Tópicos | República

O aniversário da Proclamação da República propicia avaliações sobre a atual situação política do Brasil. Em 15 de novembro de 1889, quebrou-se o equilíbrio de forças que manteve a Monarquia por quase quatro séculos — 315 anos como território colonial do Reino de Portugal, 7 anos como cabeça do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e 67 anos como Império independente.

A senadora Rose de Freitas (Podemos-ES) avalia que, nestes 130 anos de República, a maior dificuldade tem sido em acabar com as desigualdades. Em 1889, o país tinha 14 milhões de habitantes, sendo quase 2 milhões de ex-escravos. Em 2019, são 220 milhões de habitantes, com 13 milhões de miseráveis, segundo o IBGE.

##RECOMENDA##

"As desigualdades no Brasil não diminuíram. A pobreza voltou a aumentar. E eu, que sempre trato de assuntos sobre mulheres, trato muito da questão da violência. E a violência tem aumentado. Isso é um reflexo direto da crise econômica. As reformas têm de favorecer aqueles que há anos querem ser atendidos pelo Estado", disse.

A Proclamação da República ocorreu um ano e meio após a abolição da escravatura. A própria princesa Isabel, que havia assumido a coordenação política da aprovação da Lei Áurea, sabia que estava incomodando profundamente os fazendeiros.

Em uma carta ao Visconde de Santa Vitória, sócio do Barão de Mauá, que tentava industrializar o Brasil, a princesa de Isabel de Orleans e Bragança relatou que a abolição deveria ser seguida de um programa de doação de verbas e terras aos recém-libertos: “Deus nos proteja dos escravocratas, e os militares saibam deste nosso negócio, pois seria o fim do atual governo e mesmo do Império e da casa de Bragança no Brasil”.

Pelos dois anos que se seguiram à assinatura da Lei Áurea, os escravocratas tentaram extrair do ministro da Fazenda, Ruy Barbosa, uma indenização pela perda da propriedade dos escravos. A demanda só se tornou inviável quando Ruy mandou queimar os registros cartoriais da escravidão, impedindo a apresentação dos comprovantes de compra dos escravos.

Entre 1889 e 1930, na chamada República Velha, houve uma série de conflitos sociais, com greves operárias e revoltas de oficiais militares. Esse período foi marcado pela inexistência de legislação trabalhista, que havia sido a plataforma da segunda candidatura do senador Ruy Barbosa à Presidência da República, em 1919. Ruy tornara-se opositor dos governos que se seguiram por abandonarem a questão social.

"Ao governo revolucionário [pós-Proclamação da República] sucederiam 29 anos de República organizada, com oito quadriênios presidenciais de onipotência, quase todos em calmaria podre", criticou.

Ruy afirmava que o abandono da questão social estava levando o Brasil ao caos e à estagnação econômica. Entre 1920 e 1930, uma série de greves operárias no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Recife e em várias capitais terminou em conflitos sangrentos.

O senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), afirma que a grande crise atual da República está na questão dos direitos sociais.

"No Brasil, cada dia vem uma proposta nova visando suprimir direitos. Se a supressão dos direitos trabalhistas e previdenciários continuar, nós vamos voltar para o período da República Velha, quando não havia direitos e uma massa de desempregados faminta se sujeitava a qualquer trabalho para sobreviver", observou.

Ao ser derrubado o Império e proclamada a República, o Brasil tinha uma dívida externa e interna que vinha desde a Independência (1822) e incluía os empréstimos para financiar a Guerra do Paraguai (1864-1870). Em 1889, havia uma dívida interna de mais de 435 mil contos de réis e uma dívida externa de mais de 270 mil contos, totalizando 705 mil contos de réis. O Orçamento da nação, porém, era de 153 mil contos.

Em 2019, a dívida pública chegou a R$ 4,5 trilhões e o Orçamento é de R$ 3,38 trilhões. A pressão sobre os cofres públicos tem sido determinante nas políticas econômicas. O senador Cid Gomes (PDT-CE) avalia: "Tem-se de fazer justiça às reduções dos juros que o Banco Central tem realizado. Entretanto, a diferença entre os juros que o Copom determina e os que são pagos pelos títulos públicos é muito grande. Os bancos, que não emprestam apenas para o governo, mas para os cidadãos e as empresas, multiplicaram por cinco os seus lucros entre 2007 e 2019. A indústria e o comércio não têm esse lucro. Isso precisa ser enfrentado".

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, defende a proposta do governo Bolsonaro de realizar um novo pacto federativo para modificar os gastos públicos através de três propostas de emenda à Constituição (PECs) apresentadas em 6 de novembro.

"A descentralização dos recursos é uma proposta que há muitos anos é debatida no Congresso. Ao longo das últimas décadas, a centralização dos recursos impediu o desenvolvimento em muitas regiões do Brasil, especialmente no Norte e no Nordeste", salientou.

Como uma das três PECs apresentadas pelo governo prevê a extinção dos fundos constitucionais, a reação de vários senadores é de cautela. Veneziano Vital do Rego (PSB-PB) afirma que "a medida receberá de nós o apoio se, ao acabar com os fundos, permitir que esses recursos sejam acessíveis a investimentos de combate à extrema pobreza. Para amortização de dívidas e pagamento de juros, não".

A questão da chamada promessa política, em que um governo eleito executa uma série de mudanças na legislação afirmando que no futuro haverá uma situação melhor, é o que desperta a preocupação de senadores como Alvaro Dias (Podemos-PR).

"No Chile e no Equador, hoje há uma cobrança de promessas antigas. Quando fizeram suas reformas, foi dito que se estaria melhorando a vida das pessoas no futuro. Essas populações se sentem frustradas e as reivindicações estão ultrapassando as questões econômicas e indo para questões políticas", disse.

Finalmente, há ainda a questão da distribuição da renda. Segundo o IBGE, os 10% mais ricos da população controlam 43% da renda do Brasil. A renda média dos mais ricos é de quase R$ 28 mil por mês, enquanto a dos mais pobres é de apenas R$ 820.

O senador Confúcio Moura (MDB-RO) afirma que o sistema fiscal está montado para beneficiar as classes mais altas, por meio de isenções, enquanto as classes mais baixas terminam pagando o grosso do Imposto de Renda.

"Em função de isenções existentes no nosso sistema tributário, os mais ricos do nosso país terminam por pagar proporcionalmente menos impostos do que os mais pobres, aprofundando o fosso da desigualdade. Esse desequilibro econômico ainda é intensificado com a cobrança de tributos, que proporcionalmente é muito mais pesada para os mais pobres", afirmou o senador.

Assim, o Brasil, após 389 anos de Monarquia e 130 anos de República, ainda busca seu caminho para se tornar uma nação mais justa, que era o defendido pelos republicanos históricos, como Quintino Bocaiuva, Prudente de Moraes, Delfim Moreira, Benjamim Constant e o próprio Ruy Barbosa.

*Da Agência Senado

Prometida para ser apresentada ao Congresso Nacional nesta quarta-feira (20), a proposta de reforma da Previdência dos militares será debatida em reunião no Palácio do Alvorada, marcada para as 10h.

A previsão é que o presidente Jair Bolsonaro desembarque na Base Aérea de Brasília por volta das 7h, após visita oficial de três dias aos Estados Unidos.

Segundo o presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, caberá a Bolsonaro bater o martelo e, se o texto for aprovado na reunião, o projeto será encaminhado à tarde ao Congresso Nacional. No Legislativo, a matéria deverá tramitar de forma paralela à proposta de emenda à Constituição que altera as regras para a aposentadoria da população civil. Essa têm sido a exigência de parlamentares para garantir que todos os setores da sociedade estejam incluídos na reforma.

##RECOMENDA##


Devem participar da reunião no Palácio do Alvorada, além do presidente da República e do vice-presidente Hamilton Mourão, os comandantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha, além do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. Integrantes da equipe econômica também são esperados.

Militares de mais baixas patentes têm se queixado, nos últimos dias, de que o texto da reforma em discussão no governo seria mais benéfico para oficiais de alta patente e prejudicial aos praças, o que foi rebatido pelo presidente da República em exercício, na noite desta terça-feira (19)

"Estão reclamando porque não entenderam o que vai acontecer. Aí, são divulgadas tabelas que não são as reais, e começa aquela discussão. O Exército já divulgou um nota hoje [para esclarecer]", afirmou.

Para Mourão, a reestruturação na carreira militar, que será incluída na proposta de reforma da Previdência da categoria, será vantajosa. "A reestruturação da carreira é benéfica para todo mundo. Se você vai aumentar de 30 para 35 anos a permanência, tem que mudar o tempo que você vai ficar em cada posto e graduação. Está sendo estudado, vai ser apresentado ao presidente. No caso dos praças, que têm menor número de graduações, [está prevista] a criação de uma para que o cara não fique muito tempo sem ser promovido", argumentou.

Visita oficial

O presidente em exercício considerou positiva a visita oficial de Bolsonaro aos Estados Unidos (EUA), a primeira viagem internacional em seu mandato. Mourão ressaltou ainda que os objetivos traçados foram alcançados.

"Os objetivos que foram marcados, a Base de Alcântara, o apoio dos EUA para entrada do Brasil na OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico], a questão do aliado não Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte], tudo OK. E a questão dos vistos é um bônus que o Brasil está dando para, no futuro, obter a reciprocidade", disse Mourão.

O responsável pela temática indígena no Ministério Público Federal (MPF), Antonio Carlos Alpino Bigonha, afirmou, nesta quarta-feira (23), não haver previsão constitucional para reverter a demarcação de terras indígenas no Brasil. Antonio, que é subprocurador-geral da República, afirma que "o que existe no Brasil são terras demarcadas regularmente".

Desde que o Presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito para comandar o país, as discussões sobre demarcação de terras indígenas começaram a ganhar força. O eleito declarou várias vezes a possibilidade de rever e até reverter essas demarcações.

##RECOMENDA##

Segundo publicado pelo Canal Rural, o subprocurador-geral diz que "É impossível um jurídico rever demarcação de terras no Brasil, a não ser que constatasse alguma nulidade, mas é um fato excepcionalíssimo", aponta.

Antonio Carlos destaca ainda que o processo de demarcação de terras indígenas é previsto na Constituição Federal e, por esse motivo, "não há possibilidade constitucional de paralisar as demarcações ou regredir nas que já foram".

Muitos duvidaram que este dia chegaria: nesta terça-feira, 1° de janeiro de 2019, Jair Messias Bolsonaro (PSL), 63 anos, se torna oficialmente o 38° chefe do Executivo Nacional. O capitão reformado do Exército, que permaneceu no Congresso Nacional por quase três décadas, conseguiu conquistar o cargo almejado entre muitos políticos. 

A cerimônia, que acontece a partir das 14h45, tem um gosto a mais para o militar, familiares e eleitorado de Bolsonaro: o então candidato do PSL saiu vitorioso mesmo praticamente sem ter feito campanha eleitoral, após a facada que levou no dia 6 de setembro do ano passado; tendo se recusado a participar da maioria dos debates entre os então presidenciáveis, além de ter tido pouco tempo de TV.

##RECOMENDA##

O momento mais esperado de hoje será o discurso do militar. A plateia será grande: de acordo com o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, 400 pessoas poderão assistir ao ato no Salão Nobre, considerada a melhor área. É nesse salão que ficam os principais convidados como os futuros ministros e familiares. 

No térreo, a limitação é de mil pessoas e, no mezanino do Palácio, que fica no terceiro andar, podem ficar entre 120 a 160 pessoas. Também irão prestigiar a posse outros chefes de Estado e de Governo, além de chanceleres. A região terá um sistema de segurança que se diz inédito para a posse. Perto da praça dos Três Poderes, onde fica a bandeira do Brasil, bandeirinha verde-amarelas foram colocadas como parte da decoração da solenidade de posse. 

A vitória de Bolsonaro mostra um Brasil dividido: ele venceu o segundo turno com 55,13% dos votos válidos, o que representa 57.796.986 votos. O segundo colocado, Fernando Haddad (PT) teve 44,87%, o equivalente a 47.038.963 votos. Há quem considere que o militar conseguiu a façanha pela forma despojada, discursos diretos em especial quando se trata sobre segurança pública. O presidente nacional do PSL, o deputado federal eleito Luciano Bivar, ao LeiaJá, chegou a dizer que a sua vitória representa “o sentimento do povo indignado”. Para outros, o sucesso alcançado significa um “pesadelo”, como definiu o parlamentar Jean Wyllys (Psol).

Mas, para o próprio, há uma resposta maior: Deus. Em maio de 2017, ainda bem distante do pleito presidencial, em entrevista exclusiva ao LeiaJá, Bolsonaro ressaltou que se fosse uma “missão de Deus”, ele seria candidato. Na época, também chegou a falar que estava se preparando para o que chamou de desafio. Logo após o resultado das urnas, no dia 28 de outubro passado, ele também fez um discurso religioso. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Nunca estive sozinho, sempre senti a presença de Deus e a força do povo brasileiro”, pontuou. 

Mandato incerto

Nem mesmo os especialistas apostam em falar como será, de fato, o perfil que Bolsonaro vai ter no comando do país nos próximos quatro anos. Ele, no entanto, afirmou que o propósito maior é transformar o Brasil “em uma grande, livre e próspera nação”. Ainda garantiu que será um “defensor da liberdade” e que, por isso, seu governo será “constitucional e democrático”. 

 Apesar do pronunciamento mais leve, Bolsonaro é conhecido pelo perfil conservador. Em seu governo, uma das principais bandeiras que será defendida é o projeto Escola Sem Partido. Segundo ele, professores não devem se posicionar em relação a preferências político-partidárias, religiosas e nem ideológicas. 

Bolsonaro também coleciona inúmeros episódios polêmicos. Um deles foi em abril de 2016, no voto a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT). Na ocasião, ele dedicou o seu voto ao coronel Ustra, que foi considerado pela Justiça brasileira um torturador na época da ditadura militar. Em outro, chegou a dizer que a deputada federal Maria do Rosário (PT) não merecia ser estuprada por ser “muito feia”. 

Filho de Olinda Bonturi e Percy Geraldo, Bolsonaro, por diversas vezes falou que conseguiu realizar um sonho ao entrar na disputada Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende, no Rio de Janeiro, no ano de 1974, na época com 19 anos. Em meio às incertezas, uma coisa é certa. Bolsonaro cumpriu mais outro sonho que já vinha avisando, em meados de 2014, sem ter sido levado muito a sério: “que seria o candidato da direita em 2018”. 

O chanceler venezuelano Jorge Arreaza, desmentiu por meio de seu Twitter que o presidente da Venezuela Nicolás Maduro não havia sido convidado para a posse do presidente brasileiro eleito Jair Bolsonaro (PSL). Para comprovar, o chanceler fixou dois comunicados diplomáticos, mostrando que Maduro havia sido, sim, convidado para a cerimônia, mas que não tinha aceitado o convite.

[@#video#@]

##RECOMENDA##

A declaração de que maduro não viria para a posse, que acontecerá no dia 1º de janeiro de 2019, foi dada no último domingo (16) pelo futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que disse: "não há lugar para Maduro numa celebração da democracia".

A  fala de Ernesto também havia sido feita pelo Twitter. Compartilhando a publicação do seu futuro ministro, Jair Bolsonaro disse também na rede social que "naturalmente, regimes que violam as liberdades de seus povos e atuam abertamente contra o futuro governo do Brasil por afinidade ideológica com o grupo derrotado [o do PT] nas eleições, não estarão na posse presidencial em 2019".

No entanto, o que mostra o comunicado diplomático é que o presidente da Venezuela foi quem recusou, inicialmente, o chamado para participar da posse de Bolsonaro. "O governo socialista, revolucionário e livre da Venezuela não assistiria jamais a posse de um presidente que é a expressão da intolerância, do fascismo e de entrega dos interesses contrários a integração latinoamericana e caribenha", respondeu Maduro ao convite.

O Ministério de Relações Internacionais confirmou, em nota, que o convite foi feito por recomendação da equipe do presidente eleito e, depois, desfeito. "Sobre os convites, inicialmente, o Itamaraty recebeu do governo eleito a recomendação de que todos os chefes de Estado e de Governo dos países com os quais mantemos relações diplomáticas deveriam ser convidados e assim foi providenciado. Em um segundo momento, foi recebida a recomendação de que Cuba e Venezuela não deveriam mais constar da lista, o que exigiu uma nova comunicação a esses dois governos", esclareceu o texto.

No dia 13 de maio de 2018 marcam-se exatos 130 anos da Abolição da Escravidão no Brasil. No entanto, essa data não é comemorada pelo povo negro, que resiste nesse dia e o alça como mais um dia de luta contra o racismo institucionalizado no Brasil, contra as opressões, desigualdades e outros percalços colocados no caminho do povo preto desde o período colonial. Para refletir sobre a data, o LeiaJá resolveu elaborar uma sequência de matérias especiais: "O Que a Abolição Não Aboliu?"; "Resquícios da Abolição (minidocumentário)" e "A Luta do Povo Preto Para um Futuro Melhor". Passado, presente e futuro.

##RECOMENDA##

A seguir você lerá a primeira parte deste especial - que culminará num debate ao vivo no Facebook do LeiaJá, na próxima segunda-feira (14) de maio.   

Brasil, segunda-feira, 14 de maio de 1888: o país amanheceu "livre" da escravidão. Na tarde do dia anterior, 13 de maio, a Princesa Isabel sancionou a lei que “pôs fim” aos mais de 300 anos desse que era um processo político e econômico vigente no Brasil - o último país do ocidente que aboliu a escravidão.  Na história, ficou cristalizado que esse processo abolicionista foi uma vitória para o povo preto escravizado por tanto tempo. No entanto, segundo alguns historiadores, pesquisadores e professores negros, a realidade não foi bem assim. Por isso, o dia 13 de maio não é festejado como um dia de glória – “é um dia de luta para que os nossos direitos sejam garantidos e de combate ao racismo que ainda existe no Brasil”, exclama Rosa Marques, Socióloga e coordenadora do Núcleo de Mulheres Negras de Pernambuco.

Pesquisadores relatam que apenas a liberdade do ir e vir dos escravos, na época, foi garantido pelo Estado. Nenhuma política de inclusão social daquela população, que por quase quatro séculos tiveram os seus direitos humanos negados, foi instituída pelo poder público. Os negros ficaram entregues à própria sorte, não tendo moradia, trabalho, acesso à saúde, educação; sem cidadania. Denise Botelho, professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e líder do grupo de estudos e pesquisas em educação, raça, gênero e sexualidade, nos confirma que: “esse processo de pseudo abolição efetivamente não libertou homens e mulheres escravizados porque a lei só previa a interrupção do processo econômico da escravidão, mas não previu uma inserção dos negros na sociedade de classes”.

Isso se tem confirmado também pelo Jornal do Senado, datado em 14 de maio de 1888, que é possível ser encontrado no site oficial do Senado Federal. Nele lê-se que negros como Luiz Gama e José do Patrocínio - dos poucos pretos que conseguiram ter destaques na época - reivindicavam juntamente com Joaquim Nabuco e Ruy Barbosa a necessidade de oferecer oportunidades para integrar os ex-escravos à sociedade de forma digna. O jornal traz a discussão dizendo que era inevitável diante de séculos de domínio sobre as populações negras que não foram contempladas com nenhum tipo de compensação. Mas esse debate não ganhou força na câmara. Enquanto isso, os libertos foram mantidos de forma subalterna e marginalizados - totalmente à margem da sociedade.

Linha do tempo

Antes da Lei Áurea, em 1845, surgiu a lei que previa sanções contra o tráfico negreiro. Em 1871, foi adotada a Lei do Ventre Livre, que dava liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir da sua promulgação, mas os manteve na tutela dos seus senhores até os 21 anos. Em 1885 instaurou-se a lei do sexagenário, que garantia liberdade aos que completassem 60 anos, com a obrigação de prestarem serviços a título de indenização ao senhor por três anos. Essas medidas, porém, não trouxeram os resultados esperados, pois a contrapartida geralmente exigida inviabilizava seu cumprimento ou a lei era simplesmente desrespeitada pelos donos dos escravizados.

[@#galeria#@]

Em arquivo federal, consta que o peso para que a abolição acontecesse também se deu porque com a proibição do tráfico negreiro (1845), houve uma redução do interesse econômico pelo negro, que com o tempo passou a apresentar custo maior que a mão de obra livre competitiva - culminando na aceitação dos parlamentares pela abolição total dos ainda escravos. Um pouco antes da proibição desse tráfico, o preço do escravo já subia no mercado com a previsão de que não seriam mais trazidos negros para o Brasil. Essa alta manteve-se até 1880, em especial pela forte demanda das lavouras cafeeira. Quando se assina a Lei Áurea, boa parte da mão de obra escrava já havia sido substituída.

Denise Botelho afirma que após a abolição, o Estado se encarregou de trazer europeus na condição de cidadãos (brasileiros) com direito a trabalho, moradia, manutenção familiar, ficando os negros sem nenhuma proteção. “ Durante muito tempo ficamos num quadro de desigualdade gerada pelo próprio Estado. Foi ele quem criou isso quando não deu respaldo à população afro brasileira firmando um processo de fortalecimento dos europeus que vieram pra cá”, corrobora. Ela aponta ainda que “muito tardiamente nós viemos a ter leis ou ações afirmativas para o povo negro”, mais precisamente no século 21, no início dos governos democráticos.

Só em 2003, com a ascensão do governo Lula, que foi instalada a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR). Uma ação tida como importante para a perspectiva de criação da agenda promotora do lugar de situação dos negros e negras do Brasil. Hoje, a SEPPIR, que inicialmente tinha sido criada com status de ministério, está vinculada ao Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, unindo a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a Secretaria de Direitos Humanos, e a Secretaria de Políticas para as Mulheres.

Numa alusão do antigo ao novo, Rosa Marques explana que “quando a gente trata de uma abolição inacabada, estamos falando dos resquícios da escravização. E quais as consequências? Uma população que não consegue entender a estrutura do racismo, que não reconhece a beleza e a diversidade do povo negro”.  Rosa, que é socióloga, traz à discussão o crescimento desordenado das favelas que, segundo ela, é muito por conta dessa escravização do povo negro e de sua liberdade sem pensar o que poderia ser feito para a inclusão digna dos libertos na época. “Já se passaram 130 anos e quase nada mudou”.

(FOTO: Oswaldo Corneti/FotosPúblicas)

“O que aconteceu lá traz se perpetua até hoje. As favelas (muitas delas) sem saneamento, sem água, sem lazer; a nossa juventude sem possibilidades e sendo mortas. Se pensou no término da escravização, mas não se pensou nos direitos que essa população teria que ter”, ratifica Rosa. Ela aponta que a postura do Estado sempre foi de exploração e de ausência com os afro brasileiros.

A abolição foi importante para o Brasil (nação) que vinha sofrendo sanções comerciais por conta da manutenção desse processo de escravidão. Circunstâncias levaram à assinatura da lei, mas não um processo consciente, de reflexão da desumanidade que era a escravidão das pessoas negras. “Se precisava desse marco legal, que é a abolição, mas se precisava ter um projeto para essa população. Nós não temos um projeto para a ascensão real dos afro brasileiros”, finaliza Denise.

O procurador-geral da República Rodrigo Janot chamou o senador Delcídio Amaral (PT/MS) de 'agente criminoso'. Em manifestação enviada na semana passada ao Supremo Tribunal Federal, na qual pediu a permanência na prisão do ex-líder do Governo no Senado, o chefe do Ministério Público Federal sustentou que Delcídio 'se trata de agente que não mede as consequências de suas ações para atingir seus fins espúrios e ilícitos'. Os argumentos de Janot foram acolhidos no último dia 17 pelo ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no STF, que manteve de pé o decreto de prisão preventiva do senador.

Delcídio Amaral foi preso dia 25 de novembro pela Polícia Federal sob suspeita de tramar contra a Lava Jato. O senador planejou a fuga - que não ocorreu - de Nestor Cerveró com medo da delação premiada que o ex-diretor da área Internacional da Petrobras estava para fechar com a Procuradoria - o acordo foi assinado no dia 18 de novembro. Segundo os investigadores, aliado ao banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, Delcídio pretendia financiar as despesas de Cerveró e de sua família. O ex-diretor foi preso em janeiro por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro no esquema instalado na estatal petrolífera entre 2004 e 2014.

##RECOMENDA##

A manifestação de Rodrigo Janot foi dada nos autos do requerimento da defesa de Delcídio que pedia a revogação da prisão cautelar do senador. "Há se compreender que este tipo de agente criminoso, violando de forma grave as funções relevantíssimas que lhe foram confiadas pelo voto popular, não media esforços para atingir os fins ilícitos."

Para o procurador-geral da República, em liberdade Delcídio continuará na linha do crime. "Certamente assim continuará, já deixou bem claro seu modo de atuação."

Janot alertou para a 'ganância (de Delcídio) em ter recursos desviados dos cofres públicos para interesses exclusivamente privados'.

O procurador apontou, ainda, para a 'influência direta' de Delcídio na Petrobras. "Os documentos apreendidos em seu poder comprovam que ele tinha ingerência nos quadros respectivos. Foram encontradas diversas anotações referentes a pessoas que deveriam ou não deveriam ocupar cargos na estatal, além de diversos documentos relativos à sua reestruturação"

Ao indeferir o requerimento de revogação da prisão provisória de Delcídio, em decisão do dia 17, o ministro Teori Zavascki ressaltou. "Nesse contexto não há motivo suficiente a alterar os fundamentos do decreto prisional ou apto a justificar a revogação da prisão decretada em 24 de novembro de 2015. Ao contrário, foram encontradas na posse do chefe de gabinete do senador Delcídio do Amaral anotações que corroboram os indícios probatórios já existentes, assim como estavam em seu poder cópias das colaborações premiadas de Fernando Falcão Soares e Nestor Cerveró, cobertas por sigilo legal."

Locais que simbolizam importantes movimentos libertários estão no roteiro dos passeios turísticos do Olha! Recife do sábado (8) e do domingo (9). As excursões irão contemplar pontos como o Forte das Cinco Pontas, a Praça da República e as ruínas do Senado de Olinda. 

No sábado (8), o passeio de catamarã irá destacar as pontes do centro do Recife a partir das 10h30. Às 14h ônibus do projeto irá sair da Praça do Arsenal em direção ao ponto em frente ao Mercado da Ribeira, em Olinda, local onde Bernardo Vieira de Melo teria dado o grito da república em 1710. Dentro do roteiro de ônibus também estão o Forte das Cinco Pontas, onde serão lembrados eventos históricos como a Revolução de 1817 e a Confederação do Equador. 

##RECOMENDA##

No domingo (9), os participantes do passeio a pé sairão do Centro de Atendimento ao Turista, na Praça de Boa Viagem, e vão seguir até o Segundo Jardim, sendo orientados por guias turísticos sobre curiosidades de locais contemplados pelo roteiro. O passeio de bicicleta, também no domingo, tem como tema os monumentos arquitetônicos com cúpulas. 

Os passeios são gratuitos e, para se inscrever em qualquer uma das modalidades, é necessário acessar o site do projeto a partir desta sexta (7). 

Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas de Madri neste sábado para exigir um referendo para a abolição da monarquia e o restabelecimento de uma república na Espanha. A manifestação aconteceu poucos dias depois de o rei Juan Carlos abdicar em favor de seu filho, o príncipe Felipe.

"A Espanha amanhã será republicana", gritavam os manifestantes, que agitavam as bandeiras de cores vermelha, roxa e amarela que representaram a Segunda República, proclamada em 1931 e derrubada oito anos depois pelo general Francisco Franco, ao fim de uma guerra civil sangrenta.

##RECOMENDA##

Dezenas de partidos políticos de esquerda e organizações cívicas participaram da manifestação deste sábado, exigindo "referendo já". O príncipe Felipe deverá ser coroado em 19 de junho, em uma cerimônia no Parlamento.

Nos últimos anos, uma série de escândalos levou a uma queda dramática na popularidade da família real e da monarquia, também atingidas por uma descrença generalizada nas instituições que acompanhou a crise econômica vivida pelo país. Esse sentimento ficou evidenciado nos resultados da eleição para o Parlamento Europeu, em 25 de maio; houve um colapso no apoio aos dois partidos tradicionais (o Partido Popular, de direita, e o Partido Socialista Operário Espanhol, de centro-esquerda).

Entre as forças políticas emergentes está o Podemos, um novo partido de esquerda que surgiu do movimento dos "indignados" em 2011.

"Queremos dar voz ao povo. Por que organizar um referendo é um problema? Por que é um problema dar aos espanhóis o direito de decidir seu futuro?", questionou Pablo Iglesias, um dos líderes do Podemos. "Se o Partido Popular e os socialistas acreditam que Felipe tem a confiança dos cidadãos, ele deveria se submeter a um referendo", acrescentou.

O movimento republicano atraiu principalmente a juventude. Muitos participantes da manifestação não haviam nascido quando Juan Carlos assumiu o trono, em 22 de novembro de 1975, dois dias depois da morte do general Franco.

Ao anunciar a abdicação, Juan Carlos disse esperar por uma "renovação" da monarquia.

O comportamento do próprio rei vem sendo alvo de críticas nos últimos anos. Em abril de 2012, as fotos do rei posando ao lado do corpo de um elefante que ele havia matado em Botsuana causaram indignação, por causa do contraste entre um rei que se dava ao luxo de fazer safáris na África e um país em crise, com taxa de desemprego acima de 20%.

Sua filha Cristina, sétima na linha de sucessão ao trono, está sendo processada por evasão de impostos, tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Fonte: Dow Jones Newswires.

Com a implantação da república no Brasil, em 1889, o novo governo elevou alguns personagens da história do País para substituir as figuras monárquicas, como D.Pedro I e D.Pedro II. Assim, Zumbi dos Palmares e Tiradentes alcançaram patamares de heróis nacionais. O último citado é sempre lembrado no dia 21 de abril – dia que é feriado no Brasil. A história relata que Tiradentes foi um dos principais atores da Inconfidência Mineira – revolta contra a opressão do governo português em 1789. Contudo, vários pesquisadores tentam desconstruir o “endeusamento” do personagem mineiro.

"O início da construção do mito de Tiradentes remete ao século XIX, momento em que o Brasil estava construindo seu Estado Nacional e, portanto, precisava de um símbolo de identificação. Com a revelação de importantes documentos (como os autos da devassa de Ouro Preto), a disputa entre Monarquistas e Republicanos confrontou as imagens de D. Pedro I e Tiradentes como mártires. Foi então que a imagem do conspirador mineiro, embora ambivalente, foi associada a um Cristo que foi benevolente com seus executores”, relata o historiador Diogo Barreto.

##RECOMENDA##

Uma das imagens que eleva a figura de Tiradentes, o comparando até com Jesus Cristo é o quadro de Pedro Américo feita, em 1893 (quadro ao lado). “Ele representa exatamente essa imagem do homem humilde que foi adotado pela República na formação de uma comunidade imaginada, ou seja, de que necessitávamos de uma base resgatada de raízes populares para nos tornarmos nação”, afirmou o historiador.

Segundo Barreto, no decorrer da República os presidentes brasileiros continuaram a exaltar a figura de Tiradentes. “ Vargas e os Governos Militares (em especial Castelo Branco) fizeram de Tiradentes o "patrono cívico da nação" -o último por força de lei - nº4.897 de 09 de dezembro de 1965" , frisou.

A Itália garantiu neste domingo o fim de um jejum de 16 anos sem disputar as semifinais do Grupo Mundial da Copa Davis. Em Nápoles, Andreas Seppi e Fabio Fognini venceram os jogos de simples do dia e viraram a série contra a Grã-Bretanha para 3 a 2, garantindo a classificação da sua equipe.

O ponto decisivo da Itália foi conquistado por Andreas Seppi. Em uma partida que chegou a ser interrompida por causa da chuva, o número 34 do mundo derrotou o britânico James Ward, 161ª colocado no ranking da ATP, por 3 sets a 0, com parciais de 6/4, 6/3 e 6/4.

##RECOMENDA##

A classificação, porém, só foi possível graças ao triunfo anterior, no primeiro duelo do domingo. Fabio Fognini, o número 13 do mundo, se impôs diante do britânico Andy Murray, o oitavo colocado no ranking, e o bateu também por 3 a 0, com parciais de 6/3, 6/3 e 6/4.

Assim, a Itália se classificou às semifinais da Copa Davis e agora terá pela frente o vencedor do confronto entre Suíça e Casaquistão. A disputa da vaga na decisão do torneio está marcada para o período entre 12 e 14 de setembro.

Já a França precisou de uma virada espetacular para se garantir nas semifinais da Copa Davis. Após perder os dois jogos de simples da sexta-feira para a Alemanha, os franceses iniciaram a reação com a vitória no duelo de duplas do sábado e a concluíram neste domingo, fechando o duelo com a Alemanha em 3 a 2.

No primeiro jogo do dia, Jo-Wilfried Tsonga, número 12 do mundo, empatou a série ao derrotar Tobias Kamke, 96º colocado no ranking, por 3 sets a 0, com parciais de 6/3, 6/2 e 6/4. Em seguida, Gael Monfils, número 25 do mundo, garantiu a classificação às semifinais ao bater Peter Gojowczyk por 3 sets a 0, com parciais de 6/1, 7/6 (7/0) e 6/2.

Agora, a França terá pela frente a República Checa. Com o confronto já definido no sábado, os checos fecharam a série contra o Japão, realizada em Tóquio, em 5 a 0. Neste domingo, em jogos de caráter meramente amistoso, Jiri Vesely venceu Taro Daniel por 2 sets a 0, com um duplo 6/4, e Lukas Rosol superou Yasutaka Uchiyama por 2 a 1, com parciais de 6/3, 3/6 e 6/4.

No dia em que o Brasil comemora o 124º aniversário da Proclamação da República, a presidente Dilma Rousseff (PT), comentou a origem do termo República, através do twitter, pontou que o seu governo zela pela "coisa pública" e segue os princípios republicanos.

“Ser a presidenta da República significa exatamente zelar e proteger a ‘coisa pública’, cuidar do bem comum, prevenir e combater a corrupção. Significa governar para todos, num governo do povo, pelo povo e para o povo. Significa tratar todos os governadores e prefeitos como representantes legítimos do povo, colocando os interesses de cada estado e de cada município acima das diferenças partidárias ou de qualquer outra espécie. A orientação do meu governo é republicana e seguimos esses preceitos”, afirmou Dilma.

##RECOMENDA##

 

Será inaugurado nesta sexta-feira (8), em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), o primeiro serviço para o acolhimento de jovens na modalidade república em Pernambuco. Com capacidade para abrigar até 10 jovens do sexo masculino, entre 18 e 21 anos, a casa é destinada a atender a demanda da Região Metropolitana do Recife (RMR).

A iniciativa é para jovens em processo de desligamento dos serviços de acolhimento por ter completado a maioridade, sem possibilidade de retornar à sua família de origem ou de ser adotado e também por não dispor de condições financeiras que garanta moradia e autonomia. No local, eles receberão orientações voltadas ao desenvolvimento da capacidade de auto-sustentação e independência, com investimentos em sua escolaridade e inserção no mercado de trabalho.

##RECOMENDA##

A instituição não-governamental Associação Criança Assistência e Promoção, que assinou convênio com a Secretaria da Criança e da Juventude durante um ano, no valor total de R$ 197.136,00, executará os trabalhos. A casa conta com o apoio técnico e financeiro do Governo do Estado e do Instituto Internacional Happy Child (Criança Feliz).

Com informações da assessoria

 

Um estudante de 22 anos foi encontrado morto, a facadas, na manhã desta quinta-feira, dentro da república estudantil onde morava na zona sul do Rio. A princípio, a polícia acredita que o jovem foi assassinado enquanto dormia. O caso é investigado pela Divisão de Homicídios da capital fluminense.

Os moradores da casa acionaram a polícia nesta manhã assim que encontraram o corpo do estudante José Leandro Pinheiro, natural do Ceará, na cama, dentro do quarto.

##RECOMENDA##

Um outro rapaz, ainda não identificado, estava desacordado na cozinha da casa. Ele foi encaminhado para o Hospital Miguel Couto e não há informações sobre seu estado de saúde.

A polícia aguarda a recuperação do estudante para ouvir seu depoimento. O jovem desacordado era colega de quarto de Pinheiro e pode ser um dos suspeitos do assassinato. Oito moradores da casa prestam depoimento nesta tarde, segundo a Polícia Civil.

Durante perícia realizada no local nesta manhã, foram apreendidas uma pedra e uma faca. Os objetos teriam sido usados no crime.

Os primeiros classificados às quartas de final da Eurocopa 2012 sairão neste sábado (16), na rodada simultânea do grupo A, que acontecerá às 15h45. Com dois pontos ganhos até aqui, oriundos de dois empates, a anfitriã polônia terá que surpreender a República Checa, que tem três pontos, para ficar com uma das vagas. A partida acontecerá em na Breslávia.

Por outro lado, um empate pode garantir a classificação dos checos. Para isto, a equipe tem que torcer para que a Grécia não derrote a Rússia, em Varsóvia, em partida que acontecerá no mesmo horário. Dúvida para a partida, o volante Eugen Polanski afirmou que este será o jogo mais importante de sua carreira.

##RECOMENDA##

Além de Polanski, que está com um problema no joelho, o técnico Franciszek Smuda também não sabe se poderá contar com o zagueiro Damien Perquis, nem com o volante Dariusz Dudka, que sentiram lesões musculares. O último, com menos chances de participar, deverá ser substituído por Murawski.

Na República Checa, a única baixa é o capitão Thomas Rosicky, que sentiu dores no Tendão de Aquiles e não participou do último treinamento antes da partida. Entretanto, ele deve se recuperar a tempo de atuar no duelo com os donos da casa. O restante do time já está confirmado pelo técnico Michael Bilek.

Ficha do jogo

Polônia: Tyton; Piszczek, Wasilewski, Perquis e Boenisch; Polanski, Murawski, Błaszczykowski, Mierzejewski e Obraniak; Lewandowski. Técnico: Franciszek Smuda.

República Checa: Cech; Selassie, Sivok, Kadlec e Limbersky; Hubschman, Plasil, Jiracek, Rosicky e Pilar; Baros. Técnico: Michael Bilek.

Local: Estádio Municipal de Breslávia (Polônia).

Horário: 15h45.

Árbitro: Craig Alexander Thomson (Escócia).

Assistentes: Alasdair Ross e Derek Rose (ambos da Escócia).

A comissão eleitoral da República Democrática do Congo disse que o presidente do país, Joseph Kabila, liderava a eleição deste sábado, recebendo 50,3% dos votos contabilizados até o momento, bastante à frente de seu concorrente, Etienne Tshisekdi, que recebeu 34,4%. Cerca de 33% das urnas foram apuradas. As informações são da Associated Press.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando