Os sete meses que faltam para o eleitor ir às urnas escolher o prefeito da cidade do Recife pode ser animador para o atual gestor da cidade, pelo menos em alguns aspectos. Isto porque João da Costa (PT) lidera os quatro cenários em que seu nome está posto nesta terceira rodada da pesquisa “Os sentimentos do eleitor recifense” do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN). Em três do levantamento o gestor sai na frente do democrata Mendonça Filho e em um dos cenários lidera as intenções de voto, seguido pelo peemedebista Raul Henry (PMDB).
Diferente da segunda edição da pesquisa (publicada em janeiro deste ano), em que o gestor liderava as intenções de voto na disputa contra Mendonça em apenas um dos três cenários, João da Costa, desta vez, está à frente na disputa. Porém, a liderança soma 50% dos votos mais um, assim sendo, o resultado não faz com que João da Costa vença o pleito no primeiro turno.
No primeiro cenário, quando os nomes de João da Costa e Mendonça são apontados, o petista tem 21% das intenções de voto do eleitorado masculino e 19% do feminino. Mendonça tem igual percentual de votação de homens e mulheres, 13%. No segundo cenário quando o petista se depara com o pré-candidato Raul Henry, o percentual do gestor é de 23% entre homens e 22% entre as mulheres. O peemedebista conquista 9% dos votos masculinos e 11% das intenções de voto feminino. No terceiro cenário, o prefeito volta a enfrentar Mendonça e conquista 23% das intenções de voto masculino e 20% feminino. Já Mendonça tem 16% de voto masculino e 17% feminino.
Para o cientista político e um dos coordenadores da pesquisa, Adriano Oliveira, a falta de opções fortes tem ajudado o prefeito João da Costa a subir na pesquisa. “O eleitor rejeita João da Costa, mas está carente de opções. Os candidatos que estão na disputa são fracos ou não estão com uma campanha representativa”, avalia o cientista político.
Rejeição
Apesar de liderar os cenários em que é apontado como candidato, o prefeito João da Costa, ainda não conseguiu conquistar a simpatia e confiança do eleitorado da capital pernambucana, segundo resultado da pesquisa. Questionado sobre a avaliação da administração do gestor, o maior percentual é dos homens que acreditam que ela é regular, com 31% na avaliação masculina e 27% na avaliação feminina. O percentual de homens que afirmaram ser péssima a gestão do atual prefeito chega a 23% e as mulheres representam 25%. O conceito bom é atribuído por 15% dos homens e 21% das mulheres. Apenas 7%, tanto de homens quanto de mulheres, responderam que a gestão de João da Costa é ótima.
A admiração do eleitorado pelo prefeito também continua em baixa, pois 79% dos entrevistados disseram que não admiram o gestor, percentual que cai para 75% entre as mulheres. O percentual de admiradores é de 29% e as admiradoras diminuem para 20%. Quando observada a renda dos entrevistados, os que não admiram o gestor são os que têm remuneração acima de cinco salários mínimos. A resposta negativa é quase unânime, 94% dizem não admirar o gestor.
Em uma proporção menor, mas também considerável do eleitorado afirma ter medo de João da Costa se eleger, 42%. Seguida por Mendonça, que atinge 6% e João Paulo 5%. Na opinião dos entrevistados pelo IPMN, João da Costa também não merece ser reeleito. Eles atingem os 74%. Os que torcem pela reeleição do gestor representam 25%.
Joões - O ex-prefeito do Recife e ex-padrinho político de João da Costa, João Paulo (PT), é quem melhor representa a oposição do atual gestor do Recife, conforme 16,7% dos entrevistados. Mendonça Filho aparece como o segundo maior opositor de João da Costa para 14,8% dos abordados pelo IPMN. Apesar de apontar João Paulo como forte opositor de João da Costa, o eleitor prefere transferir o voto que daria a João Paulo a João da Costa. Perguntado: Caso João Paulo não seja candidato, em quem você votaria? 19,2% das intenções de voto são do prefeito e 12,3% delas vão para Mendonça.