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Pré-candidato ao Senado, o deputado federal Sílvio Costa (Avante) reforçou a defesa para que o campo das oposições apresente múltiplas candidaturas ao Governo de Pernambuco neste ano. Segundo ele, um quantitativo maior de candidatos garantiria que a disputa fosse definida no 2º turno porque apesar de todo o desgaste do governador Paulo Câmara (PSB), eles vão concorrer contra uma máquina administrativa no poder há 12 anos.

“Quanto mais candidatos tiver, mais forte ficará a oposição. No segundo turno, a gente se une”, propôs Sílvio Costa, em entrevista a uma rádio local, lembrando que o senador Armando Monteiro (PTB) é “o candidato natural” ao posto, mas também tem nomes como o da vereadora Marília Arraes (PT), do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) e do ex-prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (Rede).

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Em crítica dura à gestão atual do PSB, o deputado acusou o governador de ter aumentado a dívida pública de Pernambuco para poder manter a folha dos servidores em dia, enquanto – atrasando pagamentos - tem atualmente uma dívida de R$ 1,2 bilhão com fornecedores. “A segurança pública é um desastre e a saúde é um abandono. De positivo só a propaganda, que é bem feita”, ironizou Sílvio Costa.

O deputado avaliou ainda a possibilidade do PT se unir ao PSB para a disputa. Sílvio acredita “ser difícil uma aliança” entre  as siglas em Pernambuco, porque a militância petista é “indignada”  com posição a “golpista” dos socialistas no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). “Paulo Câmara prometeu a Lula que o PSB votaria contra, e o partido votou a favor”, relembrou o parlamentar.

 

A articulação dos partidos de oposição para o embate contra o PSB nas eleições de 2018 tem ficado cada vez mais evidente. Ao participar da convenção do PSDB de Pernambuco nesse domingo (5), lideranças como o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB), o advogado Antônio Campos (Podemos) e a deputada estadual Priscila Krause (DEM) não pouparam críticas ao governador Paulo Câmara, que disputará a reeleição no próximo pleito.

Durante um discurso incisivo, Fernando Bezerra Coelho destacou a importância da unidade da oposição para construir uma alternativa política à atual gestão e lembrou que nos últimos três anos o Estado investiu metade que a Bahia e menos que o Ceará em ações e infraestrutura. 

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“O Estado precisa de outro ritmo, Pernambuco precisa acelerar seus projetos. Falta projeto, falta ousadia e falta coragem, para poder assumir as posições que possam dar a Pernambuco o protagonismo que ele merece. É hora de construir propostas, sem ódio e sem paixões. É hora de unir os melhores, para que possamos estar à altura do desafio que a história nos impõe”, cravou.

Seguindo a mesma linha, Priscila Krause ponderou que o atual modelo de gestão “esgotou”. "A gente não precisa ser cientista político para identificar o quão frágil são as lideranças que tomam conta hoje de Pernambuco e as condições nas quais o Estado se encontra. Desde as condições das estradas, passando pela saúde, chegando àquilo que sentimos todos os dias ao colocar o pé fora de casa, que é a questão da violência e da falta de segurança. Isso tudo só reafirma o que buscamos aqui: uma união de forças que possam se contrapor a isso que está hoje em Pernambuco”, disse. 

“Esse modelo esgotou, chegou à fadiga de material, até porque o material não é de boa qualidade. E esse palanque aqui, essas pessoas que aqui estão, reúnem maturidade política, respeitabilidade, credibilidade, serviços prestados ao estado e ao país e muita competência", acrescentou, fazendo menção a uma união do PSDB, DEM, PTB, PMDB e Podemos para a disputa.

O irmão do ex-governador Eduardo Campos também endossou a unidade. "Neste momento precisamos ter diálogo, precisamos construir convergências, porque é possível sim construirmos um Pernambuco mais forte. Nosso Estado pode muito mais. Vamos discutir ideias, vamos fazer uma agenda para Pernambuco, pois tenho convicção de que o palanque das oposições sairá vencedor", frisou. Na ocasião, o PSDB anunciou a pré-candidatura do ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, a governador. Nos bastidores, comenta-se que caso haja uma unidade concreta e a formação de um palanque entre os partidos opositores, Gomes não deve ter forças para emplacar a postulação majoritária.  

Em périplo pelo estado, o senador Armando Monteiro (PTB) afirmou, nesta sexta-feira (10), que “se for convocado” pelos partidos de oposição para disputar o comando do Governo de Pernambuco em 2018 vai atender ao chamado e assumir a liderança da chapa nas eleições. Monteiro tem se articulado junto com os ministros das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), da Educação, Mendonça Filho (DEM), e o ex-governador João Lyra Neto (PSDB) para a construção de uma “nova agenda” estadual e um embate contra o governador Paulo Câmara (PSB).

“Não posso colocar qualquer postulação pessoal acima das minhas responsabilidades. Queremos apresentar um projeto alternativo a Pernambuco. Quero dialogar com essas forças independentes e construir um projeto e só então identificar quem reúne as melhores condições. Se eu for convocado por essas forças, atenderei ao chamado e vou assumir essa responsabilidade”, assegurou Armando em entrevista a uma rádio durante visita a Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). 

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Para o senador, que em 2014 concorreu contra Câmara ao comando do Palácio do Campo das Princesas, “o povo escolheu o governador de Pernambuco, mas o que se constata hoje é que o governo não correspondeu a confiança” da população. 

Citando dados da violência do estado e criticando a condução do programa Pacto Pela Vida, Armando também disse que “a sensação do pernambucano é que o governo perdeu o controle da situação”. “O ex-governador Eduardo Campos tomava à frente, se envolvia na questão da segurança. O que falta em Pernambuco é ação do governador. Tomar a responsabilidade pra si", disparou.

Olinda é a segunda cidade, em menos de um mês, que o senador visita para firmar articulações com o prefeito e aplainar o caminho para uma eventual disputa. No último dia 17, ele esteve em Igarassu para se reunir com o prefeito Mário Ricardo (PTB). Hoje ele tem reuniões com os vereadores da Márim dos Caetés, o prefeito Lupércio Nascimento (SD) e lideranças locais. O deputado federal Jorge Côrte Real (PTB) acompanha a agenda do senador. A expectativa é de que durante todo o ano ele firme articulações com lideranças políticas de diversos municípios pernambucanos. 

Os vereadores e deputados estaduais que compõem as bancadas de oposição à Prefeitura do Recife e Governo do Estado, respectivamente, encontram-se, nesta segunda-feira (18), para planejar uma agenda conjunta de fiscalizações às gestões de Geraldo Julio (PSB) e Paulo Câmara (PSB). O encontro acontece no escritório político do líder da oposição na Câmara do Recife, o vereador Jurandir Liberal (PT), na rua do Príncipe, 225, a partir das 16h30.

Na ocasião, será formulado um roteiro de audiências públicas e sessões especiais nas duas Casas Legislativas. A primeira delas já está marcada e acontece nesta quinta-feira (21), na Assembleia Legislativa (Alepe), quando vereadores e deputados tratam da situação das obras de mobilidade urbana na Região Metropolitana (RMR).

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“Vamos preparar uma agenda sobre temas como saúde, educação, transporte coletivo, entre outros. A mobilidade urbana, ou a falta dela, exige uma atenção especial, pois é um problema que aflige a todos, do passageiro de ônibus ao motorista do carro particular, ciclistas e pedestres”, pondera o líder da bancada de oposição na Alepe, Silvio Costa Filho (PTB). Segundo o parlamentar, a reunião apontará sugestões de trabalho para o restante do primeiro semestre e todo o segundo semestre.

Formada por 10 vereadores e 12 deputados estaduais, as bancadas oposicionistas também já decidiram que vão articular encontros com parlamentares de outras câmaras municipais da RMR para tratar de ações integradas. “Nossa proposta é fazer o levantamento dos problemas que podem contar com o esforço tanto do parlamento estadual quanto dos vereadores da RMR. Vamos discutir uma pauta metropolitana”, adiantou Jurandir Liberal.

Os últimos sete dias foram agitados no cenário político nacional e pernambucano. A aprovação de mais uma Medida Provisória componente do ajuste fiscal, a apresentação do relatório da reforma política, a visita da presidente Dilma Rousseff (PT) a Pernambuco e a filiação em massa de 12 vereadores de Jaboatão dos Guararapes ao PSDB foram alguns fatos que marcaram a semana.  

Na segunda-feira (12), as oposições na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e na Câmara dos Vereadores do Recife decidiram unificar as forças contra os governos de Paulo Câmara e Geraldo Julio, ambos do PSB. Com ações conjuntas, o grupo pretende intensificar a fiscalização das gestões socialistas e endossar os discursos para a disputa eleitoral de 2016. As oposições voltam a se reunir na próxima segunda-feira para definir um cronograma geral de ações. 

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Foco de discussão na Câmara dos Deputados durante a semana, a Medida Provisória 664 que integra o plano de ajuste fiscal do Governo Federal foi votada. O texto já seguiu para a análise do Senado, no entanto uma discussão acalourada marcou o trâmite do projeto. A oposição proporcionou derrotas ao governo e o Planalto evitou na quinta-feira (14) a imposição de novas perdas na MP, que torna mais rígidas as regras de acesso ao auxílio-doença e à pensão por morte. Entre os fatos curiosos que marcaram a apreciação da matéria foi um sindicalista que mostrou as nádegas em protesto nas galerias da Câmara.

Visitando Pernambuco pela segunda vez em menos de 20 dias, a presidente Dilma Rousseff (PT) participou, na quinta-feira (14), da cerimônia de viagem inaugural do navio André Rebouças e do batismo da embarcação Marcílio Dias. Os dois petroleiros foram produzidos pelo Estaleiro Atlântico Sul, em Suape, e fazem parte de uma encomenda feita pela Transpetro. 

Durante a passagem pelo estado, a petista não fez nenhum anúncio e aproveitou para enaltecer a indústria naval e a Petrobras e criticar o PSDB. O evento foi o segundo com a participação conjunta do governador Paulo Câmara (PSB) e da presidente. Os dois deixaram, mais uma vez, a impressão distanciamento no diálogo entre eles.

Outro ponto que aqueceu o cenário político esta semana foi a discussão de viabilidade da Parceria Público Privada (PPP) da Arena Pernambuco. O vice-governador e coordenador do comitê gestor das PPPs do estado, Raul Henry (PMDB), esteve na quinta-feira na Alepe para uma sabatina com os deputados estaduais sobre o assunto. Na ocasião, Henry afirmou que a gestão tem estudado formas de viabilizar o estádio e rebateu as criticas da oposição, que chegou a projetar que os empreendimentos projetados para o local, com a Cidade da Copa, estão ameaçados de "não passar de uma maquete".

CPI ouve Pedro Corrêa – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras ouviu nesta semana os presos pela Operação Lava Jato, que investiga as irregularidades na estatal. O doleiro Alberto Yousseff e o ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP) estavam entre os interpelados pelo grupo. Para os parlamentares, Youssef confirmou o recebimento de propinas e a ciência do Planalto sobre as falcatruas. Já o pernambucano negou ter recebido verbas ilícitas, admitiu ter influências na indicação do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e acusou o ex-presidente Lula de ter influenciado o esquema

Filiação em massa – O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB), endossou ainda mais a base tucana para o pleito de 2016. Nesta semana ele conquistou, de uma só vez, a filiação de 12 vereadores da cidade ao partido. Apesar de todos já serem aliados de Gomes, o reforço tucano foi encarado como significativo para a legenda que tem buscado se fortalecer no estado. 

Reforma Política – O relatório da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Política foi entregue esta semana pelo deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI) à Comissão Especial que analisa o assunto. O texto original determina, por exemplo, a coincidência das eleições, o fim das reeleições para o executivo, o mandato de cinco anos para senador e o fim de coligações nas eleições majoritárias.

Tema de constantes discussões entre a oposição e o governo, a Parceria Público Privada (PPP) da Arena Pernambuco será abordada na próxima quinta-feira (14) durante uma audiência pública com o vice-governador e coordenador do comitê gestor do empreendimento, Raul Henry (PMDB). A reunião foi convocada pela Comissão de Desenvolvimento Econômico da Assembleia Legislativa (Alepe) e está agendada para às 14h30. 

O encontro acontece uma semana depois de o deputado estadual Edilson Silva (PSol) considerar “sem viabilidade econômica” o projeto de concessões aprovado pelo governo para a Arena. Este ano, a gestão do PSB já destinou R$ 133 milhões para o empreendimento.

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A audiência também marca a primeira agenda em conjunto das bancadas de oposição na Alepe e na Câmara de Vereadores do Recife. Eles se reuniram nessa segunda (11) e definiram os primeiros passos do grupo para levarem em linha dura as ações dos governos de Paulo Câmara e Geraldo Julio.

Os deputados da bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) vão se reunir aos vereadores oposicionistas na Câmara Municipal do Recife para traçar uma série de ações conjuntas de fiscalização das gestões estadual e da capital. O foco inicial dos parlamentares serão as áreas de segurança pública e mobilidade urbana. O encontro acontece nesta segunda-feira (11), às 16h30, na sede do legislativo recifense. 

Além de traçar as metas em comum, os parlamentares também vão aproveitar a primeira reunião para avaliar os governos de Paulo Câmara e Geraldo Julio, ambos do PSB. A reunião será conduzida pelos líderes dos colegiados na Alepe, Silvio Costa Filho (PTB), e na Câmara, Jurandir Liberal (PT).

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O deputado federal e presidente do PSDB de Pernambuco, Bruno Araújo, foi escolhido para assumir a liderança dos partidos de oposição na Câmara dos Deputados. O papel é tido, entre os parlamentares, como o principal para articular as ferramentas de fiscalização do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Araújo vai atuar como líder diante de um quadro econômico crítico no país, além da crise política que paira sobre Executivo e Legislativo. 

“Compartilho com vocês a responsabilidade de ter sido escolhido para ser o líder das oposições na Câmara dos Deputados. Vamos atuar firme denunciando os desmandos do Governo do PT que vem afundando o país”, postou o parlamentar no seu perfil no Facebook. A defesa da Petrobras, segundo Araújo, será uma das suas principais defesas, já que a estatal vem sendo alvo de escândalos de corrupção.

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Compõem o grupo oposicionista na Câmara, além do PSDB, o DEM, o Solidariedade e o PPS. Juntos eles formam uma bancada de 101 deputados federais.

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