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A Secretaria Estadual de Saúde (SES) liberou, nesta terça-feira (13), mais um boletim dos casos de microcefalia em Pernambuco e as taxas de notificações continuam crescentes. Na última semana, mais um caso foi confirmado.

Desta vez, foram notificados 2.127 casos, com confirmação de 379 - um a mais em relação ao documento da semana anterior - e descartes de 1.387 supostos casos. Segue ainda em investigação 278 crianças e 83 óbitos, no entanto, quatro já receberam confirmação de microcefalia sugestiva de estar relacionada à infecção por zika vírus. 

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Foram notificadas 4.459 gestantes com exantema – manchas vermelhas no corpo – com confirmação de microcefalia intra-útero para 30 casos. A SES alerta que o exantema não é indicativo de que a mulher terá um bebê com microcefalia. 

A partir desta semana, 50 crianças com microcefalia começarão a receber atendimento jurídico. Esta é uma parceria entre o Tribunal de Justiça de Pernambuco e a Faculdade dos Guararapes (FG), com o intuito de oferecer serviços gratuitos à população de baixa renda de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. 

Atendimentos jurídicos e na área de saúde a partir  serão realizados desta segunda-feira (12) até o sábado (17). A ação faz parte da Semana de Responsabilidade Social e terá a participação de diversos profissionais como psicólogos, nutricionistas, enfermeiros, educadores físicos, fisioterapeutas e juristas. Os serviços serão oferecidos na sede da FG, em Piedade. 

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Três mães que geraram bebês com microcefalia na Santa Casa de Araçatuba, cidade do interior de São Paulo, nos últimos 15 dias, tiveram contato com o zika vírus na fase inicial de gravidez, segundo o hospital.

As parturientes moram em Birigui, cidade da região, e apresentaram sintomas do zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, nos três primeiros meses de gestação, segundo o diretor clínico do hospital, Sérgio Smolentzov. "Os bebês têm sorologia positiva para o vírus e são portadores de microcefalia, ficando evidente a relação do contágio com a alteração apresentada no nascimento", disse.

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As crianças nasceram com perímetro cefálico inferior à medida padrão definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), caracterizando a microcefalia. Duas delas permanecem internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, enquanto o terceiro bebê já teve alta hospitalar.

O histórico e os exames das gestantes, bem como as amostras colhidas dos recém-nascidos, foram enviados ao Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Segundo o médico, os exames moleculares exigidos pelo protocolo do Ministério de Saúde, que têm resultados previstos para 30 dias, devem confirmar os casos. Apesar da má formação, os bebês não correm risco de morte.

De acordo com o último boletim da Secretaria Estadual de Saúde, Pernambuco registra 2.120 notificações de microcefalia. Com relação a semana anterior, houve um aumento de oito casos.

O número de casos confirmados entre uma semana e outra se manteve em 378. Já os casos descartados pularam de 1.363 para 1.382.

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A quantidade de óbitos de bebês com microcefalia também não se alterou, sendo 88 ocorrências registradas. Desses casos, 84 ainda continuam em investigação. 

O boletim também divulga que há 4.459 gestantes com exantemas no corpo, que são manchas vermelhas, e 30 gestantes com a confirmação de microcefalia intra-útero. 

Nesta quinta-feira (1º), um ato de convocação será assinado pelo governador Paulo Câmara, a fim de nomear 333 profissionais de saúde de diversas áreas. Os convocados irão reforçar as escalas de unidades da rede estadual de saúde, com objetivo de dar assistência às crianças com microcefalia e aos pacientes com arboviroses.

Os profissionais nomeados serão lotados nas grandes emergências da Região Metropolitana do Recife (RMR), além de unidades do interior do Estado. Entre essas, estão os hospitais Jesus Nazareno (Caruaru) e regionais do Agreste (Caruaru), José Fernandes Salsa (Limoeiro), Dom Moura (Garanhuns), Inácio de Sá (Salgueiro), Emília Câmara (Afogados da Ingazeira) e Professor Agamenon Magalhães (Serra Talhada), além de serviços especializados.

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Do total de convocados, 41 são médico aprovados no concurso público realizado em 2013. Além deles, serão chamados 43 enfermeiros, 57 profissionais de nível superior e 192 de nível técnico, todos esses aprovados no certame realizado em 2014. Os concursados serão chamados por meio de telegrama para perícia, posse e posterior lotação. O prazo para início das atividades nas unidades de lotação é de 30 dias após a realização do trâmite.

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A perda auditiva é mais uma sequela do vírus da zika em bebês com microcefalia, de acordo com estudo divulgado na terça-feira (31). A pesquisa foi feita em Pernambuco, com 70 bebês nascidos com a má-formação de mães infectadas com o vírus. Quase 6% do total apresenta alterações na audição.

O levantamento, feito por cientistas do Hospital Agamenon Magalhães (no Recife) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), foi publicado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC). A conexão entre o zika e as diversas lesões cerebrais, oculares e ortopédicas já havia sido confirmada por alguns estudos, menos rigorosos, que já sugeriam que havia uma associação entre a infecção pelo vírus e a surdez, mas ainda não havia confirmação, de acordo com a primeira autora do artigo, Mariana Leal, professora da UFPE e gerente do serviço de otorrinolaringologia do hospital estadual.

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"O que há de novo no estudo é que todas essas 70 crianças tiveram a infecção por zika realmente confirmada, tanto por critério clínico como por exames laboratoriais. Cinco dos bebês apresentaram infecção congênita por zika e perda auditiva", disse ela ao jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo Mariana, a proporção das crianças com o problema é alta, em comparação com a prevalência da perda auditiva na população geral. "A perda auditiva acontece em no máximo dois bebês em cada 1 mil nascidos vivos. A diferença é alta. Por isso recomendamos que a infecção congênita por zika deve ser incluída entre os fatores de risco para a perda auditiva."

A professora explica ainda que o hospital estadual onde foi feita a pesquisa tem o serviço de referência para os bebês com microcefalia na capital.

"Todas as crianças classificadas com microcefalia são encaminhadas para lá. Havíamos avaliado 150 bebês, mas consideramos apenas os 70 que tiveram confirmação de zika pelos exames laboratoriais."

Cingapura

Autoridades de Cingapura divulgaram na terça-feira (30) que o número de casos de zika locais já chega a 82. Com a confirmação dos casos na cidade, autoridades de países vizinhos - Austrália, Taiwan, Indonésia e Coreia do Sul - também anunciaram que estão intensificando as medidas de proteção contra o mosquito Aedes aegypti. Os países recomendaram que mulheres grávidas, com ou sem sintomas, façam testes gratuitos para a zika. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os casos de suspeitas de microcefalia continuam crescendo nos hospitais, com isso, o número de notificações chegou a 2.112 na última semana, de acordo com o boletim emitido pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). No entanto, o número de casos analisados e tendo resultado negativo para a doença tem aumentado. 

De acordo com a SES, há 289 casos sob investigação, 1.363 descartados e 378 confirmados – mesma quantidade registrada no boletim da semana anterior. Além disso, os óbitos estagnaram em 88 em duas semanas. 

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Foi contabilizado também 4.456 gestantes com exantemas – manchas no corpo – no intervalo de 2 de dezembro de 2015 e 27 de agosto de 2016. Dessas grávidas, os exames já detectaram 30 casos de microcefalia intra-útero. No entanto, a SES aponta que a presença dessas manchas não é indicativo de que a criança nascerá com microcefalia. 

Um bebê nascido com o perímetro cefálico dentro da normalidade e cuja mãe foi infectada pelo vírus da zika durante a gestação manifestou sequelas graves provocadas pela infecção somente seis meses depois do nascimento. O caso foi relatado em artigo escrito por pesquisadores da Universidade de São Paulo e da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e publicado quarta-feira (24) no periódico The New England Journal of Medicine.

Segundo o estudo, a criança nasceu em janeiro de 2016, em São Paulo, com 32,5 centímetros de perímetro cefálico e sem sinais aparentes de má-formação. Exames de imagem feitos no menino, no entanto, apontaram redução de estruturas cerebrais e calcificações, características da microcefalia.

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Quando a criança foi examinada com quase dois meses de vida, não foram detectadas anormalidades ou doença visíveis. Seis meses após o parto, porém, foram observadas sequelas como atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, perda de força muscular e dificuldade de locomoção.

O vírus permaneceu no organismo do bebê por mais de dois meses após o nascimento, segundo exames. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No balanço divulgado nesta quarta-feira (24), Pernambuco manteve o número de 378 casos confirmados de microcefalia, registrados na semana anterior. Já o número de óbitos notificados subiu de 85 para 88 casos.

Dos 88 óbitos, 44 foram de natimortos, 43 neomortos (óbito logo após o nascimento) e um caso classificado como ignorado. Há 79 óbitos de crianças que ainda não possuem a microcefalia confirmada. Outras quatro mortes foram de bebês com microcefalia por zika vírus. 

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Ao todo, Pernambuco possui 1.351 casos de microcefalia descartados, 293 em investigação e o total de 2.104 casos notificados. O Estado também havia conseguido manter o mesmo número de confirmações entre a primeira e a segunda semana de agosto

O 4º Congresso Brasileiro de Fisioterapia Neurofuncional (COBRAFIN) será realizado no Recife, de 7 a 9 de setembro, e terá como tema ‘Como integrar a evidência à prática clínica?’. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, Pernambuco apresentou 1.846 casos notificados de bebês com microcefalia, dos quais 303 foram confirmados, sendo este um dos principais motivos escolhidos para a capital pernambucana sediar o evento. 

Além da apresentação de trabalhos e pesquisas acadêmicas, o evento traz renomados profissionais nacionais e internacionais para debater a Fisioterapia Neurofuncional, abrangendo diagnóstico e cuidados a adultos e crianças, incluindo as disfunções decorrentes da microcefalia. A ação é uma realização da Associação Brasileira de Fisioterapia Neurofuncial (ABRAFIN). 

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Os interessados podem se inscrever pelo portal da COBRAFIN ou pelo e-mail microcefalia@metaeventos.net. Pelos mesmos contatos é possível obter mais informações acerca do Congresso. O evento será realizado no Mercure Recife Mar Hotel Conventions, na Rua Barão de Souza Leão, 451, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife.

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Em uma semana, seis crianças com suspeita de microcefalia morreram, aponta o último boletim da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco. O estado contabiliza 85 óbitos de bebês com suspeita de microcefalia.

Dos 85 casos, 42 são de bebês nascidos mortos, 42 de bebês com óbito logo após o nascimento e um caso considerado ignorado. A microcefalia de 79 dessas crianças continua em investigação, enquanto quatro foram confirmados com microcefalia sugestiva de estar relacionada com zika vírus e dois foram descartados.

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De 1º de agosto de 2015 a 13 de agosto de 2016, Pernambuco registrou 378 casos confirmados de microcefalia, 1337 casos suspeitos descartados e 308 em investigação. Das ocorrências confirmadas, 181 tiveram resultado laboratorial positivo par a zika. 

A Secretaria de Saúde também contabiliza a notificação de 4445 gestantes com exantemas (manchas vermelhas sintomas da zika) e 30 com microcefalia intraútero. A pasta destaca que o exantema não significa, necessariamente, que a pessoa possui sintoma de arbovirose já que as manchas aparecem também em rubéola, intoxicação, alergia e outras viroses. 

Profissionais de saúde de Pernambuco participam de mais uma capacitação sobre assistência à microcefalia nas áreas de urgência e emergência, reabilitação e atenção primária. A série de workshops será realizada nesta segunda (15) e terça-feira (16).

As atividades serão promovidas no auditório da Secretaria Estadual de Saúde (SES), no Bongi. Mais de 1,2 mil profissionais da assistência já foram capacitados em oficinas, atualização e fóruns sobre microcefalia, reabilitação e rede de urgência e emergência.  

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Na manhã desta segunda-feira a oficina foi voltada para profissionais da atenção primária; à tarde o público será formado pelos que atuam nos serviços de reabilitação. Já na terça-feira será a vez dos profissionais que estão nos serviços de urgência e emergência. 

Nos workshops, serão apresentados os dados da situação epidemiológica das arboviroses e microcefalia em Pernambuco. Também haverá uma palestras e debates.  As atividades serão transmitidas por videoconferência para as sedes das Gerências Regionais de Saúde (Geres). A expectativa é que mais de 300 profissionais participem das capacitações.

Com informações da assessoria

Duas proteínas do vírus da zika são responsáveis pela microcefalia, de acordo com um estudo liderado por cientistas da Universidade do Sul da Califórnia (USC), nos Estados Unidos. O vírus é formado por 10 proteínas, mas apenas duas delas estão envolvidas nas alterações da regulação celular que desencadeia a má-formação, segundo os autores da pesquisa publicada nesta quinta-feira, 11, na revista científica Cell Stem Cell.

Estudos anteriores já haviam provado que o vírus da zika é responsável pela microcefalia e explicado como o vírus infecta as células-tronco do cérebro, induzindo-as à morte celular e impedindo o desenvolvimento normal do cérebro. Para isso, foram utilizados experimentos em animais e em organoides - popularmente conhecidos como minicérebros - que simulam as estruturas cerebrais humanas em laboratório.

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Mas o novo estudo, segundo os autores, é o primeiro a analisar o vírus em nível molecular e a investigar como ele causa a microcefalia a partir de linhagens de células-tronco neurais de fetos humanos.

Os cientistas infectaram essas células-tronco dos cérebros dos fetos, em seu segundo trimestre de desenvolvimento, com três diferentes linhagens do vírus da zika. O passo seguinte consistiu em analisar o impacto da infecção de acordo com a presença de cada uma das 10 proteínas que são codificadas pelo RNA do vírus da zika.

Eles descobriram que duas proteínas, chamadas NS4A e NS4B, têm duas funções específicas: desorientar o mecanismo de sinalização das células do cérebro do feto, tornando-as deficientes e mobilizar as forças dessas células para acelerar a proliferação do vírus.

"Como agora nós conhecemos a rota molecular, demos um grande passo para descobrir quais são as melhores terapias contra a microcefalia induzida pelo zika. Dentro de alguns anos, essas terapias poderão ter como alvo as proteínas NS4A e NS4B", disse um dos autores do estudo, Jae Jung, da Escola de Medicina da USC.

As duas proteínas desorientam completamente uma rota de sinalização das células que é central para proteger o desenvolvimento das células do cérebro e para regular seu mecanismo de autofagia - um processo que funciona como uma espécie de "usina de reciclagem" celular, com a função de digerir os componentes celulares danificados. Normalmente a autofagia também ajuda a destruir toxinas e organismos invasores, mas quando as células estão infectadas com vírus como o zika, o mecanismo é sequestrado para ajudar o vírus a se proliferar.

"O zika ama a autofagia e precisa dela. O zika aumenta sua atividade nessa usina de reciclagem de forma que pode usar a energia e os nutrientes ali presentes para se replicar. É possível que o zika utilize a maior parte da energia das as células-tronco neurais, deixando-as com déficits metabólicos. Com isso, as chances dessas células se diferenciarem e se tornarem neurônios maduros é muito mais baixa", explicou Jung.

Segundo ele, em síntese, as proteínas NS4A e NS4B tolhem o desenvolvimento do cérebro e estimulam a autofagia para que o vírus possa se alastrar. Segundo o estudo, quando as duas proteínas sequestram as células-tronco neurais dos fetos, o crescimento delas é reduzido em 65%. Além disso, a diferenciação de células-tronco neurais em neurônios maduros e outras células cerebrais é reduzida em 51%.

O número de casos de microcefalia continua em uma crescente em Pernambuco, no entanto, por uma semana, a quantidade de confirmações permaneceu a mesma e a de descartes da doença, através de exames, cresceu. Esses são dados relatados no boletim emitido pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), emitido nesta quarta-feira (10).

Entre os dias 1 de agosto de 2015 e 6 de agosto de 2016, foram notificados 2.094 casos de microcefalia, sendo 376 confirmados, 1.319 descartados, 326 em investigação e 73 óbitos também sob análise. 

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Segundo a SES, foram notificados 79 óbitos, sendo 39 natimortos, 38 neomortos – falecidos logo após o nascimento e dois ignorados. Dessas mortes registradas, 73 permanecem sob investigação e quatro podem estar relacionada a infecção por zika vírus. Ainda entre os confirmados estão 181 tiveram resultado laboratorial positivo para zika, outros 154 deram negativos e sete inconclusivos, totalizando 342. 

Quanto ao protocolo que engloba as gestantes, entre o período de 2 de dezembro de 2015 e 6 de agosto deste ano, foram notificadas 4.431 gestantes com exantemas – manchas pelo corpo -, das quais 29 tiveram confirmação de microcefalia intraútero. No entanto, a SES informa que a presença de manchas no corpo não é indicativo que a mulher terá um bebê com microcefalia. 

Na Paraíba, mães de bebês nascidos com microcefalia se uniram em uma campanha virtual para arrecadar fundos para auxiliar na criação dos filhos. Unidas em prol do mesmo objetivo, as 30 mães criaram um financiamento coletivo na plataforma Kickante. A meta do grupo é arrecadar R$ 200 mil até o próximo sábado (13).

Até esta quarta-feira (10), as mães conseguiram apenas 15% do total estimado. Na página da campanha, os internautas podem acompanhar a estimativa e todos os detalhes para realizar a doação. O valor arrecadado até o momento é de R$ 30.744. “Não existe depois para um bebê com fome! Somos 30 mães lutando diariamente para que nossos filhos tenham leite e dignidade”, diz o texto da página.

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Ainda na página do financiamento coletivo, as mães relatam como é a vida desde que o bebê nasceu. "Tivemos que largar nosso emprego para cuidar da saúde de quem mais amamos. Você não faria o mesmo? Agora contamos com a generosidade de pessoas como você para tratar nossos bebês. Clique ao lado, colabore e faça parte desta corrente do bem!".

Para participar e doar uma quantia para a campanha das mães é preciso seguir dois passos. Primeiramente, o doador tem que escolher o valor da contribuição e uma 'recompensa', presente simbólico pela doação. Em seguida, o internauta deve escolher a forma de pagamento, que pode ser via boleto bancário ou cartão de crédito. 

Estatísticas reveladas pelo último boletim do Ministério da Saúde revelam que, desde o início das investigações, em outubro do ano passado, até o último dia 23 de julho, 8.703 casos de microcefalia foram notificados no país. 

Desse total, já foram descartados 3.892 por apresentarem exames normais, ou por apresentarem microcefalia ou malformações confirmadas por causas não infecciosas. Também foram descartados por não se enquadrarem na definição de caso. Foram confirmados 1.749 e apenas 272 tiveram confirmação por critério laboratorial específico para o vírus zika.

Em quase um ano de levantamento do surto Secretaria Estadual de Saúde (SES), o número de casos de microcefalia continua a crescer em Pernambuco. O boletim mais recente do órgão traz dados do período entre 1 de agosto de 2015 a 30 de julho de 2016 e aponta que os números não param de subir. 

Nesse período, foram notificados 2.085 casos de microcefalia, sendo 950 prováveis e 1.305 descartados; no entanto, 376 confirmados e 404 estão sob investigação. O número de óbitos já alcançou os 77, sendo 39 natimortos e 38 neomortos – óbito logo após o nascimento. 

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Já entre as gestantes, foram notificadas 4.422 com exantema – manchas no corpo – e 29 confirmações ainda intra-útero de microcefalia. No entanto, a SES esclarece que a presença de manchas não significa automaticamente a gestação de um bebê com a doença.

 

Em apenas três dias, seis mulheres deram à luz bebês com microcefalia em um hospital da cidade hondurenha de Choluteca, fenômeno associado a um surto do zika vírus. A incidência de casos de microcefalia nesta cidade de 121.000 habitantes, localizada 85 km ao sul de Tegucigalpa, ativou o alarme das autoridades de saúde. "Estes seis casos nos alarmaram e pensamos que têm conexão com o zika, porque anualmente é registrado um parto de uma criança com microcefalia, mas ter seis em três dias é alarmante", afirmou à AFP o epidemiologista do hospital, Gustavo Avila.

O especialista afirmou que no hospital foram atendidas onze mulheres grávidas que adquiriram zika e que apenas uma das que já deu à luz teve um filho normal. Os casos de Choluteca são os mais graves já registrados até agora na América Central, mas a incidência do zika preocupa toda a região, devido ao pouco efeito dos esforços para controlar o mosquito Aedes aegypti, transmissor tanto do zika quanto da dengue e da chikungunya.

Em El Salvador foi registrado o nascimento de quatro bebês com microcefalia relacionada ao zika entre mais de uma centena de mulheres que contraíram a doença e que tiveram filhos normais, segundo o ministério da Saúde. Na Guatemala, 16 bebês nasceram com as deformações da doença viral, que consistem em um cérebro e uma caixa craniana de dimensões inferiores às normais.

O ministério da Saúde informou que foram realizados testes nas crianças e não foi encontrada nenhuma relação com o zika, mas foram enviadas amostras a laboratórios especializados dos Estados Unidos para que realizem novos testes que permitam confirmar ou descartar a relação. As autoridades de saúde da Nicarágua e da Costa Rica reportam vários casos de zika em mulheres grávidas, 36 e 15, respectivamente, mas nenhum caso de microcefalia associado ao vírus.

Sequelas

O médico Saúl Juárez, diretor do Hospital Regional do Sul em Choluteca, onde ocorreram os seis casos hondurenhos, explicou que a microcefalia pode provocar convulsões, assim como problemas motores e cognitivos nas crianças afetadas. Indicou que os seis bebês afetados receberão um tratamento especial para contrabalançar estes efeitos negativos. A ministra da Saúde de Honduras, Yolani Batres, informou que neste país foram registrados 27.869 doentes de zika neste ano, 16.860 de dengue e 13.240 de chikungunya.

As três doenças são transmitidas aos humanos por meio da picada do mosquito Aedes aegypti, cuja eliminação é um objetivo de primeira ordem para as autoridades de saúde. Em todos os países são lançadas campanhas orientadas a convencer a população a eliminar a água parada, que é o meio natural de reprodução do inseto.

Diante do aumento de número de mortes por Chikungunya, mais um óbito foi registrado, desta vez, ainda em situação intrauterina. Durante a 38º semana gestacional a mãe foi infectada, internada e dias depois foi detectada a morte do bebê. O caso aconteceu em fevereiro, mas a confirmação só veio no final de junho.

De acordo com a secretária-executiva de Vigilância em saúde do Recife, Christiane Penaforte, a mãe de 30 anos, residente do bairro do Arruda, Zona Norte do Recife, contraiu a Chikungunya na 38º semana de gestação – pode ser de 38 a 42 semanas -, chegou a ser hospitalizada e durante o terceiro dia de internação os médicos constataram o falecimento do feto. Ainda segundo Penaforte o bebê não apresentava má formação e nem possuía microcefalia. 

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No entanto, segundo a secretária-executiva, ainda não há constatação se a criança também adquiriu Chikungunya ou se a sua morte foi ocasionada pela doença contraída pela mãe. A fim de constatar se a criança também havia adquirido a arbovirose Penaforte explicou que "amostras do tecido do feto, do sexo masculino, foram encaminhados ao Instituto Evandro Chagas, no Pará". Ainda não há prazo estabelecido para o resultado, porém, o período médio é de três meses. 

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O Brasil tem 1.749 casos confirmados de microcefalia - má-formação associada à zika. O informe semanal foi divulgado nesta quarta-feira, 27, pelo Ministério da Saúde. Em relação à semana anterior, houve aumento de 40 confirmações.

Segundo a pasta, destes 1.749, 272 casos tiveram confirmação em laboratório para a zika - cinco a mais em relação à semana passada. O Ministério da Saúde, no entanto, entende que a maioria das mães que tiveram bebês com microcefalia foi infectada pelo vírus.

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Também foram registradas 371 mortes por suspeita de microcefalia e/ou outra alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gravidez. O número representa 4,3% do total de casos notificados.

Permanecem em investigação outros 3.062 casos suspeitos de microcefalia no País. O Nordeste lidera em número de confirmações para a má-formação. Só em Pernambuco, Estado mais afetado, já são 376 registros. Em seguida está a Bahia, com 282, e a Paraíba, com 155.

Para mães e parentes de crianças com microcefalia, será realizado, no dia 20 de agosto, das 18h às 22h, o ciclo de palestras sobre o tema “Abordagem Multidisciplinar em pacientes com microcefalia”. O evento é promovido pelo curso de fisioterapia da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau, no Recife.

Serão mostradas as formas de como analisar o diagnóstico por imagem dos bebês com microcefalia sob a visão de um especialista, além da importância da atuação dos profissionais de psicologia na equipe de atendimento às crianças portadoras da doença. A palestra “O diagnóstico precoce da imaginologia” ficará a cargo da especialista em medicina fetal pela King´s Colleg London, Ana de Fátima Azevedo. A psicóloga Ana Carla será encarregada do tema “Abordagens da psicologia com as famílias de crianças com microcefalia”. Já as doutoras Antonieta Paes e Cynthia de Melo debatem “A fisioterapia e suas abordagens aos pacientes com microcefalia”.

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Par participar, os interessados devem realizar inscrição no local do evento, no dia de sua realização, mediante doação de dois pacotes de leite. As palestras serão realizadas no auditório Roque de Brito,bloco B, localizado na Rua Guilherme Pinto, no bairro das Graças, Zona Norte do Recife.

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