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Autoridades de Pequim relataram nesta segunda-feira a primeira morte na capital chinesa pelo novo vírus que se espalhou rapidamente por todo o país, matando mais de 80 pessoas e causando alarme global.

A vítima era um homem de 50 anos que visitou a cidade central de Wuhan, o epicentro da epidemia, em 8 de janeiro e desenvolveu febre depois de retornar a Pequim sete dias depois, informou a comissão de saúde da cidade.

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Ele morreu nesta segunda-feira de insuficiência respiratória.

Um total de 80 dos mais de 2.700 casos foi registrado na capital chinesa que tem 20 milhões de pessoas.

As autoridades promulgaram amplas restrições de viagens em todo o país, numa tentativa desesperada de impedir que o vírus se espalhe ainda mais.

As proibições de transporte foram promulgadas em Wuhan e outras cidades na província central de Hubei, efetivamente isolando cerca de 56 milhões de pessoas.

Pequim interrompeu o serviço de ônibus de longa distância.

A China fechará a Cidade Proibida de Pequim - um dos locais culturais mais reverenciados do país - devido ao crescente medo de um novo vírus do tipo SARS que infectou centenas de pessoas, informou o museu do palácio nesta quinta-feira (23).

O imenso palácio imperial será fechado no sábado (25) até novo aviso "para evitar a infecção causada pelo ajuntamento de pessoas", afirmou a fonte através de sua conta oficial no Weibo, o Twitter chinês.

A China também está interrompendo o transporte público e fechando postos de pedágio em mais duas cidades da província de Hubei, epicentro de um surto mortal de vírus, disseram autoridades nesta quinta-feira.

As autoridades de Xiantao, uma cidade de 1,5 milhão de habitantes, disseram que 30 entradas de postos de pedágio foram fechadas na via expressa Hubei, proibindo a entrada de veículos nas vias.

A cidade de Chibi, com uma população de cerca de 500.000 habitantes, disse que suspenderá seu transporte público, rural, provincial e de condado a partir da meia-noite.

Uma conferência interafegã para "encontrar uma solução para o problema afegão" será realizada em Pequim no final do mês, anunciou à AFP o porta-voz dos talibãs Suhail Shaheen, que excluiu a participação de representantes "de alto nível" do governo.

A delegação talibã, liderada pelo cofundador do movimento, mulá Abdul Ghani Baradar, irá à China nos dias 29 e 30 de outubro, disse.

A grande incógnita continua sendo a identidade dos demais participantes da conferência, pois os talibãs rejeitam a presença de um "representante de alto nível" do governo afegão de Cabul.

Paralelamente, os Estados Unidos e a União Europeia instaram as autoridades afegãs a formar uma "equipe de negociação afegã inclusiva", em comunicado divulgado na terça-feira.

A conferência foi decidida após uma reunião em Doha entre o mulá Baradar, que também é o chefe político do Talibã, e o enviado especial chinês Deng Xijon, segundo Shaheen.

O Talibã rejeita qualquer legitimidade do governo afegão, que ele considera "fantoche" dos Estados Unidos. Essa posição foi reiterada por Shaheen em suas declarações à AFP.

Em maio, opositores políticos do governo afegão se reuniram com uma delegação do Talibã em Moscou.

Pequim já abrigou uma delegação do Talibã em junho e, em seguida, no final de setembro, após a suspensão pelo presidente americano Donald Trump de conversas com os insurgentes sobre a retirada das tropas americanas do Afeganistão em troca de uma série de contrapartidas.

A chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, afirmou nesta terça-feira (8) que não descarta a possibilidade de aceitar a ajuda de Pequim para resolver a crise política em seu território, diante de protestos cada vez mais violentos do movimento pró-democracia.

A região semiautônoma do sul da China é cenário há quatro meses de protestos e ações praticamente diárias que, nos últimos dias, terminaram em confrontos entre policiais e ativistas radicais, em meio a atos generalizados de vandalismo.

A decisão de invocar uma lei de emergência do período colonial para proibir o uso de máscaras durante as manifestações atiçou ainda mais a mobilização.

Grupos radicais atacaram dezenas de estações de metrô - a empresa que administra o serviço é acusada de ser pró-Pequim - e a rede de transportes foi muito afetada. Alguns manifestantes também atacaram estabelecimentos comerciais e empresas vinculadas à China continental.

Nesta terça-feira, os cidadãos de Hong Kong retornaram ao trabalho depois de um fim de semana prolongado.

Carrie Lam acredita que seu governo tem capacidade de solucionar a crise, mas acrescentou que pode solicitar a ajuda de Pequim se a situação continuar fora de controle.

"No momento, continuo convencida de que temos que encontrar uma solução por conta própria. Esta é também a posição do governo central, que pensa que Hong Kong tem que enfrentar o problema sozinho", explicou em sua entrevista coletiva semanal.

"Mas se a situação piorar muito, nenhuma opção pode ser descartada se queremos que Hong Kong tenha uma segunda chance", advertiu.

Lam foi muito criticada pelos manifestantes por sua decisão de proibir as máscaras, que são muito utilizadas por uma população ainda traumatizada pela epidemia de Síndrome Respiratório Aguda Grave (SARS) em 2003.

Como resposta à proibição, dezenas de milhares de manifestantes desafiaram as autoridades nos últimos três dias e saíram às ruas com os rostos cobertos.

Um estudante e uma mulher de 38 anos foram acusados na segunda-feira pelo uso de máscara e liberados após o pagamento de fiança.

Lam considera que é muito cedo para afirmar se a proibição é eficaz ou não.

"Vocês concordarão que precisamos de tempo para implementar uma nova política ou uma nova lei", argumentou.

Milhares de estudantes protestaram nesta segunda-feira (2) em Hong Kong, no primeiro dia de uma campanha de duas semanas de boicote às aulas para manter a pressão sobre o governo leal a Pequim, que até o momento não fez nenhuma concessão ao movimento pró-democracia.

Depois de um fim de semana marcado por confrontos entre radicais e a polícia, a segunda-feira teve diversas ações, em mais uma demonstração da criatividade do movimento.

No dia que marcava o retorno às aulas após as férias de verão, os estudantes formaram correntes humanas diante dos centros de ensino.

Em vários hospitais, enfermeiros formaram filas nos corredores e exibiram cartazes.

A ex-colônia britânica vive há três meses sua maior crise política desde a devolução, em 1997, com ações quase diárias para denunciar a crescente interferência da China nesta região semiautônoma

Pequim, que expressa apoio total ao governo de Hong Kong, intensificou as ameaças.

"O fim está próximo" para a mobilização a favor da democracia, advertiu no domingo à noite a agência estatal chinesa Xinhua em um editorial.

Isto não impediu que os manifestantes, vestidos com roupas de cor preta, cor emblemática dos protestos, bloqueassem nesta segunda-feira as portas dos vagões em algumas estações de metrô para impedir as viagens.

- "Uma forma de aprendizado" -

O alcance dos protestos não chegou perto do caos registrado em 5 de agosto, quando as ações de bloqueio paralisaram durante várias horas o conjunto da rede, caracterizada normalmente por sua grande eficácia.

Os estudantes são a coluna vertebral do movimento. Eles aparecem na linha de frente, entre os que jogam tijolos nos policiais e em segundo plano, formando multidões nas ruas.

"É o primeiro dia de curso, mas quero protestar", declarou à AFP um estudante de 19 anos, que se identificou apenas como Tommy, no centro de Hong Kong.

"Protestar também é uma forma de aprendizado", completou.

Em vários hospitais, enfermeiros formaram filas nos corredores com faixas que incluíam frases como: "Em pé por Hong Kong".

Uma enfermeira, que pediu anonimato, declarou à AFP acreditar que o movimento está condenado e que Pequim não fará nenhuma concessão.

"Mas temos que levantar e dizer algo. Pelo menos mostramos ao mundo o que acontece", disse.

Durante a manhã, estudantes do ensino médio formaram correntes humanas na entrada de várias escolas públicas. Em uma delas, uma estátua de Sun Yat-sen, que proclamou a República na China em 1912, recebeu uma máscara de gás e óculos de proteção.

"Hong Kong é nosso lar. Somos o futuro da cidade e temos que assumir a responsabilidade de salvá-la", declarou um estudante de 17 anos que se identificou pelo sobrenome Wong.

- "Rejeitar a violência" -

O movimento de contestação nasceu em junho com a rejeição a um projeto de lei para autorizar extradições à China. A suspensão do texto pelo Executivo não foi suficiente para aplacar a mobilização, que ampliou consideravelmente suas reivindicações.

Agora o movimento inclui denúncias de retrocesso das liberdades e sobre a crescente interferência da China na região semiautônoma, o que viola o princípio "um país, dois sistemas".

Hong Kong viveu no sábado uma das jornadas de protestos mais violentas desde o início do movimento. E no domingo, milhares de manifestantes pró-democracia tentaram bloquear os acessos ao aeroporto com barricadas.

Nesta segunda-feira, o ministro da Segurança de Hong Kong advertiu que a violência estava "perto de sair de controle".

"Peço ao público para rejeitar a violência, manter a ordem em nossa sociedade e proteger o estado de direito", declarou John Lee Ka-chiu.

A imagem de praça financeira estável que Hong Kong tinha até recentemente foi abalada pelos protestos. O número de turistas desabou, enquanto hotéis e estabelecimentos comerciais precisam enfrentar uma importante queda do faturamento.

O dólar bateu em R$ 3,98 nesta quinta-feira, 9, mas a valorização perdeu fôlego na parte da tarde e a moeda terminou em R$ 3,9519, em alta de 0,48%. O cenário externo foi o principal fator a pressionar o mercado de câmbio, por conta do impasse nas negociações comerciais entre a China e os Estados Unidos, que estão com nova rodada de reuniões em Washington. A declaração de Donald Trump no começo da tarde, de que tem alternativa "excelente" ao acordo comercial ajudou a acalmar os investidores, mas ainda assim o clima de aversão ao risco aumentou e os investidores buscaram proteção no dólar, que subiu ante boa parte de moedas emergentes.

Operadores relatam que o aumento da aversão ao risco levou à saída de dólar no país, sobretudo pela manhã, quando a moeda chegou a bater em R$ 3,9812. "Enquanto não tiver um cenário um pouco mais claro de para onde vai a questão comercial entre China e Estados Unidos, vai ter bastante volatilidade no mercado", afirma o chefe da mesa de câmbio da Frente Corretora, Fabrizio Velloni. Outro fator que contribui para deixar o investidor mais cauteloso é a consolidação da visão de que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve piorar. Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) reconheceu a fraqueza da atividade e nesta quinta fontes do governo ouvidas pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, admitem que o governo pode revisar para baixo a projeção do PIB. Em última instância, essa piora das projeções pode dificultar ainda mais a situação fiscal do governo, por causa da menor arrecadação, ressalta Velloni.

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No cenário externo, o real foi uma das moedas que mais perderam valor nesta quinta ante o dólar, junto com o peso mexicano, a divisa da Indonésia e a moeda turca. O fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) que replica moedas de emergentes, o WisdomTree Emerging Currency Strategy Fund, caiu 0,19% em Nova York, um termômetro da fraqueza destas moedas ante o dólar.

"O apetite por risco permanece baixo. No mercado de câmbio, investidores deixaram moedas de maior risco e procuraram as mais seguras, como o iene e o franco suíço", destaca o estrategista do Swissquote Bank, Arnaud Masset. Apesar da fala de Trump na tarde desta quinta, aumentou o temor de piora das relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo, destaca ele. Entre moedas fortes, o dólar acabou caindo, como mostra o índice DXY, que cedeu 0,18%. O indicador mede a moeda americana ante seis divisas principais, como o euro.

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, chegou em Pequim nesta terça-feira (8) para uma visita de quatro dias, em um esforço de coordenação com seu único grande aliado antes de um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pode ocorrer nos próximos meses.

Especula-se que autoridades americanas e norte-coreanas tenham se encontrado no Vietnã para discutir o local do novo encontro entre os líderes dos dois países.

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A agência de notícias central da Coreia do Norte informou que Kim havia deixado o país na noite da segunda-feira (7) com a esposa e autoridades. Segundo o comunicado, Kim, que faz aniversário nesta terça, está visitando Pequim a convite do presidente chinês Xi Jinping. A agência oficial da China divulgou um comunicado praticamente idêntico.

Na Estação Ferroviária Norte de Pequim, foi montado um esquema especial para receber o líder norte-coreano, com dezenas de policiais e paramilitares patrulhando a área. Depois de sua chegada em um trem blindado, motociclistas que costumam trabalhar na escolta de chefes de Estado formaram um comboio.

Kim deve ficar Casa de Hóspedes do Estado Diaoyutai, no oeste da capital, área extremamente segura, com reuniões sendo realizadas no Grande Salão do Povo, que fica ao lado da Praça da Paz Celestial.

A China lançou uma nave de exploração que tem previsto pousar no lado oculto da Lua, algo inédito no mundo, com o objetivo de reforçar as ambições espaciais de Pequim.

O veículo, batizado Chang'e-4 - em homenagem à deusa da lua na mitologia chinesa -, partiu em um foguete Longa Marcha 3B do centro de lançamentos de Xichang (sudoeste da China) pouco antes do amanhecer de sábado (sexta-feira à noite na hora universal), segundo a agência oficial Xinhua.

A nave chinesa deve pousar na Lua perto do Ano Novo, com o objetivo de percorrer esta parte ainda inexplorada de nosso satélite e realizar pesquisas científicas.

Diferentemente do que ocorreu com a face visível a partir da Terra, até hoje nenhuma sonda nem nenhum módulo de exploração chegou à superfície que está do outro lado.

Este lado é montanhoso e acidentado, repleto de crateras, enquanto a face mais visível conta com várias superfícies planas para pousar.

Em 1959 os soviéticos tiraram as primeiras fotos do lado oculto da Lua.

Um novo Código Civil em preparação na China não faz referência ao controle da natalidade, segundo um jornal, indicando que Pequim parece se preparar para eliminar completamente as restrições ao número de filhos que os casais podem ter, após quatro décadas de estrito planejamento familiar.

Preocupado com o envelhecimento de sua população, o gigante asiático abandonou oficialmente no fim de 2015 sua política do "filho único". Desde então, todos os casais podem ter um segundo filho - mas não mais do que isso.

No entanto, o rascunho do Código Civil em preparação já não contém qualquer menção ao controle da natalidade, informou nesta segunda-feira o Jiancha Ribao, um diário jurídico oficial.

Este novo Código Civil seria aprovado em uma votação prevista para 2020 no Congresso Nacional do Povo, câmara do registro legislativo do regime comunista chinês.

O Partido Comunista começou a impor a "política do filho único" em 1979 para frear a expansão demográfica no país mais populoso do mundo.

Esta política foi aplicada à base de abortos forçados, multas e esterilizações, o que provocou desequilíbrios inesperados: envelhecimento da população e a diminuição da proporção de mulheres, dado que muitas famílias preferem ter um filho homem.

No entanto, antes da mudança desta política em 2015, 50 milhões de mulheres já contavam com o direito a ter dois filhos, visto que eram feitas exceções para minorias étnicas, famílias do meio rural cujo primeiro filho era uma menina e, mais recentemente, casais nos quais ao menos um dos membros era filho único.

Mas a nova lei segue sem dar os frutos esperados: o número de nascimentos caiu em 2017.

A China declarou neste domingo que não iniciará uma guerra comercial com os Estados Unidos, mas prometeu defender seus interesses nacionais diante do crescente protecionismo norte-americano.

"Não há vencedores em uma guerra comercial, e isso traria desastre para nossos dois países e para o resto do mundo", disse o ministro do Comércio, Zhong Shan, em declaração durante sessão parlamentar anual da China.

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"A China não deseja isso, não iniciará uma guerra comercial, mas podemos lidar com qualquer desafio e defenderemos resolutamente os interesses do nosso país e do nosso povo", afirmou.

Foi a última declaração de Pequim sobre "problemas no comércio e cooperação econômica com os EUA", aludindo ao plano do presidente Donald Trump de impor tarifas pesadas sobre o aço e o alumínio importados. Na última quinta-feira (08), foram anunciadas tarifas de 25% ao aço importado e 10% ao alumínio, com isenção temporária para Canadá e México.

No passado, líderes chineses chegaram a ameaçar eventuais barreiras comerciais com retaliações, mas ainda não foram tomadas medidas diretas após o anúncio da Trump.

Citando pesquisadores chineses, Zhong disse que os EUA estão exagerando seu déficit comercial com a China em cerca de 20% a cada ano. Ele não deu detalhes sobre como esse número foi atingido, mas os governos dos EUA e da China divulgam números muito diferentes do comércio, já que Pequim conta apenas o primeiro porto para o qual os bens vão em vez do seu destino final.

Os EUA relataram um déficit de US$ 375 bilhões com a China no ano passado, e mesmo com uma redução de 20%, ainda seria um das maiores déficits comerciais dos norte-americanos com qualquer país. Fonte: Associated Press.

Os legisladores chineses acabaram formalmente com os limites do mandato para a presidência de Xi Jinping, abrindo caminho para um governo sem mandato definido do atual líder do país.

Dos 2.964 delegados que votaram sobre a matéria no Congresso Nacional do Povo neste domingo, 2.958 se declararam a favor de revogar um limite de 10 anos para mandatos presidenciais, juntamente com uma série de outras mudanças constitucionais visando consolidar o poder de Jinping e do Partido Comunista na China. Houve dois dissidentes, três abstenções e um voto inválido, disse um funcionário do congresso.

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A votação acabou com uma regra de 35 anos implementada após a morte de Mao Zedong em 1976, cujo governo autocrático foi marcado por desastres políticos e violência nas disputas por poder. As emendas constitucionais requerem aprovação de pelo menos dois terços dos delegados do Congresso.

A mudança fortalece a posição de Jinping como o do chefe do partido e da comissão militar - mais poderosas não sujeitas a limites formais. Funcionários e delegados dizem que o objetivo é fortalecer as salvaguardas constitucionais para a autoridade do partido e "liderança centralizada e unificada" sob o presidente.

Outras alterações aprovadas no domingo incluem a adição de uma referência à teoria política defendida pelo presidente, uma cláusula que afirma o papel principal do Partido Comunista no governo da China e provisões para uma nova agência anticorrupção que expande o controle partidário de todos os servidores públicos.

O congresso deve eleger Jinping para um segundo mandato presidencial na próxima semana. Os legisladores também devem aprovar um plano de reestruturação do governo destinado a expandir o controle partidário das agências estatais e fortalecer o controle do líder em todas as esferas.

A votação de hoje apresentou o menor número de dissensões e abstenções nas cinco vezes em que o congresso aprovou as revisões da constituição da China, promulgada em 1982. Em 2004, as alterações foram aprovadas com 10 dissidências e 17 abstenções registradas entre 2.890 votos válidos. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um terremoto atingiu a Coreia do Norte na tarde deste sábado (horário local), no mesmo local montanhoso do sexto teste nuclear do país no início deste mês, de acordo com agências de monitoramento de terremotos na China e na Coreia do Sul.

A agência chinesa relatou que o tremor de magnitude 3,4, que atingiu a região às 16h29 (horário de Pequim), foi o resultado de uma "explosão suspeita". A agência meteorológica da Coreia do Sul diferiu em sua avaliação inicial, dizendo que acreditava que o terremoto era natural.

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Ambas as agências disseram que o terremoto atingiu o município de Kilju na província de North Hamkyung, onde a Coreia do Norte realizou testes nucleares.

Pyongyang fez testes com uma bomba de hidrogênio na região do tremor no dia 03 de setembro, que provocou um terremoto de magnitude 6,3. Outro tremor de magnitude 4,6 aconteceu um pouco depois, provavelmente como resultado de uma cratera aberta pelo teste, segundo autoridades chinesas.

Como os dois tremores anteriores, o terremoto do sábado atingiu a superfície, de acordo com a agência chinesa de monitoramento. A agência sul-coreana disse que não conseguiu determinar a profundidade do tremor.

A Coreia do Norte intensificou os lançamentos de mísseis e os testes nucleares em resposta à pressão internacional sobre o seu programa nuclear.

O terremoto de sábado ocorreu menos de 12 horas depois que a China disse que estava cortando as exportações de petróleo para a Coreia do Norte, de acordo com as novas sanções das Nações Unidas impostas em resposta ao teste nuclear deste mês. Também segue uma série de declarações ofensivas entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano Kim Jong Un.

Em um discurso à Assembleia Geral da ONU, Trump referiu-se a Kim como um "Homem Foguete", dizendo que o ditador norte-coreano estava em uma "missão suicida". Kim respondeu em um comunicado divulgado pela Agência Central de Notícias Central coreana, no qual ele chamou Trump de "mentalmente perturbado". Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente Michel Temer se reuniu em Pequim com empresários na manhã (pelo horário local) desta quinta-feira (31) após desembarcar na China, onde participará da 9ª Cúpula do Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Às 2h09 (pelo horário de Brasíli), Temer publicou em seu Twitter fotos com empresários e disse que o encontro serviu "para discutir oportunidades de investimentos no Brasil". Três horas antes, Temer divulgou uma foto do desembarque em Pequim, quando foi recebido por representantes do governo e empresários.

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O peemedebista está no território asiático para divulgar o pacote de concessões anunciado pelo governo na semana passada. Conforme a agenda oficial, Temer se encontraria com presidentes de quatro empresas chinesas (HNA, China Three Gorges Corporation, Huawei e State Grid Corporate) em seus primeiros compromissos oficiais no país.

Conhecida por sua tradição e conservadorismo, a China realizou pela primeira vez o concurso para eleger a Miss Bumbum. Sob berros e olhares envergonhados, a modelo de 19 anos Gao Qian foi a vencedora da primeira etapa do concurso no país. Gao concorreu com mais 50 garotas ao título e foi bastante elogiada pela mídia e jurados. Após receber o prêmio, a modelo declarou em entrevista a um veículo local que não usa roupas apertadas, pois pode provocar confusão nas ruas. 

O concurso terá mais outras etapas, em Pequim, Xi'an, Wuhan e Shenzhen, e a final será em dezembro. O Miss Bumbum chinês é organizado por uma empresa de produtos fitness e academias. "É um país conservador, não acostumado com esse tipo de entretenimento. Está, aos poucos, ficando mais flexível com essas regras. A beleza das mulheres pode e deve ser apreciada pelo público", disse a organizadora ao jornal Daily Mail.

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Um lançamento de foguete pela China falhou neste domingo, devido a anormalidades durante o voo, disse a agência oficial de notícias Xinhua.

Os especialistas investigarão a causa da falha no lançamento do Long March-5 Y2, o segundo foguete de transporte pesado da China, do Wenchang Space Launch Center, na província de Hainan, no sul do país, informou a Xinhua.

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O vídeo da transmissão ao vivo mostrou o foguete decolar e disparar no céu, com uma voz indicando que tudo estava indo bem. Não era claro, a partir da transmissão ao vivo, se alguma coisa tinha dado errado. Também não estava claro se o foguete, que estava carregando um satélite de comunicação, havia entrado em órbita.

Vários lançamentos do Long March-5 foram agendados para preparar a sonda lunar da China, a estação espacial tripulada e as missões para Marte, de acordo com a Xinhua. O lançamento de domingo seria a última missão antes que o foguete fosse levar uma sonda lunar no final deste ano. Não ficou imediatamente esclarecido como o fracasso de domingo afetará as missões planejadas. Fonte: Associated Press.

Mais de 100 comerciantes de um mercado de Pequim protestaram nesta sexta-feira (23) contra sua expulsão, no momento em que a capital chinesa busca limitar o crescimento demográfico. Os vendedores, concentrados diante de um mercado varejista próximo do zoológico municipal, na zona oeste da cidade, desafiaram os policiais que os cercaram e breves confrontos foram registrados.

"Ao menos três pessoas ficaram feridas e duas foram hospitalizadas", disse um manifestante, procedente de Hebei, norte da China. Muitos comerciantes não são de Pequim e sim de outras regiões do país.

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Os comerciantes afirmaram à AFP que receberam na semana passada a ordem de abandonar determinadas áreas do mercado até sábado e o conjunto do edifício antes do fim de junho. "Pago um aluguel por quatro posições depois de assinar um contrato de 20 anos. Viemos a Pequim para ajudar nossos filhos e agora não temos para onde ir", declarou Ye, nascida na província de Zhejiang (leste).

"Não pedimos muito, apenas uma indenização justa", explica a mulher de 33 anos, que vende bolsas e carteiras. O município de Pequim anunciou que deseja limitar a população a 23 milhões até 2020. Atualmente 21 milhões de pessoas moram em Pequim, sem levar em consideração as pessoas não registradas.

A cidade de Pequim, na China, amanheceu nesta quinta-feira (4) com níveis de contaminação considerados perigosos pelas autoridades e com pouca visibilidade em sua atmosfera urbana, por conta da tempestade de areia que afeta a região, obrigando o cancelamento de diversos voos.

A tormenta, um fenômeno habitual no norte da China a cada primavera por conta da proximidade de desertos como o de Gobi, fez com que o nível de partículas PM10 (cerca de 10 mícrons de diâmetro) supere os 1 mil microgramas por metro cúbico, uma das concentrações mais altas do ano.

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Também é alto, embora um pouco menor (mais de 500 microgramas por metro cúbico), o nível das menores partículas PM2.5, consideradas as mais nocivas para a saúde.

As autoridades de Pequim emitiram um alerta azul por conta da tempestade de areia, que atinge uma vasta região do norte do país, incluindo as regiões de Xinjiang e Mongólia Interior, nos extremos noroeste e norte do país. De acordo com meteorologistas, esta situação deve afetar a região até amanhã. Diante dos atuais níveis de contaminação, recomenda-se que grupos de risco - como crianças e idosos - não saiam de suas casas.

A semana de moda de Pequim apresentou pela primeira vez em seus 20 anos de história um desfile de uma estilista tibetana, Aj-Namo, uma jovem criadora que exibiu vestidos inspirados em sua região natal, mas com toques atuais.

Aj-Namo, originária de uma região tibetana da província de Sichuan, no sudoeste da China, chegou à fama como cantora e tem sua própria marca homônima, "AJ-NAMO".

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Na passarela da prefeitura de Pequim, perto da Cidade Proibida e da Praça Tiananmen, a estilista levou à passarela modelos da etnia majoritária han, mas também jovens tibetanos.

Os modelos desfilaram com roupas que combinaram tecidos tradicionais do Tibete com desenhos contemporâneos.

"Este desfile tem um grande significado, já que sou a primeira tibetana", disse à AFP Aj-Namo.

"Os tibetanos têm muitos criadores com talento, mas não há um espaço para promovê-los. Espero que, graças a minha experiência, mais minorias étnicas, de tibetanos, especialmente modelos, tenham a ideia de se lançar", explicou.

A China conta oficialmente com 56 etnias. Os han são ultramajoritários e somam 1,3 bilhão de pessoas, enquanto há 6,3 milhões de tibetanos, dos quais a grande maioria vive no oeste da China.

Muitas minorias moram em zonas pobres, onde são relegadas pela falta de educação, pela barreira do idioma e pelos modos produtivos, que nestas zonas seguem focados na agricultura.

O Dalai Lama, o líder espiritual do Tibete, exilado na Índia desde 1959, acusa o regime comunista chinês de cometer "um genocídio cultural" nesta região, conhecida como o teto do mundo.

O governo da capital da China alertou nesta quarta-feira (16) que a forte poluição que paira sobre a cidade irá persistir esta semana, suspendendo a realização de atividades escolares ao ar livre e também a atividade nos canteiros de obras.

Autoridades locais emitiram um alerta laranja, o segundo mais alto na escala de quatro, o que significa três dias consecutivos de fumaça pesada sobre a cidade. Um alerta vermelho, o mais alto, significaria fumaça persistente por mais de três dias.

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Lançado três anos atrás, em meio a um forte questionamento local sobre os efeitos da fumaça sobre a saúde, o sistema é uma das formas que as autoridades encontraram para remediar a situação do ar em grandes cidades após décadas de forte crescimento econômico alimentado pela construção de centenas de usinas termelétricas movidas a carvão, bem como a criação de uma imensa frota de automóveis.

Esta semana, o grupo ambientalista Greenpeace publicou um documento afirmando que os níveis de metais pesados no ar, entre eles o arsênico, o cádmio e o chumbo, caíram rapidamente em Pequim desde 2013. O grupo ligou o movimento ao fechamento de termelétricas ao redor da cidade. Fonte: Associated Press.

Em uma nova onda de testes de amostras de atletas que estiveram nos Jogos de 2008 e 2012, o Comitê Olímpico Internacional (COI) descobriu mais 45 casos de doping e anunciou que esses esportistas poderão ficar de fora do Rio-2016. Em uma ofensiva para tentar garantir Jogos "limpos", a entidade já abriu procedimentos contra um total de 98 atletas que potencialmente poderiam estar na Olimpíada, em agosto.

Mergulhado em sua maior crise de doping, o COI tomará no domingo uma decisão se exclui ou não toda a delegação russa do evento no Brasil. Mas, de forma paralela, a entidade havia ordenado que todas as amostras de sangue e urina guardadas desde Pequim-2008 fossem reavaliadas. Os testes são mantidos por dez anos, justamente para permitir que o desenvolvimento de novas tecnologias possam detectar, anos depois das provas, se um atleta competiu dopado.

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As conclusões anunciadas nesta sexta-feira apontam para mais 30 atletas pegos por doping no evento de 2008 e outros 15 em Londres. Nem as nacionalidades e nem as modalidades foram reveladas, enquanto a investigação é conduzida.

No total, 1,2 mil amostras de 2008 e 2012 foram reavaliadas até agora. Uma primeira onda de testes foram realizados no mês passado, com mais de 700 casos - 53 foram pegos. Agora, foram mais de 500 testes e 45 identificados como suspeitos.

Os novos testes se focaram principalmente em atletas que ganharam medalhas. Dos 30 casos suspeitos em Pequim, 23 eram medalhistas em quatro modalidades diferentes. Oito países estariam envolvidos. Sobre 2012, 15 atletas foram pegos nos novos testes, competindo em dois esportes. Nove países foram implicados.

Segundo o COI, processos contra esses atletas serão abertos e todos aqueles que violaram as regras antidoping "serão banidos do Rio". A entidade voltou a insistir que proteger atletas limpos é "sua maior prioridade".

"Usando a análise científica mais avançada, os testes de amostras guardadas de 2008 e 2012 ocorreram depois da coleta de inteligência", disse o COI. "Os testes, uma vez mais, mostram o compromisso do COI na luta contra o doping", declarou o presidente da entidade, Thomas Bach.

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