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O governador Paulo Câmara (PSB) afirmou, nesta terça-feira (9), que o país vive momento de “confusões” e mesmo com as dificuldades na relação do Estado com a União é preciso buscar unidade com os municípios para garantir os serviços à população. As declarações do pessebista foram expostas durante a abertura do Seminário dos Municípios Pernambucanos, em Olinda. 

“Em um momento difícil por que passa o Brasil, numa crise que tem dificultado o dia a dia dos Estados e as administrações dos municípios, a gente vê cada vez mais a necessidade de unidade na discussão em relação aos temas nacionais, que são urgentes e imprescindíveis, mas que sempre estão ficando à margem de uma discussão necessária em relação à federação brasileira”, argumentou Paulo Câmara. 

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Para uma plateia de prefeitos e gestores municipais, o governador ressaltou também a necessidade de “trabalhar de forma integrada, juntos, União, Estados e municípios, e buscar, principalmente nos municípios, as diretrizes necessárias para alcançar as pessoas”. 

“As dificuldades federativas reconhecemos. As dificuldades de relação com a União diante dessas confusões que vemos no Brasil são claras”, observou, sem detalhar que confusões seriam essas. “Então temos que buscar, entre os entes que estão juntos, as diretrizes necessárias para alcançar as pessoas. A ponta é que precisa realmente do trabalho. Olhar para todos. Não dá para governar olhando região A, B ou C; e lutar, principalmente, do lado do que mais precisa, do mais pobre e mais vulnerável”, acrescentou. 

Ainda no discurso, após fazer um apanhado das ações do seu governo e projetar expectativas para este semestre, o governador pernambucano ressaltou também que estava trabalhando para “construir o caminho da minoria” e “nesse sentido, em contraponto a muita coisa que a gente não concorda e está acontecendo no Brasil, não podemos deixar essas confusões em Brasília chegar a Pernambuco”. 

Logo após o evento, Paulo deixou o auditório do Centro de Convenções sem falar com a imprensa. Apesar de não citar diretamente, uma das confusões que o governador deixou a entender que Brasília enfrentava é a reforma da Previdência, que está sendo discutida hoje no plenário da Câmara dos Deputados. O texto exclui Estados e municípios da mudança nas regras da aposentadoria.

Lideranças da oposição informaram que os partidos de esquerda estudam a possibilidade de apresentar um destaque no plenário da Câmara para a inclusão de Estados e municípios na proposta de reforma da Previdência.

Como apurou o Estadão/Broadcast, a articulação foi avaliada pelos partidos do chamado Centrão. A estratégia da oposição visa a atrasar a votação, já que a medida é polêmica e deve provocar discussões calorosas e divergências no plenário.

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A oposição vai definir quais destaques deve apresentar nesta terça-feira, 9, depois da reunião das lideranças na Câmara.

A inclusão de Estados e municípios na reforma da Previdência é uma medida considerada polêmica.

Na segunda-feira, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) disse a investidores em Londres que tal proposta poderia ajudar a reforma da Previdência a se tornar "mais duradoura". O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), porém, já disse que a inclusão poderia inviabilizar a reforma, uma vez que tiraria votos de bancadas que já apoiam o texto.

A reunião dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), com governadores teve início nesta manhã de terça-feira, 2, na residência oficial da Câmara em Brasília.

Estão presentes os governadores do Ceará, Camilo Santana (PT), da Paraíba, João Azevedo (PSB), do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), e de Alagoas, Renan Filho (MDB), além do líder do governo na Câmara, major Vitor Hugo (PSL-GO), o líder da maioria na Casa, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), o líder do PSL, delegado Waldir (PSL-GO), e o deputado Coronel Tadeu (PSL-SP).

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O grupo discute a reinclusão de Estados e municípios na proposta da reforma da Previdência, mas ainda não há acordo porque os governadores não conseguiram garantir a entrega dos votos de deputados aliados para aprovar a reforma.

Segundo Waldir e Tadeu, será discutido também o abrandamento das regras de aposentadoria para profissionais da área de segurança pública. Eles querem que a questão seja acatada pelo relator da proposta, Samuel Moreira (PSDB-SP), já no seu texto final para que não seja apresentado um destaque sobre o tema na hora da votação, o que poderia atrasar a tramitação da proposta.

Deputados do PSL, no entanto, defendem a apresentação do destaque caso a mudança não seja incluída já no relatório.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se reunirá com governadores do Nordeste nesta terça-feira (2) para tratar da reinclusão de Estados e municípios no texto da reforma da Previdência. Os chefes dos executivos locais, no entanto, também apresentarão uma agenda de projetos que podem levar mais recursos aos entes federativos no curto prazo. A reunião foi confirmada por assessorias de governadores que estarão presentes ao encontro.

Como o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, mostrou mais cedo, a negociação está travada e a avaliação é de que será muito difícil viabilizar o acordo. Parlamentares já consideram tratar do assunto em um segundo momento, com a apresentação de um projeto de lei complementar ou outra medida após a aprovação da reforma pela Câmara.

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A percepção é que os governadores do Nordeste não serão capazes de convencer suas bancadas e garantir a entrega dos votos para a aprovação da reforma. Os gestores estaduais estão mais empenhados no encaminhamento de um pacote de projetos que pode gerar receita às suas regiões no curto e no médio prazos do que na reforma da Previdência. Alguns avaliam que, além de gerar recursos apenas a longo prazo, a proposta tem caráter impopular e pode trazer consequências para o debate eleitoral do ano que vem.

Os governadores querem que o Congresso aprove o projeto do bônus de assinatura do pré-sal e o da securitização. Na semana passada, a Câmara já aprovou a proposta que trata da distribuição de recursos do fundo social do pré-sal.

Encerra nesta sexta-feira (28) o prazo para que os profissionais do Programa Mais Médicos se apresentem nos municípios para os quais foram selecionados, dando início às atividades nas unidades de saúde de mais de mil locais brasileiros e em dez Distritos Sanitários Especiais Indígenas.

Ao todo serão 1.975 profissionais selecionados durante o 18º ciclo do programa. Segundo o Ministério da Saúde, o reforço beneficiará mais de 6 milhões de pessoas que vivem nas áreas mais vulneráveis do Brasil.

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Algumas delas com histórica dificuldade de acesso, caso de localidades ribeirinhas, fluviais, quilombolas e indígenas.

Nesta primeira fase do 18º ciclo do programa, a seleção priorizou a participação de profissionais “formados e habilitados com registro do Conselho Regional de Medicina (CRM)”, preferencialmente “com perfil de atendimento para a Atenção Primária”.

Para tanto, o Ministério da Saúde estabeleceu “critérios de classificação, como títulos de Especialista e/ou Residência Médica em Medicina da Família e Comunidade”.

Para acessar a lista dos municípios contemplados pelo programa Mais Médicos, clique aqui.

O governo vai tentar um acordo para que estados e municípios sejam incluídos na Reforma da Previdência. De acordo com o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), os governadores querem discutir a partilha dos recursos da cessão onerosa e do fundo social, que são do pré-sal. A proposta foi feita ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e levada ao ministro da Economia, Paulo Guedes, em reunião nesta quinta-feira (27).

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“O que nós desejamos é que a reforma seja a mais ampla e a mais completa possível. Existe um entendimento dentro do Senado de que é importante a inclusão de estados e municípios. Não vamos construir um sistema previdenciário com 27 sistemas distintos, com 2 mil regimes próprios de previdência dos municípios brasileiros. Então, é preciso ter uma reflexão, uma ponderação para que, agora que se aproxima o voto suplementar do relator Samuel Moreira, a gente possa construir a reforma ideal, adequada para o desafio que o Brasil enfrenta”, afirmou Fernando Bezerra.

Segundo ele, o Ministério da Economia vai analisar a proposta dos governadores para tentar construir um acordo antes da votação da Reforma da Previdência na comissão especial da Câmara, prevista para a próxima semana.

 

“Estamos falando de partilha de recursos, sobretudo os recursos da cessão onerosa e dos recursos do fundo social. E estamos na expectativa de que poderemos avançar e anunciar um possível acordo até segunda-feira”, acrescentou o líder do governo.

 

*Da Assessoria de Imprensa 

 

 

O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), recorreu ao Twitter para fazer uma nova defesa da inclusão de Estados e municípios na reforma da Previdência. No tuíte, Alcolumbre publicou uma foto na qual aparece conversando com o líder do governo no Congresso, Fernando Bezerra (MDB-PE), e com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

"A inclusão dos Estados e municípios na reforma da Previdência é necessária, e o entendimento é o caminho para encontrar soluções. Converso agora, na residência oficial, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE)", escreveu Alcolumbre.

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O presidente do Senado e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), têm defendido que o relatório a ser votado na Comissão Especial da Câmara inclua Estados e municípios na reforma, e para isso têm recebido governadores em Brasília nos últimos dias.

Na manhã desta quinta-feira, 27, o relator Samuel Moreira (PSDB) disse que pode esperar até a terça-feira que vem, 2, para ler seu voto complementar. "Vale a pena esperar a reunião de terça-feira, há uma expectativa no Brasil para que Estados e municípios entrem na reforma", falou Moreira.

Em sessão que teve um início tumultuado e durou seis horas, o relator da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados, Samuel Moreira (PSDB-SP), concluiu a leitura de seu relatório sobre a proposta de reforma da Previdência.

A perspectiva de Moreira agora é buscar entendimento dos parlamentares a respeito da reinclusão de estados e municípios no texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 6/2019). O dispositivo foi retirado do texto apesar do apelo de governadores para que as regras de aposentadoria de servidores estaduais e municipais fossem mantidas.

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“A grande questão nossa agora é continuarmos um trabalho para verificar como estados e municípios vão ser introduzidos nessa reforma”, afirmou Moreira. O parlamentar espera reunir o apoio necessário para que o dispositivo volte ao texto da PEC, o que pode acontecer por meio de um voto complementar ao relatório apresentado nesta quinta-feira.

“Estados podem ser incluídos a qualquer momento. Eles podem ser incluídos ainda na comissão, por um voto complementar, ou podem ser incluídos também no plenário. O processo de negociação liderado pelo [presidente da Câmara] Rodrigo Maia [DEM-RJ] por um grande entendimento nacional continua”, disse Moreira.

Discussão

Quase 20 líderes ou vice-líderes que se revezaram com discursos contra e a favor da proposta da reforma da Previdência antes da leitura do parecer de Samuel Moreira. Apesar de críticos à proposta, partidos de oposição não obstruíram os trabalhos da comissão – o que poderia prolongar ainda mais a sessão.

Segundo acordo, para que não haja obstrução na fase de discussão da matéria, todos os deputados, membros ou não do colegiado, poderão se inscrever para falar nessa fase e terão a fala garantida, desde que estejam presentes no momento em que forem chamados a se manifestar. As inscrições para discussão podem ser feitas até terça-feira (18). Até o momento já são mais de 130 inscritos.

Pelo acordo, não há data certa para o fim da discussão da matéria na comissão especial. A expectativa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, é que essa etapa seja concluída até o fim deste mês para que o texto possa ser votado, na Casa, antes do recesso parlamentar, que começa em 18 de julho.

O presidente da comissão especial que analisa a proposta, Marcelo Ramos (PL-AM),disse que o objetivo do acordo é garantir que o relatório de fato seja votado até o fim deste mês. “Todo o esforço na comissão é para concluir os trabalhos até o final de junho. No entanto, o trabalho tem que ser célere e transparente.”

Para Ramos, o parecer lido na comissão representa a “calibragem perfeita" com  o texto enviado pelo Palácio do Planalto ao Congresso ao manter a expectativa de economia fiscal próxima à esperada pelo governo e ao mesmo tempo assegurar proteção social. “Não tenho dúvida de que a proposta do deputado Samuel Moreira traz a quase perfeita calibragem na matéria, garantindo uma potência fiscal na casa de R$ 1 trilhão e, ao mesmo tempo, preservando as pessoas mais humildes e, além de tudo, dando um sinal para a sociedade que a mesma Câmara que pede sacrifícios de trabalhadores e aposentados pede também sacrifícios de banqueiros que também darão a sua parcela de contribuição para o justo equilíbrio fiscal”, afirmou.

Governo

Já o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), descartou definir um cronograma para votação do texto na comissão ou no plenário da Casa.

“Na liderança do governo, a gente não está raciocinando com o cronograma. Nosso trabalho é adiantar o máximo possível, sem estabelecimento de uma data porque toda vez que a gente estabelece data, e ela não se cumpre, passa uma impressão de que está havendo um atraso, um atropelo ou uma derrota do governo simplesmente porque o cronograma não foi cumprido”, afirmou.

De acordo com o parlamentar, o governo intensificará os trabalhos de articulação “com mais força, com mais motor”, para garantir que o sistema de capitalização retirado por Moreira do relatório volte ao texto que será votado pelos deputados. 

“Acreditamos que isso é o avião que não está em pane, como o próprio ministro [da Economia] Paulo Guedes tem se referido. A repartição que nós vivemos hoje é um regime que já se mostrou falho, e a capitalização é o sistema que vai permitir que nossos filhos e netos avancem por uma perspectiva de uma previdência mais sustentável."

O parlamentar lembrou que, na proposta inicial, havia apenas um chamado para que uma lei complementar posterior fosse discutida na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. "A sua retirada não impacta em termos de economia em 10 anos, não causa uma redução nessa economia, mas fecha uma porta pelo menos nesse momento”, concluiu.

 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou considerar mais plausível que Estados e municípios possam ser reincluídos na reforma da Previdência quando a proposta for votada no plenário da Casa do que na comissão especial que analisa a matéria.

O relator da proposta, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), afirmou que deve retirar os entes federados do seu parecer porque ainda não há o apoio suficiente de parlamentares, o que poderia colocar em risco toda a proposta. Maia cobra que os governadores convençam os deputados de suas bases aliadas.

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Segundo explicou o presidente, se houver um apoio efetivo dos governadores à reforma, inclusive os de oposição, com a garantia de votos, um destaque prevendo a inclusão de Estados e municípios nas mudanças das regras de aposentadoria tem chances de ser aprovado pelo plenário até mesmo com mais de 400 votos dos 513 deputados.

Maia destacou que os debates em torno da reforma acontecerão na próxima semana na comissão especial, que deve votá-la no dia 27 de junho.

Questionado sobre quando a proposta poderá ser aprovada tanto pela Câmara quanto pelo Senado, o presidente brincou: "Se eu tivesse capacidade de responder, jogaria na mega-sena".

O diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto, lamentou a declaração do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que Estados e municípios não estarão incluídos no relatório da reforma da Previdência. O relator, Samuel Moreira (PSDB-SP), vai apresentar o texto na quinta-feira, 13.

Segundo Salto, "o problema fiscal dos Estados e municípios é mais sério que o da União". "Eles têm menos instrumentos para fazer frente à crise econômica, que afeta a geração de receitas. Além disso, a economia política dificulta passar reformas específicas nesta ou naquela localidade", escreveu o economista em sua conta no Twitter.

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A retirada dos Estados do relatório representa, na visão de Salto, a perda de uma "oportunidade de ouro para endereçar uma mudança estrutural nas contas públicas". Ele lembrou que o déficit atuarial dos Estados está em mais de R$ 5 trilhões e que apenas quatro das 27 unidades federativas têm superávit financeiro. "O federalismo fiscal brasileiro é complexo e o poder de arbitragem está em Brasília. Os Estados estarão encrencados se não conseguirem se manter na PEC."

Ao anunciar a exclusão de Estados e municípios do relatório de Moreira, Maia manteve a expectativa de reversão do cenário atual. "Temos até julho para construir acordo para que eles (Estados e municípios) sejam reincluídos", disse o presidente da Câmara.

Para o economista do IFI, a esperança que resta vem do Congresso. "Espero, pessoalmente, que isso seja revertido no plenário".

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o relatório da reforma da Previdência, do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), deve ser apresentado sem a abrangência das regras para o funcionalismo público dos Estados e municípios. "Mas temos até julho para construir acordo para que eles sejam reincluídos", disse.

Segundo ele, hoje não há votos para que o relator mantenha em seu texto a capitalização, como previsto pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Maia sinalizou, no entanto, que esse tema ainda deve ser debatido e não era totalmente descartado. Para o presidente da Câmara, Guedes não pode sair como derrotado. "Vamos construir uma solução para a capitalização. Esse tema não pode ser excluído do debate", afirmou. "Vou me reunir hoje (quarta) com Paulo Guedes para debater esse assunto."

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Maia disse ainda que o texto deve ser votado na comissão especial no dia 25 de junho.

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou nesta segunda-feira, 10, que o presidente Jair Bolsonaro está à disposição para conversar com governadores sobre a proposta de reforma da Previdência e para apoiar a inclusão de Estados e municípios no texto final.

"O presidente coloca-se à disposição para compartilhar percepções dos governadores e reforçar, pelo que nós percebemos, essa posição que é de apoiar o projeto do governo e incluir Estados e municípios no documento final", disse o porta-voz a jornalistas nesta segunda-feira, 10.

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Nesta terça-feira, 11, governadores de todo o País se reúnem em Brasília, principalmente para debater a reforma da Previdência e insistir para que Estados e municípios sejam mantidos no texto.

O relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), deve apresentar seu parecer na quinta-feira, 13. No domingo, 9, Moreira afirmou que fará mudanças na proposta do governo em relação à capitalização e que poderá incluir mais uma regra de transição, além das três sugeridas, para quem está próximo de se aposentar.

A pressão de governadores do MDB sobre a bancada do partido na Câmara pode levar deputados a reverem sua posição sobre a permanência de Estados e municípios na reforma da Previdência, disse nesta quarta-feira, 5, o líder da legenda na Casa, Baleia Rossi (SP). Antes refratários a assumir o ônus político de contemplar governadores e prefeitos na proposta, agora deputados do MDB começam a falar na possibilidade de apoiar a inclusão dos governos regionais.

A bancada se reuniu com os governadores Hélder Barbalho (PA) e Renan Filho (AL). "O debate foi extremamente importante. Majoritariamente, a bancada prefere, num ato político, que os Estados e municípios sejam retirados da proposta. Mas essa era uma posição muita clara antes dessa reunião", afirmou Baleia.

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"Acho que a bancada foi bastante sensível pelos argumentos dos nossos dois governadores, pelos argumentos que foram apresentados de responsabilidade com o País", acrescentou o líder.

Segundo ele, a bancada ainda não tem uma posição final sobre o assunto, mas Baleia Rossi confirmou que alguns deputados já manifestaram na própria reunião uma mudança de entendimento - antes pela retirada de Estados e municípios e agora pela permanência. O líder defendeu ainda que o relator da reforma, deputados Samuel Moreira (PSDB-SP), aguarde até a próxima terça-feira (11), quando todos os governadores virão a Brasília, para apresentar seu parecer.

"Se nós vamos ter na terça-feira uma reunião com todos os nossos governadores aqui, acho que o Parlamento deveria aguardar para ter uma conversa madura com todos os governadores", afirmou Baleia.

"Eu acredito que hoje o sentimento do plenário é a retirada (de Estados e municípios), mas entendo que a repercussão que teve na bancada do MDB, com a presença de nossos dois governadores, isso pode acontecer nas demais bancadas, e aí podemos ter uma mudança desse entendimento", disse.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a defender a permanência de Estados e municípios na reforma da Previdência. Ele reconheceu, porém, a resistência de deputados favoráveis à proposta em assumir o ônus político no lugar de parlamentares aliados a governadores de oposição, que se posicionam contra a reforma apesar da má situação financeira desses Estados.

"É ruim para o Brasil, mas eu entendo essa equação. Se os deputados que têm ligação com o governador A votam contra, significa que esse governador está transmitindo para os seus deputados que não precisa aprovar a Previdência, não é um problema", afirmou Maia.

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Caso esses governadores não entrem em campo para convencer parlamentares aliados da necessidade da reforma, o presidente da Câmara disse que os Estados correm o risco de ficar de fora.

"Eu acho que vai ser construída maioria com ou sem os votos ligados aos governadores. Mas aí vai ser uma maioria concentrando no governo federal", alertou. Segundo ele, a divergência se dará no voto, ou por meio de destaque na votação, ou por meio de aprovação de uma emenda do líder do Cidadania, Daniel Coelho (PE), para subtrair os governos regionais da reforma.

Maia se disse favorável no mérito à inclusão de Estados e municípios. "Se o déficit continuar crescendo, a União é que vai pagar a conta", afirmou.

Ele disse ainda que os deputados estão pedindo "coerência" de todos que votarão pela proposta - isto é, sem votar contra uma medida considerada necessária pelo próprio Estado.

O presidente da Câmara alertou, porém, que há pouco tempo para o relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), e os líderes construírem uma solução.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), até a manhã desta segunda-feira (6), mais de 1,3 milhão de pessoas foram vacinadas contra a influenza em Pernambuco, o que representa 50% do público alvo total formado por mais de 2,6 milhões de pernambucanos.

Dados do Sistema de Informações do Programa Nacional de Vacinação mostram que funcionários do sistema prisional (82,84%), Puérperas (72,63%) e crianças (64,54%) são os grupos com a maior cobertura vacinal. Até o momento, apenas dois municípios atingiram a meta mínima de imunização que é de 90%: Abreu e Lima (91,76%) e Salgadinho (91,29%). Canhotinho (79,92%), Correntes (77,68%) e Ingazeira (75,49%) estão logo em seguida no ranking.

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As cidades pernambucanas com os menores percentuais são: Solidão (5,51%), Santa Filomena (20,19%), Machados (22,07%), São Benedito do Sul (22,47%) e Sairé (23,07%).

Crianças entre 6 meses e 5 anos, 11 meses e 29 dias; gestantes, idosos (60 anos ou mais), puérperas (até 45 dias após o parto), trabalhadores da saúde, professores das escolas públicas e privadas e povos indígenas devem se imunizar até o dia 31 de maio.

A imunização, que protege contra as influenzas A(H1N1), A(H3N2) e B, ainda contempla portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, que devem apresentar prescrição médica no ato da imunização, de acordo com recomendação do Ministério da Saúde (MS); adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional. Além disso, o MS orienta vacinar policiais civis, militares, bombeiros e membros ativos das Forças Armadas, que devem apresentar documento comprobatório no ato da vacinação, assim como os professores e profissionais de saúde.

Nesta sexta-feira (26), o cientista político Adriano Oliveira fala no seu podcast sobre a Reforma da Previdência. O analista comenta as dificuldades que o Governo Bolsonaro deve encontrar para a aprovação da reforma.

Outro ponto importante analisado é a possibilidade da não inclusão dos Estados e Municípios na Reforma da Previdência. Ele também discorre sobre a expectativa de economia para o país, mesmo com a reforma não passando de forma integral pelo congresso nacional.

O programa Descomplicando a política é exibido na fanpage do LeiaJá, em vídeo, toda terça-feira, a partir das 19h. Além disso, também é apresentado em duas edições no formato de podcast, as segundas e sextas-feiras. 

Confira mais uma análise a seguir:

Após receber diversos prefeitos e vereadores nessa terça-feira (9) em seu gabinete, em Brasília, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), seguiu para o plenário da Casa para encaminhar o voto do partido a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que destina emendas parlamentares individuais diretamente aos fundos de participação de estados e municípios (FPE) e (FPM).

Segundo ele, a matéria, que agora segue à Câmara dos Deputados, vai ajudar a reforçar os investimentos nos entes federados e a minorar a situação atual de penúria financeira.

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“É uma ação extremamente positiva que o Senado apresenta aos prefeitos de todo o Brasil, que estão em Brasília na XXII Marcha em Defesa dos Municípios”, declarou Humberto.

O senador ressaltou que a proposição foi sugerida pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), em 2015, e visa dar mais agilidade ao trâmite das emendas para que cheguem rapidamente onde têm de chegar. “Vamos eliminar a intermediação, especialmente da Caixa Econômica Federal, que demora a pagar as taxas de administração. E todos nós já tivemos essa experiência marcada por uma enorme burocracia”, comentou.

O parlamentar destacou que a desburocratização da transferência de recursos a estados e municípios vai gerar, inclusive, economia à União e maior autonomia para os demais entes federados, pois caberá a eles definir como utilizarão os recursos que lhes serão distribuídos.

Humberto observou que já existem algumas experiências na área da saúde que demonstram que a transferência direta pode ser feita sem problemas e que os recursos são fiscalizados perfeitamente por meio dos órgãos de controle responsáveis por esse tipo de atividade.

“A verba será destinada diretamente ao componente da Federação, independentemente de convênio ou instrumento semelhante, passando a pertencer aos cofres do recebedor. A medida deverá promover um reequilíbrio na relação entre a União e os entes, por meio de nós, parlamentares, que também teremos nossas ações valorizadas”, afirmou.

Humberto também reiterou que, no caso de Pernambuco, o Tribunal de Contas do Estado é capaz de fazer a fiscalização em relação ao repasse do montante das emendas parlamentares individuais diretamente aos municípios.

Profissionais com registro no Brasil inscritos na segunda chamada do programa Mais Médicos têm até esta quarta-feira (10) para se apresentar aos municípios. Médicos que decidirem não comparecer mais às atividades devem informar ao município onde trabalhariam. A cidade fica encarregada de comunicar a desistência ao governo federal.  

A etapa contou com 2.549 vagas em 1.197 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).  Ao todo, 1.707 profissionais com registro brasileiro escolheram localidades.

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Segundo o Ministério da Saúde, candidatos que desistirem dos postos terão as vagas colocadas de volta ao edital do Mais Médicos. O sistema será atualizado com as vagas disponíveis para os profissionais formados no exterior.

A previsão é que a lista de médicos brasileiros homologados que deram início às atividades seja publicada no próximo dia 14.

Seleção

O ministério lançou, desde novembro, editais para a substituição de 8.517 cubanos que atuavam em 2.824 municípios e 34 distritos sanitários especiais indígenas (DSEI).

Inicialmente, concorreram apenas médicos brasileiros com registro no país. Um novo edital, em andamento, seleciona também profissionais formados no exterior.

Revisão

O ministro da Saúde, o médico Luiz Henrique Mandetta, disse que pretende revisar o Mais Médicos e rebateu a afirmação de que faltam profissionais no Brasil.

Segundo ele, o país conta com aproximadamente 320 faculdades de medicina e 26 mil médicos graduados em 2018, com previsão de aumento desse contingente em 10% ao ano até chegar a 35 mil profissionais formados.

“Quem forma essa quantidade toda de profissionais? Muitos deles endividados pelo Fies [Fundo de Financiamento Estudantil] e muitos formados em escola pública. Não temos uma proposta ou política de indução para que eles venham para o sistema público de saúde” disse.

Quase 70% dos municípios brasileiros terceirizam mão de obra, segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) obtida com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo. Ganho de eficiência e redução de gastos públicos aparecem como os principais motivos para adoção da medida.

Essa foi a primeira vez em que a CNM realizou um pesquisa sobre o assunto e, por isso, não é possível ter dados de anos anteriores. O presidente da entidade, Glademir Aroldi, no entanto, afirma que a terceirização está aumentado "com certeza".

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Interpretações na Justiça têm aberto espaço para esse tipo de contrato, embora a Constituição indique a necessidade de concurso público para o preenchimento de vagas no serviço público. O que chama a atenção nesses casos é que a maioria dos municípios não contabiliza os gastos com terceirizados como despesa com pessoal, driblando a legislação.

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabelece que as cidades não podem destinar mais de 60% de sua receita corrente líquida para pagamento de folha salarial. O levantamento da CNM mostra que apenas 10% das prefeituras que terceirizam mão de obra contabilizam esse gasto como dispêndio com pessoal. Pouco mais de 85% classificam a despesa como serviço terceirizado, o que permite ao município elevar os gastos com funcionários.

"Quando os municípios apuram gastos com pessoal, eles deduzem os terceirizados. Então, aparentemente o município pode estar dentro do teto, mas não está", diz Vilma Pinto, pesquisadora do Ibre/FGV.

Na cidade gaúcha de Tavares, com 5.500 habitantes, por exemplo, o gasto com pessoal do Executivo corresponde a 55% da receita - um ponto porcentual a mais que o permitido. Pela LRF, dos 60% que o município tem para gastar com mão de obra, 54% devem ser destinados ao Executivo e 6% ao Legislativo. "Com as medidas que adotamos de corte de pessoal (exoneração de secretários e acúmulo das pastas com o prefeito e o vice-prefeito), estimamos reduzir para uns 53%", diz o procurador-geral de Tavares, Guilherme Oliveira Costa.

O número, porém, seria mais alto se a prefeitura não tivesse terceirizado profissionais como os sete médicos da unidade de pronto atendimento, além dos motoristas e técnicos em enfermagem do SAMU. "O município não tinha condição de absorver esses profissionais. Para isso, teria de ampliar seu quadro de funcionários, mas não tem como fazer isso dentro do orçamento", diz Costa.

Gestão

Adotar essa prática faz parte da tentativa dos municípios de enxugar a máquina pública, segundo ele. "Os prefeitos estão procurando fazer gestão para os municípios suportarem a crise, e a terceirização tem sido uma ferramenta importante."

Aroldi diz ainda que os repasses do governo federal diminuíram nos últimos anos, o que fez algumas cidades extrapolarem o teto de gastos com pessoal. No fim de dezembro, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumiu a presidência da República por um dia e sancionou uma lei que permite aos municípios estourar esse teto em caso de queda de receita real superior a 10%

Para Aroldi, porém, a lei sancionada por Maia beneficiará "menos de 20 municípios". "Estão dizendo que rasgamos a lei. Não é verdade. Os prefeitos estão diminuindo o número de seus servidores para se enquadrar na LRF", afirma. "Um ou outro município se enquadram na nova lei. E se algum perder mais de 10% de receita, é calamidade pública. Se acontecer, não vamos cumprir lei mesmo."

O economista Jonathas Goulart, da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), afirma que a terceirização é uma saída encontrada pelos municípios para a rigidez do orçamento e a falta de arrecadação própria. "Quando a receita cai por causa de uma crise, a prefeitura pode simplesmente cancelar o contrato", diz.

Goulart destaca que essa é também uma das poucas alternativas dos municípios para eles conseguirem fechar as contas, pois muitos não cobram nem IPTU por falta de estrutura. "Se eles não têm margem de manobra para arrecadação, precisam arrumar uma maneira para o orçamento não ser tão rígido", acrescenta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um terço das prefeituras brasileiras vai terminar o ano no vermelho. Em crise financeira, as cidades estão com dificuldade para pagar fornecedores e até mesmo para quitar em dia as folhas de pagamento de dezembro e o 13.º salário dos servidores, segundo levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) obtido com exclusividade pelo 'Estadão/Broadcast'.

Os 6 milhões de funcionários municipais teriam R$ 22,8 bilhões para receber neste fim de ano com o 13.º salário. No entanto, entre as prefeituras que optaram por pagar a gratificação em uma só parcela, 186 (7,9%) admitem que vão atrasar o repasse. E outras 190 (8,9%), das que parcelaram o pagamento, reconhecem que não terão recursos para depositar a segunda parcela no dia 20 de dezembro, como manda a lei. A CNM ouviu 4.559 dos 5,6 mil municípios.

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O atraso no 13.º é apenas uma das consequências da grave situação financeira das cidades. Metade dos municípios tem dívidas com fornecedores, e 15,5% dos prefeitos sabem desde já que não poderão pagar em dia os salários de dezembro. "A situação é mais complicada do que os dados apresentam. Não quer dizer que quem paga em dia não está em dificuldades", afirma o presidente da CNM, Glademir Aroldi.

Ao todo, 1.444 cidades (31,7% dos municípios ouvidos na pesquisa) reconhecem que terão dificuldades para equilibrar as finanças neste ano. A situação dos municípios é semelhante à dos Estados. Como mostrou levantamento do Estadão/Broadcast, 11 governadores correm o risco de deixar seus Estados sem caixa para cobrir despesas contratadas em seus mandatos, o que configura crime contra as finanças públicas, passível de prisão de um a quatro anos.

No caso dos prefeitos, deixar o caixa no vermelho agora não será crime porque os mandatos acabam apenas em 2020. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabelece a exigência de caixa apenas nos últimos dois quadrimestres do mandato.

Técnicos do governo federal avaliam que o ideal seria cobrar anualmente dos gestores que deixem recursos em caixa em nível suficiente para bancar todas as despesas. A regra atual acaba permitindo, segundo os técnicos, que os governos regionais convivam com desequilíbrios durante todo o mandato e cheguem ao final pedindo socorro à União ou adotando medidas controversas para evitar a prisão.

Segundo Aroldi, os prefeitos estão cortando despesas de custeio, reduzindo o número de funcionários e cargos comissionados, além de enxugar a frota e mudar o horário de expediente. "Mesmo assim, não estamos dando conta", diz. Para ele, o governo federal delegou muitas atribuições aos municípios sem que a parcela das prefeituras no bolo tributário acompanhasse o aumento. "Isso onerou os municípios e exigiu mais contratação."

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