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O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quinta-feira (11) que a nova variante do novo coronavírus encontrada em Manaus já está presente em outros estados. Acrescentando se tratar de um dado epidemiológico, ele afirmou que em 13 de janeiro o Ministério da Saúde (MS) identificou a disseminação da variante do vírus.

“Fizemos o alerta epidemiológico para o país e passamos a ver que essa cepa já estava no país. Senhores, a cepa está no Brasil como um todo. Isso é dado epidemiológico. Não existe a possibilidade de ser fazer uma redoma em Manaus e achar que se resolveu o problema”, disse o ministro no Senado.

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Pazuello participou de sessão de debates no plenário do Senado, onde respondeu perguntas de senadores em uma sessão de cinco horas de duração. Pazuello acrescentou que essa variante do vírus não foi importada do Reino Unido ou da África do Sul, onde também foram encontradas novas cepas, e afirmou que, apesar de estar espalhada pelo país, epidemiologistas dizem que não significa que ela será dominante. Isso dependerá, segundo ele, das características de cada estado e dos vírus lá presentes.

“Em Manaus, 95% dos exames para identificação do vírus identificam essa nova linhagem. Isso não quer dizer que só exista em Manaus ou que Manaus esteja distribuindo para o Brasil. A existência dessa linhagem não quer dizer que ela vai se tornar dominante naquele local. Não é uma cepa importada, ela já estava lá. Só foi ocupando espaço em relação às outras”, disse o ministro.

Debate

Pazuello foi convidado pelos senadores para explicar as medidas do ministério para combate à covid-19 no país. Durante toda a tarde e parte da noite, ele foi questionado sobre ações do ministério e foi alvo de críticas de vários senadores. Para eles, o governo demorou na adoção de estratégias eficazes para combater a pandemia e adotou discursos negacionistas em relação ao vírus.

“O que nós vimos nos últimos meses é a total falta de estratégia e mesmo de tática, para que pudéssemos vencer esta pandemia", disse a senadora Simone Tebet (MDB-MS). 

Em resposta, Pazuello defendeu as ações do ministério e a atuação do Sistema Único de Saúde (SUS) diante da pandemia, reconhecendo as possibilidades de falha nessa resposta. “A capilaridade desse sistema permitiu que a gente tivesse uma boa resposta. Talvez não a ideal, talvez não a perfeita, mas ela teve uma boa resposta. E essas ações sempre serão tripartites, sempre serão pactuadas entre governo federal, estadual, municipal, Conas [Congresso Nacional de Saúde], Conasems [Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde] e o ministério”.

Questionado, Pazuello negou que a política do ministério seja recomendar o uso de medicamentos para covid-19 ou para qualquer doença. “O Ministério da Saúde não faz protocolo para uso de medicamentos. As orientações que o ministério deu quanto a medicamentos, se deu quanto ao uso do medicamento, caso o médico prescreva; a atenção às doses, para não haver excesso. O Ministério da Saúde não indica medicamento para esta ou aquela doença”, disse.

O ministro afirmou que houve um erro em uma plataforma digital do ministério. Essa plataforma induziu o uso de medicamentos e, conforme explicou o ministro, a plataforma foi retirada do ar e o servidor responsável pelo erro foi afastado. “Se alguém do ministério coloca uma ideia fora da linha do ministério e isso chegar para mim, será tratado como manda o regulamento”.

O ministro também afirmou que o ministério pretende vacinar toda a população ainda em 2021. Além disso, vê o Brasil como um produtor de vacinas mais do que um comprador. Pazuello entende ser esse o “destino” do país após começar a produzir em solo nacional a CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, e a vacina da Oxford/AstraZeneca.

 

Dois pacientes do Amazonas, que vieram para Pernambuco dar continuidade ao tratamento da Covid-19, tiveram confirmação laboratorial para a variante P1 do novo coronavírus. O sequenciamento genético foi feito no Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz PE) e o resultado foi informado à Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) na tarde desta quinta-feira (11).

Ambos eram do sexo masculino e estavam na faixa etária dos 50 anos. Um deles veio a óbito no Hospital das Clínicas (HC) em janeiro. Já o outro também foi internado inicialmente no HC e, após agravamento do caso, transferido para o Hospital de Referência à Covid-19 (antigo Alfa), onde veio a falecer neste mês de fevereiro.

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Ao todo, até o momento, a Fiocruz PE analisou 44 amostras biológicas que tinham confirmação para o novo coronavírus. Desse total, quatro eram de pacientes do Amazonas (dois com a nova variante e dois não). Outras 36, todas negativas, foram escolhidas de forma aleatória e contemplam pernambucanos de todas as 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres), inclusive do arquipélago de Fernando de Noronha. Em outras quatro, também de pernambucanos, não foi possível realizar o trabalho devido às condições das amostras.

"Nós conseguimos identificar duas variantes P1, que são aquelas que estão sendo relatadas em Manaus e é considerada uma variante de preocupação. Mas, nas amostras aqui do Estado, não encontramos", ratifica a vice-diretora de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Serviços de Referência da Fiocruz PE, Constância Ayres.

Nos últimos dias, outros Estados nordestinos como Paraíba e Bahia já confirmaram a identificação dessa nova linhagem. Apesar do achado atual envolver pacientes do Amazonas, Constância reforça a possibilidade de circulação da variante P1 em território pernambucano.

"Pode acontecer dessa variante ser introduzida aqui em Pernambuco. Não significa que vamos ter um aumento de casos. Pode ser que sim, mas ainda não está comprovado laboratorialmente que essa variante tem uma transmissibilidade maior", aponta.

Já a secretária executiva de Vigilância em Saúde da SES-PE, Patrícia Ismael, destaca o trabalho de monitoramento que vem sendo realizado com todos os pacientes do Amazonas. 

"Os hospitais que receberam esses pacientes vindos de Manaus fizeram o isolamento deles durante todo o tratamento. A SES-PE, junto ao município do Recife, monitorou, também, os profissionais e trabalhadores da saúde que estavam juntos a esses pacientes e também não foi detectada nenhuma contaminação posterior", destaca. A secretária lembra que o translado dos corpos dos pacientes que vieram a óbito, feito pelo Governo do Amazonas, seguiu todas as medidas de segurança.

*Da assessoria

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) anunciou que o Paysandu entrou com ação para anular a partida de ida do confronto com o Manaus, realizada na última quarta-feira (3), no estádio Bezerrão, no Gama (DF), pelas quartas de final da Copa Verde de 2020. O duelo terminou empatado em 1 a 1. Segundo o STJD, o pedido paraense, recebido na última sexta-feira (5), alega que a arbitragem "cometeu um erro de direito ao marcar um gol inexistente" do time do Amazonas. À Agência Brasil, a assessoria de imprensa do clube manauara informou que a instituição "vai se pronunciar em momento oportuno".

A polêmica ocorreu aos 26 minutos do segundo tempo, quando o Papão vencia por 1 a 0. O atacante Jackie Chan, do Manaus, recebeu a bola na esquerda e finalizou de fora da área. A bola bateu no travessão e quicou fora do gol. O auxiliar Paulo Cesar Ferreira de Almeida, porém, entendeu que a bola havia entrado e o árbitro Eduardo Tomaz de Aquino Valadão validou o lance. No jogo de volta, disputado no último domingo (7), o Gavião venceu por 2 a 1 no estádio Mangueirão, em Belém, e se classificou à semifinal para enfrentar o Remo.

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"Ao ver do impugnante, configurada a ocorrência de um erro de direito, pois, estando o árbitro DE FRENTE para o lance, há que se questionar se é razoável que o mesmo tenha visto a bola ultrapassar por completo a linha do gol, apesar de nenhum dos outros personagens presentes em campo ter feito a mesma, ERRÔNEA, interpretação. O erro de direito no futebol se dá quando um juiz mostra total desconhecimento das regras ou as aplica de maneira equivocada, e é justamente o caso de um árbitro que não sabe que a bola precisa transpor completamente a linha de meta para que o gol seja marcado", destaca o pedido do Paysandu, segundo o STJD.

 

Ação conjunta do Ministério da Saúde, do governo do Amazonas e da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares já conseguiu transferir daquele estado 506 pacientes com covid-19 para tratamento em outras unidades da Federação. O objetivo é desafogar os hospitais e reorganizar o sistema de saúde local, pressionado pelo aumento da curva de casos de covid-19.

Os pacientes transferidos estão sendo colocados em hospitais universitários e unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) de 16 estados brasileiros, além do Distrito Federal.

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Segundo o Ministério da Saúde, nesta quinta-feira (4), dois voos da Força Aérea Brasileira (FAB) levaram 34 pacientes com covid-19 para hospitais em Belém e no Rio de Janeiro. Desse total, 12 pacientes do município de Tefé, no Médio Solimões, e quatro de Manaus, seguiram para a capital do Pará. Os demais foram para o Rio de Janeiro.

De acordo com a pasta, o percentual de alta dos pacientes transferidos para outros estados já alcançou 32%. Houve ainda oito remoções para realização de cirurgia oncológica no Hospital do Câncer III, do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), localizado na capital fluminense.

Arrojo

O Ministério da Saúde anunciou ainda que, em parceria com o Ministério da Defesa, por meio da Força Aérea Brasileira, está preparando logística mais arrojada para o transporte de pacientes de covid-19 para outros estados. A iniciativa tem apoio de uma empresa aérea comercial, que já teria recebido capacitação para fazer esse tipo de voo. No momento, estão sendo organizados os fluxos, a identificação de locais de acolhimento e os perfis de pacientes que podem ser transferidos.

A meta é transportar 80 pacientes por voo, de modo a atingir com maior rapidez o número projetado pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de remover 1,5 mil pacientes, com o objetivo de abrir vagas para aqueles que estão em estado mais grave e aguardam internação.

 

 

O Ministério da Saúde informou, nesta terça-feira (2), que a situação do abastecimento de oxigênio no Amazonas já é considerada normal: o consumo hospitalar diário de 80 mil metros cúbicos do gás está coberto, e há sobra de aproximada 8 mil metros cúbicos por dia.

Foi estabelecido um fluxo contínuo de chegada do gás por carretas vindas do Sul, Sudeste e Nordeste do país. Além disso, diariamente, dois voos da Força Aérea Brasileira (FAB) chegam a Manaus, carregados com o produto. De acordo com a assessoria de imprensa do ministério da Saúde, as ações executadas sob coordenação do ministro, Eduardo Pazuello, fazem parte de uma série de medidas para desafogar a rede hospitalar do estado.

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Tanques

Ontem, foi iniciada operação para entregar, de avião, tanques isotérmicos com suplementação de oxigênio. Por via terrestre, é rotineira a chegada de carretas transportando tanques de oxigênio vindos da Venezuela, pela BR-174, e de outras regiões do Brasil, pela BR-319, contando com o auxílio de balsas para completar o trajeto, informou a assessoria do ministério.

Por via marítima/fluvial, o oxigênio é levado de navio para portos mais próximos, no caso é Belém (PA), onde o produto é envasado e embarcado em balsa para fazer o trajeto fluvial até Manaus. O carregamento de 90 mil metros cúbicos da operação realizada esta semana pela Marinha está sendo aguardado para chegada na capital do Amazonas nos próximos dias.

Usinas

O Ministério da Saúde e demais membros do comitê de crise elaboraram ainda um plano para implantação de 62 usinas destinadas ao crescimento da rede de abastecimento no interior. Desse total, 14 já se encontram em funcionamento e quatro estão em fase de implantação em Manaus e em outros municípios amazonenses. O plano contempla também a ampliação de mini usinas de oxigênio para a capital e o interior, visando reduzir a dependência das unidades de saúde do abastecimento externo.

Está também em andamento o processo de substituição da usina do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), que gera 670 metros cúbicos de gás por dia, por outra mais robusta, com capacidade para produzir 2,4 mil metros cúbicos por dia. O ministro da Saúde acredita que, com a estabilização do oxigênio, será possível promover a abertura de novos leitos na unidade, para atender os pacientes de covid-19.

Com apoio do Ministério da Saúde e do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), a empresa White Martins, que fornece oxigênio para o Amazonas, também trabalha para expandir a planta de produção de oxigênio. Segundo a companhia, a ampliação da capacidade da unidade vai permitir elevar a produção em mais 6 mil metros cúbicos/dia. 

Próximos passos

Os esforços, a partir de agora, serão direcionados para ampliar a oferta de leitos e sanar as filas de espera. Nessa primeira fase, a previsão é abrir mais 150 leitos clínicos e 50 UTIs no estado.

Em paralelo, o ministério trabalha em conjunto com o Ministério da Defesa e o governo estadual com objetivo de viabilizar a transferência de pacientes para tratamento em outros hospitais do país. Já foram feitas, até o momento, mais de 430 transferências. Os pacientes estão sendo acomodados em leitos de hospitais universitários, disponibilizados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e pelos governos estaduais.

 

A lotação dos hospitais do Amazonas, por causa do aumento do número de casos da covid-19 em janeiro, obrigou o governo local a transferir para outros estados 424 pacientes em tratamento contra a doença.

Segundo o governo estadual, desde o último dia 15, 389 pacientes foram levados de Manaus para 15 cidades: Belém (17); Brasília (15); Curitiba (35); Florianópolis (11); Goiânia (48); João Pessoa (15); Maceió (30); Natal (42); Palmas (17); Porto Alegre (17); Recife (26); São Luís (39); Teresina (23); Uberaba (18) e Vitória (36).

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Dos municípios de Tabatinga e Parintins, no interior do estado, 35 pessoas infectadas pelo novo coronavírus foram transferidas para as cidades de Curitiba (13), Natal (13), Belém (6) e Rio Branco (3).

Além dos pacientes de covid-19, oito pessoas que precisavam de tratamento contra câncer foram removidas para a cidade do Rio de Janeiro, onde passarão por cirurgias no Hospital de Câncer, do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Na semana passada, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que os governos federal e estadual estimavam ter que transferir cerca de 1,5 mil doentes do Amazonas para outras regiões. Segundo o ministro, a medida seria necessária para “equilibrar a demanda e a oferta por leitos”, sobretudo em Manaus, que concentra a metade da população e tem o maior número de hospitais do estado.

Parte dos pacientes transferidos tem retornado ao Amazonas pouco a pouco, curados da doença. Entre ontem (1º) à noite e o início da madrugada de hoje (2), mais 21 pacientes voltaram para casa. Com isso, chega a 126 o número de pessoas que foram transferidas para outros estados e, segundo o governo amazonense, recuperaram-se da covid-19 e regressaram ou estão prestes a voltar para casa.

No entanto, poucas horas antes da chegada de um grupo de 21 pacientes ao Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus, 18 partiram do Aeroporto Ponta Pelada, na zona sul de Manaus, com destino à capital paranaense, Curitiba.

De acordo com o governo do Amazonas, a continuidade das transferências “possibilita a melhoria do fluxo de atendimento na rede pública de saúde”. As remoções contam com o apoio do Ministério da Saúde e da Força Aérea Brasileira (FAB).

A Secretaria estadual de Saúde garante que todos os pacientes removidos para outros estados são avaliados por equipes médicas que atestam se estão com quadro clínico estável e em condições de suportar a viagem.

A Fundação de Vigilância em Saúde informou que, até ontem, o Amazonas totalizava 268.717 casos confirmados de covid-19 e 8.266 mortes em decorrência das complicações causadas pela doença. Além disso, 94% dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) e 88% dos leitos clínicos destinados ao atendimento exclusivo de pacientes com a covid-19 estavam ocupados.

 

Nesta segunda (1), após sete dias de internação, mais quatro pacientes transferidos com covid-19 de Manaus, capital do Amazonas, para o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife, receberam alta. No último sábado (30), já haviam apresentado cura clínica Dyego Morais e Darlem Oliveira, ambos de 31 anos, que já voltaram para casa. Assim, chega a seis o número de pacientes amazoneses que venceram o novo coronavírus após transferência para Pernambuco.

“Eu cheguei aqui em uma situação muito ruim, pensei que não fosse aguentar, mas Deus me deu forças. Fui recebido de braços abertos pela equipe. Fui muito bem tratado e estou voltando hoje para a minha casa, curado. Eu só tenho a agradecer a todos os profissionais e peço a Deus proteção a todos eles. Que o HC continue salvando vidas assim como salvou a minha”, comemora o metalúrgico Marionez de Castro, de 47 anos, um dos manauaras que recebeu alta nesta segunda. Além dele, também foram liberados o taxista Tiago Oliveira, de 34 anos, o mestre de obras Marcos Silva, de 44 anos, e a aposentada Raimunda Pinheiro, de 63 anos. Os quatro retornam para o Amazonas ainda esta noite, em voo comercial. 

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Seguem internados no HC-UFPE seis pacientes de Manaus, três na enfermaria e outros três na UTI. “Nossa equipe está empenhada em oferecer o melhor tratamento possível a esses pacientes e uma alta hospitalar é sempre um troféu para a nossa equipe. Essas quatro altas, que foram dadas hoje somadas as duas que foram dadas no sábado passado (30), reafirmam que estamos alcançando êxitos em nosso propósito”, comenta o superintendente do HC-UFPE/Ebserh, Luiz Alberto Mattos.

Operação Manaus

Desde o dia 15 de janeiro, o Ministério da Educação (MEC), através da rede de hospitais universitários federais da rede Ebserh, realizou a transferência de 141 pacientes acometidos pela covid-19 vindos do Amazonas, cujo sistema público de saúde enfrenta crise no abastecimento de oxigênio, dentre outros equipamentos hospitalares. Ao todo, foram disponibilizados 205 leitos, nas seguintes unidades de saúde: Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI/Ebserh), em Teresina; Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE/Ebserh), no Recife; Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA/Ebserh), em São Luís; Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB); Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN), em Natal; Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB/Ebserh), em João Pessoa; Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG/Ebserh), em Goiânia; Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes (Hupaa-Ufal/Ebserh), em Maceió; e Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC-UFC), em Fortaleza.

Um terremoto de magnitude 5.7 na escala Richter ocorreu na tarde deste domingo (31) na Guiana e foi sentido na Região Norte do Brasil. Até o momento, não há informação de danos graves e feridos. 

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), o tremor ocorreu às 16h05 no horário de Brasília. Ele teve uma profundidade de 9,7 km, considerada relativamente rasa, e foi registrado a cerca de 40 quilômetros de Roraima.

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A população de lugares como Boa Vista e Manaus registraram o abalo sísmico. O Corpo de Bombeiros de Roraima destacou que vai continuar em alerta nas próximas horas e que não há registro de feridos.

De acordo com o USGS, a cidade mais próxima do epicentro foi  Lethem, na Guiana. O tremor foi sentido ainda na Venezuela e Suriname. 

O presidente Jair Bolsonaro defendeu a atuação do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, à frente da pasta e disse que o governo federal não tem nenhuma responsabilidade sobre a falta de oxigênio que matou pacientes de Covid-19 em hospitais públicos de Manaus.

"O trabalho é excepcional do Pazuello, é um tremendo de um gestor", disse Bolsonaro, ao sair de uma concessionária da Honda, em Brasília, na manhã deste sábado (30), onde chegou guiando uma moto. "Nós, no Amazonas, mandamos R$ 9 bilhões pra lá. Não é competência nossa e nem atribuição levar o oxigênio pra lá, damos os meios", disse Bolsonaro.

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Nessa sexta-feira (29), por determinação do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal abriu inquérito para apurar se Eduardo Pazuello foi omisso no combate à pandemia do novo coronavírus no Amazonas. A ordem também é para que o general da ativa preste depoimento à Polícia Federal em cinco dias após ser intimado e que a investigação seja concluída em dois meses.

As suspeitas de omissão do titular da Saúde referem-se à demora do envio de ajuda ao Estado, especialmente a Manaus, onde dezenas de pessoas morreram asfixiadas nos hospitais, e ainda ao estímulo para uso de medicamento sem eficácia contra a Covid-19. Bolsonaro minimizou a investigação.

"Pequenos partidos de esquerda procuram o supremo para tudo. Agora, pode investigar o Pazuello, não tem problema nenhum. Não há omissão. Ele trabalha de domingo a domingo, vira a noite. Duvido que, com outra pessoa, teria tido a resposta que ele está dando. Ele faz tudo o que é possível. Agora, numa investigação como essa, nós não temos nada a temer."

Vindo de Manaus para tratar a Covid-19 no Recife, por conta do colapso que o sistema de saúde do Amazonas vive, Dyego Morais, 31 anos, acabou realizando o sonho de conhecer a capital pernambucana - mas de uma forma que não esperava: tentando se curar da infecção.

À Unidade de Comunicação do Hospital das Clínicas, o manauara aponta que já tinha passado pelo Recife, mas nunca ficou muito tempo em solo pernambucano. Com a dificuldade de se tratar em sua terra natal, descobriu que seria transferido para a capital de Pernambuco. 

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“Quando soube que o destino seria o Recife, para mim, foi muito gratificante. Apesar da situação e do momento, me sinto muito bem. O povo é acolhedor, hospitaleiro, povo humano. E isso fez com que eu me sentisse bem melhor, com mais vontade de viver e com força. A receptividade foi maravilhosa no Hospital, aliás, está sendo", disse Dyego.

Ele, que é pai de duas crianças, Isabelly, de 10 anos, e Matheus, 3 anos, afirma que sua força para vencer a doença vem dos filhos.  “Além de Deus, minha família e minha namorada, Rayane, me deram muito apoio para eu conseguir vencer a cada dia esta doença”, destacou.

Dyego descobriu que havia contraído a Covid-19 no dia 1º de janeiro, quando surgiram os primeiros sintomas: diarreia e febre alta. Após sete dias, o paciente revela que o seu quadro de saúde piorou e começou a apresentar tosse, dificuldade para respirar e falta de ar - ficando muito debilitado.

Ele só procurou ajuda médica nove dias após o início dos sintomas, quando uma amiga, que é profissional da saúde, foi visitá-lo e o levou imediatamente ao hospital. Ele aponta que na ocasião estava com 80% do pulmão comprometido, respirando com a ajuda de cilindro de oxigênio.

Ainda em entrevista à Unidade de Comunicação do HC, Maria Nubia Cintra, mãe do Dyego, revelou que por conta do colapso que Manaus está enfrentando, a equipe médica que o estava acompanhando afirmou que não tinha condições de mantê-lo naquele hospital na capital amazonense. 

"Já estavam faltando medicações e, em breve, iria faltar oxigênio. Falaram que ele precisava ir para outro estado para ser tratado. A situação em Manaus é muito crítica. Tudo que está passando nos jornais é verdade. Ou até pior. Só quem sabe é quem está lá dentro”, disse Mara Nubia.

A família confirma que a notícia de transferência assustou, mas estavam cientes que seria o melhor a se fazer. Dyego está internado na enfermaria de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas desde o último sábado (23), respirando sem auxílio de cilindros e aguarda alta hospitalar.

Ao todo, desde o último final de semana, Pernambuco já recebeu 26 pacientes do Amazonas enviados pelo Ministério da Saúde.

O aumento exponencial no número de casos de pessoas infectadas com a Covid-19 no Amazonas levou o Estado a um colapso no seu sistema de saúde. A falta de leitos e de insumos nos hospitais tem chamado a atenção de todo o país, que busca alternativas para tratar os doentes. Buscando uma forma de auxiliar a minimizar esta crise na saúde em Manaus, o grupo Ser Educacional, mantenedor das marcas UNINORTE, UNINASSAU, UNAMA, UNG, UNIVERITAS, UNINABUCO, UNIFACIMED e UNIJUAZEIRO, está promovendo uma super campanha para ajudar os hospitais da região e todas as famílias afetadas pela doença.    

A ação faz parte do projeto Universidade do Bem, que, desde o início da pandemia, tem arrecadado donativos e promovido ações em prol da saúde em todos os estados do Brasil. Devido à situação vivida no Amazonas, o Ser Educacional resolveu ampliar ainda mais a campanha, auxiliando também diversos familiares de pessoas que estão internadas nas unidades de saúde da capital.   

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“Estamos acompanhando a situação em Manaus e não podemos ficar parados. O Ser Educacional sempre teve como pilar a Responsabilidade Social e agora não será diferente. Vamos fazer tudo o que está ao nosso alcance para que possamos ajudar a população a superar essa crise na saúde”, destaca o presidente do grupo Ser Educacional, Jânyo Diniz. “Nossas ações irão desde a doação de insumos hospitalares até a criação de casas de apoio para familiares”, complementa.   

Entre as ações emergenciais promovidas pela campanha, estarão a compra de insumos para os hospitais, a abertura de uma casa de acolhimento para os familiares que moram em outras regiões do estado, o cadastramento de voluntários, abertura de pontos de arrecadação de donativos em todo o país, a criação de uma vaquinha virtual para arrecadar doações em dinheiro, a disponibilização de prédios da UniNorte para serem usados como pontos de vacinação, entre outros. Além disso, o projeto também conta com a montagem de diversas tendas solidárias, onde serão disponibilizados apoios jurídicos, psicológicos e fisioterápicos gratuitos para familiares das vítimas internadas com a Covid-19. No entanto, essas tendas ainda necessitam de autorização estadual para serem instaladas.   

Todas as ações serão realizadas pelo Ser Educacional, por meio da UNINORTE – Centro Universitário do Norte, principal marca mantida pelo Grupo no Amazonas. A campanha já conta com o apoio do Transforma Brasil, Secretaria Estadual de Assistência Social do AM, Instituto Êxito, Grupo Diário do Amazonas, Jornal A Crítica, TV A Crítica, Rádio Fm O Dia e Rádio Jovem Pan, entre outros.    

Casas de acolhimento   

A UniNorte irá disponibilizar o prédio da unidade 11 para funcionar como casa de acolhimento para familiares. Ela será voltada para abrigar acompanhantes de vítimas da Covid-19 que estejam em tratamento na capital. No total, serão disponibilizadas 50 vagas, com oferta de dormitórios, refeições e traslados.    

Tenda solidária

Serão instaladas tendas nas principais Unidades de Saúde que atendem pacientes com a Covid-19. Nelas serão feitas triagens para atendimento psicossocial, jurídico e fisioterápico, realização de testes rápidos de coronavírus e ofertas de lanches. A proposta já foi enviada ao Governo Estadual e Municipal está no aguardo da aprovação. Em caso de liberação, os pontos de apoio ficarão em hospitais como: HUGV, 28 de Agosto, SPA São Raimundo, SPA do Coroado e SPA Alvorada. 

Vakinha on-line e doações presenciais   

Interessados em contribuir com a campanha poderão acessar o link universidadedobem.uninorte.com.br e realizar a sua doação ou se dirigir à unidade 11 da UniNorte para fazer a sua doação pessoalmente. Os alimentos e materiais recebidos serão repassados para unidades de saúde e familiares.  

A campanha Universidade do Bem ainda planeja diversas outras ações que visam auxiliar o estado do Amazonas a superar essa crise na saúde. “Vamos fazer a nossa parte e incentivar o apoio de diversas outras instituições e de toda a população para que possamos superar esse momento tão delicado que estamos vivendo”, finaliza Jânyo.

Da assessoria

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Um paciente com Covid-19 que veio de Manaus, Amazonas, na última terça-feira (26), para se tratar no Recife, não resistiu à infecção e morreu no Hospital das Clínicas (HC) nesta quarta-feira (27). Ao todo, desde o último final de semana, Pernambuco já recebeu 26 pacientes do Amazonas enviados pelo Ministério da Saúde.

A Secretaria Estadual de Saúde detalhou que dois pacientes que vieram de Manaus, e estavam internados no HC, foram transferidos para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Referência à Covid-19 unidade Boa Viagem, Zona Sul do Recife, antigo Alfa.

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São dois homens com 53 e 42 anos de idade. Eles estão passando por exames de avaliação e sendo acompanhados pela equipe multiprofissional do hospital. Os dois manauaras estão conscientes e com quadro de saúde considerado estável, recebendo suporte de oxigenação por máscara não reinalante.

A secretaria aponta que esses dois pacientes se juntam aos outros 11 amazonenses que já estão sendo monitorados pela equipe que atua na terapia intensiva do serviço, sendo oito homens e três mulheres, com idades entre 35 e 64 anos. 

Três desses manauaras apresentaram piora e precisaram ser intubados; cinco estão estáveis, mas recebem suporte de oxigenação; três respiram sem ajuda de aparelhos e evoluem bem clinicamente. 

Desse grupo, seis foram levados para a unidade ontem, e os outros cinco, os primeiros a chegar do Amazonas, chegaram no serviço na noite do último sábado (23). Ao todo, 13 pacientes amazonenses estão internados no Hospital Alfa. Outros 12 amazonenses estão internados no Hospital das Clínicas.

A variante do coronavírus detectada no Japão, mas com origem no estado do Amazonas, já é dominante na capital Manaus, o que reforça a suspeita inicial de que possa ser mais contagiosa - explicou o pesquisador Felipe Naveca à AFP.

"Já é dominante em Manaus. Já apareceu em 51% das amostras sequenciadas em dezembro, e agora, até 13 de janeiro, em 91% das amostras. Além disso, está-se espalhando pelo interior do estado. Encontramos em 11 dos 13 municípios que analisamos", ressaltou Naveca, que lidera os estudos de mutações virais naquele estado.

Na terça-feira, os três primeiros casos dessa variante foram detectados no estado de São Paulo. O país é o segundo com mais mortes por coronavírus, com mais de 218 mil, atrás apenas dos Estados Unidos.

"Todos os indícios já indicavam que é mais contagioso, porque tem mutações que já haviam sido relacionadas à maior transmissão que têm as variantes do Reino Unido e da África do Sul. Agora, esse dado da altíssima frequência com que foi encontrado reforça a suspeita de que seja mais contagiosa", acrescentou o cientista, integrante do Instituto Leônidas e Maria Deane, que trabalha junto à Fundação Fiocruz.

A nova variante, conhecida como Brasil P.1, foi detectada inicialmente no Japão em pessoas que retornavam da Amazônia brasileira.

Depois de essa variante ter sido detectada neste mês no Japão, na Alemanha e no estado de Minnesota, o Brasil tem sido alvo nos últimos dias de medidas para restringir voos para os Estados Unidos, Reino Unido, Itália e Peru.

Segundo Naveca, a Brasil P.1 é uma mutação de "uma das 18 linhagens" de coronavírus que circularam no estado do Amazonas desde o início da pandemia e que se tornou dominante no segundo semestre de 2020.

O pesquisador explica que, com os dados coletados até o momento "não dá para dizer que essa variante é mais letal", embora as autoridades não descuidem que sua disseminação esteja relacionada a um grande aumento de mortes e casos no estado do Amazonas desde o início do ano.

Esse colapso deixou as unidades de terapia intensiva saturadas e dezenas de pessoas morreram sufocadas por falta de oxigênio.

O Ministério da Saúde autorizou a ampliação "emergencial e temporária" de 15 vagas no Programa Mais Médicos para atender municípios do interior do Amazonas. O aval e o edital para o chamamento público dos profissionais foram publicados em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 26. No último dia 19, o governo já havia liberado 72 vagas adicionais no programa para atuação em Manaus. A ampliação é válida por um período improrrogável de um ano.

O sistema de saúde de Manaus entrou em colapso em virtude do agravamento da pandemia de covid-19 na cidade. A situação na capital amazonense piorou muito na segunda semana do mês de janeiro, quando começou a faltar oxigênio hospitalar para tratar pacientes, o que provocou mortes por asfixia e obrigou a transferência de doentes para outros Estados.

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A explosão dos casos de covid-19 também é atribuída a uma nova variante do vírus que circula no Amazonas. A quadro caótico agora não se concentra apenas na capital Manaus - e outras cidades do Estado já sofrem com a crise. O edital do Ministério da Saúde prevê envio dos médicos selecionados para nove municípios: Anamã, Codajás, Fonte Boa, Humaitá, Juruá, Lábrea, Manicoré, Tabatinga e Tefé.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, está em Manaus desde o último fim de semana. Ele viajou depois que a Procuradoria-Geral da República pediu um inquérito contra ele para investigar sua atuação no colapso de saúde na capital do Amazonas. Na segunda-feira (25), o Supremo Tribunal Federal (STF) instaurou a investigação. O inquérito deve apurar se houve omissão do governo federal na crise de Manaus. O próprio governo federal admitiu ao Supremo que soube da iminente falta de oxigênio em Manaus no dia 8 de janeiro, uma semana antes do colapso na cidade.

A nova viagem do general a Manaus também ocorre depois de uma primeira passagem do ministro pela cidade que ficou marcada pela pressão pelo uso de medicamentos sem eficácia contra a covid-19, como a cloroquina. Dessa vez, Pazuello não tem data para deixar a cidade, ele deve ficar por lá "o tempo que for necessário", segundo informou o ministério.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (25) a abertura de um inquérito para apurar a atuação do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no colapso da rede pública de hospitais em Manaus. O objetivo da apuração é verificar se houve omissão no enfrentamento da crise provocada pela falta de oxigênio para pacientes com covid-19 na capital do Amazonas. Lewandowski determinou que a Polícia Federal conclua a investigação dentro de um prazo de 60 dias.

Neste mês, dezenas de pacientes morreram devido à falta de abastecimento do gás medicinal na região, diante do aumento vertiginoso no número de casos e internações.

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"A Constituição Federal prevê que compete a esta Suprema Corte 'processar e julgar, originariamente', os Ministros de Estado, 'nas infrações comuns e nos crimes de responsabilidade'", destacou Lewandowski em sua decisão.

Após Aras enviar ao Supremo o pedido de investigação, Pazuello viajou a Manaus, sem data para voltar. Sob pressão no cargo, Pazuello deve ficar em Manaus "o tempo que for necessário", segundo informou o ministério. Os adiamentos envolvendo a campanha de imunização e a negociação de insumos para a vacina também pesam para o desgaste da imagem do ministro, nomeado para o cargo por sua experiência em logística.

O pedido da PGR foi encaminhado nesta segunda-feira (25) a Lewandowski "por prevenção", ou seja, não foi sorteado livremente entre os integrantes da Corte.

A ofensiva de Aras é uma resposta à representação feita por partidos políticos, que acionaram a PGR sob a alegação de que Pazuello e seus auxiliares têm adotado uma "conduta omissiva". Ao longo dos últimos dias, a pressão de parlamentares e da opinião pública cresceu sobre a PGR.

Ao comunicar a abertura de inquérito, Aras considera "possível intempestividade" nas ações de Pazuello, indicando que o ministro da Saúde pode ter demorado a reagir à crise em Manaus. O próprio governo já admitiu ao STF que a pasta sabia desde 8 de janeiro que havia escassez de oxigênio para os pacientes em Manaus, uma semana antes do colapso.

O Ministério da Saúde, no entanto, iniciou a entrega de oxigênio apenas em 12 de janeiro, segundo as informações prestadas. A PGR menciona ainda que a pasta informou ter distribuído 120 mil unidades de hidroxicloroquina para tratamento da covid-19 no dia 14 de janeiro, às vésperas do colapso. O medicamento não tem eficácia comprovada contra a doença. Após o estouro da crise e declaração da própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a inexistência de tratamento comprovado contra a covid-19, Pazuello passou a negar que tenha recomendado a cloroquina para combater a enfermidade.

Aras considerou os fatos "gravíssimos". De acordo com a Procuradoria, o ministro da Saúde pode responder pelos fatos nas esferas cível, administrativa e criminal, caso seja comprovada sua omissão na crise em Manaus. "Considerando que a possível intempestividade nas ações do representado (Pazuello), o qual tinha dever legal e possibilidade de agir para mitigar os resultados, pode caracterizar omissão passível de responsabilização cível, administrativa e/ou criminal, impõe-se o aprofundamento das investigações a fim de se obter elementos informativos robustos para a deflagração de eventual ação judicial", afirmou o procurador-geral.

De acordo com a assessoria de imprensa da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o Hospital das Clínicas (HC-UFPE) receberá mais dez pacientes de covid-19 transferidos de Manaus, por volta da 1h desta terça (26). Pernambuco já havia recebido a mesma quantidade de pessoas acometidas pela doença, tendo encaminhado metade delas para o HC-UFPE, que fica localizado no bairro da Várzea, na Zona Oeste do Recife, e a outra parte para o Hospital de Referência Unidade Boa Viagem, antigo Alfa, localizado no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul.

A previsão é a de que os pacientes deixem a capital do Amazonas às 20h desta segunda. Uma equipe médica do HC-UFPE realizará uma triagem, antes da condução dos manauaras para o hospital.

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O aumento de casos de Covid-19 em Manaus (AM) fez o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) retomar a captação de doações ao programa "Matchfunding Salvando Vidas", para doações acima de R$ 100 mil por pessoas jurídicas.

A cada real doado, o BNDES dobra o valor a ser entregue aos beneficiários. O programa tem a parceria das organizações Sitawi, CMB e Bionexo. Na primeira doação, na última sexta-feira (22), a Eletronorte viabilizou a entrega de 100 cilindros de oxigênio para quatro hospitais públicos de Manaus.

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De acordo com as regras do Salvando Vidas, os recursos são destinados à compra de equipamentos de proteção individual (EPIs) e hospitalares. Esses equipamentos são doados a instituições de saúde filantrópicas ou públicas que estejam atuando no combate à pandemia.

O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) recebe 15 pacientes de Covid-19 transferidos de Manaus, capital do Amazonas, neste sábado (23). Segundo nota divulgada pela instituição, os manauaras desembarcam no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre às 20h. O hospital disponibilizou mais cinco leitos, além dos 10 anteriormente divulgados. 

A recepção será possível graças a uma força-tarefa, montada para redefinir os fluxos, reorganizar as equipes e redistribuir os leitos. Os pacientes de Manaus serão internados na enfermaria de Doenças Infecciosas e Parasitária do HC. 

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"Estamos preparados para recepcionar os pacientes procedentes da capital amazonense portadores de Covid-19. Uma equipe do HC da UFPE estará já no aeroporto para realizar triagem do estado clínico para avaliação e encaminhamento dos pacientes para enfermaria ou UTI. Teremos a oportunidade enquanto hospital-escola de contribuirmos com a rede Ebserh e apoio dos gestores do SUS local nesta ação de caráter humanitário para acolhermos esses pacientes com o melhor que podemos oferecer: um tratamento integral e humanizado" comentou o superintendente do HC-UFPE/Ebserh, Luiz Alberto Mattos.

Experiência

De abril a dezembro de 2020, o Hospital das Clínicas da UFPE atendeu 403 pacientes com o novo coronavírus, além de ter realizado 2.282 teleconsultas e 3.559 teleorientações. Atualmente, a instituição desenvolve 58 estudos ligados à Covid-19, dentre as mais de 100 pesquisas da UFPE relacionadas à doença.

Morreu, nesta sexta-feira (22), a diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) do Amazonas, Rosemary Costa Pinto, por complicações da Covid-19. Ela comandava a FVS-AM há dois anos, mas já era servidora pública municipal há 25 anos, integrando os quadros da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).

Em nota, o prefeito de Manaus, Davi Almeida, lamentou a morte da servidora que ela foi uma das idealizadoras da criação da Fundação de Vigilância do Estado. “Perdemos uma guerreira incansável, que estava na linha de frente, desde o ano passado, na luta contra este terrível vírus, que a cada dia destrói inúmeras famílias pelo mundo. Em nome da Prefeitura de Manaus, dos servidores e de toda Manaus, rogo a Deus para que a receba em sua eterna morada, e seja, neste momento tão triste, o conforto da família e dos amigos”, declarou o prefeito.

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O gestor municipal também anunciou que irá decretar luto oficial de três dias pela morte da farmacêutica.

 

O ex-presidente Lula (PT) enviou carta de agradecimento ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nesta sexta-feira (22), por ter enviado oxigênio a Manaus, no Amazonas. No texto, o ex-presidente disse que o gesto do presidente venezuelano, que é constantemente criticado pelo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido), “prova que é possível fazer política sem ódio”.

O líder petista lembrou do tempo que Brasil e Venezuela eram parceiros, reforçando: “E tão logo conquistemos a democracia de volta para o Brasil iremos restabelecer relações políticas civilizatórias com o governo e o povo irmão da Venezuela”.

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Lula ainda afirmou que com o gesto de solidariedade feito por Maduro, deixa a lição para os países aprenderem a conviver democraticamente na adversidade.

Confira a carta na íntegra:

Prezado Presidente Nicolás Maduro,

Quero agradecer o gesto de solidariedade e a grandeza política que vossa excelência teve ao ser solidário com o povo de Manaus, na crise por falta de oxigênio hospitalar, resultado da ausência de responsabilidade do governo no nosso país.

O seu gesto prova que é possível fazer política sem ódio.

Tenha certeza, senhor presidente, que essa ação não será esquecida pelo povo brasileiro. E tão logo conquistemos a democracia de volta para o Brasil iremos restabelecer relações políticas civilizatórias com o governo e o povo irmão da Venezuela. Seu país sempre foi um grande parceiro do Brasil durante o meu governo, no governo da presidenta Dilma e também durante outras administrações.

Fica, com esse gesto de solidariedade, a lição para os países aprenderem a conviver democraticamente na adversidade.

O povo da Venezuela e somente ele, pode julgar o governo venezuelano. E todos aqueles que reconheceram um impostor como presidente devem agora ter a mesma grandeza que o senhor teve em relação ao Brasil e reconhecer vossa excelência como o único e legítimo presidente da Venezuela.

Um abraço do seu amigo,

Luiz Inácio Lula da Silva





 

 

 

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