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A Polícia Federal (PF) concluiu a extradição de um homem condenado a 25 anos de prisão por atropelar e matar duas pessoas no bairro de Beberibe, na Zona Norte do Recife, em 2011. Ele foi encontrado em Portugal e deu entrada no sistema prisional de Pernambuco após desembarcar no Aeroporto dos Guararapes. 

Segundo a PF, em janeiro de 2011, o homem de 40 anos dirigia com sinais de embriaguez, pela contramão e em alta velocidade, quando bateu em uma moto e em outro carro, próximo à Praça da Convenção. As vítimas fatais foram identificadas como David Timóteo de Carvalho e Gildo Alves Pereira Júnior. Outra vítima foi Ingrid Maria de Lima, que sobreviveu aos ferimentos.

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O acusado foi condenado pelo Tribunal do Júri da Capital em 2014, mas só teve a prisão preventiva decretada em agosto do ano passado. A prisão em Portugal ocorreu no dia 2 de fevereiro deste ano, com apoio da Interpol. Ele ficou custodiado até a conclusão dos procedimentos da extradição. 

Na última quinta (1º), o fugitivo desembarcou no Recife, por volta as 22h, e foi levado ao Instituto de Medicina Legal (IML), para realizar o exame de corpo de delito. Em seguida, foi encaminhado ao  Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (COTEL), em Bareu e Lima, onde ficou à disposição da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Pernambuco. 

O atacante português Rafael Leão renovou nesta sexta-feira (2) seu contrato com o Milan até junho de 2028.

O vínculo do principal jogador rossonero na temporada terminaria em junho de 2024, e ele já despertava o interesse de outros gigantes do futebol europeu, especialmente na Premier League.

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"Estou feliz, esperamos fazer grandes coisas no futuro, queremos vencer coisas importantes na próxima temporada", disse Leão ao deixar a sede do Milan.

Às vésperas de completar 24 anos de idade, o português terá um salário de 5 milhões de euros por temporada (o equivalente a R$ 26,6 milhões pela cotação atual), além de bônus por desempenho.

Leão já tem mais de 40 gols em quatro anos pelo Milan e foi essencial na conquista da Série A em 2021/22.

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Da Ansa

As autoridades que investigam o desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann, em 2007, iniciaram novas buscas em Portugal, anunciou nesta terça-feira (23) a Procuradoria alemã responsável pelo caso.

As operações "estão em curso em Portugal", segundo um comunicado da Procuradoria de Brunswick (norte da Alemanha). Estas são novas "buscas" realizadas com o apoio da polícia judiciária alemã, disse a Procuradoria à AFP.

A Justiça alemã não revelou mais detalhes sobre a natureza e o local das buscas neste caso, um dos maiores enigmas criminais dos últimos anos.

A polícia portuguesa havia anunciado na segunda-feira que realizaria novas buscas "nos próximos dias, a pedido das autoridades alemãs".

Segundo imagens da televisão portuguesa, uma área foi isolada junto a uma barragem situada a 50 km do local onde "Maddie" desapareceu em 3 de maio de 2007, pouco antes do seu quarto aniversário, em um balneário na região turística do Algarve, onde estava de férias com sua família.

O alemão Christian B., um pedófilo reincidente, é o principal suspeito de seu desaparecimento desde 2020.

A investigação ficou paralisada por anos antes que as autoridades tomassem conhecimento desse homem, que morava a poucos quilômetros do hotel na época.

Desde então, a Procuradoria de Brunswick realizou a sua própria investigação, colaborando com as autoridades portuguesas e alemãs.

O suspeito Christian B. está cumprindo uma sentença de sete anos de prisão na Alemanha pelo estupro de uma americana de 72 anos. Também foi acusado de outros cinco crimes e delitos sexuais cometidos entre 2000 e 2017 em Portugal.

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), após sete meses da última eleição na qual concorreu à presidência, quebrou o silêncio e fez duras críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). As declarações foram feitas nesta sexta-feira (12), durante uma palestra na Universidade de Lisboa, em Portugal.

O pedetista disse que o chefe do Executivo não foi inocentado pela Justiça. “Será possível que não aprendemos nada? Ou acreditamos que Lula foi inocentado? Ele não foi inocentado. Lula teve direito à presunção de inocência restaurada, é diferente de ser inocentado num julgamento. Por quê? Porque não teve o devido processo legal. Nunca teve, e denunciei na mesma hora”, afirmou.

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Ciro disse ainda que o líder petista é responsável pelo “reacionarismo” no Brasil e que não tem compromisso com a mudança. Além disso, criticou a possível indicação do advogado Cristiano Zanin ao Supremo Tribunal Federal (STF). Zanin ganhou notoriedade como advogado do atual mandatário nos processos relacionados à Operação Lava Jato.

O ex-presidenciável também criticou Fernando Haddad, ao falar sobre o arcabouço fiscal, proposto pelo ministro da Fazenda, e disse que a gestão está “completamente entregue à banqueirada”. “O Brasil não tem projeto para nada”, observou. “Bolsonaro é uma tragédia, mas, meu amor, cadê o projeto anterior que a gente tinha e não tem mais? Não tem mais projeto para nada.”

Bobi, cachorro mais velho do mundo, celebrou o seu 31º aniversário nessa quinta-feira (11). O aniversariante, que é português, é um Rafeiro do Alentejo puro, raça que tem origem na região alentejana de Portugal e é geralmente utilizada como guarda de rebanhos bovinos. Nascido em 11 de maio de 1992, o europeu acaba de ser reconhecido como o canino que mais viveu na história, superando o pastor australiano Bluey, que viveu 29 anos (1910-1939). 

A data de nascimento de Bobi foi confirmada pelo Serviço de Medicina Veterinária do Município de Leiria (Portugal), juntamente com a base de dados de animais de estimação do governo (SIAC). No próximo sábado (13), o idoso vai receber 100 fãs e amigos, incluindo convidados internacionais, para comemorar o aniversário novamente. A informação é do tutor, Leonel Costa, de 38 anos, que tinha apenas oito anos quando recebeu Bobi em casa. 

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“Olhar para ele é como me lembrar das pessoas que fizeram parte da nossa família e infelizmente não estão mais aqui, como o meu pai, meu irmão e meus avós, que já partiram deste mundo", disse Leonel ao Guinness. "Bobi representa essas gerações", afirma o tutor. Costa também disse que já teve outros cachorros de vida longa, incluindo a mãe de Bobi, Gira, que viveu até os 18 anos. A média de vida para rafeiros é de 12 anos. 

"Apenas Bobi conseguiria explicar isso, caso ele falasse", disse Leonel ao Guinness World Records. "Situações como essa, são resultado normal da vida que eles levam, mas Bobi é único." 

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Os portugueses vão poder obter, a partir desta segunda-feira (1), uma licença de trabalho de até três dias simplesmente após "autodeclarar" uma doença pela internet ou por telefone - uma medida que visa a aliviar a carga no sistema público de saúde, informou o governo.

Esta medida não representará custos para o Estado ou para as empresas, pois a duração desta licença corresponde ao período durante o qual o trabalhador não é remunerado pela Previdência Social enquanto estiver afastado, explicou, em nota, o Ministério da Saúde.

Esta disposição faz parte de um conjunto de medidas aprovadas pelo Parlamento, em fevereiro, para "um trabalho digno", que inclui a ampliação das situações para autorizar o trabalho remoto ou o aumento das indenizações por demissão.

Para conseguir uma licença de curta duração por doença, que será limitada a duas por ano, os trabalhadores vão poder enviar ao empregador uma justificativa feita a partir de uma declaração juramentada na página do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Um dos objetivos desta medida é aliviar a carga dos médicos de família nos centros públicos de saúde, os únicos autorizados a emitir uma licença médica no país.

Na quarta viagem oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o empresário Fábio Luís Lula da Silva, seu filho mais velho, o acompanhou durante dois eventos em Portugal. Mesmo sem cargo público, Lulinha, como é conhecido, participou da cerimônia de entrega do prêmio Camões, na última segunda-feira, 25, ao cantor e compositor Chico Buarque, no Palácio de Queluz, em Sintra.

Nos dois mandatos do pai, Lulinha conseguiu sair de monitor de zoológico e instrutor de informática para dono de sete empresas, incluindo a Gamecorp/Gol, que teve aporte milionário da estatal Telemar na gestão petista.

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A presença dos filhos de Lula em viagens oficiais era comum em suas duas primeiras gestões do petista. Das quatro viagens internacionais feitas por Lula até agora, porém, esta é a primeira em que se tem notícia da presença de ao menos um de seus filhos.

Em 2009, o presidente foi alvo de críticas por permitir que Lulinha e mais 15 acompanhantes pegassem carona em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB). À época, a viagem era para levar o então presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles a São Paulo.

Fora da comitiva

A Secretaria de Imprensa da Presidência disse ao Estadão que Lulinha não integrou a comitiva oficial em Portugal e tampouco usou dinheiro público, mas, sim, "recursos próprios" para custear as despesas da viagem.

"Nenhum empresário ou filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajou no avião da comitiva e nenhum filho do presidente esteve no hotel em que a equipe do presidente e o mesmo estiveram hospedados", informou a Secretaria, em nota.

O nome de Lulinha não aparece na lista, obtida pelo Estadão, de empresários convidados pela Agência Brasileira de Promoção à Exportação (Apex) para participar do Fórum Empresarial Portugal-Brasil. O filho mais velho do presidente tem um histórico de atuação nos ramos de editoração e desenvolvimento de aplicativos para celular.

A Lava Jato investigou como a partir de 2006, ainda no primeiro mandato de Lula, o primogênito do presidente e seus sócios receberam aportes milionários de empresas em troca de serem beneficiadas por medidas do governo petista.

De acordo com a Presidência, o convite para Lulinha participar da cerimônia de premiação de Chico Buarque foi feito "por todas as partes envolvidas", portanto, pelo próprio cantor e pelos governos brasileiro e português, que organizaram o evento.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, comentou nesta terça-feira, 25, no Twitter, as vaias ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por deputados de extrema-direita enquanto o petista discursava mais cedo no Parlamento português, em Lisboa.

"Deploráveis atos de grosseria hoje em Portugal, perpetrados contra o presidente Lula, por grupelho que não respeita os laços históricos e de amizade com o Brasil. Cá e lá, perderam e perderão sempre. Viva a Revolução dos Cravos! Todo o respeito à imensa maioria do povo português", escreveu o ministro.

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O discurso do presidente Lula (PT) no parlamento de Portugal foi marcado também por protestos de representantes da extrema direita portuguesa, nessa terça-feira (25). Placas com cores da Ucrânia e frases como "chega de corrupção" foram erguidas durante a fala. O presidente da Casa, Santos Silva, cobrou respeito ao brasileiro. 

Após se pronunciar na cerimônia pelos 49 anos da Revolução dos Cravos, movimento que acabou com a ditadura no país na década de 70, Lula classificou a postura dos deputados como ridícula. 

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“É a coisa mais natural da democracia. Mas eu, às vezes, lamento porque as pessoas quando não têm uma coisa boa para fazer e aparecer, fazem essa cena de ridículo”, comentou. 

Nos mesmos moldes do bolsonarismo brasileiro e do trumpismo norte-americano, o partido "Chega" foi fundado em 2019 com viés "conservador, liberal e nacionalista". O grupo de 12 deputados mobilizou manifestações antes da chegada de Lula para tentar constrangê-lo durante os compromissos no país. 

O líder do partido, o deputado André Ventura, convocou militantes para a frente do Parlamento. Conhecido por falas machistas e xenofóbicas, ele celebrou o ato dentro do Legislativo português. "Nesta manhã histórica, podem estar todos contra nós, mas a corrupção não passará! Não cedemos um milímetro!", escreveu. 

Com apenas um quadro feminino entre seus representantes, o Chega conta com Rita Maria Matias para se aproximar das eleitoras. "Nunca prestaremos homenagem à corrupção!", publicou a deputada de 23 anos, a mais jovem do parlamento. 

Na mesma oferta de aproximação das minorias sociais, a imagem do vice-presidente do partido, Gabriel Mithá Ribeiro, ajuda no contato com o eleitorado negro. Contudo, ele já declarou que o racismo não existe e fez críticas ao movimento antirracista e às cotas raciais. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrentou protestos dos parlamentares de extrema direita durante seu pronunciamento na sessão solene em que foi homenageado no Parlamento português. Liderado por André Ventura, o partido Chega tem hoje doze deputados e é a terceira força política portuguesa, com fatia de 7%. O Partido Socialista detém maioria absoluta, com 120 deputados.

Em sua fala nesta terça-feira (25), o presidente relembrou fatos históricos do Brasil e Portugal e homenageou as duas democracias, além de ter feito críticas ao governo de Jair Bolsonaro. "No Brasil, as forças democráticas demonstraram solidez e resiliência", disse Lula, reafirmando, em seguida, que "o Brasil voltou a ser internacional".

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Num segundo momento, o presidente, que encerrou as suas atividades oficiais com essa sessão solene, abordou os assuntos que fizeram parte da sua viagem a Portugal. Mais uma vez disse que o Brasil "condena a violação da integridade territorial da Ucrânia" e que "é preciso falar em paz.

O presidente também discorreu sobre a sua vontade de viabilizar o acordo entre Mercosul e União Europeia e ressaltou a importância e disposição pela proteção ambiental. "O Brasil reconhece a importância da proteção ambiental e está preparado para ajudar o mundo com a transição energética", continuou.

As questões sociais e a diversidade de gênero e raça também foram temas da fala do presidente.

'Fora Lula'

Lula também foi alvo de um ato organizado pelo Partido Chega em frente ao parlamento. Dezenas de pessoas erguiam cartazes com frases como "Lugar de Ladrão é na prisão". Veja:

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*Com a redação do LeiaJá 

 

Em comitiva presidencial brasileira em Portugal, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, Luciana Santos (PCdoB-PE), assinou junto a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do país europeu, Elvira Fortunato, o memorando de entendimento para cooperação de uso pacífico do espaço, ciências espaciais, tecnologias e aplicações.

O acordo, que prevê a cooperação entre o Centro de Lançamento de Alcântara, localizado no estado do Maranhão, e o Porto Espacial de Santa Maria, na região portuguesa de Açores, foi assinado no último sábado (22).

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Na reunião entre os dois países, as ministras destacaram a união entre Brasil e Portugal nas áreas da ciência e tecnologia e anunciaram o comprometimento em fortalecer a cooperação também em popularização da ciência através da implementação do memorando de entendimento que prevê o lançamento de uma Rede de Cooperação para a Promoção da Cultura Científica e Tecnológica.

Segundo a ministra da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a nova Secretaria de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social terá grande importância no avanço da colaboração com museus, escolas, centros de ciências e instituições científicas.

“A ciência precisa chegar à população. Por isso, precisamos reforçar nossas ações de popularização da ciência, para que as pessoas compreendam para que serve a ciência e para que não tenhamos mais negacionismo em nosso país”, disse Santos.

Nas redes sociais, Luciana Santos falou sobre o encontro entre os dois países e sobre o papel do Ministério que comanda. “Mais um instrumento importante que fortalece o trabalho conjunto e a inteligência nacional. A Ciência voltou e está novamente a serviço do povo brasileiro e da soberania do nosso país”, escreveu a ministra da gestão Lula.

Luana Piovani atualmente mora em Portugal, mas está no Brasil para cumprir sua agenda de compromissos. E foi nessa passagem pelo país que ela conversou exclusivamente com o Domingo Espetacular sobre assuntos bastante delicados de sua vida pessoal.

A atriz de 46 anos de idade é mãe de Dom, Bem e Liz, frutos de seu antigo relacionamento com Pedro Scooby, com quem tem travado uma batalha judicial por conta das pensões e outros cuidados com os filhos. Na conversa com Fabiana Oliveira, Piovani abriu o coração, pela primeira vez para uma emissora de televisão sobre os momentos difíceis que enfrentou:

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- Talvez tenha sido quando vi que resvalou nos meus filhos. No meu filho, no mais velho [Dom], ele sente mais. E aí me doeu profundamente. Porque eu tenho essa memória. Eu sei que gosto é esse. Vivi isso na separação dos meus pais.

Vale lembrar que quando Dom passou alguns dias na casa do pai no Brasil no final de 2022, ele chegou a compartilhar nas redes sociais um texto onde expressava sua opinião sobre a briga e contou que não estava a favor de sua mãe. Na época, Luana também compartilhou que se sentiu apunhalada pelas costas pela criança e amordaçada por ter perdido um processo contra o ex que a impede de tocar no nome de Scooby publicamente.

- Eu tirei um ensinamento disso e consigo entender que a gente também se comunica através do silêncio, revelou Piovani.

Mas, foi na audiência mais recente, para discutir outros detalhes do processo sobre a pensão das crianças, que a atriz sofreu constrangimentos mais fortes e desenvolveu ansiedade:

- Era uma audiência que se tratava de conciliação, mas que, infelizmente, em nenhum momento parecia que essa palavra realmente estava liderando aquele encontro. [...] Eu não sabia que existia algo chamado violência judiciária. Eu sofri violência judiciária e só fui entender depois. E aconteceu uma coisa horrível. Era uma juíza, era uma mulher. Ela me constrange quando ela fala sobre o salário mínimo português, como se ela vivesse baseada em um salário mínimo português ou como se o nosso nível de vida também se baseasse em algum tipo de salário mínimo.

Apesar dos muitos problemas que enfrenta. A vida amorosa da atriz está indo de vento em poupa. Ela está namorando Lucas Bittencourt, empresário nascido no Brasil, mas que cresceu na Inglaterra.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva repetiu a uma plateia de empresários brasileiros e portugueses, em Portugal, que o "Brasil tem um problema que é a taxa de juros muito alta". O presidente disse que esse nível de juros - Selic em 13,75% ao ano - desestimula investimentos e impede o consumo. Em seguida, Lula defendeu um ciclo de estímulo à economia que passe pelo consumo das classes menos favorecidas.

No raciocínio do presidente, com juros baixos e aumento de consumo, o ciclo virtuoso da economia será restabelecido. "A solução do Brasil é colocar o pobre para comprar. Já fizemos isso uma vez e vamos fazer de novo", disse.

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Durante toda a sua fala no Fórum Empresarial, que acontece em Matosinhos, ao Norte de Portugal, Lula frisou que quer parcerias com os empresários brasileiros e estrangeiros para promover o crescimento e o desenvolvimento do Brasil. Nesse sentido, voltou a avisar que não venderá empresas públicas. "O que queremos é parcerias. Vendemos empresas públicas para pagar juros e os serviços não melhoraram", afirmou. Em seguida, o presidente criticou a privatização da Eletrobrás: "foi vendida e a primeira coisa que fez foi aumentar os salários da diretoria".

O presidente garantiu aos empresários que irá promover a estabilidade política, social e jurídica, criando um ambiente para atrair investimentos. "Já fomos a sexta economia do mundo e retrocedemos para a 12ª. Vamos retomar pois o Brasil está pronto para ser grande, importante e atraente", disse, acrescentando que passou os três primeiros meses de seu terceiro mandato restabelecendo políticas sociais, de ensino, que tinham sido "destruídas nos últimos quatro anos".

"Em três meses, preparamos o Brasil para um salto de qualidade. Voltamos a governar para fazer o Brasil retomar a importância. Não podemos ficar trancados a quatro chaves e vamos fazer o Brasil retomar sua importância."

Lula citou diversas áreas e setores em que o Brasil apresenta destaque e excelência e destacou o segmento de energia renovável, onde Portugal está bastante presente. "O Brasil tem 80% de energia limpa", disse, lembrando também que este ano serão feitos R$ 23 bilhões de investimentos em infraestrutura.

O presidente afirmou ainda que uma das decisões desta visita foi a criação de uma agência da Apex em Lisboa e voltou a repetir que, depois de seis anos afastado do mundo, o Brasil está de volta ao cenário internacional.

O ministro da Educação, Camilo Santana, disse neste domingo (23) que um acordo assinado com Portugal vai facilitar o reconhecimento de diplomas de ensino fundamental e médio naquele país.

O acordo foi assinado nesse sábado (22) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante viagem oficial ao país. Trata-se de um complemento ao Tratado de Amizade celebrado entre os dois países em 22 de abril de 2000, sobre  equivalência de estudos no Brasil (ensino fundamental e médio) e em Portugal (ensino básico e secundário).

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De acordo com Santana, que está na comitiva presidencial em Lisboa, o acordo pretende desburocratizar a tramitação do processo de reconhecimento dos estudos de brasileiros que moram em Portugal e de portugueses que moram no Brasil.

Atualmente, segundo o ministro, cerca de 5 mil processos estão em tramitação na embaixada brasileira para reconhecimento de estudos. Entre as medidas para acelerar os pedidos estão o reconhecimento automático e a tramitação eletrônica (online) dos processos.

"Isso vai facilitar. O mesmo ano equivalente no Brasil será reconhecido aqui [em Portugal] automaticamente", afirmou.

Durante entrevista, o ministro da Educação também disse que o governo brasileiro pretende retomar um acordo para formação de professores em Portugal.

"Queremos retomar a formação de professores brasileiros em Portugal. Temos centenas de acordos com universidades brasileiras e portuguesas, e também a revalidação de cursos de nível superior. Vamos discutir e ver se na próxima reunião de cúpula , no ano que vem, a gente possa tratar dessa questão", disse.

Enem 2023

Sobre a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste ano, Santana reiterou que as provas não serão afetadas pela decisão do governo que suspendeu o cronograma do novo ensino médio, aprovado em 2017.

O ministro informou que, a partir das conclusões do relatório que será elaborado após a suspensão das regras, serão definidas as normas para o exame de 2024.

Neste ano, as provas serão aplicadas nos dias 5 e 12 de dezembro. "O Enem não muda. Já não iria mudar em 2023. Como foi suspenso, por enquanto, se mantém o mesmo exame nacional dos estudantes brasileiros", concluiu.

Os ministros da Educação do Brasil e Portugal assinaram há pouco acordo complementar sobre a concessão de equivalência de estudos entre os dois países. O memorando faz parte dos 13 atos assinados hoje, que tratam sobre temas como direitos das pessoas com deficiência, saúde, energia, comunicações e outros.

As assinaturas aconteceram durante a XIII Cimeira Luso-Brasileira. O evento faz parte da agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Portugal, em sua primeira viagem oficial à Europa. Na próxima terça-feira (25), o chefe do Executivo e comitiva partem para a Espanha.

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Um dos atos assinados pelo ministro da Educação, Camilo Santana, trata sobre acordo para instalação e funcionamento da Escola Portuguesa de São Paulo. Entre os acordos firmados também está um memorando de entendimento para reconhecimento mútuo de títulos de condução.

Os documentos foram assinados por autoridades de ambos os países. Além da participação do presidente Lula, também estavam presentes na cerimônia os ministros Silvio Almeida, dos Direitos Humanos e da Cidadania; Mauro Vieira, das Relações Exteriores; Nísia Trindade, da Saúde; Margareth Menezes, da Cultura; e Luciana Santos, Ciência e Tecnologia.

Em visita a Portugal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que o Brasil vai cumprir as metas de zerar o desmatamento até 2030. "Sei que a parceria entre nossos governos se estende aos grandes desafios impostos pela mudança do clima. O Brasil será implacável aos crimes ambientais. Vamos cumprir nossos compromissos de zerar o desmatamento até 2030", afirmou Lula, em entrevista coletiva à imprensa ao lado do presidente de Portugal, Marcelo Rabelo. "Seremos rigorosos na repressão contra o garimpo ilegal e contra os que atentam contra os povos indígenas", prosseguiu o presidente brasileiro.

O presidente reafirmou o desejo de "compartilhar" a biodiversidade do País com cientistas e pesquisadores. "Queremos estimular a produção de fármacos (a partir da biodiversidade da Amazônia). Queremos gerar oportunidades sustentáveis para comunidades da Amazônia e de outros biomas", disse.

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Lula destacou que ambos países são democracias e disse que estão ameaçados pelo extremismo político e notícias falsas. O presidente também lamentou a cultura da "indústria das fake news", o risco delas para as democracias, a negação da política e a tentativa da destruição das instituições. "Eu não tinha visto a política criar o clima de ódio que criou nos últimos anos. Quando começa a se negar política o que vem depois, é bem pior. É obrigação nossa lutar contra a desinformação indiscriminada", afirmou, citando necessidade de responsabilidade das empresas de tecnologia para conter a desinformação e conteúdos ilícitos. "Sei que podemos contar com Portugal nessa ameaça comum", afirmou.

O presidente pediu também que a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheça a língua portuguesa como oficial e disse que não fazê-lo é "falta de respeito". Ao citar que seu governo dedica "atenção ao crescimento com equidade", o presidente chamou Portugal de "parceiro especial" nessa tarefa. "A relação do Brasil com Portugal vai melhorar muito. Que mais investimentos portugueses venham para o Brasil. Que mais investimentos brasileiros venham para Portugal", afirmou.

Ao lado do presidente de Portugal, Marcelo Rabelo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o estabelecimento de uma "nova governança mundial" com maior número de países no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). "É preciso que mais países e continentes entrem no Conselho de Segurança da ONU e restabelecer uma nova geografia, porque a geografia de 1945 não é a mesma. Não podemos continuar com membros do conselho fazendo guerra. Eles são membros do conselho, decidem a guerra sem sequer consultar o conselho. Foi assim nos Estados Unidos contra o Iraque, na Rússia contra a Ucrânia, na França e Inglaterra contra a Líbia", afirmou Lula, em entrevista coletiva à imprensa durante visita a Portugal.

"Ou seja, eles mesmos desrespeitam as regras do Conselho de Segurança. Por isso, o Brasil está brigando para convencermos outros países para termos uma ONU mais representativa e acabar com o direito de veto", prosseguiu Lula.

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Lula repetiu também que o governo brasileiro defende uma solução política e negociada para o conflito entre Rússia e Ucrânia. "Ao mesmo tempo que o meu governo condena a violação à integridade territorial da Ucrânia, defendemos uma solução política e negociada para o conflito. Precisamos que um grupo de países se sente à mesa tanto com a Ucrânia quanto com a Rússia para encontrar a paz", reafirmou.

Ainda sobre a necessidade de uma nova governança mundial, Lula criticou que as decisões tomadas nas Conferências sobre a Mudança do Clima da ONU (COPs) não são implementadas e voltou a pedir mudança no conselho da ONU para que as decisões ambientais possam valer. "Estamos falando de mudanças na governança mundial. Não adianta tomarmos decisões nas dezenas de COP que fazemos para discutir, mas se você não tiver uma governança forte para exigir o cumprimento das decisões a gente vai na reunião, toma as decisões e no ano seguinte fazemos outra e as decisões nunca entram em vigor, porque quando tentamos aprovar no Estado nacional muita gente não consegue", destacou, mencionando que o Acordo de Copenhague, o Acordo de Paris COP e o Protocolo de Kyoto até hoje não foram postos em prática. O presidente reforçou a reivindicação do Brasil de realizar a COP30 em 2025 no Pará. "Um Estado amazônico para as pessoas verem o que é Amazônia", justificou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou neste sábado (22) o apoio do governo brasileiro à solução negociada para a paz na Ucrânia, invadida há mais de um ano pela Rússia, em declaração à imprensa no Palácio de Belém, em Lisboa. Lula começou nessa sexta-feira (21) viagem de Estado à Portugal e Espanha.

“Ao mesmo tempo em que meu governo condena a violação à integridade territorial da Ucrânia, defendemos uma solução política negociada para o conflito. Precisamos criar urgentemente um grupo de países que tentem sentar-se à mesa tanto com a Ucrânia como com a Rússia para encontrar a paz”, disse Lula.

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O presidente reafirmou que o Brasil condenou a Rússia por ferir a integridade territorial ucraniana desde os primeiros dias do conflito. “Não somos favoráveis à guerra, queremos a paz”, disse Lula. “É melhor encontrar uma saída em torno de uma mesa do que continuar tentando encontrar a saída num campo de batalha. Se você não fala em paz, você contribui para a guerra”. 

O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, destacou a necessidade da retirada imediata das forças armadas russas do território ucraniano como condição fundamental para ser possível encontrar uma reparação ao povo que sofreu a agressão, mas também como ponto de partida para a construção de uma paz duradoura. 

Em meio à polêmicas sobre sua fala em relação a Ucrânia, Lula fez questão de pontuar: "Eu nunca igualei Rússia e Ucrânia. Eu sei o que é invasão e o que é integridade territorial. Mas agora a guerra já começou e alguém precisa falar em paz". E rememorou sua postura na época da guerra do Iraque. "Em meu primeiro mandato eu fui aos EUA e o Bush pediu que o Brasil entrasse na guerra contra o Iraque. Eu respondi que minha guerra era contra a fome no Brasil. Hoje, outra vez, temos 33 milhões passando fome em nosso país. Essa é minha guerra".

Comércio exterior

Lula também ressaltou o potencial de Portugal e Brasil de dobrarem o fluxo de comércio exterior, atualmente por volta dos US$ 6 bilhões. “É preciso que a gente seja mais ousado. E é preciso que tanto nossos empresários quanto nossos ministros conversem mais e projetem perspectivas de futuro no financiamento das nossas indústrias e na produção de novos produtos entre os dois países”. 

O presidente português reafirmou seu total apoio à ratificação do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. Aprovado em 2019, após 20 anos de negociações, o acordo Mercosul-UE precisa ser ratificado pelos parlamentos de todos os países dos dois blocos para entrar em vigor, uma tramitação que envolve 31 países. O acordo cobre temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras governamentais, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual.

Visita oficial

Mais cedo, Lula participou cerimônia de boas-vindas na Praça do Império, em frente ao Mosteiro do Jerônimo, e da deposição de flores junto ao túmulo do poeta português Luís de Camões, no interior do mosteiro. Na sequência, Lula teve encontro bilateral com o presidente Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém.

Em seguida, haverá almoço oferecido pelo primeiro-ministro Antônio Costa e, à tarde, ocorre a 13ª Cúpula Luso-Brasileira, no Centro Cultural de Belém, com a assinatura dos acordos bilaterais. Inicialmente, os dois chefes de governo têm reunião reservada, seguido de uma plenária com as duas delegações.

De acordo com o Palácio do Planalto, serão assinados pelo menos 13 acordos e parcerias com o governo português.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que Brasil e Portugal têm "potencial extraordinário" para incrementar o comércio bilateral. "É sempre com grande prazer que me reúno com os portugueses. Essa visita marca o relançamento do diálogo bilateral. Discuti com o presidente Rabelo iniciativas para ampliar cooperação econômicas, comerciais e para dinamizar atividades culturais e de cooperação educacional. Estamos com comércio na ordem de R$ 6 bilhões. Os investimentos e as operações conjuntas de nossas empresas são cada vez mais encorajadores", afirmou Lula, em entrevista coletiva à imprensa ao lado do presidente de Portugal, Marcelo Rabelo.

"Brasil e Portugal têm potencial extraordinário para dobrar o fluxo de comércio exterior. É preciso sermos mais ousados. É preciso que tanto nossos empresários quanto nossos ministros conversem mais, projetem perspectivas de futuro no financiamento das nossas indústrias e na produção entre nossos países", prosseguiu Lula, pedindo mais diálogo entre Brasil e Portugal.

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Lula voltou a afirmar que o papel do presidente é abrir a porta, mas quem sabe fazer negócios são os empresários. Temos que juntá-los para que negócios possam crescer, podemos gerar emprego e melhorar a vida dos nossos povos", afirmou. O presidente brasileiro falou também em "compartilhar o desafio" citando os brasileiros que moram em Portugal. "Se é verdade que Portugal descobriu o Brasil em 1500, também é verdade que no século 21, os brasileiros descobriram Portugal. Em nenhum outro momento na história, houve tantos brasileiros em Portugal como agora", destacou o presidente, mencionando que há "muita classe média alta" e profissionais liberais brasileiros no país. "Acho que estamos avançando muito e estou com muita expectativa em relação à reunião que faremos com empresários no Porto", afirmou Lula.

O presidente de Portugal, Marcelo Rabelo, em discurso de boas-vindas ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que a paz no mundo pressupõe retirada das forças armadas da Rússia da Ucrânia. "Paz para ser duradoura e justa, nos termos da resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas votada em fevereiro por Brasil e Portugal, pressupõe a disponibilidade da federação russa de retirada imediata das forças armadas", disse Rabelo, em entrevista coletiva a jornalistas ao lado de Lula. A declaração de Rabelo ocorre na esteira de falas do presidente Lula que colocou em situação de igualdade a Rússia e a Ucrânia, o que desagradou a países da União Europeia e aos Estados Unidos.

Rabelo citou uma eventual adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e defendeu soberania de Estado. "Para aceitação de paz complementados na defesa dos princípios de direitos internacionais como soberania de Estado e integridade do território invadido", afirmou o presidente português ao mencionar casos em que Brasil e Portugal podem desempenhar parcerias multilaterais. Rabelo se dispôs também a ajudar o Brasil a retirar brasileiros que estão no Sudão em meio aos conflitos que ocorrem no país. "O presidente sabe melhor que eu quando Portugal ou União Europeia pode desenvolver papel de ajuda em relação a esses irmãos brasileiros", disse.

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O presidente português mencionou a cimeira luso-brasileira, na qual serão assinados pelo menos 13 acordos de cooperação entre os países. "Teremos cimeira para tratar dos nossos povos e dos irmãos brasileiros, para construir o futuro na inovação científica, na energia, na economia, no plano civil e militar multilateral e bilateral", defendeu Rabelo.

Rabelo resgatou elogios anteriores feitos ao presidente Lula, destacando que é um dos "líderes" do seu tempo e citando em generosidade. "Sejam bem-vindos a esta pátria que tanto deve aos irmãos brasileiros", disse ao cumprimentar Lula e a primeira-dama Janja.

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