administrativas, a empresa propôs devolver apenas R$ 40 mil dos R$ 200 mil que Mello pagou nos últimos três anos. O caso foi parar na Justiça.

Hoje, Mello vende peças de motos pela internet para conseguir uma renda extra, e já convenceu a mulher de que a mudança de apartamento não virá tão cedo. "Difícil é passar todos os dias na frente do empreendimento, que fica a 500 metros de onde moro hoje, e lembrar que nada do que sonhamos vai se concretizar."

Disputa

Casos como esse se multiplicaram no escritório do advogado Marcelo Tapai, que se especializou no segmento imobiliário. No ano passado, das 725 ações movidas por ele, 73% eram referentes a distratos. Em 2014, o porcentual foi de 43%. O embate entre clientes e incorporadoras está sendo levado à esfera judicial porque não há uma regulamentação específica sobre a devolução de imóveis no Brasil.

De um lado, as empresas se valem do que diz a Lei de Incorporação: "O contrato de compra e venda de uma unidade é irrevogável e irretratável". Do outro, quem defende o direito ao distrato recorre a uma regra geral do Código de Defesa do Consumidor, que trata como abusivas as cláusulas que colocam o cliente em desvantagem exagerada. "Essa é sem dúvida a hipótese em questão", diz o Idec, em nota. "Já que o fornecedor, além de ficar com o imóvel, ainda terá em mãos todo o valor pago pelo consumidor, essa situação caracteriza-se um verdadeiro enriquecimento sem causa, proibido pela legislação."

As decisões, em geral, favorecem o consumidor. A Justiça tem concedido o direito de restituição entre 70% a 90% do que foi pago, com correção monetária. A retenção de 10% a 30% do valor pela companhia é para compensar despesas como publicidade, corretagem e elaboração de contratos. "Ninguém compra um imóvel pensando em devolver", diz Tapai. "Quem busca essa opção ou está desesperado ou se deu conta de que fez um péssimo negócio."

As incorporadoras estão em pânico com isso. Principalmente porque as sucessivas perdas nos tribunais coincidem com uma das crises mais graves do setor. Segundo Meyer Nigri, a Tecnisa terminou o ano com uma média de dez devoluções por dia útil. "Chegamos ao ponto de distratar o mesmo imóvel nove vezes, o que é uma aberração." A empresa teve de destacar uma equipe só para cuidar desses casos. Ainda assim, o número de distratos aumentou 46% no terceiro trimestre do ano passado, na comparação com 2014. As desistências fizeram as vendas líquidas caírem de R$ 306 milhões para R$ 135 milhões no período.

Na Rossi, o tema é tão sensível que o time criado para combater os distratos foi batizado de Swat, como a divisão de elite da polícia americana. Em 2015, até setembro, a incorporadora, que é uma das mais endividadas do setor, conseguiu reduzir os distratos para R$ 775 milhões, de R$ 990 milhões, em 2014.

Assim como as concorrentes, a Rossi tem se desdobrado para evitar que as intenções de distrato se concretizem. Entre as alternativas, as empresas estão oferecendo financiamento direto, troca por um imóvel mais barato e descontos. "Antes, o tema era tratado como exceção. Criamos uma área específica para que não vire regra", diz Fernando de Mattos Cunha, diretor financeiro da Rossi.

Em paralelo às soluções caseiras, o mercado imobiliário começou a se articular para definir regras que não afetem tão fortemente suas finanças. "Estamos em contato com o Ministério Público e com órgãos de defesa do consumidor para encontrar uma solução", diz Nigri. O argumento dos empresários é de que, ao devolver uma unidade, o consumidor coloca em risco a conclusão do empreendimento, podendo prejudicar outros compradores. "Não é só a visão do consumidor que está em jogo, mas o contrato de um bem que não está dissociado do resto e compromete outras famílias", defende Eduardo Fischer, diretor da MRV.

Com as empresas segurando lançamentos desde o ano passado, a tendência é que o número de entregas e, consequentemente, de distratos, caia nos próximos anos. Em 2016, no entanto, ele vai persistir. O relatório da Fitch estima que, se 35% das unidades vendidas forem canceladas, os distratos chegariam a R$ 6 bilhões entre as principais empresas do setor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O fato de um imóvel ser adquirido com dinheiro de um crime é motivo suficiente para afastar a impenhorabilidade do bem de família. O entendimento é da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que manteve a penhora do imóvel de uma ex-secretária da Diretoria de Assuntos Corporativos da Xerox Comércio e Indústria Ltda, adquirido com dinheiro desviado da empresa. As informações foram divulgadas no site do STJ.

A impenhorabilidade do bem de família foi instituída pela Lei 8.009/90. Ela garante que o imóvel residencial próprio da família não poderá ser usado para pagar dívidas civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza contraída pelo casal ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e que nele residam.

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No caso, a ex-secretária foi condenada ao pagamento de indenização por danos patrimoniais porque desviou dinheiro da empresa. O imóvel dela, então, foi penhorado para ressarcimento à Xerox.

Inconformada, a ex-funcionária recorreu, sustentando que o imóvel penhorado era onde ela morava com a família. Argumentou também que o apartamento foi comprado com o dinheiro da venda de outro imóvel.

A sentença de primeira instância manteve a possibilidade da penhora e foi confirmada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A Justiça do Rio entendeu que não existem provas de que o imóvel fosse o único que a família possuía e de que ele foi adquirido com recursos próprios.

No Superior Tribunal de Justiça, a defesa da ex-funcionária sustentou que para o apartamento ser penhorado, a mulher deveria antes ter sido condenada criminalmente. Mas em seu voto, o relator, ministro Marco Buzzi, destacou justamente o contrário.

Ele explicou que a Lei 8.009/90 permite o penhor de bem de família, adquirido com produto de crime, sem que para isso precise existir condenação na esfera criminal. Segundo o ministro, entre manter a moradia de uma pessoa processada por roubar dinheiro de uma empresa e o dever de reparar os danos oriundos deste crime, a opção foi ressarcir a empresa.

"Não havendo determinação expressa da lei no sentido de que o bem adquirido com produto de crime exija a existência de sentença penal condenatória, temerário seria adotar interpretação tal, sob pena de malograr o propósito expressamente almejado pela norma, direcionado a não estimular a prática ou reiteração de ilícitos", afirmou Buzzi.

Após mais de três horas de tentativas de obstrução da oposição, o governo conseguiu aprovar na noite desta terça-feira, 24, em votação simbólica no plenário da Câmara, o texto-base da Medida Provisória 691/2015. A proposta autoriza a União a vender parte de seus imóveis, inclusive os terrenos de marinha nos quais tem domínio pleno, e destinar os recursos ao Programa de Administração Patrimonial da União (Proap).

Neste momento, parlamentares analisam os destaques à matéria. O texto aprovado foi o parecer do relator da comissão mista do Congresso Nacional que analisou a matéria, deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES). De acordo com a redação, só poderão ser vendidos os imóveis localizados em municípios que possuam mais de 100 mil habitantes ou que tenham plano diretor e planos de intervenção urbanística ou de gestão integrada provados.

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O texto original da MP enviado pelo governo previa a possibilidade de alienação apenas para as cidades com população maior que 100 mil pessoas. Pela texto, não poderão ser vendidos imóveis administrados pelos ministérios das Relações Exteriores e da Defesa e pelos comandos da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, bem como os situados na faixa de fronteira (150 quilômetros).

Em relação aos terrenos de marinha, não poderão ser vendidos aqueles situados em área de preservação permanente ou na faixa de 30 metros a partir da praia (faixa de segurança) e os localizados em áreas nas quais seja proibido o parcelamento do solo. O texto prevê os imóveis inscritos em ocupação poderão ser vendidos pelo valor de mercado do terreno, excluídas as benfeitorias, aos respectivos ocupantes cadastrados na Secretaria do Patrimônio da União (SPU).

De acordo com a redação aprovada, os ocupantes terão "preferência" para comprar esses imóveis. No caso de terrenos de marinha, os compradores poderão pedir descontos de 25% à SPU. Mesmo com o desconto, o governo espera arrecadar até R$ 500 milhões em um ano com a MP.

Obstrução

Partidos da oposição como DEM, PSDB e PPS tentaram obstruir a votação da MP com a apresentação de requerimentos pedindo o adiamento da votação, a retirada de pauta ou a votação nominal desses pedidos. A ideia era tentar atrasar a votação, para que a sessão plenária tivesse de ser interrompida em razão do início da sessão do Congresso.

Com o adiamento da sessão conjunta das duas casas, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), convocou sessões extraordinárias para dar prosseguimento à votação. A obstrução da oposição à votação da MP 691 faz parte da estratégia estabelecida por DEM, PSDB, PPS, Rede e PSOL durante reunião nesta terça-feira.

Eles decidiram unificar as ações de obstrução das votações no plenário contra a permanência de Eduardo Cunha na Presidência da Casa. Os partidos decidiram que também não participarão mais das reuniões do colégio de líderes, que darão apoio ao funcionamento do Conselho de Ética e que vão juntos amanhã na Procuradoria-Geral da República (PGR) relatar os acontecimentos ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

O Índice FipeZap, que acompanha o preço de venda dos imóveis em 20 cidades brasileiras, registrou em setembro a segunda queda nominal seguida de sua série histórica, iniciada em 2008. A baixa ficou em 0,12%, na comparação com agosto, pressionada pelo recuo nominal em oito das 20 cidades pesquisadas (Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Porto Alegre, Florianópolis, Niterói, Goiânia e Contagem). Na média, o preço do metro quadrado brasileiro chegou a R$ 7,604 mil.

Segundo a pesquisa, apenas três cidades que compõem o indicador tiveram variações positivas maiores do que a inflação, enquanto outras nove apresentaram queda real na comparação mensal, embora os preços ainda tenham avançado nominalmente. No período, a inflação esperada para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) era de 0,48%.

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Na relação com o mesmo mês do ano passado, o índice teve alta nominal de 2,63% e marcou a nona vez consecutiva de queda real de preços. No mesmo período, a inflação esperada para o IPCA é de 9,43%. Em outras palavras, nesse período os imóveis mostraram uma queda real de 6,21%. Todas as cidades pesquisadas mostraram resultados menores do que a inflação nacional nessa base de comparação.

No acumulado do ano, o Índice FipeZap registrou um crescimento nominal de 1,38% em 2015, enquanto a inflação esperada para o mesmo período era de 7,58%. Dessa maneira, o preço médio anunciado do metro quadrado apresentou queda real de 5,76% em 2015.

Com exceção de Florianópolis, todas as outras cidades que compõem o Índice FipeZap registraram variações menores do que a inflação até setembro, sendo que Niterói, Brasília, Curitiba e Rio de Janeiro tiveram queda nominal nesse mesmo período.

A cidade com o metro quadrado mais caro continuou sendo o Rio de Janeiro (R$ 10.538), seguida por São Paulo (R$ 8.614). Os dois municípios com os menores preços são Contagem (R$ 3.567) e Goiânia (R$ 4.175).

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