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Dando um passo inédito em sua história, o Sport irá disputar as quartas de final da Copa Sul-Americana nesta quinta-feira (26), contra o Junior Barranquilla, às 20h45 (horário do Recife), na Ilha do Retiro. E se depender da torcida rubro-negra a festa vai começar ainda no lado de fora do estádio.

Os torcedores do Sport estão se organizando para recepcionar os jogadores ao longo da Avenida Abdias de Carvalho, por onde irá passar a delegação leonina. A concetração está prevista para começar às 18h, em frente a loja do Sport (Cazá do Sport), e promete contar com bandeiras, apitos e sinalizadores. Um grande ídolo leonino também deve ter uma homenagem especial.

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Dentro do estádio, está prevista uma homenagem ao goleiro Magrão. Um bandeirão 33x15 metros com uma frase e uma imagem do camisa 1 do Sport deverá ser erguido durante a partida. De acordo Guilherme, componente da torcida organizada Brava Ilha, um torcedor rubro-negro idealizou e a Brava ajudou na confecção. Sem entrar em detalhes, Guilherme informou com exclusividade ao LeiaJá que na bandeira terá todos os troféus já conquistados pelo paredão rubro-negro com o Sport. 

Além da homenagem, o time do Sport também contará com o apoio da torcida organizada Treme Terra, que promete fazer a trilha sonora da festa. A presença da banda que toca as tradicionais canções rubro-negras foi custeada a partir de um grupo de torcedores que arrecadaram dinheiro entre si para poder garantir a organizada.

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Desde às 7h desta terça-feira (19), um grupo de centenas de taxistas se reuniram em frente ao Classic Hall, em Olinda, para saírem em carreata pelas ruas do Recife. O objetivo da mobilização é cobrar do governo maior fiscalização em relação ao que chamam de "transporte clandestino" na Região Metropolitana do Recife. 

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De acordo com o vice-presidente da Frente dos Taxistas de Pernambuco (Frentáxi), Jaelson Antônio, "estamos aqui para pedir providências ao governo que interceda ao judiciário para que a fiscalização contra o transporte clandestino aconteça". Ele alega que "carros particulares estão rodando por conta própria, fora de aplicativo. Vão para frente dos eventos e ficam chamando o cliente e não usam o aplicativo para não pagar a porcentagem cobrada pelo sistema", conclui. 

A categoria informou que seguirá para o Palácio do Campo das Princesas e, em seguida, para o Ministério Publico. Jaelson informou que serão recebidos por um representante do governo e irão mostrar provas como fotos e vídeos da ação desses motoristas. Estão presentes motoristas do Recife, Olinda e Paulista que irão seguir com os carros pela Avenida Cruz Cabugá, Prefeitura do Recife, Palácio do Campo das Princesas e Avenida Suassuana.

Quanto ao panorama de renda dos taxistas após a chegada de aplicativos não regulamentados, o vixe-presidente explica. "Nosso serviço fica comprometido. Hoje a nossa renda caiu em 50%. Eu tirava R$ 5 mil, hoje só ganho metade. E pra pagar as contas, manutenção do carro, combustível e todas as obrigações de um pai de família? A conta não fecha".

Outro grupo

Centenas de taxistas também estão reunidos no Cais José Estelita. Esses motoristas, liderados pelo Sindicato dos Taxistas de Pernambuco, reivindicam a mesma pauta - que é nacional e está sendo discutida em 27 cidades brasileiras.

Taxistas organizam mais um protesto no Recife para a manhã desta terça-feira (19). Segundo a categoria, participarão taxistas de toda a Região Metropolitana da capital.

O ato, mais uma vez, é contra a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), que estaria sendo omissa na fiscalização contra transporte irregular por carros particulares. De acordo com os manifestantes, carros particulares trabalham livremente em shoppings, hotéis e no Aeroporto Internacional do Recife, na Zona Sul. O protesto também é contra o aplicativo Uber. 

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A concentração do ato está marcada para as 7h em frente ao Cais José Estelita. Às 9h, os taxistas devem sair em carreata pela cidade. 

“Amanhã é o dia de ocuparmos o Estelita em busca dos nossos direitos e lutar pela ilegalidade desses aplicativos que têm destruído as nossas vidas”, diz nota da Associação dos Taxistas e Condutores do Estado de Pernambuco (ATCAPE). Ainda segundo os taxistas, a mobilização é nacional e taxistas de outros estados farão atos semelhantes em suas respectivas cidades.  

Após um período de trégua, a Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT) realiza, na tarde desta quinta-feira (14), mais uma mobilização desta vez visando o Dia Nacional de Lutas, Protesto e Greve e contra a redução de direitos. Trabalhadores, militantes, previdenciários e metalúrgicos começam a se concentrar na Praça do Derby, na área central do Recife. 

O presidente da CUT-PE, Carlos Veras, em entrevista concedida ao LeiaJá, ressaltou que a luta “contra a retirada dos direitos” irá continuar. “É um ato nacional no qual os servidores públicos federais, os trabalhadores e demais apoiadores fizeram algumas atividades durante todo o dia e tem um ato simbólico no Derby. Geralmente, a gente sai caminhando. Hoje teve algumas paralisações e alguns trancamentos. A luta é todo dia, a luta vai continuar sempre”, contou. 

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Veras também falou que o objetivo também é avisar que uma nova greve geral está para acontecer. “É um ato para começar a esquentar as turbinas de novo, se preparar para a luta contra as reformas da previdência que está vindo, bem como começar a pautar a revogação da reforma trabalhista e preparar uma nova greve geral. Então, tem que começar fazendo de agora”. 

O dirigente também falou sobre o novo depoimento que Lula prestou ao juiz Sérgio Moro, na tarde dessa quarta (13), em Curitiba. “Ficou provado mais uma vez que o presidente Lula é inocente e que estão querendo transformar Lula de todo jeito no julgamento do PowerPoint. Se monta uma farsa e se quer fazer com que o presidente seja condenado de todo jeito porque eles entraram em um processo, em fazer delações que não tem como voltarem atrás, aí querem condenar Lula de todo jeito. É um absurdo, é um crime muito grande condenar uma pessoa sem ter cometido nenhum crime”, defendeu. 

Sem provas

Veras voltou a dizer que não há “prova cabal e concreta” de que o ex-presidente tenha algum envolvimento nos processos contra ele. “É um processo de perseguição, de criminalização do Lula, que faz parte do conjunto do golpe porque criminalizar o Lula impedindo que ele seja candidato a presidente e para manter a retirada de direitos. Por isso, eles não podem permitir que o Lula seja candidato. Se Lula for candidato, reacende a esperança do povo brasileiro e eles tem a certeza que é revogar essas medidas criminosas do Temer e fazer com que a classe trabalhadora volte a ter ganhos e conquistas porque até agora só há retiradas de direitos”. 

 

Ele ainda falou que a mobilização de hoje é, de certa forma, mais uma forma de estarem todos em defesa de Lula. “Porque defender a democracia, defender o estado democrático, defender os direitos, é defender o presidente Lula. As conquistas da classe trabalhadora estão ligadas ao presidente Lula. Os trabalhadores só puderam melhorar de vida e terem conquistas reais e ganhos reais, após a eleição do presidente Lula. Antes do presidente Lula, era só arrocho, negação de direitos e precarização. Depois de Lula, a gente pode ter trabalhadores melhorando a condição de vida. Por isso, toda luta nossa por direito está ligado a Lula porque Lula é um dos grandes defensores da democracia e dos direitos da classe trabalhadora”, finalizou. 

A Virada Cultural do Teatro do Parque, ato realizado com várias apresentações artísticas como forma de protesto e tentativa de chamar a atenção para a situação de abandono em que o teatro se encontra, está sendo realizada desde as 10h e segue até as 23h30 deste sábado (26). As apresentações reúnem várias formas de expressão artística, que muitas vezes têm teor crítico ao prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), que na visão de muitos dos artistas não quer liberar os recursos para a realização das obras necessárias para a reabertura. Durante todo o sábado, várias atrações estão programadas para serem realizadas em quatro palcos montados na Rua do Hospício, preenchendo todo o dia com atividades culturais sem intervalos.

Na terça-feira (22), aniversário de 102 anos do teatro, a prefeitura do Recife abriu uma licitação para a conclusão da reforma e ampliação do equipamento cultural e na quinta-feira (24) foi anunciado, durante uma audiência pública na Câmara de Vereadores, que a conclusão da obra e reabertura do teatro está prevista para o ano de 2019. A classe artística, no entanto, vê com cautela e parcimônia as respostas da prefeitura, que já deu prazos e abriu licitações antes sem, no entanto, concluir a obra do espaço que já foi símbolo de resistência cultural a preços populares e se encontra fechado há sete anos.

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Oseas Borba, do movimento Teatro do Parque (RE)xiste, afirma que vê na atitude da prefeitura de dar respostas sempre em datas próximas aos dias de protesto a possibilidade de uma tentativa de esfriamento dos ânimos dos militantes e artistas. “Sempre que a gente anuncia uma ação eles tentam fazer alguma coisa para dar uma resposta, talvez até para tentar desmobilizar o movimento, vemos essa atitude como uma tentativa de desmobilização”, explicou Oseas.

Ele também conta que poucas vezes foi possível entrar no teatro para ver como estava a situação, mas que espera que a abertura de uma comissão, conforme anunciado na audiência pública, permitirá que as obras sejam acompanhadas, mesmo lembrando que após denúncias em 2015 da perda de pianos, o diálogo foi fechado. Oseas também acredita que a falta de recursos para pagar as obras que a prefeitura alega se deve à falta de prioridade que o poder público municipal dá à cultura, mas que tanto a oposição como o governo do prefeito Geraldo Julio querem resolver o problema, devido à pressão popular e do Ministério Público. 

Já o ator Cláudio Ferrário tem uma posição distinta e acredita que uma das razões de o espaço permanecer fechado está na sua história. “Eu via filas enormes que começavam na Conde da Boa Vista e terminavam na bilheteria do teatro, que tinha mil lugares e ingressos a preços acessíveis no centro do Recife, esse é um teatro mais ‘criminoso’ do que os outros e parece que isso ainda empurra mais a prefeitura a não dar valor a esse teatro, pois na minha opinião e uma prefeitura completamente antipopular e elitista”. 

De acordo com ele, em tentativas de entrar no teatro para averiguar a situação realizadas depois de 2015, os participantes do movimento da virada eram impedidos. “É um portão que ninguém entra, ninguém tem acesso, ninguém vê como está. Pode ser que numa próxima virada a gente traga uns alicates”, ironizou o ator, que também afirma que, caso as promessas feitas na audiência sejam cumpridas, a sociedade civil sempre terá acesso ao acompanhamento das obras através de uma comissão. 

Para o vereador Ivan Moraes (Psol), que convocou a audiência pública de debate sobre a situação do espaço, receber uma resposta da prefeitura é uma coisa positiva que deve servir não para esfriar mas para dar mais força aos movimentos em prol da reabertura do equipamento cultural para continuar exigindo o cumprimento das promessas. “Ninguém é obrigado a acreditar no prefeito, mas é sempre bom lembrar que o resultado desse processo vai ser tão bom quanto for a capacidade de luta, a resposta do poder público tem que ser um fator de mais mobilização pelo teatro e pela cultura do Recife”, pontuou o vereador.

Ivan também considera positivo que o movimento de resistência tenha obtido uma resposta com promessa de participação em uma comissão com membros da sociedade civil. “Eu acho ótimo ter resposta com editais de licitação e a montagem de uma comissão com artistas, com membros do legislativo municipal, e conselhos de cultura que nos darão prerrogativa de visitar a obra do teatro todo mês”.

Confira fotos da Virada Cultural: 

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Celebridades se mobilizaram ontem nas redes sociais contra o decreto federal que extinguiu a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca). A medida também foi duramente criticada por especialistas. O decreto assinado pelo presidente Michel Temer permite que a Renca, uma área de tamanho equivalente ao do Espírito Santo, rica em cobre e ouro, seja explorada pela iniciativa privada.

A modelo Gisele Bündchen foi uma das primeiras personalidades a usar o Twitter para criticar o decreto. "Vergonha! Estão leiloando nossa Amazônia! Não podemos destruir nossas áreas protegidas em prol de interesses privados", disse Gisele.

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A cantora Ivete Sangallo se manifestou no Instagram sobre o decreto: "Quanta notícia difícil de aceitar. Brincando com o nosso patrimônio? Que grande absurdo. Tem que ter um basta". A cantora Gaby Amarantos também opinou pelo Twitter: "Não podemos permitir que Temer negocie nossas reservas e florestas como se fossem moeda de troca", disse.

A atriz Regina Casé publicou no Instagram um vídeo com imagens da região amazônica e comentou: " Isso é a Amazônia. Não podemos deixar que acabem com essa força. Nós dependemos disso pra viver". O ator Thiago Lacerda também usou o Instagram para criticar o decreto. "Uma notícia horrível atrás da outra. Decisões criminosas se sucedem numa progressão geométrica". O ator Cauã Reymond foi outro que manifestou indignação. "Mais um passo pra trás! Retrocesso que ameaça todo nosso futuro", publicou.

Impactos

Com uma área de 47 mil quilômetros quadrados, a Renca está localizada entre os Estados do Pará e do Amapá, e havia sido instituída em 1984 com o objetivo de poupar recursos minerais para o futuro. Embora a Renca não tenha sido concebida para preservação ambiental, o bloqueio da mineração privada na reserva ajudou a manter o alto grau de preservação encontrado hoje na área, segundo Maurício Voivodic, diretor-executivo do WWF-Brasil. "A Renca serve como uma barreira para a mineração", disse Voivodic ao Estado.

A reserva se sobrepõe a diversas partes de nove unidades de conservação. Voivodic teme que o decreto faça explodir a atividade mineradora na Renca, causando grande impactos nessas áreas. "Sabemos que os projetos de mineração trazem efeitos indiretos como a abertura de estradas, afluxo de forasteiros, grilagem, invasão de terra, extração ilegal de madeira e garimpo ilegal", disse.

De acordo com a pesquisadora Joice Ferreira, da Embrapa Amazônia Oriental, a grande demanda reprimida poderá levar de fato a uma explosão da mineração na área, com impactos nas áreas de conservação adjacente. Em 2014, a Joice liderou um estudo que mostrava a existência de 1,65 milhão de quilômetros quadrados, no Brasil, de áreas registradas com interesse para mineração, sobrepostas a 20% de áreas de proteção. "No estudo, nós identificamos a região da Renca como uma dessas áreas. Já havia registros de processos minerários."

Para Joice, o fim da reserva é "catastrófico. Ela acredita que a mineração dificilmente ficará restrita aos 30% da Renca que não estão em áreas protegidas. "A medida constitui mais uma das diversas estratégias para pressionar por um alteração do Sistema Nacional de Unidades de Conservação do país."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Celebridades se mobilizaram nas redes sociais contra o decreto que extinguiu a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca). A hashtag #TodospelaAmazonia chegou aos trending topics do Twitter no Brasil.

A modelo Gisele Bündchen foi uma das primeiras personalidades a usar o Twitter para criticar o decreto. "Vergonha! Estão leiloando nossa Amazônia! Não podemos destruir nossas áreas protegidas em prol de interesses privados", disse Gisele na rede social.

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Depois de grande repercussão da postagem, a modelo publicou uma foto com mais uma mensagem: "Convoco todos os brasileiros a dizerem não ao abrandamento da proteção da Amazônia, seja por decreto, medida provisória, projeto de lei ou o que for. Vamos nos unir e usar a hashtag '#todos pelaamazonia' e mostrar ao governo que não estamos de acordo com o fatiamento da Amazônia para exploração. Essa é a nossa floresta, nossa água, nossa vida - nosso planeta!", escreveu Gisele. A mesma foto foi também postada pela cantora Elba Ramalho no Twitter.

A cantora Ivete Sangallo publicou no Instagram uma foto com os dizeres "Temer extingue reserva e autoriza exploração mineral na Amazônia", acompanhada de um comentário: "Quanta notícia difícil de aceitar. Brincando com o nosso patrimônio? Que grande absurdo. Tem que ter um basta", escreveu Ivete. A cantora Gaby Amarantos também criticou o decreto pelo Twitter: "#todospelaamazonia. Não podemos permitir que Temer negocie nossas reservas e florestas como se fossem moeda de troca!", disse.

A atriz Regina Casé publicou no Instagram um vídeo que mostra a diversidade biológica na região amazônica e comentou: "Isso é a Amazônia. Não podemos deixar que acabem com essa força. Nós dependemos disso pra viver. É a água que a gente bebe, é o ar que a gente respira. O que você quer para seus filhos e netos? Essa semana, Michel Temer assinou um decreto que libera 47 mil km² da Amazônia para exploração privada de mineradoras. É uma região do tamanho da Dinamarca que engloba reservas ambientais e tribos indígenas. #TodosPelaAmazônia", disse Regina.

No Instagram, o ator Thiago Lacerda criticou diretamente o presidente Michel Temer pelo decreto. "Sempre esteve claro o desastre que seria se Temer assumisse a presidência, mas é impressionante a capacidade destrutiva dessa figura nefasta! Uma notícia horrível atrás da outra... Decisões criminosas se sucedem numa progressão geométrica! Vai dar trabalho e vai levar muito tempo, desfazer todo o desserviço prestado por esse indivíduo denunciado pela Procuradoria Geral da República e que já deveria ter sido retirado de lá! #foratemer", escreveu Lacerda.

O ator Cauã Reymond também usou o Instagram para manifestar indignação. "Mais um passo pra trás! O presidente Temer liberou a extinção da Reserva Nacional de Cobre e Associados na Amazônia. Uma área de 47 mil quilômetros de verde que deixará de existir para dar lugar à exploração de minérios pela iniciativa privada. Retrocesso que ameaça todo nosso futuro. #TodosPelaAmazônia", publicou o ator.

O governo federal emitiu nota para explicar a extinção da Renca, alegando que "nenhuma reserva ambiental da Amazônia foi tocada pela medida". "A extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca) não afeta as Unidades de Conservação Federais existentes na área - todas de proteção integral, onde não é permitido a mineração", alega o governo.

De acordo com a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República, qualquer empreendimento futuro que possa vir a impactar áreas de conservação estaduais do Amapá e Pará "terá de cumprir exigências federais rigorosas para licenciamento específico, que prevê ampla proteção socioambiental, como já mencionado no decreto".

"A Renca não é um paraíso, como querem fazer parecer, erroneamente, alguns. Hoje, infelizmente, territórios da Renca original estão submetidos à degradação provocada pelo garimpo clandestino de ouro, que, além de espoliar as riquezas nacionais, destrói a natureza e polui os cursos d 'água com mercúrio", destaca a nota.

O governo argumenta ainda que a nova legislação permite coibir a exploração ilegal, recolocando sob controle do Estado "a administração racional e organizada de jazidas minerais importantes, que demandam pesquisas e exploração com alta tecnologia". "O compromisso do governo é com soberano desenvolvimento sustentável da Amazônia, sempre conjugando preservação ambiental com geração de renda e emprego para as populações locais", finaliza o documento.

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Na manhã desta segunda-feira (31), os cegonheiros se reuniram na área central do Recife para um protesto. De acordo com a categoria, um cartel formado por duas empresas de logística tem feito o transporte dos produtos da Fiat Chrysler. Além disso, um grupo tem se passado por sindicato da categoria em Pernambuco, tendo prejudicado o dito Sindicato dos Transportadores Autônomos e Microempresas de Veículos, Congêneres de Pernambuco (Sintraveic-PE) original. 

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"Quando foi assinado o protocolo de intenções para a abertura da fábrica da Fiat no Estado, foi instituída a isenção fiscal de 95%, em contrapartida, a empresa deveria contratar 88% da mão-de-obra pernambucana. Dentro da montadora, essa porcentagem é cumprida, no entanto, no que consiste a logística, há um monopólio da empresa SADA e Autoforte, ambas de Minas Gerais, conforme a Prodeauto (Lei 13.484)", explica a categoria. 

Ainda, diante disso, eles detalham que a empresa SADA tem buscado tomar o Sintraveic-PE, que é o sindicato da categoria no Estado. "Nossa sede fica em Goiana, mas eles alugaram um imóvel, em Jaboatão e entraram com um documento fraudulento informando ser nossa sede. Isso tudo para se encaixar na lei. Desde então recebem todos os processos e não nos dão a chance de nos defender", explicou o presidente do Sintraveic-Pe, Milton de Freitas. 

Em meio a essa questão, haverá um julgamento da ação rescisória na próxima terça-feira (1°). Com isso, o intuito da categoria é pedir a "devolução do prazo para o Sintraveic-PE se defender, afinal, queremos nos defender do que não sabíamos", detalha Freitas. A categoria não decidiu sobre o desfecho da mobilização.

Em vídeo publicado nesta terça-feira (18), o senador Lindbergh Farias (PT) disse que a mobilização que acontece na próxima quinta-feira (20) será em todo o Brasil. Em São Paulo, o ato deve ter concentração na Avenida Paulista, em frente ao Masp, a partir das 17h. No Rio de Janeiro, na Cinelândia, no mesmo horário. Já no Recife, a concentração será no Parque 13 de Maio, na área central da cidade, a partir das 9h. 

O petista falou que o protesto deve reforçar o 'Diretas Já' e é contra ao que chamou de reformas “anti-povo”. “Mas é um ato também em defesa do presidente Lula. Essa perseguição ao presidente Lula faz parte desse golpe continuado. Eles interromperam a democracia afastando a presidente Dilma [Rousseff] porque sabiam que ninguém se elegia defendendo essas reformas”. 

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“Eu quero ver quem é eleito presidente da República dizendo que vai aumentar a idade mínima para se aposentar para 65 anos, reduzindo de uma para meia hora o tempo de almoço do trabalhador, aumentando de oito para doze horas a jornada de trabalho. Ninguém seria eleito com um programa desses”, criticou. 

Lindbergh ainda pontuou que não se pode admitir que Lula seja “afastado” da eleição de 2018. “Eles interromperam a democracia, tiraram a presidente Dilma e, agora que o golpe fracassou, e que o presidente Lula sobe nas pesquisas, eles querem transformar as eleições de 2018 em uma fraude, em um jogo de faz de conta onde só disputam os candidatos do lado deles. Nós não podemos admitir que Lula, que lidera todas as pesquisas, que é o candidato do campo popular, seja afastado de uma eleição por uma condenação sem prova alguma. Nós temos que entender que defender a democracia neste momento é defender Lula. Vamos encher as ruas e as praças do nosso país na próxima quinta”, pediu. 

Integrantes da Associação de Cabos e Soldados de Pernambuco (ACS-PE) devem marcar presença nesta terça-feira (20) na manifestação contra a expulsão dos líderes da associação. O ato foi convocado pelo deputado Joel da Harpa e não há participação da ACS na organização. A manifestação está programada para começar a partir das 13h, em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Alberisson Carlos e Nadelson Leite, presidente e vice-presidente da organização, foram excluídos dos cargos através de decisão formalizada no sábado (17), em publicação no Diário Oficial. O deputado acredita que ambos estarão presentes no ato, onde ele fará um pronunciamento contra a medida da Secretaria de Defesa Social (SDS). A convocação para a mobilização está sendo realizada através de redes sociais e Joel da Harpa prevê uma grande adesão. 

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Corre, ainda, a divulgação de uma possível mobilização de 24h na sexta-feira (23), véspera de São João. Com relação a isso, o deputado diz que não é uma movimentação oficial e acredita que pode se tratar apenas boato divulgado em redes sociais. 

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Com o olhar fixo e o passo determinado, Ana Paula Oliveira lidera uma passeata, carregando um cartaz com a foto de seu filho Jonathan, morto há três anos durante uma operação policial no Rio de Janeiro.

"Detenham os massacres, polícia assassina", gritam os cerca de 800 manifestantes que protestam nesta quarta-feira (24) no Complexo da Maré, um conjunto de favelas onde já ocorreram 18 mortes violentas desde o início do ano.

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Segundo a organização "Basta de violência, outra Maré é possível", que organizou o protesto, o número de mortes já supera o total registrado em 2016 nesta zona, que reúne 140 mil habitantes, geralmente reféns da guerra entre traficantes de drogas na disputa de território.

"Meu filho morreu com um tiro nas costas. Tinha 19 anos. Quem matou ele não foi castigado. Disseram que agiram em legítima defesa, é sempre assim", denuncia Ana Paula.

"Não é por que a gente é pobre, preto e vive na favela que a nossa vida não vale nada", desabafa.

Diante de Ana Paula, três manifestantes carregam um enorme balão rosa com as palavras "Maré" e "Amor". Às vezes, é preciso abaixar para evitar que o balão entre em contato com os fios que cruzam as ruas em cada esquina.

Algumas casas têm a fachada repleta de buracos de bala, testemunhos da violência diária. Pequenas flores foram fixadas nos buracos de uma vitrine de uma loja de colchões.

- 'Um único corpo' -

A poucos metros de distância, próximo a um bar, Rejanne de Souza Barreto chora, antes de encontrar consolo nos braços de outros manifestantes.

Há três meses, foi atingida por uma bala no peito quando tomava café da manhã no bar com sua filha. Sobreviveu, mas permanece de luto pelo marido, morto há 17 anos na Maré.

Outro local altamente simbólico é a ponte perto da qual Davison Lucas da Silva, de 15 anos, morreu em janeiro.

Um grupo de artistas vestidos de branco e com cartazes com a palavra "paz" se encontra no local da tragédia, enquanto é fotografado por um drone.

"Devemos demonstrar que somos apenas um corpo, que leva uma mensagem de união e de paz", diz a atriz Patricia Pillar.

A atriz e seus colegas foram à favela para mostrar sua solidariedade, respondendo ao chamado das associações locais.

- Crianças sem escola -

Em uma praça, um grupo de idosos joga baralho, imperturbável, mostrando algum incômodo com o barulho, mas aceitando quando um militante cola adesivos em suas camisas.

"A gente tem que entender que precisa parar de correr sangue", insiste Thais de Jesus, da associação Redes da Maré.

"Minha casa foi atingida por tiros várias vezes. Da última, quase acertam minha irmã pequena. Minha mãe mora aqui há 48 anos, mas agora pensa em mudar", revela a jovem economista de 27 anos que exibe orgulhosamente seu corte afro.

"Aqui se vive dia a dia. Não sabemos se poderemos seguir com o programa escolar amanhã. Então, aproveitamos cada hora de curso", explica a professora Natacha Carvalho, rodeada por cerca de 100 alunos.

Natacha perdeu a conta de quantas vezes teve de pedir a seus alunos que se escondessem debaixo da mesa durante tiroteios.

Segundo a Anistia Internacional, o número de mortos ligados às operações da polícia no Rio de Janeiro saltou de 416, em 2013, para 920, em 2016.

Manhã de trânsito intenso para os motoristas que seguem pela BR-232 nesta quarta-feira (17). Um protesto está bloqueando rodovia, na altura do quilômetro 28, em Moreno, na Região Metropolitana do Recife (RMR). 

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a informação inicial é de que o ato está sendo realizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Mas ainda não se sabe a motivação. 

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Uma equipe da PRF foi acionada para verificar a situação.

Na noite desta quarta-feira (26), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), em nota enviada à imprensa, se pronunciou sobre a greve geral que acontece nesta sexta-feira (28). O socialista declarou que os “avanços conquistados no país foram frutos da mobilização popular com a participação ativa da sociedade”.  

“Esses movimentos, sempre que ocorreram no nosso país, trouxeram coisas positivas. Espero que essa manifestação de sexta-feira tenha esse papel", frisou Câmara. 

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O gestor, mais cedo, em entrevista, também falou sobre a reforma da Previdência. Na sua visão, “ainda há tempo disponível para ampliar a discussão sobre as mudanças na previdência”.

“Ainda temos duas ou três semanas até a votação do projeto. Tempo, portanto, para aprofundar o debate e construir um acordo. É fundamental que uma decisão desta dimensão seja encaminhada com diálogo e com todos podendo dar sua contribuição sem preconceitos. Não podemos interditar o diálogo”, salientou Câmara. 

Já o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, nesta quarta (26), continuou firme sobre a decisão da Executiva do partido de fechar questão contra as reformas da previdência e trabalhista. Siqueira disse que não há como rever uma decisão que teve apoio de “quase 95%” dos socialistas. 

Os deputados federais continuam analisando, em plenário, o texto da reforma Trabalhista. A sessão começou às 8h20 e o governo espera que a etapa seja concluída ainda hoje. A medida tramita em regime de urgência e precisa, posteriormente, passar pelo Senado. Caso aprovada, ainda precisa da sanção presidencial antes de entrar em vigor.

Os professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) paralisarão suas atividades na próxima sexta-feira (28) em adesão à greve geral que está sendo convocada por várias centrais sindicais do país, em protesto contra as reformas do trabalho e da previdência que o governo de Michel Temer tem como prioridades. 

A decisão já havia sido tomada em uma assembleia da Associação de Docentes da UFPE (Adufepe) na quinta-feira (6) com votação unânime pela paralisação, pela contrariedade dos professores da UFPE às reformas da previdência, trabalhista, às terceirizações e à cobrança de mensalidade em universidades. 

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“A Adufepe está empenhada na construção da Greve Geral convocada para o dia 28 de abril de 2017, em defesa da Previdência, contra a terceirização e a Reforma Trabalhista. Convocamos todos os docentes da UFPE para estarem presentes nas diversas mobilizações que integram a Greve Geral do dia 28 de abril”, afirmou o professor Augusto Barreto, presidente da associação.

Articulação da greve geral 

As movimentações grevistas contra a lei da terceirização, a reforma trabalhista e da previdência estão sendo convocadas por oito centrais sindicais em várias capitais do Brasil. Metroviários, rodoviários, metalúrgicos, bancários, professores e funcionários da saúde, construção e Correios são algumas das categorias que já declararam apoio à mobilização. No Recife, a concentração para o protesto está marcada para as 14h, na praça do Derby.

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Nesta quarta-feira (22), será realizada a audiência de custódia de dez pessoas detidas durante a tentativa de ocupação da Secretaria de Habitação, no bairro de Campo Grande, Zona Norte do Recife pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). Em meio a isso, um grupo promove uma mobilização a fim de prestar solidariedade a esses manifestantes a fim que não sejam presos.

“Essas pessoas não foram liberadas e foram indiciadas. Hoje elas podem ser liberadas ou podem seguir para o Cotel”, explicou o vereador Ivan Moraes. Mais de 300 famílias haviam sido retiradas de um terreno abandonado na última sexta-feira (17) e, como forma de dialogar com o governo, um grupo se dirigiu à Sehab, mas acabou em confronto com policiais e detenção de nove homens e uma mulher.

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“Nós estamos convocando pessoas a irem lá [para o Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, em Joana Bezerra]. Algumas pessoas já estão lá para prestar solidariedade, pois eles são manifestantes por direito e o governo precisa dialogar e não deve reagir assim”, aponta o vereador. Ele informa não saber o horário da audiência, mas os detidos foram submetidos a exames no Instituto Médico Legal (IML) e serão encaminhados ao fórum em seguida. 

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (SINTEPE) convocou uma assembleia geral na manhã desta quarta-feira (22), no Teatro da Boa Vista, para discutir a realização de greve, campanhas salariais e uma pauta de mobilizações e atividades para o mês de março de 2017. 

Greve Geral Nacional 

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A greve que pode ser deflagrada em Pernambuco é parte de uma mobilização por greve geral de professores de todo o país. Na manhã da última terça-feira (21) o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere) se reuniu em assembleia e decidiu que haverá paralização no dia 15 de março, além de deliberações sobre apoio à greve nacional.

Após a greve do Detran-PE, mais uma categoria ameaça realizar mobilização em repúdio ao descumprimento dos acordos assinados pelo governo estadual. O Sindicato dos Agentes Penitenciários de Pernambuco (Sindasp-PE), informou que irá realizar uma assembleia no início da noite desta terça-feira (21), em que será apresentada à categoria o posicionamento do governo para as questões pendentes.

“O secretário de Administração de Pernambuco, Milton Coelho, convocou uma reunião conosco às 15h30. Em seguida, vamos realizar uma assembleia com a categoria e repassar as informações do governo”, explicou o presidente do Sindicato, João Carvalho. 

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Ainda segundo a entidade, “Os trabalhadores estão reivindicando o acordo assinado pelo governo referente ao plano de cargos e carreiras, onde até o presente momento não foi cumprido pelo estado. O acordo prevê que o estado irá negociar para a categoria dos agentes de segurança penitenciária os mesmos critérios utilizados aos agentes de polícia civil no plano de cargos e carreiras”. 

Além disso, eles apontam que o Estado ainda não publicou o edital do concurso público para o cargo de agente de segurança penitenciária, “conforme prevê o acordo assinado em 13 de fevereiro de 2016”.    

Carvalho aponta que, “caso os acordos não recebam data para a publicação no Diário Oficial, a categoria irá optar por uma mobilização até mesmo como Operação Padrão”. A decisão deve ser tomada durante a assembleia que será realizada no Auditório do Edifício Círculo Católico, na Rua do Riachuelo, centro do Recife, às 18h.   

O ano de 2016 representou um recorde de mobilização de militares nas chamadas ações subsidiárias. Essas atuações consistem em apoio a eventos comunitários, ações cívico-sociais e campanhas de saúde pública.

No ano passado, em meio ao aumento de casos de doenças transmitidas pelo mosquito, a mobilização nacional de combate ao Aedes aegypti fez com que fossem às ruas 67,6 mil militares do Exército. O mutirão ocorreu com objetivo de identificar e extinguir focos do inseto em diversas cidades. Os homens de farda já participaram de outras iniciativas municipais com o mesmo objetivo, como em janeiro de 2016 em São Paulo.

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O recorde anterior de envolvimento de militares nessas ações havia sido em 2011, quando 11,8 mil foram acionados.

A quantidade de operações desenvolvidas no ano passado também foi a mais alta dos últimos dez anos: 27. No ano em que menos participou dessas atividades, o Exército desenvolver 14 operações, em 2006.

Em dez anos, foram desenvolvidas 245 operações, com emprego de 132 mil pessoas. As naturezas das atuações aqui também são diversas, indo desde escavação de poços e distribuição de água no interior de Estados do Nordeste a apoio a comunidades indígenas da região amazônica por intermédio dos pelotões especiais de fronteira.

Entre as ações subsidiárias desenvolvidas pelo Exército ainda está a execução de obras de engenharia em diversas regiões do País, como parte dos esforços do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nove mil homens das Forças Armadas passaram na terça-feira (14) a reforçar a segurança do Rio, naquela que será a quarta operação desenvolvida pelas tropas neste ano, após atuarem no Rio Grande do Norte e no Espírito Santo, e terem sido destacadas para fazer varreduras em presídios. Levantamento feito pelo Ministério da Defesa e pelo Comando do Exército, a pedido do Estado, mostra que o acionamento do reforço federal tem sido cada vez mais comum e já consumiu 1.300 dias de atividades nos últimos dez anos, o que equivale a mais de três anos de operações.

Apesar de a atuação estar prevista na Constituição, sob o escopo de Operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), o uso recorrente é criticado por especialistas que veem desvio de finalidade da força e risco de prejuízos à sociedade. O acionamento encontra ressalvas também dentro das corporações.

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O Exército participou 67 vezes de operações GLO na última década em 17 Estados. São as mais variadas as razões: de ataques violentos nas ruas, como em Natal em janeiro, ao congresso técnico da Fifa, em Florianópolis (2014). O rol de atuações inclui ainda 13 participações para seguranças de reuniões, encontros e cúpulas com autoridades de Estado, 15 para eventos esportivos e 9 para eleições ou plebiscitos.

As mais comuns são as ações de patrulhamento e ronda urbana, como a do Rio. As tropas já estiveram no Estado entre novembro de 2010 e julho de 2012 na Operação Arcanjo, quando foram empregadas na pacificação de favelas. O Rio está entre os que mais usam as tropas, como ocorreu em 2013 para segurança durante a realização dos leilões de campos de petróleo de Libra e na Jornada Mundial da Juventude.

O diretor executivo do Instituto Sou da Paz, Ivan Marques, pede cautela no uso da Força, que considera necessária só em momentos urgentes. "As tropas têm como missão a defesa da soberania nacional e são preparadas para a lógica de guerra. Como polícia, elas têm de entender que o objetivo é proteger e servir e não ver o cidadão como inimigo a ser abatido."

Ele fala que o reforço pode acabar por levar mais tensão. "Imagina o soldado treinado para matar enfrentando com um fuzil de guerra a criminalidade das ruas. Pode ter consequências não desejadas pelo Estado", disse.

O especialista em segurança e inteligência Ricardo Chilelli critica esse emprego. "Não tem perfil, não tem doutrina nem treinamento. É totalmente indevido. Uma hora é para atacar Aedes, outra hora para subir morro no Rio", disse.

Na terça-feira (14) o ministro da Defesa, Raul Jungmann, foi taxativo ao afirmar que a Operação Carioca tem caráter preventivo, porque, ao contrário do Espírito Santo, o Rio não vive descontrole do policiamento. No pedido enviado à presidência, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) chegou a mencionar o risco de uma "contaminação".

Na sexta, familiares de policiais passaram a fazer protestos na porta de batalhões fluminenses, com efeitos menores. "O policiamento, em que pesem os protestos, está na ordem de 95%, 97%", afirmou Jungmann.

As tropas devem ficar no Estado até dia 22. O número de militares à disposição do governo do Rio corresponde a 20% do efetivo de PMs do Estado, de 45,9 mil homens. O pedido original solicitava que o reforço permanecesse durante o carnaval, o que só deve ocorrer se a operação for prorrogada. O Exército patrulhará integralmente a Transolímpica, a Avenida Brasil, pontos de Deodoro e de Niterói e São Gonçalo. Além disso, um grupamento de mil fuzileiros navais vai atuar entre o limite norte do bairro do Caju e o limite sul do bairro do Leblon.

Movimento 

No quinto dia de protestos na frente de batalhões, a mobilização perdeu força. No 6.º Batalhão (Tijuca), os policiais já conseguiam sair sem bloqueio. O mesmo aconteceu em Jacarepaguá (18.º), Méier (3.º) e Olaria (16.º). Em uma tentativa de forçar o fim do movimento, o Estado fez o pagamento de salários e benefícios atrasados de janeiro. A Polícia Militar e os bombeiros ainda receberam reajuste de 7,65%.

As mulheres que lideram a ação se revezam e montam uma escala de plantão via WhatsApp. Elas têm usado doações para se manter. Em Rocha Miranda, na zona norte, um dos grupo se cotizou e comprou uma piscina inflável de 3 mil litros no fim de semana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (14)  traz publicado o decreto do governo federal que autoriza o emprego das Forças Armadas "para a garantia da lei e da ordem na Região Metropolitana do Rio de Janeiro". O decreto atende parcialmente a pedido do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que foi encaminhado a Brasília há cerca de 20 dias.

Como o jornal O Estado de S. Paulo mostrou na edição desta terça-feira (14) Pezão pediu o patrulhamento das Forças Armadas entre os dias 12 de fevereiro e 5 de março, mas o decreto do presidente Michel Temer concede a autorização apenas para o período de 14 a 22 de fevereiro, ou seja, até a quarta-feira antes das festas de carnaval.

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Segundo uma fonte do Palácio do Planalto, a decisão pela liberação dos militares por um prazo menor se deu porque "não há elementos por enquanto que justifiquem as Forças Armadas ficarem no Estado por mais tempo".

A solicitação de Pezão, a qual o jornal teve acesso, foi genérica e citava "aparente estado de tranquilidade" no Rio, porém pedia o emprego das tropas federais em mais de 50 pontos do Estado, incluindo Nova Iguaçu, município da Baixada Fluminense, e bairros como Deodoro, Centro, Tijuca e Arpoador, além de vias de acesso, como a Avenida Brasil.

O governador alegou ainda que as tropas seriam necessárias por causa da "proximidade dos eventos carnavalescos, época em que o Rio recebe elevada quantidade de turistas".

O pedido do governador destacou também necessidade da ação dos militares no entorno da Assembleia Legislativa, "durante o período de votação da cessão da Cedae e outras medidas de interesse do governo do Estado, que se inicia em 14 de fevereiro".

A mesma fonte ouvida pela reportagem disse que o governo viu esse prazo muito estendido "como uma senha" que liberaria a PM do Rio para fazer greve, o que foi considerado "inaceitável".

A Força Nacional de Segurança Pública já atua no Estado há três semanas. A iniciativa federal prevê que os soldados passem a executar o trabalho que cabe a 12 batalhões da Polícia Militar do Estado.

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