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Uma nova instrução do Ministério da Agricultura definiu novos critérios de qualidade e identidade para a fabricação e venda de cerveja no Brasil. Além de apresentar classificações e denominações do produto, o novo regulamento indica ingredientes permitidos, proibidos e determina padrões para os rótulos. A Instrução Normativa (IN) nº 65 foi publicada nesta quarta-feira (11) no DOU (Diário Oficial da União).

As fábricas cervejeiras terão o prazo de um ano para aderir às regras. Entre as proibições, estão o veto ao acréscimo de qualquer tipo de álcool que não seja produzido pela fermentação da cerveja. Também não está autorizado o uso de água que não seja oriunda do ambiente no qual a bebida esteja sendo fabricada. Já no campo das permissões, está aprovada a adição de produtos de origem animal como leite e mel, além de madeira aos fermentos (leveduras) do gênero Saccharomyces. Outra exigência da nova norma indica que qualquer ingrediente acrescido à cerveja deve estar detalhado no rótulo, não sendo mais permitido apenas denominações genéricas como “adição de cereais". A partir da nova regulamentação, será necessário especificar qual ingrediente foi incorporado à receita.

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Em entrevista ao Ministério da Agricultura, Carlo Lapolli, presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Cerveja, comemorou a medida. “A evolução não vai alterar o custo final do produto e vai facilitar o registro de novas cervejarias pois é consenso no setor cervejeiro que o consumidor quer novidades e o país precisa acompanhar o mercado internacional, com produtos modernos e de maior valor agregado”, diz.

O Brasil ocupa o terceiro lugar da indústria cervejeira no mundo. São mais de 1 mil empresas registradas e 14 bilhões de litros consumidos por ano no país. O segmento garante cerca de 2,7 milhões de empregos e registra um faturamento de R$ 100 bilhões, com arrecadação de impostos que se aproxima dos R$ 30 bilhões.

O governo Jair Bolsonaro prepara um mutirão para fechar acordos de conciliação com fazendeiros que questionam na Justiça a tomada de suas terras para a reforma agrária. São casos em que os proprietários defendem que o espaço é produtivo e não deveria ser desapropriado ou argumentam que receberam pouco pelos terrenos. Secretário de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Luiz Antônio Nabhan Garcia, afirma que o objetivo é iniciar a investida ainda neste semestre. Com isso, será possível "destravar" investimentos no campo e a reforma agrária de Bolsonaro, diz ele.

O governo espera que as conciliações permitam, por exemplo, a devolução de uma terra desapropriada, ou parte dela, aos fazendeiros. Há casos em que a disputa judicial se arrasta há décadas e envolve milhões, segundo Nabhan.

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Aliado de Bolsonaro desde a campanha e um de seus principais conselheiros na área rural, Nabhan é presidente licenciado da União Democrática Ruralista (UDR), que rivaliza com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra (MST).

O secretário afirma que seu alinhamento aos ruralistas não vai enviesar os acordos e nega que haja intenção de beneficiar produtores rurais, grupo que apoia o Planalto. Segundo ele, com o mutirão, o governo espera resolver dois problemas: reduzir o acúmulo de litígios com proprietários de terra e a falta de dinheiro em caixa para realizar novos assentamentos.

Ao fechar um acordo, diz o secretário, o governo vai recuperar recursos que foram depositados em juízo pela União para a compra do terreno em disputa. Além disso, a parte da propriedade que será, enfim, desapropriada pode se tornar assentamento para famílias que aguardam na fila do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Nabhan reconhece que muitos terrenos abrigam famílias em situação irregular e "invasores". Por isso, ele diz que os acordos vão priorizar terras nas quais não existam pessoas acampadas. O secretário sustenta que a intenção do governo é resolver os litígios sem confrontos. "Vai ter reintegração de posse. Mas o objetivo é que a família seja acomodada em outro lote, desde que cumpra requisitos previstos em lei", diz.

Apesar do plano, Nabhan diz que ainda é preciso um acerto com a equipe econômica para garantir recursos mínimos para o começo do mutirão. Não há estimativa oficial de famílias acampadas no País - e que poderiam ser beneficiadas pela iniciativa. O MST calcula em 80 mil. Nabhan diz que o número é menor, mas que o governo ainda faz cálculos.

Trâmite. A Constituição permite à União desapropriar imóveis rurais e declarar, por meio de decreto, o interesse social da terra para efeito de reforma agrária. Neste processo, o Incra ajuíza ação de desapropriação, após depositar em juízo uma indenização calculada pelo órgão. Os laudos de vistoria e a indenização podem ser contestados administrativamente ou judicialmente pelo proprietário.

As famílias que pleiteiam terras começam, em geral, como acampados. Depois, se cumprirem requisitos, são assentadas enquanto aguardam a propriedade definitiva da área. Os assentamentos do Incra ocupam 88 milhões de hectares de terra. O governo Bolsonaro estima que 25% dessa área está sendo ocupada, na verdade, por famílias que descumprem os requisitos necessários, como produzir regularmente. Esse espaço poderia abrigar pessoas que aguardam na fila do Incra.

Na avaliação do secretário, a política de reforma agrária do governo não acirrará conflitos no campo. Ele observa que houve queda de ocupações devido à postura mais dura contra invasões. "De janeiro para cá, as invasões acabaram", afirma ele.

A mesma rigidez, argumenta, é aplicada pelo governo em casos de invasões feitas por fazendeiros e madeireiros em terras já concedidas. "Se tiver algum proprietário que diga 'votei no Bolsonaro', se o terreno está improdutivo, vai ser desapropriado", afirma ele.

Timidez. Das cerca de 975 mil famílias que estão assentadas hoje no País, só uma parcela pequena recebeu o documento que dá direito à propriedade definitiva da terra, segundo o Ministério da Agricultura. No Nordeste, por exemplo, só 5% das famílias assentadas têm o título final. O documento dá às famílias acesso a linhas de créditos para a agricultura familiar.

Em julho, o Incra lançou a "Operação Luz no Fim do Túnel" para emitir 25 mil títulos de propriedade definitiva até o final do ano. Nabhan classificou o número como "tímido". Segundo ele, a meta é entregar 600 mil títulos de terra até o final do mandato de Bolsonaro, sendo 200 mil definitivos.

Ao jornal O Estado de São Paulo, Nabhan reclamou da lentidão do Incra. Disse que a operação é um ponto de divergência "democrática" com o presidente do órgão, general Jesus Corrêa. Sem citá-lo, mandou recados. Disse que, se preciso, trocaria um general por "um técnico" no comando do Incra. "O general não é Deus. Na nossa ótica, é um cidadão como qualquer outro", disse.

Despejo. Coordenadora nacional do MST, Kelli Mafort diz que espera um esclarecimento "técnico" da proposta. "A meu ver, não resolve o problema, mas aumenta o conflito, porque desconsidera os possíveis beneficiados, que são as famílias", afirma. Segundo ela, na maioria das vezes, em terras desapropriadas onde não há ninguém acampado existe explicação: as pessoas foram despejadas por ordem judicial e migraram para margens das estradas.

Ela observa que, pela legislação, áreas classificadas como improdutivas no período em que ocorreu a desapropriação não podem estar na mesa de negociação. "Essa medida (mutirão) pode esbarrar na lei vigente", afirma. "Se não estiver cumprindo a função social, a terra tem de ser arrecadada para a reforma agrária", diz ela.

Kelli afirma que o número de acampamentos improvisados após a eleição de 2018 caiu, mas que, nos últimos meses, o MST identificou uma retomada devido ao desemprego à crise econômica. "Tem família chegando aos acampamentos depois que passou a fase do medo, do discurso raivoso do Bolsonaro", avalia. "São pessoas que não conseguem pagar o aluguel, colocar comida na mesa".

4 PERGUNTAS PARA LUIZ ANTÔNIO NABHAN GARCIA, Secretário de Assuntos Fundiários

1. O senhor não teme que a proposta de mutirão seja interpretada como "pegadinha" para favorecer fazendeiros?

Pegadinha, como? Pelo contrário. Não tem dinheiro. Não é para beneficiar produtor, pelo contrário. Aquele depósito feito há 10, 15 anos volta aos cofres do governo.

2. Há muitos acampados que participam de movimentos sociais, inclusive do MST…

Estamos preocupados em atender aquelas famílias que foram vítimas de uma ilusão.

3. Mas quem vai definir se a família está de acordo com a legislação para ser assentada?

O órgão técnico, no caso, o Incra. Ele que vai lá fazer uma seleção. Agora, no Incra não vai ter mais líder do MST fazendo o que quer. Vai ter um técnico. Se tiver um general lá dentro do Incra que está fugindo da parte técnica, ele vai embora e dará lugar a um técnico. Aí vamos ter outro programa de reforma agrária. Qual o objetivo? Transformar o cara em produtor rural.

4. Como o senhor avalia a proposta em tramitação no Congresso de permitir a compra de terras por estrangeiros?

A visão deste governo é que precisa ter um freio nessa situação, um olhar mais direcionado aos interesses do Brasil. O mundo inteiro está de olho no País.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após o Ministério da Agricultura autorizar a utilização de outros novos 42 agrotóxicos no Brasil, a ex-candidata à Presidência da República pela Rede, Marina Silva, expressou sua opinião.

“O governo Bolsonaro liberou o uso de mais 42 novos agrotóxicos no Brasil, superando o seu próprio recorde. No total são 239, incluindo produtos banidos em outros países por ameaçar a saúde humana e o meio ambiente. Isso é muito grave”, escreveu a ambientalista em seu perfil oficial no Twitter.

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A decisão da liberação foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (24). De acordo com o Ministério, a maior parte das substâncias seguem formulações que já estão no mercado.

Apenas uma das fórmulas desses agrotóxicos nunca havia sido introduzida no Brasil. A decisão pela liberação, ainda de acordo com o governo, objetiva aumentar a concorrência e baratear custos.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, firmou um acordo conjunto com os líderes da Agricultura do Hemisfério Ocidental para defender a segurança alimentar global, em encontro paralelo à Reunião dos Ministros de Agricultura do G20, em Niiagata, no Japão, neste domingo (12).

O grupo firmou a intenção de trabalhar em conjunto "em defesa da segurança alimentar global e do comércio agrícola, com base em princípios científicos e de análises de risco".

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Além da ministra, estiveram na reunião de líderes o secretário de Agroindústria da Argentina, Luiz Miguel Etchevehere; a ministra da Agricultura e Alimento Agrícola do Canadá, Marie-Claude Bibeau; o secretário de Agricultura e Desenvolvimento Rural do México, Victor Villalobos, e o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue.

No comunicado conjunto, os cinco países defendem o papel que ciência e inovação terão para alimentar a crescente população mundial. "Com a população mundial projetada para alcançar 9,8 bilhões em 2050, ciência e inovação terão papel chave para permitir que produtores agrícolas alimentem a todos de forma segura."

Veja o comunicado completo abaixo:

"Juntos, comprometemo-nos a trabalhar em parceria e em conjunto com outros países para apoiar abordagens regulatórias baseadas em risco e ciência, previsíveis, consistentes e transparentes. Nossas cinco nações reconhecem que inovações no setor agrícola contribuem para melhorar a produtividade - inclusive de pequenos produtores, de jovens fazendeiros e de mulheres da área rural - de forma segura e sustentável e, também, para a capacidade de nossos países de atender à crescente demanda global por alimentos. Com a população mundial projetada para alcançar 9,8 bilhões em 2050, ciência e inovação terão papel chave para permitir que produtores agrícolas alimentem a todos de forma segura.

Como líderes agrícolas do Hemisfério Ocidental, nós afirmamos nossa intenção de trabalhar juntos em defesa do comércio agrícola global, baseado em princípios científicos e análises de risco. Também afirmamos nossa intenção de permitir aos produtores acesso às ferramentas necessárias para: aumentar a produtividade; reduzir perda e desperdícios de alimentos; proteger o solo, a água e a biodiversidade; e produzir alimentos seguros, nutritivos e acessíveis durante todo o ano para o benefício da população mundial."

Por conta da demanda, o mercado de cervejas artesanais vem crescendo no Brasil, são quase 7 mil registros de cervejas e chopes no país, número que superou em 2018 mercados como o de polpas de frutas, vinhos e bebidas mistas. Surfando nessa onda, eventos como o Abril pra Cerva, realizado no Garagem Food Trucks do Espinheiro, Zona Norte do Recife, vem ganhando força na capital pernambucana.

Voltado para os amantes da cerveja, o encontro começou por volta das 11 horas da manhã deste sábado (27), seguindo até 18 horas da noite, com mais de mil litros de cerveja artesanal disponível para as 200 pessoas que desembolsaram R$ 90 para saborear as diversidades desse, que é um dos líquidos mais consumidos no Brasil.

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Vanessa Nobre, 30 anos, uma das organizadoras do Abril pra Cerva e integrante da Associação de cervejeiros caseiros do Estado de Pernambuco, confirma a crescente dos consumidores da cerveja artesanal e que, diferente do que aconteceu anos passados, os ingressos para o evento deste ano foram vendidos mais rapidamente. No local, o público conferiu os diferentes tipos da cerveja.

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“Nós temos cerveja com goiaba, manga, pitanga, cacau, amendoim e com tudo o que você imaginar”, reforça Vanessa. Para que o trabalho seja bem feito e o sabor agrade ao público, a organizadora do Abril pra Cerva e Integrante da associação dos cervejeiros acentua que todos os associados tentam se ajudar. “Nós promovemos cursos, workshops; um prova a cerveja do outro, dizendo o que ficou bom e o que precisa melhorar. Com esse evento a gente consegue saber o que as pessoas acham (do que foi produzido)”, acentua Vanessa.

O encontro dos amantes da cerveja foi realizado em parceria com a Garagem Food Trucks e, de acordo com José Jaime, proprietário do espaço, o sucesso do evento se deve a procura pelo diferencial que eles fazem. “O espaço não sobreviveria se não estivéssemos o tempo todo injetando gás novo. Tudo é um teste. Você começa errando, mas depois você ver que há uma evolução”, acredita Jaime.

O feminismo e a cerveja artesanal

Engana-se quem pensa que não dá para misturar suas causas e lutas sociais - até - nas cervejas artesanais. Jú Alecrim, como quer ser chamada, fundou, juntamente com outras quatro mulheres, a confraria Moça Bonita. Elas juntaram força e hoje são mais de 150 mulheres cervejeiras integrando a confraria, lutando pelo empoderamento da mulher no mundo cervejeiro que, segundo Jú Alecrim, é um meio bastante machista e masculino. “Nós estamos lutando cada vez mais pela nossa posição nesse contexto de cerveja artesanal. O empoderamento feminino é uma luta de vida e não poderia ser diferente (no meio cervejeiro)”, exclama Jú, que é diretora da Maria Bonita.

Além de tentarem fortalecer o espaço feminino no meio tido como machista, as meninas da confraria tentam imprimir suas causas até nos sabores das cervejas que produzem. Para além da harmonização, Jú Alecrim reforça que a Moça Bonita realiza eventos e transforma o arrecadado em ajuda para as mulheres que precisam de ajuda.

“Fabricou a cerveja? Todo o dinheiro arrecadado é doado para instituições que ajudam mulheres em risco. Nós promovemos movimentos de educação, palestras, integrando mulheres também no movimento cervejeiro”, conclui a feminista e sommelier Jú Alecrim.

Aumento de cervejarias registradas no Brasil

De acordo com levantamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em 2018 foram 889 novas cervejarias registradas no Brasil, 210 a mais do que em 2017. O Sudeste é quem lidera o mercado nacional, com 90% dos registros de produtos realizados em 2018.

Para o presidente da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva), Carlo Lapolli, os números refletem as boas expectativas para o setor, que tem o objetivo de crescer também no volume de consumo das marcas independentes. “O aumento significativo na quantidade de cervejarias é um passo fundamental para que o mercado cresça. Com mais opções, rótulos regionais e um trabalho de inclusão de todos os estados brasileiros no universo da cerveja artesanal, acreditamos ser possível ultrapassarmos os 3% do volume de cervejas comercializadas nos próximos anos. Hoje, a estimativa é que estejamos próximos aos 2%”, comenta.

Encontrada com mofo nas paredes, pisos e vidros quebrados, telhado com sujeira e até com a presença de pássaros dentro da unidade, fábrica da Ambev, localizada em Juatuba, Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi interditada por técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Sipov) Minas Gerais.

Amostras das cervejas e chopes das marcas Skol, Antártica Sub Zero, Brahma, Original, Caracu e Serrana foram recolhidas para que o Mapa realize uma inspeção mais detalhada sobre as condições desses líquidos. O Ministério abriu um processo administrativo contra a Ambev, o que pode resultar em multa de até R$ 117 mil.

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Segundo o chefe substituto do Sipov, Adenir Monteiro, nesta última sexta-feira (15), foi realizada reunião com representantes da empresa e o plano de correção das não conformidades foi insatisfatório. Por isto, a fábrica, que funciona desde a década de 70, permanecerá interditada por tempo indeterminado.

A empresa estava funcionando sem o registro do Ministério. Conforme informado pelo Mapa, foram esgotadas todas as possibilidades de solução dos problemas e os prazos para adequação não foram cumpridos.

Resposta

Por meio de nota, a Ambev afirmou que "em razão de questões administrativas com o MAPA as operações da cervejaria de Juatuba-MG estão temporariamente suspensas para a realização de pequenas reformas de estrutura, que já estão em andamento. As questões não têm qualquer relação com a qualidade das bebidas produzidas na cervejaria e tampouco há risco de desabastecimento do mercado local"

A futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina, quer alterar o processo de inspeção de carnes e derivados produzidos no País, acabando com a fiscalização diária do governo. A medida beneficia principalmente os frigoríficos, hoje submetidos a auditorias diárias feitas pelo servidores públicos do ministério.

As regras de vigilância sanitária determinam que é função do governo - e não do produtor de carne - fazer a inspeção sanitária diária da carne, desde antes do abate dos animais até a sua produção para consumo. O plano da nova ministra da Agricultura é fazer com que o setor adote "práticas de autocontrole", com protocolos de segurança estabelecidos pelo governo, mas sendo auditados pelo poder público apenas "de tempos em tempos", sem a necessidade de ter um agente do Ministério presente fisicamente, todos os dias, nos frigoríficos do País.

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Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Tereza Cristina disse que essa será uma de suas primeiras medidas. "Simplificação não é precarização. Com responsabilidade e seriedade, vamos dar agilidade e reduzir custos. Com o autocontrole, a responsabilidade é do produtor, seja sobre os equipamentos, seu pessoal ou sobre a qualidade do que tem de sair dali. Ele deve cumprir a regra, o que ele terá de fazer é seguir um protocolo detalhado", declarou a ministra. "A fiscalização do Ministério será uma auditoria feita de tempos em tempos. Se achar que não está bom, vai lá toda semana."

Tereza Cristina diz que o modelo atual limita a autonomia dos frigoríficos. Hoje, segundo ela, a produção não pode ser ampliada para o fim de semana porque os fiscais do ministério não trabalham sábado e domingo e não podem receber hora extra. "Com essa medida, não tem problema nenhum, pode trabalhar sábado, domingo, à noite, três ou quatro turnos", disse. "Isso é o que esse governo novo quer implantar, onde puder. Cada um tem de tomar conta do seu pedaço, com responsabilidade."

O modelo de autocontrole, segundo Cristina, já é utilizado em várias partes do mundo. "É um processo usado em parte da Europa. O ministério faz a fiscalização do animal vivo, para ver se ele está em perfeita condição de saúde para ser consumido. Mas internamente, o controle é da empresa, do frigorífico."

O processo de inspeção de carnes brasileiro esteve no centro das investigações da Operação Carne Fraca, realizada pela Polícia Federal em março de 2017. As investigações apuraram a atuação de auditores fiscais sanitários e suas relações com grandes frigoríficos, levando ao fechamento de algumas plantas pelo País. Delatores confessaram que empresários pagavam mesadas para funcionários do Ministério da Agricultura para que pudessem escolher os fiscais do governo que atuariam dentro das unidades fazendo vista grossa na vigilância. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Durante encontro com o presidente eleito Jair Bolsonaro, a bancada ruralista indicou hoje (7) a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS), 64 anos, para ser a ministra da Agricultura. Se confirmada, ela será a primeira mulher escolhida por Bolsonaro para integrar o governo que começa em 2019. O deputado federal Nelson Marquezelli (PTB-SP) confirmou a sugestão.

A indicação foi feita por um grupo de 20 integrantes da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), em reunião no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde funciona o gabinete de transição de governo. A bancada ruralista no Congresso Nacional reúne aproximadamente 260 parlamentares.

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Engenheira agrônoma e empresária, Tereza Cristina é presidente da FPA e tem uma longa trajetória no setor. Ela foi secretária de Desenvolvimento Agrário da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de Mato Grosso do Sul durante o governo de André Puccinelli (MDB).

Neste ano, Tereza Cristina foi uma das lideranças que defenderam a aprovação do Projeto de Lei 6.299, que flexibiliza as regras para fiscalização e aplicação de agrotóxicos no país.

Durante a campanha e depois de eleito, Bolsonaro fez várias defesas do agronegócio e dos investimentos no campo. Ele chegou a anunciar a fusão dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, mas depois afirmou que pensa em manter as pastas separadas, como estão atualmente.

Ontem (6) o presidente eleito disse que as negociações para a escolha do nome para o Ministério da Agricultura era uma dos mais avançadas e que poderia ser divulgada ainda nesta semana.

Jair Bolsonaro já confirmou os nomes de Paulo Guedes, para Economia; Sergio Moro, para Justiça; Onyx Lorenzoni, para Casa Civil; Marcos Pontes, para Ciência e Tecnologia; e o general Augusto Heleno, para o Gabinete de Segurança Institucional.

Realizada no último domingo (26), a prova objetiva do concurso para auditor fiscal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) foi anulada pela Escola de Administração Fazendária (Esaf), organizadora do concurso, após erros encontrados em questões. 

De acordo com o comunicado publicado no site da banca, a alteração ocorreu na impressão dos cadernos de prova 3 e 4. Em entrevista ao LeiaJá, a Assessoria da Esaf também informou que isso aconteceu em apenas alguns estados e que a decisão da suspensão do exame foi para garantir a segurança de todos os candidatos que participaram da prova ontem (26).

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As novas provas objetivas serão aplicadas na data provável de 17 de dezembro de 2017. O processo seletivo prevê a contratação de 300 profissionais para o cargo. A carreira exige graduação em Medicina Veterinária e registro no conselho da classe. O salário inicial do cargo é de R$ 14.584,71 por jornada de trabalho de 40 horas semanais, mais R$ 458,00 de auxílio-alimentação.

Os candidatos ainda passarão pela etapa discursiva, no dia 7 de janeiro de 2018 e o resultado final do concurso está previsto para sair até o dia 13 de abril.

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Nesta sexta-feira (11), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou processo seletivo destinado a médicos veterinários. Ao todo, existem 300 vagas disponíveis, e segundo informações publicadas pelo órgão, os profissionais aprovados atuarão na inspeção de frigoríficos.

De acordo com o Mapa, os veterinários serão admitidos por um ano, com possibilidade de renovação pelo mesmo período. O salário previsto é de R$ 6.710,58. “Do total de vagas, 20% serão reservadas para pessoas negras”, informou o Mapa por meio do site oficial.

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Os participantes do processo seletivo devem ter diploma de nível superior em medicina veterinária e registro ativo nos conselhos regionais ou federal da área. A jornada de trabalho prevista é de 40 horas por semana.

A seleção prevê prova objetiva com 40 quesitos no dia 17 de setembro, bem como haverá análise da experiência dos candidatos e títulos. “As questões objetivas serão aplicadas em Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, Manaus, Palmas, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio Branco, Salvador, São Luís, São Paulo e Teresina. O resultado da seleção será divulgado em 6 de novembro”, informou o Ministério.

Os interessados em participar do processo seletivo deverão se inscrever do dia 14 deste mês até 20 de agosto, por meio do endereço virtual do certame. A taxa de participação custa R$ 100. Mais informações podem ser obtidas no edital da seleção.

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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em conjunto com a Superintendência Federal, reforçou a fiscalização contra a febre aftosa em todo país, mas principalmente na região de Pacaraima (fronteira com a Venezuela), em Roraima. A ação teve início após a confirmação de um foco de contaminação da doença em Tame, na Colômbia. O local fica a 1,2 mil quilômetros (km) do Brasil.

"Apesar do risco, que se sabe que há, com o caso confirmado, a população pode se tranquilizar porque as providências estão sendo todas tomadas. Toda a parte do sistema de vigilância está operando e está trabalhando para aplacar qualquer tipo de risco da doença entrar no país", disse o superintendente federal de Agricultura, Plácido Alves.

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O caso de febre aftosa foi confirmado na Colômbia com risco de haver contágio na Venezuela. “De Tame ao Brasil existe a região Amazônica, com várias barreiras naturais, o que torna mais difícil a propagação. Há 1,2 mil quilômetros transitáveis, com tráfego intenso na fronteira com a Venezuela, por isso o estado de atenção", explicou o superintendente.

Na fronteira entre Brasil e a Venezuela, estão distribuídos oito técnicos do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) e uma equipe do governo estadual de Roraima para fiscalizar os veículos que pretendem entrar no país. Todos os produtos de origem animal estão proibidos. "Estamos fiscalizando principalmente carnes, além de queijo e leite, produtos mais baratos, que as pessoas costumam trazer para o Brasil", disse Plácido Alves.

Em negociação de delação premiada com os procuradores da Operação Carne Fraca, Daniel Gonçalves Filho, apontado pela Polícia Federal como chefe do esquema de corrupção na unidade do Ministério da Agricultura no Paraná, cita pagamentos, "normalmente em espécie", de empresas do setor alimentício para o ex-ministro da Justiça e deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR).

O peemedebista voltará à Câmara após recusar o convite de Michel Temer para assumir o Ministério da Transparência.

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Serraglio, segundo Gonçalves Filho, seria um de seus "padrinhos" no cargo. Ao lado de Maria do Rocio Nascimento, ex-chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Gonçalves Filho é apontado pela PF como responsável por arrecadar propinas de frigoríficos e empresas alimentícias.

A proposta de delação do fiscal está na Procuradoria-Geral da República (PGR). Como vai reassumir sua cadeira na Câmara, Serraglio pode ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), caso o acordo seja homologado pela Corte.

Por meio de sua assessoria, Serraglio negou irregularidades. "Absolutamente impossível ele estar falando isso. Jamais, em momento algum, o deputado tratou com ele sobre qualquer tipo de recursos, menos ainda de qualquer tipo de ilicitude", informou a nota.

Valores

O candidato a delator afirmou no documento para os procuradores que empresas do setor de carnes e processados pagavam valores para Serraglio e outros políticos. Gonçalves Filho afirmou em um dos anexos que ele mesmo entregava o dinheiro para o peemedebista.

Em março, um grampo da Carne Fraca capturou uma conversa de Serraglio com o fiscal agropecuário. No diálogo, Serraglio se refere a Gonçalves Filho como "o grande chefe".

Segundo a decisão que deflagrou a operação, "em conversa com o deputado Osmar Serraglio, Daniel é informado sobre problemas que um frigorífico de Iporã estaria tendo com a fiscalização do ministério (o Frigorífico Larissa situa-se na mesma cidade)".

Novo acordo. Maria do Rocio também deu início a uma negociação de delação premiada. Ela assinou o termo de confidencialidade com o MPF nos últimos dias. O Estado apurou que nas primeiras conversas com os investigadores, a funcionária pública confirmou os supostos pagamentos.

Em conversa telefônica interceptada pela Polícia Federal em 2016, com autorização judicial, a fiscal, que está presa preventivamente, cita o nome "Serraglio" como "o velhinho que está conosco".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com ação na Justiça para cobrar das centrais sindicais e dos movimentos sociais o ressarcimento pelos danos causados no Ministério da Agricultura. O órgão responsável pelas providências jurídicas do Governo diz que os prejuízos foram provocados no último protesto realizado em 24 de maio. Segundo a AGU, este é o primeiro processo para pedir ressarcimento de danos deste protesto.

Está sendo cobrado R$ 1,6 milhão para reparos na infraestrutura do prédio e pelo "prejuízo causado pela interrupção dos serviços da pasta". A AGU entrou com a ação na segunda-feira passada, mas só divulgou ontem. O caso será apreciado pela Justiça Federal no Distrito Federal. Por causa da violência da manifestação, muitos servidores sequer conseguiram chegar ao local de trabalho e os que conseguiram, tiveram que deixar o prédio.

Questionada, a Força Sindical – uma das centrais sindicais responsabilizadas – informou que aguarda a notificação judicial, mas que não concorda com a avaliação da AGU. De acordo com o secretário-geral do sindicato, João Carlos Gonçalves, os trabalhadores que viajaram até Brasília vieram para uma manifestação pacífica.

“Eu estava lá, e o que vi foi a provocação de Black blocks e a PM e a Tropa de Choque serem incapazes de controlar 150 rapazes”, disse Gonçalves. O processo menciona notícias veiculadas sobre a manifestação, que apontam que a depredação começou após um grupo tentar romper a barreira de proteção da Polícia Militar para acessar o Congresso.

Segundo a AGU, o fato de não conseguir identificar os manifestantes responsáveis pelos estragos (porque usavam máscaras e camisetas cobrindo o rosto) não justifica a isenção de culpa dos organizadores do protesto. “Não podem servir como subterfúgio para que vândalos se vejam imunes”, alega a AGU. O valor cobrado pode aumentar quando o levantamento dos prejuízos for concluído.

ESPERA DA PERÍCIA – A defesa do presidente Michel Temer pediu, ontem, que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, reconsidere a autorização dada à Polícia Federal para colher desde já o depoimento por escrito do peemedebista, a fim de que Temer só responda por escrito às perguntas da PF após a realização da perícia no áudio da conversa entre o presidente e o empresário Joesley Batista, delator do Grupo J&F que gravou o diálogo no Palácio do Jaburu em março.

São João garantido – Apesar das enormes dificuldades que passam os municípios, a prefeita de Arcoverde, Madalena Brito (PSB), conseguiu viabilizar patrocínio e recursos para manter a tradição das festas juninas. Afinal, a cidade é um dos principais polos do São João do Estado, atraindo grande número de turistas, o que garante o aquecimento da economia e a geração de muitos empregos de forma direta e indireta. A grade das atrações está sendo fechada e deve ser divulgada até o final de semana.

Abastecimento de Caruaru – A deputada Laura Gomes (PSB) pediu, ontem, para a Compesa, a suspensão do racionamento d'água em Caruaru, de forma temporária. Com as chuvas recentes o sistema do Prata foi prejudicado e o abastecimento suspenso. Em alguns bairros, não tem água há mais de 30 dias, porque a interrupção do fornecimento coincidiu com o calendário do rodízio. São centenas de residências e instalações diversas com lama, infiltrações e mofo. A ideia da deputada é possibilitar às famílias retomar suas reservas d'água e promover a limpeza de espaços de moradia e de negócios. "Depois, a Compesa precisa retomar o rodízio, porque ainda não há segurança hídrica em médio prazo”, disse.

Engajamento de artistas – Artistas, produtores e comunicadores independentes de Pernambuco participam, no próximo domingo, a partir das 15h, na Praça do Carmo, em Olinda, de um manifesto pela renúncia do presidente Temer. Intitulado de “Não me venha com indiretas”, o encontro político-cultural conta com apresentações musicais gratuitas e intervenções artísticas. Artistas como Cannibal (Devotos), Rogerman, Catarina Dee Jah, Tiné, a banda Malícia Champion e os DJs 440, Lala K, Renato da Mata, Ravi Moreno e Vinicius Lezo já declararam apoio ao manifesto e irão se revezar em apresentações durante toda a tarde no coreto da praça.

Balanço em Serra – O prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), prestou, ontem, contas dos 150 dias de gestão. Entre outras obras, destacou adesão de 33 escolas urbanas e rurais ao programa Mais Educação; o início das obras da Escola Municipal do IPSEP, a inauguração da Escola Municipal Manoel Pereira Neto, o  crescimento da rede de Atenção Básica no município, contabilizando mais de 51 mil atendimentos, 99 mil procedimentos, 16 mil atendimentos noturnos, mais de 14 mil exames marcados, 78 mil exames laboratoriais e mais de 200 exames e cirurgias mais de 90% da população foi vacinada contra a gripe. Foram inauguradas mais duas Unidades de Saúde da Família e na zona rural perfurados mais de 60 poços artesianos.

CURTAS

CHUVAS – Jaboatão foi o município que registrou o maior volume de chuvas, ontem, no Estado. Nas últimas 12 horas, em Barra de Jangada foram acumuladas 120, 77 mm de águas, seguido pelos bairros de Cavaleiro, com 96,08 mm e Cajueiro Seco, com 88,80 mm. Duas barreiras deslizaram no bairro de Dois Carneiros. Uma delas atingiu um imóvel. A casa, interditada desde março, estava vazia no momento do acidente. Ninguém ficou ferido.

CARTÃO REFORMA – O deputado Danilo Cabral (PSB) reapresentou, a partir de uma sugestão do governador Paulo Câmara, uma proposta para que o Cartão Reforma atenda emergencialmente a população vítima das enchentes que atingiram o Estado no último fim de semana. O projeto acrescenta um dispositivo à lei 13.439, de 27 de abril de 2017, para dar prioridade no atendimento para famílias vítimas de tragédias ou desastres naturais.

 

Perguntar não ofende: Quando Temer vai liberar os recursos emergenciais para as enchentes? 

Durante tumulto entre a Polícia Militar do Distrito Federal e os manifestantes que protestam contra as reformas do governo Temer e pela saída do peemedebista, os ministérios da Fazenda e da Agricultura foram incendiados. Os edifícios da Esplanada também foram alvo de bombas, pedras e frases pintadas nas paredes contra o presidente. 

A PM e o Choque utilizam bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e spray de pimenta para conter os manifestantes. Organizadores do protesto afirmam que um senhor que se manifestava levou um tiro de arma letal. Ainda não há informações oficiais sobre o caso. 

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A confusão teve início quando os manifestantes conseguiram furar uma barreira poicial em frente ao Congresso. O grupo destruiu persianas e vidraças de pelo menos cinco ministérios, entre eles o da Integração Nacional, o do Trabalho e o da Agricultura. 

Em frente ao Ministério do Planejamento, no Bloco C da Esplanada dos Ministérios, o grupo de manifestantes mascarados ateou fogo em um orelhão e em cerca de 10 bicicletas de uso compartilhado. Também foram depredados paradas de ônibus, placas de trânsito, orelhões, holofotes que iluminam os letreiros dos ministérios e até banheiros químicos que haviam sido instalados para a manifestação.

Representantes das principais centrais sindicais protestam hoje (24) contra as reformas da Previdência e trabalhista. Eles também pedem a saída do presidente da República, Michel Temer. Em razão do protesto, toda a Esplanada foi fechada para a circulação de carros. Os servidores que vieram trabalhar nesta quarta estacionaram e entraram pelos anexos dos prédios.

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A Polícia Federal deflagou nesta terça-feira (16) a Operação Lucas. Para Pernambuco foram expedidos um mandado de busca e apreensão e um de condução coercitiva, mas o empresário alvo da ação - morador do bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife - não estava na residência. 

A operação apura crimes de corrupção envolvendo servidores do Ministério da Agricultura, Agropecuária e Abastecimento e empresas fiscalizadas. A investigação começou após denúncia de que frigoríficos e empresas de laticínios fiscalizadas teriam sido favorecidas em processos administrativos, por meio do retardamento na tramitação e anulação de multas. 

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Segundo a PF, cerca de 120 policiais federais cumprem 62 mandados judiciais, sendo 10 prisões temporárias, 16 mandados de condução coercitiva e 36 mandados de busca e apreensão nos Estados de Tocantins, Pará, Maranhão, São Paulo e Pernambuco, além do bloqueio de contas bancárias e indisponibilidade de bens móveis e imóveis nos valores de R$ 2,2 milhões.

O Ministério da Agricultura identificou irregularidades em 45 marcas de azeite entre 140 coletadas nos últimos dois anos. As amostras foram colhidas em 12 Estados e no Distrito Federal, num total de 322.329 litros (dos quais 114.750 litros considerados conformes e 207.579 litros com problemas). A equipe de fiscalização inspecionou 279 amostras de 214 lotes. Do total, 38,7% dos lotes tinham problemas e 79% das irregularidades eram relacionadas à baixa qualidade (produto ruim vendido como bom).

De acordo com o ministério, em comunicado, a fraude mais comum praticada por empresas envazadoras é a utilização de óleo vegetal com azeite lampante, que tem cheiro forte e acidez elevada (extraído de azeitonas deterioradas ou fermentadas) e que não deve ser destinado à alimentação. No Paraná, foram identificadas empresas que vendiam produto como azeite de oliva, mas com composição de 85% de óleo de soja e 15% de lampante. Segundo o ministério, as fraudadoras foram autuadas, multadas em até R$ 532 mil por irregularidade encontrada e os produtos foram apreendidos para descarte. As empresas também foram denunciadas ao Ministério Público. O próximo passo é a abertura de inquérito policial.

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As análises, realizadas pelos Laboratórios Nacionais Agropecuários (Lanagro) do Rio Grande do Sul e de Goiás, também apontaram azeites desclassificados (que podem não ser considerados como azeite) e fora de tipo (não tem boa qualidade).

Os Estados em que foram registradas mais irregularidades foram São Paulo, Paraná, Santa Catarina e o Distrito Federal, onde se concentram o maior número de empresas que envazam o produto. Os envazadores, que importam a granel, principalmente da Argentina, foram os que apresentaram mais irregularidades.

O Brasil é o terceiro maior importador de azeite de oliva do mundo, segundo dados do Comitê Oleícola Internacional (COI). Em 2016, o País importou cerca de 50 milhões de toneladas do produto.

Consumidor

Para o consumidor evitar ser enganado, a primeira coisa na qual deve prestar atenção é o preço: desconfie se estiver muito abaixo do padrão. Verificar no rótulo o local em que foi envazado, se no país de origem, por exemplo, pode dificultar fraude, como misturas.

Além disso, especificações como o termo tempero em letras miúdas e, em destaque, azeite de oliva. Não se trata de azeite adicionado de especiarias, mas de tempero vendido como azeite de oliva. Qualquer adição ou mistura com outros óleos vegetais requer que o produto seja rotulado como "Óleo misto ou composto", devendo o consumidor ser obrigatoriamente informado sobre os porcentuais que compõem a mistura.

O Ministério da Agricultura divulgou em seu site www.agricultura.gov.br duas listas de marcas de azeite, as em conformidade e as irregulares, de acordo com a fiscalização realizada em 140 marcas, coletadas nos últimos dois anos.

O presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira (20) que os problemas descobertos em frigoríficos pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, atingem apenas uma pequena parte do setor. “O agronegócio é para nós uma coisa importantíssima e não pode ser desvalorizado por um pequeno núcleo, uma coisa que será menor: apurável, fiscalizável e punível, se for o caso. Mas não pode comprometer todo o sistema que nós montamos ao longo dos anos. Exportamos para mais de 150 países”, disse a uma plateia de empresários na sede da Câmara Americana de Comércio, na capital paulista.

A operação deflagrada na última sexta-feira (17) atingiu algumas das maiores empesas do ramo alimentício do país, como JBS, BRF e Peccin, acusadas de praticar uma série de fraudes para ocultar o uso de matéria-prima vencida ou de qualidade inferior na fabricação dos produtos.

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Temer destacou que o número de funcionários públicos envolvidos (33) é pequeno em comparação ao tamanho do quadro do Ministério da Agricultura, de mais de 11 mil servidores. “Nós temos sistemas rigorosíssimos de avaliação sanitária aqui no Brasil”, enfatizou o presidente. Os servidores são acusados de receber propina para liberar produtos que não atendiam às normas legais. De acordo com ele, também é pequeno o número de plantas industriais sob suspeita (21), tendo em vista o tamanho do setor, que conta com mais de 4,8 mil estabelecimentos.

O presidente mencionou ainda os diversos encontros que teve nos últimos dias, tanto para se inteirar do assunto, quanto para tranquilizar os países importadores de alimentos brasileiros. “Eu tive várias reuniões em Brasília. Primeiro, com os ministros das áreas envolvidas com essa matéria. Depois, com as associações dos produtores de carne da mais variada espécie e com os embaixadores dos países que importam a carne brasileira. E acabamos, muito fraternalmente, comendo um churrasco na noite de ontem com todos os representantes dos países que lá se achavam”, disse.

Conversa com Trump

Temer comentou sobre o telefonema recebido no último sábado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Foi a segunda conversa telefônica entre os dois. “Ambos concordamos em levar adiante uma agenda de investimentos. Tanto que Sua Excelência disse: 'precisamos fazer logo uma reunião aqui nos Estados Unidos ou no Brasil com empresários brasileiros e americanos'”, disse ao explicitar parte do teor do diálogo.

Para melhorar o comércio bilateral, o presidente disse que tem buscado reduzir os entraves para importações e exportações no Brasil. “Não sem razão que nós estamos reduzindo a burocracia”, enfatizou.

Instrução normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Ministério do Meio Ambiente, publicada nesta segunda-feira (23) no Diário Oficial da União, proíbe a captura, o transporte, o beneficiamento, a industrialização e a comercialização do caranguejo-uçá nos estados do Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Pernambuco, Alagoas, Sergipe e da Bahia durante os seguintes períodos de 2017:

- 1° período: de 13 a 18 de janeiro e de 28 de janeiro a 02 de fevereiro;

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- 2° período: de 11 a 16 de fevereiro e de 27 de fevereiro a 04 de março;

- 3° período: de 13 a 18 de março e de 28 de março a 02 de abril.


No ano de 2018, a proibição vale para as seguintes datas:


- 1° período: 2 a 7 de janeiro e de 17 a 22 de janeiro;

- 2° período: 1º a 6 de fevereiro e de 16 a 21 de fevereiro;

- 3° período: 2 a 7 de março e de 18 a 23 de março.


Em 2019, os seguintes períodos foram selecionados:


- 1° período: 6 a 11 de janeiro e de 22 a 27 de janeiro;

- 2° período: 5 a 10 de fevereiro e de 20 a 25 de fevereiro;

- 3° período: 7 a 12 de março e de 21 a 26 de março.


As datas, de acordo com a publicação, correspondem à ''andada'', período reprodutivo em que os caranguejos machos e fêmeas saem de suas galerias (tocas) e andam pelo manguezal, para acasalamento e liberação de ovos.

Ainda segundo a instrução normativa, pessoas físicas ou jurídicas que atuam na manutenção em cativeiro, na conservação, no beneficiamento, na industrialização ou na comercialização da espécie poderão realizar as atividades durante a andada apenas quando fornecerem, até o último dia útil que antecede cada período, a relação detalhada dos estoques de animais vivos, congelados, pré-cozidos, inteiros ou em partes.

O documento deve ser entregue à unidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em cada estado e/ou no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento abriu inscrições para processo seletivo de estagiários. No total, 784 vagas estão abertas para a formação de cadastro reserva nas Superintendências Federais de Agricultura, Pecuária e Abastecimento dos Estados (SFAs), Laboratórios Nacionais Agropecuários (LANAGROs), Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC).

Os salários variam de R$ 203 a R$ 520, dependendo do nível de escolaridade e da carga horária, que pode ser de 20 a 30 horas semanais, mais o valor de R$ 6, referente ao auxílio transporte. As áreas contempladas são as de nível médio regular, Administração, Agronomia, Biologia, Ciências Biológicas, Direito, Economia, Educação Física, Jornalismo, Engenharia Florestal, Geografia, Gestão de Agronegócio, Gestão Pública, Secretariado, Medicina-Veterinária, Química, Recursos Humanos, Relações Internacionais, Ciências Contábeis, Meteorologia, Sistema da Informação, Comunicação Social, Biblioteconomia, Estatística, Letras, Zootecnia, Ciência da Computação, Ciências, Socioambientais, Engenharia de Alimentos, Tecnologia da Informação, Farmácia, Nutrição, Arquivologia, Engenharia Civil, Química Industrial, Gestão de Qualidade, Engenharia de Pesca, Agro Business, Logística e Veterinária.

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As inscrições devem ser realizadas até o dia 10 de agosto de 2016, no site do CIEE. A classificação será realizada por meio de provas online, que serão realizadas durante o período de inscrição.  Esse processo terá validade de um ano, contada a partir da data de publicação do resultado final, podendo ser prorrogado por igual período. Confira abaixo as áreas do país contempladas:

Acre: Rio Branco, Epitaciolândia, Assis Brasil e Rio Branco; Alagoas: Maceió; Amapá: Macapá; Amazonas: Manaus; Bahia: Juazeiro, Vitória da Conquista, Salvador, Ilhéus e Salvador; Ceará: Fortaleza; Distrito Federal: Brasília; Espírito Santo: Vitória; Goiás: Goiânia; Maranhão: São Luis; Mato Grosso do Sul: Campo Grande; Mato Grosso: Cuiabá Minas Gerais: Belo Horizonte, Confis, Muriaé, Varginha, Betim; Pará: Belém; Paraíba: João Pessoa;Paraná: Curitiba, São José dos Pinhais, Foz do Iguaçu, Paranaguá e Santa Helena; Pernambuco: Recife, Caruaru, Petrolina, Porto Suape e Garanhuns; Piauí: Teresina; Rio de Janeiro: Rio de Janeiro; Rio Grande de Norte: Natal; Rio Grande do Sul: Itaqui, Porto Alegre, Porto Xavier, Jaguarão, Lajeado e Santa Cruz do Sul; Rondônia: Porto Velho; Roraima: Boa Vista; Santa Catarina: Florianópolis; São Paulo: Botucatu, Cananeia, Guarulhos, Campinas, Jundiaí, Presidente Presidente, Santos, São Paulo, Ultra-Campinas, Campinas, Viracopos, Piracicaba e São Paulo; Sergipe: Aracaju; Tocantis: Palmas.

Para encontrar mais oportunidades, confira nossa página especial de certames.

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Com mais de 780 vagas disponíveis, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) está selecionando candidatos para oportunidades de estágio. Podem participar do processo seletivo estudantes de níveis médio e superior de diversas áreas, que poderão receber bolsas mensais de até R$ 520, além de auxílio transporte.

As oportunidades estão distribuídas em várias unidades do MAPA, incluindo Pernambuco. Recife, Caruaru, Petrolina, Porto Suape e Garanhuns são as localidades pernambucanas que oferecem vagas no certame. Os interessados em participar da seleção devem se inscrever, até 10 de agosto, por meio do endereço virtual do CIEE.

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Os candidatos passarão por prova online, conforme regras estabelecidas na página virtual da seleção. A validade do estágio será de um ano, podendo ocorrer prorrogação pelo mesmo período. Confira a seguir as áreas de atuação desejáveis no processo seletivo e os estados que oferecem vagas: 

Administração, agronomia, biologia, ciências biológicas, direito, economia, educação física, jornalismo, engenharia florestal, geografia, gestão de agronegócio, gestão pública, secretariado, medicina-veterinária, química, recursos humanos, relações internacionais, ciências contábeis, meteorologia, sistema da informação, comunicação social, biblioteconomia, estatística, letras, zootecnia, ciência da computação, ciências, socioambientais, engenharia de alimentos, tecnologia da informação, farmácia, nutrição, arquivologia, engenharia civil, química industrial, gestão de qualidade, engenharia de pesca, agro business, logística e veterinária.

• Acre: Rio Branco, Epitaciolândia, Assis Brasil e Rio Branco;

• Alagoas: Maceió;

• Amapá: Macapá;

• Amazonas: Manaus;

• Bahia: Juazeiro, Vitória da Conquista, Salvador, Ilhéus e Salvador;

• Ceará: Fortaleza;

• Distrito Federal: Brasília;

• Espírito Santo: Vitória;

• Goiás: Goiânia;

• Maranhão: São Luis;

• Mato Grosso do Sul: Campo Grande;

• Mato Grosso: Cuiabá

• Minas Gerais: Belo Horizonte, Confis, Muriaé, Varginha, Betim;

• Pará: Belém;

• Paraíba: João Pessoa;

• Paraná: Curitiba, São José dos Pinhais, Foz do Iguaçu, Paranaguá e Santa Helena;

• Pernambuco: Recife, Caruaru, Petrolina, Porto Suape e Garanhuns;

• Piauí: Teresina;

• Rio de Janeiro: Rio de Janeiro;

• Rio Grande de Norte: Natal;

• Rio Grande do Sul: Itaqui, Porto Alegre, Porto Xavier, Jaguarão, Lajeado e Santa Cruz do Sul;

• Rondônia: Porto Velho;

• Roraima: Boa Vista;

• Santa Catarina: Florianópolis;

• São Paulo: Botucatu, Cananeia, Guarulhos, Campinas, Jundiaí, Presidente Presidente, Santos, São Paulo, Ultra-Campinas, Campinas, Viracopos, Piracicaba e São Paulo;

• Sergipe: Aracaju;

• Tocantis: Palmas.

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