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Depois das trocas no Ministério da Defesa e das Relações Exteriores, o presidente Jair Bolsonaro deve anunciar uma outra mudança no primeiro escalão do governo: a saída do ministro José Levi da chefia da Advocacia-Geral da União (AGU), segundo o Estadão apurou com integrantes do governo. O atual ministro da Justiça, André Mendonça, deve reassumir o posto de advogado-geral da União.

Bolsonaro conversou com Levi nesta segunda-feira, 29. As alterações na chefia da AGU devem ser publicadas ainda hoje, em uma edição extra do Diário Oficial da União.

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Levi deixa o cargo após se recusar a assinar a ação apresentada pelo próprio Bolsonaro para derrubar decretos dos governos do Distrito Federal, da Bahia e do Rio Grande do Sul que impuseram "toque de recolher" à população, endurecendo as restrições à circulação de pessoas diante do agravamento da pandemia. A ação contrariou governadores e acabou arquivada por decisão do ministro Marco Aurélio Mello, que considerou que caberia à AGU formalizar o pedido e rejeitou o recebimento da ação.

"O Chefe do Executivo personifica a União, atribuindo-se ao advogado-geral a representação judicial, a prática de atos em Juízo. Considerado o erro grosseiro, não cabe o saneamento processual", escreveu.

Na decisão de quatro páginas, Marco Aurélio ainda destacou que o governo federal não está isento de agir na pandemia. "Ante os ares democráticos vivenciados, impróprio, a todos os títulos, é a visão totalitária. Ao Presidente da República cabe a liderança maior, a coordenação de esforços visando o bem-estar dos brasileiros", frisou o decano. O trecho é um duro recado ao chefe do Executivo, que tem procurado se isentar das responsabilidades na condução da crise.

Antes de assumir o comando da AGU, Levi foi procurador-Geral da Fazenda Nacional, entre janeiro de 2019 e abril de 2020, e foi secretário-executivo do Ministério da Justiça.

Tanto Levi quanto o ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo possuem pontes com o Supremo Tribunal Federal (STF), que foram pegos de surpresa com as mudanças no primeiro escalão do governo. Para um ministro, a saída de Azevedo do cargo é "péssima".

Lars-Christer Olsson, presidente da associação de Ligas Europeias, informou que a Uefa pode determinar as mudanças futuras na Liga dos Campeões na próxima quarta, em uma reunião de seu comitê executivo. O torneio teria mais times e uma fórmula diferente de disputa a partir de 2024.

A Uefa não oficializou a data da reunião, que deverá ser precedida, um dia antes, por "um comitê de competições entre clubes" para acertar os últimos detalhes da proposta de mudança, de acordo com Olsson, que fez as afirmações em entrevista coletiva.

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Espera-se que a Uefa aumente o número de participantes de 32 para 36 e acabe com a tradicional fase de grupos. Em vez disso, seria adotado o "sistema suíço" com 10 jogos nesta fase. O sistema suíço funciona da seguinte forma: há um número predeterminado de rodadas. Dois participantes não se enfrentam mais que uma vez. Na primeira rodada, a definição dos confrontos é feita através de sorteio.

Nas demais rodadas, participantes com pontuações iguais são emparceirados (quem venceu na primeira, enfrentaria na segunda rodada quem também venceu, por exemplo). Caso não seja possível emparceirar participantes com o mesmo número de pontos o confronto será com o concorrente com pontuação mais próxima possível, e assim em diante até o fim desta fase. É um sistema muito utilizado no xadrez.

Outra mudança seria na forma como os clubes poderiam se classificar para a Liga dos Campeões, com vagas sendo distribuídas através de um ranking histórico. Dessa forma, clubes como Milan e Manchester United, que tem sido irregulares nas últimas temporadas, teriam vagas garantidas.

A ideia seria aumentar o número de confrontos entre os gigantes do continente para ter mais jogos interessantes para o público. Ao mesmo tempo, a Uefa também deseja debelar a ideia de uma 'Superliga Europeia', um torneio de pontos corridos só entre os principais times, proposta criticada pela entidade continental e pelas ligas nacionais, que veem um caráter de elitização na proposta.

O Bradesco anunciou mudanças na executiva, mencionando como objetivo endereçar os desafios desta década, marcada pelo aumento da concorrência no setor financeiro e ainda os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus. Nesse sentido, decidiu criar uma vice-presidência voltada a clientes, ampliando a alta cúpula do banco de quatro para cinco vice-presidências, e também indicou um presidente para o Next, seu banco digital.

"Precisamos responder a esse momento desafiador investindo em pessoas, conhecimento e tecnologia", avalia o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, em nota.

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De acordo com ele, as mudanças compreendem dois objetivos de atenção: o aumento da competitividade via o atendimento digital, que disparou em meio à pandemia, e foco nas demandas e necessidades do cliente. "As mudanças que estamos vivenciando já há alguns anos implicam em transformações relevantes da nossa atividade. Com a pandemia, essa dinâmica se acelerou", diz o executivo.

Além do aspecto tecnológico, Lazari chama atenção, dentre outros fatores, para alterações na forma da política monetária, a competição gerada pelo open banking, que vai permitir o compartilhamento de dados dos clientes entre as instituições, e os novos meios de pagamentos.

"Essas mudanças são um processo em evolução, e não uma fotografia de momento, com várias implicações no balanço de riscos da atividade bancária. Portanto, é natural endereçar respostas adequadas como as que anunciamos hoje, que têm o sentido de preservar e ampliar nossa capacidade de produção de riquezas aos acionistas", acrescenta.

A vice-presidência com foco nos clientes vai abrigar o cargo de Chief Customer Officer (CCO). A prioridade, segundo Lazari, é investir na "melhor experiência do cliente com o banco", levando em conta suas necessidades e insatisfações.

O CCO será o vice-presidente Rogério Câmara, que foi promovido da Diretoria Executiva. Sob sua gestão estarão, ainda, as áreas de Desenvolvimento de Sistemas, Arquitetura de TI, Gestão de Dados, CRM e Bradesco Experience.

Já para comandar o Next, o Bradesco indicou Renato Ejnisman, que será o primeiro executivo na presidência do banco digital, que recentemente ganhou vida própria, após ser criado em 2017.

Antes, o executivo era diretor executivo e respondia pela Bradesco Asset Management (Bram), BAC Florida Bank, Câmbio, Private e Corporate One. Com a mudança, Ejnisman deixa suas funções no Bradesco para ter dedicação exclusiva à expansão do Next, que soma hoje 4 milhões de clientes.

O Bradesco também anunciou a promoção do diretor departamental Oswaldo Tadeu Fernandes a diretor executivo adjunto, como Chief Financial Officer (CFO) responsável pela Controladoria, Contadoria e Responsabilidade Socioambiental. Com isso, Fernandes passa a integrar o corpo da Diretoria Executiva do banco.

No Bradesco BBI, o executivo Felipe Thut foi confirmado para o cargo de diretor do banco de investimento, função que ocupava interinamente.

Deputados de partidos ideologicamente opostos, como PT e Novo, disseram, na noite dessa quarta-feira (24), que vão negociar mudanças na proposta de emenda à Constituição (PEC) da blindagem com a relatora, Margarete Coelho (Progressistas-PI). Eles dizem que ela aceitou construir um texto mais consensual. O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), convocou os líderes dos partidos para uma reunião na manhã desta quinta-feira (25), às 10h, para tratar de sugestões de alteração da PEC 3/2021.

A admissibilidade da PEC foi aprovada na noite desta quarta por 304 votos favoráveis e 154 contrários. Dois deputados se abstiveram. Apesar da maioria ampla, houve muitas manifestações de contrariedade de parlamentares de todo o espectro ideológico. Para minimizar os riscos de derrota, Lira aceitou discutir o texto e firmou compromisso de que a votação do primeiro turno ocorresse apenas na tarde desta quinta, a partir das 15h.

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Deputada da tropa de choque de Arthur Lira (Progressistas-AL), Margarete Coelho foi indicada por ele para relatar a PEC que condiciona a prisão de parlamentares, parte de um pacote de blindagem. O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), disse que a intenção de Lira é que o texto final da PEC contemple a maioria da Câmara.

O partido Novo, por exemplo, quer que a PEC da blindagem seja analisada em conjunto com a PEC do fim do foro privilegiado, já que os temas são conexos. "O partido Novo está muito feliz com a abertura da deputada Margarete Coelho e que a coisa tenha se encaminhado para a construção de um texto que busque atender problemas sérios", disse a deputada Adriana Ventura (Novo-SP).

Uma emenda deve ser apresentada pelo Novo, se não for incorporada à PEC, para que a Constituição registre o rol de crimes inafiançáveis pelos quais parlamentares podem ser presos. Entre eles, estão crimes hediondos, ação de grupos armados contra o Estado Democrático de Direito, terrorismo, tortura e tráfico de drogas. O Novo também quer incluir a possibilidade de prisão em flagrante por crimes contra a administração pública.

O líder do PSL, Major Vitor Hugo (GO), disse que a relatora sempre foi aberta para ouvir críticas e que avanços serão feitos e os partidos foram convidados a opinar. "Temos a esperança de que até amanhã (hoje) às 15h consigamos construir um texto mais claro", disse Vitor Hugo. A bancada do PSL também vai apresentar sugestões.

Deputados do PT cobraram que a PEC não altere o rol de crimes pelos quais deputados podem ser presos em flagrante. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) disse que há negociação com Lira e Margarete, mas, por outro lado, quer remover do texto o trecho que especifica que congressistas só possam ser presos por crimes inafiançáveis constantes da Constituição. Na avaliação de juristas, essa redação exclui a possibilidade de parlamentares serem presos em flagrante quando pegos por crimes graves, como obstrução de justiça e corrupção, como ocorreu com o ex-senador petista Delcídio do Amaral (MS), em 2015, quando era líder do governo Dilma Rousseff.

"Tirando essa referência, não há qualquer possibilidade de redução do rol de crimes que os deputados poderão ser presos em flagrante de delito", diz Teixeira. "Não temos que mudar a legislação de imunidade no que tange aos crimes. Esse relatório quer reduzir os crimes que podem ser passíveis de prisão em flagrante de um deputado. Não. Deputado não é diferente de um cidadão comum. Ele tem que ter proteção de mandato contra ações que visem impedi-lo de falar e praticar atos do mandato. Vamos modificar esse texto para que possa ser analisado pela Casa."

O partido também quer retirar da PEC o trecho que afasta do Judiciário a possibilidade de punir civil ou criminalmente parlamentares por manifestações. Pela redação original, caberia apenas ao Conselho de Ética julgar e punir os congressistas por infração ético-disciplinar. Para o PT, há inconstitucionalidade nesse trecho.

A redação atual dá exclusividade aos colegiados da Câmara e do Senado para processar e punir congressistas por opiniões e manifestações. Isso poderia evitar processos por ofensas à honra como ocorreu com o presidente Jair Bolsonaro, quando deputado, processado pela deputada Maria do Rosário (PT-RS). O presidente foi condenado a indenizar em R$ 10 mil a deputada por dizer que ela não merecia ser estuprada por ser "muito feia". Em 2019, o Supremo manteve a condenação por danos morais. Maria do Rosário pediu a mudança à relatora e disse que a PEC, como está, fere princípios pétreos da Constituição.

A Fundação Nacional do Índio (Funai) decidiu mudar os critérios usados no País para determinar quem é índio ou não no Brasil. O reconhecimento como indígena, que até hoje era feito por meio de uma autodeclaração da própria pessoa, passa a incluir agora uma série de critérios, um tipo de prova que a fundação estabeleceu para "filtrar" aqueles que, em sua avaliação, não devem ser reconhecidos como pertencentes ao grupo étnico.

A decisão de publicar uma nova resolução com o objetivo de estabelecer novos critérios para a "autodeclaração indígena" tem gerado reação entre instituições e organizações que atuam na proteção dos povos originários. O Ministério Público Federal vê ilegalidade na medida.

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Em sua resolução, a Funai afirma que os novos critérios passam a incluir: 1. vínculo histórico e tradicional de ocupação ou habitação entre a etnia e algum ponto do território soberano brasileiro; 2. consciência íntima declarada sobre ser índio (autodeclaração); 3. origem e ascendência pré-colombiana (existente o item 1, haverá esse requisito, uma vez que o Brasil se insere na própria territorialidade pré-colombiana); 4. identificação do indivíduo por grupo étnico existente, conforme definição lastreada em critérios técnicos/científicos, e cujas características culturais sejam distintas daquelas presentes na sociedade não índia.

A Funai alega que, com a medida, pretende "padronizar e dar segurança jurídica" ao processo de autodeclaração indígena, como forma de "proteger a identidade indígena e evitar fraudes na obtenção de benefícios sociais voltados a essa população".

O Ministério Público Federal divulgou nesta quinta-feira, 4, em que recomenda à Funai a revogação imediata da resolução. O órgão afirma que a medida é inconstitucional e destaca que qualquer iniciativa relacionada ao reconhecimento da identidade indígena deve ser submetida à consulta livre, prévia e informada desses povos.

A nota pública foi elaborada pela Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do MPF (6CCR/MPF). No documento, o colegiado ressalta que a Constituição Federal de 1988 garantiu aos povos indígenas o direito à autodeterminação, o que implica reconhecer sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições. Dessa forma, "está no plano da autonomia dos povos indígenas a definição, implícita na própria cultura, de critérios de pertencimento ao grupo e, portanto, a capacidade de reconhecer quem são seus membros", afirma o MPF.

A Câmara lembra que a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) é expressa ao estabelecer que "a consciência de sua identidade indígena ou tribal deverá ser considerada como critério fundamental para determinar os grupos aos que se aplicam as disposições da presente Convenção", ou seja, para determinar quem são os povos indígenas.

Nesta quinta-feira, 4, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) também divulgou um comunicado, no qual afirma que a resolução 4, publicada no dia 22 de janeiro, tem a finalidade, na prática, de repassar à Funai a função de dizer quem é e quem não é indígena no Brasil, o que antes era um papel dos próprios indígenas, direito garantido pela Constituição Federal e por tratados internacionais assinados pelo Brasil, como a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho.

"A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) denuncia este novo ato do governo federal, que declaradamente está contra os direitos dos povos e pede a imediata anulação da Resolução nº 4 da Funai. Alertamos para que todas as lideranças e organizações indígenas estejam atentas para essa medida e que exijam o cancelamento deste ato, que tem suas raízes na ditadura militar, época em que mais de 8 mil indígenas foram mortos no Brasil", afirma a Apib.

A avaliação da organização é de que o governo quer interferir no processo de autodeclaração indígena, sem sequer ter consultado os povos indígenas a respeito do assunto. "Com essa medida, a Funai violou tratados internacionais que são leis no Brasil e também a Constituição Federal. Querem que os povos indígenas sejam novamente TUTELADOS pelo estado brasileiro, como na década de 1970 quando existia o Serviço de Proteção ao Índio (SPI). Não podemos admitir mais um retrocesso", declara a Apib.

A única forma de reconhecimento dos povos indígenas, segundo a organização, é o autorreconhecimento, que é um processo individual e coletivo, pois a comunidade ou povo tem a autoridade de reconhecer os indígenas, independentemente do local onde vivem. "Qualquer critério estabelecido pelo Estado é autoritário, limitador e cientificamente ultrapassado e equivocado", afirma a associação. "Não importa se o indígena passou a viver na cidade, se tem formação universitária ou se ele mora no território tradicional. Um indígena sempre será indígena, independentemente das condições sociais ou do local que vive, mantendo vínculos com a sua ancestralidade, modos de vida e cultura."

Procurada pela reportagem, a Funai informou que "a resolução tem respaldo em diversos preceitos jurídicos e estudos realizados no País e foi elaborada com base em entendimento da Procuradoria Federal Especializada junto à fundação".

O presidente da Funai, Marcelo Xavier, afirma que, embora "se considere que a identidade e o pertencimento étnico não sejam conceitos estáticos, mas processos dinâmicos de construção individual e social, a ausência de critérios na heteroidentificação pode gerar uma banalização da identidade indígena".

"O sentimento de pertinência ou o direito de uma pessoa sentir-se indígena não há de ser negado, contudo, o fato jurídico apto a gerar direitos aos indígenas depende de critérios que precisam ser minimamente definidos. Para uma melhor proteção dos grupos e indivíduos indígenas é necessário o aclaramento desses critérios, sob pena de tornar trivial e fútil a identificação indígena, diminuindo-lhe o valor", declarou Xavier, por meio de nota.

Marcelo Xavier afirma que "a resolução contribui para evitar fraudes e abusos que poderiam acabar subvertendo a função social" decorrente da identidade indígena. "Queremos evitar que oportunistas, sem qualquer identificação étnica com a causa indígena, tenham acesso à territorialidade ou a algum benefício social ou econômico do governo federal", diz. "A Funai acredita que a política indigenista deve ser fundamentada em três pilares: dignidade, pacificação dos conflitos e segurança jurídica. Dessa forma, temos trabalhado para construir uma nova realidade para os indígenas, pautada no respeito e na proteção dos direitos dessas populações."

O especialista em etonologia Marcio Santilli, um dos fundadores do Instituto Socioambiental (ISA), vê uma ação coordenada do governo para reduzir a população indígena. "Há uma política de governo orientada para excluir a maioria da população indígena dos direitos reconhecidos pela Constituição, ao se atribuir o direito de dizer quem é índio e quem não é, ao se negar a assistir as comunidades que vivem em terras com demarcações em curso e ao excluir das prioridades para vacinação os índios que não vivem em terras indígenas", disse ao Estadão.

A Assessoria Jurídica do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) produziu uma nota técnica sobre a resolução. Na avaliação da organização, a medida denota a intenção da Funai de "voltar a definir quem é ou não indígena, num retorno ao regime jurídico da tutela que embasava a atuação estatal antes da promulgação da Constituição de 1988, com o mesmo modus operandi do extinto Serviço de Proteção ao Índio (SPI)".

"Essa normativa consolida o racismo institucional contra os povos indígenas ao propor critérios sobre uma auto-identificação que é, por direito, subjetiva, não se reduzindo aos estereótipos ou características fenotípicas, além de buscar cristalizar e segregar as identidades ditas ‘pré-colombianas’", analisa a Assessoria Jurídica do Cimi.

Mourão

As regras da Funai, se aplicadas em 2018, poderiam afetar até mesmo o vice-presidente Hamilton Mourão, que se declarou indígena em seu registro de candidatura ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O ato foi registrado após Mourão afirmar, em sua primeira agenda pública como vice de Bolsonaro, que tinha herdado a "indolência" do índio e a "malandragem" do africano, o que causou forte revolta reação dado o cunho racista de sua fala. Mourão declarou que seu pai é amazonense e que ele seria indígena.

A composição das bancadas partidárias no Senado em 2021 é diferente daquela do início da legislatura em 2019, quando foi eleito presidente o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), mas a multiplicidade de siglas persiste no dia da escolha do comando da Casa para o próximo biênio: ao todo, 16 legendas contam com representação no Senado nesta segunda-feira (1º), abertura do ano legislativo.

Dos 81 senadores, 15 são filiados ao MDB, que segue com a maior bancada. Na eleição da Mesa em 2019, o partido contava com 13 parlamentares. Quem também registrou crescimento em sua composição foi o PSD, que é agora o segundo maior partido no Senado, com 11 parlamentares. A legenda tinha 10 senadores no início da 56ª Legislatura.

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O partido que teve o maior crescimento na comparação com dois anos atrás foi o Podemos, que quase dobrou de tamanho. A sigla somava cinco senadores e agora tem nove, superando o PSDB, que perdeu um senador e é atualmente a quarta maior bancada, ao lado do PP, com sete parlamentares cada.

Assim como há dois anos, o Senado segue em uma tendência de uma aglutinação nas bancadas intermediárias. Todos os demais partidos contam com seis senadores ou menos. Rede (dois senadores), PSL (dois), Pros (três), PDT (três) e PSB (um) estão entre as bancadas que perderam senadores, enquanto Republicanos (dois senadores) e PL (três) registraram ligeiro crescimento.

Já PT (seis senadores), Cidadania (três), e PSC (um) mantiveram estabilidade e seguem com o mesmo número de parlamentares da eleição da Mesa anterior.

A configuração inicial de bancadas ainda pode sofrer alterações ao longo da legislatura, mas o retrato atual da composição e o tamanho das bancadas no momento da eleição do presidente é um dos elementos que impacta na distribuição de cargos da Mesa do Senado e dos comandos das comissões. O Senado tradicionalmente considera o critério de proporcionalidade na divisão de secretarias e colegiados.  

Cargo vago

Um caso particular é o do DEM, partido que está com cinco senadores desde que o senador Chico Rodrigues (DEM-RR) se afastou do Senado. O parlamentar foi flagrado com grande volume de dinheiro em espécie durante operação da Polícia Federal. O primeiro suplente de Chico Rodrigues é seu filho, Pedro Arthur Ferreira Rodrigues, também do DEM, mas que não tomou posse. Sem essa definição, o Senado começa as atividades em 2021 com 80 em vez de 81 senadores.

*Da Agência Senado

Na última sexta-feira (18), o Coronel Meira, presidente estadual do PTB Pernambuco, destituiu todo diretório municipal de Belo Jardim e abriu processo disciplinar contra o atual prefeito da cidade, Francisco Hélio de Melo Santos, popularmente conhecido como Hélio dos Terrenos (PTB). Esse foi o primeiro ato oficial de Meira na presidência do partido. 

Além das mudanças no diretório local e da abertura do processo disciplinar, Coronel Meira também anunciou que Ed Júnior e Zi Galvão assumirão o diretório municipal do PTB em Belo Jardim. As iniciativas fazem parte das diretrizes implantadas pelo novo estatuto do PTB Nacional. 

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Segundo o Coronel, não serão mais tolerados aqueles que não compactuam com as atuais diretrizes implementadas. "A partir de agora, em Pernambuco, não vamos permitir nem caminhar com membros que não estejam 100% alinhados com a ética e a moral; todos deverão respeitar a população e o dinheiro público, além trabalhar firmemente contra a corrupção", afirmou.

*Com informações da assessoria de imprensa

A apresentadora Andressa Urach usou suas redes sociais, na última quarta-feira (16), para falar sobre as críticas que tem recebido na internet por sua mudança radical na aparência, após deixar a Igreja Universal. Segundo Andressa, quem mais a critica são outras mulheres crentes, as quais ela chamou de "recalcadas".

"Se você fosse crente de verdade, orava por mim, e não escrevia tanta besteira na minha rede social. Você acha que para amar Jesus tem que ser feia, ficar de coque e não se depilar? Eu continuo amando Jesus e vou ser loira e linda para o meu marido. As incomodadas podem se retirar", disse ela em seus stories.

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Andressa fez um longo desabafo e falou sobre como os relacionamentos no mundo evangélico têm acabado porque as mulheres [crentes] não priorizam o autocuidado. 

"Você que é crente… sabe por que está há tanto tempo sozinha? Ou por que muitas crentes acabam perdendo o marido? Porque deixa a religiosidade cegar. Homem é visual. Não é porque ele é crente que deixou de ser homem. Fica a dica para você! Se arruma, amor próprio. Se sinta linda, maravilhosa, para você e também para o seu marido", comentou ela.

Andressa já está de casamento marcado e tem compartilhado detalhes em seu perfil no Instagram. Além disso, a apresentadora tem cada vez mais exibido às mudanças em sua aparência, após deixar a igreja liderada por Edir Macedo.

Quando o mundo deu as boas-vindas à nova década em um momento de alegria e de fogos de artifício em 1° de janeiro, ninguém poderia imaginar o que estava reservado para 2020.

Nos últimos 12 meses, o novo coronavírus paralisou as economias, devastou comunidades e confinou quase quatro bilhões de pessoas em suas casas. Foi um ano que mudou o mundo, como nenhum outro em pelo menos uma geração, possivelmente desde a Segunda Guerra Mundial.

Mais de 1,6 milhão de pessoas morreram. Ao menos 72 milhões contraíram oficialmente o vírus, mas o número real é, sem dúvida, bastante superior. Muitas crianças ficaram órfãs, as famílias foram separadas, e a doença derrotou milhões de pessoas em idade avançada, que em muitos casos morreram de maneira solitária porque as visitas estavam proibidas pelo risco que representavam.

"Esta pandemia é uma experiência única na vida de todos os habitantes atuais da Terra", disse Sten Vermund, epidemiologista e decano da Faculdade de Saúde Pública de Yale. "Praticamente ninguém escapou".

A Covid-19 não é, porém, a pandemia mais letal da história. A peste negra, no século XIV, matou 25% da população mundial, ao menos 50 milhões de pessoas morreram vítimas da gripe espanhola em 1918-19, e 33 milhões faleceram, devido ao vírus da aids.

Mas, para contrair o novo coronavírus, basta algo tão simples como respirar no lugar errado, no momento errado.

"Estive nas portas do inferno e voltei", disse Wan Chunhui, um sobrevivente chinês de 44 anos que passou 17 dias no hospital. "Vi com meus próprios olhos como outros não conseguiram superar e morreram, o que me impactou terrivelmente".

Ninguém poderia imaginar a dimensão do desastre quando, em 31 de dezembro, a China comunicou a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre 27 casos de "uma pneumonia viral de origem desconhecida" que desconcertou os médicos na cidade de Wuhan.

- Primeiro caso em Wuhan -

No dia seguinte, as autoridades fecharam o mercado de animais de Wuhan inicialmente relacionado com o foco. Em 7 de janeiro, as autoridades chinesas anunciaram que haviam identificado o novo vírus, o qual recebeu o nome 2019-nCoV. Em 11 de janeiro, a China anunciou a primeira morte em Wuhan. Em poucos dias, foram registrados casos na Ásia, França e Estados Unidos.

No fim de janeiro, os países começaram a repatriar seus cidadãos que estavam na China. As fronteiras do mundo começaram a fechar, e mais de 50 milhões de pessoas que moravam na província de Hubei, que tem Wuhan como capital, foram colocadas em quarentena.

As imagens da AFP de um homem morto em plena rua, de máscara e com uma sacola de plástico na mão, transformaram-se na expressão do medo, embora as autoridades nunca tenham confirmado oficialmente a causa do óbito desta pessoa.

O mesmo aconteceu com o cruzeiro "Diamond Princess", ancorado na costa do Japão, no qual mais de 700 pessoas foram infectadas com vírus, e 13 morreram.

Enquanto o horror se tornava mundial, a corrida pela vacina teve início. Um pequeno laboratório de biotecnologia alemão, chamado BioNTech, interrompeu as pesquisas contra o câncer para começar outro projeto. Seu nome? "Velocidade da luz".

Em 11 de fevereiro, a OMS atribuiu à doença o nome Covid-19. Quatro dias depois, a França confirmou a primeira morte fora da Ásia. A Europa observava horrorizada como o norte da Itália virava o epicentro do vírus no continente.

"É pior que a guerra", declarou Orlando Gualdi, prefeito da cidade de Vertova (Lombardia) em março, onde 36 pessoas morreram em 25 dias. "Era absurdo pensar que uma pandemia poderia acontecer em 2020".

A Itália decretou confinamento e foi seguida por Espanha, França e Reino Unido. A OMS declarou a Covid-19 uma pandemia. As fronteiras dos Estados Unidos, fechadas para a China, também foram bloqueadas para a maioria dos países da Europa. Pela primeira vez em tempos de paz, os Jogos Olímpicos foram adiados.

- Confinamento -

Em meados de abril, 3,9 bilhões de pessoas - metade da população mundial - foram obrigadas a respeitar algum tipo de confinamento. De Paris a Nova York, de Londres a Buenos Aires, as ruas foram dominadas pelo silêncio, quebrado apenas pelas sirenes das ambulâncias, que recordavam a proximidade da morte.

Os cientistas alertaram durante décadas para o risco de uma pandemia mundial, mas quase ninguém ouviu, e todos, inclusive os países mais ricos, lutavam contra um inimigo invisível.

Em uma economia globalizada, as cadeias de abastecimento foram interrompidas. Os consumidores, em pânico, esvaziaram os supermercados.

A falta crônica de investimento em saúde ficou evidente de maneira flagrante, diante das dificuldades dos hospitais para enfrentar a avalanche de pacientes e o colapso dos serviços de CTI.

Profissionais da saúde, com frequência mal remunerados e com cargas de trabalho brutais, travavam uma batalha sem os equipamentos de proteção necessários.

"Me formei em 1994, e os hospitais públicos já estavam totalmente abandonados na época", afirmou em maio uma médica de Mumbai, Ídia. "Por que precisamos de uma pandemia para que as pessoas acordem?", questionou.

Em Nova York, a cidade com o maior número de bilionários do mundo, os médicos foram obrigados a usar sacos de lixo para aumentar a proteção. Um hospital de campanha foi instalado no Central Park, e fossas comuns foram criadas na ilha de Hart, ao leste do Bronx.

"A gente está vendo cenas de filme de terror", declarou Arthur Virgílio Neto, prefeito da cidade de Manaus. Amazônia. "Passamos do estado de emergência ao desastre total", disse, enquanto os corpos eram empilhados em caminhões frigoríficos à espera de que as máquinas terminassem de cavar as fossas comuns.

Os estabelecimentos comerciais fechavam as portas. Escolas e universidades, também. As competições esportivas foram canceladas. Os voos foram suspensos, e o setor aéreo passa pela maior crise de sua história. Lojas, bares, restaurantes e hotéis também foram muito afetados.

Na Espanha, o confinamento foi tão severo que as crianças passaram semanas sem poder sair de casa. As pessoas se viram trancadas em pequenos apartamentos durante semanas intermináveis.

Os que conseguiram passaram a trabalhar de casa. As videoconferências substituíram as reuniões presenciais, as viagens de trabalho e as comemorações. Aqueles sem condições de recorrer ao teletrabalho foram obrigados a escolher entre correr riscos, ou perder o emprego.

Em maio, a pandemia já havia provocado a perda de 20 milhões de postos de trabalho nos Estados Unidos. A recessão global pode levar 150 milhões de pessoas à extrema pobreza em 2021, advertiu o Banco Mundial.

- Violência e recessão -

As desigualdades, que cresceram nos últimos anos, foram expostas como nunca antes. Paramos de dar beijos, abraços e apertos de mão. Os contatos humanos agora acontecem atrás de telas transparentes e de máscaras.

A violência doméstica disparou, assim como os problemas de saúde mental. Enquanto aqueles com possibilidades e recursos financeiros passaram o confinamento em suas confortáveis residências no campo, ou na praia, o estresse aumentou em muitos que ficaram presos nas cidades. A raiva chegou às ruas. Os governos mostraram em vários momentos sua impotência diante da crise gigantesca e inesperada.

Os Estados Unidos, país que não possui um sistema universal de saúde, rapidamente se tornaram a nação mais afetada pela pandemia. Mais de 300.000 pessoas morreram até agora, mas o presidente Donald Trump minimizou a doença em vários momentos e defendeu tratamentos questionáveis, como a hidroxicloroquina, ou chegou a sugerir a utilidade de injetar alvejante.

Em maio, ele lançou a Operação "Warp Speed", na qual o governo americano dedicou 11 bilhões de dólares para ajudar a financiar uma vacina contra a Covid-19. Trump apresentou este como o maior projeto americano desde a criação da bomba atômica na Segunda Guerra Mundial.

Ninguém pode comprar imunidade, porém, e, em outubro, Trump contraiu Covid-19, assim como o presidente Jair Bolsonaro, em julho. Na Europa, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, passou três dias no CTI em abril.

Várias personalidades contraíram o vírus, incluindo ator Tom Hanks, o jogador de futebol Cristiano Ronaldo, o líder do ranking mundial do tênis Novak Djokovic, Madonna, o príncipe Charles, entre outros.

- Vacina para 2021 -

Quase no fim do ano, as primeiras vacinas chegaram. Muito tarde, no entanto, para salvar Trump de sua derrota para Joe Biden em novembro.

Em parceria com a BioNTech, o grupo farmacêutico americano Pzifer anunciou que desenvolveu uma vacina com "eficácia de 90%". O mercado ficou agitado, e os governos correram para garantir milhões de doses para seus cidadãos. Uma semana depois, o laboratório americano Moderna anunciou que sua vacina tem "eficácia de 95%".

Os governos se preparam para vacinar milhões de pessoas, com prioridade para os idosos, profissionais da saúde e integrantes de grupos de risco, antes de campanhas de vacinação em larga escala que parecem ser a única maneira de recuperar a normalidade.

Em dezembro, o Reino Unido se tornou o primeiro país ocidental a autorizar a vacina desenvolvida pela BioNTech e a Pfizer. Rússia e China já haviam iniciado campanhas com vacinas próprias.

Os Estados Unidos também autorizam a vacina da Pfizer-BioNTech.

Os países ricos asseguraram milhões de doses para suas populações, e 2021 provavelmente terá uma corrida mundial pelas vacinas, na qual China e Rússia tentarão ganhar mercado e influência com seus produtos, mais baratos, especialmente na América Latina e na África.

Ainda é difícil calcular as consequências da pandemia. Alguns especialistas advertem que levará anos para a imunidade coletiva com a vacinação. Outros preveem a possibilidade de retornar à normalidade em meados do próximo ano.

Para muitos, a pandemia mudou a imagem do "home office". Se trabalhar de casa se tornou algo normal, o que acontecerá com os prédios comerciais em muitas cidades? É possível que os centros urbanos fiquem vazios, quando as pessoas não precisarem mais comparecer fisicamente ao trabalho todos os dias e se mudem em busca de mais qualidade de vida, longe dos transtornos dos transportes públicos e de espaços reduzidos?

Outros preveem que o medo das grandes concentrações pode ter consequências profundas, em particular no turismo e viagens, lazer, ou eventos esportivos.

Também estão preocupados com o impacto nas liberdades. O centro de estudos Freedom House adverte que a democracia e os direitos humanos registraram uma deterioração em 80 países, já que muitos governos abusaram de seu poder com o argumento de controlar o vírus.

"Acredito que acontecerão profundas mudanças em nossa sociedade", aponta Sten Vermund.

A economia mundial também enfrentará momentos difíceis. O Fundo Monetário Internacional (FMI) advertiu que a recessão será pior do que a registrada após a crise financeira de 2008. E, para muitos, a pandemia anuncia uma catástrofe muito mais duradoura e devastadora.

"A Covid-19 foi uma grande onda que nos atingiu e, por trás, está o tsunami da mudança climática e do aquecimento do planeta", afirma o astrobiólogo Lewis Dartnell, autor do livro "The Knowledge: How to Rebuild Our World from Scratch" ("O conhecimento: como reconstruir nosso mundo do zero", em tradução livre), uma obra sobre como se recuperar de uma catástrofe mundial e sobre a resistência humana.

A 12ª edição de A Fazenda está entrando em sua reta final e o fogo no feno promete ficar cada vez mais fora de controle - isso porque, cansado das justificativas dos peões na hora da formação da Roça, Marcos Mion anunciou uma mudança no modelo de votação desta terça-feira (8).

Na noite da última segunda-feira (7), o apresentador comunicou a mudança ao público, falando sobre as desculpas que os confinados dão nas noites de terça-feira para votar ou deixar de votar em alguém.

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"Ninguém aguenta mais peão falando que não tem opção pra votar! É toda vez a mesma ladainha, que a primeira opção isso, que a prioridade é aquilo. Então é o seguinte: na próxima formação da roça vai acabar tudo isso! Não quero mais ouvir esse tipo de coisa na reta final, sabe porque? Vai ter opção pra dar e vender!".

Mion, então, explicou quais serão as alterações realizadas no modelo de votação, que irão ampliar as opções de votos dos peões.

"Todo mundo vai ser opção, vou explicar pra vocês. Vai começar normal, indicação da fazendeira vai mandar alguém direto pra Roça. Na votação pro segundo roceiro, ao invés de só poder votar [em quem está] na sede, a peãozada vai poder votar em quem quiser: sede ou baia! E tem mais: ao invés do terceiro roceiro ser puxado da baia, ele também vai poder ser puxado de qualquer lugar, da baia ou da sede. Só a Lidi está salva, por ser a fazendeira".

Já o quarto roceiro, como revelado por Mion também na segunda-feira, será decidido com o Poder da Chama Vermelha, que promete colocar ainda mais lenha na fogueira. O Poder dessa semana será o seguinte: o detentor da chama vermelha deverá escolher dois peões que não estão na Roça para participarem de uma nova votação; o mais votado ocupa o quarto banquinho da eliminação. Fogo no feno.

Jojo leva bronca de Mariano

Enquanto isso, na sede do confinamento, Jojo Todynho acabou levando uma chamada de Mariano ao tentar fazer com ele uma brincadeira de gosto duvidoso: apalpar as partes íntimas dos companheiros de confinamento, de acordo com o colunista Leo Dias.

Jojo, Mariano e Mateus Carrieri estavam na sala especulando como será a próxima Roça, quando Mariano se levantou e reclamou da atitude da peoa. 'Jojo, eu não gosto dessa brincadeira, pô. Eu já falei três vezes!'.

A funkeira tentou relativizar a situação, dirigindo-se a Mateus em seguida para apontar que Mariano não gostava da brincadeira assim como ele.  "Pega no mosquito! Aí Mateus, tá vendo? Não é só você que não gosta".

Carrieri, então, emendou a bronca de Mariano para criticar a brincadeira da cantora. "Lógico! Nenhum homem gosta disso".

Enquanto isso, no hotel

Como você viu, os peões que já foram eliminados estão isolados em um hotel e se preparam para retornar para a sede e participar de algumas dinâmicas ao lado dos confinados, incluindo a última festa. No entanto, alguns parecem incomodados com os gritos de Lucas Strabko, o Cartolouco.

Uma das ex-fazendeiras a reclamar foi Raissa Barbosa, que está no mesmo andar que Cartolouco. No Stories de seu Instagram, ela chegou até mesmo a pedir uma re-eliminação do colega.

"Meu Deus, o Cartolouco faz muito barulho, gente. Toda hora ele fala alto, não aguento mais! Tem como eliminar desse andar, pelo menos?".

Ela, no entanto, não parece ser a única incomodada já que Luiza Ambiel e JP Gadêlha, que estão no andar de baixo, e Lucas Selfie também reclamaram do barulho de Strabko no hotel. Batendo na parede e falando sobre os gritos do colega, o affair de Raíssa afirmou que ele já até mesmo levou bronca da produção por conta do barulho, e alegou que irá tirar a paz do ex-fazendeiro. "Amanhã sua paz acaba, Cartolouco! Eu trouxe uma arma secreta".

Selfie também explicou que, embora todos tenham testado negativo e já possam frequentar a varanda compartilhada do hotel, eles devem manter o distanciamento já que o exame não detecta o vírus caso ele tenha sido contraído recentemente.

Reeleito anteontem com uma coligação de 11 partidos, o prefeito Bruno Covas (PSDB) ainda deve começar a discutir a divisão do secretariado para acomodar todos os aliados. Segundo interlocutores, a ideia é que mesmo auxiliares que mantiverem os cargos atuais participem uma espécie de transição. Para isso, terão que apresentar um inventário de suas pastas e um levantamento de informações.

O tucano planeja seguir os protocolos de uma lei municipal apresentada pelo vereador Sebastião Faria (PSDB) e aprovada na gestão de José Serra (PSDB) na Prefeitura e que trata da "transição democrática de governo". O entorno do prefeito afirma que o grupo que o apoio na eleição é praticamente o mesmo que já compunha a base a base do governo. É esperada uma mudança, no entanto, no peso que cada partido deve ter na formação do secretariado a partir de 1º de janeiro.

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O Movimento Covas Prefeito, que foi liderado pela ex-prefeita Marta Suplicy (que deixou o Solidariedade antes do início da campanha), deve ocupar algum espaço, embora ainda não se fale em nomes. Já o Republicanos, que comandava a secretaria de Habitação até lançar Celso Russomanno como candidato, vai voltar para a administração, mas deve perder relevância. A sigla apoiou Covas no 2° turno.

Nas primeiras conversas com sua equipe depois da votação, Covas ainda não falou sobre as eventuais mudanças, mas a expectativa é que ele comece nos próximos dias as primeiras conversas sobre uma reforma do secretariado e mudanças nas 32 subprefeituras.

Câmara

A participação de siglas da base na Câmara Municipal mudou nesta eleição. O MDB do vice, Ricardo Nunes, cresceu de 2 para 3 vereadores, o DEM manteve 6 vereadores, o Progressistas não tinha nenhuma vaga na Câmara e agora elegeu um vereador. O Cidadania perdeu as duas cadeiras que tinha. O PSD, que lançou Andrea Matarazzo, mas apoiou Covas no 2° turno, tinha 4 vereadores e ficou com 3. O PSDB tinha 12 e agora fez 8.

A coligação Todos por São Paulo, de Covas, foi formada por PP, MDB, Podemos, PSC, PL, Cidadania, DEM, PTC, PV, PSDB, PROS. No 2° turno o arco de apoio aumentou: Republicanos, PTB, PSL, Solidariedade e Novo declararam apoio ao tucano contra Guilherme Boulos (PSOL). Durante as articulações da aliança. Covas não se comprometeu com a entrega cargos específicos aos aliados, segundo interlocutores.

Em conversas com auxiliares no ano passado, Covas chegou a revelar o desejo de promover mudanças estruturais no secretariado, como fusão ou até corte de pastas. Mas o tema não foi tratado na campanha. No seu discurso da vitória, Covas fez questão de fazer uma homenagem a Nunes, embora não tenha dado pistas de qual será o papel do vice. Quando questionado sobre o assunto, respondeu apenas que o vice vai fazer "clínica geral e cuidar de tudo um pouco".

Novidades em A Fazenda 12. Na noite da última segunda-feira (16), Marcos Mion anunciou que a décima roça da edição contará com cinco peões na berlinda.

O apresentador explicou que o Poder da Chama Vermelha será escolhido através do TikTok.

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"O poder escolhido esta semana foi a opção A, que era a seguinte: o dono do poder vai indicar o quarto roceiro e vai escolher esse roceiro entre os peões da sede (...) E se você já ouviu por ai, é verdade o bilhete dizendo que vão ter 5 banquinhos na roça", afirmou.

E completou dizendo que, desta vez, o peão mais votado pela casa não vai puxar outro colega da baia para a roça, mas duas pessoas mais votadas pela casa irão direto para a zona de risco.

Lembrando que Biel, Lidi, Stéfani e Raissa estão na baia, enquanto, Jake, que é a fazendeira, está na sede ao lado de Jojo, Lipe, Mateus Carrieri, Mariano e Tays Reis.

Alguns fatores podem levar a Justiça Eleitoral a mudar locais de votação ao longo dos anos e os eleitores pernambucanos devem ficar atentos. Para a eleição deste ano, por exemplo, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) ocorrerá mudança dos locais de votação para alguns cidadãos no Recife, Jaboatão, Olinda, Paulista, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Vitória de Santo Antão, Caruaru, Garanhuns e Petrolina.

No dia da votação, segundo o TRE-PE, haverá sinalização nos antigos prédios indicando os novos postos de coleta dos votos, mas a situação também pode ser verificada com antecedência por diversos canais. Confira quais:

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Site

Para verificar o local de votação no site do TRE-PE, basta acessar o link “Eleitor e eleições” e depois “Título e locais de votação”. O sistema permite a consulta por nome completo, título ou ainda por zona e seção ou local de votação com visualização no mapa. É preciso informar a data de nascimento e o nome da mãe, ambos exatamente como estão no cadastro da Justiça Eleitoral.

E-título

Se você baixar o e-Título em seu celular, poderá contar com a facilidade de conferir o local de votação através do aplicativo. Basta acessar o app e clicar em “Onde votar”. Caso tenha ocorrido alguma alteração, você visualizará uma mensagem: “Atenção! Seu local de votação mudou. Nesse pleito você votará em um local diferente.” Clicando em “Ver Novo local” será possível descobrir o local atual.

O app pode ser baixado para smartphone ou tablet, nas plataformas iOS ou Android. Após baixá-lo, basta inserir os dados pessoais.

Assistente virtual

Novidade deste ano, a chatbot Julia pode ser acionada para várias finalidades, como consulta do número do título, procedimentos de segurança do pleito e, claro, local de votação. Para acessar, basta entrar no aplicativo Telegram e, no campo de busca, digitar "Julia TRE-PE". A partir daí, já é possível conversar e tirar suas dúvidas com a assistente virtual.

Além de acessar Julia pelo Telegram, o eleitor poderá iniciar a conversa com a assistente virtual clicando na seção “Fale Conosco” do site do TRE-PE.

Disque Eleitor

Por fim, a Justiça Eleitoral pernambucana também disponibiliza para consulta de diversas informações o número (81) 3194-9400, que funciona de segunda a sexta das 8h às 17h.

No sábado (14) anterior ao dia do primeiro turno o serviço será ofertado das 8h às 17h e no domingo de Eleição (15), das 6h às 17h; toda a equipe do Disque Eleitor estará disponível para atendimento.

Ouvidoria

A Ouvidoria do Regional é um serviço de atendimento onde o eleitor pode exercer sua cidadania, registrando sugestões, elogios, críticas, reclamações, denúncias ou esclarecendo dúvidas. O serviço está disponível através de formulário eletrônico ou através dos telefones (81) 3194-9217 / 3194-9482 / 3194-9483 e 0800 081 2570.

O Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) informou, nesta quinta-feira (15), que realizará o processo de ingresso para o preenchimento de vagas do semestre 2021.1 de todos os seus campi. No entanto, por causa da pandemia da Covid-19, o vestibular não ocorrerá da forma tradicional, e a instituição adotará múltiplos modelos de ingresso, de acordo com os níveis de ensino oferecidos.

Conforme o IFPE, os processos seletivos serão da seguinte forma: os cursos técnicos nas modalidades Integrado (ensino médio e técnico) e Subsequente (cursos técnicos para quem já possui ensino médio completo), terão uma seleção composta por meio de análise de desempenho escolar dos candidatos. Essa análise ocorrerá com base no histórico escolar de anos anteriores. No caso do Integrado, o processo seletivo levará em conta as notas obtidas até o oitavo ano do ensino fundamental. Já no Subsequente, serão avaliadas as notas até o segundo ano do ensino médio. 

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“Esse posicionamento tem por objetivo não prejudicar estudantes no último ano de seus respectivos níveis que tiveram as atividades de ensino paralisadas por conta da pandemia”, declara, por meio de nota, a instituição.

Quem visa ingressar em um dos cursos superiores oferecidos pelo IFPE, em 2021, passará por uma seleção através da análise do histórico escolar mais redação ou com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de edições anteriores. “Essa decisão leva em conta um público de potenciais estudantes que não prestou o ENEM e se prepara somente para as provas do vestibular do IFPE. A adesão a esses modelos será realizada por cada um dos 16 campi da instituição, além da Diretoria de Educação a Distância (DEaD), de acordo com percentuais estabelecidos por estudos de demandas pelos cursos dos anos anteriores nas respectivas unidades”, disse a instituição através do comunicado.

O vestibular, em seu formato tradicional, com provas presenciais, mostra-se, segundo o IFPE, inviável por seu alto custo em virtude das medidas de segurança que seriam necessárias. A instituição detalha que só no último ano foram cerca de 26 mil candidatos que realizaram as provas em 57 prédios espalhados por todo o Estado. Por conta da pandemia, as medidas de segurança exigiriam um número maior de profissionais e de prédios, com custos impossíveis para a instituição. Ainda assim, possibilitaria aglomerações, seja no transporte público, durante o deslocamento até o local de prova, ou na abertura dos portões, por exemplo.

“Esses posicionamentos foram tomados de forma a acolher os mais diversos públicos que sonham em ingressar na nossa instituição, com todo o cuidado e segurança necessários. Todos os detalhes do próximo processo de ingresso serão anunciados até o final deste ano. Até lá, trabalharemos para garantir que essas formas de acesso sejam eficazes e justas como merecem todos os adolescentes, jovens e adultos pernambucanos que buscam na educação pública de qualidade uma oportunidade de transformação de vida”, reitera, em nota, o IFPE.

Além da transferência do pleito de 4 de outubro para 15 de novembro, as eleições deste ano apresentam uma mudança no sistema de candidaturas para os vereadores. A principal mudança, introduzida pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017, é a proibição de coligações para o cargo. A Emenda 97 vetou a celebração de coligações - união de diferentes partidos para a disputa do pleito - nas eleições para vereadores, deputado estadual, federal e distrital.

Apesar da proibição de coligações para esses cargos, a emenda diz que os partidos ainda podem se unir em chapas para disputar os cargos majoritários - prefeito, senador, governador e presidente da República.

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Na eleição proporcional, é o partido que recebe as vagas e não o candidato. Com a mudança, a forma de contar a quantidade de vagas no Legislativo municipal a que cada partido pode ter direito também sofreu alterações. Agora, quem pleiteia uma vaga nas câmaras municiais terá de disputar a eleição em chapa única dentro do partido.

Antes, os partidos podiam concorrer em uma mesma chapa, o que acabava aumentando o chamado Quociente Partidário (QP) - que determina quantas cadeiras um partido pode ter no Legislativo - e, portanto, a chance de conseguir mais vagas. Isso também aumentava, entre outras possibilidades, a de um eleitor votar no candidato A, mas acabar por eleger o B, de outro partido. Isso explica, em parte, o fato de alguns candidatos com muitos votos não se elegerem e outros, com poucos votos, serem eleitos.

Cálculo das vagas 

O sistema proporcional garante um equilíbrio de vagas entre os partidos. A primeira etapa para determinar esse número é fazer o cálculo para descobrir o Quociente Eleitoral (QE) - número de vagas que cada partido precisa ter para conseguir uma cadeira na Câmara Municipal.

O QE é obtido pela divisão do número de votos válidos apurados (excluindo votos brancos e nulos) pelo número de vagas a preencher no Legislativo. Isso significa que o partido precisa ter essa quantidade mínima de votos para ocupar uma vaga na Câmara.

Já para assumir uma cadeira, o candidato precisa ter pelo menos 10% do quociente eleitoral. Se o partido não tiver um candidato com a quantidade de votos necessária, a vaga é passada para outro partido após novos cálculos.

Depois é a vez de calcular o Quociente Partidário. Esse número é obtido por meio da divisão do número de votos válidos conseguidos pelo partido pelo Quociente eleitoral, excluindo-se as frações. Isso significa, por exemplo, que se o resultado der 4,5, o partido terá direito a quatro vagas.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as vagas não preenchidas com a aplicação do QP e a exigência de votação nominal mínima serão distribuídas entre todos os partidos que participam do pleito, independentemente de terem ou não atingido o QE, mediante observância do cálculo de médias.

A média de cada legenda é determinada pela quantidade de votos válidos a ela atribuída, dividida pelo respectivo QP acrescido de 1. Nesses casos, à agremiação que apresentar a maior média cabe uma das vagas a preencher, desde que tenha candidato que atenda à exigência de votação nominal mínima.

Por fim, depois de repetida a operação, quando não houver mais partidos com candidatos que atendam à exigência de votação nominal mínima, as cadeiras deverão ser distribuídas às legendas que apresentem as maiores médias.

Candidaturas

Os vereadores são responsáveis, entre outras funções, por legislar, realizar a fiscalização financeira e da execução orçamentária do Executivo Municipal, além de julgar as contas apresentadas pelo prefeito. Os vereadores também são responsáveis por discutir, propor, votar sobre os impostos da cidade, a criação e manutenção de bairros, distritos ou ruas, e iniciar processo de impeachment.

A Constituição diz que o número mínimo de vagas nas câmaras legislativas é de 9 para municípios com até 15 mil habitantes e até 55 cadeiras nas cidades com mais de 8 milhões de moradores.

Ainda de acordo com o texto constitucional, entre os requisitos para pleitear a vaga, os candidatos têm que ter 18 anos de idade na data-limite do registro de candidatura; ter nacionalidade brasileira (ser brasileiro nato ou naturalizado); ser alfabetizado (saber ler e escrever); ter domicílio eleitoral no município em que pretende concorrer no mínimo um ano antes da eleição; estar quite com a Justiça Eleitoral e estar filiado a um partido político por no mínimo um ano antes da eleição.

Os partido ainda têm que cumprir a norma de preencher o mínimo de 30% e o máximo de 70% “para candidaturas de cada gênero”. Como historicamente os homens constituem a maioria dos candidatos, essa cota acaba sendo destinada para as candidaturas de mulheres.

O presidente Jair Bolsonaro comemorou, nesta sexta-feira (4), no Twitter, a aprovação do projeto de lei que altera o Código de Trânsito Brasileiro no Senado Federal. Por ter sofrido alterações, o texto ainda retornará para apreciação da Câmara dos Deputados. Apesar disso, Bolsonaro garantiu que vai sancionar a proposta na próxima semana.

"Na próxima semana será sancionada a lei que altera o Código de Trânsito, um belo trabalho da maioria dos deputados e senadores. Menos gastos e menos burocracia!", escreveu Bolsonaro na rede social.

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A proposta, uma das bandeiras do presidente, amplia o prazo de validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de 5 para 10 anos e cria uma graduação sobre os pontos acumulados por multas. O texto tem origem no Executivo e foi entregue pessoalmente por Bolsonaro ao Congresso, em junho do ano passado, como uma resposta aos pleitos dos caminhoneiros, categoria que o apoiou nas eleições de 2018.

Depois de intensas disputas, a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei 13.709) começará a valer em setembro. A norma, que rege a coleta e o tratamento de dados, trará impactos para cidadãos, empresas e entes públicos. Mas entidades se preocupam pelo fato do órgão responsável pela fiscalização da sua aplicação, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados, ainda não ter sido criada pelo governo.

O início da vigência ocorre após uma nova tentativa de adiamento ser derrotada no Senado. A LGPD foi aprovada em agosto de 2018 mas com um tempo de adaptação de dois anos. A Medida Provisória 959, cuja finalidade era tratar de procedimentos para o pagamento do Benefício Emergencial, incluiu a prorrogação do início da vigência deste mês para o ano que vem. Ela foi aprovada na Câmara com apoio de diversos segmentos empresariais (como empresas de tecnologia e de comunicação) e do governo federal.

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Mas uma questão regimental foi levantada pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM) que impedia a votação do adiamento uma vez que o tema havia sido tratado pela Casa Legislativa em outra matéria. Com isso, a tentativa ficou prejudicada. Mas ficou valendo ainda a mudança do PL 1.179 de 2020 segundo a qual as sanções só poderão ser aplicadas no ano que vem.

A LGDP disciplina os direitos dos indivíduos relativos a suas informações pessoais e de que maneira empresas e entes públicos podem coletar e tratar esses registros. Assim, o início da vigência da norma implica que as pessoas terão novas garantias sobre as diversas práticas de tentativa de obtenção de seus dados, tão comuns hoje em dia.

Para fiscalizar seu cumprimento e definir normas infralegais, foi prevista a figura da Autoridade Nacional de Proteção de Dados, vinculada à Presidência da República. Contudo, o órgão não foi criado de fato pelo Executivo até agora. No dia seguinte à votação no Senado, o Planalto editou decreto com a estrutura do órgão, mas ainda sem designar seus conselheiros e presidente, o que ainda o deixa “no papel”.

Cidadãos

No caso dos cidadãos, a mudança é a previsão dos direitos instituídos na lei. Para além do consentimento, os indivíduos passam a poder pedir informações sobre a guarda e manejo de seus registros, bem como a correção destes ou até mesmo a revogação da autorização.

Um dos desafios é a criação de uma cultura de proteção de dados, com os cidadãos conhecendo o que podem fazer e recorrendo aos órgãos competentes para denunciar abusos e fazer valer seus direitos. 

Empresas

Já as empresas terão mais responsabilidades, como obter consentimento do titular, dar transparência às suas práticas de tratamento e assegurar níveis de segurança da informação para evitar vazamentos.

Na avaliação da consultoria Cosin, há muitas empresas que ainda não adotaram medidas suficientes para se adaptar às novas regras. "As empresas ainda têm muita dificuldade na gestão de dados, com áreas ou processos inteiros sem os cuidados básicos", afirma Maria Fiorentino, gerente da Cosin Consulting. Entre os problemas está a ausência de estruturas e processos de proteção de dados, bem como de um responsável pela área.

Na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a ausência da ANPD cria uma insegurança jurídica com o início da vigência da LGPD. “Com a entrada imediata em vigor, centenas de milhares de micro e pequenas empresas terão que direcionar seus recursos numa adequação que poderia ser dispensada ou, no mínimo, simplificada. São recursos escassos devido à redução da atividade econômica, que mereciam ser alocados em medidas que promovam a sobrevivência das empresas e a manutenção de empregos”, reclamou a entidade em comunicado.

ANPD

A representante da Coalizão Direitos na Rede, que reúne entidades de defesa dos usuários de Internet Bruna Santos, também ressalta a importância da implantação da ANPD. Ela entende que o desafio é garantir que as nomeações dos diretores compreendam o tema e estejam a altura das tarefas deste assunto complexo. A representante da Coalizão acrescenta que o decreto trouxe problemas no caso do Conselho Nacional de Proteção de Dados, órgão com representação de diversos segmentos auxiliar à ANPD.

Pelo decreto do governo, os representantes serão escolhidos pela direção da ANPD, a partir de uma listra tríplice. “A submissão de nomes da sociedade civil ao conselho diretor pode comprometer a representação da sociedade. Precisamos avançar para que o órgão multissetorial funcione como foi apontado na lei”, ressalta.

Direitos e deveres

Segundo a norma, dados pessoais são informações que podem identificar alguém. Dentro do conceito, foi criada uma categoria chamada de “dado sensível”, informações sobre origem racial ou étnica, convicções religiosas, opiniões políticas, saúde ou vida sexual. Registros como esses passam a ter nível maior de proteção, para evitar formas de discriminação. Mas quem fica sujeito à lei? Todas as atividades realizadas ou pessoas que estão no Brasil. A norma valerá para coletas operadas em outro país desde que estejam relacionadas a bens ou serviços ofertados a brasileiros. Mas há exceções, como a obtenção de informações pelo Estado para segurança pública.

Ao coletar dados, as empresas deverão informar a finalidade. Se o usuário aceitar repassar suas informações, como ao concordar com termos e condições de um aplicativo, as companhias passam a ter o direito de tratar os dados (respeitada a finalidade específica), desde que em conformidade com a lei. A lei previu uma série de obrigações, como a garantia da segurança dessas informações e a notificação do titular em caso de um incidente de segurança. A norma permite a reutilização dos dados por empresas ou órgãos públicos, em caso de "legítimo interesse” desses, embora essa hipótese não tenha sido detalhada, um dos pontos em aberto da norma.

De outro lado, o titular ganhou uma série de direitos. Ele poderá, por exemplo, solicitar os dados que a empresa tem sobre ele, a quem foram repassados (em situações como a de reutilização por “legítimo interesse”) e para qual finalidade. Caso os registros estejam incorretos, poderá cobrar a correção. Em determinados casos, o titular terá o direito de se opor a um tratamento. A lei também permitirá a revisão de decisões automatizadas tomadas com base no tratamento de dados (como as notas de crédito ou perfis de consumo).

O protocolo de saúde da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para realização dos campeonatos nacionais em meio à pandemia do novo coronavírus (covid-19) deverá sofrer novas alterações com o desenrolar das competições. Segundo o coordenador médico da entidade, Jorge Pagura, um balanço das três primeiras semanas de bola rolando será concluído após as partidas da última quarta-feira (26), que encerraram a quinta rodada da Série A.

“No protocolo, está colocado que ele pode ser modificado a qualquer momento. Então ele vai, sim, realmente sofrer modificações. A gente diz que ele é uma peça viva, é uma foto do momento. Mas ele pode ser modificado, sim, sempre para que melhoremos nosso controle, seja com evidências científicas muito bem pautadas ou até por alguma observação. Estamos avaliando diariamente tudo o que está acontecendo. E o que for necessário fazer para melhorar, nós vamos aprimorar esse protocolo quantas vezes forem necessárias”, afirma Pagura à Agência Brasil.

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Os procedimentos já sofreram alterações em relação aos que antecediam os campeonatos. Após a primeira rodada das três divisões nacionais, o atraso na divulgação dos resultados dos exames do Goiás e os vários casos positivos em atletas relacionados para os jogos do fim de semana, levaram a CBF a estender os testes a todos os inscritos pelos clubes e definir novos prazos para envio dos diagnósticos: 24 horas para times mandantes, 12 horas antes da viagem no caso de visitantes. Além disso, por logística, as equipes passaram a poder optar por exames em laboratórios locais, ao invés do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, parceiro da confederação.

“Toda vez que é feito um protocolo, ele é pensado no maior número de pessoas que pode atender. À medida que as especificidades aparecem, esse protocolo pode ser adaptado”, avalia Raphael Einsfeld, médico do Esporte e coordenador do curso de Medicina do Centro Universitário São Camilo, à Agência Brasil.

Ele cita o caso em que quatro jogadores do Atlético-GO, que testaram positivo para o novo coronavírus, foram liberados para enfrentar o Flamengo no último dia 12. À Agência Brasil, o clube tinha informado que os atletas vinham sendo acompanhados, cumpriram a quarentena e não possuíam mais potencial de transmissão do vírus. A justificativa foi aceita pela CBF, baseada em uma normativa do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do governo norte-americano, acatada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

“O CDC puxa uma revisão sistemática [método de pesquisa que reúne as melhores evidências atuais ou disponíveis] de Oxford. Eles descobriram que, após o oitavo dia de infecção, no indivíduo que está assintomático, não há mais replicação viral, apesar de o PCR vir positivo. O PCR pode vir positivo por muito tempo, porque ele detecta o RNA [material genético] do vírus. Não necessariamente o vírus, mas parte dele”, explica Einsfeld.

Controle de casos

Há uma semana, na Câmara dos Deputados, Pagura apresentou dados sobre os testes realizados até aquele momento. Segundo ele, antes de os torneios nacionais começarem, foram aplicados 1,3 mil exames, com 74 resultados positivos (5,69%). Já nos dias que antecederam a terceira rodada, os quase 1,5 mil testes registraram 16 contaminações para o vírus (cerca de 1%). Clubes como o CSA, na Série B, e o Imperatriz, na Série C, tiveram partidas adiadas devido a casos acumulados no elenco. Os alagoanos chegaram a ter 20 atletas afastados com covid-19. Os maranhenses, 14.

“O número [de infectados] não surpreendeu porque a prevalência espelha, mais ou menos, o que acontece no país. O que nos surpreendeu é que mais de 50% desses casos positivos vieram de cinco clubes”, diz o médico da CBF.

“Os clubes vão se adaptando, os jogadores entendendo melhor esse momento, que afeta a todos. Hoje, os atletas são testados quase duas vezes por semana. A logística atual de realização dos testes, que é descentralizada, facilita muito o controle e evita que partidas sejam canceladas e uma série de transtornos, que podem acontecer. Porém, achamos que, com a revisão dos protocolos, isso será ajustado com o tempo”, sustenta o consultor científico da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Carlos Starling, à Agência Brasil.

Os próximos torneios a serem abarcados pelo protocolo são as séries D masculina, que inicia em setembro, e a A2 feminina, que recomeça em outubro. As competições seguirão as diretrizes atuais, mas, devido à realidade das divisões, que reúnem times de menor estrutura e condições financeiras, algumas adaptações podem ser feitas. “Eventualmente, a pesquisa de antígeno viral ou os exames do tipo Lamp [coleta pela saliva] podem ser opções. Estamos avaliando e ajustando o protocolo de acordo com a caraterística das equipes, sem diminuir em nada o grau de segurança”, diz Starling.

Modelo próprio

O protocolo da CBF não é exatamente unânime. No último dia 11, o Sindicato dos Atletas de São Paulo (Sapesp) enviou ofício à entidade pedindo mudanças, ameaçando entrar com ação e paralisar os campeonatos. À Agência Brasil, o presidente do sindicato, Rinaldo Martorelli, citou como exemplos que, a seu ver, poderiam ser adaptados à realidade brasileira, o Campeonato Alemão, com isolamento das delegações por até sete dias antes de cada partida, e a NBA, liga de basquete norte-americana, que reuniu atletas e comissões técnicas em uma bolha na Disney, para término da temporada.

Os médicos ouvidos pela Agência Brasil veem dificuldade de aplicação dos modelos por aqui. “Cada time [de futebol] tem, pelo menos, 42 pessoas escaladas [para um jogo]. Viagens, como faz? Não tem como não isolar o jogador, ele irá ao aeroporto, pegará voo, encontrará outras pessoas. No estádio, há muito mais pessoas envolvidas. Para um estádio funcionar, precisa de umas 100 pessoas. E a gente está falando de um campeonato que vai até março”, pondera Einsfeld, da São Camilo. “Não valeria a pena do ponto de vista financeiro e mental, e não traria qualquer diferença ou benefício, dado que a gente está fazendo a testagem de todo mundo com segurança antes do jogo”, completa.

Starling, da SBI, pensa de forma semelhante. “Temos que achar nosso próprio modelo de retorno, ou tentativa de retorno a uma normalidade. Acho, sim, que a experiência que tem sido desenvolvida aqui pode servir para inúmeros outros países e continentes, como o africano ou o asiático. O registro epidemiológico, as análises estatísticas e o segmento das análises genéticas virais vão gerar uma série de trabalhos científicos para um case nacional. É a expectativa que temos”, conclui.

A menos de duas semanas do início das convenções partidárias para as eleições municipais, os pré-candidatos da capital paulista promovem uma dança das cadeiras na montagem de suas equipes. A maioria das 13 pré-candidaturas apresentadas até o momento já negociou a contratação ou já tem uma estrutura jurídica e de comunicação.

O caso que mais chama a atenção é o "intercâmbio" entre o PSDB, do prefeito Bruno Covas, e o PSB, do ex-governador Márcio França. Ex-secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura e ex-coordenador da campanha de João Doria para a Prefeitura em 2016, o advogado Anderson Pomini assumiu a coordenação jurídica do pessebista e atualmente atua como seu mais próximo auxiliar.

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A relação entre o advogado e Doria estremeceu quando o tucano deixou a Prefeitura para disputar o governo, e escolheu outro escritório de advocacia para coordenar a parte jurídica da campanha. "Foi na campanha de Doria em 2016 que conheci o Márcio França. Ele ajudou o João a trazer os primeiros partidos para a coligação dele. Nunca briguei com Doria, mas me afastei pela falta de lealdade", disse. Procurado, Doria não quis comentar.

Já o marqueteiro de França em 2018, Felipe Soutello, agora coordena a comunicação da pré-campanha de Covas. O estrategista também atuou na campanha presidencial de José Serra em 2010 e de Gilberto Kassab (PSD) à reeleição em 2008.

A equipe de França ainda pode ser reforçada com a contratação do publicitário Lula Guimarães, que trabalhou para Doria em 2016. As partes ainda estão negociando.

Outros dois ex-auxiliares diretos de Doria que foram para a oposição a Covas são o publicitário Daniel Braga e o jornalista Fábio Santos. Ambos já atuam hoje no time da deputada Joice Hasselmann (PSL), que é aliada e amiga do governador tucano, mas concorrerá à Prefeitura contra Covas.

Em 2018, Braga trabalhou na campanha de Henrique Meirelles (MDB) à Presidência e de Doria para governador, tendo sido o criador do mote "Bolsodoria". Em 2016, ele comandou as redes sociais do candidato tucano na disputa pela Prefeitura. Ainda hoje, Braga é próximo do governador, com quem mantém uma relação de amizade.

Já Fábio Santos foi assessor de imprensa da campanha do tucano em 2016 e secretário de Comunicação da Prefeitura nas gestões Doria e Covas. "Essa foi uma decisão profissional", disse. Em outra frente, porém, o atual chefe de gabinete do governador, Wilson Pedroso, será o coordenador-geral da campanha de Covas à reeleição.

Pré-candidato do PSD, Andrea Matarazzo já acertou a contratação do marqueteiro mineiro Paulo Vasconcellos para coordenar sua campanha. Em 2016, o publicitário comandou a campanha vitoriosa de Alexandre Kallil (PSD) à prefeitura de Belo Horizonte e em 2010 a de Aécio Neves (PSDB) à Presidência. Ele prevê uma "briga de foice" pelos eleitores de centro. "Mas essa eleição sofrerá menos com a ideologização", avaliou.

Uma pesquisa qualitativa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) revela tendências para negócios a partir da pandemia. O levantamento foi feito com base em microempreendedores individuais, micro e pequenas empresas de 18 estados brasileiros e mostra que as mudanças vieram para ficar no mundo dos pequenos negócios. 

A pesquisa foi realizada entre abril e junho deste ano, com empresários de 11 segmentos, sendo a maior parte microempresas (54%), principalmente nos ramos de varejo, alimentação, moda, beleza e turismo. O levantamento revela que a mudança de postura e consumo dos clientes refletirão diretamente nas transformações dos negócios. Além de mais exigentes e mais conscientes, os consumidores também estão cada vez mais explorando as compras e o relacionamento on-line.

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De acordo com a pesquisa, dentre as mudanças definitivas destaca-se a maior digitalização dos negócios. No entanto, em segmentos como a moda, por exemplo, a transformação caracteriza-se por um modelo híbrido, com fortalecimento de experiências presenciais e o intenso uso de canais online em vendas e relacionamento com o mercado. No segmento da alimentação, os donos de pequenos negócios destacaram que os clientes vão continuar mais atentos às medidas de higienização e qualidade dos produtos. Para isso, serão necessárias mudanças com uso ou novos usos dos estabelecimentos para reconquistar o cliente e transmitir segurança. Já no ramo do turismo, a tendência é de roteiros regionais e locais, com predominância de ações ao ar livre e grupos em número reduzido.

Os dados mencionam que o relacionamento com o cliente deve ser feito com segurança e de forma ágil. Eles estarão mais exigentes e, por isso, serão atraídos por uma oferta cada vez mais personalizada. Além disso, o uso das redes sociais para vendas e divulgação deve continuar em alta. Para isso, os serviços de delivery ganham mais atenção com a qualificação dos entregadores.

Em relação a gestão, o levantamento realizado pelo Sebrae mostra que os negócios atuarão de forma mais sustentável, com produções enxutas, com foco na produtividade, evitando o desperdício. Já em relação aos funcionários, as equipes ficarão mais reduzidas e multitarefas. A saúde dos colaboradores receberá atenção e o trabalho remoto, quando possível, será uma realidade também para os pequenos negócios. A ampliação de parcerias com mais fornecedores também será uma mudança definitiva para os negócios.

O Sebrae ainda pontuou que a empresa de turismo Sou+Carioca, no estado do Rio de Janeiro, já se planeja para voltar a funcionar a partir dos últimos meses do ano. De acordo com uma das sócias, Gabriela Palma, a equipe de colaboradores tem se reunido virtualmente para discutir como será a retomada. Ela avalia que as reuniões de forma remota deram bons resultados e devem continuar ocorrendo mesmo depois da pandemia. Além disso, a empresária destaca que iniciativas que surgiram nesse período serão adotadas, agregando novos serviços. 

Também foi mencionado os passeios virtuais,que se tornaram uma experiência de sucesso no Facebook. O “QuarenTour Colaborativo” é aberto para quem quiser participar e tem levado milhares de pessoas a conhecer virtualmente a história de lugares do país, principalmente do estado do Rio de Janeiro. Desde abril, já foram realizados cinco encontros virtuais, onde uma guia de turismo visita os pontos com uso de ferramentas do Google, que permitem visualizar exatamente como é o lugar, as ruas, o interior de construções. Durante o passeio, as pessoas são convidadas a colaborar com valores entre R$ 10 e 20 para ajudar nos custos da empresa, que não está funcionando normalmente por causa da pandemia.

“A ideia surgiu como uma forma de manter o relacionamento com nosso cliente e de nos manter no mercado. A participação tem sido boa e as pessoas têm contribuído”, contou. A empresa também tem realizado lives com a participação de especialistas de diversas áreas e lançou um e-book com sugestões de 50 lugares diferentes para conhecer no Rio de Janeiro com vendas disponíveis por meio de plataforma online. “Estamos preparados para retornar com tranquilidade, assim que possível. Sabemos que o turismo local tem boas expectativas na retomada e como já trabalhamos com isso há cinco anos, temos tudo pronto para atender nosso principal cliente, que é o morador carioca”, destacou, de acordo com informações do Sebrae.

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