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O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um dos métodos de acesso às instituições de ensino superior no Brasil com uso das notas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). O Fies financia cursos de graduação não gratuitos para estudantes de baixa renda.

Para ser apto ao Fies, o candidato deve obter nota superior a 450 no Enem e não ter zerado a redação. Também é necessário ter uma renda familiar mensal bruta por pessoa, de até três salários mínimos.

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O Fies atua com as instituições participantes do programa que tenham conceito maior ou igual a 3 no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES). Os cursos que não tiverem avaliação no SINAES, mas que estejam autorizados para funcionamento pelo Ministério da Educação (MEC) também podem participar do programa.

O fundo possui uma escala de financiamento conforme a renda familiar do candidato. A taxa efetiva de juros do Fies é de 3,4% ao ano para todos os cursos. Há também a oferta de juros zero para os candidatos com requisitos descritos no edital.

Em 2023, o período de inscrição para participar do Fundo de Financiamento Estudantil começa no dia 14 de março e vai até o dia 17 do mesmo mês. Já o resultado final está previsto para sair no dia 21 de março.

O Ministério da Educação, por meio do programa Stipendium Hungaricum, está oferecendo 250 bolsas de estudo para graduação e pós-graduação na Hungria, país localizado no leste europeu, durante o período letivo de 2023 e 2024. Dentre elas, 100 bolsas dedicadas à graduação, 120 ao mestrado e 30 ao doutorado. 

Entre as modalidades de estudo disponíveis estão: doutorados pleno e parcial; mestrados pleno e parcial; One-Tier Master; graduações plena e parcial, e curso preparatório em língua húngara. 

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Os interessados podem obter mais informações e realizar as inscrições gratuitamente no site da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), até às 14h do dia 12 de dezembro.

O Ministério da Educação divulga nesta terça-feira (9) o resultado da primeira chamada do Programa Universidade para Todos, o ProUni 2022/2 . Tanto a lista com os selecionados quanto o resultado individual ficarão disponíveis para consulta no Portal Único de Acesso.

Os selecionados terão até o dia 17 deste mês para comprovarem as informações enviadas no ato da inscrição. Já o resultado da segunda chamada será divulgado em 22 de agosto, com matrículas entre 22 e 31 de agosto.

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Para aqueles que não forem selecionados nas chamadas regulares, o programa oferece ainda a oportunidade de participar da lista de espera. Para isso, o estudante deve manifestar o interesse nos dias 5 e 6 de setembro. A divulgação do resultado da lista de espera sai no dia 9 de setembro e as matrículas deverão ser realizadas entre 10 e 16 de setembro.

ProUni

O ProUni é o programa do governo federal que oferece bolsas de estudo, integrais e parciais (50%), em instituições particulares de educação superior. Nesta edição, mais de 190 mil bolsas serão ofertadas. É preciso que o candidato tenha feito as edições de 2021 ou de 2020, ou ambas, do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e tenha alcançado, no mínimo, 450 pontos de média das notas e não tenha tirado zero na redação. Outra exigência é não ter participado do Enem na condição de treineiro. Será considerada a edição do Enem com a melhor média de notas.

Para ter acesso à bolsa integral, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal de até 1,5 salário mínimo por pessoa. Para a bolsa parcial, a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa.

O público-alvo do programa é o estudante sem diploma de nível superior. Professores da rede pública de ensino também podem disputar uma bolsa exclusiva para os cursos de licenciatura e pedagogia, destinados à formação do magistério da educação básica. Nesse caso, não se aplica o limite de renda exigido dos demais candidatos.

O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede Sustentabilidade) confirmou que conseguiu a última assinatura necessária para a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MEC. 

A 27ª assinatura necessária para a apresentação do pedido foi do senador Giordano (MDB). "Vamos passar a limpo o 'Bolsolão do MEC' e demais escândalos de corrupção desse governo na Educação", afirmou Randolfe. 

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Governistas já trabalham para impedir a abertura da CPI no Senado e ameaçam, até, entrar na Justiça se o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), autorizar a instalação da CPI do MEC e não colocar outras em funcionamento. Os pedidos de CPI da ala governista incluem a investigação de obras inacabadas deixadas pelos governos do PT, da atuação de organizações não governamentais na Amazônia e do narcotráfico em fronteiras, todas elas com pedidos já apresentados.

Estudantes e entidades estudantis, como a União Nacional dos Estudantes (UNE), estão promovendo, nesta quarta-feira (27), 'tuitaço' para pedir a prorrogação da lista de espera do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). De acordo com relatos nas redes sociais, a última chamada para o programa estudantil foi no dia 24 de março e não houve mais lista de convocados.

No cronograma do Ministério da Educação (MEC), as convocações para o Fies terminam no dia 4 de maio e, por isso, os interessados em obter o benefício pedem rapidez para a ocupação das vagas ociosas em instituições de ensino superior particulares e transparência no processo.

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Usando a hashtag #MECProrrogaFIES, os manifestantes tentam chamar atenção dos responsáveis pelo programa que, até o momento, não se pronunciou sobre os pedidos ou justificou a ausência de uma nova chamada. A movimentação também engajou artistas, como a cantora Daniela Mercury.

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O ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, informou que o Ministério da Educação (MEC), em parceria com o Banco Mundial, depositou 30 milhões de dólares nos cofres públicos para a contribuição na implementação do Novo Ensino Médio.

De acordo com o ministro, os recursos serão direcionados para o aumento de escolas apoiadas para a implementação do Novo Ensino Médio e para a execução no conjunto de ações para o enfrentamento dos impactos do Covid-19. Veiga ainda reiterou que foram atingidas três metas para o Novo Ensino Médio e que a gestão alcançou 58% dos objetivos previstos entre 2021 e 2022.

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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse, nessa quarta-feira (6), que o pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias de tráfico de influência no Ministério da Educação (MEC) depende só de duas assinaturas para alcançar 27 apoios, quantidade mínima, e poder ser instalada.

"Precisamos só de mais duas assinaturas de senadores para instalar a CPI do MEC! Converse com o senador e com a senadora do seu Estado, peça a participação deles. Vamos passar a limpo os escândalos de corrupção do Bolsolão do MEC", escreveu o parlamentar em suas redes sociais. A proposta do congressista é que os trabalhos demorem até 90 dias.

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No último mês, Rodrigues havia entrado com uma representação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o então ministro da Educação, Milton Ribeiro, por suposto crime de responsabilidade. 

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As denúncias contra o MEC são muitas. A priori, os indícios apontavam para um suposto tráfico de influência que visou favorecer aliados políticos de pastores evangélicos ligados ao ex-ministro Milton Ribeiro e ao presidente Jair Bolsonaro (PL). O chefe do Executivo teria, inclusive, feito pedidos para privilegiar o lobby evangélico diretamente. Além disso, também existem denúncias de emprego irregular de verbas públicas, advocacia administrativa, corrupção ativa e passiva, usurpação de função pública e crimes de responsabilidade.

Em audiência pública realizada na Comissão de Educação, três prefeitos confirmaram o suposto esquema envolvendo pastores na pasta sob a gestão do ex-ministro Milton Ribeiro, que, em áudio vazado, indica que eles teriam o aval de Bolsonaro para atuar.

Os prefeitos Gilberto Braga (PSDB), de Luís Domingues (MA); José Manoel de Souza (PP), de Boa Esperança do Sul (SP); e Kelton Pinheiro (Cidadania), de Bonfinópolis (GO) relataram que receberam pedidos de propina dos pastores para a liberação de recursos. 

No último dia 28 de março, Milton Ribeiro se demitiu. O pedido de exoneração foi feito por meio de carta ao presidente Jair Bolsonaro. A decisão de Ribeiro aconteceu após o vazamento de vídeo em que ele aparece realizando lobby, com verbas do ministério, com pastores evangélicos.

No documento, ele afirma que jamais realizou atos "que não fosse pautado pela correção, pela probidade e pelo compromisso com o erário". Em outro trecho da carta, Milton Ribeiro se diz grato a Bolsonaro pela oportunidade de estar à frente da pasta educacional. "Tenho todo respeito e gratidão ao Presidente Bolsonaro, que me deu a oportunidade de ser Ministro da Educação do Brasil".

- - > LeiaJá também: ‘Quem são os pastores envolvidos no lobby do MEC’ 

Confira as assinaturas em favor da CPI do MEC, de acordo com Randolfe:

Randolfe Rodrigues (Rede-AP)

Paulo Paim (PT-RS)

Humberto Costa (PT-PE)

Renan Calheiros (MDB-AL)

Styvesson Valentim (Podemos-RN)

Fabiano Contarato (PT-ES)

Jorge Kajuru (Podemos-GO)

Zenaide Maia (PROS-RN)

Paulo Rocha (PT-PA)

Omar Aziz (PSD-AM)

Rogério Carvalho (PT-SE)

Reguffe (União-DF)

Leila do Vôlei (PDT-DF)

Jean Paul Prates (PT-RN)

Jaques Wagner (PT-BA)

Eliziane Gama (Cidadania-MA)

Tasso Jereissati (PSDB-CE)

Cid Gomes (PDT-CE)

Alessandro Vieira (PSDB-SE)

Weverton Rocha (PDT-MA)

Dario Berger (PSB-SC)

Simone Tebet (MDB-MS)

Mara Gabrilli (PSDB-SP)

Oriovisto Guimarães (Podemos-PR)

Jader Barbalho (MDB-PA)

O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro depõe nesta quinta-feira (31) na Comissão de Educação (CE). Ele deve prestar informações sobre denúncias de favorecimento no repasse de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Em áudios divulgados pela imprensa, Ribeiro afirma priorizar municípios administrados por prefeitos vinculados a pastores evangélicos, a pedido do presidente Jair Bolsonaro. 

O depoimento foi sugerido pelos senadores Jean Paul Prates (PT-RN) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Embora apresentados como pedidos de convocação, os requerimentos foram convertidos em convite. Pressionado pela suspeita de favorecimento a prefeitos indicados pelos pastores evangélicos Gilmar Santos e Arilton Moura, Milton Ribeiro deixou a pasta da Educação na segunda-feira (28). Até a manhã desta quarta-feira (30), a CE ainda aguardava a confirmação da presença do ex-ministro.

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Para o presidente do colegiado, senador Marcelo Castro (MDB-PI), a eventual ausência de Milton Ribeiro “irá demonstrar uma clara confissão de culpa acerca das denúncias de corrupção” e “será um convite à abertura da CPI do MEC”. 

“Uma pasta tão importante, talvez a mais importante do governo, tem sido alvo de denúncias gravíssimas, de repasses irregulares de verbas do ministério. É lamentável que, enquanto a educação brasileira padece, o ministério não esteja em evidência na mídia por projetos de relevância para os nossos estudantes, e sim por suspeitas de corrupção. A Comissão de Educação vai prosseguir com a apuração das denúncias”, escreveu Marcelo Castro. 

Também por meio de uma rede social, o senador Luiz do Carmo (MDB-GO) defendeu o ex-ministro. Para o parlamentar, o pedido de exoneração de Milton Ribeiro “só prova que é um homem honesto, ético e com grandes virtudes”. 

“A justiça será feita e ficará provada sua inocência e que tudo não passou de perseguição política. Eu confio na honestidade do ministro da Educação. Muito atencioso e respeitoso com todos, nunca deixa de atender, dentro da legalidade, todos parlamentares que o procuram. O que fazem com esse caso é mais uma tentativa desesperada de atacar o presidente Jair Bolsonaro”, publicou. 

Para o senador Jean Paul Prates, se confirmadas, as suspeitas contra Milton Ribeiro ferem os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. “As notícias veiculadas sugerem que o (ex) ministro da Educação está rasgando o texto constitucional e ferindo todos os princípios. O Ministério da Educação é uma pasta estratégica para o desenvolvimento nacional.

Durante o governo Bolsonaro, tragicamente, a gestão vem sendo marcada por descontinuidade, incompetência, ideologização, descompromisso e tudo sugere que também por ilegalidades”, afirmou. 

Requerimentos Nesta quarta-feira (30), o senador Jean Paul Prates apresentou um novo requerimento de convocação. Ele quer ouvir o ministro interino da Educação, Victor Godoy Veiga. Até a segunda-feira passada, Veiga era secretário-executivo da pasta comandada por Milton Ribeiro. 

O ministro interino telefonou para o presidente da CE, senador Marcelo Castro, nesta quarta-feira. "Ele se colocou à disposição para prestar esclarecimentos sobre as denúncias de corrupção na pasta. Amanhã [quinta-feira], vamos votar o requerimento de convocação de Godoy", anunciou Castro em uma rede social. 

O depoimento de Milton Ribeiro está marcado para as 9h15. Antes, às 9h, a CE deve votar três requerimentos sugeridos pelo senador Randofe Rodrigues. Em dois pedidos, o parlamentar solicita que o Ministério da Educação e a Controladoria-Geral da União (CGU) informem se foram identificados indícios de irregularidades após as denúncias contra Milton Ribeiro. 

O terceiro requerimento sugere o depoimento de oito prefeitos sobre as suspeitas de favorecimento nos repasses do FNDE. Randolfe requer a presença dos gestores municipais de Anajatuba (MA), Boa Esperança do Sul (SP), Bom Lugar (MA), Centro Novo (MA), Guarani D’Oeste (SP), Luís Domingues (MA), Rosário (MA) e Três Corações (MG). 

Como participar

O evento será interativo: os cidadãos podem enviar perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria do Senado (0800 061 2211) ou pelo Portal e‑Cidadania, que podem ser lidos e respondidos pelos senadores e debatedores ao vivo. O Senado oferece uma declaração de participação, que pode ser usada como hora de atividade complementar em curso universitário, por exemplo. O Portal e‑Cidadania também recebe a opinião dos cidadãos sobre os projetos em tramitação no Senado, além de sugestões para novas leis. 

*Da Agência Senado

O secretário-executivo do Ministério da Educação, Victor Godoy Veiga, assumiu, de forma interina, a cadeira de chefe do MEC após a exoneração do então ministro Milton Ribeiro, nesta segunda-feira (28). A saída de Ribeiro foi decorrente de diálogos entre ele e o presidente Jair Bolsonaro (PL) no fim de semana. Quem ocupar o cargo, já será o quinto a assumir o Ministério na gestão Bolsonaro. 

Victor Godoy

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Victor Godoy é formado em engenharia de redes de comunicação de dados pela Universidade de Brasília (UnB); ele tem pós-graduação em altos estudos em defesa nacional pela Escola Superior de Guerra (ESG), e em globalização, justiça e segurança humana pela Escola Superior do Ministério Público em parceria com o Institut für Friedenssicherungsrecht und Humanitäres Völkerrecht der Ruhr-Universitat Bochum (Alemanha) e a University of Johannesburg (África do Sul).

Durante a sua carreira, Godoy foi auditor federal de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União, onde ficou quase 20 anos (2004-2020), até ser convidado ao cargo de secretário-executivo do Ministério da Educação, em julho de 2020. 

Ele também participou de cursos, congressos, seminários e conferências nos 16 anos de trabalho na CGU. Também foi palestrante na Conference on Public Internal Control in the European Union, Paris (Comissão Europeia) em 2015, e palestrante na Conferência de Controle Interno no Brasil - Desafios e Oportunidades de Melhoria (Banco Mundial), em 2016. 

Já em 2019, Godoy foi painelista no lançamento do estudo Resolving Bribery with Non-Trial Resolutions da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e participante na mesa de discussão sobre a revisão da Recomendação de 2009 da OCDE para o combate ao suborno transnacional, além de ter sido membro da delegação brasileira no Working Group on Bribery- WGB (OCDE), de 2018 a 2020. 

Demissão

Milton Ribeiro está sendo investigado por suspeita de envolvimento com pastores que cobravam propina para intermediar recursos para escolas. Ele deixou o cargo nesta segunda-feira (28), e, em carta ao presidente, ele contou que as reportagens revelando a corrupção na pasta “provocaram uma grande transformação em sua vida”, e disse suspeitar que alguma pessoa próxima a ele “poderia estar cometendo atos irregulares e devem ser investigados com profundidade”. 

Em um evento do Ministério da Educação em julho de 2021, exemplares de uma versão customizada da Bíblia teriam sido distribuídos com fotografias do ministro da Educação, Milton Ribeiro, e dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, apontados como operadores do lobby evangélico na pasta federal. O evento aconteceu na cidade de Salinópolis, no Pará, e teria reunido prefeitos e secretários municipais. A informação é do Estadão. 

De acordo com a reportagem, a bíblia distribuída destacava o “patrocínio” do prefeito de Salinópolis, Carlos Alberto de Sena Filho (PL), o Kaká Sena, cuja foto também aparece na impressão. Ele encomendou uma tiragem de mil bíblias por R$ 70 cada, segundo relatos de participantes do evento ao Estadão. A Igreja Ministério Cristo para Todos, um ramo da Assembleia de Deus comandada pelo pastor Gilmar, foi responsável pela edição, através de uma gráfica própria em Goiânia. 

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Após o encontro, o ministro Milton Ribeiro aprovou a construção de uma escola em Salinópolis. Ele firmou um termo de compromisso com a prefeitura no valor de R$ 5,8 milhões, dos quais empenhou, no final de dezembro, R$ 200 mil. Tanto o ministro quanto o prefeito não se pronunciaram sobre a distribuição das Bíblias. 

De acordo com áudio divulgado no último dia 21 de março, pelo jornal Folha de São Paulo, o ministro Ribeiro diz que houve um "pedido especial" do presidente Jair Bolsonaro (PL) para atender aos pedidos dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. O chefe do Executivo e o responsável pela pasta da Educação são, agora, acusados de tráfico de influência. 

Pastor presbiteriano e ministro da Educação, Milton Ribeiro é suspeito de ter montado um gabinete paralelo com outros pastores na pasta, ainda que os demais líderes religiosos sequer tenham cargos no governo. O chamado lobby evangélico do MEC revelou que religiosos associados a Bolsonaro e seus ministros atuavam na negociação de verbas federais bilionárias e conseguiam privilégio nas ações da Educação.    

- - > LeiaJá também:  Prefeito diz que 'pastor do MEC' pediu propina de R$15 mil 

 

O prefeito Professor Kelton Pinheiro (Cidadania) da cidade de Bonfinópolis, no interior de Goiás, revelou que os pastores “do MEC” Gilmar Santos e Arilton Moura, apontados como operadores do gabinete paralelo criado no Ministério da Educação, chegaram a oferecer desconto de 50% na propina para liberação de verbas para escolas. Moura teria cobrado R$ 15 mil pelo serviço de envio de verbas, conseguidas através de negociações privilegiadas e extraoficiais com a pasta federal, devido à relação do lobby evangélico com o ministro Milton Ribeiro e o presidente Jair Bolsonaro (PL). 

O gestor fez a declaração ao Estadão na manhã desta quinta-feira (24). De acordo com Kelton, o desconto na propina foi oferecido pelo pastor Arilton Moura durante um almoço no restaurante Tia Zélia, em Brasília, após uma reunião com o ministro da Educação, Milton Ribeiro. 

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Segundo Kelton, o pastor Arilton disse que o valor da propina era de R$ 30 mil. No entanto, ele propôs o pagamento de R$ 15 mil ao prefeito, porque ele teria sido “indicado pelo pastor Gilmar”. O pastor Arilton Moura, narrou o prefeito, se aproximou deles depois de ter passado por outras mesas. "Sentou do meu lado, em um dos lados da mesa, falou: 'olha prefeito, eu vou ser direto com você. Tem lá um recurso para liberar com ministro, mas eu preciso de R$15 mil hoje'", afirmou Arilton Moura, de acordo com o relato. 

O gabinete paralelo 

Desde a semana passada, denúncias de um suposto gabinete no Ministério da Educação sugerem que o ministro Milton Ribeiro intermediou o interesse de pastores bolsonaristas através da pasta. Verbas bilionárias foram liberadas em negociações privilegiadas entre o MEC e essas lideranças religiosas, apesar de nenhum envolvido ter cargo oficial no governo. 

De acordo com áudio divulgado na segunda-feira (21) pelo jornal Folha de São Paulo, o ministro Ribeiro diz que houve um "pedido especial" do presidente Jair Bolsonaro para atender aos pedidos dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. 

Milton Ribeiro foi convocado para prestar depoimento na Comissão de Educação do Senado Federal. O chefe da pasta federal deve comparecer à Casa Legislativa na próxima quinta-feira (31). 

O colegiado também aprovou convites aos pastores beneficiados, Gilmar Santos e Arilton Moura; ao presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes da Ponte; e ao prefeito de Luís Domingues (MA), Gilberto Braga (PSDB). As datas ainda não foram definidas, mas a previsão é que a agenda seja estipulada após a oitiva do ministro. 

 

Ao menos 44 prefeitos foram recebidos pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, em reuniões com os pastores evangélicos Arilton Moura e Gilmar Santos, envolvidos no lobby da liberação de recursos federais para prefeituras em todo o Brasil. As agendas constam no registro do Ministério da Educação. 

Dados mostram que as reuniões com o ministro, acompanhado dos pastores, começaram a acontecer pouco antes de Ribeiro completar dois meses no cargo, ainda em setembro de 2020. Em 15 meses, os nomes dos religiosos aparecem em 19 registros públicos da agenda do ministro, de acordo com informações da CNN. 

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De visitas de “cortesia”, os encontros evoluíram para participação em agendas de “alinhamento político”. A participação de prefeitos não se deu apenas nos encontros que tinham a política como pauta, os chefes dos Executivos municipais também participaram de agendas marcadas como “cumprimentos” e debates sobre “obras” nas cidades, afirma a CNN. 

Os pastores, com grande influência no MEC, se apresentaram como ligados à Assembleia de Deus e participaram de encontros que as pautas eram as escolas cívico-militares e até uma entrevista de Ribeiro a um jornal. O caso colocou o ministro na mira do Congresso, que quer explicações da Justiça e da bancada evangélica. 

A Procuradoria-Geral da República (PGR), por sua vez, deve pedir ainda nesta quarta-feira (23), a abertura de uma investigação sobre o caso, revelado em reportagens da Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo. Em áudios, o ministro diz ter recebido um “pedido especial” do presidente Jair Bolsonaro (PL) para que a liberação de verbas do colegiado seja direcionada para prefeituras específicas a partir da negociação feita por dois pastores evangélicos que não possuem cargo no governo. “Minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”, diz o ministro em reunião. 

Os pastores Arilton e Gilmar são citados nos áudios e, de acordo com o veículo de comunicação, os dois têm negociado com as prefeituras sobre a liberação de recursos federais para obras em creches, escolas e compra de equipamento de tecnologia. 

Ao se posicionar sobre o assunto na terça-feira (22), o ministro Milton Ribeiro não chegou a contestar a veracidade do áudio divulgado, apenas negou que as suas falas tivessem relação com a influência de aliados evangélicos. 

“Diferentemente do que foi veiculado, a alocação de recursos federais ocorre seguindo a legislação orçamentária, bem como os critérios técnicos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação [FNDE]. Não há nenhuma possibilidade de o ministro determinar a alocação de recursos para favorecer ou desfavorecer qualquer município ou estado”, afirma o ministro em nota enviada. 

Os pastores evangélicos Gilmar Santos e Arilton Moura se encontraram pelo menos quatro vezes com o presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília, de acordo com O Globo. O chamado lobby evangélico no Ministério da Educação, que recentemente chegou à mídia nacional, revela que religiosos associados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus ministros, mesmo sem ter cargos no governo, atuavam na negociação de verbas federais da pasta e conseguiam privilégio nas ações da Educação. 

A reportagem indica que houve três encontros com o chefe do Executivo no Palácio do Planalto e um evento no Ministério da Educação, junto ao ministro Milton Ribeiro. Em áudio divulgado na segunda-feira (21) pelo jornal Folha de São Paulo, o ministro Ribeiro diz que houve um "pedido especial" de Bolsonaro para atender aos pleitos do pastor Gilmar Santos. 

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De acordo com a agenda presidencial, dois dos encontros aconteceram no primeiro ano de mandato, em 2019: nas duas ocasiões em eventos com outras lideranças evangélicas. Em 2020, Bolsonaro novamente recebeu o pastor Gilmar Santos em seu gabinete para uma reunião privada. No mesmo dia, logo após o encontro com o Bolsonaro, o religioso foi ao Ministério da Educação se encontrar com Milton Ribeiro, de acordo com os horários das reuniões. 

Em fevereiro de 2021, após evento no Ministério da Educação, o pastor Gilmar Santos publicou nas redes sociais que levou mais de 40 prefeitos de quatro estados "para tratar dos avanços e desafios da educação atual" para a sede da pasta. 

À reportagem, o MEC emitiu uma nota na qual negou que o presidente Jair Bolsonaro tenha pedido atendimento preferencial à prefeituras apadrinhadas por pastores. Ribeiro afirmou ainda que todas as solicitações feitas à pasta são encaminhadas para avaliação da área técnica. 

O comunicado ainda diz que "desde fevereiro de 2021 foram atendidos in loco 1.837 municípios em todas as regiões do País, em reuniões eminentemente técnicas organizadas por parlamentares e gestores locais, registradas na agenda pública do Ministério, estabelecendo relação direta entre o MEC e os entes federados".   

- - > LeiaJá também: Vínculo de religiosos com governo é anterior a Milton 

 

Vários parlamentares da oposição pediram nesta terça-feira (22) a abertura de uma investigação contra o presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Educação, Milton Ribeiro, por suposto tráfico de influência para favorecer aliados políticos de pastores evangélicos.

"Milton Ribeiro converteu o MEC num balcão de negócios para suas traficâncias rasteiras, negociando favores públicos à luz do dia", escreveu no Twitter o senador Fabiano Contarato (PT/ES).

"Pedirei hoje ao STF [Supremo Tribunal Federal] a imediata abertura de inquérito para apurar as gravíssimas denúncias que pesam contra o ministro", acrescentou.

O escândalo estourou quando a Folha de São Paulo revelou na noite de segunda-feira o conteúdo de um áudio em que Ribeiro, ele próprio pastor evangélico, garantia que, a pedido de Bolsonaro, daria prioridade à liberação de recursos para a Educação nos municípios liderados por "amigos" de dois influentes pastores.

"Porque a minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar", disse Ribeiro durante uma reunião em que teriam participado prefeitos e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, que segundo o jornal teriam uma grande influência dentro do governo.

"Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim", acrescentou o ministro.

As revelações causaram indignação e um grupo de deputados da oposição também pediu a abertura de um inquérito no STF.

Ribeiro negou as acusações de tráfico de influência e afirmou em nota que Bolsonaro "não pediu atendimento preferencial a ninguém, solicitou apenas que pudesse receber todos que nos procurassem, inclusive as pessoas citadas na reportagem".

Alegou ainda que "não há nenhuma possibilidade de o ministro determinar alocação de recursos para favorecer ou desfavorecer qualquer município ou estado".

Comentaristas políticos relataram que há pressão nos bastidores pela renúncia do ministro por parte de parlamentares aliados de Bolsonaro.

Milton Ribeiro, um teólogo, advogado e pastor de 63 anos, foi denunciado no final de janeiro pela Procuradoria-Geral da República por "homofobia", depois de ter dito em entrevista publicada em setembro de 2020 que adolescentes homossexuais vêm de "famílias desajustadas".

Após vazamento de áudio de uma conversa em que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, diz que vai priorizar ajudar os amigos do pastor a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL), o chefe da pasta se pronunciou nesta terça-feira (22), e explicou que a alocação de recursos federais segue a legislação orçamentária, assim como os critérios técnicos do Fundo Nacional do Desenvolvimento na Educação (FNDE).

“Não há nenhuma possibilidade de o ministro determinar alocação de recursos para favorecer ou desfavorecer qualquer município ou estado”, afirmou. 

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Ele defendeu, ainda, que o presidente não pediu atendimento preferencial a ninguém, “solicitou apenas que pudesse receber todos que nos procurassem, inclusive as pessoas citadas na reportagem”. 

De acordo com o ministro, os princípios de transparência, integridade e governança foram seguidos desde o princípio. “Esta gestão apresentou o Painel de Investimentos, buscando o aperfeiçoamento da gestão dos recursos públicos, pois muitos prefeitos ainda desconhecem sua carteira de projetos e quais recursos estão disponíveis em suas contas. O Painel está disponível a qualquer cidadão que deseja acompanhar os recursos do seu município”.

Ao final da nota, ele garantiu que não há previsão orçamentária que possibilite a alocação de recursos para igrejas de qualquer denominação religiosa, “independente da minha formação religiosa, que é de conhecimento de todos, reafirmo meu compromisso com a laicidade do Estado”. 

No áudio divulgado pela Folha de S.Paulo, Milton Ribeiro fala que a sua prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam. “E, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar. Não tem nada com o Airton, e tudo com o Gilmar [risos]”. 

Questionado sobre “por que o Gilmar?”, ele explica ter sido um pedido especial do presidente da República. “O apoio que a gente pede não é segredo. É apoio sobre construção das igrejas”. 

Na manhã desta terça (22), a deputada federal Marília Arraes (PT) enviou um requerimento de informação ao MEC com a exigência de esclarecimento sobre a omissão de dados importantes, a respeito do Enem de 2020 e do Censo Escolar da Educação Básica de 2021, divulgados pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) na última sexta-feira (18).

“Tal omissão atenta dolosa e frontalmente contra o direito de cada brasileiro de obter as informações necessárias para avaliar as políticas públicas de educação do governo, o que é essencial em uma democracia. Tanto mais tendo em vista a histórica fragilidade da educação pública no país, e sua importância, é imprescindível que todas as informações obtidas sejam divulgadas”, diz Arraes no requerimento.

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Ainda no documento, Marília requer que sejam informados quais foram os dados omitidos, quais foram os fundamentos da decisão e os seu impacto no efetivo monitoramento dos índices educacionais por parte da população brasileira.

A deputada ainda reafirma a importância da transparência em meio a segundo suas próprias palavras, um “desmonte da educação promovido pelo governo Bolsonaro”.

Omissão de dados

De acordo com reportagem da Folha de São Paulo, com base na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o Inep deixou de divulgar os dados importantes que permitem analisar os resultados educacionais com recortes por raça, por renda, município ou até mesmo por escola, por exemplo.

Entras as consequências, tal decisão tem impacto sobre a avaliação da educação sob a perspectiva da desigualdade social.

Também foram apagadas informações dos anos anteriores, com a justificativa de que precisam ser “adequadas ao novo formato”. Contudo, não há previsão de retorno.

Em seu portal na internet, o Inep alega que as ações foram realizadas como forma de suprir qualquer possibilidade de identificação das pessoas, também usando como argumento a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Por meio de Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, o Programa Universidade Para Todos (ProUni) sofreu alterações. Entre as mudanças, estudantes oriundos de escolas particulares não-bolsistas também podem participar da seletiva para concessão de bolsas em instituições de ensino superior privadas. O secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação, Wagner Vilas Boas, falou sobre as modificações.

Em entrevista à emissora CNN, na última quarta-feira (8), ele ressaltou que a alteração é uma possibilidade de atender também àqueles que foram afetados economicamente durante a pandemia. “Nós tivemos a pandemia, que se arrasta por dois anos, tivemos aumento da evasão no ensino superior, vagas ociosas. E gente querendo entrar”, explicou.

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Além disso, de acordo com o secretário, a inclusão de alunos de escolas particulares é uma medida para preencher vagas ociosas do programa. "38% das vagas não foram preenchidas ao longo dos últimos 15 anos, desde quando o programa foi criado", disse o secretário.

"Precisamos deixar claro que o objetivo principal do ProUni é atender, justamente, essa população mais pobre, a população de baixa renda e isso não foi alterado. O ProUni visa atender, com bolsas de 100%, os estudantes que têm renda familiar per capita de, até, 1,5 salário mínimo e com bolsa de 50% os estudantes que têm renda per capita de, até, três salários mínimos. Isso não foi alterado. Portanto, o ProUni continua e continuará beneficiando a população mais pobre. Não houve alteração nesse ponto", ressalta Vilas Boas.

O secretário de ensino superior do MEC também aponta que, em 2020, 250 mil vagas não foram ocupadas, com uma pequena queda em 2021, com 180 mil vagas ociosas em todo o país. Com a MP, quem paga escola privada integralmente ou tem bolsa parcial, poderá concorrer a essas vagas.

Wagner Vilas Boas explica que esta categoria estudantil poderá pleitear a uma bolsa oferecida pelo ProUni "desde que o critério de renda dele seja atendido também. Então, nós estamos fazendo uma correção de rumos na política".

A DEC cursos, escola de idiomas localizada em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), está oferecendo cursos preparatórios para vestibulares, como o Sistema Seriado de Avaliação (SSA) e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os estudantes interessados podem optar pelas isoladas de gramática, redação e literatura.

 A escola também oferta cursos de idiomas para profissionais que trabalham com turistas. As aulas prometem dinâmicas diferentes envolvendo música, situações reais, passeios e até mesmo a Bíblia ensinada nos idiomas inglês e espanhol.

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“Isso [a Bíblia em outros idiomas] é um dos módulos. Como um dos modelos será passeios aqui pelo sítio histórico de Olinda, iremos trabalhar vocabulários que vão desde ladeiras de paralelepípedos até igrejas e outras expressões”, afirmou Inaldo Sampaio, professor da DEC cursos.

A escola fica localizada no Espaço Cultural Osvaldo Sérgio, localizado na R. de São Francisco, 26 - Carmo, Olinda. Dúvidas podem ser tiradas por meio do WhatsApp (81) 98305-8631.

Os recursos para o Ministério da Educação deverão ter aumento da ordem de 28% em 2022, em comparação a 2021, podendo chegar a R$ 134,7 bilhões. A informação foi dada nesta quinta-feira (3) pelo relator das emendas destinadas à Educação na Comissão Mista de Orçamento (CMO), senador Wellington Fagundes (PL-MT). Ele participou da segunda audiência pública da Subcomissão Temporária para Acompanhamento da Educação na Pandemia, que funciona no âmbito do Senado. Com esse aumento de verba, o parlamentar acredita que será possível a adoção de medidas para garantir um retorno seguro dos estudantes às escolas em todo o país, num cenário de pós-pandemia de coronavírus. 

Mas, além do reforço no Orçamento, Fagundes defendeu a discussão e a elaboração de medidas estratégicas pedagógicas eficientes tanto para a continuidade do ensino remoto quanto para aqueles que não se adaptaram às novas tecnologias educacionais. Ele considerou um avanço para o Brasil a sanção da Lei 14.187/2021, que autoriza estruturas industriais destinadas à fabricação de vacinas de uso veterinário a serem usadas na produção de imunizantes contra a covid-19. E ponderou que, além de ter ajudado o país a progredir na imunização dos brasileiros, também é fundamental o Congresso Nacional se empenhar sobre uma agenda que “desembarace a educação no país”. 

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"Todo esse trabalho em favor da ciência é para abrir o mercado promissor que tem como cliente o Brasil, colocando no braço de cada brasileiro o imunizante “verde e amarelo”, nos deixando preparados para outras pandemias ou epidemias. E colocando de volta o aluno em sala de aula com total segurança. Renovo a minha disposição nessa verdadeira missão de guerra, falando para cada brasileiro que passou pelo medo de ter a vida ceifada ou pela tristeza de perder um ente querido", declarou. 

Investimento, não "despesa"

Presidente da subcomissão, que é vinculada à Comissão de Acompanhamento da Covid-19, o senador Flávio Arns (Podemos-PR) falou da expectativa em torno dos investimentos no setor e reforçou que a ideia é reunir a contribuição do máximo de colaboradores e gestores, de modo a minimizar os efeitos da pandemia sobre a realidade da educação nas diversas regiões do país. Ao adiantar que a próxima audiência pública do colegiado está agendada para a as 10h da segunda-feira, dia 8, Flávio Arns disse que tem a intenção de tornar o debate permanente e, o acompanhamento dessas ações, continuado ao longo de 2022. 

A senadora Zenaide Maia (Pros-RN) afirmou que, sem educação, não há democracia, desenvolvimento e nem ciência e tecnologia. Na visão da parlamentar, é inadmissível que o poder público continue considerando educação uma mera "despesa", ao invés de vê-la como investimento, já que a área é a “mola do crescimento nacional”. Ela criticou a Emenda Constitucional 95, que congelou investimentos públicos em áreas como saúde, educação e ciência social por 20 anos, bem como a MP 795/2017, que resultou na Lei 13.586/2017, e dá incentivos fiscais para empresas petrolíferas. 

"Não está faltando dinheiro, mas estão destinando o retorno de impostos que seriam da educação para encher os bolsos de quem já têm muito. E aqui estamos fazendo o que existe de mais importante: dar conhecimento à população, porque tem de onde tirar os recursos. O abismo é cada vez maior entre os mais ricos e os mais pobres deste país e a gente não pode perder a capacidade de se indignar. É preciso investir em educação, ciência e tecnologia, que o resto vem naturalmente. E isso é uma decisão política", afirmou. 

Desafios acentuados

Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Manoel Gomes Araújo Filho disse que o órgão está entre os mais interessados no retorno das aulas presenciais. Segundo ele, questões como defasagem na aprendizagem, má formação dos profissionais do ensino e falta de estrutura nas escolas existem desde antes da pandemia e somente foram reforçados durante a crise sanitária. Para o debatedor, não há respostas diretas ou específicas que resolvam os problemas da educação no país. Segundo Heleno, esse caminho passa por diálogos sociais e políticos que, conforme declarou, ainda não foram institucionalmente estabelecidos. 

Na opinião de Araújo Filho, embora discussões como as promovidas pelo Senado sejam um caminho, o mesmo não ocorre por meio do Poder Executivo. Ele disse que nenhum ministro do governo de Jair Bolsonaro respondeu a pedidos da CNTE para discussões sobre temas que tenham ligação direta com o assunto. 

"Isso se repete em muitos governos estaduais ou municipais, onde as decisões são tomadas por pequenos grupos, chamados de especialistas, mas desconsiderando o conhecimento da comunidade escolar, que são as pessoas que sabem a fundo as realidades e necessidades e podem contribuir com estratégias muito mais eficazes para reduzir esses problemas já levantados". 

Educação laica e inclusiva

Um trabalho conjunto com os professores brasileiros de modo a assegurar a garantia do direito a uma educação laica, pública, inclusiva e equitativa. Esse é um dos maiores desafios ao cenário da educação brasileira no próximo ano, na opinião do presidente da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME), Manoel Humberto Gonzaga Lima. Conforme o debatedor, é necessário estabelecer uma consciência coletiva sobre os números da exclusão escolar impostos pela pandemia em 2020 e 2021 e tratar com atenção especial as escolas do campo, segundo ele, afetadas com maior força pela realidade da falta de tecnologias para aprendizagem. 

Lima elogiou as iniciativas do Senado no tocante às melhorias para a educação e mencionou, como exemplo, o empenho da Casa para a aprovação e a promulgação da emenda constitucional que tornou permanente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Para o especialista, tem sido fundamental o trabalho dos parlamentares na elaboração da estratégia educacional para os próximos anos. 

Participação popular

A audiência pública teve a participação de internautas, que enviaram encaminhamentos, dúvidas e sugestões por meio do canal e-Cidadania. É o caso de Rafael dos Santos Torres, do Rio Grande do Sul, que defendeu a volta das aulas presenciais e embasou seu posicionamento no fato de ter percebido como a educação de uma irmã mais nova foi afetada pelo isolamento social obrigatório. Para Junia Alba Goncalves, de Minas Gerais, o ensino durante a pandemia revelou muitas fragilidades nas políticas públicas, uma delas, conforme descreveu, foi a falta de oferta de tecnologias aos alunos e professores. E Anna Christina Sebaio, também de Minas Gerais, escreveu que levar os alunos para a sala de aula tem sido um trabalho árduo. “Necessitamos despertá-los novamente para fazer parte da escola”, declarou.

*Da Agência Senado

 

O Ministério da Educação (MEC) divulgou, nesta quarta-feira (3), no Diário Oficial da União, uma portaria instituindo as Câmaras Técnicas da Educação Básica no enfrentamento ao impactos da pandemia, entre eles, a evasão escolar. Levantamentos, análise de dados e soluções estão entre as funções das câmaras.

As quatro Câmaras Técnicas, sendo elas educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos, terão que realizar levantamentos, análise de dados e relatórios como forma de possibilitar a troca de informações confiáveis dentro da rede e auxiliar a rede de ensino. As informações, inclusive, poderão ser utilizadas para impactos e situações no futuro.

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A publicação ainda ressalta que o objetivo das câmaras é: fomentar o compartilhamento de boas práticas e lições aprendidas durante a pandemia; identificar e mapear boas práticas pedagógicas e estratégias de enfrentamento e do abandono escolar; analisar e elaborar relatórios; e desenvolver instrumentos para as coletas de dados conforme a necessidades apresentadas. Confira a publicação da portaria na íntegra no site do Diário da União Oficial.

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