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O vice-presidente da República, General Hamilton Mourão (PRTB), acompanhado do correligionário e líder da Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Marco Aurélio Meu Amigo, estará cumprindo agenda no Recife na próxima quarta-feira (5).

 Marco Aurélio viajou para Brasília nessa terça-feira (28) para alinhar alguns detalhes da visita. No Recife, Mourão participará da solenidade que lhe concede o título de Cidadão Recifense, proposto pelo na época vereador do Recife, deputado Marco Aurélio.

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 A homenagem acontecerá às 16h30, na Câmara Municipal do Recife. Mourão também participará de um almoço com empresários associados ao grupo de Líderes Empresariais de Pernambuco (LIDE), que será realizado no Mar Hotel, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife.  

 Antônio Hamilton Martins Mourão nasceu no Rio Grande do Sul e é, além de político, general da reserva do Exército Brasileiro. Ele ingressou em 1972 na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e morou no Recife por cerca de 3 anos.  

 Ainda em Brasília, Marco Aurélio foi convidado para participar da cerimônia de posse do pernambucano Gilson Machado Neto para presidência da Embratur. Gilson, que é amigo pessoal do presidente Jair Bolsonaro (PSL), participou no último fim de semana, ao lado dos deputados de oposição ao governo Paulo Câmara, Marco Aurélio e Clarissa Tércio (PSC), da manifestação a favor do governo Bolsonaro, realizada em Boa Viagem.

O deputado estadual Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB) compareceu à Avenida Boa Viagem neste domingo (26) para integrar a manifestação em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Cantando o hino nacional junto com os presentes, o deputado se mostrou animado e satisfeito em participar do ato, que tomou a avenida numa onda verde e amarela. “Eu tenho apoiado o presidente Jair Bolsonaro e o general Mourão desde a época da campanha. Faço questão de estar aqui reforçando a importância do presidente que temos”, disse o parlamentar.

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Sobre a popularidade do presidente, que anda caindo nas últimas pesquisas de opinião, Marco Aurélio disse que não acredita no dado. “Eu queria ter essa impopularidade dele. Olhe quantas pessoas estão aqui abraçando o presidente. Isso é ser impopular? Eu não acredito”, opinou. Marco Aurélio também comentou sobre a visita do presidente ao Recife, que aconteceu na última sexta-feira (24).

“A avaliação é completamente positiva. Foi uma visita discreta, mas muito válida”, afirmou. Enquanto desfila pela avenida boa viagem, o ato arrasta varias pessoas em caminhada e também atrai a atenção outras dezenas de apoiadores do presidente nas janelas dos edifícios pelos arredores.

Com a avaliação de que o Recife perdeu protagonismo e posição de referência para as demais cidades do Estado, o deputado Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB) criticou a gestão do prefeito Geraldo Julio nesta quinta-feira (23).

 Em pronunciamento na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), ele lamentou que, “diferentemente do que ocorreu na época de outros prefeitos, Recife deixou de ser destaque”.

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 “Os rankings nacionais sobre melhores prefeitos sempre apontaram gestores do Recife. Jarbas Vasconcelos, Roberto Magalhães, Joaquim Francisco e, mais recentemente, nosso colega João Paulo e até João da Costa receberam o reconhecimento que Geraldo Julio não conseguiu”, declarou.

 Marco Aurélio disse, ainda, que Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana, tem despontado como referência: “O trabalho realizado pelo prefeito Anderson Ferreira tem atraído gestores como inspiração”, comentou.

O deputado estadual Romero Albuquerque (PP) se colocou à disposição para acompanhar a blitz da oposição nos hospitais públicos de Pernambuco. Apesar de ser da base governista, ele criticou a saúde estadual durante a sessão na Assembleia Legislativa (Alepe) nessa terça-feira (21) e corroborou o discurso do líder da bancada contrária ao governador Paulo Câmara (PSB), Marco Aurélio (PRTB).

Ao tratar do assunto, Albuquerque mencionou o drama de uma paciente da UPA da Caxangá, que havia sofrido um AVC e aguardava a transferência para uma unidade de maior complexidade. O atraso na transferência se dava pela falta de maca para realização do deslocamento da paciente.

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O exemplo do progressista foi citado enquanto que Marco Aurélio criticava a gestão estadual da saúde e citava um caso similar, ocorrido em São Lourenço da Mata, em que uma idosa, também acometida por um AVC, passou três dias em uma cadeira de rodas aguardando um leito na UPA do município, enquanto a equipe médica decidia o procedimento de transferência dela para uma unidade mais especializada para o caso.

“Nós da base do governo temos que estar atentos a esta situação e fazer um apelo ao governador para resolver estas situações da saúde pública. O caso dessa senhora não será o primeiro nem o último. Mas temos que debater este assunto, saber o que podemos fazer nesta Casa, para pensar soluções para este problema, que pra mim é muito grave”, discursou o deputado.

“Mesmo fazendo parte da base governo, quero acompanhar estas ações de fiscalização, porque precisamos nos inteirar melhor para indicar ao governador o trabalho que precisa ser feito na área da saúde”, acrescentou o parlamentar.

*Com informações da assessoria de imprensa

O deputado estadual Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB), Líder da Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), esteve reunido nesta segunda-feira (20) com o representante dos vigilantes de Pernambuco, Alessandro Vieira. Durante o encontro, além de discutir sobre a importância do vigilante para a segurança patrimonial e da sociedade como um todo, foi debatida a emenda aditiva que pretende proporcionar aposentadoria exclusiva aos vigilantes.

 Um dos objetivos da proposta é estabelecer idade mínima e tempo de contribuição distintos da regra geral, para concessão de aposentadoria exclusivamente em favor dos vigilantes, da mesma forma que os policiais, agentes penitenciários, socioeducativos e os guardas municipais.

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 Marco Aurélio comparou o trabalho desempenhado pelos vigilantes com o de outros profissionais da área de segurança. “É importante que os vigilantes de Pernambuco, assim como de todo Brasil, tenham o mesmo tempo de serviço para se aposentar como outros que fazem parte da segurança pública. Não é justo que o mesmo serviço feito, com os mesmos ricos, com as mesmas condições sejam tratamentos diferentes”, argumentou.

 Segundo o texto, “os vigilantes não podem ser tratados como os demais trabalhadores brasileiros, quando dos debates da reforma da previdência social”. O aditivo deve ser encaminhado à Comissão Especial destinada a emitir parecer sobre a proposta de emenda à Constituição Federal da Reforma da Previdência.

 Na proposta, o profissional teria direito a aposentadoria especial caso fosse funcionário efetivo de uma empresa de segurança privada, cumprido os seguintes requisitos: 55 anos, se homem, e 52 anos, se mulher.  Trinta anos de contribuição, se homem, e 25 anos de contribuição, se mulher, além de 20 de exercício na atividade.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio negou nesta quinta-feira (9) mandado de segurança protocolado pelo senador Ângelo Coronel (PSD-BA) contra a medida de contingenciamento de verbas de universidades federais. Por razões processuais, o ministro entendeu que não cabe ao Supremo decidir a questão. 

No entendimento do ministro, o contingenciamento é uma medida que não pode ser atribuída à Presidência da República, como apontou o parlamentar, mas ao respectivo ministério que gerencia os recursos. Segundo o ministro, a Corte só pode julgar mandados de segurança contra um ato do presidente da República, da Mesa Diretora do Senado ou da Câmara, do procurador-geral da República e do Tribunal de Contas da União (TCU). 

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Na terça-feira (7), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que os recursos poderão ser descontingenciados e liberados se a economia tiver um crescimento com a aprovação da nova Previdência. 

Durante audiência na Comissão de Educação do Senado, o ministro afirmou que o contingenciamento é sobre “uma parte pequena do volume total de despesas”, que atinge apenas a parte discricionária das universidades federais: “a folha de pagamento e o refeitório estão integralmente preservados”. Segundo Weintraub, as 65 universidades federais custam, em média, R$ 1 bilhão por ano.

Deputados da oposição dispararam contra o Governo de Pernambuco após uma recente fiscalização no Hospital Otávio de Freitas, no Recife. Durante a sessão plenária dessa segunda-feira (29), o líder da bancada, Marco Aurélio (PRTB), disse que a realidade observada no centro médico “mostra que máscara do PSB está caindo”. Isto porque, segundo ele, a situação da unidade de saúde está “cada vez pior”.

Em menos de dois meses a oposição fez duas vistorias no hospital e Marco Aurélio disse que, além da mistura de pacientes de diferentes doenças, de banheiros sem água e da presença de animais peçonhentos nos corredores, foram observados equipamentos quebrados e funcionários reclamando da falta de material para trabalhar.

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A deputada Clarissa Tércio (PSC) reforçou a crítica pontuando que o local vive um “cenário de carência e de tratamento desumano”. Ela destacou que havia pacientes com problemas de trauma junto com outros acometidos de doenças infectocontagiosas, como hepatite e tuberculose. “Também pude ver uma criança com necessidades especiais no chão, nuvens de mosquito pelos corredores, banheiros interditados por escassez de água  e cirurgias sendo desmarcadas por falta de material”, citou.

“Se nós, que somos deputados, não estamos sendo ouvidos pelo Governo do Estado, imaginem o povo?”, questionou a deputada, ressaltando que a saúde do Estado como um todo “está em crise”.

Marco Aurélio ainda lembrou da crítica já exposta pela deputada Priscila Krause (DEM) sobre as ambulâncias que, segundo ela, estavam abandonadas no Hospital Otávio de Freitas.

“Mas a novidade dessa visita é que pudemos conferir de perto 28 ambulâncias do Samu novas abandonadas em um depósito junto com 200 aparelhos de ar condicionado dentro das caixas”, salientou Marco Aurélio. O líder oposicionista ainda aproveitou a oportunidade para cobrar a volta do secretário de Saúde, André Longo, para prestar contas na Comissão de Saúde da Alepe.

Em defesa do governo, o líder Isaltino Nascimento (PSB) disse que a oposição “aparenta estar sendo contra o serviço público”. “Pernambuco só tem melhorado os indicadores de saúde nos últimos anos”, frisou. Em aparte ao pronunciamento dele, o deputado Diogo Moraes (PSB) informou que as ambulâncias e os ar-condicionados encontrados no hospital estão apenas guardados no local. “Os equipamentos são dos municípios. O Estado apenas está cedendo espaço para abrigá-los”, justificou.

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quarta-feira, 24, ter dúvida "seriíssima" sobre os crimes pelos quais foi condenado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso do triplex do Guarujá.

Na última terça-feira, 23, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou a condenação de Lula no caso, mas reduziu sua pena para 8 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão.

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A redução pode abrir caminho para o ex-presidente migrar no final do ano ao regime semiaberto - desde abril do ano passado, o petista está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

"Eu tenho uma dúvida seriíssima quanto aos dois crimes. Aí está em discussão. Houve apenas a corrupção ou houve corrupção e lavagem", disse Marco Aurélio nesta quarta-feira, 24, ao conversar com jornalistas.

No julgamento do STJ, os ministros da Quinta Turma rejeitaram as teses da defesa de Lula, entre elas a de que o petista teria sido condenado duas vezes pelos mesmos fatos.

"O que eu falo, eu tenho dúvidas, não estou me manifestando porque eu nem vou julgar o caso, dúvidas quanto aos dois tipos, a corrupção e a lavagem. Teria havido um procedimento do presidente visando dar ao que ele 'recebeu' via corrupção a aparência de algo legítimo? A lavagem pressupõe (isso)", comentou Marco Aurélio.

O ministro reconheceu que "fatalmente" um recurso do petista contra a condenação no STJ chegará ao Supremo, mas disse que acompanhará o julgamento da "arquibancada".

Cabe à Segunda Turma do STF julgar casos relacionados à Operação Lava Jato - o ministro integra a Primeira Turma.

"Virá pra cá fatalmente, não virá para a 1.ª Turma e eu estarei assistindo o julgamento da arquibancada, como eu fazia com o Flamengo quando morava no Rio", comentou.

Gilmar

Em Portugal para workshop do VII Fórum Jurídico de Lisboa, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes também se pronunciou sobre a Operação Lava Jato e o julgamento realizado nesta terça-feira, 23. Na avaliação de Gilmar, o "STJ agiu como um tribunal deve agir" e passou um "recado claro às instâncias inferiores para moderarem seus discursos".

O ministro disse ainda que a Lava Jato se tornou um partido político e, também em referência à Operação, afirmou que houve muitos abusos no judiciário, com a alegação de se buscar a diminuição da criminalidade.

Regime

A Lei de Execução Penal prevê a transferência do preso para regime menos rigoroso quando tiver cumprido ao menos um sexto da pena e apresentar bom comportamento.

Lula, no entanto, é investigado em outros sete processos - entre eles, o do sítio de Atibaia, em que foi condenado a 12 anos e 11 meses pela juíza Gabriela Hardt em janeiro deste ano.

O TRF-4 ainda não julgou esse caso, que pode afetar uma eventual mudança de regime do ex-presidente.

Além disso, a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância é alvo de três ações, cujos méritos ainda não foram discutidos pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).

O Comando Militar do Nordeste participará, nesta terça-feira (23), às 18h, de uma sessão solene, na Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe), em homenagem ao 371º aniversário do Exército Brasileiro.

 A solenidade contará com a presença do Comandante Militar do Nordeste, o General de Exército Marco Antônio Freire Gomes. A homenagem é uma proposição do deputado estadual Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB).

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O Dia do Exército foi comemorado em 19 de abril e corresponde à data em que as tropas compostas pelas etnias que formaram a Nação Brasileira - o branco europeu, o índio nativo e negro africano - lutaram e venceram os invasores holandeses, em 1648, nos Montes Guararapes, em Pernambuco.

Atualmente, a Força Terrestre Brasileira, com mais de 230 mil integrantes, conta com oito Comandos Militares de Área. O Comando Militar do Nordeste (CMNE), comandado pelo General Freire Gomes, está sediado no Recife e abrange oito Estados da região.

Na Reunião Plenária da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) dessa terça-feira (2), o deputado Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB) parabenizou o presidente Jair Bolsonaro pelo cancelamento, anunciado no Twitter, da instalação de oito mil radares eletrônicos nas rodovias federais do País.

Citando o que considera “um excesso desse tipo de equipamento na cidade do Recife”, o parlamentar instou “outros administradores a terem humildade e copiarem as ideias boas”, porque, segundo ele, “quem ganha é a população”.

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O deputado reproduziu a declaração de Bolsonaro, que afirmou que “a grande maioria dos radares tem o único intuito de retorno financeiro ao Estado”. Ao tratar do Recife, Marco Aurélio destacou que a Capital pernambucana tem o pior trânsito do Brasil e avaliou que a quantidade excessiva de sinais, inclusive sem sincronia, e de radares e lombadas eletrônicas prejudica a fluidez.

“O radar é simplesmente uma forma de arrecadar dinheiro e não consegue ajudar no trânsito”, concluiu o deputado.

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O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse à reportagem nesta quinta-feira, 7, que a democracia é garantida pelo povo, e não pela atuação das Forças Armadas. Ao participar de evento da Marinha no Rio de Janeiro, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que a democracia e a liberdade só existem "quando as Forças Armadas assim o querem".

"A democracia é garantida pelo povo, pelo funcionamento a contento das instituições. Isso é o que garante a democracia, Forças Armadas existem para uma possibilidade extravagante numa situação de agressão externa. Como recurso derradeiro", observou o ministro da Suprema Corte, acrescentando ainda que "se dependermos" da atuação das Forças Armadas "para termos dias democráticos", "estaremos muito mal". "Se nós dependermos para termos dias democráticos da atuação das Forças Armadas, nós estaremos muito mal. O respaldo maior está nas Forças Armadas para uma eventualidade", completou Marco Aurélio.

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Com a repercussão gerada, Bolsonaro fez no início da noite uma transmissão ao vivo no Facebook para explicar a declaração, para a qual convocou o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno. Na live, o presidente disse que a fala foi levada para "o lado das mais variadas interpretações possíveis". Já Heleno afirmou que a declaração não teve "nada de polêmico".

"As suas palavras foram ditas de improviso para uma tropa qualificada e foram colocadas exatamente para aqueles que amam sua pátria, vivem diariamente o problema da manutenção da democracia e da liberdade, caracterizando e exortando para que continuem a fazer o papel que vêm fazendo, de serem guardiões da democracia e liberdade", disse o ministro do GSI.

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), avaliou nesta quarta-feira (6) que o projeto anticrime do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, não necessariamente irá melhorar os índices de criminalidade, se aprovado, embora seja uma tentativa de impor "rigor maior" nas normas. "O aspecto formal não se sobrepõe à realidade. E o endurecimento das normas penais não deságua necessariamente na ausência da prática criminosa", disse o ministro a jornalistas antes da sessão plenária do STF.

O comentário de Marco Aurélio reforça a onda de críticas levantadas por ministros do STF desde que Moro apresentou o pacote na segunda-feira (4). Conforme informou na última terça-feira (5), o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, dois ministros acreditam que o projeto será judicializado e que em algum momento será contestado na Suprema Corte. Há críticas sobre a possibilidade de redução ou isenção de pena de policial que causar morte em serviço.

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Para Marco Aurélio, a diminuição efetiva da violência demanda um olhar para suas causas, como o desemprego e os problemas na educação, citou o ministro. "Nós precisamos buscar as causas da violência, precisamos ter presente o desequilíbrio no mercado de trabalho, oferta excessiva de mão de obra, escassez de emprego, precisamos cuidar da educação. É isso que realmente implicará a diminuição da delinquência", pontuou.

Prisão

Assunto que tem julgamento com data marcada no STF, a execução antecipada da pena também é tratada no pacote de Moro, que tenta, através do Congresso, deixar expresso que o réu começa a cumprir a pena após condenação em segunda instância. Atualmente, essa possibilidade é autorizada por entendimento da Suprema Corte. Em abril, os ministros irão se debruçar novamente sobre o tema, para julgar a questão definitivamente - quando poderão alterar ou manter a jurisprudência em vigor.

Ao avaliar a proposta do ministro, Marco Aurélio (contrário à execução antecipada da pena), afirmou que, apesar da tentativa de Moro, o "impasse continua", já que a Constituição Federal institui o princípio da presunção da inocência. Na hierarquia, a Constituição Federal está acima das leis ordinárias, onde o ministro da Justiça propõe alterações, destacou Marco Aurélio.

"Vi (o projeto) de forma geral, mas o impasse continua. Porque acima da lei ordinária está a Constituição, no mais visa um rigor maior quanto a glosa penal. O problema é o conflito com o cumprimento da decisão em segunda instância, um conflito com a Constituição federal e o princípio da não culpabilidade. E, mais ainda, a matéria está na pauta para o Supremo julgar", lembrou o ministro.

Questionado se considerava a inclusão do tema no pacote uma tentativa de pressão no julgamento que ocorrerá em abril, Marco Aurélio respondeu que o STF não está "sujeito a pressões", e que presume um "procedimento digno por parte" de Moro. "O Supremo não está sujeito a pressões, e eu julgo as pessoas por mim, eu presumo um procedimento digno da parte do ministro da Justiça", afirmou o ministro.

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta sexta-feira (1º), a reclamação do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e devolveu para a primeira instância a investigação que apura movimentações financeiras atípicas de seu ex-assessor Fabrício Queiroz. A decisão foi tomada nesta sexta, primeiro dia de atividades do ano do Judiciário.

No dia 17 de janeiro, o vice-presidente do STF, ministro Luiz Fux, que era responsável pelo plantão da Corte durante o período de recesso, suspendeu o procedimento investigatório criminal. A determinação de Fux valia até o relator do processo, o ministro Mello, reavaliar o caso.

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A suspensão da investigação por Fux foi tomada no mesmo dia em que o pedido foi protocolado na Corte. O senador eleito Flávio Bolsonaro alegou que iria ganhar foro perante o Supremo, já que assume nesta sexta o mandato de senador. Para Fux, ao restringir o alcance do foro privilegiado, o Supremo considerou que cabe ao próprio tribunal decidir o que deve ficar ou não na Corte.

Além disso, Fux entendeu que caberia ao ministro relator do caso, Marco Aurélio Mello, decidir sobre a situação específica da apuração.

O relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo em dezembro do ano passado, foi enviado ao Ministério Público Federal (MPF) do Rio no âmbito da Operação Furna da Onça, que em novembro prendeu dez deputados estaduais suspeitos de receberem propina. Ao todo, 75 servidores são citados no documento, mas nem todos seguem o mesmo padrão de movimentação financeira. Queiroz e Flávio Bolsonaro não foram alvos da operação.

O senador eleito acionou o STF alegando que o Ministério Público do Rio de Janeiro "utilizou-se do Coaf para criar 'atalho'", realizando verdadeira burla às regras de quebra de sigilo bancário e fiscal. O Ministério Público do Rio de Janeiro nega.

À época, o ministro Luiz Fux disse ao Estado que tomou uma medida de urgência provisória até o pronunciamento do ministro Marco Aurélio Mello e que não é inerente à sua atuação suspender investigações fundadas.

O deputado estadual eleito e vereador do Recife, Marco Aurélio Medeiros (PRTB), afirmou que pretende interceder por Pernambuco durante o encontro que terá com o vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB), no próximo dia 22 de janeiro. Apesar de considerar a administração do governador Paulo Câmara (PSB) “capenga” e “fraca”, ele pontuou que vai pedir ao vice que “desconsidere” a oposição que o pessebista vem fazendo ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) e facilite a interlocução entre os governos estadual e federal.

“O que eu vou pedir [a Mourão], sei que eu tenho esse tamanho para pedir, é: desconsidera, ajuda Pernambuco, porque o governador tem um problema, não gosta de ficar junto do povo. Pernambuco é um Estado pobre e a gente precisa do governo federal”, detalhou, durante entrevista a Folha de Pernambuco, ao explicar que encontro também servirá para definir a entrega do título de cidadão recifense a Mourão.

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“Direi, o governador de Pernambuco pediu uma audiência com o presidente Bolsonaro e se o senhor puder ajudar faça com que essa audiência aconteça o mais rápido possível, ajude Pernambuco, atenda todos os pleitos que puder. O povo de Pernambuco não pode ficar contra a federação”, acrescentou.

Na última segunda (7), o governador solicitou, por meio de ofício, uma audiência com o presidente para apresentar as propostas de Pernambuco, apesar de o militar ter afirmado que o presidente dos governadores do Nordeste estava em Curitiba, referindo-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ainda na ótica de Marco Aurélio, que articula para tentar ser líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Paulo Câmara erra ao ficar contra o governo Bolsonaro.  “O governador de Pernambuco cometeu alguns erros, ele ajudou o governo de Dilma, depois ficou contra Dilma. Depois Pernambuco teve cinco ministros [no governo de Michel Temer] e ele ficou contra os ministros. O governador gosta de ficar contra”, alfinetou o vereador.

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar na quarta-feira, 19, o empresário Renato Grembecki Archilla, condenado a 14 anos de prisão por mandar matar a própria filha. O caso, ocorrido em 2001, ficou conhecido como Crime do Papai Noel, pois o homem contratado para executar a vítima se fantasiou como o bom velhinho. A mulher conseguiu sobreviver.

A decisão do ministro do STF foi dada no mesmo dia em que ele também concedeu liminar para soltar condenados em segunda instância que não tiveram seus casos transitados em julgado, ou seja, que ainda podem recorrer a tribunais superiores. Esta liminar, porém, foi suspensa pelo presidente do STF, Dias Toffoli, no mesmo dia.

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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, recorreu no sábado, 22, da decisão de soltar Archilla. Ela alega que a pena foi considerada transitada em julgado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e a ordem de soltura foi dada sob a equivocada percepção de que se trataria de execução provisória.

Archilla foi condenado em 2017, pelo Primeiro Tribunal do Júri de São Paulo, à pena de 10 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão, em regime fechado. Após recurso do Ministério Público, a pena foi aumentada para 14 anos.

A prisão do empresário, porém, ocorreu apenas no dia 12 deste mês, quando o TJ-SP determinou a certificação do trânsito em julgado, com o argumento de coibir os expedientes protelatórios do condenado. Com isso, mesmo com a possibilidade de recursos em instâncias superiores, para Dodge não há que se falar em execução provisória.

Segundo a procuradora-geral da República, possivelmente a defesa induziu em erro, pois "adota como premissa a existência de uma condenação mutável e de que a ordem de prisão seria para o fim de se promover a execução provisória do julgado".

A procuradora-geral afirma ainda que o recurso tem como propósito impedir a soltura do empresário, já que "as comunicações da decisão já foram enviadas para os demais juízos vinculados ao caso e o cumprimento indevido da ordem de soltura é premente". Dodge afirma ainda que o próprio acórdão proferido pelo Tribunal destaca a necessidade do cumprimento da pena em regime fechado, devido à violência e à gravidade do delito praticado.

A ordem de soltura ainda não havia sido cumprida neste domingo, 23. Renato está preso na penitenciária de Parelheiros, zona sul de São Paulo.

Para o advogado Santiago Andre Schunck, que defende o empresário, a decisão de Marco Aurélio foi acertada. "A condenação de Renato Archilla é um verdadeiro equivoco e a defesa vai provar a sua inocência", disse.

Sobre o pedido da PGR para reverter a liminar, Schunk espera não haver urgência a ponto de o STF decidir durante o recesso judiciário, que vai até fevereiro. "Além disso, o fundamento invocado para o seu pedido (da PGR) é o de que já há trânsito em julgado da decisão condenatória proferida pelo TJ-SP, porém, a defesa atacou a certificação do trânsito no HC em que a liminar foi deferida, por entendê-la ilegal e precipitada", afirmou o advogado.

O caso

O crime aconteceu em 17 de dezembro de 2001. Renata tinha 22 anos quando foi abordada por um homem vestido de Papai Noel em um semáforo no Morumbi, na zona oeste de São Paulo. Ela recebeu três tiros, dois dos quais no rosto, mas sobreviveu.

O pistoleiro era o policial militar José Benedito da Silva, que já havia sido condenado pelo TJ-SP a 13 anos de prisão. Na agenda do policial havia o telefone do avô de Renata e pai de Renato, o fazendeiro Nicolau Archilla Galan, que morreu antes de ser julgado.

A mãe de Renata conheceu seu pai nos anos 1970, no Guarujá, no litoral paulista. Ficou grávida aos 17 anos. A família do rapaz não queria que ele assumisse a paternidade e o casal se separou. A menina estudava no Colégio Sacré Coeur e o rapaz, no Colégio Rio Branco.

Com o nascimento de Renata começou um processo que durou 12 anos para que a paternidade da criança fosse reconhecida. Renato, no entanto, nunca quis saber da filha.

A decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), em proibir a prisão após condenação em segunda instância, seguida pela revogação da medida pelo presidente da Corte, Dias Toffoli, gerou na quarta-feira (19), mais de 1,3 milhão de postagens no Twitter. Os dados são do estudo da Diretoria de Análise de Políticas Públicas (DAPP) da Fundação Getúlio Vargas (FGC), divulgado nessa quinta-feira (20).

As postagens foram analisadas entre as 14h30 e 0h, já excluindo "robôs" e interações suspeitas na rede social. Mais de 900 mil compartilhamentos também foram registrados, segundo mostrou o estudo.

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Caso não fosse vetada por Toffoli, a medida poderia beneficiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros presos da Operação Lava Jato. Como reação, a maioria das postagens no Twitter equivale a perfis favoráveis ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, com 33% dos usuários (equivalente a mais de 70 mil pessoas) e 58% das interações, criticando a decisão de Marco Aurélio.

O segundo maior grupo de perfis, com 32% das contas e 13% das interações na rede, é crítico a Bolsonaro e ao mesmo tempo satirizou as decisões dos ministros. Em menor proporção, a base de apoio a Lula e a movimentos da esquerda somou 16% dos perfis (aproximadamente 35 mil pessoas) e 17% das interações.

O DAPP aponta que o número total de postagens equivale a de outros momentos decisivos para Lula. Em julho, após soltura concedida pelo plantonista do TRF-4, seguida de veto do presidente do Tribunal, 1,5 milhão de tuítes mencionaram o caso. Na semana da prisão de Lula, em abril, a média registrada foi de 956 mil tuítes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou em Curitiba que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não sairá da prisão por uma medida jurídica, mas que o caso dependerá de uma saída política. Um dia após o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, derrubar liminar que permitia a soltura do petista, a dirigente afirmou que o STF não poderá ficar à reboque do governo do futuro presidente, Jair Bolsonaro (PSL).

"A saída do caso dele não é uma saída jurídica. Tentou-se de tudo que pode no mundo jurídico. É uma saída política, e está ficando cada vez mais claro que a prisão é política", disse a presidente do partido nesta quinta-feira, 20, durante entrevista coletiva, quando questionada se acreditava que a situação jurídica de Lula só mudará com um cenário político diferente.

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Além disso, a presidente da legenda relatou que o ex-presidente não acreditava que pudesse ser solto ontem. Gleisi declarou que o partido vai fazer uma "luta política" para buscar a liberdade de Lula, condenado na Lava Jato e preso desde 7 de abril na capital paranaense.

O PT atribuiu a decisão de Toffoli a uma suposta pressão que teria como principal agente o governo eleito de Jair Bolsonaro. "Se o Supremo ficar, em relação ao governo, ao Executivo, a reboque, suscetível a pressão, vai ser muito ruim para o País e para a nossa democracia", declarou Gleisi.

As críticas do partido também foram direcionadas à juíza Carolina Lebbos, da Vara de Execução Penal de Curitiba, por deixar de determinar a soltura do ex-presidente após liminar do ministro Marco Aurélio Mello, do STF.

A presidente do PT disse ainda que a decisão tomada pelo Supremo nesta quarta-feira, 19, coloca o Brasil em uma situação de "vexame" internacional e que Lula, mesmo preso, será a "centralidade" da oposição do PT ao governo Bolsonaro.

A senadora pelo Paraná e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, saiu em defesa da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba. Segundo a senadora, "Lula nas ruas é uma afronta ao governo de Bolsonaro. É uma oposição ambulante", disse a parlamentar durante ato nesta quinta-feira (20), em Curitiba.

Gleisi lembrou a decisão do ministro do Supremo Marco Aurélio Mello, tomada na quarta-feira (19), que abriria espaço para que presos em segunda instância fossem liberados. A decisão, entretanto, foi revogada horas depois pelo presidente do Supremo, Dias Toffoli.

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"Ontem, cumpriu mais uma fez o script do sistema contra o presidente Lula. A Rede Globo ficou o dia todo convocando Toffoli e Dodge (Raquel Dodge, procuradora-geral da República) para mudar a decisão de Marco Aurélio", disse a presidente do PT.

De acordo com a senadora, Lula é a antítese do atual governo, que teria sido eleito apenas para defender uma parcela minoritária da sociedade. "(Jair Bolsonaro) Já disse que vai governar para o agronegócio, para os patrões. É isso que ele disse. Falou na campanha e falou agora. Quem vai sofrer é o povão", afirmou, e emendou: "Vamos continuar firmes e fortes aqui". O ato foi transmitido pelas redes sociais.

A manifestação, organizada na frente do local onde Lula encontra-se preso em Curitiba, contou também com a presença de políticos do PT como os deputados Arlindo Chinaglia, Paulo Teixeira e Benedita da Silva.

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Antes de o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, derrubar a decisão do colega Marco Aurélio, a medida já era criticada por analistas. A maioria vê com maus olhos o fato de um tema como a prisão em segunda instância ser resolvido via decisão monocrática, sem passar pelo plenário. Com o recesso, uma decisão colegiada não poderia ser tomada neste ano. Além disso, o julgamento que pode proibir a prisão nessas circunstâncias já foi marcado para abril por Toffoli.

No recesso, só o presidente do STF, provocado pela Procuradoria-Geral da República, podia vetar a medida. E vetou. "Isso é muito ruim para a imagem do Supremo, que deveria ser um colegiado, não '11 Supremos'", diz o jurista Ives Gandra.

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Apesar de elogiar a atuação do ministro Marco Aurélio ao longo dos quase 30 anos de STF, Gandra acredita que cabe ao plenário decidir uma questão como essa. Para o professor, o ministro buscou criar uma "instabilidade institucional", dado que Toffoli havia marcado para abril essa discussão. "A imagem que passa é a de um colegiado rachado", diz.

Um ex-ministro da Corte classifica os juízes como "11 atores de televisão", crítica comum ao fato de os ministros serem hoje figuras públicas com ampla visibilidade. "É o único país do mundo em que não há um tribunal supremo, mas 11."

No entanto, o professor Thiago Bottino, da FGV-Rio, evita falar em uma eventual "resposta" de Marco Aurélio a Toffoli. Ele lembra que o STF nunca julgou o mérito de ações diretas de constitucionalidade que versam sobre a prisão em segunda instância. "Toffoli pautou só para abril de 2019, apesar dos reiterados pedidos do relator para pautar antes. Sem falar que ainda podiam parar o julgamento por pedidos de vista", diz. "Nesse sentido, acho que o relator (Marco Aurélio) está no papel dele de avaliar a urgência do tema e decidir."

A constitucionalista Vera Chemim ressalta que cada vez mais se vê um tribunal dividido em duas turmas - não as duas que compõem oficialmente o Supremo, e sim de ideias divergentes. Apesar de Toffoli e Marco Aurélio terem dado decisões convergentes durante os governos Lula e Dilma, o atual presidente da Corte tem tentado, enquanto gestor do tribunal, se desvencilhar da imagem de petista que sempre lhe atribuíram. "Tem tentado se mostrar um profissional competente na gestão", observa Vera. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), classificou neste domingo (21) de "muito ruim" o conteúdo de um vídeo, que circula nas redes, no qual o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), diz que basta "um soldado e um cabo" para fechar o Supremo. Para o magistrado, são "tempos estranhos" e o conteúdo da declaração denota que "não se tem respeito pelas instituições pátrias". "Vamos ver onde é que vamos parar", complementa.

A afirmação criticada por Marco Aurélio foi feita por Eduardo Bolsonaro em resposta a questionamento, durante palestra antes do 1º turno, em 9 de julho, sobre a possibilidade de seu pai ser impedido de assumir o Planalto caso fosse eleito ainda na primeira fase da corrida presidencial. Na ocasião, Eduardo estava dando uma palestra em Cascavel (PR) para alunos de um curso preparatório para o concurso da Polícia Federal.

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"Tempos estranhos, vamos ver onde é que vamos parar. É ruim quando não se tem respeito pelas instituições pátrias, isso é muito ruim", disse o ministro Marco Aurélio Mello. Questionado se a declaração poderia evidenciar uma afronta à separação entre Poderes, o magistrado respondeu: "Não sei, pois é o estágio da nossa democracia né. Vamos aguardar as eleições para ver o que ocorrerá em 2019. É tempo de temperança, importante é as instituições funcionarem", complementou.

No vídeo, Eduardo Bolsonaro comenta uma eventual impugnação da candidatura de Jair Bolsonaro, mas diz que o STF teria de "pagar para ver", caso tomasse tal decisão. "Aí eles vão ter que pagar para ver. Será eles que vão ter essa força mesmo? O pessoal até brinca lá: se quiser fechar o STF sabe o que você faz? Você não manda nem um Jipe, manda um soldado e um cabo. Não é querendo desmerecer o soldado e o cabo. O que é o STF cara? Tira o poder da caneta de um ministro do STF, o que ele é na rua?", disse ele.

Após a repercussão negativa, o deputado federal Eduardo Bolsonaro recuou, afirmando que nunca defendeu tal posição. "Se fui infeliz e atingi alguém, tranquilamente peço desculpas e digo que não era a minha intenção", afirma em seu perfil das redes sociais. O deputado também repetiu seu pai, que mais cedo afirmou a jornalistas que "se alguém falou em fechar o STF precisa consultar um psiquiatra". "De fato essa pessoa precisa de um psiquiatra", disse o parlamentar.

Risco - Na véspera do primeiro turno das eleições, o ministro Marco Aurélio já havia dito, em entrevista ao Estadão/Broadcast, que estava preocupado com o rumo das eleições e via risco para a democracia, uma vez que o País está defrontado "com extremos de populismo de direita e de esquerda".

"Se fizermos um levantamento do que já ocorreu no País, vamos ver que o risco é sempre latente. Mas eu não imaginava cogitar-se, por exemplo, de um governo composto em termos de titularidade, em termos de vice-presidente da República, em termos de auxiliares, por militares. Admiro os militares, mas que estejam sempre na caserna. Ou reformados na atividade na vida privada", disse o ministro na ocasião.

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