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Milhares de pessoas protestaram neste sábado (1º), em Berlim, contra as medidas de prevenção do coronavírus. Os manifestantes, cerca de 17 mil de acordo com a polícia, são menos do que os 500 mil anunciados pelos organizadores da marcha, chamada "O fim da pandemia - dia da liberdade".

O ato reuniu os que se denominavam "pensadores livres", ativistas antivacinas e simpatizantes da extrema direita. Alegando que as medidas limitam as liberdades individuais, alguns gritaram "Somos a segunda onda", "Resistência" ou denunciaram o coronavírus como "uma grande teoria da conspiração".

Poucos usavam máscara, constatou um jornalista da AFP no local, e a distância física de um metro e meio também não foi respeitada. A polícia apelou aos manifestantes por meio de alto-falantes para respeitarem as medidas de segurança e anunciou no Twitter que registrou uma queixa contra os organizadores por "não respeitarem as regras de higiene".

Para os manifestantes essas medidas devem desaparecer, já que a crise da saúde foi superada. "É uma tática de medo: não vejo perigo com o vírus. Não conheço outras pessoas doentes. Conheci muitas pessoas doentes em março, esquiadores, turistas, algo realmente aconteceu em fevereiro, mas agora não há mais pessoas doentes", disse Iris Birzenmeier à AFP.

Anna-Maria Wetzel, que já participou de vários encontros semelhantes, tem a mesma opinião. "Aqueles que não se informam, diferentemente de nós, são ignorantes e acreditam no que o governo diz. Eles têm o medo que o governo coloca em nossas cabeças".

Críticos da manifestação chamaram os participantes de "nazistas". O lema da manifestação, "Dia da Liberdade", coincide com o título de um filme do diretor Leni Riefenstahl sobre a conferência do partido de Adolf Hitler no NSDAP em 1935.

Até agora, a Alemanha registrou 9.200 mortes por coronavírus, um número relativamente baixo, mas as autoridades estão preocupadas com um lento aumento de casos.

Autoridades voltaram a impor restrições em vários países para tentar conter o novo coronavírus nesta segunda-feira (27), quando o número oficial de mortes na pandemia supera as 650.000 no mundo, e nos Estados Unidos começam os testes clínicos em larga escala para uma vacina.

Em Washington DC, onde a Casa Branca anunciou que outro alto assessor do presidente Donald Trump se infectou, a prefeita Muriel Bowser determinou que as pessoas que visitarem o distrito federal provenientes de 27 estados do país com alta prevalência de Covid-19 terão que se isolar por duas semanas, um sinal desanimador para o turismo doméstico.

A Espanha, que esperava salvar sua temporada de verão, promovendo-se como um destino seguro, levou um balde d'água fria com a decisão do Reino Unido de reintroduzir a quarentena para viajantes que voltarem deste país diante do aumento de casos ali.

A Alemanha anunciou que tornará obrigatórios os exames de coronavírus para os viajantes que voltarem de áreas de risco.

E a Bélgica, que registra a maior taxa de mortalidade do mundo e na semana passada teve um aumento de 70% dos casos, anunciou que a partir de quarta-feira a população poderá ver cinco pessoas no máximo fora de seu círculo familiar, reduzindo a "bolha social" permitida de 15.

A França ordenou toques de recolher noturnos nas praias de Quiberon, na costa atlântica, após o foco registrado no balneário.

A China, onde o novo coronavírus foi detectado pela primeira vez no fim do ano passado, reportou seu maior número de casos em três meses, enquanto em Hong Kong, sacudido por uma onda de infecções, foi decretado o uso obrigatório de máscaras em público.

O Irã, o país mais afetado pela pandemia no Oriente Médio, advertiu contra a celebração de casamentos e funerais, visto que o surto do novo coronavírus não parece ceder.

Na América Latina, região com maior quantidade de contágios, uma multidão enfurecida incendiou o prédio municipal de um povoado indígena no oeste da Guatemala em reação a um anúncio sobre medidas para conter a pandemia.

- OMS contra o fechamento de fronteiras -

As restrições à circulação continuam sendo parte importante da estratégia de muitos países para combater o novo coronavírus, mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou inviável manter as fronteiras fechadas.

"As economias devem reabrir, as pessoas devem trabalhar, o comércio deve ser retomado", disse Michael Ryan, diretor de emergências da OMS, embora tenha admitido que cada Estado deve levar em conta os riscos que enfrenta.

Maria Van Kerkhove, epidemiologista da OMS, disse que mais do que medidas drásticas, as pessoas devem se adaptar a uma "nova normalidade" de distanciamento físico dos demais e máscaras.

O vírus matou um total de 650.049 pessoas e infectou 16,3 milhões, segundo contagem da AFP compilada de fontes oficiais.

Os Estados Unidos são o país com o maior número de vítimas fatais (146.968), seguidos de Brasil (87.618), Reino Unido (45.752), México (43.680) e Itália (35.112).

De acordo com os números mais recentes da pandemia, divulgados na noite desta segunda, o Brasil registrou 614 óbitos em 24 horas, elevando o total a 87.618. No mesmo período foram contabilizados 23.284 novos casos, somando 2.442.375.

- "Engenho científico americano" -

O presidente americano, Donald Trump, insistiu em que a solução contra a pandemia radica na rápida descoberta de uma vacina e novos tratamentos contra o vírus, que agora contagiou um assessor próximo: o conselheiro de Segurança Nacional, Robert O'Brien.

Longe de paralisar a economia antes das presidenciais de 3 de novembro, quando tentará se reeleger, Trump quer resolver a crise sanitária graças ao "engenho científico americano".

Desde março, Washington destinou 6,3 bilhões para financiar projetos de vacinas em grandes laboratórios, como Johnson & Johnson, Pfizer e AstraZeneca, e em duas pequenas empresas de biotecnologia, Novavax e Moderna.

Fundada em 2010, a Moderna começou nesta segunda a última fase de testes de sua vacina nos Estados Unidos, tornando-se uma das quatro companhias do mundo a alcançar esta etapa.

- Bolsonaro é denunciado no TPI -

No Brasil, que continua sendo o país latino-americano mais castigado pela Covid-19, trabalhadores de saúde pediram ao Tribunal Penal Internacional em Haia para investigar o governo do presidente Jair Bolsonaro por crimes contra a humanidade por sua gestão da pandemia.

O caso foi apresentado por uma coalizão de sindicatos, que diz representar mais de um milhão de trabalhadores de saúde brasileiros e acusa a administração de Bolsonaro de ser "negligência criminosa".

O presidente, que comparou o coronavírus a uma "gripezinha" e atacou as medidas de distanciamento social impostas pelas autoridades estaduais e municipais para conter a disseminação da doença, testou positivo para a Covid-19 em 7 de julho, mas no sábado disse estar curado.

Nesta segunda, na Bolívia, a presidente interina, Jeanine Áñez, anunciou ter recebido alta médica de um quadro assintomático de coronavírus, e por isso disse que voltará "ao trabalho normal".

A primeira-ministra belga, Sophie Wilmès, anunciou nesta segunda-feira (27) um endurecimento das medidas para combater a pandemia de coronavírus, diante do "preocupante" aumento de casos no país.

O número de pessoas com as quais os belgas poderão se encontrar em sua "bolha de contato" passará de 15 para 5 a partir de quarta-feira e durante quatro semanas. As reuniões públicas serão limitadas a 100 pessoas em espaços fechados (até agora 200) e 200 em espaços abertos (em vez de 400).

"Os dados epidemiológicos são preocupantes e estamos muito preocupados", declarou a chefe do governo em coletiva de imprensa no final de um conselho nacional de segurança.

Ela expressou "sérias preocupações" pela situação em Amberes (norte).

O trabalho remoto é "muito recomendável quando for possível", continuou Wilmès, lamentando que seja "cada vez menos utilizado". Os belgas também estão convidados fazer suas compras sozinhos e a limitá-las a 30 minutos.

Na semana passada, a Bélgica ordenou o uso obrigatório de máscaras em "todos os locais muito cheios" como mercados ao ar livre e áreas comerciais com muita gente.

Uma média de 279 pessoas por dia contraíram a Covid-19 na última semana, em comparação com 163 da semana anterior.

Até esta segunda-feira, o país registrou 66.026 casos desde o início da pandemia e 9.821 mortes. A Bélgica é um dos países com o maior número de mortes de COVID-19 em comparação à sua população, com 85 mortes a cada 100.000 habitantes.

Com o número de casos de Covid-19 saindo de controle nos EUA, o presidente Donald Trump insiste em negar a crise sanitária e tenta se descolar do problema. Nas últimas duas semanas, as infecções cresceram 78% em meio à reabertura do país e à circulação de americanos durante as férias de verão. Nos seis primeiros dias deste mês, o país acumulou 300 mil novas notificações da doença.

Trump, porém, prefere afirmar que o vírus é inofensivo e formalizou ontem a saída do país da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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Depois de atingir o que parecia o pior momento, em abril, com cerca de 35 mil novos contaminados por dia, os EUA conseguiram desacelerar as infecções para a casa de 20 mil diagnósticos de covid-19 a cada 24 horas em maio. Nas últimas três semanas, no entanto, o país assiste a curva de infecções acelerar novamente batendo o recorde diário de 57 mil casos de coronavírus nos primeiros dias de julho. Nesta terça-feira, Trump disse que os EUA "nunca irão fechar", pressionando pela continuidade da retomada econômica a despeito da situação de saúde.

O problema migrou da região de Nova York para estados do sul e sudoeste do país, com surtos na Flórida, Texas, Arizona e Califórnia. Ao menos 40 dos 50 Estados americanos viram o número de casos per capita aumentar nos últimos 14 dias.

Trump tem argumentado que a mortalidade causada pelo vírus é baixa nos EUA, usando dados falsos. O presidente chegou a dizer que 99% dos casos eram "totalmente inofensivos", contrariando a equipe médica do governo. A taxa estimada de mortalidade da covid-19 nos EUA é de 4,5%, e não 1%, como o presidente sugere. "É uma falsa narrativa ver conforto em uma taxa de mortalidade baixa", disse o epidemiologista Anthony Fauci.

Integrante da força-tarefa do governo Trump contra o coronavírus, Fauci é considerado o maior especialista no tema. Os EUA "ainda estão até os joelhos na primeira onda" da pandemia, disse Fauci. Os EUA têm quase 3 milhões de casos confirmados de coronavírus e mais de 130 mil mortes. Para o diretor do Instituto Nacional de Saúde dos EUA, Francis Collins, os EUA "nunca chegaram a conter a curva, e agora os casos estão voltando à tona", disse.

Recuo

Com o aumento dos casos, alguns Estados impuseram novas restrições na segunda-feira. Em Miami-Dade, o condado mais populoso do Estado americano da Flórida, as autoridades reverteram o plano de reabertura, com uma ordem de emergência que valerá a partir de hoje que fecha academias, bares e restaurantes - esses últimos só poderão servir pessoas do lado de fora. As praias ficaram fechadas no feriado do Dia da Independência, em 4 de julho.

O prefeito de Miami, Carlos Gimenez, principal autoridade do condado que inclui a cidade de Miami e áreas próximas, e que tem cerca de 48 mil casos de covid-19 entre seus 2,8 milhões de moradores, afirmou que o aumento foi causado por infecções entre jovens de 18 a 34 anos que se reúnem em locais lotados - dentro e fora de casa - sem usar máscaras e sem manter o distanciamento adequado. "Os médicos dizem que esse aumento nesta faixa etária era provocado por formaturas, reuniões em restaurantes que se transformavam em festas."

Os novos casos de coronavírus também dispararam na Califórnia no fim de semana do feriado da Independência, sobrecarregando hospitais. O número de pessoas internadas com covid-19 aumentou 50% nas últimas duas semanas, para cerca de 5,8 mil, anunciou o governador Gavin Newson. Cerca de um terço dos hospitalizados estavam em Los Angeles. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As medidas restritivas de prevenção e de enfrentamento à Covid-19 no estado do Rio de Janeiro foram prorrogadas até o dia 21 de julho. O decreto, assinado pelo governador Wilson Witzel, foi publicado na edição desta terça-feira (7) do Diário Oficial, que manteve atividades em setores do comércio e da indústria.

Ainda não está liberada a frequência às praias, lagoas, rios, piscinas públicas e clubes. Está permitida, no entanto, a prática de esportes nos parques, se não houver aglomeração, e as atividades esportivas individuais ao ar livre, inclusive em praias e lagoas, como ciclismo, caminhadas, montanhismo e trekking ao ar livre. Também estão autorizadas as atividades esportivas de alto rendimento, desde que sem público e obedecendo protocolos de higienização.

O uso de máscaras de proteção respiratória ainda é obrigatório em qualquer estabelecimento público e em locais privados, que estejam com funcionamento autorizado ao acesso coletivo.

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Prefeituras

O governo do Rio manteve algumas recomendações às prefeituras fluminenses sobre a reabertura gradual de setores do comércio e da indústria, obedecendo às características de cada cidade e, por isso, os municípios têm autonomia para manter suas determinações e regras.

De acordo com o governo do estado, para a definição das medidas foram levados em consideração os dados epidemiológicos da Secretaria Estadual de Saúde, como a redução do número diário de óbitos e das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave, além das projeções da Secretaria de Fazenda sobre os impactos econômicos para o estado.

Shoppings

O horário para os shopping centers e centros comerciais não foi alterado e permanece das 12h às 20h, mas com limitação de 50% do público. Todos têm que garantir o fornecimento de álcool em gel 70%. As praças de alimentação podem reabrir, mas com o limite de 50% da capacidade. Áreas de recreação, de cinemas e afins continuam fechadas.

Os bares, restaurantes e lanchonetes, que estão autorizados a funcionar no estado desde o dia 6 de junho, também têm que respeitar o limite de 50% da capacidade.

Turismo

Equipamentos e pontos turísticos, como o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, podem receber o público, mas também nesse caso, com limite de 50% da capacidade de lotação.

Igrejas

Organizações religiosas podem funcionar com distância de 1 metro entre as pessoas e a manutenção de álcool em gel 70%. Deve também ser observada a obrigatoriedade do uso de máscara pelos frequentadores e por integrantes de igrejas e templos. As missas presenciais no município do Rio voltaram no sábado passado (4), com o limite de 30% da capacidade e medidas de prevenção como distanciamento dos fiéis, disponibilidade de álcool em gel, higienização dos templos e uso de máscara pelos frequentadores.

Conforme o decreto, se houver descumprimento das medidas previstas, as forças de segurança pública poderão atuar em eventuais práticas de infrações administrativas e de crimes previstos.

A China informou nesta segunda-feira (29) que adotará restrições de vistos a cidadãos americanos que se "comportaram de maneira ofensiva" a respeito a Hong Kong, uma medida anunciada antes da aguardada aprovação pelos legisladores chineses de uma polêmica lei nacional de segurança para a ex-colônia britânica.

"A China decidiu impor restrições de vistos a indivíduos americanos que se comportaram de maneira ofensiva em assuntos que envolvem Hong Kong", afirmou o ministério das Relações Exteriores.

Na sexta-feira (26), a administração do presidente americano Donald Trump anunciou que restringiria os vistos para um número não determinado de autoridades chineses por infringir a autonomia de Hong Kong.

Após as gigantescas manifestações do ano passado contra a influência de Pequim, o regime do presidente Xi Jinping anunciou no mês passado uma lei de segurança nacional em Hong Kong, mas a oposição democrática da ex-colônia considera a medida uma ferramenta para reduzir o movimento ao silêncio.

Sob o princípio "um país, dois sistemas", Hong Kong se beneficia desde seu retorno à soberania chinesa em 1997 de uma ampla autonomia, liberdade de expressão e justiça independente.

Mas a região semiautônoma é governada por um Executivo que tem integrantes vinculados a Pequim.

Depois de dois meses de um confinamento exemplar e de ser classificado como o "milagre" do combate à pandemia pela imprensa internacional, Portugal retoma medidas restritivas em Lisboa e na região metropolitana da capital por novos casos confirmados de Covid-19.

A partir da 0h desta terça-feira (23), voltam a ser proibidas aglomerações de mais de dez pessoas e o comércio passa a fechar às 20h, com exceção apenas para serviço de refeições em restaurantes. Também vão ser proibidos venda de bebida alcóolica em lojas de conveniência e consumo de bebidas em via pública.

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O governo vai estipular ainda o valor de uma multa para quem descumprir as medidas.

"As forças de segurança vão reforçar significativamente a sua presença na rua, não só para a função pedagógica, que sempre têm exercido, mas também para autuarem [os infratores] em caso de necessidade", disse o primeiro-ministro, António Costa, depois de uma reunião com os representantes de Lisboa e das cidades de região metropolitana nesta segunda-feira (22).

António Costa também puxou a orelha dos shoppings, exigindo mais rigor no controle das entradas e circulação interna. "Vão ser mais fiscalizados", disse o premiê.

Outro setor que vai ter reforço de fiscalização é o da construção civil, em canteiros de obras e nos transportes dos funcionários, "tendo em conta a elevada prevalência de contaminação entre trabalhadores deste setor de atividade", explicou Costa.

Números preocupam

Segundo o primeiro-ministro, o problema está concentrado em Lisboa e nas cidades de Loures, Amadora, Sintra e Odivelas. De acordo com os números da Direção-Geral de Saúde, os cinco municípios juntos somam 50% de todos os novos casos de COVID-19 registrados em Portugal nas últimas duas semanas.

O boletim mais recente totaliza 39.392 casos da doença no país e 1.534 mortes. A taxa de letalidade global é de 3,9%, subindo para 16,8% entre pessoas com mais de 70 anos. De acordo com o governo, a capacidade dos hospitais para internação dos pacientes está controlada, ainda assim vai haver reforço de profissionais em algumas unidades.

Com o início do verão na Europa, e o fim das restrições aéreas internas, a expectativa é de que haja um aumento no fluxo dos aeroportos. De acordo com a Diretora-Geral de Saúde, Graça Freitas, as orientações para controle de passageiros vão ser atualizadas e vai haver mais detalhamento nas informações recolhidas de quem chega. "O objetivo é saber onde é que aquele passageiro que veio a adoecer três, quatro, dois dias depois de desembarcar ia sentado e quem é que estava sentado perto dele, para podermos também rapidamente contactar e agir com agilidade", disse a gestora durante apresentação do boletim.

Profissional de marketing que atua em Lisboa, a brasileira Ananda Garcia diz que as medidas não surpreendem. "Vejo pelas redes sociais pessoas que estão já fazendo festas mesmo, com bem mais de dez pessoas, e isso me preocupa. O povo português e os estrangeiros que vivem aqui se comportaram muito bem, mas agora, principalmente com o verão, estão relaxando muito. Não me surpreende que o governo volte com essas regras restritivas", diz à Sputnik Brasil. 

Ananda concorda com as diretrizes das autoridades de saúde, para manutenção dos cuidados individuais. "Eu e o meu namorado estamos tentando manter o isolamento na medida do possível. Não estamos encontrando outras pessoas, só uma ou outra individualmente. Quando saímos para resolver coisas pontuais, notamos que as coisas na cidade estão bastante movimentadas, parece que a vida continua, só que de máscara", diz a brasileira.

O secretário de Estado da Saúde chamou a atenção para as "responsabilidades individuais" durante a apresentação dos números. "Como já disse, desconfinar não é relaxar nem desresponsabilizar. Temos obrigação de continuar a cuidar uns dos outros. Ainda não passou, ainda não temos vacina e continua a haver o risco à saúde", disse António Lacerda Sales.

Nos últimos dias, a confirmação de dois grandes eventos para Lisboa ainda este ano gerou repercussão. A UEFA escolheu a capital portuguesa para a fase final de jogos da Liga dos Campeões, em agosto, e o CEO da WebSummit, uma das maiores feiras de tecnologia do mundo, disse que o evento, previsto para novembro, vai ser realizado.

No próximo dia 24, um Conselho de Ministros vai se reunir para avaliar a situação em conjunto em todo o país.

Da Sputnik Brasil

O governo chinês ordenou neste sábado (13) o confinamento imediato de 11 áreas residenciais de Pequim, onde foram detectados dezenas de casos de coronavírus, uma pandemia que continua a assolar o Brasil, que se tornou o segundo país em número de mortos, com quase 42.000 óbitos.

As autoridades chinesas relataram seis casos de infecção local, a maioria ligada ao mercado de carne de Xinfadi, localizado no distrito de Fengtai, ao sul de Pequim, e que foi fechado.

Porém, testes de diagnóstico realizados em cerca de 2.000 profissionais do mercado mostraram que havia pelo menos 45 outros casos de infectados assintomáticos, que estão sob vigilância médica.

Centenas de policiais foram vistos por jornalistas da AFP perto do mercado em um "dispositivo semelhante a tempos de guerra", segundo as autoridades municipais.

Na sexta-feira, as autoridades chinesas adiaram a reabertura das escolas primárias na capital e suspenderam todos os eventos esportivos devido ao aparecimento dos três primeiros casos, depois de dois meses sem que nenhuma infecção por COVID-19.

Esses contágios suscitam temores de uma segunda onda pandêmica no país, onde o vírus surgiu em dezembro, na cidade de Wuhan (centro).

As autoridades conseguiram controlar a epidemia no país graças a um confinamento estrito e as medidas foram levantadas à medida que o número de infecções diminuía.

Também se teme uma segunda onda nos Estados Unidos, o país mais castigado pela COVID-19, com mais de 114.000 mortes, onde vários estados que retomaram suas atividades em abril registram um número significativo de novos casos.

- Brasil preocupa -

Em todo o mundo, o novo coronavírus deixou mais de 426.000 mortos e 7,6 milhões de infecções confirmadas, segundo um balanço da AFP.

Mas os números reais podem ser muito superiores devido à falta de testes de diagnóstico em muitos países, segundo especialistas.

Na América Latina, os casos diagnosticados excederam 1,5 milhão e os mortos se aproximaram de 75.000.

O Brasil atingiu na sexta-feira 41.828 mortes por coronavírus e se tornou, em número de falecidos e infecções, o segundo país mais afetado do mundo, depois dos Estados Unidos.

Em mortes por milhão de habitantes, o panorama no Brasil é menos dramático: 199, comparado a 344,5 nos Estados Unidos e 611 no Reino Unido.

"A situação no Brasil é preocupante, todos os estados estão afetados. O sistema de saúde ainda não está em colapso, mas há regiões onde a saturação nos serviços de terapia intensiva está prestes a ser alcançada", disse Mike Ryan, diretor das questões de urgência sanitária na Organização Mundial da Saúde (OMS).

O México, o segundo país mais afetado da América Latina, registrou 5.000 novos casos na sexta-feira, um recorde diário neste país onde 16.448 pessoas já morreram e mais de 139.000 foram infectadas.

O Chile também registrou seus piores números diários e já totaliza 2.870 mortes.

A situação na América Latina levanta a questão de saber se o vírus SARS-CoV-2, responsável por essa pandemia, enfraquece com a chegada do calor, como acontece com outros.

"À medida que o inverno austral se aproxima, Argentina, Chile, o sul do Brasil ou África do Sul testemunham forte crescimento epidêmico", apontou o epidemiologista Antoine Flahault, chefe do Instituto de Saúde Global da Universidade de Genebra.

- Polêmica por balanços na Espanha -

Depois de três meses isolados, os europeus vão recuperar, a partir de segunda-feira, a possibilidade de viajar com mais facilidade dentro do continente.

No entanto, cada país aplicará suas regras e restrições e os turistas deverão examinar atentamente o mapa antes de fazer as malas.

A Itália, por exemplo, já abriu suas fronteiras para países europeus desde 3 de junho, outros como França e Grécia restabelecerão a livre circulação para países europeus na segunda-feira e há casos, como a Espanha, que vão esperar até 1º de julho.

Precisamente na Espanha, um dos países mais afetados pela pandemia, com mais de 27.000 mortes, as suspeitas e as críticas aumentam, uma vez que as autoridades mantêm o balanço de mortes "congelado" desde 7 de junho.

As discrepâncias nos números totais e nos métodos de contagem das diferentes regiões explicariam essa lacuna de informação que aumenta a incerteza da população sobre o número real de mortes.

Enquanto isso, a corrida frenética por uma vacina continua, especialmente na China, onde os avanços nos ensaios clínicos são encorajadores, mas os laboratórios precisam melhorar uma imagem marcada por inúmeros escândalos de saúde e corrupção.

Alguns especialistas também criticam métodos um tanto acelerados e não muito convencionais, alertando que o país está arriscando sua reputação internacional nesse feito farmacêutico e não pode fornecer uma vacina que não seja 100% segura.

E no mundo dos esportes, os fãs de futebol poderão assistir Barça e Real Madrid neste fim de semana. A Liga Espanhola está de volta, mas sem o calor do público nas arquibancadas.

A Coreia do Sul voltou a adotar nesta quinta-feira (28) uma série de restrições após um aumento dos contágios de Covid-19 que pode prejudicar os avanços do país na contenção da epidemia.

O país, considerado um dos exemplos na luta contra a doença, anunciou nesta quinta-feira (28) o maior aumento de casos em quase dois meses.

As autoridades informaram 79 novos contágios, a maioria na zona metropolitana de Seul. Entre os casos, 69 foram registrados entre pessoas que frequentaram um armazém da empresa de comércio eletrônico Coupang em Bucheon, ao oeste de Seul, de acordo com os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças da Coreia.

O aumento do número de pacientes obrigou as autoridades a endurecer as regras de saúde, que haviam sido flexibilizadas em 6 de maio.

Museus, parques e galerias de arte voltarão a fechar as portas a partir de sexta-feira por duas semanas, anunciou o ministro da Saúde, Park Neung-hoo, que também pediu às empresas que adotem medidas de flexibilização do trabalho.

"Decidimos endurecer todas as medidas de quarentena na zona metropolitana durante duas semanas", afirmou.

No fim de fevereiro, a Coreia do Sul era o segundo país no mundo mais afetado pela pandemia, atrás apenas da China. Mas o governo conseguiu controlar a situação com campanhas de testes em massa e a rastreabilidade das pessoas contagiadas.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta segunda-feira (18) que a Corte vem se colocando como obstáculo ao descumprimento do federalismo durante o período da pandemia da covid-19. Moraes participou, nesta tarde, de um debate sobre o papel da União, dos estados e municípios no enfrentamento ao novo coronavírus.

Moraes destacou que o Supremo somente atua quando não há solução entre os governos estaduais, municipais e federal.

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“O Supremo Tribunal Federal se coloca como obstáculo a mais contra eventual desrespeito ao federalismo brasileiro. Seja desrespeito por parte da União, seja desrespeito por parte dos estados e municípios. Nem a União pode querer o monopólio do combate à pandemia, nem os estados e municípios podem querer se transformar em repúblicas autônomas”, afirmou.

Moraes também disse que a União não pode proibir os estados de estabelecerem medidas para restringir o transporte intermunicipal, e os estados não podem impedir a livre circulação de alimentos e a manutenção dos serviços de energia elétrica e de telecomunicações.

“Os três entes federativos e os três Poderes de Estado devem interpretar o federalismo com objetivo muito claro, diminuir as desigualdades sociais e regionais. Não se diminui desigualdade social nem regional se não houver o federalismo cooperativo”, argumentou.

Nos últimos dois meses, o Supremo definiu que estados e municípios podem tomar as medidas que acharem necessárias para combater o novo coronavírus, como isolamento social, fechamento do comércio e outras restrições.

Com a decisão, os governadores e prefeitos também podem definir os serviços essenciaisautorizados a funcionar durante o período da pandemia. Antes, somente um decreto do presidente Jair Bolsonaro poderia fazer a definição.

A Corte também confirmou que estados e municípios não precisam do aval do governo federal para estabelecer medidas restritivas de locomoção intermunicipal e interestadual.

 

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) informa, que a partir deste sábado (16) começa a valer medidas restritivas de acesso à instituição. Os portões de acesso ao Campus Recife da universidade irão permanecer fechados em virtude da intensificação das medidas restritivas do Governo do Estado de Pernambuco, para conter a curva de disseminação da covid-19.

A exceção são os portões de acesso ao Centro de Tecnologia e Geociências (CTG) e ao Hospital das Clínicas, via Departamento de Fonoaudiologia, que serão abertos no horário das 6h às 19h; e da entrada principal do campus, que terá o acesso de veículos controlado. As pessoas que estiverem circulando no campus, e que não estejam na relação de profissionais definidos pela Reitoria entre as atividades essenciais à Universidade, serão orientadas a voltar para casa.

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Após uma pausa de dois meses por conta do novo coronavírus, a Bundesliga reiniciou neste sábado (16) com algumas restrições. Mesmo sem torcida presente, os fãs do futebol ao redor do mundo comemoraram a volta do campeonato alemão e puderam matar a saudade do esporte.

"Olha eu não costumo acompanhar a Bundesliga mas só de ver futebol de novo já aquece a alma", comemorou um internauta. Teve até brasileiro que decidiu torcer para os alemães e estimulou a formação de uma "confraria". "A parada é o seguinte, o futebol alemão voltou e nós Botafoguenses devemos escolher um clube pra torcer na Bundesliga enquanto aqui não volta. Eu voto pelo Borussia Monchengladbach", twittou outro usuário.

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Com seis jogos marcados para a reestreia, sem dúvidas o destaque foi o clássico entre Borussia Dortmund e Schalke 04. Apesar do show do time da casa, que goleou o Schalke por 4x0, o que chamou atenção foi o protocolo sanitário.

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Protocolo sanitário- "O futebol voltou, mas jogo do Borussia sem a torcida do Borussia é o mesmo que Bochecha sem Claudinho", comentou um torcedor no Twitter, que sentiu falta dos mosaicos montados pela organizada. Isso porque, apenas os profissionais responsáveis pelo espetáculo tiveram acesso ao estádio.

Além disso, todas as pessoas que não estavam dentro das quatro linhas precisaram usar máscaras e manter a distância mínima de 1,5, inclusive reservas e treinadores. Não houve cerimônia de abertura, aperto de mão ou crianças acompanhando os jogadores. As bolas foram desinfetadas antes e durante a partida, os mascotes não participaram e as entrevistas estão marcadas à distância.

O novo coronavírus pode nunca desaparecer e a população terá que conviver com ele, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira, quando alguns países começam gradualmente a diminuir as restrições impostas para impedir sua propagação.

O novo coronavírus, que surgiu na cidade chinesa de Wuhan no final do ano passado, já contagiou mais de 4,2 milhões de pessoas e matou quase 300.000 pessoas.

"Temos um novo vírus que atingiu a população humana pela primeira vez e, portanto, é muito difícil prever quando o venceremos", disse Michael Ryan, diretor de emergências da OMS. "Talvez esse vírus se torne outro vírus endêmico em nossas comunidades e talvez nunca desapareça", disse em uma teleconferência de Genebra. "O HIV não desapareceu", comparou.

A OMS alertou que não há garantia de que o fim do confinamento, que afetou metade da humanidade, não gere uma segunda onda de contágios.

"Muitos países gostariam de encerrar as diferentes medidas" de confinamento, disse o diretor da mais alta autoridade sanitária do mundo, Tedros Adhanom Ghebreyesus. "Mas nossa recomendação é que os países ainda mantenham o alerta no nível mais alto possível", acrescentou.

Segundo Ryan, ainda há um "longo caminho a percorrer" para voltar ao normal. Acredita-se que "os confinamentos funcionam perfeitamente e que o desconfinamento será genial. Mas são cheios de riscos", alertou o virologista irlandês.

Ryan também condenou os ataques a trabalhadores da área de saúde e relatou que em abril mais de 35 incidentes "muito graves" desse tipo foram relatados em 11 países.

"O COVID-19 está trazendo o melhor de nós, mas também um pouco do pior", disse. "As pessoas se sentem empoderadas para liberar suas frustrações contra aqueles que estão simplesmente tentando ajudar. Não devemos permitir isso", alertou.

Ele também insistiu que a humanidade "tem uma grande oportunidade" de encontrar uma vacina e torná-la acessível a todos.

O parque Disney de Xangai voltou a abrir suas portas ao público nesta segunda-feira (11), mas com restrições, Trata-se de um sinal da volta à normalidade progressiva na China, apesar da ameaça persistente do coronavírus.

O parque de diversões, localizado na maior cidade da China, é o primeiro no mundo que volta a abrir suas portas desde o início da pandemia, com consequências econômicas significativas para o grupo de entretenimento americano.

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À medida em que a propagação do coronavírus diminui na China nas últimas semanas, o país começou a reabrir algumas atrações turísticas, como a Grande Muralha ou a Cidade Proibida em Pequim.

No Shanghai Disneyland Park, os visitantes devem usar máscara e mostrar a cor verde em um aplicativo de seu celular para comprovar que não estão infectados e podem entrar.

A retomada da atividade será progressiva. O parque planejou receber um máximo de 24.000 pessoas ao dia por várias semanas, em vez das 80.000 que costuma receber normalmente. Além disso, é obrigatório fazer a reserva antecipadamente pela internet.

Dentro do parque, os anúncios nos megafones lembram os clientes da necessidade de manter a distância nas filas das atrações. Apesar dos temores, as entradas para este primeiro dia de abertura esgotaram em poucos minutos na sexta-feira, quando foram abertas as vendas na internet, informou a imprensa local.

Uma epidemia de US$ 1,4 bilhão

Graças às medidas radicais de confinamento, a China viu diminuir gradualmente o número de casos da pandemia desde março. Não há registro de novos mortos desde meados de abril.

No entanto, o número de infecções disparou novamente nos últimos dias, principalmente em Wuhan, onde não havia novos casos há um mês.

A reabertura do parque de Xangai é uma boa notícia para o grupo Walt Disney, que caiu na bolsa nos últimos meses.

A multinacional de entretenimento avalia o impacto negativo da crise de saúde e econômica em suas atividades em US$ 1,4 bilhão, incluindo bilhões relacionados aos seus parques de diversão e outras atividades.

Por outro lado, a Disney pode estar satisfeita com o sucesso da Disney+, sua plataforma de streaming que estreou no outono na América do Norte e na Austrália e foi então estendida para vários países europeus em março.

A Disney fechou seu parque em Xangai no final de janeiro e fez o mesmo com suas instalações nos Estados Unidos, França, Japão e Hong Kong.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou neste domingo um modesto relaxamento no lockdown do país e estabeleceu um plano para a retirada de mais restrições nos próximos meses. Em discurso televisionado, Johnson disse que, embora pessoas que não consigam trabalhar em casa desejem voltar a seus afazeres, "este não é o momento, simplesmente, de encerrar o lockdown nesta semana". Ele afirmou que seria "loucura" relaxar muito as restrições e permitir uma segunda onda de casos.

"Nós precisamos continuar a controlar o vírus e a salvar vidas", afirmou o premiê. O Reino Unido já registrou quase 32 mil mortes ela covid-19 até o domingo e o próprio Johnson contraiu a doença, chegando a ser internado.

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Hoje, o premiê disse que os que podem trabalhar em casa devem continuar a fazê-lo, para que aqueles que não podem, como nos setores de construção e industrial, possam ir ao trabalho a partir desta semana. Porém ele afirmou que esses grupos não devem usar o transporte público e precisam manter o distanciamento físico durante o trabalho.

A partir de quarta-feira, o governo britânico permitirá também que as pessoas se exercitem nas ruas sem restrições. As pessoas ainda poderão tomar sol, dirigir para outros destinos e praticar esportes, mas apenas com membros da mesma residência. Johnson disse que todos precisam continuar a manter a distância física recomendada e que podem ser elevadas as multas em caso de violação. Ele apresentou um "plano condicional" para relaxar outras restrições nos próximos meses, como a reabertura de lojas e a possível volta às aulas para algumas crianças mais novas a partir de 1° de junho.

O primeiro-ministro mostrou esperança de que alguns segmentos de hospitalidade e mais espaços públicos possam ser reabertos um mês depois, contanto que estejam seguros e garantam o distanciamento físico. Ele disse desejar passar uma "percepção sobre o que vem pela frente" e sobre "como e em que base as decisões devem ser tomadas". Segundo ele, nos próximos um a dois meses, o governo não será movido pela "mera esperança ou a necessidade econômica", mas "pela ciência, pelos dados e pela saúde pública". Fonte: Associated Press.

Hong Kong anunciou, nesta terça-feira (5), um relaxamento das restrições impostas ao combate ao coronavírus, em particular a reabertura de escolas, bares e cinemas. A decisão se baseia na clara redução da circulação do vírus na ex-colônia britânica. A medida entra em vigor na próxima sexta-feira.

A expectativa das autoridades locais é que seja possível aliviar a economia do território. Já afetada no ano passado pela guerra comercial entre China e Estados Unidos e pela crise política interna, a economia foi duramente atingida pela epidemia.

As autoridades também anunciaram um projeto para distribuir máscaras reutilizáveis para os 7,5 milhões de habitantes da cidade. Depois da China, Hong Kong foi um dos primeiros territórios afetados pela pandemia. Apesar de sua proximidade com a China continental, esta região semiautônoma conseguiu impedir a propagação do novo coronavírus.

O território totaliza mil casos de contaminação e quatro mortes. Hong Kong não registrou um novo caso em dez dos últimos 16 dias. Todos os casos registrados foram de pessoas entrando em Hong Kong e já postas em quarentena.

"Espero que essas medidas sejam um alívio para os habitantes", disse a chefe do governo de Hong Kong, Carrie Lam, a jornalistas nesta terça-feira.

A proibição de se reunir em restaurantes em grupos de mais de quatro pessoas foi ampliada para oito pessoas. A distância de 1,5 metro entre as mesas permanece.

Os shows ainda são proibidos, e as boates, fechadas. Cinemas e salões de beleza podem reabrir, mas respeitando as medidas de higiene.

Dados divulgados na segunda-feira apontam que o PIB de Hong Kong caiu 8,9% no primeiro trimestre interanual. É seu pior resultado desde que estes números começaram a ser coletados em 1974.

O Ministério Público de Pernambuco elaborou o Painel de Isolamento Social para monitorar a adesão da população às recomendações necessárias para conter o novo coronavírus. De acordo com a ferramenta, o índice de isolamento no Estado é baixo, em torno de 52%.

Com aproximadamente 9.500.000 habitantes, o painel lista todos as cidades a partir do comprometimento da população em permanecer em casa. Os municípios de Granito e Olinda assumem as primeiras posições com aproximadamente 61% de isolamento. Contudo, o número ainda está distante do ideal de, pelo menos, 70%.

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Diante do levantamento, o procurador-geral de Justiça de Pernambuco, Francisco Dirceu Barros, cobrou mais seriedade para enfrentar à pandemia. “A pouca adesão dos pernambucanos ao isolamento social, está causando um número assustador de pessoas contaminadas e de mortes [...] É preciso que a sociedade tenha essa consciência, mude a sua atitude, caso contrário teremos uma tragédia sem precedentes”, projetou. Ele ainda informou que vai expedir mais uma recomendação para que prefeitos intensifiquem as restrições.

Outros municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR) mais bem posicionados são Paulista, com 61,6%, e Camaragibe, com 60,9% de adesão. Jaboatão dos Guararapes registrou 58,8% e alcançou a 16º colocação. Já a capital figura a 23º posição, com apenas 58,2% da população isolada. Atualizado semanalmente, os dados completos podem ser vistos no site do Painel de Isolamento.

As informações são colhidas através da geolocalização dos celulares e uma ferramenta de análise desenvolvida pela inLoco, que monitora em tempo real os fluxos populacionais para tentar coibir aglomerações. "Com isso, podemos informar a população pernambucana sobre as regiões com baixo índice de isolamento, apoiando autoridades na tomada de decisão”, apontou o gerente de estatística do MPPE, Carlos Gadelha.

Os Estados Unidos relaxaram nesta quinta-feira (2) as regras que impedem muitos gays de doar sangue, em um esforço para combater a grave escassez de doações devido ao surto da Covid-19.

Desde 2015, homens que fizeram sexo com outros homens nos últimos 12 meses não eram autorizados a doar sangue.

Anteriormente, a proibição era vitalícia. O período foi reduzido para três meses, anunciou a Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês).

"A pandemia da Covid-19 causou desafios sem precedentes ao suprimento de sangue dos Estados Unidos", indica o comunicado.

"Os centros de doação sofreram uma redução drástica nas doações devido à implementação do distanciamento social e ao cancelamento das transfusões de sangue".

O FDA disse que pesquisas recentes provam que as regras "podem ser modificadas sem comprometer a segurança do suprimento de sangue".

A regra de três meses também se aplica a mulheres que fizeram sexo com homens gays ou bissexuais, bem como a pessoas que fizeram uma tatuagem ou piercing e a quem viajou para um país onde o risco de malária é alto.

Quase 2.700 unidades de sangue da Cruz Vermelha foram fechadas nos Estados Unidos devido a preocupações com a aglomeração de pessoas em locais de trabalho, campus universitários e escolas durante o surto de coronavírus.

A cidade chinesa de Wuhan (centro), foco da epidemia de COVID-19, vai acabar com as restrições de deslocamentos em 8 de abril, depois de mais de dois meses de confinamento, anunciaram as autoridades nesta terça-feira.

A medida será aplicada ao restante da província de Hubei a partir de quarta-feira 25 de março. A princípio, apenas os moradores considerados saudáveis poderão fazer deslocamentos de maneira livre.

Esta região, com 56 milhões de habitantes, foi colocada em quarentena no fim de janeiro. Mas as restrições foram retiradas de maneira progressiva desde a visita no início do mês do presidente Xi Jinping.

O número de novos casos foi muito pequeno durante as últimas semanas em Hubei, mas nesta terça-feira o ministério da Saúde informou um contágio adicional em Wuhan.

As pessoas que desejam entrar ou sair de Hubei ou Wuhan serão autorizadas desde que apresente um código QR "verde" no smartphone. O código é emitido pelas autoridades e certifica que a pessoa não está infectada com o novo coronavírus.

As escolas permanecem fechadas na província. A nível nacional, a China informou nesta terça-feira 78 novos casos de COVID-19, 74 deles de pessoas que chegaram ao país do exterior, o que provoca o temor de uma nova onda de infecções.

Também foram registradas sete mortes, todas em Wuhan, de acordo com o ministério da Saúde. O país já registrou 427 casos importados. Quase todas as novas infecções em território chinês nos últimos dias são de pessoas que retornam ou procedem do exterior, no momento em que a epidemia parecia estar sob controle no país.

Muitas cidades adotaram regras estritas para colocar os recém-chegados em quarentena, como Pequim. Desde segunda-feira, todos os voos internacionais com destino a Pequim devem fazer uma escala em outro aeroporto chinês, onde os passageiros são submetidos a exames médicos.

As autoridades de Pequim anunciaram nesta terça-feira que qualquer pessoa que chegar à cidade será submetida a um exame de detecção biológica a partir de quarta-feira.

Com mais de 80.000 casos e 3.277 mortes registradas oficialmente, a China é o segundo país mais afetado do mundo pelo novo coronavírus, depois da Itália.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, decidiu nesta quinta-feira (12) restringir o acesso ao plenário da Corte e suspendeu temporariamente a visita pública ao prédio do tribunal como medida de prevenção diante do avanço do coronavírus no País.

Uma resolução assinada por Toffoli, obtida pelo jornal O Estado de S. Paulo, prevê trabalho remoto para servidores maiores de 60 anos e portadores de doenças crônicas, reforço na higienização das áreas do tribunal e limitação do número de pessoas que poderão acompanhar as sessões de julgamento no STF.

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As medidas de Toffoli foram anunciadas um dia depois de o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), publicar um decreto que suspende, por cinco dias, aulas e eventos que dependem de licença do Poder Público, com público superior a cem pessoas.

Integrantes da Corte ouvidos reservadamente pela reportagem avaliam que Toffoli demorou para tomar providências, lembrando que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e outros órgãos agiram com maior rapidez.

Dentro da Corte, ministros - muitos com mais de 60 anos - já evitam fazer cumprimentos com as mãos e dar beijos no rosto.

A resolução de Toffoli estabelece que, qualquer servidor, colaborador, estagiário, juiz ou ministro do tribunal que apresentar febre ou sintomas respiratórios (tosse seca, dor de garganta, mialgia, cefaleia e prostração, dificuldade para respirar e batimento das asas nasais) passa a ser considerado um caso suspeito.

"Servidores, colaboradores, estagiários, juízes ou ministros do Tribunal que chegarem de locais ou países com circulação viral sustentada e apresentarem febre ou sintomas respiratórios dentro de até 14 dias do retorno deverão procurar um serviço de saúde, caso os sintomas surjam fora do horário de expediente no Tribunal, ou a Secretaria de Serviços Integrados de Saúde (SIS), na hipótese de os sintomas surgirem durante o horário de expediente do servidor", orienta o texto.

Toffoli decidiu suspender temporariamente a visitação pública ao STF e "o atendimento presencial do público externo que puder ser prestado por meio eletrônico ou telefônico". Além disso, os gabinetes de cada ministro terão autonomia para adotar as restrições que considerar necessárias.

Sessões

A resolução do Supremo ainda estabelece que, nos dias de sessão de julgamento, somente terão acesso ao plenário e às Turmas do Supremo Tribunal Federal as partes e os advogados de processos incluídos na pauta do dia, conforme divulgação das pautas de julgamento no site do Tribunal, e os participantes habilitados em audiências públicas.

"Havendo partes, advogados ou participantes de audiências públicas com sintomas visíveis de doença respiratória, estes serão conduzidos à SIS para avaliação médica antes da liberação do acesso ou como condição de permanência no tribunal", estabelece o texto.

Por determinação de Toffoli, também será aumentada a frequência de limpeza dos banheiros, elevadores, corrimãos e maçanetas, além de providenciar a aquisição e instalação de dispensadores de álcool gel nas áreas de circulação e no acesso a salas de reuniões e gabinetes.

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