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O Ministério da Educação (MEC), representado por Milton Ribeiro, anunciou, nesta quinta-feira (17), a reestruturação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) durante coletiva de imprensa realizada em Brasília. As mudanças visam acompanhar as diretrizes do Novo Ensino Médio, que iniciou nas instituições em 2022.

"O Enem precisa acompanhar a evolução da educação brasileira, das avaliações internacionais e a reforma do Ensino médio e valorizará ainda mais a capacidade de reflexão e análise, além de contemplar a flexibilidade curricular. Os estudantes que escolherem o ensino técnico também estarão mais próximos do ensino superior", destacou o responsável pela pasta.

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Na ocasião, além de Ribeiro, estiveram presentes o secretário-executivo do MEC, Victor Godoy, o presidente do Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Danilo Dupas, e técnicos da pasta. Reforçando o discurso de Milton Ribeiro, o secretário-executivo do MEC salientou que o prazo para a realização das mudanças no exame é até 2024, período limite para que todas as escolas modifiquem os currículos do ensino médio.

Durante a fala, Godoy aponta que as discussões para o novo formato do Enem começaram em julho de 2021. De acordo com o secretário, nessa data, foram formados grupos de trabalho compostos por representantes das secretarias do MEC, Inep, do Conselho Nacional de Educação (CNE), Conselho de Secretários Estaduais da Educação, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação e Federação Nacional das Escolas Particulares.

Ainda segundo o representante do MEC, o exame será constituído por dois instrumentos: "um comum a todos os estudantes para avaliar as competências e habilidades da formação geral, conforme a BNCC, com ênfase em língua portuguesa e matemática. O outro irá avaliar os itinerários formativos, de acordo com o percurso e a direção desejada pelos estudantes para a sua formação superior", pontuou.

Comitê de Governança

Outro apontamento realizado pelo secretário-executivo do Ministério da Educação é a criação do Comitê de Governança, criado pelo MEC e coordenado pelo Inep, que será responsável pela "previsibilidade, transparência e o contínuo aperfeiçoamento do exame". Esse grupo deve ser composto por representantes da pasta educacional, como também, do instituto, universidade, institutos federais, entre outros.

As novas regras para o retorno de gestantes ao trabalho durante a pandemia já estão em vigor. Sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, a lei prevê a volta ao regime presencial após vacinação.

O afastamento do trabalho presencial só continua mantido para a mulher que ainda não tenha completado o ciclo vacinal.

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A nova norma prevê que a gestante deverá retornar à atividade presencial nas seguintes hipóteses:

- após o encerramento do estado de emergência de saúde pública decorrente do coronavírus;

- após sua vacinação contra o coronavírus, a partir do dia em que o Ministério da Saúde considerar completa a imunização;

- se a gestante optar pela não vacinação, mediante assinatura de termo de responsabilidade, comprometendo-se a cumprir as medidas preventivas adotadas pelo empregador.

Apesar da nova regra, o empregador tem autonomia para optar em manter a funcionária no trabalho remoto com a remuneração integral.

Liberdade para vacinar

A nova lei considera que a opção por não se vacinar é uma “expressão do direito fundamental da liberdade de autodeterminação individual”. Segundo a medida, caso decida por não se imunizar, a gestante deve assinar um termo de responsabilidade e livre consentimento para o exercício do trabalho presencial.

Gravidez de risco

Para os casos em que as atividades presenciais da trabalhadora não possam ser exercidas remotamente, ainda que se altere suas funções, respeitadas suas competências e condições pessoais, a situação deve ser considerada como gravidez de risco até a gestante completar a imunização e poder retornar ao trabalho presencial.

Durante esse período, ela deve receber o salário-maternidade desde o início do afastamento até 120 dias após o parto ou, se a empresa fizer parte do programa Empresa Cidadã de extensão da licença, por 180 dias. Entretanto, não poderá haver pagamento retroativo à data de publicação da lei.

Vetos

O presidente Jair Bolsonaro vetou o trecho que previa, no caso de retorno após aborto espontâneo, o recebimento de salário-maternidade nas duas semanas de afastamento garantidas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Também foi vetada a previsão de considerar gravidez de risco no caso de o trabalho ser incompatível com sua realização em domicílio por meio de teletrabalho, trabalho remoto ou outra forma a distância. Nesse caso, o projeto previa a substituição da remuneração pelo salário-maternidade.

Segundo Bolsonaro, a proposição contraria o interesse público, ao instituir concessão de benefício previdenciário destinado à situação de maternidade de forma diversa ao previsto para o auxílio-materninade.

*Com informações da Agência Senado

O Santos tem tido vida difícil no começo da temporada e, prestes a encarar o primeiro clássico do ano, pode tentar novas estratégias ao visitar o Corinthians, em partida que deve ser a primeira com Fábio Carille no banco de reservas neste ano. Comandante nas duas primeiras rodadas, já que Carille precisou cumprir isolamento após testar positivo para Covid-19, o auxiliar Leandro Silva disse que considera mudanças na formação, pensando principalmente em melhorar o desempenho ofensivo, até porque o clube ainda não marcou gols nas duas rodadas deste Paulistão.

"Temos que estar atentos para aquilo que o elenco vai nos dar de melhor, se vai ser continuar jogando com três zagueiros ou jogar com uma linha de quatro. O que qualificar mais, fizer com que o time construa mais, iremos fazer. Estamos muito atentos a isso com os atletas que chegaram. Não somos fechados, engessados em uma forma de jogar, já demonstramos isso nos clubes em que a gente passou. O que for melhor para o Santos, vamos fazer para que a gente construa as vitórias", afirmou Leandro Silva após a derrota por 1 a 0 para o Botafogo-SP.

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O auxiliar ainda destacou que o time precisa deixar a derrota para o Botafogo para trás e focar em vencer diante do rival na próxima quarta-feira. Leandro falou abertamente sobre mudanças na estratégia e não confirmou se Ricardo Goulart, principal contratação do Santos para a temporada, já estará disponível para o clássico.

"Se precisarmos fazer mudanças para que o time melhore, a gente vai fazer porque vamos buscar o resultado. Precisamos pensar na melhor estratégia para que isso aconteça. Esperamos que a documentação (de Ricardo Goulart) esteja pronta o quanto antes, a gente sabe da qualidade dele e o quanto ele vai acrescentar, principalmente na criação de jogadas e no setor ofensivo", disse o auxiliar de Carille.

Para que Goulart atue no clássico, o atleta precisará aparecer no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF até às 19h de terça-feira. O Santos ainda aguarda documentos da Federação Chinesa para regulamentar o jogador.

Santos e Corinthians se enfrentam na Neo Química Arena às 21h35 da próxima quarta. Com um empate sem gols contra a Inter de Limeira e a derrota para o Botafogo na segunda rodada, o Santos buscará sua primeira vitória nesta edição do Paulistão.

O mundo mudou, mas a escola permaneceu com os mesmos métodos de ensino, currículos rígidos de conteúdos e uma rotina pouco atraente para a parte dos estudantes. Na tentativa de mudar essa realidade e incentivar a permanência dos jovens na escola, o Ministério da Educação (MEC), propôs o Novo Ensino Médio, modelo que terá início neste ano de 2022 e oferecerá um aprendizado alinhado ao mercado de trabalho. 

Segundo o levantamento da organização Todos Pela Educação, os números de evasão escolar no Brasil cresceram 171% em 2021 em comparação com o ano de 2019, o que demonstra uma necessidade antiga, mas ainda atual, de re:ver o caminho percorrido pela educação básica. De acordo com o Secretário Executivo do MEC, Victor Godoy,  o novo modelo terá o papel de fazer o ensino médio ficar mais próximo das necessidades dos alunos.

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“Há aspectos que irão preparar o estudante para lidar com o planejamento de estudos em sua jornada escolar e profissional ao longo da vida. Dentre as expectativas, está a ampliação da implantação do ensino profissionalizante, tornar o ensino médio mais atrativo, reduzir os índices de evasão escolar e melhorar os índices de qualidade na educação brasileira”, afirma Godoy.

Para esclarecer o que será o Novo Ensino Médio e como ele funcionará, o LeiaJá responde a algumas dúvidas. Confira:

O que é Novo Ensino Médio 

É um novo modelo de aprendizagem no qual o estudante terá acesso aos conhecimentos essenciais em conjunto com uma formação técnica e profissionalizante. Para isso será implementada uma nova organização curricular, permitindo ao aluno a escolha de quais campos do conhecimento ele pretende se dedicar, conquistando, ao final da sua formação, o certificado regular acompanhado de um certificado de curso técnico ou profissionalizante.

Mudança na carga horária 


Com a iniciativa, a carga horária mínima será ampliada das atuais 800 horas para 1000 horas anuais, chegando a 3000 horas ao fim do ensino médio. Dessa forma, os estudantes terão que dedicar mais tempo aos estudos, ou seja, em vez de 4 horas de aulas por dia passarão a ser 5 horas. 

Essas horas serão distribuídas ao longo dos três anos, em cerca de 60% para os conteúdos essenciais, no caso 1800 horas-aulas, e outros 40%  para os itinerários formativos que irão ocupar 1200 horas-aulas.

Conteúdos 

O componente curricular será composto pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e pelos itinerários formativos. Segundo o MEC, não haverá exclusão de disciplinas mas sim a reformulação das mesmas em quatro áreas de conhecimentos, assim como já é feito no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), são elas: 

- Linguagens e suas Tecnologias

- Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

- Matemática e suas Tecnologias

- Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Já os itinerários formativos, que terão duração de 1200 horas, dizem respeito a um conjunto de unidades curriculares que serão ofertadas segundo a escolha das respectivas instituições de ensino, cada uma deverá oferecer ao menos duas formações, obrigatoriamente. Esses itinerários podem aprofundar os conhecimentos das quatro competências da BNCC ou proporcionar uma formação técnica e profissional (FTP). 

O grande diferencial é que o estudante terá autonomia para escolher a qual itinerário irá se dedicar durante seu ensino médio, havendo um alinhamento dessa formação com suas próprias aptidões como indivíduo e pretensões profissionais.

Como será implementado 

O Novo Ensino Médio será implementado de forma progressiva e tem início neste ano de 2022 para as escolas públicas e particulares. Confira o cronograma disponibilizado pelo MEC: 

1) No ano de 2022: implementação dos referenciais curriculares no 1º ano do ensino médio.
2) No ano de 2023: implementação dos referenciais curriculares nos 1º e 2º anos do ensino médio.
3) No ano de 2024: implementação dos referenciais curriculares em todos os anos do ensino médio.
4) Nos anos de 2022 a 2024: monitoramento da implementação dos referenciais curriculares e da formação continuada aos profissionais da educação.

O que pensam os professores e alunos 

O LeiaJá também conversou com alguns professores que atuam no ensino médio para saber suas opiniões e interrogações sobre o novo modelo. Segundo a professora de língua portuguesa e redação, Beth Andrade, a medida torna a educação mais próxima das necessidades reais dos estudantes atuais.

“É possível perceber que é consoante ao que o Enem vem trabalhando há muitos anos, vai existir essa linearidade com o exame que o aluno estuda o ensino médio inteiro para prestar lá no final e seguir na carreira. Além disso, dá um direcionamento também ao aluno, faz a escola ficar mais interessante, ficar mais conectada com a realidade da vida de cada estudante”, ressalta. 

O Novo Ensino Médio é uma mudança complexa, que precisa do envolvimento de todas as partes que compõem o sistema educacional, desde os órgãos responsáveis até os alunos e professores que irão vivenciar essa transição no dia a dia. Para a professora Beth Andrade, a ideia é positiva, mas existem ressalvas.

“Na teoria, é uma mudança muito atrativa para professores e alunos, porém, na prática, a gente tem o receio se isso realmente irá funcionar em todas as escolas, inicialmente causa um espanto em caso de não haver o suporte adequado", revela Beth Andrade.

A professora ainda ressalta a preocupação com as desigualdades existentes entre as escolas. "Tem o desafio da falta de investimento na formação dos professores e na infraestrutura para suporte desse aumento de carga horária e, consequente, aumento do tempo dos alunos na escola. É preciso haver uma formação assertiva, unânime, existe uma discrepância entre a rede pública e privada, o que é um dos maiores desafios", explica.

O professor de história Everaldo Chaves também demonstrou uma expectativa positiva para o Novo Ensino Médio. “Acredito que a mudança será válida, tornando o ensino básico mais próximo dos anseios dos estudantes, ao mesmo tempo em que gera uma maior autonomia pedagógica e possibilita um protagonismo para os discentes", diz. 

Para o professor,, o desafio também será a preparação de todas as partes para esse novo modelo. “O maior desafio será a adaptação, sem dúvidas. Toda mudança gera uma relativa insegurança junto à comunidade educacional. Para tanto, se faz necessário todo empenho das escolas e poder público para a formação de todos os agentes envolvidos, possibilitando a criação de novas habilidades no menor tempo possível", explica Everaldo.

Com um currículo mais atual, que qualifica o jovem para o mercado de trabalho e ainda oferece uma formação mais alinhada ao Enem, o Novo Ensino Médio é um desafio para todos, inclusive para os estudantes.

Segundo a aluna Alice Padrão, que irá iniciar o 1º ano em 2022, a mudança traz expectativas mas também receios. “Espero que este Novo Ensino Médio venha a melhorar a vida dos estudantes, estimulando eles a gostarem de estudar e se dedicarem ao assunto que têm preferência, mas não deixando de lado as outras matérias. Eu estou bastante receosa sobre esse novo ensino médio pois com ele vem diversas outras mudanças.”, explica. 

Alice ainda destaca suas dúvidas sobre essa nova estrutura: “Para mim seria ótimo ter mais aulas e aprofundar certas matérias que tenho maior afinidade e que vão me preparar para o curso que eu escolher na universidade. Porém, ao mesmo tempo, não sei se diminuir a carga horária de certas matérias (mesmo aquelas que eu não preciso tanto) sejam o ideal a se fazer”, finaliza a estudante.

Quem está prestes a se aposentar precisa estar atento. A reforma da Previdência estabeleceu regras automáticas de transição, que mudam a concessão de benefícios a cada ano.

A pontuação para a aposentadoria por tempo de contribuição e por idade sofreu alterações. Confira abaixo as mudanças que começam a vigorar neste ano.

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Aposentadoria por idade

A regra de transição estabelece o acréscimo de seis meses a cada ano para as mulheres, até chegar a 62 anos em 2023. Na promulgação da reforma da Previdência, em novembro de 2019, a idade mínima estava em 60 anos, passando para 60 anos e meio em janeiro de 2020. Em janeiro de 2021, a idade mínima para aposentadoria das mulheres aumentou para 61 anos. Agora, está em 61 anos e meio em 2022.

Para homens, a idade mínima está fixada em 65 anos desde 2019. Para ambos os sexos, o tempo mínimo de contribuição exigido está em 15 anos.

Aposentadoria por tempo de contribuição

A reforma da Previdência estabeleceu quatro regras de transição, das quais duas previram modificações na virada de 2021 para 2022. Na primeira regra, que estabelece um cronograma de transição para a regra 86/96, a pontuação composta pela soma da idade e dos anos de contribuição subiu em janeiro: para 89 pontos (mulheres) e 99 pontos (homens).

Na segunda regra, que prevê idade mínima mais baixa para quem tem longo tempo de contribuição, a idade mínima para requerer o benefício passou para 57 anos e meio (mulheres) e 62 anos e meio (homens). A reforma da Previdência acrescenta seis meses às idades mínimas a cada ano até atingirem 62 anos (mulheres) e 65 anos (homens) em 2031. Nos dois casos, o tempo mínimo de contribuição exigido é de 30 anos para as mulheres e 35 anos para homens.

Pensão por morte

Depois de mudar em 2021, o tempo de recebimento do benefício ficará inalterado em 2022. Segundo a Lei 13.135, de 2015, a cada três anos, um ano é acrescido nas faixas etárias estabelecidas por portaria do governo federal editada em 2015. Como a última alteração ocorreu em 2021, as idades mínimas dos pensionistas só voltarão a aumentar em 2024.

Atualmente, o pensionista com menos de 22 anos de idade receberá a pensão por até três anos. O intervalo sobe para seis anos para pensionistas de 22 a 27 anos, 10 anos para pensionistas de 28 a 30 anos, 15 anos para pensionistas de 31 a 41 anos e 20 anos para pensionistas de 42 a 44 anos. Somente a partir de 45 anos, a pensão passa a ser vitalícia.

A medida vale para os novos pensionistas. Beneficiários antigos estão com direito adquirido.

Por meio de Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, o Programa Universidade Para Todos (ProUni) sofreu alterações. Entre as mudanças, estudantes oriundos de escolas particulares não-bolsistas também podem participar da seletiva para concessão de bolsas em instituições de ensino superior privadas. O secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação, Wagner Vilas Boas, falou sobre as modificações.

Em entrevista à emissora CNN, na última quarta-feira (8), ele ressaltou que a alteração é uma possibilidade de atender também àqueles que foram afetados economicamente durante a pandemia. “Nós tivemos a pandemia, que se arrasta por dois anos, tivemos aumento da evasão no ensino superior, vagas ociosas. E gente querendo entrar”, explicou.

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Além disso, de acordo com o secretário, a inclusão de alunos de escolas particulares é uma medida para preencher vagas ociosas do programa. "38% das vagas não foram preenchidas ao longo dos últimos 15 anos, desde quando o programa foi criado", disse o secretário.

"Precisamos deixar claro que o objetivo principal do ProUni é atender, justamente, essa população mais pobre, a população de baixa renda e isso não foi alterado. O ProUni visa atender, com bolsas de 100%, os estudantes que têm renda familiar per capita de, até, 1,5 salário mínimo e com bolsa de 50% os estudantes que têm renda per capita de, até, três salários mínimos. Isso não foi alterado. Portanto, o ProUni continua e continuará beneficiando a população mais pobre. Não houve alteração nesse ponto", ressalta Vilas Boas.

O secretário de ensino superior do MEC também aponta que, em 2020, 250 mil vagas não foram ocupadas, com uma pequena queda em 2021, com 180 mil vagas ociosas em todo o país. Com a MP, quem paga escola privada integralmente ou tem bolsa parcial, poderá concorrer a essas vagas.

Wagner Vilas Boas explica que esta categoria estudantil poderá pleitear a uma bolsa oferecida pelo ProUni "desde que o critério de renda dele seja atendido também. Então, nós estamos fazendo uma correção de rumos na política".

A Samsung Electronics, em uma decisão inesperada, substituiu os chefes de suas três principais unidades de negócios e fundiu os negócios de celulares e de eletrônicos de consumo da empresa em uma única unidade.

As mudanças deixam dois co-CEOs no topo da maior fabricante mundial de smartphones, televisores e semicondutores. A Samsung tem planos ambiciosos de investimento para competir com a Taiwan Semiconductor Manufacturing na fabricação de chips avançados, enquanto se esforça para afastar os rivais chineses com telefones e outros aparelhos.

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Kyung Kye-hyun, 58 anos, vai liderar o negócio de componentes da empresa, depois de ter sido CEO de outra afiliada da Samsung que fabrica outros tipos de peças de tecnologia. Han Jong-hee, 59, um veterano do negócio de TV da Samsung, comandará a unidade combinada de produtos eletrônicos para celulares e consumidores.

A combinação de celulares e de produtos eletrônicos de consumo reconhece como as fontes de lucros da empresa mudaram ao longo dos anos. No início dos anos 2000, as TVs de tela plana impulsionavam o desempenho, então os smartphones assumiram a dianteira dos negócios durante grande parte dos anos 2010. Os semicondutores estão gerando resultados agora.

A Samsung mudou para uma estrutura de CEOs múltiplos em 2013. Naquela época, a empresa sul-coreana estava envolvida em litígios de patentes com a Apple sobre smartphones, enquanto sua unidade de eletrônicos de consumo se tornava mais formidável.

Ao dividir a empresa em três unidades separadas, as unidades de telefones e eletrodomésticos da Samsung poderiam evitar um potencial conflito de interesses com seu negócio de componentes - que vendia peças para a Apple e outras rivais de eletrônicos, disseram analistas da indústria na época.

A gigante da tecnologia optou pela continuidade da liderança, enquanto seu líder de facto, Lee Jae-yong, estava atrás das grades por subornar o ex-presidente da Coreia do Sul. Mas Lee, neto de 53 anos do fundador da Samsung, foi libertado em liberdade condicional em agosto. Todas as decisões importantes exigem sua aprovação. Os apoiadores de Lee argumentaram que a Samsung estava em um estado de paralisia corporativa durante sua ausência.

A TV Globo continua na missão de reformular seu quadro de funcionários. Dessa vez, dois veteranos do jornalismo foram desligados da emissora: Francisco José e Renato Machado. Ambos tinham mais de 40 anos de trabalhos prestados à rede global. 

Segundo o site ‘Notícias da TV’, Ali Kamel, diretor de jornalismo da Globo, teria enviado aos dois jornalistas, nesta segunda (29), um e-mail para despedir-se. Nas mensagens, o diretor agradeceu a ambos pelo profissionalismo e pela contribuição à história da empresa.

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Renato Machado estava na emissora desde 1982 e, atualmente, produzia reportagens especiais para o Globo Repórter. Já Francisco José, estava na empresa há 46 anos e era uma referência, sobretudo no Nordeste. Os dois se juntam a uma lista de nomes que também foram dispensados da TV Globo como Alberto Gaspar, Ari Peixoto e José Hamilton Ribeiro. 

A partir desta segunda-feira (29) passam a valer duas novas modalidades do Pix: Saque e Troco. Os usuários poderão fazer saques em locais como padarias, lojas de departamento e supermercados, não apenas em caixas eletrônicos.

Segundo o Banco Central (BC), a oferta dos dois novos produtos da ferramenta aos usuários é opcional, cabendo a decisão final aos estabelecimentos comerciais, às empresas proprietárias de redes de autoatendimento e às instituições financeiras.

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Pix Saque

O Pix Saque permitirá que os clientes de qualquer instituição participante do sistema realizem saque em um dos pontos que ofertar o serviço.

Estabelecimentos comerciais, redes de caixas eletrônicos compartilhados e participantes do Pix, por meio de seus serviços de autoatendimento próprios, poderão ofertar o serviço. Para ter acesso aos recursos em espécie, o cliente fará um Pix para o agente de saque, em dinâmica similar à de um Pix normal, a partir da leitura de um QR Code ou do aplicativo do prestador do serviço.

Pix Troco

No Pix Troco, a dinâmica é praticamente idêntica. A diferença é que o saque de recursos em espécie pode ser feito durante o pagamento de uma compra ao estabelecimento. Nesse caso, o Pix é feito pelo valor total, ou seja, da compra mais o saque. No extrato do cliente aparecerá o valor correspondente ao saque e à compra.

Limite

O limite máximo das transações do Pix Saque e do Pix Troco será de R$ 500,00 durante o dia, e de R$ 100,00 no período noturno (das 20h às 6h). De acordo com o BC, haverá, no entanto, liberdade para que os ofertantes dos novos produtos do Pix trabalhem com limites inferiores a esses valores, caso considerem mais adequado aosseus fins.

Tarifas

De acordo com o BC, não haverá cobrança de tarifas para clientes pessoas naturais (pessoas físicas e microempreendedores individuais) por parte da instituição detentora da conta de depósitos ou da conta de pagamento pré-paga para a realização do Pix Saque ou do Pix Troco em até oito transações mensais. A partir da nona transação realizada por mês, as instituições financeiras ou de pagamentos detentoras da conta do usuário pagador podem cobrar uma tarifa pela transação.

O valor da tarifa cobrada é de livre estabelecimento pela instituição e deve ser informado ao usuário pagador antes da etapa de confirmação da transação. “Os usuários nunca poderão ser cobrados diretamente pelos agentes de saque”, destacou a instituição.

O BC explica ainda que os quatro saques tradicionais gratuitos realizados pelo usuário fora do âmbito do Pix Saque e Pix Troco podem ser descontados da franquia de gratuidades (oito por mês). Ou seja, se o usuário realizar um saque da sua conta, sem ser por meio do Pix Saque ou Pix Troco, esse saque poderá ser contabilizado e sua franquia de gratuidades poderá ser reduzida de oito para sete, a critério da instituição.

Para o comércio que disponibilizar o serviço, as operações do Pix Saque e do Pix Troco representarão o recebimento de uma tarifa que pode variar de R$ 0,25 a R$ 0,95 por transação, a depender da negociação com a sua instituição de relacionamento.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou, nesta segunda-feira (22), o que chamou de "questões de ideologia" apresentadas, segundo ele, no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que teve a primeira etapa de aplicação realizada nesse domingo (21). Bolsonaro, contudo, não especificou sobre quais questionamentos se referia ao pontuar tal ideologia. 

"Tão acusando o Milton [Ribeiro, ministro da Educação] de ter interferido na elaboração das provas. Se ele tiver essa capacidade e eu, não teria nenhuma questão de ideologia nesse Enem agora, que teve ainda. Você é obrigado a aproveitar banco de dados de anos anteriores. Você e obrigado a aproveitar isso aí. Dá para mudar? Já está mudando", declarou durante conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.

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Na semana passada, uma fala do presidente gerou especulações sobre como seria a prova deste ano. Na ocasião, Bolsonaro disse que o Enem estava ficando com a 'cara do governo' dele. Houve uma expectativa de interferência da gestão no exame, inclusive após o pedido de demissão em massa de servidores do Inep e denúncias.

Com a PEC dos precatórios em pauta na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 27, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) declarou ser importante achar uma solução para o pagamento das dívidas da União, mas mantendo em vista o respeito ao teto de gastos. Pacheco elogiou o texto proposto pelo relator Hugo Motta (Republicanos-PB), que na sua avaliação, busca "compatibilizar a necessidade de pagar os precatórios com a observância do teto de gastos públicos", enquanto busca abrir espaço fiscal para viabilizar o Auxilio Brasil - "que todos nós concordamos que precisa existir". Declarou também não ver a PEC como algo "eleitoreiro".

Na defesa da construção de um programa de auxílio aos vulneráveis, Pacheco respondeu às críticas que o governo vem recebendo devido ao balé que a equipe econômica tem feito para viabilizar o benefício. De acordo com o parlamentar, "é importante não deixar contaminar o momento de agora por algo de cunho eleitoral".

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Em entrevista coletiva, o parlamentar também voltou a falar da importância do diálogo entre os Poderes para dar uma solução à matéria. Pacheco declarou que as conversas entre Legislativo e Executivo vão continuar, e que o que é de 2022 - em referência às eleições - "é para 2022". "Para enfrentamento da inflação, câmbio, juros e pobreza, estamos no mesmo lado."

"Tão logo a Câmara dos Deputados aprecie e aprove essa proposta de emenda da Constituição, eu vou cuidar para que o Senado faça o mesmo, com o tempo necessário de reflexão, mas com a ligeireza necessária para poder se dar solução definitiva para esse problema", disse ele.

Aprovado na semana passada na comissão especial que analisou o tema, o relatório da PEC adia o pagamento de parte das dívidas judiciais do governo e altera a regra de correção do Teto de Gastos. Juntos, os dois dispositivos abrirão uma folga orçamentária para bancar um auxílio de R$ 400 mensais para 17 milhões de famílias no próximo ano, quando o presidente Jair Bolsonaro buscará a reeleição.

A PEC vem sendo alvo de críticas por parte de alguns parlamentares, o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), afirmou recentemente ser contra " a todo tipo de estripulias na questão dos precatórios para furar o teto".

Como mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o valor exato dessa folga extra que o governo terá para gastar em 2022 ainda é uma incógnita. Simulações internas do governo apontam que haverá um espaço de R$ 83,6 bilhões, mas, no mercado, as contas indicam um valor ainda maior, passando dos R$ 90 bilhões.

Falta pouco menos de um ano para as eleições de 2022 e os eleitores brasileiros irão às urnas com novas regras eleitorais. Promulgada pelo Congresso Nacional na semana passada, as regras serão aplicadas nas eleições para presidente e vice-presidente da República, de 27 governadores e vice-governadores de estado e do Distrito Federal, de 27 senadores e de 513 deputados federais, além de deputados estaduais e distritais.

O pleito será realizado em primeiro turno no dia 2 de outubro e, o segundo turno, ocorrerá no dia 30 do mesmo mês.

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Conheça as regras:

Recursos

Para incentivar candidaturas de mulheres e negros, a nova regra modifica contagem dos votos para efeito da distribuição dos recursos dos fundos partidário e eleitoral nas eleições de 2022 a 2030. Serão contados em dobro os votos dados a candidatas mulheres ou a candidatos negros para a Câmara dos Deputados nas eleições realizadas durante esse período.

Fundo eleitoral

Em 2022, o Fundo Especial de Financiamento de Campanha - chamado de fundo eleitoral - terá R$ 5,7 bilhões. Esse é o valor previsto para o financiamento de campanhas políticas. Os recursos são divididos da seguinte forma:

- 2% dos recursos do fundo devem ser divididos entre todos os partidos, sendo o marco temporal a antecedência de seis meses da data do pleito.

- 35% dos recursos devem ser divididos entre os partidos na proporção do percentual de votos válidos obtidos pelas siglas que tenham pelo menos um representante na Câmara dos Deputados, tendo por base a última eleição geral. Nos casos de incorporação ou fusão de partidos, os votos dados para o partido incorporado ou para os que se fundirem devem ser computados para a sigla incorporadora ou para o novo partido.

- 48% dos recursos do fundo serão divididos entre os partidos na proporção do número de representantes na Câmara dos Deputados na última eleição geral. Pela regra, partidos que não alcançaram a cláusula de barreira, contam-se as vagas dos representantes eleitos, salvo os deputados que não tenham migrado para outra legenda.

- 15% dos recursos do fundo devem ser divididos entre os partidos, na proporção do número de representantes no Senado, contabilizados aos partidos para os quais os senadores foram eleitos.

Fundo partidário

Já o Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos ou fundo partidário é destinado às siglas que tenham seu estatuto registrado no Tribunal Superior Eleitoral e prestação de contas regular perante a Justiça Eleitoral. Distribuído anualmente, o fundo partidário deve alcançar R$ 1,2 bilhão em 2022 e R$ 1,65 bilhão em 2023. A divisão é feita da seguinte forma:

- 5% do total do Fundo Partidário serão divididos, em partes iguais, a todos os partidos aptos que tenham seus estatutos registrados no Tribunal Superior Eleitoral;

- 95% do total do Fundo Partidário serão distribuídos a eles na proporção dos votos obtidos na última eleição geral para a Câmara dos Deputados.

Nova data de posse

A emenda à Constituição modifica o dia da posse do presidente da República para 5 de janeiro e dos governadores para 6 de janeiro a partir de 2027. Atualmente, presidente e os governadores tomam posse no dia 1º de janeiro. No caso da próxima eleição, em 2022, a data de posse em 2023 permanecerá no primeiro dia do ano.

Fidelidade partidária

As novas regras permitirão que parlamentares que ocupam cargos de deputado federal, estadual e distrital e de vereador possam deixar o partido pelo qual foram eleitos, sem perder o mandato, caso a legenda aceite. 

O texto permite ainda que partidos que incorporem outras siglas não sejam responsabilizados pelas punições aplicadas aos órgãos partidários regionais e municipais incorporados e aos antigos dirigentes do partido incorporado, inclusive as relativas à prestação de contas.

Antes da mudança, a lei eleitoral permitia que parlamentares mantivessem o mandato apenas nos casos de “justa causa”, ou seja, mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário; grave discriminação política pessoal; e se o desligamento fosse 30 dias antes do prazo de filiação exigido em lei para disputar a eleição.

A incorporação de partidos também foi disciplinada pela emenda. Pelo texto, a sigla que incorporar outras legendas não será responsabilizada pelas sanções aplicadas aos órgãos partidários regionais e municipais e aos antigos dirigentes do partido incorporado, inclusive as relacionadas com prestação de contas.

Plebiscitos

A emenda constitucional incluiu a previsão para a realização de consultas populares sobre questões locais junto com as eleições municipais. Essas consultas terão que ser aprovadas pelas câmaras municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral em até 90 dias antes da data das eleições. Os candidatos não poderão se manifestar sobre essas questões durante a propaganda gratuita no rádio e na televisão.

Federação partidárias

Apesar de não fazer parte da Emenda Constitucional 111, outra mudança nas regras eleitorais terá validade no próximo pleito. Ao derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro, o Congresso Nacional validou o projeto que permite a reunião de dois ou mais partidos em uma federação.

A federação partidária possibilita aos partidos, entre outros pontos, se unirem para atuar como uma só legenda nas eleições e na legislatura, devendo permanecer assim por um período mínimo de quatro anos. As siglas que integram o grupo mantêm identidade e autonomia, mas quem for eleito devem respeitar a fidelidade ao estatuto da federação.

Outras modificações

A Câmara dos Deputados aprovou ainda outra proposta com a revisão de toda a legislação eleitoral. A modificação do novo código consolida, em um único texto, a legislação eleitoral e temas de resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A legislação eleitoral tem, ao todo, 898 artigos e reúne, entre outros pontos, a Lei das Eleições, a Lei dos Partidos Políticos, a Lei das Inelegibilidades e a Lei do Plebiscito.

Pelo texto aprovado na Câmara estabelece a quarentena de diversas carreiras. A proposta aprovada pelos deputados exige o desligamento de seu cargo, quatro anos antes do pleito, para juízes, membros do Ministério Público, policiais federais, rodoviários federais, policiais civis, guardas municipais, militares e policiais militares.

Entre as inovações da nova regra eleitoral está a autorização para candidaturas coletivas para os cargos de deputado e vereador. O partido deverá autorizar e regulamentar essa candidatura em seu estatuto ou por resolução do diretório nacional, mas a candidatura coletiva será representada formalmente por apenas uma pessoa.

No entanto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), avaliou que não havia tempo hábil para analisar as propostas de alteração ao código eleitoral a tempo de vigorar para as eleições de 2022. De acordo com o Artigo 16 da Constituição Federal, "a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência". A matéria ainda aguarda votação no Senado e não terá vigor nas próximas eleições.

Após uma reunião com líderes políticos e equipe econômica, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que apresentará ao Congresso Nacional uma "solução" para o pagamento de precatórios que retirará do teto de gastos cerca de R$ 50 bilhões em dívidas judiciais a serem pagas no próximo ano.

De acordo com Pacheco, a ideia é corrigir o valor pago com precatórios em 2016, ano em que o teto de gastos foi instituído, e travar o pagamento das despesas nesse valor, que seria de cerca de R$ 39 bilhões a R$ 40 bilhões.

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Com isso, o restante dos R$ 89,1 bilhões previstos para o ano de 2022 seria "alheio ao limite do teto", e poderia ser transferido para 2023. "Há três conceitos que devemos conciliar, o pagamento de precatórios, o teto de gastos e um programa social robusto. A preocupação maior da reunião é abrir espaço para um programa social de atendimento às pessoas", afirmou.

Segundo o presidente do Senado, serão privilegiados no pagamento precatórios de menor valor. Serão consideradas alternativas para pagar o restante do montante, como encontro de contas e pagamentos com ativos. "Caso não haja possibilidade, a ideia é transferir para 2023 respeitando teto de gastos públicos", completou.

Pacheco ressaltou que a proposta vai ser submetida aos líderes da Câmara e do Senado. O objetivo é encontrar ainda nesta semana uma solução sobre o pagamento dos precatórios - dívidas reconhecidas da União que formam uma bomba fiscal de R$ 89,1 bilhões para 2022 - sem estourar o teto de gastos e ainda com espaço no Orçamento para bancar o novo programa social do governo, o Auxílio Brasil. A solução passaria pela votação de um texto para a PEC dos Precatórios que possa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.

Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) na segunda-feira, as negociações agora passam por uma proposta para retirar excepcionalmente em 2022 uma parte dos gastos maiores com precatórios do teto de gastos. Essa seria uma tentativa de solução conciliatória para atender a todas as partes envolvidas no impasse.

Pela proposta, o governo manteria no Orçamento o pagamento dos cerca de R$ 57 bilhões de precatórios que já estavam previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), adiando apenas a diferença da conta total final de R$ 89,1 bilhões.

Uma nova rodada de conversas, agora com a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes, foi agendada pelos presidentes do Senado e Câmara, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e Arthur Lira (PP-AL), para esta terça-feira (21). Eles querem encontrar, ainda nesta semana, uma solução sobre o pagamento dos precatórios, dívidas reconhecidas da União que somam uma conta de R$ 89 bilhões em 2022, sem estourar o teto de gastos e ainda com espaço no Orçamento para bancar o programa social do governo, o Auxílio Brasil.

Segundo a regra do teto de gastos, as despesas previstas no Orçamento não podem crescer mais do que a inflação do ano anterior, o que limita o espaço do governo para gastos no ano que vem.

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O governo Bolsonaro defende uma ampliação do novo Bolsa Família, mas o Orçamento ficou limitado por causa do pagamento de precatórios, bem acima dos R$ 54 bilhões pagos este ano. Além disso, a alta da inflação também limita o espaço no teto de gastos, uma vez que os benefícios previdenciários são reajustados de acordo com o INPC.

O governo propôs inicialmente parcelar as despesas com as dívidas judiciais com valores acima de R$ 66 milhões (60 mil salários mínimos), por meio de uma PEC.

A proposta foi criticada por especialistas como uma espécie de calote, mas foi aprovada recentemente na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Outras propostas em estudo incluem a retirada dos precatórios, ou de parte deles, da regra do teto de gastos, ou colocar um limite para o crescimento das dívidas judiciais, também atrelado à inflação -- como ocorre com as demais despesas do governo, por causa da regra do teto de gastos.

A solução do impasse, segundo Lira, é a votação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que possa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado. "Não há outro caminho que não seja, nesse momento, a votação de uma PEC na Câmara e essa mesma PEC, no Senado. Por isso que nós precisamos ter muita cautela no encaminhamento desses temas, como bem frisou o presidente Rodrigo [Pacheco], mantendo respeito ao teto, mantendo o respeito às decisões judiciais, levando em conta a questão urgente de se realinhar um novo programa social, mais justo e amplo, para esse momento. Mas o caminho a ser seguido é o caminho legislativo", disse Lira ao final da reunião da segunda-feira, 20.

O encontro da segunda-feira, na residência oficial da Câmara, não teve a participação de Guedes. Conversaram Lira, Pacheco e o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE). "Esse assunto deve ser tratado com a máxima responsabilidade. Nós não finalizamos ainda o entendimento completo sobre o assunto. Faremos outra reunião amanhã [terça]", anunciou Lira.

O presidente do Senado enfatizou a urgência do problema e disse acreditar que uma solução poderá ser encontrada ainda esta semana. "Nós temos de ter responsabilidade fiscal. Isso é uma tônica que a gente busca imprimir no Senado e na Câmara. Portanto, não é uma equação fácil. É uma operação complexa e nós temos de exaurir todas as alternativas", disse Pacheco.

Ele afirmou que a participação do Poder Executivo é imprescindível no debate. Por isso, uma nova reunião com a presença de Guedes foi agendada para a manhã desta terça-feira, às 10 horas.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira (25) que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, "está no comando" de uma solução para o impasse envolvendo a fatura dos precatórios, como são chamadas as dívidas judiciais após sentença definitiva. Ele indicou que uma "modulação" das decisões, isto é, uma negociação sobre a forma do pagamento poderia resolver a questão.

A conta dos precatórios para 2022 chegou a R$ 89,1 bilhões, um crescimento acima de 60% em relação à despesa programada para este ano, e consumiu toda a folga fiscal que estava reservada para políticas como a ampliação do Bolsa Família. Guedes já se referiu a essa fatura como "meteoro" a atingir as finanças da União.

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O governo chegou a encaminhar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para parcelar essas dívidas, mas a medida tem enfrentado resistências no Congresso e ganhou o selo de "calote" no mercado financeiro - rótulo que a equipe econômica nega. Diante das dificuldades, outros ministros do governo têm defendido abrir o diálogo e pensar em alternativas, como mostrou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

"Nunca vamos questionar decisões do Supremo. Mas nós vamos dizer o seguinte: quanto a gente consegue executar constitucionalmente", disse Guedes nesta quarta-feira (25). Ele lembrou que o governo precisa respeitar o teto de gastos (regra que limita o avanço das despesas à inflação) e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

"Se me der uma conta três vezes maior do que podemos pagar, temos de pedir clemência e uma solução. E eu tenho certeza que o Supremo nos dará essa solução. Ministro Luiz Fux está no comando dessa solução. Temos vários juízes (ministros) do STF que são muito sensíveis a isso e eles têm a solução, que é a modulação", acrescentou o ministro da Economia.

Com algum tipo de negociação, na avaliação de Guedes, o planeta ganharia uma "camada de proteção" contra o meteoro, que viraria uma "pedrinha".

Após aprovar o texto-base da reforma política, a comissão especial da Câmara manteve o fim do segundo turno nas eleições a partir de 2024. O destaque que suprimia esse trecho foi apresentado pelo MDB, que até tentou retirá-lo, mas perdeu o prazo para fazer o requerimento.

Com a manutenção do texto, a comissão concluiu a apreciação do texto da reforma política e de seus quatro destaques e encerrou a sessão na noite desta segunda-feira (9). Agora, o parecer seguirá para o Plenário da Câmara.

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Apenas o destaque que suprimia o sistema distritão misto a partir de 2026 foi aprovado. No distritão misto, metade das vagas seriam ocupadas pelos mais eleitos e a outra metade pelo sistema proporcional. Assim, o texto aprovado na comissão muda o sistema apenas para 2022, com o distritão. Já as coligações voltam a valer nas eleições proporcionais de 2024 de forma definitiva.

O parecer aprovado, a deputada Renata Abreu (Podemos-SP) manteve o modelo de voto preferencial, em que o eleitor vote em até cinco candidatos a presidente, governador ou prefeito, em ordem decrescente de preferência, a partir de 2024. Essa proposta acaba com a possibilidade de segundo turno nas eleições para os cargos majoritários. Pelo texto, será considerado eleito presidente o candidato que obtiver a maioria absoluta das primeiras escolhas do eleitor, não computados os votos em branco e os nulos.

O presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta terça-feira (27) que, apesar de seu governo, inicialmente, ter escolhido seus ministros baseado em questões técnicas, "pouco políticas", foi necessário se moldar em busca de apoio e entendimento do Congresso.

"Tive a oportunidade ímpar, como chefe do Executivo, de escolher nosso ministério, baseado em questões técnicas. Abandonamos um pouco a questão política, mas vimos que era necessário, cada vez mais, buscar o apoio e entendimento do parlamento brasileiro. Fomos nos moldando, mas, desde o início, aquela bandeira colocamos em prática: o efetivo combate à corrupção", disse o presidente em discurso na cerimônia de lançamento do Sistema de Integridade Pública do Poder Executivo Federal, realizada no final desta tarde no Palácio do Planalto.

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Nesta manhã, o presidente reuniu-se com o senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI), cuja nomeação ao posto de ministro-chefe da Casa Civil deve ser oficializada em breve. Integrante do chamado 'centrão' e réu na Operação Lava-Jato, o parlamentar substituirá o general Luiz Eduardo Ramos, que seguirá no Planalto, na Secretaria-Geral da Presidência da República.

Nogueira, que compareceu à solenidade, foi aliado de Lula, principal antagonista de Bolsonaro no horizonte eleitoral de 2022. Em 2017, às vésperas do pleito presidencial de 2018, chamou o atual presidente de fascista e declarou apoio ao petista, a quem se referiu como o melhor presidente da história. Enalteceu programas sociais de transferência de renda, como Bolsa Família, responsável, em sua avaliação, por melhorar indicadores socioeconômicos do Nordeste, e o programa de moradias populares Minha casa Minha Vida.

Durante a solenidade, Bolsonaro destacou resultados de estatais e insistiu no discurso de que não existem acusações de corrupção contra o governo, apesar das recentes denúncias de irregularidades na aquisição de vacinas contra a covid-19 pelo Ministério da Saúde. Em escândalo recente, o ex-chefe da pasta Eduardo Pazuello teve seu depoimento à CPI da Covid, no qual afirmou não ter participado de negociações de compra de imunizantes, contraditado por vídeo em que aparece em reunião com intermediários interessados na venda de doses da Coronavac por valor superior ao oferecido pelo Instituto Butantan.

"Dois anos e meio (de governo) sem qualquer acusação de corrupção realmente é uma coisa fantástica. Mas não consideramos virtude, é obrigação. É o mínimo que podemos fazer com nossa população", disse Bolsonaro nesta tarde.

O presidente Jair Bolsonaro anunciou, nesta quarta-feira (21), que haverá uma "pequena" mudança ministerial na segunda-feira (26). Em entrevista nesta manhã à Jovem Pan Itapetininga, o chefe do Executivo afirmou que os novos ministros foram escolhidos "com critério técnico", sem dar mais detalhes.

Como mostrou o Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Nessa terça-feira (20), Bolsonaro tem sido pressionado pelo Centrão a mexer na articulação política do governo e a substituir os ministros da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, e da Secretaria-Geral, Onyx Lorenzoni. Segundo apuração, um dos nomes cogitados para a cadeira de Ramos é o do senador Ciro Nogueira (PI), presidente do Progressistas. Aliados do governo avaliam que Bolsonaro precisa contemplar o Senado, principalmente agora quando está acuado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.

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"É para a gente continuar administrando o Brasil", comentou Bolsonaro sobre a nova mudança. O chefe do Executivo pontua que sabia que assumir a Presidência "não era fácil, mas realmente é muito difícil". "Não recomendo essa cadeira para os meus amigos", declarou. Bolsonaro avalia que seu estado de saúde está bom, após internação na semana passada por conta de uma obstrução intestinal - e disse que vem trabalhando na mudança que será anunciada na semana que vem.

Os candidatos inscritos para realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 poderão alterar alguns dados pessoais após o momento do cadastro, até o fim do período de inscrições, que vai até 14 de julho. O alerta é do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), entidade responsável por organizar a prova.

Entre as edições permitidas estão inclusas a alteração da língua estrangeira de escolha, sendo as opções inglês ou espanhol, mudança do endereço residencial, foto de identificação anexada, além do município de realização das provas e do tipo de atendimento especializado necessário, esse último é disponível apenas para quem for prestar o exame no formato impresso.

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O Inep ainda alerta que alguns dados não podem ser alterados, como o questionário socioeconômico, o número de identificação social (NIS) e os dados informados sobre o ensino médio. As provas do Enem 2021 serão realizadas nos dias 21 e 28 de novembro, e é a segunda edição que conta com aplicação de provas no formato digital.

O Google anunciou nesta segunda-feira (14), que qualquer usuário com uma conta Gmail poderá ter acesso ao seu pacote de aplicativos e serviços relacionados ao Workspace, expandindo o conjunto de ferramentas colaborativas, hoje restrito a equipes de trabalhos de empresas.

A principal mudança será uma integração entre o Gmail, Docs e Chat, sendo possível, inclusive, iniciar uma conversa de trabalho por e-mail, e deslizar a tela para acessar uma planilha compartilhada para concluir o assunto no chat. Dessa forma, o Google Chat passa a estar disponível a todos os usuários, além de funcionar de maneira conjunta com o Gmail.

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Na prática, as mudanças e interações, que ainda parecem confusas, atuarão para que os usuários possam alternar facilmente entre diversas modalidades de comunicação, sem perder o contexto. Assim, se a pessoa desejar evoluir um e-mail para uma discussão com um grupo, poderá fazê-lo sem sair do conjunto. A empresa estima que cerca de 3 bilhões de usuários farão uso das novas funcionalidades.

 

 

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