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A Polícia Federal (PF) em Pernambuco deflagrou, nesta quarta-feira (2), a segunda fase da Operação Desnatura, que investiga desvios de verba no Programa “Leite de Todos” ou Programa de Aquisição de Alimentos na Modalidade Leite (PAA-Leite). Em junho deste ano, a PF realizou a primeira investida. O objetivo da Desnatura 2 é desmontar um novo núcleo criminoso, cuja atuação acontecia na Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Estado. 

Essa ação é um desdobramento da Operação Lácteos, deflagrada em novembro de 2022, a partir de uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE). Entre os principais suspeitos, está um ex-servidor da secretaria estadual, responsável por esquematizar a fraude ao programa social.  

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De acordo com a polícia, as investigações revelaram que empresários ligados a empresas de laticínios no interior, além de uma outra empresa no Recife, teriam desviado verbas do Governo Federal - PAA-Leite que deveriam ter sido destinadas à aquisição de leite cru, fornecido por pequenos produtores rurais inscritos no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). 

Nas fases anteriores do trabalho, o Poder Judiciário chegou a decretar o sequestro patrimonial de bens e valores dos investigados, no valor total de R$ 95.931.880,15, a fim de descapitalizar a organização criminosa e ressarcir os cofres públicos. 

A operação desta quarta-feira (2) cumpre nove mandados de busca e apreensão em Recife, Jaboatão dos Guararapes, Paulista, São Benedito do Sul, Maraial, em Pernambuco; e em São Paulo e Rio de Janeiro. 

Na manhã desta terça-feira (13), a Polícia Federal em Pernambuco deflagrou uma nova fase da Operação Desnatura, que investiga desvios de recursos públicos em um programa de distribuição de leite para pessoas em vulnerabilidade, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Estado. A instituição informou que a ação é um desdobramento da Operação Lácteos, deflagrada em novembro de 2022, a partir de uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE).

O programa afetado é o “Leite de Todos”, gerenciado pela secretaria desde 2014. De acordo com a investigação, empresários ligados a um grande laticínio do Estado e a uma empresa de Recife teriam desviado verbas do Governo Federal que deveriam ter sido destinadas à aquisição do leite cru fornecido por pequenos produtores rurais inscritos no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF).

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A PF também constatou, com base na análise pericial criminal elaborada em conjunto com o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária/PE, a baixa qualidade leite adquirido, que teria sido adulterado,com redução do seu valor nutricional, afetando diretamente os destinatários, pessoas com risco de insegurança alimentar e alunos de escolas públicas.   

Durante a deflagração da primeira fase da investigação (Operação Lácteos), foram identificadas manobras de embaraço às investigações – obstrução à justiça, com descarte do “Leite da Merenda”, e suspensão do fornecimento do “Leite de Aquisição” nos centros de distribuição. 

Participam da operação 60 policiais federais, auditores da Receita e auditores da CGU, que atuarão nas análises das informações obtidas. Também serão cumpridos seis mandados de prisão preventiva, sendo três em em Recife, dois em Gravatá e um em Itaíba, além de 20 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Gravatá (4), Itaíba (2), Pesqueira (1), Recife (8), Passira (1), Ipojuca (2), Campina Grande/PB (1), e Rio de Janeiro-RJ (1).

Além disso, foi decretado o sequestro patrimonial no valor total de R$ 95.931.880,15, a fim de descapitalizar a organização criminosa e ressarcir os cofres públicos. Também foi determinada a suspensão cautelar da atividade econômica da cooperativa investigada e de todos os contratos firmados entre a empresa e o poder público, além da suspensão do contrato firmado entre a empresa sediada em Recife, também investigada, e a Secretaria de Educação e Esportes.

 É com ele que a trabalhadora rural Maria Francilene, de 25 anos, garante fraldas, frango no mercadinho e roupas para o Marcelo, seu filho de quase três anos na pequena Garrafão do Norte, município de 26 mil habitantes no nordeste do Pará. É nele que a mãe solo Adrielly Pereira Silva, de 19 anos, confia para variar o cardápio da Pérola, de dois anos e 11 meses, na cidade mineira de Jequitinhonha.  

A certeza do mínimo de R$ 600 e dos R$ 150 a mais por criança de até seis anos é sinônimo de segurança e dignidade para Francilene, Adrielly e para outros 21,2 milhões de beneficiários do Bolsa Família. O programa de transferência de renda do Governo Federal iniciou o pagamento de maio, que segue até o dia 31 (veja abaixo).

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RECORDES – Neste mês, o valor médio pago em todo o país no Bolsa Família é o mais alto de todos os tempos. São R$ 672,45, acima dos R$ 670,49 registrados em abril. O programa está nos 5.570 municípios do país e, neste mês, o valor total pago pelo Governo Federal soma R$ 14,1 bilhões: é o maior da história do programa de transferência de renda.

1 MILHÃO DE INCLUÍDOS – Desde o relançamento em março, o Bolsa Família incluiu mais de 1 milhão de famílias. São pessoas que preenchem os requisitos para estar na lista e estavam fora até então. Entre março e abril, 808 mil famílias foram incluídas. Em maio, mais 200 mil.

R$ 150 PARA 9 MILHÕES — O Bolsa Família garante o mínimo de R$ 600 e mais R$ 150 para cada criança de zero a seis anos na família. Em maio, são mais de 9 milhões de crianças de zero a seis anos com direito aos R$ 150, como a Pérola e o Marcelo.

“Significa um extra para garantir algo a mais para a minha filha. São carnes de melhor qualidade e uma diversidade de frutas”, conta Adrielly. “Os R$ 150 deixo para pagar coisinhas dele. Os R$ 600 vão para luz e despesas de casa”, explica Francilene, enquanto visita um mercadinho ao lado de casa para comprar peito de frango.

ESSENCIAL — Moradora de Manaus (AM), Jéssica Lesses é mãe de duas filhas e vive com a mãe numa residência alugada. Ela se desdobra entre um emprego temporário como analista comercial, o estudo para buscar melhores oportunidades e o cuidado com as meninas. Para ela, o Bolsa Família é um essencial complemento. “Depois dessa atualização, a renda aumentou e a gente consegue comprar aqueles itens que precisava tirar do carrinho. As necessidades nunca acabam: precisamos comer, vestir, alimentar, morar. Sem o Bolsa Família, seria bem difícil”.

Infográfico 1 - Distribuição de recursos do Programa Bolsa Família no Brasil
Distribuição de recursos do Programa Bolsa Família no Brasil / Divulgação (Secom) 

REGIÕES — O Nordeste é a região com mais integrantes no Bolsa Família. São mais de 9,7 milhões de famílias nos nove estados. Para isso, o investimento do Governo Federal é de R$ 6,3 bilhões. O benefício médio pago na região é de R$ 664,38. O Sudeste vem em seguida. São 6,33 milhões de famílias. Os repasses superam R$ 4,25 bilhões e o valor médio nos quatro estados é de R$ 672,32. Na sequência aparecem o Norte (2,59 milhões de famílias nos sete estados), o Sul (1,43 milhão nos três estados) e o Centro-Oeste (1,13 milhão nos três estados e no Distrito Federal).

ESTADOS — São Paulo lidera a lista de beneficiários do Bolsa Família. São mais de 2,579 milhões no estado, com benefício médio de R$ 678,25 e investimento de R$ 1,74 bilhão. Na sequência vêm sete estados com mais de um milhão de famílias contempladas: Bahia (2,5 milhões), Rio de Janeiro (1,82 milhão), Pernambuco (1,67 milhão), Minas Gerais (1,62 milhão), Ceará (1,49 milhão), Pará (1,35 milhão) e Maranhão (1,23 milhão). 

Da assessoria

Uma organização sem fins lucrativos, contratada pelo Governo Bolsonaro, cobrou de famílias em situação de vulnerabilidade social o valor da instalação de cisternas, mesmo os equipamentos estando incluídos na verba enviada pela gestão para financiar o projeto social. O caso afetou cinco cidades da região semiárida de Minas Gerais, onde eram esperados 3.012 dispositivos de armazenamento de água. A informação é da Folha de São Paulo. 

A instalação das cisternas era contemplada pelo montante de R$ 15 milhões, valor que regeu no contrato assinado pelo Ministério da Cidadania. As obras começaram de um convênio entre o Consórcio Inframinas, que reúne prefeituras da região, e a pasta federal. A partir do convênio, a ONG Central das Associações de Agricultura Familiar (Ceapa), com sede em Alagoas, foi contratada para executar as obras. O convênio, porém, não previa contrapartida das famílias beneficiárias, uma vez que elas viviam em situação de pobreza e extrema pobreza. 

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De acordo com a Folha, os moradores disseram que precisaram pedir dinheiro emprestado para bancar parte da construção das cisternas, e assim, ficaram sem dinheiro para investir em suas lavouras. Algumas famílias desistiram de participar do programa por causa da dificuldade financeira. Em um retorno à reportagem, o ministério, rebatizado de Integração e Desenvolvimento Regional com a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), informou que, diante da gravidade do caso, iria suspender a entidade responsável pela cobrança. 

Em alguns casos, eles compraram material de construção e contrataram mão de obra para iniciar as atividades de construção. Foi o caso de um casal de idosos do município de Vertentes, que usou R$ 870 do próprio bolso para comprar cinco metros de areia e contratar um auxiliar de pedreiro para cavar o buraco onde ficaria a cisterna. 

Houve ainda situações em que as famílias precisaram comprar outros materiais, como cimento e pedras, e precisaram trabalhar como pedreiros para a empreiteira na execução das obras. Quem não tinha condições de realizar o trabalho teve que contratar esses profissionais e ainda fornecer alimentação a eles. 

O Programa de Cisternas do governo federal propunha a construção dos equipamentos sem qualquer tipo de participação financeira dos beneficiários, tampouco exigia uso de sua força de trabalho, muito menos sem remuneração. 

Resposta da Ceapa 

A Ceapa respondeu a um contato da Folha e afirmou que os valores disponibilizados pelo governo federal para as obras eram muito pequenos e que, então, foi necessário recorrer às prefeituras e às pessoas que vivem nas áreas contempladas. 

“Foi acordado que os municípios ajudariam a custear as despesas mencionadas, tendo em vista o aumento gigantesco dos materiais. Como os municípios não ajudaram, a entidade identificou o erro e o corrigiu a tempo, repassando o que era devido a cada família, sanando assim a inconsistência”, justificou a entidade privada.

O senador democrata Joe Manchin anunciou no domingo (19) que não aprovará o gigantesco plano de reforma social de Joe Biden, no que parece significar o fim deste programa do presidente que visa transformar os Estados Unidos.

"Não posso ir mais longe", disse o legislador da Virgínia Ocidental, que durante semanas foi um dos principais obstáculos a este programa de reformas sociais e ecológicas.

"Não posso votar a favor", acrescentou Manchi, citando em particular o aumento dos preços e a extensão da dívida.

"Simplesmente não posso. Tentei tudo que era humanamente possível, mas não consigo", acrescentou o senador conservador, que fez fortuna com combustíveis fósseis. "É não".

Virgínia Occidental é o segundo maior estado produtor de carvão depois de Wyoming, de acordo com dados do governo, e gera 90% de sua eletricidade a partir de combustível.

Chamado de "Build Back Better" (Reconstruir Melhor), o plano de 1,75 trilhão de dólares prevê especificamente jardim de infância para todas as crianças, créditos fiscais para residências e investimentos substanciais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Depois de uma primeira votação na Câmara dos Representantes, em novembro, onde os democratas venceram disputas internas entre os centristas, preocupados com o efeito sobre a dívida, e a esquerda, que queria ir mais longe nos gastos, a votação no Senado foi adiada nos últimos dias.

Como o Senado está dividido (50 legisladores para cada lado), qualquer um dos democratas tem o que parece ser um veto em qualquer projeto de lei se os republicanos se unirem.

O deputado federal Danilo Cabral (PSB) criticou, nesta terça-feira (26), as possíveis mudanças no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). O parlamentar acredita que a medida tem potencial para prejudicar duplamente a população em situação de vulnerabilidade do país.

Na avaliação de Danilo Cabral, com o fim do auxílio emergencial e as modificações no CadÚnico, na prática, o governo federal irá reduzir o número de pessoas atendidas nos programas de proteção social. "Sob artifício da inovação tecnológica, o governo federal vai fragilizar o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), no momento em que deveria fortalecê-lo. Este é o momento de garantir acesso de todos que estão em situação de vulnerabilidade nas redes de proteção”, acentua.

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O pessebista também afirma que a centralização do CadÚnico e o cadastramento em plataforma digital afetam o controle social, a articulação federativa das políticas de assistência social e, principalmente, prejudicam gravemente a população mais pobre, que não tem acesso às plataformas digitais. “Esse modelo vai excluir parcelas significativas da população, aumentando as desigualdades”, acrescenta. Em reação às medidas, o deputado apresentou um pedido de informação ao ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, questionando sobre as mudanças pretendidas no sistema.

Para ele, esse é mais um movimento de retirada de direitos do governo federal. "Ao longo dos últimos anos, temos colhido relatos das dificuldades existentes para os cadastros, inclusive com filas de espera para o Bolsa Família. É preciso ressaltar que a inclusão da população que vive em situação de extrema pobreza depende, fundamentalmente, da busca ativa e da ação dos Centros de Referência de Assistência Social. Sem isso, milhões de pessoas podem ser excluídas das políticas de assistência social”, afirma Danilo Cabral. Ele cita os números de pessoas excluídas digitalmente e de analfabetos como dois impedimentos para a centralização do cadastramento.

A pesquisa TIC-Domicílios, divulgada em 2019, por exemplo, demonstrou que na zona rural brasileira 48% dos domicílios não têm acesso à internet, sendo que 39% dos indivíduos nunca acessaram a internet. Além disso, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, havia 11 milhões de pessoas analfabetas com 15 anos ou mais de idade no Brasil.

Danilo Cabral afirma que, na retomada das atividades do Congresso Nacional, na próxima semana, esta deve ser uma pauta prioritária dos parlamentares. Hoje, o ministro Paulo Guedes, da Economia, vinculou a prorrogação do auxílio emergencial a cortes nos orçamentos da educação e da segurança. “Há uma forte pressão da sociedade e o governo não sinaliza o que pretende fazer. O ministro voltou a tentar emplacar a pauta da desvinculação do orçamento, sabendo que não há espaço para essa discussão”, comenta.

O ministro da Cidadania tem 30 dias para responder ao pedido de informação a partir do seu recebimento, sob o risco de crime de improbidade.

*Da assessoria 

O presidente Jair Bolsonaro esteve nesta sexta-feira (9), na Ilha do Marajó, Pará, onde lançou o programa social "Abrace Marajó". No entanto, sua visita foi criticada pelo bispo Evaristo Pascoal Spengler, líder da Prelazia do Marajó, que é uma das circunscrições da Igreja Católica no Brasil. 

Segundo o líder religioso, "a solenidade, em pleno período eleitoral, integra um espetáculo midiático com questionáveis efeitos concretos". Na visita, o presidente causou aglomerações e não usou máscara de proteção.

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Por conta disso, o bispo Evaristo se posicionou dizendo soar estranho que "em uma região com um sistema de saúde precário, a realização de atividades que favoreçam a aglomeração social, sem respeito às normas sanitárias, onde as taxas de contágio e óbitos em decorrência da Covid-19 são preocupantes".

O religioso diz que se o programa Abrace Marajó fosse uma iniciativa do governo federal para favorecer às demandas da região, seria "indispensável um diálogo com o Governo do Estado, com os poderes municipais e, principalmente, com as lideranças da sociedade civil". "Um diálogo sincero, franco, responsável, envolvendo a pluralidade do tecido social da região", acrescentou.

Segundo a nota publicada por Evaristo, não houve essa construção com o coletivo e, para ele, a história do Brasil tem demonstrado o "fracasso de iniciativas governamentais que veem o povo como destinatário e não como interlocutor".

Abrace Marajó

O programa social lançado na ilha terá 110 iniciativas voltadas à geração de empregos e renda, melhoria da educação e da saúde. “Aqui já está orçado R$ 1 bilhão para Marajó na primeira fase. Até o final, vamos passar de R$ 4 bilhões”, disse a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, ao anunciar o plano de ação.

O presidente Jair Bolsonaro e uma comitiva de ministros participaram de cerimônia em Breves para o anúncio das medidas. O programa Abrace o Marajó visa promover o desenvolvimento socioeconômico dos 16 municípios paraenses que compõem a Ilha do Marajó e melhorar as condições de vida da população.

Até novembro do ano passado, o governo federal retirou 1,3 milhão de beneficiários do programa Bolsa Família devido a irregularidades no cadastro. De acordo com Ministério da Cidadania, o cancelamento de benefícios gerou economia de R$ 1,3 bilhão para os cofres públicos.

Segundo o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, o governo está com estudos adiantados para reformular o programa. No entanto, ainda não há prazo para que a reformulação seja lançada.

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O porta-voz ainda confirmou à Agência Brasil que a mudança de nome do Bolsa Família está sendo analisada. "É uma das propostas, mas ainda não está fechada. Tudo indica [que sim]".

Transferência de renda

Criado em 2003, o Bolsa Família é um programa de transferência de renda do governo federal que tem o objetivo de combater a extrema pobreza no país. Em 2020, o Orçamento da União prevê que R$ 29,5 bilhões sejam pagos em benefícios do programa.

O público-alvo do programa é formado, prioritariamente, por famílias que vivem em situação de extrema pobreza, com renda per capita de até R$ 89 mensais, e de pobreza, com renda entre R$ 89,01 e R$ 178 mensais por membro. O benefício médio pago a cada família é de R$ 189,21.

Para receber o benefício, é necessário que haja na família crianças ou adolescentes com idade até 17 anos. Para garantir o acesso ao benefício, as famílias devem seguir as condicionantes impostas pelo governo, como matrícula na escola e levar as crianças até 7 anos para serem vacinadas conforme o calendário de vacinação do Ministério da Saúde.

 

Deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores e ministro do governo dos ex-presidentes Lula e Dilma, Alexandre Padilha alfinetou nesta terça-feira (14) o andamento dado ao programa Mais Médicos.

 No seu perfil oficial do Twitter, o parlamentar pontuou a atitude do presidente Jair Bolsonaro (PSL) em relação ao programa e fez relação a uma situação possível de acontecer dentro dos lares brasileiros.

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 “Quando Jair Bolsonaro diz que não tem nada a ver com o fim do Mais Médicos, age como aquele marido que ameaça bater e matar a mulher e a acusa de ter fugido de casa por que quis”, fez a analogia.

 Padilha ainda citou um dado da revista Veja. “Até a Veja mostrou: já são mais de 6 mil vagas de médicos não ocupadas”, finalizou.

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A notícia de que o Minha Casa Minha Vida está com recursos garantidos apenas até junho deste ano levou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), a cobrar explicações do governo de Jair Bolsonaro (PSL) sobre a continuidade do programa. Segundo o senador, a possibilidade do Minha Casa Minha Vida - já desestruturado pelo ex-ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), ainda na gestão de Michel Temer (MDB) - chegar ao fim poderá afetar drasticamente o setor da construção civil no país, além de destruir o sonho de milhões de brasileiros de ter acesso a uma moradia digna.

Segundo levantamento realizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrinc), o deficit habitacional do Brasil já é o maior da série histórica e atinge 7,78 milhões de unidades habitacionais. "O que a gente vê é um governo perdido no seu próprio e obscuro labirinto. Sem projeto, parece determinado a destruir tudo de bom que o Brasil possui: seus programas, sua economia, seu otimismo. Até mesmo o direito de sonhar com um lar próprio e digno está com os dias contatos", destacou o senador.

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Para Humberto, o fim do programa pode levar o setor da construção civil a uma crise enorme, com implicações diretas no número de trabalhadores desocupados no País. "Hoje, o setor gera cerca de 12 milhões de postos de trabalho diretos, indiretos e informais e movimenta 6,2% do PIB do Brasil. Acabar com o Minha Casa Minha Vida é também acabar com milhares de empregos. Pensar no que pode significar o fim do programa e no seu efeito cascata é assustador", afirmou Humberto.

O senador também fez questão de destacar o legado dos governos do PT, que criou o projeto. "O Minha Casa Minha Vida já mostrou que funciona. Os números confirmam isso. Em 10 anos, o programa já contratou mais de 5,5 milhões de unidades habitacionais, sendo que 4 milhões delas já foram entregues. Lula e Dilma criaram o maior programa habitacional da história do país e, agora, simplesmente querem acabar com tudo", lamentou. 

O anúncio do pagamento do 13º do Bolsa Família, confirmado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), para todos os beneficiários do programa no país gerou preocupação entre os parlamentares. O deputado federal Danilo Cabral (PSB), por exemplo, questiona se há recursos necessários para a manutenção do programa ainda em 2019.

Ele destaca que houve um corte de 50% do orçamento necessário para o pagamento dos benefícios neste ano. “Temos que registrar que essa iniciativa, seguindo o que o governador Paulo Câmara já tinha feito em Pernambuco, é um avanço. O problema é que o governo anuncia isso sem sequer garantir os recursos mínimos para pagamento dos benefícios”, declarou o parlamentar, que é presidente da Frente em Defesa do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

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Danilo Cabral diz que aguarda a recomposição dos cortes efetuados na assistência social, entre eles de R$ 15 bilhões do Bolsa Família e de R$ 30 bilhões do BPC (Benefício de Prestação Continuada). “Além disso, o SUAS vai paralisar suas atividades se não recompuserem os R$ 2,5 bilhões que foram cortados em 2019”, afirma o deputado.

A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2019 reduziu pela metade o orçamento previsto para o programa Bolsa Família e para o BPC. No ano passado, ficou definido que a complementação dos recursos para o pagamento dos dois benefícios ao longo deste ano estaria condicionada ao envio de projeto de crédito especial pelo Poder Executivo. “Até agora, o governo não deu qualquer sinalização nesse sentido. Pelo contrário, tem endurecido as regras de cadastramento e dificultado o acesso aos benefícios”, critica Danilo Cabral.

líder do Partido dos Trabalhadores no Senado, Humberto Costa, usou sua conta no Twitter, nesta terça-feira (26), para lembrar dos dez anos do programa Minha Casa, Minha Vida, criado durante o governo do ex-presidente Lula. A iniciativa completou o décimo aniversário nessa segunda-feira (25).

“Infelizmente, sem nada o que comemorar. Há só a lamentar pelo completo desmonte dessa iniciativa revolucionária construída por Lula para combater a falta de moradias, especialmente à população de baixa renda. Os governos Temer e Bolsonaro cortaram contratos do programa”, lamentou Humberto, fazendo crítica ao governo Bolsonaro.

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O petista afirmou que o programa foi pensado em “uma época em que nós tínhamos um presidente da República que se preocupava com os mais pobres e voltava as políticas públicas do governo para as parcelas mais carentes da população”.

Não foram feitas somente referências a Lula; o parlamentar também lembrou da ex-presidente Dilma Rousseff que, segundo ele, fez um bom trabalho diante do programa. “Mais de 4,3 milhões de unidades foram contratadas por ela, que pretendia, na 3ª fase do programa, contratar outros 2 milhões de casas, com a meta de zerar o déficit habitacional nas faixas de renda mais baixa”, lembrou.

Humberto Costa relatou que o Minha Casa, Minha Vida foi interrompido pelo impeachment de Dilma, em 2016. Ele pontuou que a ex-presidente saiu do poder “sem nem mesmo ter a oportunidade de entregar à população 50 mil casas que já estavam prontas pelo seu governo”.

“Num país que tinha um déficit habitacional de quase 8 milhões de imóveis, o Minha Casa, Minha Vida conseguiu reduzir muito esse problema, se consagrando como uma política pública extremamente exitosa”, complementou Humberto.

De acordo com o senador, a situação do projeto atualmente é completamente penosa. “O que vemos hoje é o programa jogado na lata do lixo, a despeito de milhões de famílias que não têm um teto próprio embaixo do qual se abrigar. Num momento de crise, o governo os abandona ao relento e lhes tira toda e qualquer possibilidade de ter uma casa própria”, disse, fazendo referência ao governo do presidente Jair Bolsonaro.

“A maior iniciativa para habitação popular da história do Brasil foi reduzida a pó na gestão Bolsonaro, que estrangulou o orçamento da área, prejudicando duramente a população e o setor da construção civil, que teve mais de R$ 110 bilhões injetados nos últimos anos pelo programa”, finalizou.

O atendimento a beneficiários do programa Bolsa Família em Guarulhos, na Grande São Paulo, cresceu 143% em um ano, de acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social.

Em julho deste ano foram realizados 9.822 atendimentos contra 4.027 no mesmo período de 2017. O número de beneficiários também aumentou, passando de 39.186 para 40.185 famílias na última quinzena de julho de 2018.

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O aumento da demanda, segundo a administração municipal, ocorreu em razão do aumento na divulgação de ações, serviços e programas sociais.  As informações sobre os benefícios são veiculadas no site da prefeitura e em redes sociais, além de jornais e cartazes distribuídos pela cidade.

O Bolsa Família não é um "bom programa social", por não ter mecanismos que permitam a independência de seus beneficiários, afirmou nesta quarta-feira, 17, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. "Criar um programa para escravizar as pessoas não é um bom programa social. O programa bom é onde você inclui a pessoa e dá condições para que ela volte à sociedade e possa, com suas próprias pernas, conseguir um emprego", disse o parlamentar durante discurso no Brazil Institute do Wilson Center, em Washington.

Em entrevista depois do evento, Maia disse que o Bolsa Família gera "dependência", por não criar uma "porta de saída" para os participantes. "Essa dependência atrela as pessoas ao Estado." O deputado defendeu mudanças que criem obrigações em relação à saúde, educação e saneamento, que levaria as pessoas as serem "estimuladas a sair do programa".

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Em sua opinião, a ausência de obrigações para os beneficiários os transforma em "dependentes". Maia afirmou que o Bolsa Família é um programa "liberal" e não de esquerda, mas criticou a maneira como ele foi implementado pelo PT. "É engraçado que o Brasil cresceu tanto no governo do PT e o número de pessoas dependentes do Bolsa Família aumentou. Tem alguma coisa errada. Se o Brasil está ficando mais rico, por que há mais pessoas pobres dependentes do Bolsa Família? Essa era uma distorção grande."

Para ele, a principal questão em relação ao programa é a porta de saída para seus beneficiários. "Como é que você dá condições para o cidadão pobre brasileiro, que depende do Bolsa Família, que o filho dele tenha uma condição de escolaridade, uma condição de saúde, cursos profissionalizantes para que ele possa sair da dependência e possa gerar sua própria renda."

Maia admitiu que poderá disputar a sucessão de Michel Temer caso obtenha números mais elevados nos levantamentos sobre intenção de voto. "Hoje não, eu tenho 1% nas pesquisas. No dia em que eu tiver 7%, as coisas melhoram muito", declarou, em resposta a pergunta sobre sua eventual candidatura.

Membros da Organização das Nações Unidas (ONU) estiveram em Salvador para conhecer o programa Corra pro Abraço. Esse projeto tem como base o acolhimento dos dependentes químicos e a prestação de serviços sociais, como atendimento médico e moradia. Além da capital, a iniciativa foi adotada pelos municípios de Lauro de Freitas e Feira de Santana. Em evento na Câmara Municipal de Salvador, os representantes do Escritório da ONU para Drogas e Crimes (UNODOC) acompanharam a apresentação dos resultados.

Em quatro anos, o programa atendeu mais de 80 mil pessoas, entre pessoas em situação de rua, jovens de regiões com altos índices de violência e ex-detentos. “O programa tem investido na sistematização dos seus dados, resultados quantitativos e qualitativos e conta com o apoio técnico institucional do UNODC na qualificação desse processo”, disse a chefe da Superintendência de Políticas sobre Drogas Atenção a Vulneráveis (SUPRAD), Denise Tourinho.

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O funcionário da ONU também acompanhou uma audiência de custódia, procedimento incentivado pelos órgãos de Justiça do país para minimizar o impacto do julgamento de crimes considerados mais brandos ou que requerem penas que não sejam a detenção. 

Com objetivo de capacitar jovens e adolescentes em risco social, o Ampliar, programa social do Sindicato da Habitação (Secovi) do estado de São Paulo, está disponibilizando 164 vagas para diversos cursos profissionalizantes gratuitos, entre eles: informática básica, maquiagem e assistente administrativo. 

As aulas serão realizadas em duas unidades: Brigadeiro e Sete de Setembro. Na Brigadeiro, localizada na Avenida Brigadeiro Luís Antonio, número 2.344 - 8º andar, no bairro de Bela Vista, serão ministrados os cursos de Assistente Administrativo (32 vagas), Informática Básica (24 vagas), Criador de Sites (24 vagas), Assistente de Cabeleireiro (24 vagas) e Maquiagem (12 vagas). Já a segunda unidade irá oferecer Informática Básica (24 vagas) e Salgadeiro (24 vagas). A Sete de Setembro fica situada na Travessa Maria Terezinha de Albuquerque, 30, Jardim São Bernardo - bairro do Grajaú. 

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Entre os requisitos para participar: ter renda familiar de até três salários mínimos e estar cursando ou ter concluído o ensino regular. Para o curso de Informática Básica, o candidato deve ter entre 14 e 24 anos. Para os de Assistente Administrativo, Criador de Sites e Salgadeiro, o interessado deve ter entre 16 e 24 anos. A faixa etária para os cursos de Assistente de Cabeleireiro e Maquiagem é entre 18 e 28 anos.

Inscrição - As matrículas podem ser feitas pessoalmente, em uma das unidades, de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas, e o candidato deve levar cópias do RG, CPF, de comprovantes de residência, escolaridade e renda familiar. O prazo para inscrição varia de acordo com o início de cada curso. Se as vagas estiverem preenchidas, é possível fazer o cadastramento prévio nos cursos de interesse.

Confira a programação completa no site do projeto. Mais informações pelo telefone (11) 5591-1281/46, ou e-mail ampliar@ampliar.org.br

A primeira-dama Marcela Temer já tem à sua disposição uma sala no terceiro andar do Palácio do Planalto, porém, segundo fontes, não deve ocupar o espaço. Segundo apurou o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, a decisão teria sido do presidente Michel Temer. O assessor especial de Temer, Rodrigo Rocha Loures, já havia sido deslocado da sala para dar espaço à primeira-dama.

Apesar de não ocupar o Planalto, Marcela já tem feito reuniões sobre o programa Criança Feliz, do qual será embaixadora, no Palácio do Jaburu. A previsão é que o programa, que terá como foco atender as crianças de até 3 anos do Bolsa Família, seja lançado na primeira semana de outubro. A data deve ser fechada nesta semana.

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Segundo fontes da pasta, Marcela esteve com o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, na sexta-feira passada e nesta semana deverá ter mais reuniões com técnicos sobre o tema, todas no Jaburu. A primeira-dama não terá uma função burocrática no programa, não assinará nada, apenas será uma embaixadora com a função de divulgá-lo.

Adiamento

A expectativa inicial era de que o programa Criança Feliz fosse lançado em agosto. Depois o prazo passou para setembro e agora para a primeira semana de outubro. O governo cogitou lançá-lo no dia 12 de outubro, para aproveitar o Dia das Crianças, mas, segundo fontes da pasta, a ideia foi descartada e o objetivo é que o lançamento finalmente aconteça na primeira semana de outubro.

Em junho, em entrevista ao Broadcast Político, Terra afirmou que neste ano serão investidos R$ 80 milhões de recursos próprios da pasta para bancar o projeto. "Em 2018, o nosso objetivo é investir até R$ 1,8 bilhão", disse o ministro.

O programa, segundo o ministro, será "um avanço" em relação ao Brasil Carinhoso, programa feito pelo governo da presidente afastada Dilma Rousseff, que garantia creches para crianças de famílias beneficiárias do Bolsa Família. O programa social do governo Temer também será destinado às famílias que recebem o benefício e não prevê repasse de dinheiro para as famílias e sim um atendimento feito por "visitadores domiciliares capacitados" que criarão vínculos com as crianças para acompanhar o seu crescimento. A capacitação desses visitadores deve ser feita pelo próprio MDS em parceria com instituições, como universidades.

O modelo do programa é inspirado no Primeira Infância Melhor, implementado por Osmar Terra no Rio Grande do Sul quando ele era secretário de governo, há 13 anos. O programa, apesar das mudanças de governo, ainda é mantido.

Representando a presidente Dilma Rousseff (PT), os ministros da Integração Nacional, Francisco Teixeira, das Cidades, Gilberto Occhi e do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, aportaram na  Capital Pernambucana, esta segunda-feira (20), para participar da cerimônia de entrega de conjunto habitacional, localizado no município de  Abreu e Lima. Os 1920 apartamentos integram o programa do governo federal,  Minha Casa, Minha Vida, beneficiando famílias que ganham até R$1,6 mil. 

Em discurso, a ministra Miriam Belchior aproveitou para frisar as obras que tem a iniciativa do governo federal.  Ressaltando que as mudanças benéficas de cunho social foram proporcionadas a partir da gestão do ex-presidente Lula. “Aproveitamos todas as oportunidades para dizer o que o governo federal tem feito, pois foram muitas mudanças proporcionadas ao país. Há muito tempo atrás fui secretária municipal e nunca pudemos contar com recursos do governo federal, porque não era uma preocupação. Isso começou a mudar a partir do governo Lula, quando ele criou o ministério das Cidades, colocando o social como pauta no governo federal. A partir daí o tema ganhou grande relevância”, respaldou, pontuando que o Minha Casa, Minha Vida é um programa que conquistou papel relevante para a sociedade. “Ninguém acreditava que fosse possível no Brasil construir mais de 3 milhões de moradias em um curto espaço de tempo. O programa tem dois principais víeis de importância, pois além de realizar o sonho da casa própria, aumenta a geração de emprego”. 

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Nenhum representante do governo de Pernambuco marcou presença no evento. A ministra de Planejamento, Orçamento e Gestão, informou que representantes estaduais e municipais costumam comparecer as cerimônias de entrega de obras federais. “Não sei o motivo do governo do estado não tá aqui. É prática de a gente convidar os governos estaduais e municipais, provavelmente o governador tinha agenda e não pode se fazer presente”, afirmou. 

A ministra também descartou que o estado possa sofrer retaliação por parte do governo federal, pois Pernambuco sempre recebeu e ‘continuará’ recebendo a devida atenção. De acordo com Miriam Belchior, as reivindicações do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), de não ter recebido repasse do governo, não foi retaliação. “Pernambuco é um dos estados que mais recebeu recursos federais. Inclusive há uma ciumeira dos outros estados pela concentração de recursos enviados para cá. A reivindicação do prefeito não foi atendida porque ele não cumpriu algumas informações que ele está devendo no tesouro nacional. Assim que ele entregar a autorização para o empréstimo internacional ele será autorizado”, pontuou. 

Outra questão rebatida pela ministra foi o repasse anual aos estados, que segundo ela foi criticado pelo secretário de estado. “O secretário de estado reclamou da inexistência do páfio, que a gente sempre faz no final do ano. Se compararmos o governo de Fernando Henrique, o repasse foi de R$ 600 milhões. Já no governo do Lula foram R$ 4 bilhões e da Dilma R$ 6 bilhões. Isso já mostra o tratamento que a presidenta proporciona a Pernambuco e vai continuar dando”, concluiu a ministra.

Cada um da própria forma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff criticaram os opositores do Bolsa Família, durante a cerimônia realizada nesta quarta-feira (30) em Brasília em comemoração pelos 10 anos do programa. A iniciativa foi criada em 2003, no governo Lula, e foi ampliado nos últimos três anos, na gestão de Dilma. Antes dos discursos deles, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, apresentou um balanço.

Com bom humor e comentários enfáticos, Lula citou várias matérias jornalísticas e artigos que, na época do lançamento do programa, previam fracos resultados. "Eram visões extremamente preconceituosas. Eles tentavam transferir para o pobre a responsabilidade pelo abismo social que sempre existiu entre a população pobre e a elite que estava no poder", pontuou.

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"O engraçado é que mal as pessoas tinham entrado no programa já tinha gente querendo que eles saíssem", lembrou ele, sobre as cobranças feitas nos primeiros anos no programa. "Se eu voltasse no tempo, eu começaria outra vez pelo combate à fome e à desigualdade, começaria outra vez pelo Bolsa Família", garantiu Lula.

Dilma Rousseff também engrossou o coro. "Não é esmola; é um programa de transferência de renda. Não é caridade; é uma tecnologia social de distribuição de renda e combate a desigualdade", frisou. "Ninguém que governou de costas para o povo tem legitimidade para atacar os programas sociais que estamos promovendo, porque eles não entendem a vida dos pobres e nem querem enxergar a pobreza", alfinetou Dilma, apontando a postura que adotará durante a campanha para as eleições de 2014.

Ela também garantiu a continuidade do programa. "Muitos gostam de repetir que o Bolsa Família tem que acabar, porque já durou demais. Repetem também aquela história de que o Bolsa Família vicia. Agora a pergunta é a seguinte: como é que já durou demais? Como é possível acabar em uma década com a miséria que foi construída durante séculos? Foram séculos de descaso, de não enxergar a pobreza", pontuou. A presidente também classificou o programa como "emancipador", por transferir "poder ao cidadão".

As famílias beneficiárias do programa Bolsa Família devem estar atentas para mudanças no cadastro, se for o caso. Se houver mudanças nas escolas dos filhos, essas alterações devem ser informadas ao gestor local para que seja mantido o acompanhamento das condicionalidades de educação. A falta de acompanhamento da frequência escolar pode resultar no bloqueio, na suspensão e até no cancelamento do benefício.

A atualização cadastral das crianças que irão ingressar neste ano no ensino básico, por terem completado seis anos depois de 31 de março de 2012 ou as que vão fazer aniversário até 31 de março de 2013, também deve ser feita.

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“As condicionalidades de educação são mecanismos de reforço do Bolsa Família, em parceria com o Ministério da Educação, para que todas as crianças estejam matriculadas e cursando o ano letivo", explicou o coordenador-geral de Acompanhamento de Condicionalidades do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Marcos Maia.

As condicionalidades são os compromissos assumidos pelo poder público e pelas famílias atendidas pelo programa com o objetivo de promover a ampliação do acesso aos direitos sociais básicos. Na área de educação, todos os beneficiários entre 6 e 15 anos precisam estar devidamente matriculados e com frequência escolar mensal mínima de 85% da carga horária. Já os estudantes entre 16 e 17 anos devem ter frequência de, no mínimo, 75%.

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