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A polícia da Itália desmantelou nesta terça-feira (13) um grupo que enganou cerca de 200 turistas dos Estados Unidos por meio de um hotel falso criado na internet.

Duas pessoas foram presas e outras 19 foram denunciadas em liberdade durante uma operação conduzida em parceria com o Departamento de Segurança Interna dos EUA.

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O esquema funcionava da seguinte forma: os clientes reservavam hospedagens no site de um hotel inexistente no centro de Roma e depois eram contatados por telefone para pagar a entrada com cartão de crédito.

A quadrilha teria enganado cerca de 200 turistas americanos entre 2021 e 2022 e movimentado mais de 600 mil euros (R$ 3,4 milhões).

Durante a operação, a polícia italiana apreendeu celulares, computadores portáteis e cartões de crédito.

Em outra ramificação do inquérito, um casal é investigado por pagar estadias em hotéis de luxo em Roma com cartões de crédito clonados, causando prejuízos de mais de 120 mil euros (R$ 670 mil) aos estabelecimentos.

Os suspeitos, todos eles residentes na capital italiana, devem responder pelos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Da Ansa

Um homem abriu fogo em uma reunião de condomínio em Roma neste domingo (11) e matou três mulheres na ação. Três pessoas ficaram feridas, sendo uma mulher de 50 anos em estado gravíssimo com um "ferida no crânio". Um homem de 65 anos precisou ser levado ao hospital por ter entrado em choque.

A tragédia só não foi maior porque um dos condôminos, um homem de 67 anos que está entre os feridos, conseguiu derrubar a arma da mão do atirador, identificado como Claudio Campiti. Além do italiano, internado no Policlínico Gemelli, uma das feridas é uma idosa de 80 anos que recebeu um tiro no tórax, mas não corre risco de morte.

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As vítimas foram identificadas como Sabina Sperandio, Elisabetta Silenzi e Nicoletta Golisano.

"Ele deu o primeiro tiro, depois o segundo e que matou a segunda pessoa. Depois, atingiu a terceira mulher e eu era o quarto, mas consegui agir. Ele entrou na sala, fechou a porta, gritou que ia matar todos e começou a disparar", contou o "herói" que não teve o nome revelado.

Outra testemunha disse que Campiti bloqueou as saídas do local e que demorou para as pessoas conseguirem fugir.

"Ele disparou contra o conselho de administração do consórcio [do prédio]. A arma travou em um determinado momento e ele foi detido por alguns homens que estavam ali, que também desbloquearam as portas. Eu me salvei porque me joguei embaixo de uma mesa e saí rastejando até o corredor", contou outra sobrevivente.

Segundo as primeiras informações oficiais, Campiti foi preso e levado a uma delegacia em Tor di Quinto. Ele entregou uma arma semiautomática Glock para os agentes, mas outras possíveis armas usadas estão sendo procuradas.

O homem tinha pedido formalmente a posse de armas, mas o pedido foi negado pelos carabineiros. Nas redes sociais, é possível ver em seus perfis muitos símbolos fascistas e nazistas e discursos de ódio contra outras pessoas, especialmente, políticos.

De acordo com conhecidos, Campiti virou uma pessoa completamente diferente após a morte de um filho de 14 anos, ocorrida em 2012, em uma pista de esqui italiana. Três pessoas foram condenadas pelo falecimento do jovem e uma indenização foi paga, mas os vizinhos afirmam que ele se tornou mais introspectivo desde então.

"Gravíssimo o episódio de violência que atingiu a nossa cidade. Três vidas perdidas e feridos graves por um tiroteio durante uma reunião de condomínio. Estou em contato com o líder local e amanhã participarei de uma reunião do Comitê de Ordem e Segurança. A minha proximidade às famílias", escreveu o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri.

Da Ansa

Nada satisfeito com o empate por 1 a 1 contra o Sassuolo, o técnico da Roma, José Mourinho, acusou um dos jogadores do clube giallorosso de traição e até pediu a saída do atleta.

Em seu desabafo, o comandante português não citou nomes, mas reclamou que o jogador foi pouco profissional.

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"Eu tive 16 jogadores que entraram em campo e gostei da atitude de 15. Eu perguntei a ele o porquê dessa atitude hoje e não sempre. Não vou contar [quem é], já falei no vestiário e é algo que não faço com frequência. Eu fui traído pela sua atitude pouco profissional e o pedi para sair em janeiro", declarou o técnico no pós-jogo.

A imprensa local tenta descobrir quem é o jogador que entrou na mira do "Special One" e, segundo o jornal Corriere dello Sport, o atleta que tirou o sono de Mourinho foi o lateral-direito Rick Karsdorp.

Em Reggio Emilia, Karsdorp entrou no segundo tempo no lugar do turco Zeki Çelik e não teve um bom desempenho. O periódico indica que ele teria demorado para vestir a camisa de jogo e entrar em campo, ficou discutindo com um companheiro de equipe durante o gol romano e cometeu um grave erro de marcação no empate do Sassuolo.

Após a partida, Mourinho repreendeu o holandês na frente de toda a equipe e teria conversado a sós com o jogador de 27 anos de idade.

Da Ansa

Wijnaldum chegou ao PSG na temporada passada sob enorme expectativa de se destacar no meio-campo da equipe. Mas não conseguiu se firmar ao lado de Messi, Neymar, Di María, Mbappé e outras estrelas. Acabou encostado, na reserva, e agora acertou com a Roma para buscar volta por cima na carreira. O volante e capitão holandês, de 31 anos, fica por uma temporada no novo clube, com chance de compra após o término do contrato.

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"A AS Roma tem o prazer de anunciar a contratação de Georginio Wijnaldum. O holandês de 31 anos chega temporariamente aos Giallorossi vindos do Paris Saint-Germain. O acordo prevê a opção de transferência definitiva no final da temporada 2022-23", fez o anúncio oficial os italianos.

Wijnaldim desembarcou na Itália na quinta-feira, recepcionado por muitos torcedores da Roma. Aprovado nos exames médicos, assinou contrato e vestiu a camisa 25 da equipe, já à venda no site oficial.

Destaque no Liverpool antes da transferência para a França, o meio-campista comemorou o acerto. "É realmente emocionante ser um jogador da Roma. Todas as pessoas com quem conversei me deram excelentes sentimentos sobre o clube e os torcedores", celebrou.

Empolgado, prometeu muita dedicação para recolocar os romanos na disputa por conquistas. "O clube mostrou o quanto me queria através dos esforços feitos para fechar o negócio de forma positiva, assim como todos os torcedores que me demonstraram carinho nas redes sociais nos últimos dias. Isso sempre dá muita confiança ao jogador", admitiu. "Estarei comprometido em dar 100% e ajudar a equipe a competir por todos os nossos objetivos nesta temporada."

Não menos satisfeita, a diretoria da Roma comemorou a contratação de peso. "A escolha de Wijnaldum em vir para a Roma é a enésima demonstração de que jogadores de qualidade técnica e personalidades extraordinárias acreditam com tanta firmeza no projeto do clube, que se comprometem com todas as suas energias para o sucesso das negociações", disse Tiago Pinto, gerente geral da área de esportes. "Só podemos estar particularmente felizes com sua chegada. Gini tem uma liderança inata, que o levou a se tornar capitão de uma das seleções mais fortes do mundo, além de uma classe que tornará nossa equipe cada vez mais competitiva."

No embalo da conquista da Liga Conferência, a Roma quer ir mais longe na nova temporada europeia. Para tanto, o time comandado pelo técnico José Mourinho reforçou seu ataque nesta quarta-feira. O argentino Paulo Dybala foi enfim oficializado pelo clube italiano, com um contrato de três anos.

O acerto acontece três semanas após o fim do vínculo entre o jogador de 28 anos e a Juventus. A Roma teve a concorrência dos rivais Inter de Milão e Napoli para fechar com o reforço. "A velocidade e a determinação com as quais a Roma demonstrou em querer contar comigo fizeram toda a diferença", disse Dybala.

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Ao chegar, o atacante disse estar sintonizado com as novas ambições do clube, que vai disputar a Liga Europa nesta temporada e sonha em brigar pelo título do Campeonato Italiano. "Eu estou me unindo a um time que está em alta, um clube que continua a colocar bases fortes para o futuro e que tem um treinador, José Mourinho, com o qual será um privilégio trabalhar."

Dybala marcou 115 gols em diferentes competições ao longo das sete temporadas pela Juventus. Ele participou da conquista de 12 títulos neste período, incluindo cinco troféus do Campeonato Italiano. Mas na última temporada perdeu espaço com o técnico Massimiliano Allegri por causa das lesões em série e da contratação de Dusan Vlahovic, em janeiro.

Jogador de muitos recursos, o reforço da Roma pode atuar em diferentes posições no ataque. Ele costuma fazer gols em cobranças de falta, pênaltis e finalizações de longa distância, uma de suas marcas. No seu novo clube, deve fazer parceria com Lorenzo Pellegrini e Tammy Abraham.

O argentino, que chega sem custos para a Roma, é o segundo bom reforço do time para esta temporada europeia, que começa no mês que vem. O primeiro é o volante sérvio Nemanja Matic, que estava no Manchester United e que chegou a trabalhar com Mourinho no clube inglês. Ele assinou contrato de uma temporada com a Roma.

A Roma fará seu primeiro jogo oficial da nova temporada no dia 14 de agosto, contra o Salernitana, pelo Italiano. Pela terceira rodada, o confronto será com a Juventus, quando Dybala reencontrará seu ex-time.

A parceria entre Roma e José Mourinho reergueu a dupla no futebol europeu. Sob o comando do treinador português, a equipe romanista venceu o Feyenoord por 1 a 0, nesta quarta-feira, no Estádio Nacional de Tirana, capital da Albânia, e conquistou o título da primeira edição da Liga Conferência. Assim, encerrou um período sem títulos iniciado em 2008, após conquista da Copa da Itália.

A conquista, primeira da Roma em um torneio organizado pela Uefa, também foi importante para Mourinho, que não celebrava um título desde 2017, quando foi campeão da Liga Europa como treinador do Manchester United. Foi a quinta vez que o português venceu uma competição europeia. Além da taça desta quarta, ele tem duas Ligas do Campeões (Porto e Inter de Milão) e duas Ligas Europas (Porto e Manchester United).

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A Liga Conferência, criada nesta temporada, prevê a classificação do vencedor à próxima Liga Europa, mas a Roma já se classificou pelo Campeonato Italiano. Por isso, o Feyenoord, que ficou em terceiro no Holandês e teria que disputar as classificatórias, herda a vaga.

O clima de festa em Tirana ficou de lado na noite anterior à partida e deu lugar à violência. Torcedores brigaram em diferentes pontos da cidade e protagonizaram confrontos com pedras, garrafas e paus. Segundo a imprensa local, policiais ficaram feridos, viaturas foram destruídas e pelo menos 60 prisões foram efetuadas. A maioria dos presos eram italianos.

Nesta quarta, no estádio, as torcidas formaram outro tipo de cenário, colorido e preenchido por cânticos de apoio aos times. Dentro de campo, contudo, a animação perdia para a tensão de estar disputando uma final, por isso o primeiro tempo não foi de grandes lances. A Roma lamentou a saída de Mkhitaryan, lesionado, ainda aos 17 minutos, mas terminou o primeiro tempo satisfeita após abrir o placar aos 31 minutos, com um toque de Zaniolo por cima do goleiro Bijlow, dentro da área.

Com a vantagem no placar, o time de Mourinho voltou para o segundo tempo recuando a marcação e cedendo o campo ao adversário, que achou espaços e colocou Rui Patrício para trabalhar. O goleiro romanista precisou fazer duas grandes defesas, em finalizações de Til e Malacia, ainda nos cinco minutos iniciais.

A pressão do time holandês não foi sustentada durante toda a etapa final, mas ressurgiu em alguns momentos pontuais, não aproveitados na hora da conclusão. A Roma, por sua vez, teve poucas chances de ampliar o placar e garantiu o importante título graças ao bom desempenho defensivo. Tudo certo para a torcida, que fez uma linda festa para celebrar a tão sonhada conquista.

A Inter de Milão venceu Roma por 3 a 1 neste sábado, no San Siro, e assumiu a liderança provisória do Campeonato Italiano, situação que coloca pressão sobre o rival Milan. A vitória em jogo válido pela 34ª rodada da liga nacional foi conquistada graças a gols marcados por Dumfries, Brozovic e Lautaro Martínez. O único gol romanista foi anotado por Mkhitaryan.

Agora com 72 pontos, a Internazionale lidera o campeonato com um ponto a mais que o Milan, com 71. Os milanistas ainda vão a campo pela rodada, no domingo, quando enfrentam a Lazio e podem reassumir a primeira colocação, mas a Inter tem um jogo atrasado da 20ª rodada para disputar na quarta-feira, contra o Bologna. Depois da reposição, cada um fica com quatro jogos para decidir o título.

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Neste sábado, o time de Simone Inzaghi foi superior desde o início diante dos romanistas comandados por José Mourinho. Apesar disso, o placar só foi inaugurado aos 30 minutos do segundo tempo, quando Dumfries partiu em velocidade para receber lançamento e venceu o duelo com o goleiro Rui Patrício.

O segundo gol saiu pouco antes do intervalo, aos 40 minutos, em uma bola colocada no ângulo por Brozovic. A vitória foi praticamente confirmada por Lautaro Martínez, que fez de cabeça aos sete minutos do segundo tempo, diante de uma abatida Roma. Mkhitaryan chegou a diminuir, tarde demais, aos 41.

Mais cedo, outras duas partidas movimentaram o Campeonato Italiano. Em Veneza, a oitava colocada Atalanta, dona de 54 pontos, venceu a lanterna Venezia por 3 a 1. Já em Turim, o Torino, 11º colocado, bateu o Spezia, ocupante do 15º lugar, por 2 a 1.

Dois diplomatas do alto escalão dos Estados Unidos e da China iniciaram, nesta segunda-feira (14), discussões sobre a Ucrânia, em meio a informações do New York Times de que a Rússia solicitou ajuda econômica e militar da China para a guerra e contornar as sanções ocidentais.

O conselheiro de Segurança Nacional americano, Jake Sullivan, e o chefe da diplomacia do Partido Comunista Chinês, Yang Jiechi, "discutirão os atuais esforços para gerenciar a competição entre nossos dois países e o impacto da guerra da Rússia contra a Ucrânia na segurança regional e global", informou no domingo a porta-voz do conselheiro, Emily Horne.

As discussões começaram hoje em um hotel da capital italiana, num clima de total discrição.

Uma declaração à imprensa não será divulgada no final da reunião, disse à AFP a embaixada dos Estados Unidos na Itália.

Segundo a imprensa americana, a Rússia pediu ajuda militar e econômica à China para sua guerra na Ucrânia.

A notícia foi divulgada horas depois que a Casa Branca alertou Pequim de que enfrentaria sérias "consequências" se ajudasse Moscou a contornar as sanções econômicas impostas pela guerra, segundo o New York Times, citando fontes oficiais anônimas.

As fontes se recusaram a explicar exatamente o que a Rússia solicitou ou se a China respondeu, de acordo com o jornal.

Quando questionado sobre as supostas solicitações, um porta-voz da embaixada chinesa em Washington disse a vários meios de comunicação: "Nunca ouvi falar sobre isso".

Horas antes, a Casa Branca havia anunciado que uma delegação de alto nível dos Estados Unidos se reuniria com um alto funcionário chinês em Roma.

Pequim se recusou a condenar diretamente Moscou por lançar a invasão ao país vizinho e culpou a "expansão ocidental" da Otan pelo agravamento das tensões entre a Rússia e a Ucrânia, ecoando a principal reclamação de segurança do Kremlin.

Sullivan organizou uma coletiva de imprensa no domingo para dizer que a Casa Branca estava "monitorando de perto" se a China forneceria apoio econômico ou material à Rússia para ajudá-la a evitar o impacto das sanções.

"É uma preocupação nossa, e comunicamos a Pequim que não vamos esperar ou permitir que nenhum país compense a Rússia por perdas resultantes das sanções econômicas", disse no programa "State of the Union" da CNN.

Sullivan esclareceu que, embora não queira "ameaçar" a China, o rival econômico mais importante dos EUA, "estamos comunicando direta e privadamente a Pequim que haverá consequências se houver esforços em larga escala para evitar sanções".

Pequim insistiu na semana passada que a amizade com a Rússia permanece "sólida", apesar da condenação internacional contra Moscou, e expressou sua intenção de se oferecer como mediador para acabar com a guerra.

A Procuradoria de Roma abriu uma investigação formal nesta terça-feira (11) sobre um funeral ocorrido na capital italiana onde foi colocada uma bandeira com uma suástica nazista sobre o caixão.

O caso, que será levado adiante pela Divisão de Investigações Gerais e Operações Especiais (Digos) da Polícia de Estado e pelos carabineiros, ganhou ampla repercussão nacional após a publicação de um vídeo do site "Open".

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As imagens mostram o caixão sendo retirado da igreja de Santa Lucia e as pessoas que estão no local fazem o gesto com o braço direito erguido, como ocorria durante o regime de Adolf Hitler na Alemanha. Após a saudação, a bandeira foi retirada.

Com a repercussão, foi possível apurar que o funeral era de Alessia Augello, 44 anos, militante do movimento de extrema-direita e neonazista Força Nova. A mulher faleceu após complicações de saúde por uma cirurgia e foi sepultada na segunda-feira (10).

Nesta terça-feira, a Diocese de Roma se manifestou "deplorando com firmeza" o que ocorreu do lado de fora da igreja.

"O que aconteceu ontem, na frente da paróquia de Santa Lucia, ocorreu completamente sem o conhecimento do pároco don Alessandro Zenobbi e de todo o clero paroquial, ao fim da celebração de um funeral", disse em nota, ressaltando que foi colocado sobre o caixão "um símbolo horrendo também contra o cristianismo".

A diocese ainda afirma que isso é uma "instrumentalização ideológica grave, ofensiva e inaceitável".

Essa é a segunda vez em menos de quatro meses que o grupo neonazista Força Nova se envolve em uma investigação policial.

Em outubro, membros da organização invadiram a sede de um sindicato em Roma durante uma manifestação contra o passe sanitário e contra a vacinação da Covid-19.

Além disso, entidades civis voltaram a cobrar a dissolução do Força Nova como organização política. O Senado conseguiu até aprovar uma moção sobre o caso, mas a pressão de partidos de direita "atenuou" a crise e a análise está parada.

Da Ansa

Um tesouro composto por mais de 200 moedas do período romano foi descoberto no noroeste da Espanha, graças, muito provavelmente, a um texugo que procurava alimento, segundo informaram os arqueólogos.

A descoberta foi revelada no fim de dezembro nos Cadernos de Pré-História e Arqueologia da Universidade Autônoma de Madri, uma publicação periódica.

A imprensa espanhola repercutiu esta semana a descoberta, quando completa exatamente um ano da gigantesca nevasca Filomena, que paralisou boa parte do país no início de 2021 e também causou perturbações no ecossistema, obrigando alguns animais a buscar comida em lugares diferentes dos habituais.

Segundo o artigo publicado pelos arqueólogos, as moedas foram encontradas na caverna de La Cuesta, em Berció, nas Astúrias, "entre toda a areia extraída possivelmente por um texugo, na entrada de sua toca".

Um morador da região viu as moedas e alertou as autoridades. Em abril do ano passado, um grupo de investigadores e arqueólogos foi até o local para recolher as moedas e desenterrar as que ainda estavam sob o solo.

"Trata-se de um conjunto de 209 peças de entre os séculos III e V", originárias "do norte e do Mediterrâneo oriental", de lugares como Antioquia, Constantinopla, Tessalônica, Roma, Arles, Lyon e, inclusive, Londres, segundo o artigo.

Os investigadores, que qualificaram a descoberta de "excepcional", sugerem que as moedas foram depositadas no local em "um contexto de instabilidade política", principalmente por causa da invasão dos suevos, um povo germânico, no noroeste da Península Ibérica.

Mais de 150 galerias de arte apresentam cerca de 500 artistas - veteranos e jovens talentos - na primeira feira de arte contemporânea realizada em Roma sob o lema "Arte in Nuvola", (Arte na Nuvem).

No imponente e moderno espaço concebido pelo arquiteto Massimiliano Fuksas, onde recentemente se celebrou a cúpula do G20 e depois de ter servido de centro de vacinação anticovid, "Nuvola" reúne artistas de várias gerações e de várias tendências.

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Uma espécie de exposição sobre o estado de saúde da arte moderna na Itália após a pandemia, que também pretende se tornar uma referência para galeristas, colecionadores e diretores de museus.

A primeira edição da feira, aberta ao público de 19 a 21 de novembro, idealizada e dirigida por Alessandro Nicosia, com direção artística de Adriana Polveroni, traz pinturas, esculturas, instalações e vídeos.

"Queremos preencher um vazio que Roma tinha", diz Nicosia, ao reconhecer indiretamente a ausência por anos de um movimento artístico e cultural mais vanguardista na capital italiana.

Um enorme cubo de ferro preto coberto com pedaços de carvão, idealizado nos anos 1970 pelo grego radicado em Roma Jannis Kounellis, falecido em 2017, um proeminente mestre da Arte Povero, lembra aos visitantes que a arte vai além do comércio e pode nascer de materiais considerados pobres: carvão, terra, lixo.

Nos 7.000 metros quadrados de exposições, as instalações causam deslumbre: os homens sem cabeça de Donato Piccolo, a pintura digital de David Maria Coltro com suas paisagens em constante mutação ou o vídeo sensorial da jovem Pamela Diamante.

A perturbadora fragilidade da natureza e das espécies inspira muitos artistas, que criam vídeos e esculturas sonoras como "Marta e o Elefante" de Stefano Bombardieri, cujos elefantes e hipopótamos suspensos são uma metáfora da condição humana.

Também não falta arte que denuncie o drama ecológico por meio do mapa-múndi do artista russo Iakovos Volkov, feito com materiais encontrados em lixões e ruas, com montanhas de roupas, aerossóis vazios e bichos de pelúcia.

Para o francês Cyril de Commarque, entre os artistas estrangeiros convidados, que vive em Roma depois de anos em Londres e Berlim, a feira romana é um grande desafio.

"Acho que para uma pessoa que cresceu em Roma é mais difícil abandonar as referências clássicas para se expressar de forma contemporânea", comentou à AFP em frente à sua instalação "The Goddess of All Things".

Feita com material reciclado, esculpida em parte por um robô, a instalação De Commarque, com um enorme ovo aberto de onde sai uma grávida, é uma moderna alegoria do nascimento.

O país convidado para esta primeira edição é Israel, que selecionou um grupo de 17 artistas, que abordam as múltiplas facetas da realidade à sua maneira, com diferentes origens, culturas e etnias da drusa Fatma Shana ao etíope Michal Mamit Worke.

A visita do presidente Jair Bolsonaro à Basílica de Santo Antônio, em Pádua, na tarde desta segunda-feira (1º) foi adiada.

A decisão chega após uma grande manifestação, com cerca de 500 pessoas, ter registrado um confronto com policiais locais que faziam um cordão de isolamento em frente ao templo católico. Uma jovem foi presa e a polícia está analisando as imagens para identificar mais pessoas que participaram do ato e agrediram os policiais.

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O confronto ocorreu por volta das 17h (hora local) e foi acalmado cerca de meia hora depois. Já a Basílica ficou aberta apenas até às 19h30.

Na agenda oficial, a visita à basílica símbolo do santo católico estava programada para ocorrer após a viagem para a cidade de Anguillara Veneta, onde Bolsonaro foi homenageado com a cidadania honorária.

No local, o presidente iria ver as relíquias de Santo Antônio, mas a Diocese de Pádua ressaltou que não receberia o mandatário como uma visita formal. Também o prefeito da cidade, Sergio Giordani, informou que não teria espaço na agenda para receber Bolsonaro.

No entanto, por conta do protesto e da confusão com os policiais, que alegaram que não houve pedido formal para realizar o ato, o presidente teria ido para um hotel em Pádua aguardar a situação se acalmar. Segundo a mídia italiana, a comitiva do mandatário não foi vista mais após um almoço oferecido a ele em Anguillara Veneta.

Visita ocorreu à noite

Após ser provisoriamente adiada devido aos protestos violentos, a visita do presidente Jair Bolsonaro à Basílica de Santo Antônio, em Pádua, foi realizada na noite desta segunda-feira (1º).

O líder brasileiro entrou na igreja pela porta lateral, na via Cesarotti, logo depois que o acesso principal da Basílica foi fechado aos fiéis, por volta das 19h30 (horário local). A visita durou pouco mais de 30 minutos.

Da Ansa

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) repudiou nesta segunda-feira ataques supostamente feitos por seguranças do presidente Jair Bolsonaro a jornalistas que cobriam sua passagem em Roma, durante a cúpula de líderes do grupo das 20 maiores economias do globo (G20). Relatos sobre agressões foram feitos por meio de textos e vídeos divulgados por profissionais da imprensa que estavam na capital italiana.

"A OAB, por meio de sua Comissão de Liberdade de Expressão, repudia ataques dos seguranças do presidente aos jornalistas que cobriam sua passagem em Roma", diz o texto da nota. "Lamentável que incidentes como esse ocorram, refletindo uma postura frequente de desrespeito ao trabalho dos profissionais de imprensa", continuou o comunicado assinado pelo presidente da OAB Nacional, Felipe Santa Cruz, e pelo presidente da Comissão de Liberdade de Expressão da OAB Nacional, Pierpaolo Bottini.

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Ao Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), Santa Cruz, no entanto, descartou a possibilidade de recorrer à Justiça para apurar o episódio, neste momento. "Não me parece que exista medida judicial cabível no caso", afirmou à reportagem.

Após encerrar a sua participação na cúpula do G20, grupo formado pelas 20 maiores economias do mundo, o presidente Jair Bolsonaro retornou à embaixada do Brasil em Roma e fez o seu terceiro passeio improvisado pelo centro da cidade, nesse domingo (31). A caminhada, no entanto, foi marcada pela violência. Jornalistas brasileiros que acompanhavam o presidente relataram agressões por parte da equipe de segurança do chefe do Executivo.

De acordo com o UOL, nenhum dos policiais explicou se fazia parte da embaixada brasileira, da Itália ou se eram privados. Os relatos afirmam que havia tanto italianos quanto brasileiros no grupo que fazia a proteção do presidente.

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Segundo os relatos, Bolsonaro, ao voltar para a embaixada, cumprimentou, do alto de uma sacada, um grupo de apoiadores que o esperavam do lado de fora. Pouco depois, resolveu descer para encontrá-los na rua. Durante a espera pelo presidente, uma jornalista do jornal Folha de S.Paulo foi empurrada pelos seguranças do local e uma produtora da Globonews foi hostilizada pelos participantes do ato

Ao cumprimentar pessoalmente os manifestantes, Bolsonaro indicou que faria uma caminhada pelo bairro e foi seguido pelas equipes de reportagem que estavam por ali. Neste momento, diversos repórteres passaram a ser empurrados pelos seguranças, que tentavam fazer uma espécie de corrente de proteção, e também foram agredidos. Um jornalista da TV Globo relata ter recebido um soco no estômago. Os veículos que presenciaram o momento foram impedidos de gravar a agressão. O celular do jornalista do UOL foi confiscado por um dos seguranças; o aparelho foi, depois, jogado na via.

Com a confusão, o passeio do presidente durou pouco e menos de dez minutos depois, Bolsonaro voltou à embaixada. Os jornalistas estavam com credenciais e identificações claras no momento das agressões. O mesmo tratamento não se estendeu aos apoiadores, que puderam acompanhar de perto o presidente durante a sua breve caminhada.

A cúpula do G20 em Roma, a primeira presencial desde 2019, abordou uma série de desafios por dois dias, desde as mudanças climáticas até a pandemia do coronavírus e um imposto corporativo global. Aqui estão seus principais acordos.

- Clima -

As 20 nações mais desenvolvidas reafirmaram o objetivo do Acordo de Paris: limitar a elevação da temperatura do planeta a menos de 2ºC e continuar os esforços para limitá-la a 1,5ºC em relação aos níveis pré-industriais.

Mas eles vão um passo além: "Manter a meta de 1,5ºC ao alcance exigirá ações e compromissos significativos e eficazes de todos os países."

O G20 concordou em deixar de subsidiar "a partir do final de 2021" novas usinas termelétricas a carvão no exterior, embora não tenha anunciado medidas em nível nacional.

Em relação ao prazo para atingir a neutralidade de carbono, os dirigentes aprovaram a referência “em meados do século ou por volta dessa data”, um horizonte menos preciso do que o ano de 2050 defendido pela Itália.

O G20 “também reafirma” o compromisso assumido pelos países desenvolvidos de buscar mobilizar juntos 100 bilhões de dólares anuais (...) até 2025 “para capacitar os países em desenvolvimento a enfrentar as mudanças climáticas".

- Pandemia e vacinas -

“Contribuir para o alcance das metas globais de vacinação de pelo menos 40% da população de todos os países até o final de 2021 e 70% até meados de 2022”, conforme preconiza a Organização Mundial da Saúde (OMS). O G20 se compromete a tomar "medidas para ajudar a fortalecer o fornecimento de vacinas" nos países em desenvolvimento.

Para tal, este clube de países, que inclui entre outros Estados Unidos, Índia e China, promete "evitar restrições às exportações e aumentar a transparência e visibilidade na entrega de vacinas", embora não especifique prazos.

- Recuperação pós-pandemia -

Os líderes do G20 prometeram "evitar a retirada prematura das medidas de apoio" para "continuar sustentando a recuperação", enquanto monitoram a inflação.

Os bancos centrais “agirão se necessário para cumprir sua missão, que inclui estabilidade de preços”.

Os países do G20 permanecerão vigilantes "nos desafios globais que têm impacto nas economias, como interrupções nas cadeias de abastecimento".

- Ajuda aos países em desenvolvimento -

Os países do G20 se comprometeram a pagar aos países vulneráveis 100 bilhões de dólares do montante global de 650 bilhões em direitos especiais de saque (DES) emitidos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para enfrentar os efeitos da pandemia.

"Acolhemos as recentes promessas no valor de cerca de 45 bilhões de dólares como um passo em direção à ambiciosa quantia de 100 bilhões de dólares em contribuições voluntárias para os países mais necessitados", afirmaram os líderes.

As nações do G20, que até agora não haviam acordado um valor a ser pago aos países em desenvolvimento, estão seguindo os passos do G7, que já fixou uma meta de 100 bilhões de dólares para redistribuir, principalmente na África.

Além disso, o G20 "saúda o progresso feito no âmbito da Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida do G20". “Estimativas preliminares mostram que pelo menos 12,7 bilhões de dólares (...) foram postergados graças a essa iniciativa entre maio de 2020 e dezembro de 2021, beneficiando 50 países”, indica.

O G20 concordou com uma suspensão ao pagamento de juros da dívida dos países menos desenvolvidos em abril de 2021 e ela foi prorrogada até o final do ano.

Os dirigentes também apontaram, em seu comunicado conjunto, outra medida de apoio aos países vulneráveis: o debate sobre a política de sobretaxas do FMI, como defende a Argentina.

- Imposto global -

Em relação ao acordo sobre a tributação mínima das multinacionais, os dirigentes celebraram "um sucesso histórico" que servirá para estabelecer "um sistema tributário internacional mais estável e justo".

Assim como o irmão mais velho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que abandonou a cadeira de deputado federal em Brasília para viajar com ministros à Dubai, ao invés de focar em seu mandato como vereador, Carlos Bolsonaro (Republicanos) insiste em usar as redes sociais para opinar sobre assuntos longe das suas atribuições e atacar opositores com textos confusos. Sem muitas publicações sobre o que vem fazendo na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Carlos passeia em Roma com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Para o filho mais novo do presidente na política, a ida do pai à reunião dos países do G20 serviu como excursão à Itália. Carlos deixou o Rio e cruzou o Atlântico a caminho do encontro das principais economias mundiais neste fim de semana, quando debatem sobre os impactos da Covid-19, impostos e mudanças climáticas decorrentes do efeito estufa. 

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Eleito em seu quarto mandato como legislador municipal, a recorrência de publicações sobre seu trabalho é bastante inferior no Twitter em comparação ao tempo que gasta para atacar concorrentes do presidente, como os pré-candidatos ventilados à 'terceira via' e o ex-presidente Lula (PT). 

Ele é apontado como o suposto líder do 'Gabinete do Ódio' – núcleo virtual de apoio às pautas do presidente instrumentalizado por robôs e disparos em massa – e usa o perfil como a principal ferramenta para se comunicar com o eleitorado. Seu passatempo nas redes também é opinar sobre costumes alheios e críticas à comunidade LGBTQIA+.

Trabalho para ajudar a cidade do Rio

Suas últimas posições defendidas na Câmara são contra o passaporte vacinal na cidade e uma proposta contra o uso de banheiros públicos por transexuais. O site da Casa informa que "não existe nenhuma informação para a solicitação na base de Discursos e Votações", nem na aba de “Leis da sua Autoria”.

O vereador integra as Frentes Parlamentares em defesa da Educação Física e da Saúde Mental. Suas proposições protocoladas neste ano são: 235 indicações, 5 ofícios, 1 Projeto de Resolução, 2 Projetos de Lei Complementar, 2 Projetos de Decreto Legislativo, 7 Requerimentos de Informação, 2 Projetos de Emenda à Lei Orgânica e 18 Projetos de Lei.

 

Em viagem oficial à Itália para participar, a partir de amanhã, da cúpula do G-20, o presidente Jair Bolsonaro caminhou sem máscaras pelas ruas de Roma, nesta sexta-feira (29), mostram vídeos divulgados por apoiadores do governo nas redes sociais. Com isso, o chefe do Executivo descumpre uma recomendação do país europeu, que pede o uso do aparato de proteção contra a Covid-19 em caso de aglomerações de pessoas, como se vê nos registros com o presidente.

"O uso de máscara facial é sempre obrigatório em locais públicos fechados em toda a Itália. As máscaras não são mais obrigatórias ao ar livre, mas você deve sempre carregá-las com você e usá-las se estiver em condições de superlotação que não permitam que a distância de segurança de um metro seja mantida", diz uma recomendação publicada no site da Agência Nacional de Turismo da Itália válida até o dia 15 de dezembro.

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Como mostram os vídeos - um deles, inclusive, publicado nas redes sociais pelo deputado ítalo-brasileiro Luis Roberto Lorenzato -, o presidente brasileiro caminhou cercado de seguranças e apoiadores. Alguns simpatizantes utilizavam a bandeira do Brasil e entoavam o hino da independência.

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O "passeio" elas ruas de Roma aconteceu nesta tarde após Bolsonaro deixar a embaixada brasileira da capital italiana, onde está hospedado. Além das reuniões do G-20, o grupo das vinte maiores economias do mundo, o presidente foi à Itália para receber o título de cidadão na cidade de Anguillara Veneta, de onde vieram seus antepassados, acompanhado por ministros como Paulo Guedes (Economia), Carlos França (Relações Exteriores) e Braga Netto (Defesa). A cerimônia deve acontecer na terça-feira, dia em que a comitiva presidencial retorna ao Brasil.

Ao confirmar a agenda pessoal em Anguillara Veneta, Bolsonaro deixa de comparecer à COP-26, evento multilateral sobre meio ambiente em Glasgow, Escócia, cúpula em que estarão presentes importantes líderes globais.

O presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Itália, Sergio Matarella, encontram-se nesta sexta-feira (29) em Roma, às 19h, pelo horário local (14h pelo horário de Brasília), no Palácio do Quirinal, residência oficial do líder italiano. Bolsonaro está no país europeu para participar da cúpula do G-20, o grupo das vinte maiores economias do mundo, que acontece entre amanhã e domingo.

O horário do encontro consta da programação da equipe que acompanha o presidente na Itália, documento repassado ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. A Secretaria Especial de Comunicação do governo não disponibilizou até o momento a agenda oficial de Bolsonaro para o dia no site do Palácio do Planalto.

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Pelo sistema político da Itália, Matarella, apesar de ser o presidente e exercer funções de Estado, não comanda o governo. Quem concentra decisões sobre política econômica, por exemplo, é o primeiro-ministro Mario Draghi. Até o momento, não há previsão de encontro entre Bolsonaro e Draghi.

Sob os olhos da comunidade internacional em torno da postura no combate à pandemia e na gestão do desmatamento da Amazônia, Bolsonaro está em Roma acompanhado pelos ministros Paulo Guedes (Economia), Carlos França (Relações Exteriores) e Walter Braga Netto (Defesa).

Ao contrário de outros líderes do globo, o presidente desistiu de emendar a viagem na COP-26, evento multilateral sobre o clima que acontece em Glasgow, na Escócia. O Brasil será representado pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.

O presidente Jair Bolsonaro desembarcou em Roma nesta sexta-feira (29) para a cúpula de líderes do G20 na capital italiana.

A reunião acontece em 30 e 31 de outubro e deve discutir questões como a crise climática e a recuperação econômica pós-pandemia.

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Além de participar do G20, Bolsonaro receberá a cidadania honorária de Anguillara Veneta, no norte da Itália, em 1º de novembro, dia para o qual já estão programados protestos de grupos contrários à homenagem.

Já na terça (2), o presidente visitará Pistoia, cidade da Toscana que abriga um monumento em homenagem aos soldados brasileiros mortos na Segunda Guerra Mundial.

Por causa desses compromissos, Bolsonaro não deve participar da cúpula climática da ONU, a COP26, em Glasgow. O evento acontece entre 31 de outubro e 12 de novembro.

Também não está previsto nenhum encontro com o papa Francisco, apesar de líderes geralmente aproveitarem visitas a Roma para se reunir com o pontífice.
    Ainda nesta sexta, no entanto, Bolsonaro terá uma breve audiência com o presidente da Itália, Sergio Mattarella.

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Da Ansa

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou a Roma na madrugada desta sexta-feira (29) para seu primeiro encontro com o papa Francisco em seu cargo atual, na véspera de uma cúpula do G20 na capital italiana.

Antes de partir, Biden apresentou em Washington um plano "histórico" de bilhões de dólares em gastos com infraestrutura, transição energética e benefícios sociais.

O presidente americano esperava chegar a Roma com a votação final do Congresso, mas terá de esperar, em meio às dissidências de seu próprio Partido Democrata.

Em Roma, Biden iniciará sua agenda com um encontro com o papa, com quem compartilha posições sobre meio ambiente, pobreza e pandemia, e com quem se reuniu três vezes como vice-presidente do governo Barack Obama.

A reunião será na biblioteca particular do Palácio Apostólico, ao meio-dia local (7h no horário de Brasília), na véspera da cúpula de dois dias em Roma com os chefes de Estado e de Governo das 20 maiores economias do mundo, o G20.

Na sequência, Biden embarca rumo a Glasgow, no Reino Unido, onde participa da importante COP26, a cúpula sobre o clima promovida pela ONU.

De acordo com um comunicado da Casa Branca, o chefe da Igreja Católica e o presidente americano "discutirão como trabalhar juntos em iniciativas baseadas no respeito da dignidade humana fundamental, incluindo a eliminação da pandemia da covid-19, a luta contra o clima e compaixão pelos pobres".

Será um encontro "caloroso", antecipou sua porta-voz, Jen Psaki, na quarta-feira.

Ela lembrou que o presidente, um católico fervoroso, "encontrou força em sua fé", diante das tragédias de sua vida: a morte acidental de sua primeira esposa e filha e, em seguida, a morte de seu filho Beau de câncer.

Biden, que viaja acompanhado de sua segunda mulher, Jill, quase nunca perde a missa dominical, e suas posições sobre alguns assuntos se aproximam mais das do papa argentino do que as de seu antecessor Donald Trump.

Apesar de Biden ser o segundo presidente católico dos Estados Unidos, depois de John F. Kennedy (1961-1963), a profundamente dividida Igreja Católica americana começou uma ofensiva para privar da comunhão os líderes políticos que apoiam o aborto, entre eles o próprio Biden.

Depois do encontro com o papa, Joe Biden se reúne com o chefe do governo italiano, Mario Draghi, anfitrião da cúpula do G20 e ex-presidente do Banco Central Europeu, que desperta muita curiosidade nos Estados Unidos por seus projetos de reforma.

Para Biden, que perdeu popularidade desde sua eleição, o G20, assim como a grande cúpula da COP26 em Glasgow, na Escócia, são oportunidades para relançar sua imagem e enterrar definitivamente a era Trump.

Também nesta sexta-feira, ele se reunirá em particular, em Roma, com o presidente francês, Emmanuel Macron, na tentativa de virar a página da grave crise relacionada com os contratos de submarinos ocorrida em meados de setembro e selar a reconciliação.

Esse assunto e a retirada caótica do Afeganistão pesam na aura de Biden, que repete que "a América está de volta" à cena internacional.

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